UNIDADE 1 O TERRITÓRIO BRASILEIRO
Nesta Unidade, você estudará aspectos da formação territorial do Brasil e perceberá que as fronteiras que hoje o país apresenta não foram obra da natureza, mas resultado de um longo processo de ocupação humana. Também conhecerá diferentes regionalizações do território brasileiro e os diversos desafios para a conservação ambiental.
• País de dimensões continentais
O território brasileiro apresenta uma área de ..8510345 quilômetros quadrados. Com essa dimensão, o Brasil é o quinto maior país do mundo. Se compararmos sua extensão com a da Oceania, que tem ..8530602 quilômetros quadrados, constataremos que esse continente e nosso país apresentam áreas aproximadas.
Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 69 e 89.
VERIFIQUE SUA BAGAGEM
- Observe o mapa e, por meio do seu raciocínio, interprete e explique o que ele está representando.
- O Brasil é um país de dimensão continental. Você concorda com essa afirmação? Por quê?
- Você sabe quais são os países mais extensos que o Brasil?
PERCURSO 1 LOCALIZAÇÃO E EXTENSÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
1. Como localizar o território brasileiro?
• A localização quanto aos hemisférios
O território brasileiro pode ser localizado com base na divisão do mundo em hemisférios. Considerando que no globo terrestre o Meridiano de Greenwich define o leste (ou oriente) e o oeste (ou ocidente) e que a linha equatorial define o norte (ou setentrional) e o sul (ou meridional), observe a localização do Brasil no planisfério.
O Brasil no planisfério
Fonte: elaborado com base em í bê gê É ponto Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 34.
Em relação ao Meridiano de Greenwich e à linha equatorial, em que hemisférios o território brasileiro se localiza?
• A localização quanto às zonas térmicas
Ao observarmos o mapa A da página seguinte, podemos notar que a maior parte do território brasileiro localiza‑se na Zona Tropical, definida pelos trópicos de Câncer, no Hemisfério Norte, e de Capricórnio, no Hemisfério Sul. Essa zona é a parte do globo mais iluminada e aquecida pelos raios solares; por isso, no Brasil predominam os climas quentes.
O sul do estado de São Paulo, o extremo sul de Mato Grosso do Sul, a maior parte do Paraná e os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul localizam-se na Zona Temperada do Sul, onde as médias de temperatura anuais são inferiores às da Zona Tropical. Trata-se de uma região que, no inverno do Hemisfério Sul, fica sob a ação da massa de ar frio Polar atlântica. Essa massa de ar é responsável por quedas de temperatura, geadas e formação de neve, principalmente nas serras de Santa Catarina.
Mundo: zonas térmicas ou climáticas
Fonte: í bê gê É ponto Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 58.
• A localização no continente americano
A América é um continente que se estende desde as altas latitudes do Hemisfério Norte até as altas latitudes do Hemisfério Sul (observe o mapa B). Em vista disso, o continente americano foi dividido em América do Norte, América Central e América do Sul.
O Brasil está localizado na América do Sul e ocupa grande parte dessa porção do continente. Suas terras estão, em maior parte, abaixo da linha do Equador.
Localização do Brasil na América
Fonte: elaborado com base em í bê gê É ponto Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 34.
O continente americano se localiza em quais zonas climáticas?
• A localização na América quanto às línguas oficiais
A partir do início do século dezesseis, a América começou a ser colonizada por povos europeus, que ocuparam as terras que eram habitadas por povos nativos, os indígenas, e impuseram seu modo de vida e sua cultura.
A língua é um dos elementos culturais herdados dos colonizadores. Por isso, existem atualmente no continente americano países de línguas neolatinasglossário e países de língua inglesa e holandesa como idiomas oficiais, além de línguas indígenas herdadas de grupos que conseguiram sobreviver à conquista e à colonização europeia.
Quanto às línguas oficiais e sua predominância, a América é dividida em:
- América Latina, formada pelos países de língua neolatina;
- América Anglo-saxônicaglossário , constituída por países de língua inglesa.
É importante notar que essa divisão, porém, não é rígida: existem países no continente americano que, embora tenham como língua oficial o inglês ou o holandês, devem ser considerados pertencentes à América Latina. É o caso da República da Guiana, da Jamaica e do Suriname, por exemplo, que, por causa de suas características históricas e sociais, assemelham-se mais aos países latino-americanos. Como semelhança histórica, podemos destacar o passado colonial, caracterizado pela exploração, ou seja, organização da produção voltada para atender às necessidades da metrópole; implantação da grande propriedade agrícola e monocultora e da exploração mineral; produção com base no trabalho escravo indígena e do negro africano.
Tendo por base esses aspectos históricos e sociais, o Brasil situa-se na América Latina, formada por todos os países da América, exceto Estados Unidos e Canadá.
América: línguas oficiais
Fonte: elaborado com base em Charliê Jác( Organização.). Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 188.
Na América, alguns países têm mais de uma língua oficial. Observe o mapa e identifique-os.
2. Extensão do território brasileiro
O território brasileiro apresenta uma área de ..8510345 quilômetros quadrados e ocupa 47% do território da América do Sul. O Brasil faz fronteira terrestre com nove países: Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, e com a Guiana Francesa, território pertencente à França.
A fronteira terrestre brasileira estende-se por .15719 quilômetros, e seu litoral apresenta .7367 quilômetros de extensão. Essa extensão do litoral brasileiro equivale aproximadamente à distância entre as cidades de Caracas, capital da Venezuela, e Ushuaia, no extremo sul da Argentina. Isso representa grande potencial econômico para os transportes marítimos, para as atividades turística e pesqueira e para a exploração de recursos naturais, como o petróleo.
América do Sul: político
Fonte: elaborado com base em í bê gê É ponto Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 41 e 91.
Quais são os dois países da América do Sul com os quais o Brasil não faz fronteira terrestre?
3. Pontos extremos do território brasileiro
Em virtude da vasta área do território brasileiro, as distâncias entre seus pontos extremos são grandes, tanto na direção norte-sul (distância latitudinal) como na leste-oeste (distância longitudinal).
Brasil: distância entre os pontos extremos
Fonte: í bê gê É ponto Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 91.
Qual é a diferença de extensão entre as duas distâncias representadas no mapa?
4. Latitudes e diversidade de climas e paisagens naturais
Há uma grande diversidade de climas e paisagens naturais no território brasileiro. Isso se deve, entre outros fatores, à sua longa extensão de norte a sul, pois as diferentes latitudes do território influenciam o clima de acordo com a intensidade da energia solar incidente ao longo do ano. O clima e outros fatores geográficos regionais exercem influência sobre os solos, as fórmas de relevo, a hidrografia e as formações vegetais.
Brasil: climas
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. nota de rodapé 5. ed. São Paulo: Moderna, 2019. página 119.
