UNIDADE 5 AMÉRICA: PAÍSES EMERGENTES
Prepare-se para estudar as maiores economias da América Latina: México, Argentina e Brasil. No Percurso 17, você vai entender como esses países chegaram a essa posição e quais fatores contribuíram para que, ao longo do século vinte, ocorresse seu desenvolvimento industrial. Nos percursos seguintes, você estudará as concentrações industriais, inclusive o Polígono Industrial do Brasil, aspectos da agropecuária no México e na Argentina, além de seus recursos minerais e de energia. Considerando que Argentina e Brasil se destacam na produção de soja e carne, conheceremos comparativamente os seus circuitos produtivos.
Em 1519, Fernão Cortez, liderando uma expedição espanhola, invadiu o território do atual México e, aliado aos inimigos dos astecas, ocupou a capital do Império Asteca, Tenochtitlán, em 1521. À conquista juntaram-se as epidemias e a desestruturação econômica do Império, provocando sua ruína, além de um grande despovoamento (em 1519, a população estimada era de 11 milhões e, em 1600, de apenas 2,5 milhões).
VERIFIQUE SUA BAGAGEM
- Você sabe por que o México, a Argentina e o Brasil são chamados de países emergentes?
- Como o Brasil se relaciona economicamente com a Argentina, o México e outros países da América Latina?
- O que você sabe a respeito da industrialização do México, da Argentina e do Brasil?
PERCURSO 17 MÉXICO, ARGENTINA E BRASIL: INDUSTRIALIZAÇÃO TARDIA E POPULAÇÃO
1. As maiores economias da América Latina
No conjunto dos países latino-americanos, México, Argentina e Brasil formam um grupo à parte: são os chamados países emergentes. Suas economias estão entre as maiores do continente americano ao sul dos Estados Unidos e representaram mais de 66% do Produto Interno Bruto ( Píbi) da América Latina em 2020. A economia mexicana, por exemplo, supera a soma do Píbi das economias dos países da América Central e da América Andinaglossário . Em 2020, o Píbi brasileiro foi de aproximadamente 1,4 trilhão de dólares, o do México, de 1,1 trilhão, e o da Argentina, de 0,4 trilhão.
América Latina: Produto Interno Bruto (em bilhões de dólares) – 2020
Fontes: elaborado com base em THE WORLD BANK. GDP (Current US$). Disponível em: https://oeds.link/IdPQig. Acesso em: 4 jul. 2022; WORLD TRADE ORGANIZATION. Trade profiles 2021. Geneva: dábliu tíu ôu, 2021. página 390; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 69.
Das economias representadas no mapa, quais ocupam a primeira e a segunda posições quanto ao Píbi? Quais são seus valores?
2. A industrialização tardia
A industrialização do México, da Argentina e do Brasil teve início na primeira metade do século vinte. Mas ela somente se intensificou após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando ocorreu a diversificação da produção industrial graças, sobretudo, às corporações industriais transnacionais que se instalaram nesses países latino-americanos.
Assim, comparando os períodos da industrialização de México, Argentina e Brasil com os períodos de industrialização da Inglaterra (Reino Unido), França, Alemanha, Bélgica, Estados Unidos, Japão e Rússia, que iniciaram suas industrializações nos séculos dezoito e dezenove, podemos dizer que a industrialização daqueles países da América Latina foi uma industrialização tardia ou retardatária, isto é, ocorreu com mais de um século de atraso.
NO SEU CONTEXTO
Onde você vive, quais são as funções desempenhadas pelas mulheres no mercado de trabalho? Explique.
3. A industrialização de 1950 aos dias atuais
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo entrou em um novo período das relações internacionais, marcado, como já estudamos, pela ordem mundial bipolarizada e pela crescente disputa por áreas de influência geopolítica entre Estados Unidos e União Soviética.
Uma das estratégias empregadas pelos Estados Unidos e por países europeus capitalistas para assegurar suas áreas de influência no mundo foi a de instalar suas empresas na América Latina, na Ásia e na África. Entretanto, isso não teria ocorrido se não houvesse grandes interesses das corporações transnacionais em ampliar seu capital, seu lucro e seu poder econômico e financeiro em escala planetária, aproveitando, então, o baixo nível de desenvolvimento industrial e de empresas de serviços nos países subdesenvolvidos – conjunto em que México, Argentina e Brasil estavam incluídos à época.
Assim, ocorreu uma intensa internacionalização da economia desses países, representada pela participação crescente de corporações ou empresas transnacionais em vários setores de suas economias.
