Unidade 4

O conhecimento do mundo físico é fundamental para a compreensão das interações do ser humano com a natureza. A fim de promover esse conhecimento entre os alunos, os estudos desta unidade referem-se às conexões existentes entre o clima e alguns fatores geográficos (latitude, altitude, maritimidade etc.etcétera) e também com a distribuição de diferentes paisagens vegetais no mundo e no Brasil.

Esses estudos contribuem para o despertar da consciência socioambiental, colaborando para a formação de cidadãos críticos, comprometidos com transformações socioespaciais que visem ao bem comum, e possibilitam aos alunos a apropriação de procedimentos de investigação que colaboram para solucionar problemas que envolvem conhecimentos geográficos.

Nessa perspectiva, com base na montagem de fotos e questões desta abertura de unidade, converse com os alunos com o objetivo de diagnosticar o que sabem sobre os temas a serem estudados.

Respostas

1. Resposta pessoal. A questão permite avaliar se os alunos reconhecem as relações entre os principais tipos de clima e as áreas de ocorrência das formações vegetais. Investigue o que eles sabem a respeito da localidade em que residem, o Brasil ou o mundo. A questão também possibilita sondar os conhecimentos prévios que possuem sobre a associação entre formações vegetais (assunto que será estudado nesta Unidade) e zonas de iluminação e aquecimento (assunto estudado na Unidade 3, Percurso 9). Verifique se reconhecem algumas interações entre clima e vegetação, como: que elementos do clima, como temperatura e precipitação médias anuais, influenciam as características das formações vegetais; e que essas, por sua vez, exercem influência sobre o clima, pois algumas delas liberam vapor d’água para as camadas mais elevadas da atmosfera por meio da transpiração, contribuindo para a umidade do ar e a formação de chuvas.
2. Realize sondagem sobre os conhecimentos que os alunos possuem sobre os fatores geográficos do clima (latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, solo, entre outros). Verifique se eles estabelecem relações entre o clima e suas variações ao longo do ano com as diversas atividades econômicas, como indústria, comércio e turismo etc.etcétera

No subitem A latitude, usamos como referência a superfície da Terra para determinar a inclinação dos raios solares; portanto, no texto, “mais inclinado” significa tendendo a perpendicular (vertical).

Ao realizar o exercício do boxe No seu contexto, espera-se que os alunos se refiram à temperatura do ar atmosférico e à umidade, e que também apontem se o tempo está nublado ou ensolarado, se há vento etc.etcétera

Percurso 13

Este Percurso aborda os principais fatores geográficos do clima. Sugerimos explorar os conhecimentos prévios dos alunos sobre a circulação geral da atmosfera, estudada no Percurso 11 da Unidade 3, com o objetivo de apresentar como os fatores meteorológicos influenciam as variedades climáticas regionais. Chame a atenção dos alunos para as fotografias, mapas e ilustrações apresentados. Tais recursos didáticos facilitam a compreensão acerca de processos e interações entre os componentes físico-naturais. Sugerimos que inicie os estudos com a questão do boxe No seu contexto, retomando o conceito de tempo atmosférico. Em seguida, apresente a definição de clima e remeta às noções de duração, sucessão e ritmo de estações e outros fenômenos climáticos.

Habilidades da BNCCBê êne cê cê

• EF06GE03ê éfe zero seis gê ê zero três
• EF06GE05ê éfe zero seis gê ê zero cinco

Para auxiliar no desenvolvimento das habilidades EF06GE03ê éfe zero seis gê ê zero três e EF06GE05ê éfe zero seis gê ê zero cinco, o Percurso explicita a influência dos principais fatores geográficos do clima. Esse conteúdo propicia o exercício do raciocínio geográfico pelos alunos com destaque aos princípios de analogia, conexão e diferenciação. Na abordagem de cada fator geográfico, chame a atenção para a formafórma como cada um deles interfere sobre os elementos do clima (temperatura, pressão e umidade atmosférica).

Competências

Trabalhe a ideia de que o ser humano aplicou procedimentos científicos para compreender e definir o padrão e as dinâmicas climáticas. Observação, registro e correlação de fatos são algumas estratégias de construção do conhecimento. Saliente que esses procedimentos são usados, geralmente, para responder a hipóteses previamente formuladas.

Essa abordagem estimula o desenvolvimento das Competências Específicas de Geografia 1 e 5, respectivamente: “Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas” e “Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia”.

A resposta ao exercício do boxe No seu contexto depende da localização do município. Destacam-se a latitude e a altitude como principais fatores de influência. Deve-se considerar que, em municípios litorâneos, é grande a influência da maritimidade e, naqueles mais distantes do mar, da continentalidade.

Mostre exemplos de cidades brasileiras em latitudes semelhantes, mas em altitudes diferentes, como: Rio de Janeiro, altitude de 2,3 metros e média de temperatura em julho de 21,3 ºCgrauscélsius; Campos do Jordão, 1.6281628 metros de altitude e média de temperatura de 8,9 ºCgrauscélsius em julho.

Atividade complementar

Para trabalhar possíveis dificuldades que os alunos venham a demonstrar relacionadas aos fatores geográficos do clima, proponha um exercício para que reflitam sobre as condições impostas por esses fatores e como elas influem na variação climática em diferentes regiões da Terra. Com o uso de um planisfério, estimule a curiosidade dos alunos perguntando que cidades no mundo estão aproximadamente na mesma latitude. Peça que escolham três dessas cidades em continentes distintos e pesquisem sobre o clima em cada uma delas. Oriente-os a fazer comparações que levem em conta a influência de distintos fatores geográficos do clima. A atividade pode ser organizada em grupos e a sistematização dos resultados da pesquisa pode ser feita com a produção de cartazes. Peça aos alunos que utilizem imagens para ilustrar as principais informações. Com os cartazes prontos, exponha-os na sala de aula e promova uma roda de conversa sobre os resultados atingidos pelos grupos. Esta proposta de atividade permite desenvolver especialmente os princípios de analogia, diferenciação e localização do raciocínio geográfico.

Promova a leitura e a interpretação conjunta do planisfério com os alunos. Observando-o, peça que descrevam as correntes marítimas que atuam no Brasil. Solicite também que observem a direção das correntes e comparem com a ilustração da página 81 da Unidade 3. Mencione novamente a forçafôrça de Coriolis, que influencia tanto a circulação atmosférica como a das águas oceânicas.

Tema contemporâneo transversal

A explicação da vegetação como fator geográfico do clima pode ser feita colocando-se na lousa um esquema que apresente simplificadamente o ciclo hidrológico. Enfatize o papel das árvores e das plantas no processo de infiltração e de transpiração. Questione as consequências da retirada da cobertura vegetal para o clima. Discuta a relevância da preservação da vegetação e, de modo geral, do meio ambiente. Essas ponderações contribuem para o desenvolvimento do tema contemporâneo transversal Educação Ambiental.

Explique que o solo reflete a radiação solar em porcentagem maior que a água. O mar reflete cercacêrca de 2% da radiação solar incidente; florestas, de 3% a 10%; o solo nu, entre 7% e 20%; campos cultivados ou cobertos por grama, cercacêrca de 20% a 25%. Outros assuntos relativos ao solo serão estudados no Percurso 26.

Interdisciplinaridade

A existência de tipos distintos de solo pode ser explicada com a colaboração do professor de Ciências em um projeto interdisciplinar. O projeto deverá evidenciar que o solo é resultado da modificação de rochas, formadas por distintos processos e em diferentes períodos geológicos. Isso resulta em diversas composições do solo, cada um com características de fertilidade, cor e textura específicas. A identificação de diferentes tipos de rocha e de algumas amostras de solo pode contribuir para o interesse dos alunos sobre o tema e também para sua compreensão, colaborando para o desenvolvimento da habilidade EF06CI12ê éfe zero seis cê ih um dois, que se refere a “identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos”, do componente curricular Ciências.