5. Os fusos horários
Os fusos horários são faixas imaginárias, na mesma direção dos meridianos, que dividem a Terra em 24 partes com mesmo horário. Essas faixas foram estabelecidas com base no movimento de rotação da Terra, que demora aproximadamente 24 horas para dar uma volta completa em torno de seu eixo.
Cada fuso mede 15 graus da circunferência terrestre. Essa medida corresponde à divisão dos 360 graus da circunferência da Terra por 24 (número de horas que a Terra demora para completar o movimento de rotação). Em outras palavras, a cada hora a Terra gira 15 graus.
O Meridiano de Greenwich é usado como referência para calcular as horas, sendo considerado o fuso zero. Considerando que a Terra gira em torno de seu eixo imaginário de oeste para leste, estabeleceu-se que, em relação à hora do fuso de Greenwich, as localidades situadas a leste têm uma hora adiantada por fuso horário; as localidades situadas a oeste têm uma hora atrasada por fuso horário.
A delimitação em 15 graus de cada fuso horário define o limite teórico das horas. No entanto, cada país tem a liberdade de instituir seu conjunto de horas legais com base em suas particularidades e conveniências, sem a necessidade de respeitar a delimitação teórica, o que permite a criação do limite prático. Observe o planisfério.
Mundo: fusos horários
Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 19.
Mochila de ferramentas
Como calcular as horas por meio de um mapa de fusos horários
Para muitos viajantes, é importante saber se precisam atrasar ou adiantar a hora do relógio. O planisfério de fusos horários nos permite saber as horas em qualquer localidade do mundo. Vamos aprender a calcular.
Como fazer
- Observe novamente o planisfério da página anterior e identifique o fuso zero.
- Entre as cidades representadas no planisfério, escolha duas. Neste exemplo, vamos considerar Brasília e Pequim.
- Para determinar a diferença no horário entre as duas cidades que você escolheu, basta saber as horas em uma delas e contar os fusos no mapa.
Vamos imaginar então que sejam 9 horas da manhã em Brasília. Contando no planisfério os fusos que separam as duas cidades de oeste para leste, verificamos que existem 11 fusos entre a capital do Brasil e a da China. Como devemos adiantar a hora dos relógios quando caminhamos de oeste para leste, em Pequim serão 20 horas.
No Brasil, adotou-se o limite prático para dividir o território em quatro fusos horários. Um deles abrange as ilhas oceânicas, e três, a porção continental. Observe o mapa.
Brasil: fusos horários – limites teórico e prático
Fonte: í bê gê É ponto Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 91.
- Supondo que, em Londres, os relógios estejam marcando 14 horas, calcule as horas para as seguintes localidades: Recife Pernambuco, Rio de Janeiro Rio de Janeiro, Rio Branco Acre e Porto Velho Rondônia.
- A unidade da federação em que você mora se localiza em qual fuso horário? Em relação ao Meridiano de Greenwich, qual é a diferença de horas?
- Em grupo, criem duas afirmações sobre os fusos horários do Brasil. Elas podem ser falsas ou verdadeiras. Escrevam-nas em uma folha de papel e entreguem ao professor. Em seguida, ainda no grupo, julguem as afirmativas que os outros grupos criaram, decidindo se são falsas ou verdadeiras. Anotem as respostas do grupo, comparem-nas com as dos outros grupos e identifiquem aquele que fez mais acertos.
PERCURSO 2 A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO E A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS GEOGRÁFICOS
1. A formação territorial
Os atuais limites e a extensão do território brasileiro resultaram de uma história que se iniciou nos anos de 1500, com a chegada dos colonizadores portugueses, que passaram a se apropriar de territórios indígenas.
A formação territorial inicial do Brasil, como também a formação da sociedade brasileira e, consequentemente, a construção de espaços geográficos não indígenas, realizada por europeus e por luso-brasileirosglossário , ocorreram entre o século dezesseis e a primeira metade do século , durante o período em que predominou o dezoito mercantilismoglossário , também chamado capitalismo comercial.
Assim, no século dezesseis, o território que viria a ser o Brasil foi conquistado pelos portugueses e incorporado ao comércio mundial da época. Os interesses de Portugal orientaram a ocupação do território e a construção inicial de espaços geográficos no Brasil. Os conquistadores portugueses em associação com o Reino de Portugal procuraram explorar produtos que lhes dessem lucros por meio do comércio, de acordo com os princípios mercantilistas.
• O início: século dezesseis
No início da colonização, os portugueses estabeleceram-se na faixa litorânea, explorando o pau-brasil, árvore nativa da Mata Atlântica. Introduziram a cultura de cana-de-açúcar e a produção do açúcar, a cultura do tabaco e a criação de gado, iniciando a apropriação das terras indígenas (observe o mapa A). Essas atividades econômicas foram responsáveis pela construção dos primeiros espaços geográficos não indígenas no Brasil. Esse processo de construção e reconstrução de espaços geográficos foi contínuo e ocorre até os nossos dias, pois se trata das transformações que a sociedade realiza no espaço em que vive.
Ainda no século dezesseis, os colonizadores organizaram expedições oficiais, conhecidas como entradas, com o propósito de descobrir ouro e pedras preciosas e escravizar indígenas. Partiam de Porto Seguro (sul do atual estado da Bahia) e das imediações de Salvador, levando o povoamento do território para o interior.
Brasil: economia e construção de espaços geográficos – século dezesseis
Fontes: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de êti ól Atlas histórico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: fei , 1991. página 20; VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico: geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. página 102.
Nota: Ao longo da história de ocupação do território brasileiro, os colonizadores empregaram topônimos indígenas para nomear os rios à medida que foram conhecendo o território. Nesta obra, os rios serão representados com os nomes atuais para fins didáticos.
• Séculos dezessete e dezoito
O Tratado de Tordesilhas, firmado em 1494, dividiu as terras americanas entre Espanha e Portugal. No século dezessete, porém, os portugueses e seus descendentes nascidos aqui ultrapassaram os limites desse tratado, apropriando-se de terras a oeste que pertenciam à Espanha. O avanço para o interior do continente se deu pelo Rio Amazonas, na busca por drogas do sertãoglossário , coletadas por indígenas escravizados. Além disso, a expansão da pecuária ocorreu em direção ao interior, chegando às terras que se localizavam a oeste do Meridiano do Tratado de Tordesilhas. Consulte o mapa B.
Brasil: economia e construção de espaços geográficos – século dezessete
Fontes: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et al. Atlas histórico escolar. oitava ediçãoRio de Janeiro: fei , 1991. página 20 e 28; VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico: geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. página 102.
O bandeirismo
Ao mesmo tempo que ocorria a implantação das atividades econômicas citadas, expedições armadas de colonos e de indígenas já integrados aos conquistadores, conhecidas como bandeiras, partiam da Vila de São Paulo em direção ao interior do território. O objetivo das bandeiras era aprisionar indígenas e vendê-los como escravos. As bandeiras também são conhecidas na nossa história como bandeirismo ou sertanismo apresador. Observe o mapa C.