Na década de 1990, com a aceleração do processo de globalização, ou seja, o aumento de facilidades para exportação e importação e a maior abertura da economia mundial, a concorrência entre empresas nacionais latino-americanas e transnacionais se acirrou. Para se manter competitivas, muitas empresas nacionais foram obrigadas a passar por um processo de modernização tecnológica e de gerenciamento dos seus negócios.
• Diversificação econômica e inserção global
As maiores economias da América Latina são distintas entre si, e cada uma delas trilhou diferentes caminhos de desenvolvimento para enfrentar as incertezas e oportunidades da economia global. Enquanto o México, em 1992, se aliou aos Estados Unidos e ao Canadá, aderindo ao náfta, atualmente denominado u ésse ême cê á, o Brasil e a Argentina passaram a integrar o Mercado Comum do Sul ( Mercosúl), que será abordado no Percurso 26.
Nos últimos anos, México, Argentina e Brasil aprofundaram a integração comercial com outros países e regiões do globo. Isso se deve, entre outros motivos, à sua diversificação econômica e ao desenvolvimento de parques industriais com emprego de tecnologia, que se destacam no contexto regional.
Brasil e Argentina se diferenciam por ter diversificado mais intensamente o destino de suas exportações, sobretudo para o mercado asiático – principalmente Índia e China. O México, por sua vez, manteve o predomínio de relações comerciais com os Estados Unidos, mas também diversificou o destino de suas exportações.
México: destino das exportações ( em porcentagem) – 2000-2020
Ano |
Bilhões de dólares |
---|---|
2000 |
166,1 |
2003 |
164,8 |
2006 |
249,9 |
2010 |
298,1 |
2020 |
417,7 |
Fontes dos gráficos e do quadro: días, Rafael F. Relaciones económicas México-Unión Europea. Caracas: Sistema Económico Latinoamericano y del Caribe (Sela), março 2011. página 4; Calendario atlante De Agostini 2014. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2013. página 806; World Trade Organization. Trade profiles 2021. Geneva: WTO, 2021. página 238.
Entre 2000 e 2020, de quanto foi o declínio, em porcentagem, das exportações do México para os Estados Unidos?
4. População e cidades
Estudaremos agora os aspectos populacionais e urbanos do México e da Argentina, lembrando que os relativos ao Brasil foram estudados no livro do 7º ano desta coleção.
País |
População |
---|---|
Estados Unidos |
340.400.000 |
Brasil |
219.021.000 |
México |
135.284.000 |
Colômbia |
52.007.000 |
Argentina |
47.192.000 |
Fonte: elaborado com base em UNITED NATIONS. World population prospects 2019. Volume I: comprehensive tables. New York: UN, 2019. página 29 e 33.
• México: população
Do total da população do México, cêrca de 75% ocupa o Planalto do México, principalmente em sua porção central (mapas A e B). Isso se deve ao predomínio de temperaturas amenas e solos férteis de origem vulcânica. É nesse planalto, a .2240 métros de altitude, que se localiza a capital e o principal núcleo econômico do país, a Cidade do México.
México: físico
Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 36-37.
Caracterize as altitudes do território mexicano.
México: densidade demográfica – 2020
Fontes: Espacio y datos de México. Disponível em: https://oeds.link/TZBxLV UN-HABITAT. Global State of Metropolis 2020: population data booklet. Nairobi: UN-Habitat, 2020. página 3. Disponível em: https://oeds.link/OL4M2q. Acessos em: 9 março 2022.
Compare o mapa B com o A e aponte a unidade do relevo mexicano mais povoada.
NO SEU CONTEXTO
As áreas mais povoadas do México correspondem às áreas de maior industrialização. Essa relação também ocorre no Brasil? Explique.
• Cidade do México: grande metrópole das Américas
A Cidade do México, na década de 2010, já compunha a terceira maior região metropolitana do mundo. Em 2020, tinha cêrca de 9 milhões de habitantes, concentrava cêrca de 7,3% da população e quase metade das indústrias do México. Em 2020, a capital mexicana participou do Píbi do país com um aporte de 15,8%.
Assim como as metrópoles brasileiras, a Cidade do México apresenta contrastes socioespaciais marcantes entre os bairros prósperos centrais e aqueles que formam uma imensa periferia, composta de aglomerações de habitações precárias. A partir de meados da década de 1960 a cidade expandiu-se rapidamente e a malha urbana cresceu sem a infraestrutura necessária para atender a toda a população. Hoje em dia, as periferias ainda crescem sem planejamento urbano adequado, e o processo de favelização adquire grandes proporções, comprometendo a qualidade ambiental e de vida da população. Em grande parte, isso se deve às desigualdades sociais e à concentração de rendimento marcantes das metrópoles latino-americanas e às políticas públicas insuficientes para contemplar as necessidades do conjunto da sociedade.