Competência

Esta seção Rotas e encontros possibilita aos alunos colocar em prática seus conhecimentos sobre localização, planejamento de rotas, circulação atmosférica e das águas oceânicas etc.etcétera Assim, promove competências pertinentes à formação do aluno, como a aptidão para usar procedimentos investigativos que envolvam a compreensão do mundo natural, avaliando, planejando e propondo ações, perguntas e soluções para resolver questões que demandam conhecimentos geográficos, con­forme recomenda a Competência Específica de Geografia 5: “Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia”.

Temas contemporâneos transversais

Desenvolva pesquisas sobre o tema Ciência e Tecnologia, comparando os instrumentos de orientação usados por navegadores do passado e da atualidade. Comente que a rota de Amyr Klinkamír clinc foi planejada com o uso de compasso e calculadoras, em um período em que o GPSgê pê ésse ainda não estava em plena operação. Os temas Saúde e Educação Alimentar e Nutricional também poderão ser trabalhados com base no condicionamento físico e nos cuidados com a saúde e a alimentação exigidos pela viagem feita por Amyr Klinkamír clinc. Mencione que a viagem resultou na publicação de um livro intitulado Cem dias entre céu e mar.

No segundo parágrafo da página 95, quando o autor Haroldo Castro diz ter se perguntado sobre qual “cidade brasileira estaria do outro lado do Oceano Atlântico”, o nome da cidade e do município citados indiretamente é Armação dos Búzios (RJRio de Janeiro), e o autor apresenta sua latitude aproximada (suas coordenadas geográficas corretas são: latitude 22° 44’ 49” vinte e dois graus, quarenta e quatro minutos e quarenta e nove segundos SSul; longitude: 41° 52’ 55” quarenta e um graus, cinquenta e dois minutos e cinquenta e cinco segundos Ooeste).

Respostas

1. Corrente marítima de Benguela. Peça que localizem essa corrente marítima no mapa da seção e no planisfério da página 92.
2. A corrente marítima é tratada como um fator geográfico do clima no texto 2. O autor compara o clima de Swakopsuácô com o de Armação dos Búzios, aplicando princípios do raciocínio geográfico como: analogia, conexão, diferenciação, extensão e localização. Assim, explica diferenças climáticas entre as localidades e relaciona a corrente marítima de Benguela com a presença dos desertos da região sul da África. A temperatura das águas da corrente não favorece a evaporação de suas águas e, por isso, ocorre escassez de chuvas nessa área.
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos organizem e expressem, com suas palavras, ideias e argumentos que demonstrem ser possível realizar a travessia entre África e Brasil em um barco a remo como fez Amyr Klinkamír clinc, que aplicou conhecimentos geográficos na organização da viagem e contou com o suporte técnico necessário.
4. Os textos fornecem informações de localização. No primeiro, citam-se: regularidade dos alíseos de sudeste, condições meteorológicas e climáticas, regime e sistema de correntes marítimas, diferenças de temperatura, sentido de circulação sul-norte das massas de ar e de água no Atlântico Sul e a corrente marítima de Benguela. No segundo, apontam-se: aridez, latitude, corrente marítima de Benguela, desertos, taxa de evaporação e precipitação, entre outros. Tais informações são úteis na resolução de problemas cotidianos. Isso demanda conhecimento e uso correto dos conceitos geográficos, exercício do pensamento espacial e realização de pesquisas de acordo com objetivos específicos. Oriente os alunos a reconhecer que informações geográficas isoladas pouco contribuem para o entendimento do mundo.

Nas atividades 3 e 4, estimule os alunos a identificar pseudociência nas explicações geográficas indicadas no texto da seção, reforçando a importância do método científico na aplicação dos conceitos geográficos.

Aqui, é importante introduzir os alunos nos conteúdos geomorfológicos. Saliente que o relevo é um fator geográfico do clima, mas também destaque o papel do clima na formação do relevo, evidenciando relações e influências recíprocas. As diversas formasfórmas de relevo serão estudadas mais detalhadamente na Unidade 5. Realize a leitura da fotografia desta página e chame a atenção para a legenda. Associe o Planalto da Borborema com as secas no Sertão nordestino, sendo sua presença um dos fatores condicionantes desse fenômeno climático. Se julgar pertinente, peça aos alunos que comparem um mapa físico do Brasil com um mapa climático.

Na leitura do bloco-diagrama, ressalte a perda de umidade da massa de ar no encontro com a vertente voltada para o mar, o que promove a precipitação. Discuta outros esquemas do mesmo tipo que apresentem situações no contexto brasileiro. Destaque novamente o papel das serras e dos planaltos nesse processo, que, geralmente, torna o litoral brasileiro mais úmido que o interior. Use um mapa físico para auxiliar a compreensão pelos alunos.

Os procedimentos listados para realização da atividade de elaboração de climograma podem ser adaptados para a construção de uma versão tátil do gráfico. Para isso, as linhas que o compõe poderão ser representadas com materiais maleáveis e com diferentes texturas sobre uma base emborrachada ou uma cartolina.

Caso possível, sugira o uso de materiais de diferentes texturas para a elaboração do climograma. Uma aula antes, oriente os estudantes a respeito dos materiais que eles devem levar à sala de aula para realizar a atividade. Contrastes do tipo liso e áspero, fino e espesso, tendem a favorecer a percepção tátil dos estudantes. Dessa forma, o climograma pode ser construído sobre cartolina ou papel pardo, podendo-se utilizar material emborrachado, diferentes tipos de papéis e tecidos, além de materiais maleáveis para traçar linhas. Os eixos horizontais e verticais, por exemplo, podem ser representados por barbantes. Oriente quanto ao local em devem estar dispostas as informações relativas aos meses, às precipitações e às temperaturas. As barras relativas às precipitações podem ser feitas com material emborrachado ou papéis e tecidos de diferentes texturas ou cores, de modo a se criar uma relação entre as barras e os doze meses. A linha referente à temperatura pode ser representa por um fio de lã. Auxilie os alunos para que os valores das precipitações e temperaturas correspondam aos dados apresentados no quadro.

Respostas

1. Em Bruxelas, as maiores temperaturas ocorrem nos meses de julho e agosto; em Curitiba, nos meses de dezembro a março.
2. No Hemisfério Norte. Essa informação pode ser deduzida com base no climograma porque as médias de temperaturas mais frias ocorrem entre dezembro e março, que correspondem aos meses de inverno nesse hemisfério.

Interdisciplinaridade

O conteúdo desta seção favorece o desenvolvimento da habilidade EF06MA31ê éfe zero seis ême ah três um, do componente curricular Matemática, na medida em que trabalha a leitura e a interpretação de um gráfico, no caso um climograma. Destaque os elementos constitutivos do climograma (título, eixos, fontes e datas) e explique como são calculadas as médias de precipitação e de temperatura. Se julgar oportuno, trabalhe o cálculo da média aritmética em conjunto com o professor de Matemática.

Atividade complementar

Caso o seu município disponha de dados relativos às médias mensais de precipitação e de temperatura, sugira aos alunos que elaborem um climograma. Assim, haverá maior sentido para o aprendizado do aluno. Proponha que reflitam sobre as relações expressas no climograma e as atividades agrícolas realizadas no município, como época do preparo da terra, do plantio e da colheita. Se for o caso, relacione também o climograma com as festividades ao ar livre e outras atividades cotidianas.