Bandeirismo apresador – século dezessete
Fontes: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de êti ól Atlas histórico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: fei , 1991. página 24; DANTAS, José. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1984. página 81.
Outras bandeiras, chamadas bandeirismo ou sertanismo minerador, partiam também da Vila de São Paulo e tinham o objetivo de procurar ouro e pedras preciosas.
Ocorreram, ainda, bandeiras contratadas por donatáriosglossário , que partiam de Salvador, Olinda e Recife para combater e submeter à escravidão os indígenas que se opunham à conquista do interior, além de ter a missão de capturar negros escravizados que tinham fugido das plantações e destruir quilombos (povoações de escravos fugidos). Essa ação recebeu o nome de bandeirismo ou sertanismo de contrato. Observe o avanço dessas bandeiras no mapa D.
Bandeirismo minerador e de contrato – século dezoito
Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de êti ól Atlas histórico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: fei , 1991. página 24.
Qual rio facilitou o avanço da bandeira de Silva Braga no território?
No século dezoito, a economia da colônia tinha se interiorizado ainda mais, criando novos espaços geográficos. Podemos observar, no mapa E, que muitos povoados, depois transformados em vilas e cidades, surgiram no interior do território graças à expansão das bandeiras, da atividade mineradora e da pecuária.
Brasil: economia e construção de espaços geográficos – século dezoito
Fontes: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de êti ólAtlas histórico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: fei , 1991. página 32; VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico: geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. página 102.
Explique como o processo de expansão da ocupação do território intensificou a produção de espaços geográficos.
• Século dezenove
No século dezenove, três outras atividades econômicas se tornaram “motores” da construção do espaço: a cultura do cacau no sul da Bahia; a cafeicultura no Rio de Janeiro e em São Paulo, que atraiu muitos imigrantes estrangeiros e contribuiu para o povoamento dessas áreas cafeeiras e para o crescimento urbano; e a extração de látex na Amazônia para a fabricação de borracha, que atraiu populações do nordeste do território e estrangeiros (mapa F).
Brasil: economia e construção de espaços geográficos – século dezenove
Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et al. Atlas histórico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: fei , 1991. página 38.
Que atividade econômica, no final do século dezenove, foi responsável pela interiorização do povoamento na bacia do Rio Amazonas? E no Rio de Janeiro e em São Paulo?
NAVEGAR É PRECISO
Funai (Fundação Nacional do Índio)
https://oeds.link/dQJvMX
Site dedicado à questão indígena no Brasil, que apresenta, por meio de textos, vídeos, fotografias e mapas, amplo conteúdo sobre as condições atuais dos povos indígenas e sua história.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
KOK, Gloria Porto.
A escravidão no Brasil colonial. São Paulo: Saraiva, 2012.
A obra traz informações sobre a escravidão de negros e índios na América portuguesa, discutindo o aprisionamento de indígenas, a resistência de quilombos e os diferentes conflitos culturais gerados pela mentalidade escravista.
• Séculos vinte e vinte e um: (re)construção de espaços geográficos
Lembramos que, em 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri, acertando as fronteiras entre as terras portuguesas e espanholas na América do Sul. Como resultado da interiorização da colonização, em 1822 o Brasil já apresentava praticamente a sua configuração territorial atual (mapa G).
Configuração do território brasileiro em 1822 e dos países e colônias vizinhos
Fonte: CAMPOS, Flávio de; dounicóf, Miriam. Atlas: história do Brasil. São Paulo: Scipione, 1994. página 23.
No final do século dezenove e início do vinte, os governos brasileiros, por meio de tratados e conversações diplomáticas com países e colônias europeias vizinhos, resolveram pendências de fronteiras que ainda existiam. Assim, em 1904, o território brasileiro assumiu os limites fronteiriços atuais, que podem ser observados no mapa H.
Brasil: unidades político-administrativas – 2022
Fonte: elaborado com base em í bê gê É ponto Atlas geográfico escolar. oitava ediçãoRio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 94.
Em que unidade político-administrativa do Brasil você mora? Ela possui litoral? Faz fronteira com algum país da América do Sul? Qual é sua cidade capital?
2. O capitalismo industrial e as transformações do espaço geográfico brasileiro
A partir do século dezoito, desenvolveu-se na Inglaterra uma nova fórma de organização econômica que influenciaria mundialmente a economia e o ordenamento de espaços geográficos: o capitalismo industrial, como ficou conhecido, substituiu a manufatura na produção de mercadorias pela maquinofatura, graças às inovações tecnológicas no processo de produção.
Esse novo sistema econômico, que se propagaria para outros países, alterou a concepção mercantilista de que a riqueza de um Estado se constituía pelo acúmulo de metais preciosos por meio do comércio exterior e defendia que a concentração de riquezas se realizaria pela produção industrial e pela comercialização de mercadorias industrializadas.
A implantação do capitalismo industrial em diferentes países foi acompanhada pela consolidação do trabalho assalariado e pela formação de novas classes sociais: a burguesia industrial, proprietária das indústrias; e o proletariado, formado por trabalhadores assalariados.
Apesar das Revoluções Industriais ocorridas em alguns países europeus, nos Estados Unidos e no Japão, entre os séculos dezoito e , o Brasil, mesmo após a sua independência política de Portugal em 1822, continuou como fornecedor de vinte produtos primáriosglossário para o mercado mundial até meados do século . Interessava ao capitalismo industrial que os vinte países periféricosglossário permanecessem como fornecedores de gêneros alimentícios a baixos preços – garantindo o baixo custo da mão de obra operária na Europa, o que beneficiava os donos das indústrias – e de outros produtos primários, como minérios e petróleo – para abastecer a indústria europeia.
No início do século vinte, o Brasil ainda não havia se industrializado. Os espaços geográficos mais dinâmicos do país – localizados em São Paulo e no Rio de Janeiro (observe a foto), com a cafeicultura, e em Pernambuco e no litoral de seus estados vizinhos, com a cana-de-açúcar – continuaram sendo espaços fornecedores de produtos primários.
A partir da década de 1930, novos espaços geográficos começaram a ser construídos e outros foram reconstruídos, impulsionados por acontecimentos que transformaram não somente a organização espacial do país, como também sua sociedade. Entre eles, destacam-se:
- a industrialização brasileira a partir de 1930, que se aprofundou entre as décadas de 1950 e 1970, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e se desdobra até os dias atuais em várias regiões do território;
- a acelerada urbanização decorrente da industrialização, da modernização agrícola e da migração de pessoas do campo para as cidades;
- o avanço da fronteira agropecuária, ou seja, do estabelecimento de áreas de cultivo agrícola e de criação de gado no interior do território, criando novos espaços geográficos;
- o deslocamento da capital do país do Rio de Janeiro para Brasília, em 1960.