Além de enfrentar graves problemas de habitação e saneamento, a população da capital mexicana convive com índices alarmantes de poluição atmosférica. A cidade está localizada no Vale do México, cercada por montanhas e vulcões; por isso, sobretudo no inverno, torna-se mais difícil a dispersão dos gases poluentes das indústrias e da frota de veículos. Por estar próxima a uma extensa falha geológica, a Cidade do México também está sujeita a terremotos, como o que ocorreu em 1985, deixando mais de 20 mil mortos.
• Grandes lagos do Vale do México
O Vale do México, onde hoje localiza-se a Cidade do México, é uma área cercada por montanhas. O relevo dessa região dificultava a drenagem das águas de seus rios e, por essa razão, ao longo de milhares de anos, as águas formaram grandes lagos (o maior deles era o Lago tescôco). Desde meados do século catorze, esse vale passou a ser povoado pelos astecas. Essa civilização se assentou em uma pequena ilha, onde fundou a capital do império, Tenochtitlán, uma cidade adaptada às águas, com canais, pontes, aquedutos e diques, que a protegiam de inundações.
Quando os espanhóis conquistaram Tenochtitlán, em 1521, arrasaram a capital e construíram outra cidade no mesmo local. Com seu crescimento ao longo do tempo e o uso intensivo das águas, os lagos sumiram quase totalmente. Hoje, toda a região metropolitana da Cidade do México usa as águas do lençol freático (observe a ilustração na página seguinte).
NAVEGAR É PRECISO
Museu Nacional de Antropologia – Cidade do México
https://oeds.link/cPJS74
Amplie seus conhecimentos sobre as origens do México consultando esse site, em espanhol.
Instituto Nacional de Estatística e Geografia ( inégi) – México
https://oeds.link/Wus0rf
Navegando pelo portal de estatísticas e informações oficiais do México, você pode acessar dados atualizados a respeito desse país.
Cidade do México: região metropolitana e armazenamento da água nos aquíferos
Fonte: , Jorge A. Los suelos lacustres de la Ciudad de México. Revista Internacional de Desastres Naturales, Accidentes e Infraestructura Civil, volume 6, página 111-129, 2006.
A subsidência na Cidade do México
Na Cidade do México, 72% da água que se consome é extraída do lençol freático por meio de seis mil poços perfurados. Essa retirada excessiva têm levado ao afundamento da Cidade do México (a chamada subsidência). O aquífero confinado no subsolo faz pressão ascendente na camada acima dele. Como a água é retirada, essa pressão diminui, levando ao abaixamento do terreno da cidade. Além disso, o peso das construções também contribui para a subsidência.
Cidade do México: afundamento da Catedral Metropolitana
Fonte: Historia y actualidad del hundimiento regional de la Ciudad de México. Disponível em: https://oeds.link/Hrp3DP. Acesso em: 23 fevereiro 2022.
• Argentina: população
O território argentino pode ser dividido em cinco regiões naturais: Cordilheira dos Andes, Grande tcháco, Mesopotâmia, Pampas e Patagônia (observe o mapa A). Com quase 46 milhões de habitantes em 2021, a Argentina apresentava densidade demográfica média de 16,5 habitantes por quilômetro quadrado. Assim como em outros países, essa população está distribuída de fórma desigual pelo território (observe o mapa B).
Argentina: físico
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 40.
Argentina: densidade demográfica – 2020
Fontes: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 36; UN-Habitat. Global State of Metropolis 2020: population data booklet. Nairobi: UN-Habitat, 2020. página 3. Disponível em: https://oeds.link/OL4M2q. Acesso em: 4 julho 2022.
Nota: Situados no entorno do Rio da Prata, os Pampas são o principal centro econômico da Argentina. Trata-se de uma área de planície úmida, com solos escuros e férteis, cujo clima é temperado; concentra mais de 50% dos rebanhos bovinos e ovinos do país; e é a principal região agrícola.
Comparando este mapa com o mapa A, qual porção do território argentino é mais povoada? E quais são menos povoadas?
cêrca de 66% dos habitantes concentram-se nos Pampas – região de planície e clima temperado –, incluindo a região metropolitana de Buenos Aires, a terceira maior aglomeração urbana da América Latina, onde vivem mais de 15 milhões de habitantes.
Em contraste, a Patagônia – região de planaltos e planícies e de clima frio e semiárido – corresponde à “Argentina do vazio demográfico”, concentrando apenas cêrca de 5% da população do país. Baixas densidades demográficas também são encontradas na Cordilheira dos Andes, por causa do clima semiárido na base e do clima frio e do relevo acidentado nas áreas de maior altitude.
A exemplo de outras capitais e cidades da América Latina, Buenos Aires também possui favelas ou moradias precárias.