Percurso 14

Este Percurso aborda as características dos tipos de clima do mundo e do Brasil. Localize cada tipo de clima no planisfério e relacione-o ao respectivo climograma.

Habilidade da BNCCBê êne cê cê

• EF06GE03ê éfe zero seis gê ê zero três

O Percurso 14 aprofunda os conhecimentos sobre as interações de distintos componentes do clima que, combinados entre si, resultam em padrões climáticos diferenciados. Com o conteúdo estudado, os alunos aprimorarão suas habilidades de descrever e compreender as relações do clima com a circulação geral da atmosfera e das águas oceânicas, com a ação humana e com fatores geográficos, como latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, vegetação, correntes marítimas, solo e relevo.

Interdisciplinaridade

Trabalhe com o professor de Ciências na implantação de um pequeno posto meteorológico no pátio da escola. Explique e providencie os principais aparelhos meteorológicos: termômetro, barômetro, higrômetro, pluviômetro e biruta. Um grupo de alunos pode realizar a leitura e o registro dos dados em tabelas. Oriente-os a transformar as informações tabuladas em gráficos e, depois, exponha-os em um mural na escola.

Assuã, que apresenta o clima mais seco e as médias de temperatura mais elevadas, está na região do Trópico de Câncer, próxima à latitude de 30°graus Nnorte. Cingapura, a cidade mais úmida, está na região equatorial, onde a insolação propicia a alta evaporação da água da superfície e dos oceanos. Sonnblick, em zona temperada e elevada altitude, apresenta o clima mais frio entre as cidades em destaque no mapa, com temperaturas negativas durante a maior parte do ano.

Leia com os alunos a caracterização de tipos climáticos. Explique que, em virtude da pequena escala do mapa, as variações regionais e locais não são observáveis, sendo, portanto, informações de caráter generalizante. Esses tipos de clima, nas áreas onde predominam, podem não ser exatamente da maneira enunciada, pois a presença de fatores geográficos locais pode alterar suas características.

Atividade complementar

Divida a turma em pelo menos cinco grupos. Peça a cada grupo que escolha dois climas distintos de modo que nenhum tipo de clima se repita e todos sejam contemplados. Oriente-os a observar no planisfério da página 98 a localização da ocorrência dos tipos de clima escolhidos. Os alunos devem pesquisar o nome de uma cidade que se localiza nessa área. Feito isso, peça que busquem informações sobre a latitude, a altitude, a precipitação média anual e a temperatura média anual. Depois, os alunos devem comparar essas informações com as descrições dos climas. As informações pesquisadas são compatíveis com a caracterização geral do clima? Solicite que justifiquem a constatação recorrendo aos dados resultantes da pesquisa realizada.

As respostas às questões propostas dependem da unidade da federação. É interessante que os alunos relacionem as características das massas de ar com as dos tipos de clima: os climas mais úmidos são influenciados, de maneira geral, pelas massas úmidas, por exemplo.

Para correlacionar a variação de tipos de clima com a grande extensão latitudinal do Brasil por meio do mapa desta página, recupere os conhecimentos prévios dos alunos sobre as coordenadas geográficas, estudadas no Percurso 6 da Unidade 2.

Oralmente, discuta a distribuição dos tipos de clima no Brasil remetendo aos fatores geográficos que a condicionam. Propicie um momento de observação e interpretação do mapa “Brasil: climas” e do mapa ”Brasil: massas de ar” da página 82. Peça aos alunos que comparem as informações de ambos para responder à questão proposta. Aprofunde esse exercício de comparação para que os alunos percebam as conexões entre os fenômenos. Proponha que comparem o mapa climático com o mapa físico ou com o mapa de vegetação do Brasil, por exemplo, e questione que relações eles percebem. Solicite que justifiquem suas respostas com base nos conhecimentos adquiridos durante o estudo dos Percursos. Aproveite para avaliar a apreensão dos conteúdos trabalhados até aqui e fazer as explicações necessárias em caso de dúvidas.

Competência

Associe o tipo de clima, o uso da terra e as atividades econômicas para que os alunos exercitem a Competência Específica de Geografia 2: “Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formasfórmas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história”. Explique que o clima pode ser um elemento que condiciona certas atividades, mas que as condições impostas aos seres humanos pelo clima podem ser subvertidas para que certas atividades se realizem, como atesta a agricultura irrigada realizada no Sertão nordestino. Comente em mais detalhes a agricultura, cuja diversidade no Brasil e no mundo está relacionada com os diferentes fatores geográficos do clima, pois eles exercem influência nas médias anuais de temperatura e precipitação que afetam positivamente ou negativamente o plantio, a colheita, a armazenagem, o transporte, a comercialização e os preços dos produtos.

Cite o exemplo da produção de frutas em Petrolina (PEPernambuco) e Juazeiro (BABahia). De modo geral, a área em que esses municípios se localizam é marcada pelo clima tropical semiárido, com prolongados períodos de seca. A irrigação, com o uso da água do Rio São Francisco e seus afluentes, porém, permite que a fruticultura ocorra com elevada produtividade. Destaque que a elevada quantidade de radiação solar e calor, típica desse clima, recebida pelas frutas promove evaporação da água, tornando-as mais doces, o que aumenta a qualidade da produção.

Interdisciplinaridade

Com o professor de Língua Portuguesa, peça aos alunos que examinem reportagens sobre as consequências sociais do inverno no sul do Brasil. Sensibilize-os em relação aos fatos que ocorrem nas comunidades. Peça que avaliem se as consequências sociais do inverno são positivas ou negativas. Solicite que reflitam sobre o que o poder público e a sociedade civil organizada poderiam fazer para evitar os efeitos negativos e ampliar os positivos. Peça que sistematizem as informações em um cartaz. Essa atividade contribui para o desenvolvimento da habilidade EF69LP03ê éfe seis nove éle pê zero três do componente curricular Língua Portuguesa, que se refere a identificar em reportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, como uma estratégia de leitura para compreender o sentido global do texto.

Temas contemporâneos transversais

O conteúdo do Percurso serve para discutir os temas Saúde e Vida Familiar e Social. Incentive a curiosidade intelectual dos alunos sobre esses temas contemporâneos transversais, estimulando-os a pesquisar sobre os impactos das variações sazonais do clima na sua própria saúde e na saúde coletiva. Peça que reflitam sobre em que época do ano as pessoas estão mais sujeitas a contrair gripe, ou a ter insolação, por exemplo. Quais são as consequências das relações entre doenças e estações do ano para o número de atendimentos em hospitais? O que poderia ser feito pelas pessoas e pelo poder público para, coletivamente, minimizar esses problemas?