Analise o mapa, que representa o resultado de cêrca de cinco séculos de ocupação e uso do território brasileiro.
Brasil: uso do território – 2019
Fontes: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 147; í bê gê É ponto Regiões de influência das cidades: 2018. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2020. página 12.
Baseando-se no mapa, como você classifica o espaço agrícola da unidade da federação onde você mora?
Cruzando saberes
O imaginário social sobre os indígenas
Durante a conquista e a formação territorial do Brasil pelos colonizadores portugueses, ocorreu o extermínio de grande parte da população indígena, a sua aculturação e a apropriação dos seus territórios. Esses processos não se limitaram aos séculos dezesseis a dezenove, continuando nos séculos vinte e vinte e um. Hoje, apesar de no Brasil haver leis de proteção aos direitos dos povos indígenas, eles ainda são constantemente ameaçados e sofrem discriminação e preconceito.
“[…] Nosso imaginário social sobre os índios ainda é marcado pelo desconhecimento e por preconceitos advindos e influenciados pela visão de estudiosos, viajantes portugueses e outros europeus, que por aqui se instalaram […]. Alguns religiosos não acreditavam que os nativos compartilhassem uma natureza humana, pois, segundo eles, os indígenas pareciam animais selvagens e por isso deveriam ser escravizados.
Brasil: terras indígenas – 2019
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta ediçãoSão Paulo: Moderna, 2019. página 120.
Dessa visão limitada e discriminatória, que pautou a relação entre índios e brancos no Brasil desde 1500, resultou uma série de ambiguidades e contradições ainda hoje presentes no imaginário da sociedade brasileira […]:
- Diz respeito à antiga visão romântica [que] idealiza o índio ligado à natureza, protetor das florestas, ingênuo, pouco capaz ou incapaz de compreender o mundo branco com suas regras e valores. […]
- A segunda perspectiva é sustentada pela visão do índio cruel, bárbaro, canibal, animal, selvagem, preguiçoso, traiçoeiro e tantos outros adjetivos e denominações negativos. Essa visão também surgiu desde a chegada dos portugueses, principalmente por meio dos segmentos econômicos, que queriam ver os índios totalmente extintos para se apossarem de suas terras [...]. As denominações e os adjetivos eram para justificar suas práticas de massacre como autodefesa e defesa dos interesses da Coroa. Ainda hoje essa visão continua sendo sustentada por grupos econômicos que têm interesse pelas terras indígenas e pelos recursos naturais nelas existentes.
- A terceira perspectiva é sustentada por uma visão mais cidadã [que] concebe os índios como sujeitos de direitos e, portanto, de cidadania. E não se trata de cidadania comum, única e genérica, mas daquela que se baseia em direitos específicos, resultando em uma cidadania diferenciada, ou melhor, plural […].”
CRUZ, A. C. J.; RODRIGUES, T. C.; Barbosa, L. M. A. Apontamentos teóricos para a educação das relações étnico-raciais no Brasil: contextos e conceitos. In: BARBOSA, L. M. A. organização. Relações étnico-raciais em contexto escolar: fundamentos, representações e ações. São Carlos: edufiscar, 2011. página 15 e 16.
Interprete
1. Qual é a relação entre a visão preconceituosa sobre os indígenas e a disputa pela posse da terra? Use trechos do texto para justificar sua resposta.
Viaje sem preconceitos
2. Imagine que você tenha sido convidado a defender os direitos de povos indígenas ou de outras minorias. O que você diria?
Atividades dos percursos 1 e 2
Registre em seu caderno.
- Em relação à localização do Brasil quanto às zonas térmicas ou climáticas, responda às questões.
- É correto afirmar que o Brasil é um país predominantemente tropical? Explique.
- Qual é a linha imaginária que delimita a Zona Tropical e a Zona Temperada do Sul? Que porções do território brasileiro estão ao sul dessa linha?
- Explique por que nós, brasileiros, somos chamados de sul-americanos e latino-americanos.
- Sobre as várias modalidades de bandeirismo, faça o que se pede.
- O que foram os bandeirismos apresador, minerador e de contrato?
- Qual foi o impacto que as bandeiras tiveram sobre os povos indígenas?
- Aponte a relação entre as bandeiras e a construção de espaços geográficos.
- Cite os “motores” da construção de espaços geográficos nos séculos dezesseis, dezessete, dezoito e dezenove no Brasil.
- Na história oficial do Brasil, os bandeirantes são considerados heróis nacionais. Em sua opinião, os povos indígenas compreendem esses personagens da história da mesma maneira?
- Imagine que a seleção brasileira de futebol tenha sido convidada a participar de jogos amistosos. Calcule o horário dos jogos nas cidades indicadas no mapa, sabendo que eles ocorrerão sempre às 12 horas de Brasília Distrito Federal . Desconsidere o horário de verão, se houver.
Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 19.
- Observe o mapa dos climas do Brasil, na página 17, e responda às questões.
- Qual é o tipo de clima que predomina na unidade da federação em que você vive?
- Por que podemos afirmar que a variedade de tipos de clima no Brasil se relaciona com a grande extensão do território nacional na direção norte-sul?
- Observe o climograma da cidade de Salvador, capital do estado da Bahia.
Salvador (Bahia): climograma
Fonte: MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês M. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007. página 165.
• Identifique os meses do ano mais favoráveis para o desenvolvimento da atividade turística em Salvador e explique por quê.
9. Leia os quadrinhos do personagem Tchárli Bráun e responda às questões.
- O que Lino, amigo de Tchárli Bráun, quer dizer com a frase “Em algumas partes do mundo, amanhã já é hoje e hoje é ontem”? Por que isso acontece?
- Se você estivesse em Manaus, capital do estado do Amazonas, e lá fossem 23 horas, no arquipélagoglossário de Fernando de Noronha seria ontem, hoje ou amanhã em relação à sua localização?
10. Busque informações sobre as coordenadas geográficas e as altitudes do município onde você mora. Sabendo que a capital do Brasil, Brasília, localiza-se a quinze graus e quarenta e sete minutos de latitude Sul e a quarenta e sete graus e cinquenta e quatro minutos de longitude Oeste, a .1172 metros de altitude, responda:
- Qual é a diferença aproximada, em graus, entre essas coordenadas geográficas? E qual delas está mais próxima da linha equatorial?
- Qual é a diferença de altitude entre o seu município e Brasília?
- O município em que você vive está no mesmo fuso horário de Brasília ou em outro?
PERCURSO 3 A REGIONALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
1. Regionalização e região: o que são?
Regionalização é a divisão de um território em partes ou em unidades territoriais com base em certos critérios ou princípios: de ordem natural ou física – fórmas de relevo, tipos de clima e de formações vegetais etcétera – e de ordem humana ou social – culturais, históricos, econômicos, sociais, políticos etcétera –, ou ainda a combinação dessas ordens. Cada uma dessas partes recebe o nome de região e apresenta características comuns.