PERCURSO 18 MÉXICO, ARGENTINA E BRASIL: CONCENTRAÇÕES INDUSTRIAIS
1. As concentrações industriais no México e na Argentina
As maiores concentrações industriais desses dois países encontram-se em torno de suas capitais, respectivamente a Cidade do México e Buenos Aires.
• No México
Diferentemente do Brasil, cuja concentração industrial não ocorre em sua capital ou em seu entorno, no México há grande concentração e diversidade de ramos industriais na Cidade do México, em decorrência de diferenças relacionadas a eventos e processos históricos entre esses dois países. Existem também outros centros industriais mexicanos importantes: Guadalajara, Monterrey, Lázaro Cárdenas, Monclova etcétera. (localize-os no mapa). Os ramos têxtil, alimentício, automobilístico (controlado pelas transnacionais), petroquímico, siderúrgico e metalúrgico se destacam.
As indústrias maquiladoras
A partir dos anos 1960, com a expansão econômica dos Estados Unidos no mundo e após um acordo com o governo do México, indústrias estadunidenses passaram a ser implantadas no território mexicano. Muitas delas se instalaram na fronteira entre Estados Unidos e México, visando diminuir os custos de produção como estudamos na seção Cruzando saberes, na página 132. As maquiladoras passaram a realizar parte de sua produção no México, atraídas, principalmente, pelos baixos impostos, pela mão de obra barata e pela proximidade com os Estados Unidos, o que reduz tanto os custos de produção como os de transporte. Observe a localização das indústrias maquiladoras no mapa desta página e no mapa A da seguinte.
México: indústria, recursos minerais e energia
Fontes: elaborado com base em Le grand atlas du XXIe siècle. Paris: Galimár, 2013. página 41; Capital: l’encyclopédie du monde 2006. Paris: Nathan, 2005. página 418; ATLAS National Geographic. América do Norte e Central. São Paulo: Abril, 2008. volume 6. página 59.
Nota: Nem todos os ramos industriais e recursos minerais estão representados no mapa, apenas os principais.
O petróleo é explorado em que porção do território mexicano?
Fronteira México-Estados Unidos: indústrias maquiladoras
Fonte: La frontière États-Unis/Mexique. Diploweb.com, Géopolitique, stratégie, relations internationales et cartes, 7 janeiro 2011. Disponível em: https://oeds.link/YlHAWA. Acesso em: 21 fevereiro 2022.
Aponte duas cidades-gêmeas de implantação de maquiladoras na fronteira do México com os Estados Unidos.
• Na Argentina
A maior concentração espacial industrial na Argentina se localiza na região metropolitana de Buenos Aires (observe o mapa B), onde se concentram indústrias de diferentes ramos.
No entanto, o eixo que se estende a noroeste de Buenos Aires, que abrange as cidades de Rosário, Santa Fé e Córdoba – a segunda cidade mais populosa, após a capital –, fórma a mais importante região de diversificação industrial do país.
Argentina: indústria, recursos minerais e energia
Fontes: elaborado com base em Capital: l’encyclopédie du monde 2006. Paris: Nathan, 2005. página 136; Charliê Jác ( organizador). Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 154; ATLAS National Geographic. América do Norte e Central. São Paulo: Abril, 2008. volume 1. página 84.
Situada no (“pé da montanha”) da Cordilheira dos Andes, a cidade de Mendoza, além de se destacar na produção vinícola, é um centro industrial da Argentina. Aponte pelo menos dois ramos industriais dessa localidade.
2. A concentração industrial no Brasil
No Brasil, a maior concentração espacial da atividade industrial se formou, historicamente, na Região Sudeste do país ou mais propriamente no polígono formado pelos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, que já foi chamado de “coração econômico do Brasil” (observe o mapa).
• O Polígono Industrial
Certos fatores locacionais influenciaram para que ocorresse essa concentração espacial industrial no Sudeste: disponibilidade de energia elétrica; mercado consumidor; infraestrutura ferroviária, rodoviária e de portos marítimos; mão de obra especializada; rede bancária; empresas importadoras e exportadoras; capitais disponíveis para investimentos industriais resultantes das exportações de café e políticas industriais estabelecidas pelos governos brasileiros entre 1956 e 1979, que facilitaram a implantação de indústrias.
Brasil: concentração industrial e número de empresas industriais – 2016
Fonte: í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 134.
Explique como você lê ou interpreta este mapa.
NAVEGAR É PRECISO
O futuro da bioeconomia
https://oeds.link/VGJckz
Neste podcast, especialistas falam sobre: os desafios para disseminar atividades econômicas regenerativas, circulares e sustentáveis; as ambições do projeto Amazônia 4.0, que associa a floresta a uma transformação industrial; e as biorrefinarias, plataformas que aproveitam resíduos como matérias-primas.