Respostas

1. Tempo atmosférico é a combinação passageira dos elementos do clima (temperatura, pressão e precipitação), enquanto clima é a sucessão habitual ou duradoura dos tipos de tempos atmosféricos.
2. Porque existem distintos elementos do clima – temperatura, pressão e precipitação atmosférica – que variam de uma localidade para outra da Terra, em virtude de fatores astronômicos, associados aos movimentos da Terra e à inclinação de seu eixo, e meteorológicos, relacionados aos movimentos da atmosfera terrestre.
3. Os principais fatores geográficos do clima são: latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, vegetação, correntes marítimas, solo e relevo.
4. Por causa de seu poder de reflexão, determinado pela sua cor: o solo de cor clara, com mais poder de reflexão, absorve menos a radiação solar que o solo de cor escura, com menos poder; assim, os solos de cor escura aquecem mais o ar atmosférico sobre eles, pois absorvem mais o calor.
5. Para responder às questões, oriente os alunos a consultar e relacionar as informações do mapa “Brasil: climas” (página 100), do texto da página 101 e do mapa “Brasil: divisão política” (atividade 7).
   1. Clima tropical semiárido, que ocorre no Sertão do Nordeste, abrangendo vários estados: Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Ceará.
   2. Clima subtropical úmido, que abrange os estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
6. 1. Clima polar. Apresenta inverno rigoroso, dificultando o povoamento. A média de temperatura anual é inferior a 0 ºC.
   2. Clima equatorial. Abrange toda a Região Amazônica. É quente e úmido, com pequena amplitude térmica anual.
   3. Região equatorial do continente africano (Bacia do Rio Congo) e ilhas Sumatra, Java, Bornéo, Nova Guiné etc.etcétera, na Ásia. Apresenta médias térmicas mensais elevadas, em torno de 27 ºCgrauscélsius, e alta pluviosidade (de 2.000 a 2.500 mmmilímetros).
7. 1. Aracaju está mais próxima do Equador do que a cidade de Florianópolis, por isso recebe maior quantidade de energia solar e tem médias térmicas maiores. Florianópolis, ao sul do Trópico de Capricórnio, recebe menor quantidade de energia solar e tem médias térmicas menores.
   2. A cidade de Cuiabá, no interior do Brasil, tem maior amplitude térmica que Vitória, localizada no litoral. Por causa das diferentes velocidades de absorção e irradiação da energia solar pela água e pelas terras emersas, quanto mais próximo do litoral estiver um local, mais úmido será seu clima e menor será a variação de temperatura.
8. Entre os fatores geográficos responsáveis pelas baixas temperaturas na cidade de Campos do Jordão (SPSão Paulo), destaca-se a altitude, pois a cidade localiza-se a 1.628 metros de altitude.

9. 1. O período de junho a agosto é a fase mais seca no clima das duas cidades. Brasília, porém, apresenta maior volume médio de chuvas.
   2. Sim, pois enquanto Roma passa por seu período mais quente do ano, que geralmente indica o verão, o mês de julho é o mais frio em Brasília. Trata-se do verão no Hemisfério Norte e do inverno no Hemisfério Sul.
   3. Roma: clima mediterrâneo; Brasília: clima tropical do Brasil Central.
10. De cima para baixo: 13,0 ºCgrauscélsius; 3,0 ºCgrauscélsius; 18,5 ºCgrauscélsius; 18,0 ºCgrauscélsius; 21,5 ºCgrauscélsius; 1,5 ºC. Aproveite os dados do quadro e pergunte em quais hemisférios essas cidades se localizam.
11. A quantidade de energia solar é maior em pontos mais próximos do Equador, por causa do ângulo de incidência dos raios solares.
12. Localidades mais próximas do oceano apresentam amplitude térmica menor. Isso ocorre porque a absorção e a liberação da energia solar ocorrem mais lentamente nos oceanos e mares, se comparadas às terras emersas.
13. 1. As cidades recebem a mesma quantidade de insolação ao longo do ano porque estão em latitudes semelhantes.
    2. Porque outros fatores climáticos (além da latitude) influenciam nas médias de temperatura e precipitação, por exemplo, a altitude e a menor ou maior proximidade da localidade em relação ao oceano. A questão permite desenvolver o raciocínio geográfico por meio dos princípios de localização, analogia e diferenciação.
    3. Garanhuns está localizada em uma altitude mais elevada (822 metros) do que Recife, cuja altitude é próxima à do nível do mar. .A atividade 13 permite avaliar o aprendizado dos alunos sobre os fatores geográficos do clima. Oriente os alunos na leitura e interpretação do mapa e do quadro e, por meio das questões, realize a avaliação de processo sobre os conhecimentos adquiridos nesta unidade a respeito de alguns fatores geográficos do clima.

Atividade complementar

Para incrementar as atividades 11 e 12, peça aos alunos que, em grupo, pesquisem dados e exemplos que provem a afirmação de que “a posição das regiões em relação ao Equador e a proximidade ou não dos oceanos têm uma influência muito importante sobre todos os climas”. Na sequência, eles devem elaborar uma apresentação de slides para comunicar o resultado da pesquisa à turma. Assim, ao pesquisarem informações e exemplos reais para sustentar uma afirmação, estarão exercitando a argumentação. Ao mesmo tempo, a atividade propicia que tenham uma postura ativa na seleção, organização e comunicação de informações, fazendo uso pedagógico da tecnologia. No momento da pesquisa, oriente os alunos indicando boas fontes de informação. Solicite que os grupos criem apresentações objetivas, com equilíbrio entre texto e imagens. No momento da apresentação oral, contribua para que estabeleçam uma comunicação direta e cativante.

Percurso 15

Este Percurso proporciona aos alunos a oportunidade de relacionar e analisar o clima e a vegetação de modo indissociável. Consideram-se, para isso, a distribuição de componentes físico-naturais no planeta e a biodiversidade. O conteúdo destes estudos inclui também atividades que possibilitam a elaboração de um perfil das diferentes fisionomias da vegetação que compõem uma paisagem.

As paisagens vegetais naturais e sua distribuição estão diretamente associadas ao clima; por isso, trabalhe com os mapas “Mundo: principais tipos de clima”, da página 98, e “Brasil: climas”, da página 100.

Ressalte as alterações das formações vegetais causadas pela ação humana. Para isso, peça aos alunos que observem o planisfério desta página.

Habilidades da BNCCBê êne cê cê

• EF06GE05ê éfe zero seis gê ê zero cinco
• EF06GE09ê éfe zero seis gê ê zero nove
• EF06GE11ê éfe zero seis gê ê um um

Tendo em vista o desenvolvimento da habilidade EF06GE05ê éfe zero seis gê ê zero cinco, sugerimos a leitura do mapa e das fotografias presentes no Percurso. Comente com os alunos que os tipos de vegetação natural de uma área são influenciados pelos elementos climáticos (sobretudo temperatura e umidade) – responsáveis, entre outros aspectos, pela fisionomia da vegetação, altura das plantas, formafórma das folhas, espessura dos caules etc.etcétera –, como também por outros fatores (tipos de solo, relevo, altitude, proximidade de cursos de água etc.etcétera), e que a variada associação entre eles resulta em diferentes paisagens vegetais não representadas no planisfério desta página em virtude da escala.

A construção de um perfil de vegetação, relacionada ao desenvolvimento da habilidade EF06GE09ê éfe zero seis gê ê zero nove, aguça a percepção dos alunos para as características fisionômicas da vegetação e pode servir como ponto de partida para a descrição das diferentes formações vegetais.

Na caracterização das vegetações, são mencionadas atividades antrópicas que resultam na devastação e na perda de biodiversidade, tema relacionado à habilidade EF06GE11ê éfe zero seis gê ê um um.

Recorra às paisagens representadas nas fotos A, B e C para explicar as características de cada paisagem vegetal. Peça aos alunos que descrevam essas paisagens. Pergunte se já as conheciam por meio de filmes, revistas, desenhos ou outros materiais jornalísticos e midiáticos. Valorize o repertório que eles têm, partindo do que sabem para aprofundar e sistematizar os conhecimentos.

Leia e discuta com os alunos as palavras dos glossários, colaborando para que eles compreendam o texto. Peça que se manifestem quando houver outras palavras desconhecidas e dê as explicações necessárias.