A regionalização de um território depende dos objetivos ou dos interesses de quem assume essa tarefa ou esse estudo. Observe, por exemplo, no mapa da página 17, uma regionalização cujo critério é de ordem física, o clima.
2. Brasil: regionalização oficial
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( í bê gê É), órgão do Governo Federal, com base em uma combinação de aspectos de ordem natural e humana (principalmente a econômica), dividiu o território brasileiro em cinco Grandes Regiões, também chamadas de Macrorregiões. Essa é a regionalização oficial do nosso país. Estudaremos o Brasil com base nessa regionalização a partir da Unidade 4.
Observe que os limites das regiões correspondem às divisas territoriais dos estados brasileiros. O í bê gê Éprocedeu dessa maneira para facilitar os estudos estatísticos oficiais do país que são de sua responsabilidade (número de nascimentos e mortes da população, produção da agricultura e da indústria, vendas do comércio e muitos outros dados). De posse deles, os governos municipais, estaduais, distrital e federal podem planejar e implementar ações no território para atender às necessidades da população.
Brasil: divisão regional oficial – 1988
Fonte: í bê gê É ponto Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 94.
Em qual dessas Grandes Regiões você vive?
3. Regionalizações não oficiais
Existem outras divisões regionais do Brasil elaboradas tanto por geógrafos do í bê gê É como por pesquisadores de universidades. Entre elas destacam-se: as Regiões de Influência Urbana, que consideram os centros urbanos como fatores estruturantes do espaço em decorrência de possuírem um setor de serviços diversificado do qual a população e as outras atividades econômicas dependem.
• Os Complexos Regionais ou Macrorregiões Geoeconômicas
Outra regionalização do país define três Complexos Regionais ou Macrorregiões Geoeconômicas: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul.
Em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas gaiguer adotou como critério para essa regionalização as características econômicas dos espaços geográficos.
Brasil: Complexos Regionais – 1967
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. oitava ediçãoRio de Janeiro: IBGE, 2018. página 150.
Que diferença há entre essa regionalização e a feita pelo í bê gê É quanto às divisas das unidades da federação?
• Regionalização segundo o meio técnico-científico-informacional
Na regionalização do território brasileiro segundo o meio técnico-científico-informacional, as regiões se diferenciam pela densidade de recursos técnicos e informacionais (sistemas computadorizados etcétera) ou pelas redes materiais – rede de transporte, fluxo de mercadorias etcétera – e imateriais – telefonia, internet etcétera –, aplicados às atividades econômicas.
Essa regionalização resulta das grandes transformações pelas quais passou o Brasil nas últimas décadas em consequência da implantação de novos meios técnico-científicos e informacionais aplicados na modernização da agropecuária, da indústria e dos serviços.
Brasil: regionalização segundo o meio técnico-científico-informacional – 1999
Fonte: SANTOS, Milton; SILVEIRA, María Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século vinte e um. sétima edição Rio de Janeiro: Record, 2005. página quarenta e quatro.
Aponte a diferença entre essa regionalização e a oficial do í bê gê É, em Macrorregiões.
NAVEGAR É PRECISO
í bê gê É – Portal de mapas
https://oeds.link/a4Dwlx
Nesse portal, você poderá encontrar mapas elaborados com temas diversos, como clima, vegetação, tipo de solo, áreas protegidas, potencial agrícola, divisões territoriais, entre outros. Dessa maneira, terá acesso a diferentes tipos de regionalização do território brasileiro.
PERCURSO 4 DOMÍNIOS NATURAIS: AMEAÇAS E CONSERVAÇÃO
1. Os domínios morfoclimáticos
O professor aziz nacib abisáber, renomado geógrafo brasileiro, realizou várias pesquisas sobre as condições naturais do território brasileiro, entre elas as interações que o clima, o relevo e a vegetação de um ecossistema mantêm entre si.
Ele considerou a importância do clima e do relevo na definição das paisagens naturais do território brasileiro, levando em conta que as formações vegetais são o “retrato” das combinações e interações dos elementos naturais. Com base nessas pesquisas, ABISSÁBER regionalizou o território brasileiro em domínios naturais, ou seja, áreas que apresentam características semelhantes de relevo, clima e vegetação. Esses domínios receberam a denominação de domínios morfoclimáticos (do grego, morfe, fórma – relativo a relevo; e climático, clima).
Os domínios morfoclimáticos do Brasil são classificados em:
- domínios florestados – formados por florestas naturais: o Domínio Amazônico, o Domínio dos Mares de Morros (Mata Atlântica) e o Domínio das Araucárias;
- domínios das formações vegetais naturais herbáceas e arbustivas – Domínio dos Cerrados, Domínio da Caatinga e Domínio das Pradarias (Campos);
- faixas de transição – correspondem às áreas de passagem de um domínio morfoclimático para outro. Nessas áreas, as características de um domínio se confundem com as de outro. Por exemplo, entre o Domínio dos Cerrados e o Domínio Amazônico, misturam-se elementos tanto de um como de outro.
Brasil: domínios morfoclimáticos
Fonte: AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. página 17.
NO SEU CONTEXTO
A unidade da federação em que você mora se localiza em qual(is) domínio(s) morfoclimático(s)?
2 Impactos ambientais sobre os domínios morfoclimáticos do Brasil
Impacto ambiental deve ser entendido como o resultado de ações que modificam o ambiente, podendo produzir danos, muitas vezes irreversíveis.
Ao longo da história, a ocupação humana dos domínios morfoclimáticos brasileiros provocou impactos ambientais de diversos tipos, entre eles a perda da biodiversidade. Destacaremos alguns desses impactos a seguir.
• Impactos ambientais no Domínio Amazônico
O avanço dos projetos agropecuários causa desmatamento e queimadas, com graves consequências para a flora e a fauna, além de erosão do solo e assoreamentoglossário de rios. Podemos destacar ainda os efeitos desse avanço sobre a população local, como a expulsão dos indígenas de suas terras, conflitos de territorialidade e disputas por territórios.
A construção de grandes usinas hidrelétricas causa a inundação de vastas áreas de terras agricultáveis e de floresta, de vilas e cidades, além de terras indígenas.
• Impactos ambientais no Domínio do Cerrado
A garimpagem de pedras preciosas e ouro é responsável por desbarrancamento de margens de rios, seguido de assoreamento e contaminação da água por mercúrio, produto usado no garimpo, e por óleo diesel, usado em geradores e barcos. Além disso, o avanço da agropecuária nesse domínio provoca impactos semelhantes aos citados em relação ao Domínio Amazônico, com perda de sua biodiversidade.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
RODRIGUES, Rosicler Martins.
Vida na Terra: conhecer para proteger. terceira edição São Paulo: Moderna, 2013.
O livro trata da interferência humana na natureza e de suas consequências, abordando também os ecossistemas do Brasil.