A participação do Polígono Industrial no Píbi do Brasil
Em 2020, a atividade industrial no Brasil representou 20,4% do valor total do Píbi (observe o gráfico A).
Brasil: Píbi por setor da economia ( em porcentagem) – 2020
Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Brasil em números. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2021. volume 29. página 229.
Para termos ideia da participação do Polígono Industrial (Região Sudeste) na indústria de transformaçãoglossário , observe o gráfico B.
Brasil: participação do Polígono Industrial na indústria de transformação ( em porcentagem) – 2019
Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Contas regionais do Brasil. Tabelas: 20.6; 22.6; 23.6; 33.6. Disponível em: https://oeds.link/fLcWVc. Acesso em: 21 fevereiro 2022.
A participação do Polígono Industrial no emprego formal na indústria de transformação
O emprego formalglossário é também outro importante indicador de concentração espacial da indústria de transformação no Polígono Industrial do Sudeste do Brasil (observe o gráfico C).
Brasil: participação do Polígono Industrial no emprego formal na indústria de transformação ( em porcentagem) – 2019
Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Pesquisa industrial anual: empresa. Tabelas: 2.5; 2.8. Disponível em: https://oeds.link/uyTJkP. Acesso em: 24 maio 2022.
Dos estados que compõem o Polígono Industrial do Sudeste, quais tiveram a maior e a menor participação percentual no emprego formal na indústria de transformação no Brasil, em 2019?
A concentração espacial da atividade industrial na Região Sudeste, além de atrair pessoas e empresas para a região, estimulou a urbanização e o crescimento do setor de comércio e de serviços. A implantação de parques científicos e tecnológicos envolvidos na produção de bens e serviços também dinamizou a economia da região, que concentra cêrca de 40% dos parques científicos e tecnológicos de todo o Brasil.
NO SEU CONTEXTO
Os seus familiares estão inseridos no mercado de trabalho formal ou informal? Quais são os benefícios do trabalho formal e os inconvenientes do trabalho informal?
Atividades dos percursos 17 e 18
Registre em seu caderno.
- Com base nos dados fornecidos no Percurso 17, explique por que México, Argentina e Brasil são considerados as maiores economias latino-americanas.
- Como em quase todas as grandes cidades latino-americanas, a Cidade do México e Buenos Aires apresentam contrastes socioespaciais. Cite um desses contrastes e suas causas.
- Que aspectos físicos explicam a maior concentração populacional na porção central do Planalto do México?
- Se a população do México, em 2021, foi estimada em aproximadamente 130 milhões de habitantes e sua área territorial é de cêrca de 1,9 milhão de quilômetros quadrados, qual era a sua densidade demográfica nesse ano?
- Por que para as transnacionais de alimentos é vantajoso se estabelecer no México?
- Os Pampas argentinos são uma importante região natural desse país. Caracterize-a apontando a sua localização geográfica e qual cidade dela se destaca, explicando por que se trata de uma região economicamente forte no conjunto latino-americano.
- Explique as vantagens para as indústrias estadunidenses instalarem indústrias maquiladoras no México.
- Aponte os fatores locacionais que influenciaram na concentração industrial na Região Sudeste do Brasil.
- Analise a situação do emprego formal na atividade industrial do Polígono Industrial da Grande Região Sudeste, em 2019, e responda por que ele é um indicador da concentração industrial nessa região.
- Cada um dos números do mapa a seguir representa um ramo de atividade industrial e sua localização no território brasileiro. Reproduza o mapa usando uma folha de papel vegetal. No seu mapa, crie símbolos cartográficos figurativos para representar cada ramo industrial, obedecendo à localização dos números no mapa. Indique as capitais de todas as unidades da federação e depois dê um título ao mapa, aplique a legenda, insira a rosa dos ventos e a escala e trace a linha equatorial, o Trópico de Capricórnio e o meridiano 50 graus oeste.
Fontes: elaborado com base em FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. quarta edição São Paulo: Moderna, 2013. página 145; LE GRAND atlas du XXIe siècle. Paris: Gallimard, 2013. página 5.
- Construa um gráfico de colunas com os dados do quadro da página 158. Dê um título a ele e cite a fonte.
- Leia o fragmento de texto abaixo e responda.
“ A Cidade do México é o principal exemplo de superexploração das águas subterrâneas. Estima-se que é extraído dos aquíferos da região um volume de água que excede em 30 a 65% o da recarga. Em alguns locais, o afundamento do solo provocado pela redução do nível das águas dos aquíferos chegou a 7,5 metros . Para piorar, as áreas de recarga dos mananciais vêm sendo ocupadas pela expansão da cidade ”
uatéli marússia; bláuf, Fernanda; , Bruno. Haverá água para todos? Ísa, Notícias, 31 janeiro 2008. Disponível em: https://oeds.link/2WmHaa. Acesso em: 5 fevereiro 2022.