Atividade complementar

Para aprofundar a associação entre os tipos climáticos e as características das paisagens vegetais, solicite aos alunos que construam uma tabela, em duas ou três folhas de papel em branco, contendo três colunas e dez linhas. Instrua-os a preencher a primeira linha, da primeira coluna, com o título Tipo de vegetação natural; a primeira linha, da segunda coluna, com o título Principais características da vegetação; e a primeira linha, da terceira coluna, com o título Tipos de clima predominantes. Abaixo da primeira linha, da primeira coluna, as nove linhas subsequentes devem ser preenchidas com os tipos de paisagens vegetais (Tundra, Floresta de Coníferas, Florestas Temperada e Subtropical, Pradarias e Estepes, Vegetação Mediterrânea, Vegetação de Deserto, Savana, Florestas Tropical e Equatorial e Vegetação de Altitude) apresentados nas páginas 105 a 107. Os alunos podem criar pequenas ilustrações para retratar cada uma das paisagens vegetais, tornando a tabela mais colorida e atrativa. Na sequência, sugere-se que os alunos completem as linhas da segunda coluna com as principais características de cada um dos tipos de vegetação indicados na primeira coluna. Oriente-os a criar pequenas frases ou a usar palavras-chave para destacar os principais aspectos de cada uma delas. Na terceira coluna, os alunos devem identificar e indicar os tipos climáticos predominantes em cada tipo de paisagem vegetal. O objetivo da atividade é instruir os alunos na sistematização dos conteúdos estudados, contribuindo com o desenvolvimento da autonomia e da capacidade de organizar o conhecimento acessado.

Explique que nas pradarias da Rússia e da Ucrânia encontra-se um dos solos de maior fertilidade química natural do mundo, o tchernoziomtiernossion (do russo tchernotierno, negrume; e ziomciôn, terra), com horizonte A espesso, relativamente escuro e rico em matéria orgânica. Relacione esse fato à ocorrência de solos com características semelhantes no Brasil, em pequenas áreas de solos originários do basalto, informando aos alunos que, na classificação brasileira de solos, a maior parte deles poderia ser classificada como chernossolos (na Argentina esse tipo de solo também ocorre, porém em área bem maior que no Brasil). Para mais informações, consulte: LIMA, Marcelo Ricardo de. Uma análise das classificações de solo utilizadas no ensino fundamental. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, Projeto de Extensão Universitária Solo na Escola, 2004. Disponível em: https://oeds.link/Vn17L6. Acesso em: 27 mar.março 2022.

Atividade complementar

Para contribuir com o desenvolvimento da noção de localização dos alunos, oriente-os na realização de uma pesquisa com o objetivo de identificar a posição geográfica do SahelSael, na África, e dos países que correspondem à Ásia Central. Na sequência, instrua-os a cruzar as informações apresentadas pelos planisférios das páginas 98 e 104, a fim de incentivá-los a estabelecer conexões entre as características do clima e da vegetação e a localização dessas duas regiões.

Comente com os alunos que a devastação de vegetações naturais ocorre em todo o mundo. O caso dos Estados Unidos serve de exemplo: grande parte do seu território era coberto por vastas extensões de florestas Temperada e Subtropical. Atualmente, restam reduzidas áreas dessas formações. No Brasil, também ocorreu a devastação de vegetações naturais, em maior ou menor intensidade. Na Floresta Amazônica, a extração madeireira, a pecuária, a agricultura, a extração mineral e a construção de hidrelétricas são atividades econômicas que provocam desmatamento e degradação ambiental.

Competência

Ao longo do aprendizado, os alunos vão compreender que a localidade onde vivem pode ser analisada com base em diferentes aspectos e que, ao estabelecer relações entre eles, a análise será cada vez mais complexa. Essa complexidade articula diversos princípios inerentes ao raciocínio geográfico (extensão, conexão, distribuição, diferenciação, analogia etc.etcétera). Seu desenvolvimento é também responsável pelo aprimoramento da Competência Específica de Ciências Humanas 3: “Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social”.

1. Identifique uma área coberta por vegetação em seu município. Com auxílio de um adulto, faça a demarcação de uma área do terreno, utilizando barbante ou bandeirinhas fincadas no solo, subdividindo-a em duas áreas de mesma medida.
2. Percorra cada uma das áreas reparando nas características das espécies vegetais, como a espessura, a textura e a distância entre troncos, galhos e folhas.
3. Descreva as características da vegetação das duas áreas e compare-as, de acordo com as características selecionadas.

No momento de apresentação do resultado, os alunos podem descrever textual ou oralmente as espécies vegetais presentes no local visitado. Incentive-os a explorar a área para notar a extensão do terreno e a utilizar o sentido tátil para perceber a fisionomia da vegetação.

Atividade complementar

Os alunos podem apresentar algum nível de dificuldade para reconhecer as formações vegetais, mesmo em sua própria região de vivência. Por isso, seria interessante propor um estudo do meio, visando à elaboração de um perfil de vegetação. Essa atividade pode colaborar para que os alunos identifiquem o tipo de formação vegetal predominante na localidade em que residem. Realize-a em um parque urbano ou nas proximidades da escola que tenha uma área de preservação permanente ou reserva legal. Planeje e organize a atividade, coletando informações sobre as características do local. Leve os alunos a campo para que observem o entorno, o ambiente, as plantas. Peça que analisem as condições do meio físico no momento da observação, pois a quantidade e a variedade de espécies vegetais na paisagem podem aumentar ou diminuir de acordo com a altitude, por exemplo. Isso colabora com a elaboração do perfil de vegetação e a descrição de atributos quantitativos (tipos mais frequentes) e qualitativos (densidade) de maneira mais clara.

Respostas

1. Espera-se que os alunos compreendam que o perfil de vegetação é uma representação gráfica de uma parte da cobertura vegetal, na qual as plantas são desenhadas em escala, permitindo descrever e caracterizar a fisionomia da vegetação.
2. Registre na lousa o que os alunos sabem sobre isso. Explique a importância da vegetação na filtragem da água da chuva, evitando o assoreamento dos rios; no controlecontrôle da erosão do solo; nos microclimas locais etc.etcétera Comente a importância da vegetação para o ciclo da água, assunto da Unidade 5.
3. Resposta pessoal. Contextualize a vegetação natural do município para os alunos. Leve-os a pesquisar quais foram e o que gerou as transformações ocorridas ao longo da história. Peça que observem se existem remanescentes dessa vegetação e se há medidas para preservá-la.
4. Depende da localização do município. Considere as características físico-naturais, como insolação, relevo, solo, e a ação humana na formação vegetal.

Interdisciplinaridade

Esta seção Cruzando saberes pode servir de inspiração para a elaboração de projetos que visem à regeneração de uma área degradada no entorno da escola ou em outra localidade do município. Com o professor de Ciências, promova núcleos de pesquisas e debates com os alunos com o objetivo de orientá-los a respeito de possíveis técnicas a serem utilizadas, materiais necessários, tempo de trabalho estimado para a implementação do projeto e os possíveis resultados esperados. Os levantamentos e estudos realizados pelos alunos podem dar origem a diferentes projetos e, caso seja conveniente, os alunos podem apresentá-los à Prefeitura Municipal ou a outras instituições locais com o intuito de estabelecer parcerias para colocá-los em prática.

Temas contemporâneos transversais

Esta seção trabalha com os temas Educação Ambiental e Ciência e Tecnologia. Aborde com os alunos a importância de pesquisas científicas relacionadas à regeneração das paisagens vegetais para o bem-estar e a qualidade de vida dos seres humanos, considerando-se que tais iniciativas visam mitigar os efeitos das mudanças climáticas e conservar a biodiversidade, além de: contribuir para purificar e aumentar a umidade do ar; diminuir a temperatura; absorver o gás carbônico (CO₂cê ó dois) e liberar oxigênio (O₂ó dois), melhorando a qualidade do ar; entre outros. Com isso, espera-se que os alunos reconheçam e valorizem o papel da ciência e do desenvolvimento tecnológico em benefício da comunidade e do meio ambiente.