CARRARO, Fernando.
A Terra vista do alto. São Paulo: éfe tê dê, 2000.
Rafael e Mariana, em uma viagem com os balonistas Roni e Edu, sobrevoam a Serra do Mar e o interior dos estados de São Paulo e Mato Grosso. Por meio dessa história, o autor apresenta as diferentes paisagens e fórmas de relevo do espaço percorrido.
Pausa para o cinema
Amazônia
Direção: tierrí ragobér. Brasil: Gullane Filmes, 2013.
Duração: 78 minutos.
O documentário acompanha a história de um macaco-prego que, ao tentar sobreviver na Floresta Amazônica, descobre características de sua rica biodiversidade.
• Impactos ambientais no Domínio da Caatinga
O desmatamento realizado por grupos econômicos e a exploração de lenha para uso doméstico e produção de carvão têm causado a perda de biodiversidade, a erosão do solo e sua “desertificação”. Além disso, a irrigação inadequada tem provocado a salinização do solo.
• Impactos ambientais nas faixas de transição: o caso do Pantanal
A garimpagem no Rio Paraguai e em seus afluentes tem gerado os impactos já citados em relação ao Domínio do Cerrado. Além disso, a pecuária extensiva, ao competir com a fauna nativa, provoca desequilíbrio ecológico, e a pesca predatória coloca em risco algumas espécies.
• Impactos ambientais no Domínio das Pradarias
A pecuária nesse domínio é caracterizada pelo elevado número de cabeças de gado por hectare. Isso provoca a compactação do solo, dificulta a regeneração das gramíneas e causa erosão e arenizaçãoglossário .
• Impactos ambientais no Domínio das Araucárias
Já intensamente desmatado, esse domínio sofre a ação predatória de cortes ilegais de árvores, que ameaça a fauna que restou, além de provocar a erosão do solo e das vertentes e o consequente assoreamento dos rios.
• Impactos ambientais no Domínio dos Mares de Morros
Esse domínio apresenta grande concentração populacional. Assim, encontra-se ameaçado pela expansão urbana – inclusive da faixa litorânea – e industrial, o que acarreta a contaminação do solo e dos rios por resíduos domésticos e industriais, a poluição do ar etcétera
Os impactos sobre os domínios morfoclimáticos brasileiros podem causar a extinção de animais e plantas. Pensando em preservar os recursos naturais e criar alternativas para o uso consciente deles, foram criadas as Unidades de Conservação.
No seu contexto
Você já observou algum impacto ambiental sobre o domínio morfoclimático do local em que vive?
3. As Unidades de Conservação
Todos os domínios morfoclimáticos brasileiros abrigam Unidades de Conservação ( ú cê ésse). Uma Unidade de Conservação é um espaço territorial com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo poder público, com limites definidos, destinado à preservação e à manutenção da diversidade biológica. As ú cê ésse foram instituídas por meio do Sistema Nacional de Unidades de Conservação ( isnuqui), criado por lei federal em julho de 2000. Observe, nos mapas, algumas ú cê ésse pelo país.
As Unidades de Conservação podem ser classificadas em dois grupos: as de proteção integral e as de uso sustentável. Observe o quadro.
Unidades de proteção integral |
Unidades de uso sustentável |
---|---|
Estação Ecológica |
Área de Proteção Ambiental |
Fonte: BRASIL. Ecoturismo: orientações básicas. segunda edição Brasília: Ministério do Turismo, 2010. página 53-54.
Na unidade de proteção integral o objetivo básico é conservar a natureza por meio do uso indireto dos recursos naturais, como a realização de visitas voltadas para atividades educacionais, científicas e recreativas (é o caso do ecoturismo). A extração e a comercialização de recursos naturais são proibidas.
O objetivo básico da unidade de uso sustentável é conciliar o uso de parte dos seus recursos com a conservação da natureza. Ou seja, é permitido o uso direto dos recursos (extração e comercialização), mas ele deve ser realizado de maneira sustentável, por meio de um plano de manejo.
Além da proteção dos biomas e, consequentemente, da biodiversidade e do patrimônio ambiental brasileiro, as Unidades de Conservação possuem grande importância para povos indígenas e comunidades tradicionais – ribeirinhas, pescadoras, artesanais, seringueiras etcétera –, pois o modo de vida desses grupos sociais tem estreita relação com a natureza e depende dela. O conhecimento do bioma onde vivem contribui para sua preservação.
Brasil: Unidades de Conservação
Fonte: í bê gê É ponto Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 108-110.
4. Paisagens e estereótipos
Você já deve ter observado que os meios de comunicação estão presentes em nossas vidas diariamente e influem, inclusive, no nosso modo de pensar.
As paisagens geográficas mostradas em folhetos e anúncios turísticos, por exemplo, são associadas a mensagens atrativas: “paraíso tropical”, “hospitalidade sem igual”, “povo festeiro e alegre”, “Cerrado de flores exóticas”, “Pantanal, o mais bonito pôr do sol”, “Amazônia, o pulmão do mundo”, além de muitas outras. Em verdade, os folhetos turísticos apresentam apenas um aspecto das paisagens. Não há neles referência à degradação das paisagens causada pela ação humana irresponsável – desmatamento, destruição da biodiversidade etcétera – e às condições de vida da população que nelas vive.
O estereótipo (do grego, istéreos, rígido; e túpos, traço) é uma convicção sobre pessoas ou grupos sociais, sociedades, cidades, regiões, países, paisagens geográficas etcétera que não está apoiada na verdade, e sim em impressões, generalizações ou conceitos que nem sempre possuem fundamentos na realidade. Assim, é preciso ter cuidado com os estereótipos, e, no caso de paisagens geográficas, a melhor fórma de compreendê-las e evitar as visões estereotipadas é estudá-las recorrendo a fontes baseadas em estudos científicos, buscando também mais de uma fonte de informação, para não nos deixarmos enganar pela aparência.
NAVEGAR É PRECISO
Ísa – Unidades de Conservação no Brasil
https://oeds.link/AiOZ1C
Nesse site do Instituto Socioambiental ( Ísa), você poderá obter grande diversidade de informações sobre as Unidades de Conservação do Brasil.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
AMOROSO, Caia.
Violência × tolerância: como semear a paz no mundo. São Paulo: Moderna, 2017. (Coleção Informação e Diálogo).
Os estereótipos muitas vezes geram preconceitos e discriminações que levam à exclusão de grupos sociais ou pessoas e até mesmo à violação dos seus direitos. Essa obra desperta reflexões e aponta caminhos para promovermos a tolerância e o respeito por todos em nosso dia a dia.
FRANCO, Silmara.
Navegando em mares conhecidos: como usar a internet a seu favor. São Paulo: Moderna, 2012. (Coleção Informação e Diálogo).