- Que problema socioambiental é retratado no texto?
- Qual é a principal consequência desse problema para a Cidade do México?
- Por que a expansão da cidade sobre as áreas de recarga dos mananciais agrava o problema?
13. Informe-se com as pessoas que você conhece sobre os ramos industriais que existem no município onde você mora. Faça uma lista deles, caso existam.
Versão adaptada acessível
- Cada um dos números do mapa apresentado representa um ramo de atividade industrial e sua localização no território brasileiro. Você pode produzir uma versão tátil desse mapa. Para isso, observe as orientações:
- Utilize linhas ou barbantes para fazer o contorno do país e os limites entre as unidades da federação.
- Represente cada ramo industrial da legenda com um material de textura diferente.
- Utilize essas texturas para representar no mapa os ramos de atividade industrial correspondentes, de acordo com as indicações dos números.
- Indique as capitais das unidades federativas e represente a rosa dos ventos, a Linha do Equador, o Trópico de Capricórnio e o meridiano 50 graus O.
- Apresente o material elaborado e compare seu mapa com os dos seus colegas.
PERCURSO 19 AGROPECUÁRIA NO MÉXICO, NA ARGENTINA E NO BRASIL
1. México: agropecuária
Com a criação do náfta, em 1992, a economia mexicana apresentou maior crescimento graças aos investimentos estrangeiros e ao aumento das exportações para os Estados Unidos e o Canadá. Em 2020, enquanto 64,3% do valor do Píbi mexicano foi derivado do setor terciário (comércio e serviços), 31,6% foi formado pelo setor secundário – construção e indústria de transformação e extrativa mineral, em que a exploração de petróleo participou na formação desse Píbi – e 4,1% pelo setor primário (agropecuária).
O território mexicano é pouco favorável à agropecuária. A presença de montanhas e de climas áridos e semiáridos reduz a disponibilidade de áreas cultiváveis. Ainda assim, esse setor emprega mais de 12% da População Economicamente Ativa ( péa) do país.
cêrca de 39% do território mexicano é ocupado pela pecuária, voltada principalmente para a criação de gado bovino e praticada no centro-norte do país (observe o mapa da página seguinte).
Os produtos com maior área de cultivo e voltados para o abastecimento do mercado externo são: algodão, sisal, café e cana-de-açúcar.
Para o mercado interno são cultivados: milho, batata, trigo, arroz, feijão etcétera. Após a entrada em vigor do náfta, a produção de milho perdeu espaço diante da concorrência estadunidense. Mas, mesmo assim, por se tratar de alimento tradicional desde o tempo dos astecas e maiasglossário , o México foi o sexto produtor mundial de milho, na safra dois mil e vinte e dois mil e vinte e um.
Como em toda a América Latina, com exceção de Cuba, há no México grande concentração da propriedade rural: 1% das propriedades concentra 56% da área de terras – na Argentina, que estudaremos mais adiante, 2% concentram cêrca de 50%; no Brasil, 0,3% concentra 32,8%.
Explique a função do animal que aparece na foto para a atividade nela retratada.
México: uso da terra e do mar
Fontes: elaborado com base em LE GRAND atlas du XXIe siècle. Paris: Gallimard, 2013. página 40; Capital: l’encyclopédie du monde 2006. Paris: Nathan, 2005. página 418; ATLAS National Geographic. América do Norte e Central. São Paulo: Abril, 2008. volume 6. página 57.
Explique a localização das culturas de café e de algodão com base na posição do Trópico de Câncer.
• As transnacionais de alimentos no México
Grandes empresas transnacionais de alimentos têm se estabelecido no México. Compram as melhores terras e orientam a produção para atender ao mercado externo, principalmente os Estados Unidos. Controlam 90% da produção mexicana de algodão, aspargos, morangos, cebolas, hortaliças e outros vegetais.
Embora as grandes empresas também cultivem esses produtos nos Estados Unidos, preferem o México, onde podem obter lucros maiores, uma vez que a terra e a mão de obra são mais baratas, além da proximidade do mercado consumidor estadunidense.
Entre as consequências desse estabelecimento de empresas transnacionais de alimentos no México, destacam-se: diminuição da área de cultivo de milho e de feijão – produtos básicos e tradicionais na alimentação do mexicano – e sua consequente alta de preços; aumento da carência alimentar; alteração dos hábitos alimentares da população em decorrência da influência da propaganda das transnacionais; valorização da terra rural, dificultando seu acesso aos camponeses e aos sem-terra etcétera.