Respostas

1. A floresta tropical consegue recuperar o número de espécies de árvores, mas, apesar disso, nem sempre é possível regenerar o mesmo conjunto de espécies que compunham a paisagem vegetal natural, pois algumas delas podem desaparecer.
2. Apesar de a pesquisa ter apresentado resultados satisfatórios, o processo de regeneração das paisagens vegetais demanda tempo de recuperação e pode não conseguir restaurar a composição original de espécies naturais da floresta. Nesse sentido, converse com os alunos a respeito da necessidade de preservar as áreas originais das florestas e conduza o debate de formafórma que possam refletir a respeito do uso que será dado a esse tipo de estudo. Reforce a importância de aplicar as técnicas desenvolvidas pela pesquisa para recuperar regiões que já foram degradadas, e não as explorar com o intuito de desmatar áreas novas para depois regenerá-las.
3. Resposta pessoal. Ressalte a importância da educação ambiental para a preservação das árvores já plantadas.

Ao comparar os mapas A e B, os alunos devem perceber que todas as formações vegetais naturais brasileiras foram alteradas pela ocupação humana.

Percurso 16

No último Percurso desta Unidade, são descritas as formações vegetais naturais existentes no Brasil e problematizadas as ameças à biodiversidade local decorrentes de atividades antrópicas.

Habilidade da BNCCBê êne cê cê

• EF06GE11ê éfe zero seis gê ê um um

Os conteúdos apresentados neste Percurso propiciam o desenvolvimento das habilidades de perceber e analisar as relações sociedade-natureza, partindo da observação e interpretação da distribuição e interação dos componentes físico-naturais, que abarcam também a biodiversidade nas diversas escalas geográficas e suas transformações.

Os mapas A e B desta página devem ser comparados para que os alunos percebam a devastação vegetal ocorrida no país. Ressalte a ocupação histórica da faixa litorânea e a devastação da Mata Atlântica, como também associe a devastação das outras formações vegetais ao desenvolvimento das atividades econômicas.

Interdisciplinaridade

Com o professor de Ciências, é possível ampliar os conhecimentos sobre os tipos de espécies vegetais, as fisionomias e as adaptações dos seres vivos, a relação entre desmatamento e hábitat, as espécies ameaçadas de extinção e os corredores de biodiversidade. Com o professor de Matemática, é possível planejar e desenvolver um projeto interdisciplinar relacionado à compreensão e à aplicação de dados socioambientais, conforme recomenda a habilidade EF06MA32ê éfe zero seis ême ah três dois: “Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões”, do componente curricular Matemática.

Segundo a Fundação SOSésse ó ésse Mata Atlântica, a Mata Atlântica cobria uma área equivalente a 1.315.4601315460 km²quilômetros quadrados. Nos dias atuais restam apenas cercacêrca de 9,0% de remanescentes florestais acima de 100 hectares. Se considerarmos os fragmentos de floresta nativa acima de 3 hectares, em 2019, o percentual é próximo a 12,4%.

Competência

Ressalte o papel dos povos originários e das comunidades tradicionais para o conhecimento sobre a Floresta Amazônica e sua conservação. Discuta o fato de que a relação com a floresta é central na identidade de muitos desses povos e comunidades. Destaque os principais desafios enfrentados por esses grupos, considerando o avanço da fronteira agrícola. Isso pode ser realizado com o uso de um mapa sobre o tema, evidenciando a evolução histórica do avanço do agronegócio no Brasil. Ao ressaltar a identidade desses povos e comunidades e os principais problemas que enfrentam, contribui-se para que os alunos desenvolvam a Competência Específica de Ciências Humanas 1: “Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de formafórma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos”.

Faça comparações entre as formações vegetais naturais do Brasil. Explore princípios do raciocínio geográfico (aqui são especialmente pertinentes os princípios de analogia e diferenciação). Peça aos alunos que identifiquem semelhanças e diferenças entre essas paisagens. Além disso, é importante que percebam que a variação das paisagens e da biodiversidade é resultado da interação de distintos fatores geográficos de ordem físico-natural e humana.

Comente com os alunos que os povos originários desempenham um papel fundamental na preservação da vegetação nativa de diversas regiões brasileiras. No sudoeste do Paraná, a maior reserva de araucárias do mundo é mantida em pé, sobretudo, graças ao esforço das mulheres das etnias Kaingang e Guarani. Se julgar pertinente, promova uma leitura compartilhada do seguinte texto: NERES, Vanessa. Incansáveis guardiãs da (ainda) maior reserva de araucárias do mundo. O Eco. 17 nov.novembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/pCdA0x. Acesso em: 27 mar.março 2022. Na sequência, monte uma rodada de discussões para que os alunos expressem as opiniões deles sobre o assunto.

Se houver interesse em ampliar a compreensão dos alunos acerca da importância econômica e cultural do babaçu para as Grandes Regiões Norte e Nordeste do Brasil, o projeto Nativas Digitais, vinculado à Unitins (Universidade Estadual do Tocantins), disponibiliza texto, vídeos e podcastspódikests sobre a temática (disponível em: https://oeds.link/0KXE8h; acesso em: 27 mar.março 2022).

Comente que no Brasil, ao longo da história, o Cerrado foi desvalorizado simbolicamente, sendo qualificado como uma vegetação “feia” e “pobre” em decorrência da presença de árvores retorcidas e da falta de exuberância comparativamente a outras paisagens vegetais naturais do país. Entretanto, o desenvolvimento de pesquisas sobre as distintas espécies que compõem o Cerrado e outros aspectos que o caracterizam fez avançar os conhecimentos sobre sua importância e sua dinâmica. Tal fato tem produzido uma consciência socioambiental, que, por sua vez, tem despertado atenção para a necessidade da preservação e do uso sustentável dessa paisagem.

Instigue os alunos a assistir ao documentário sugerido no boxe Pausa para o cinema. A sugestão pode ser útil também para um trabalho dirigido em sala de aula, com a seleção da exibição de determinados trechos que poderão ser problematizados, mais bem explicados e discutidos.

Atividade complementar

No Brasil, há diversas iniciativas que buscam restaurar áreas cuja vegetação foi desmatada. No estado de Goiás, pesquisadores e moradores da região da Chapada dos Veadeiros criaram um projeto para recuperar áreas degradadas por pastagens e incêndios. No documentário Cerrado de volta: a restauração na Chapada dos Veadeiros, os participantes da iniciativa reforçam a importância do bioma para o abastecimento das bacias hidrográficas de todo o Brasil e explicam as técnicas e ações que eles usam para restaurar a vegetação. O vídeo foi produzido pela UnBTVu êne bê tê vê (canal de divulgação audiovisual da Universidade de Brasília), em 2020, e pode ser acessado gratuitamente (disponível em: https://oeds.link/1zpfb7 acesso em: 27 mar.março 2022). Se possível, assista ao material com os alunos e converse com eles a respeito da importância de projetos de restauração que envolvam, além dos pesquisadores e técnicos, as comunidades locais.

A resposta ao exercício do boxe No seu contexto depende do município. Esta é uma oportunidade para realizar o estudo das condições naturais do município e sobre o processo de construção de seu espaço geográfico.