Por meio da leitura desse livro, você aprenderá sobre os perigos e os riscos relacionados ao uso indevido da internet e sobre como usá-la com segurança, consciência, espírito crítico, evitando divulgar estereótipos, fazendo-se respeitar e respeitando os outros.
Atividades dos percursos 3 e 4
Registre em seu caderno.
- Explique, com suas palavras, o que é regionalizar.
- Sobre a atual divisão regional do Brasil em Grandes Regiões ou Macrorregiões do í bê gê É, responda.
- Quantas e quais são elas?
- Explique por que o í bê gê É considerou como limites das Grandes Regiões as divisas territoriais dos estados brasileiros.
- Aponte a importância dos dados estatísticos para os governos dos municípios, das unidades da federação e do país.
- Quanto à regionalização do Brasil em Complexos Regionais ou Macrorregiões Geoeconômicas, responda às questões.
- Quais são elas?
- Qual foi o critério empregado nessa regionalização?
- Essa regionalização usa, como a do í bê gê É, as divisas dos estados para delimitar as regiões? Justifique sua resposta e apresente um exemplo de situação que caracteriza essa divisão regional.
- Fabiano morava no estado do Amazonas e mudou-se para o sul de Mato Grosso; Augusto morava em uma cidade próxima à divisa entre os estados de Minas Gerais e Bahia e mudou-se para São Paulo. Célia morava no Paraná e mudou-se para o Espírito Santo. Com base em seus conhecimentos sobre a regionalização do Brasil em Macrorregiões Geoeconômicas, responda: para qual ou quais delas eles se mudaram?
- No jôgo a seguir (montado como um “ jôgo da velha”), foram destacados nove fatores de impactos ambientais, já abordados nesta Unidade, que estão relacionados a dois grupos de domínios morfoclimáticos brasileiros. Copie-o em seu caderno e identifique com “X” os impactos que mais se associam aos domínios florestados e com “O” aqueles mais relacionados aos domínios das formações vegetais naturais herbáceas e arbustivas. Depois, responda às questões.
Avanço da agropecuária sobre florestas |
Garimpo de ouro e pedras preciosas |
Corte ilegal de árvores |
Exploração de lenha |
Construção de usinas hidrelétricas |
Irrigação inadequada |
Expansão urbana e industrial |
Elevado número de cabeças de gado por hectare |
Barcos e geradores a óleo diesel |
- No “ jôgo da velha” ganha quem conseguir repetir na vertical, na horizontal ou na diagonal uma sequência de mesmos sinais. A que grupo de domínios está associado o “ganhador” nesse caso?
- Quais fatores de impacto do grupo “perdedor” estão associados ao Domínio do Cerrado?
- Observe os mapas das páginas 32 e 36 e, em seguida, faça o que se pede.
- Explique com suas palavras o que são Unidades de Conservação.
- Em qual Grande Região e domínio morfoclimático se situam as Unidades de Conservação de maior extensão?
- Em qual Grande Região e domínio morfoclimático se situa o maior número de Reservas Extrativistas?
- Por que as Reservas Extrativistas são consideradas unidades de uso sustentável?
- Os especialistas em clima delimitaram o território brasileiro em partes ou regiões que apresentam características climáticas em comum – critério físico ou natural – e regionalizaram segundo seus tipos. Interprete o mapa de climas do Brasil, na página 17, e, em seguida, responda às questões.
- O Trópico de Capricórnio “passa” por quais tipos de clima existentes no Brasil?
- Aponte qual ou quais tipo ou tipos de clima existe ou existem na unidade da federação onde você mora.
- O tipo de clima da capital federal do Brasil é o mesmo do da localidade onde você mora?
9. Leia o fragmento de texto a seguir e responda às questões.
“[…] A perda da diversidade biológica, representada pela destruição das florestas tropicais de todo o mundo, pela superexploração de terras agrícolas e pastagens, pelo uso indiscriminado de pesticidas e pela substituição deliberada da diversidade pela uniformidade das plantações, reflorestamentos e criações financiados por agências internacionais, tem aprofundado a crise da biodiversidade e ameaçado a sobrevivência cultural de povos […], sobretudo das comunidades tradicionais. […]”
HELENE, Maria Elisa Marcondes; BICUDO, Marcelo Briza. Cenário mundial: sociedades sustentáveis. São Paulo: Scipione, 1994. página 30.
- O texto se refere às florestas tropicais de todo o mundo. No Brasil, quais são as florestas tropicais?
- O que é a “crise da biodiversidade”?
10. Leia o fragmento de texto a seguir.
Caatingas: o Domínio dos Sertões Secos
“[…] Independentemente de a estação chuvosa comportar somatórias maiores ou menores de precipitações, o longo período seco caracteriza-se por fortíssima evaporação, que responde, imediatamente, por uma desperenizaçãoglossário generalizada das drenagens autóctonesglossário dos sertões. Entendem-se por autóctones todos os rios, riachos e córregos que nascem e correm no interior do núcleo principal de semiaridez do Nordeste brasileiro […]. Somente os rios que vêm de longe – alimentados por umidade e chuva em suas cabeceiras ou médios vales – mantêm correnteza mesmo durante a longa estação sêca dos sertões. Incluem-se, nesse caso, o São Francisco e pro parte [em parte] o Parnaíba, ainda que o mais típico rio alóctoneglossário a cruzar sertões rústicos seja o ‘Velho Chico’ – um curso d’água que, de resto, comporta-se como um legítimo ‘Nilo caboclo’. ”
ABISSÁBER, Aziz Nacib. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. página 92.
- A localidade em que você vive apresenta as características apontadas no texto? Descreva-as.
- Pesquise que rio brasileiro é chamado de “Velho Chico” e por que esse rio se comporta como um “Nilo caboclo”.
- Vamos criar uma página de internet? Com a ajuda do seu professor, formem um grupo e escolham uma Unidade de Conservação do município ou da unidade da federação onde vivem. Selecionem informações, imagens e vídeos. Organizem e divulguem os dados obtidos.
- Em grupo, pesquisem na mídia (jornais, revistas, internet etcétera) exemplos de estereótipos de paisagens da localidade em que vocês moram. Em seguida, organizem o trabalho nas duas etapas a seguir:
- Respondam à seguinte pergunta: como são representadas as paisagens da localidade onde vocês moram? Após discuti-las com os seus colegas, elaborem um texto a respeito, argumentando se concordam ou não com as representações encontradas.
- Em seguida, ampliem a pesquisa, buscando exemplos de visões estereotipadas de outras paisagens brasileiras e, eventualmente, de aspectos da formação territorial do Brasil, tendo como base o texto da seção Cruzando saberes da página 27.
Desembarque em outras linguagens
ARAQUÉM ALCÂNTARA:
GEOGRAFIA E FOTOGRAFIA
Assim como a pintura e o cinema, a fotografia é uma fórma de arte, além de ser muito usada como registro pela Geografia e por outras ciências.