PAUSA PARA O CINEMA
Viva zapáta!
Direção: Elia cazân, Estados Unidos: Twentieth Century Fox Film Corporation, 1952. Duração: 113 minutos
O filme conta a história do líder revolucionário mexicano Emiliano zapáta. Camponês e indígena, liderou a luta pela reforma agrária a partir de 1910 contra o governo e os grandes proprietários de terra.
2. Argentina: agropecuária
Em 2020, o setor terciário respondeu por 52,4% do Píbi argentino, enquanto o secundário participou com 41% e o primário com 6,6%. Apesar da menor participação deste setor, a agropecuária ocupa posição importante na economia do país. cêrca de 60% do valor total de suas exportações é constituído por produtos agropecuários: soja (3º produtor mundial, depois do Brasil e dos Estados Unidos, em 2021); produtos derivados da soja (maior exportador mundial); milho; trigo; cana-de-açúcar; girassol (óleo comestível); carne; além de outros.
Distinguem-se duas grandes regiões agropecuárias na Argentina (consulte o mapa A da página 161 e observe o mapa desta página):
- a região pampeana (pampa úmido) compreende grande área de terras extremamente férteis, com formato semelhante ao de um leque, tendo Buenos Aires na base e abrangendo as cidades de Santa Fé, Rosário e Baía blânca. É grande a produção de trigo, soja e milho, assim como a criação de bovinos e ovinos na região: o relevo plano ou pouco ondulado permite a mecanização da agricultura, e os Campos (Pampas) são excelentes para a pecuária. cêrca de 50% dos produtos agrícolas argentinos são oriundos dessa região. É aí, também, que estão 66% do rebanho bovino e 50% do ovino, entre os mais importantes rebanhos do mundo, não exatamente pelo número, mas pela excelente qualidade do gado;
- a grande região extrapampeana apresenta condições naturais diversificadas. Afastando-se da região pampeana em direção ao norte, oeste e sul, a umidade diminui, o que exerce influência sobre os tipos de cultura praticados na região. Assim, surgem culturas regionais, como a do algodão, no Chaco, região situada ao norte, próxima da cidade de Corrientes, onde também se faz extração vegetal do quebrachoglossário e da erva-mate, e a cultura da cana-de-açúcar, em Salta e Tucumán, além da cultura das frutas, vinhas e oliveiras no entorno das cidades de Mendoza e San Juan, cuja parte da produção de vinho é exportada para vários países.
A Patagônia, vasta região do sul, formada por planaltos e planícies de clima frio e semiárido e por vegetação de estepes, possui baixa ocupação humana. Ela se destaca na criação extensiva de ovinos, cuja produção de lã é largamente exportada.
Argentina: agropecuária
Fontes: elaborado com base em Capital: l’encyclopédie du monde 2006. Paris: Nathan, 2005. página 110-111; Charliê Jác ( organizador). Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 154.
Considerando apenas a latitude e comparando a localização geográfica das cidades de Buenos Aires e Salta, qual delas possui clima mais frio? Por quê?
PAUSA PARA O CINEMA
Transpatagônia.
Direção: Cauê e Guilherme Cavallari. Brasil: Guilherme Cavallari, 2014. Duração: 60 minutos
Descubra a Patagônia argentina e chilena por meio deste filme-documentário, acompanhando a viagem de seis meses de bicicleta do jornalista, aventureiro e desportista Guilherme Cavallari.
QUEM LÊ VIAJA MAIS
Quem lê viaja mais
CAVALLARI, Guilherme. Transpatagônia: pumas não comem ciclistas. segunda edição São Paulo: calapálo, 2015.
Com fotos e mapas detalhados, o livro revela os seis meses da viagem de bicicleta do autor na Patagônia e na Terra do Fogo, na Argentina e no Chile. Por meio de comentários críticos, a leitura permite aprender sobre os problemas ambientais e socioeconômicos das regiões percorridas.
3. Circuitos da carne e da soja nos Pampas argentinos e no Brasil
A expressão “circuito” é entendida como rota ou caminho percorrido para atingir certo lugar. Nos casos da soja e da carne, refere-se, assim, ao caminho percorrido desde a área de produção até o mercado consumidor interno e aos portos de exportação, para chegar ao mercado consumidor externo.
Há diferenças marcantes entre os circuitos da soja e da carne na Argentina e no Brasil. A vantagem é argentina, como estudaremos a seguir.
• Na Argentina
As maiores concentrações de plantio de soja e de criação de gado bovino e ovino na Argentina se encontram na região dos Pampas. Nela concentra-se cêrca de 66% da população da Argentina, como estudamos anteriormente, o que representa a maior parte de seu mercado consumidor interno.