Auxilie os alunos a contextualizar o conteúdo trabalhado com observações e análises de informações sobre seu próprio município. Proporcione momentos de conversa em que possam interagir sobre o que percebem a respeito dos impactos das ações humanas nas paisagens vegetais naturais. Há concordâncias ou divergências sobre o que os alunos observam? Explique as condições atuais dessas paisagens, considerando as atividades econômicas, os processos históricos e as características naturais do município.

Nos mapas A e B, na página 110, os campos das zonas de planaltos das Grandes Regiões Sul e Centro-Oeste não estão representados em virtude da escala usada. Na Grande Região Centro-Oeste, em particular no estado de Mato Grosso do Sul, há campos limpos, cuja área de abrangência é menor em relação aos Campos da Campanha Gaúcha e aos Campos amazônicos ou Campinaranas, na Amazônia.

Por meio da comparação e análise das fotos A, B, C e D, exercite princípios do raciocínio geográfico com os alunos, como o de analogia e o de diferenciação. Explique as semelhanças e as diferenças de paisagens vegetais naturais. Para isso, solicite aos alunos que as observem e as descrevam, incentivando-os a considerar detalhes, a comparar cores, objetos, relevo, tipo e formafórma de vegetação etc.etcétera Verifique se conhecem algum dos lugares representados. Em caso positivo, dê oportunidade para que o aluno expresse oralmente sua experiência nesse lugar, perguntando: “O que você observou com relação ao clima e à vegetação?”.

A ação humana e as formações vegetais

[LOCUTOR]: No Brasil, a ocupação do território e o desenvolvimento das atividades econômicas diminuíram consideravelmente as áreas de vegetação nativa. A seguir, refletiremos sobre as consequências da ação humana sobre algumas formações vegetais brasileiras: Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.

[vinheta]

[LOCUTOR - Som de água corrente]: O Cerrado é composto por vegetação rasteira, com arbustos e árvores de troncos retorcidos e raízes profundas. Você sabia que são essas raízes profundas que ajudam a preservar as nascentes de importantes rios, como o São Francisco e o Xingu, por exemplo?

[LOCUTOR]: As raízes das plantas localizadas em áreas de maior altitude retêm, no subsolo, parte da água que alimenta muitos rios brasileiros, que correm para as áreas de altitude mais baixa. Não é à toa que chamam o Cerrado de berço das águas do Brasil! 

[LOCUTOR]: Porém, a partir de 1960, com a construção de Brasília e de rodovias na região central do território brasileiro, o desenvolvimento de atividades agrícolas e pecuárias em grandes propriedades rurais incentivou o desmatamento da vegetação de Cerrado.

[LOCUTOR]:Calcula-se que o Cerrado tenha perdido mais da metade de sua vegetação original! Imagine quantos rios deixaram de ser abastecidos por causa de tamanha devastação? Por isso a preservação dessa formação vegetal é tão urgente. 

[vinheta]

[LOCUTOR - Som de mata]: A Mata Atlântica, ou Mata Tropical, é uma formação que abrangia originalmente extensas áreas, predominantemente na porção leste do território brasileiro, desde o estado de Pernambuco até o Rio Grande do Sul. É nessa faixa do território que, atualmente, localizam-se algumas das maiores aglomerações populacionais do país.

[LOCUTOR]: Com uma biodiversidade comparável à da Floresta Amazônica, é composta por árvores de médio e grande porte, formando um ambiente úmido e sombreado, com bromélias, begônias, orquídeas e árvores como o jacarandá, a peroba e o pau-brasil.

[LOCUTOR - Som de machado cortando árvore]: Aliás, foi a exploração de pau-brasil que iniciou a devastação na Mata Atlântica, com a chegada dos europeus, em 1500. Do tronco dessa árvore, que antes era abundante na mata, retirava-se um corante usado para tingir os tecidos de vermelho.

[LOCUTOR]: Hoje restam poucos fragmentos de Mata Atlântica no Brasil, e infelizmente ainda se registram desmatamentos dessa formação vegetal. 

[vinheta]

[LOCUTOR]: A caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro que ocorre no semiárido e abrange oito estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais.

[LOCUTOR]: O Semiárido possui 22,6 milhões de habitantes. Desse montante, 8,6 milhões – isto é, mais de um terço! – vivem no meio rural. A maioria dessas pessoas pratica a agropecuária familiar.

[LOCUTOR]: Além dessa atividade, a população da caatinga também vive do extrativismo. O umbu, por exemplo, é um fruto nativo da região que antigamente era extraído com técnicas de golpes nas árvores, prática que derrubava ou destruía os umbuzeiros. Mas por que a população trabalhava dessa forma? 

[LOCUTOR]: Antes não havia uma preocupação ambiental na extração do umbu. Mas, a partir do momento em que os umbuzeiros começaram a desaparecer da paisagem, [Som de pá] cooperativas locais passaram a incentivar práticas sustentáveis de colheita e até mesmo o plantio de novas árvores. 

[LOCUTOR]: Essa é a atitude que vale a pena! As formações vegetais guardam grande biodiversidade que pode ser explorada economicamente, mas de forma sustentável, pensando em preservação para as gerações futuras. 

Nestes estudos, articule sempre a feição paisagística ao uso que o ser humano faz dessas paisagens. Incentive os alunos a propor questões e soluções relacionadas a esses conhecimentos geográficos. Sensibilize-os para a valorização dessas paisagens, contribuindo para despertar a consciência socioambiental.

No ano de 2020, o Pantanal vivenciou um dos piores incêndios já registrados no bioma. Foram consumidos pelo fogo 3.909.0753909075 hectares da vegetação, o que corresponde a 26% da área total do Pantanal. Apesar de haver ocorrências de queimadas naturais nos biomas, levantamentos apontaram que, em 2020, o fogo nas áreas pantaneiras foi causado por atividades humanas ilegais. O incêndio causou diversos impactos ambientais na diversidade de ecossistemas do Pantanal e também afetou seriamente a vida das pessoas que nele habitam. Para aprofundar a temática, converse com os alunos sobre as causas e as consequências desses eventos. Diversas informações, reportagens e fotos podem ser encontradas nos sítios eletrônicos das instituições SOSésse ó ésse Pantanal (disponível em: https://oeds.link/0MetFO acesso em: 27 mar.março 2022) e Observatório do Pantanal (disponível em: https://oeds.link/KXcCRu acesso em: 27 mar.março 2022).

Temas contemporâneos transversais

Reflita com os alunos sobre os temas Ciência e Tecnologia e Educação Ambiental, ressaltando a ampliação do monitoramento do meio ambiente, a exemplo das informações obtidas por meio de imagens de satélite, como o acompanhamento da intervenção humana, a degradação e a perda de biodiversidade nos diversos biomas.

Interdisciplinaridade

O tema da biodiversidade em biomas brasileiros pode ser aprofundado com o auxílio do professor de Ciências. Ele também poderá contribuir no planejamento de uma atividade sobre o tema, com a elaboração e a apresentação de murais. Outros assuntos relacionados poderão ser tratados, como a caracterização dos principais biomas brasileiros quanto à flora, à fauna e às correlações entre os componentes físico-naturais na paisagem (a partir da presença da água, dos tipos de solo, da disponibilidade de luz solar e da temperatura, entre outras).