No Brasil, um dos expoentes da fotografia é Araquém Alcântara. Nascido em Florianópolis em 1951, Araquém Alcântara é considerado o precursor da fotografia de natureza no Brasil. Seu trabalho retrata, entre outros aspectos, a diversidade de povos e paisagens, a fauna e a flora de nosso país, como também as ameaças a eles. Com olhar único sobre o Brasil, o fotógrafo revela a rica diversidade de ecossistemas, muitos desconhecidos pela maioria dos brasileiros, chamando a atenção para a necessidade de preservá-los.
A função da fotografia de natureza
“Além do amplo atributo de religar o homem ao ambiente natural, a fotografia de natureza possui diversas virtudes de importância para o ser humano e a sociedade:
Conservação – como linguagem universal de comunicação, a fotografia é instrumento de conhecimento que desperta admiração, amor, mobilização da sociedade e engajamento em causas ecológicas, tendo relação direta com a preservação dos hábitats naturais.
Denúncia – desmatamento, queimadas, poluição, vazamentos de óleo, caça, comércio ilegal de animais e plantas, desastres ambientais – imagens de impacto causam forte comoção e sensibilização da opinião pública, levando a ações nas esferas pública e privada.
Ciência – o registro fotográfico da fauna e flora é fundamental para o conhecimento científico, a identificação das espécies, os estudos sobre o comportamento animal, a anatomia, os relatórios de impactos ambientais, a ilustração científica. Imagens podem captar momentos jamais vistos e ser registros únicos numa época de crescentes extinções. reticências
Arte – de seres comuns enfocados com arte a seres incomuns que possuem a arte em si mesmos, a fotografia de natureza tem ocupado lugar de prestígio em galerias, museus e edificações, do simples deleite visual à ampliação dos sentidos que levam o homem ao encontro da beleza e da verdade. [...]”
COLOMBINI, Fabio. Fotografia de natureza brasileira: guia prático. Santa Catarina: Photos, 2009. página 29 e 31.
Caixa de informações
- No texto, são destacadas algumas “virtudes de importância” da fotografia de natureza. qual ou quais chamou ou chamaram mais a sua atenção? Por quê?
- Em que Grandes Regiões do í bê gê É e domínios morfoclimáticos se localizam as paisagens retratadas nas fotografias das páginas 40 e 41?
Interprete
3. Relacione a foto desta página com, ao menos, uma das “virtudes de importância para o ser humano e a sociedade” citadas no texto.
Mãos à obra
- Agora que você já conhece algumas das virtudes da fotografia de natureza, que tal se inspirar no rico trabalho do fotógrafo Araquém Alcântara e vivenciar um pouco da experiência de produzir suas próprias fotografias de natureza? Por meio dessa expressão artística que é a fotografia, você pode chamar a atenção para aspectos naturais do seu lugar de vivência, destacando elementos da fauna e da flora local, valorizando a biodiversidade e sua riqueza ou denunciando problemas ambientais e riscos relacionados à degradação do meio ambiente.
- Em dupla, conversem sobre as virtudes da fotografia de natureza que vocês pretendem explorar na atividade. Combinem a fórma como farão os registros e definam um momento ou período para realizar a captura das fotografias. Lembrem-se de que, para isso, vocês vão precisar de um smartphone ou uma câmera fotográfica.
- Posteriormente, na escola, reúnam-se novamente em dupla para fazer a seleção das imagens com o auxílio de algum dispositivo eletrônico (smartphones, tablets ou computadores). Na sequência, elaborem um painel de suas fotografias de natureza e apresentem à sala, explicando a virtude que foi explorada – lembrem-se de compor uma legenda para cada uma das fotografias. Esse é um momento oportuno para debater com seus colegas a importância de preservar a natureza.
- Por fim, com o auxílio do professor, cada dupla vai contribuir com suas fotografias na construção de uma mostra virtual. Essa mostra pode ser organizada no sítio eletrônico ou nas redes sociais da escola, ou em alguma plataforma que possibilite a montagem de uma exposição virtual.
Glossário
- Língua neolatina
- (Neo: novo; latina: referente ao latim). Idioma que se originou do latim. Havia o latim clássico, usado nas obras literárias, e o vulgar, falado pelo povo (soldados, comerciantes, camponeses ), que deu origem às línguas neolatinas, como português, espanhol, francês, italiano, romeno, entre outras. etcétera
- Voltar para o texto
- Anglo-saxônica
- Anglo e saxão são denominações dadas a antigos povos germânicos que colonizaram o norte e o centro da Inglaterra. A língua inglesa derivou desses dois povos, daí a expressão anglo-saxônica.
- Voltar para o texto
- Luso-brasileiro
- Indivíduo descendente de portugueses e brasileiros.
- Voltar para o texto
- Mercantilismo
- Conjunto de princípios que orientou a economia, principalmente a europeia, entre os séculos quinze e , segundo o qual a riqueza de um Estado se faz pelo acúmulo de metais preciosos obtidos por meio do comércio, da venda de produtos para outros países (exportação) e pela política protecionista, que estabelece um sistema de taxas para produtos importados com o objetivo de proteger e estimular a produção e o comércio nacionais. dezoito
- Voltar para o texto
- Drogas do sertão
- Nome dado a elementos extraídos da Floresta Amazônica: castanha, canela, cacau e cipós cujas raízes têm propriedades medicinais.
- Voltar para o texto
- Donatário
- Pessoa a quem se faz uma doação. Nos tempos coloniais, era aquele que recebia terras da Coroa portuguesa para serem povoadas e cultivadas.
- Voltar para o texto
- Produto primário
- Bem ou mercadoria produzido pela agricultura (café, algodão ), pela criação animal (carne, leite, couro etcétera ) ou obtido por meio do extrativismo mineral (minério de ferro etcétera ), vegetal (castanha-do-pará, borracha etcétera ) ou animal (pescado etcétera ). etcétera
- Voltar para o texto
- País periférico
- País não industrializado e dependente dos centros modernos do capitalismo para a obtenção de produtos industrializados e de tecnologias.
- Voltar para o texto
- Arquipélago
- Agrupamento de ilhas próximas umas das outras em certas áreas dos oceanos.
- Voltar para o texto
- Assoreamento
- Deposição de sedimentos (areia, solo, cascalho ) em um rio ou porto. etcétera
- Voltar para o texto
- Arenização
- Afloramento de depósitos arenosos decorrente da lavagem do solo pela água da chuva, que provoca a perda de matéria orgânica e de elementos químicos importantes do solo.
- Voltar para o texto
- Desperenização
- Contrário de perene; que não permanece por longo tempo. No texto, refere-se a rio temporário, que corre apenas na época das chuvas.
- Voltar para o texto
- Drenagem autóctone
- Rede fluvial natural de uma região ou de certo território.
- Voltar para o texto
- Alóctone
- Que não é originário da região.
- Voltar para o texto