Respostas

1. A expansão da agropecuária, tanto para pastagens como para agricultura.
2. Converse com os alunos a respeito dos problemas sociais e ambientais que podem ser provocados pelo intenso desmatamento das áreas de Cerrado, tais como: degradação do solo, redução das chuvas e do abastecimento hídrico, diminuição da qualidade do ar, queimadas, redução da biodiversidade, entre outros. Se necessário, permita que os alunos pesquisem e se informem a respeito do assunto antes de apresentar seus argumentos.
3. Depende do município. Se o aluno não souber, oriente-o sobre a realidade do município em que vive e quanto aos meios de obter informações confiáveis, para que possa construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental, como também propor ações para questões relacionadas ao seu espaço de vivência.

Respostas

1. 1. Floresta Amazônica, também chamada Floresta Equatorial.
   2. Exploração madeireira e expansão da agropecuária. Também podem ser citadas a construção de rodovias e a exploração mineral.
2. A biodiversidade corresponde à diversidade de espécies vegetais e animais em um local. A Floresta Equatorial apresenta grande diversidade, enquanto a Floresta Temperada tem baixa diversidade de espécies.
3. 1. Alguns dos principais estados são: Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba.
   2. São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
4. 1. O planisfério da página 104, além de representar as paisagens vegetais naturais da Terra, mostra também as áreas cultivadas. O planisfério desta atividade representa a distribuição da vegetação natural sem a intervenção humana.
   2. A porção ocidental da Europa era ocupada, no passado, pela Floresta Temperada. Percebe-se que ela foi intensamente desmatada para ceder lugar à prática da agricultura. Comente com os alunos que a expansão das áreas urbanas também é responsável pela modificação das paisagens e pelo desmatamento de áreas cobertas por vegetação natural.
   3. A Tundra. Ela ocorre na região do interior do Círculo Polar Ártico, formada por vegetação rasteira que, após o degelo, formafórma um manto de flores. O verão na região se limita a dois ou três meses, quando, então, a fauna, por causa da abundância de alimentos, se propaga (insetos, aves e mamíferos, como o boi-almiscarado, o urso-polar, a rena, a raposa-do-ártico).

5. 1. Incentive os alunos a observar as formações vegetais retratadas nas fotos e as indicações de suas respectivas localizações, relacionando-as com o planisfério da página 118, de modo que concluam: A – Floresta Boreal ou Taiga; B – Tundra; C – Savana.
   2. A Floresta Boreal ou Taiga. A extração de madeira fornece matéria-prima para a fabricação de papel, entre outros usos.
6. 1. Em 1995, quando foram desmatados quase 30.000 km²quilômetros quadrados; e em 2003 e 2004, anos nos quais o desmatamento superou 25.000 km²quilômetros quadrados.
   2. Verifique a coerência da resposta dos alunos. É importante que eles percebam que a soma da área do desmatamento da Amazônia em determinados anos é equivalente à área total dos estados de Alagoas e do Rio de Janeiro juntos. Por exemplo, em 1995, a área desmatada se aproximava da área do estado de Alagoas. Em 2001 e 2002, o total da área desmatada praticamente equivalia à área do Rio de Janeiro.
   3. A Floresta Amazônica é ameaçada pela extração ilegal de madeira e pelo avanço de pastagens e do cultivo de soja, sobretudo no norte do estado de Mato Grosso.
7. Com maior ou menor intensidade, todas as formações vegetais brasileiras sofreram intervenção humana. Discuta com os alunos a noção de sustentabilidade, pela qual se busca reduzir o impacto humano sobre a natureza, perpetuando a possibilidade de uso dos recursos naturais.

Se julgar conveniente, o painel poderá ser substituído pela elaboração de um podcast para compartilhar as informações pesquisadas. Essa atividade, além de propiciar a seleção, a organização e a divulgação de informações, contribuindo para que os estudantes produzam conteúdo com autoria, traz a possibilidade de os alunos fazerem uso pedagógico da tecnologia com o objetivo de socializar o conhecimento construído. A estratégia da criação de podcastspódikests, além de contribuir para o letramento digital e midiático dos alunos, favorece a comunicação oral, estimulando a participação deles. Para ver como gravar podcasts em sala de aula, leia “Chegou a hora de inserir o podcast na sua aula”, disponível em: https://oeds.link/EOk7KC; acesso em: 27 mar.março 2022.

Competências

A seção Caminhos digitais, que encerra a Unidade 4, permite o desenvolvimento das Competências Gerais da Educação Básica 5 e 7, respectivamente, “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de formafórma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva” e “Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta”.

Peça aos alunos que leiam o texto atenciosamente, destacando os termos que desconhecem. Após a leitura individual, promova uma conversa sobre o que entenderam do texto, solicitando que partilhem as dúvidas e os comentários que julgarem pertinentes. Explique o que for necessário para a compreensão do tema tratado. Dessa formafórma, serão estimulados o diálogo e o respeito ao outro, uma vez que a situação permite que os alunos se expressem, a fim de serem ouvidos e de ouvirem os demais colegas.

Se julgar necessário, explique aos alunos o significado do termo infraestrutura: conjunto de instalações que garantem o funcionamento de serviços de transportes, comunicação, saneamento básico e demais atividades humanas.

Promova um debate sobre as vantagens e as desvantagens do uso de tecnologias de geolocalização. Permita que os alunos expressem oralmente suas opiniões sobre o tema. Depois, crie duas listas na lousa: uma que indique como essas tecnologias podem ser úteis e outra sobre como evitar riscos ao usá-las. Peça que listem, no caderno, quem eles gostariam que soubesse de sua localização a qualquer momento e que justifiquem a escolha. Converse sobre a importância de seus responsáveis saberem onde e com quem estão. Pergunte: “Como as informações de geolocalização podem ser usadas por governos, empresas e pessoas?”; “O controlecontrôle dessas informações pode ser entendido como formafórma de poder?”. Permita que os alunos opinem sobre a relação entre posse de informações e poder e que argumentem com base em fatos, dados, informações confiáveis, formulando e defendendo ideias éticas em relação ao cuidado de si e dos outros, como recomenda a Competência Geral da Educação Básica 7.

Em Fique ligado!, ajude os alunos a identificar os aparelhos com rastreamento por GPSgê pê ésse. Oriente-os a sempre ler os termos de uso antes de aceitar fornecer suas informações. O tema desenvolve a Competência Geral da Educação Básica 5, propiciando aos alunos a oportunidade de compreender e usar crítica, reflexiva e eticamente as tecnologias digitais da informação. Destaque a pertinência do uso responsável e consciente desses recursos que hoje são fundamentais para comunicar, acessar, disseminar informações e resolver problemas cotidianos pessoais e coletivos.

Os textos das Competências Gerais 5 e 7 podem ser encontrados no quadro das competências na página Vcinco deste manual.

Respostas

1. As ferramentas digitais on-line que recebem o sinal de GPSgê pê ésse permitem localizar e personalizar informações de acordo com as necessidades imediatas do usuário, como saber quanto tempo o ônibus demorará para chegar ao ponto em que se está esperando.
2. Riscos à segurança ou furto de informações para uso em golpes, por exemplo.

Atividade complementar

Com base nas respostas da atividade 2, peça aos alunos para criarem um “meme” sobre os riscos que os aplicativos ou outras ferramentas digitais com acesso à internet e GPSgê pê ésse oferecem a seus usuários. O “meme” é um gênero que combina frases curtas e imagens para produzir um efeito cômico, cujo objetivo é ironizar uma determinada situação. Por afirmar um ponto de vista, o “meme” visa à persuasão do leitor, portanto sua criação também é um exercício de argumentação. Espera-se que os alunos consigam mobilizar e sintetizar as informações do texto demonstrando os riscos envolvidos no uso das tecnologias de geolocalização. Essa abordagem também favorece o letramento digital e midiático dos alunos e estimula o uso pedagógico da tecnologia.