Nos Pampas, localizam-se dois importantes portos: Buenos Aires, no Rio da Prata; e o porto fluvial da cidade de Rosário, no Rio Paraná, que tem acesso ao Oceano Atlântico pelo Rio da Prata (no mapa A da página 161, localize os Pampas, os rios Paraná e da Prata e, no mapa da página anterior, localize as cidades de Rosário e de Buenos Aires e o Oceano Atlântico).
O Porto de Rosário permite o atracamento de navios graneleirosglossário de grande porte para o transporte de soja e também de navios frigoríficos para o transporte de carne. Assim, desse porto partem navios até portos marítimos situados em outros países, como a China.
Grande parte das propriedades agropecuárias argentinas se localiza a cêrca de 300 quilômetros de distância do Porto de Rosário, que, por sua vez, está aproximadamente a essa mesma distância de Buenos Aires.
Entretanto, a infraestrutura de transporte na Argentina – rodoviária, ferroviária e hidroviária –, assim como no Brasil, apresenta problemas ou gargalos para o escoamento de grãos – soja, milho, trigo etcétera. Há congestionamentos de caminhões nas estradas e nos portos para descarregar os grãos e demora para transferi-los para os navios durante o pico da safra. Mas, mesmo assim, os produtores rurais argentinos levam vantagem em relação aos do Brasil, principalmente aos da Região Centro-Oeste.
Essa vantagem ocorre porque na Argentina os produtores rurais não estão distantes do mercado interno de consumo, representado pelas indústrias e pelos próprios criadores de gado, que usam o farelo de soja como ração animal, e também por não estarem distantes dos portos de exportação. Além disso, o tempo de espera causado pelos congestionamentos de navios graneleiros e frigoríficos nos portos da Argentina é menor do que nos portos brasileiros.
Esses fatores conferem vantagens competitivas e mais ganhos aos produtores argentinos.
• No Brasil: a soja e a carne na Região Centro-Oeste
No Brasil, em 2020, o setor primário foi responsável por 6,8% do Píbi nacional, enquanto os setores secundário e terciário responderam por 20,4% e 72,8%, respectivamente.
O país foi o maior produtor de soja no mundo nas safras de 2020/2021 e 2021/2022, seguido pelos Estados Unidos. A produção de soja no mundo nessas safras foi de quase 750 milhões de toneladas, sendo que o Brasil produziu quase 280 milhões de toneladas desse total e os Estados Unidos produziram mais de 235 milhões de toneladas. Mato Grosso foi o maior estado produtor de soja brasileiro e o Rio Grande do Sul, o segundo. Só Mato Grosso produziu, nessas safras, quase 75 milhões de toneladas de soja.
Em 2020, o Brasil possuía o maior rebanho de gado bovino e foi o maior exportador dessa carne.
A Região Centro-Oeste é a que responde pela maior produção de soja e é a que possui maior rebanho de gado bovino (gráficos A, B e C).
Brasil: participação da produção de soja por Grandes Regiões (em milhares de toneladas) – safras 2020/21 e 2021/22*
Fonte: elaborado com base em Companhia Nacional de Abastecimento. Boletim da safra de grãos. Tabela de dados: produção e balanço de oferta e demanda de grãos. Safra 2021/22. Quarto levantamento. Brasília: janeiro 2022.
Aponte a Grande Região do Brasil que, depois da Centro-Oeste, mais produziu soja no país nas safras representadas.
Brasil: estados maiores produtores de soja ( em porcentagem) – safras 2020/21 e 2021/22*
Fonte: elaborado com base em Companhia Nacional de Abastecimento. Boletim da safra de grãos. Tabela de dados: produção e balanço de oferta e demanda de grãos. Safra 2021/22. Quarto levantamento. Brasília: janeiro 2022.
De acordo com o gráfico, qual foi a participação percentual da produção de soja desses três estados em relação à produção total do Brasil?
Brasil: rebanho bovino por Grandes Regiões ( em porcentagem) – 2020
Fonte: í bê gê É. Pesquisa da pecuária municipal: 2020. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2021. Tabela 1. Disponível em: https://oeds.link/DhY0ym. Acesso em: 6 fevereiro 2022.
Nota: Em 2020, o rebanho bovino no Brasil era de mais de 218 milhões de cabeças. A segunda colocada, a Índia, tinha 190 milhões de cabeças de gado bovino.
PAUSA PARA O CINEMA
Seu churrasco tem soja?
Direção: tômas báuer. Brasil: Comissão Pastoral da Terra ( cê pê tê), uélt rráus, Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, 2017. Duração: 34 minutos
O documentário explica os impactos da expansão da cadeia produtiva de soja no Brasil para as populações locais e o meio ambiente, e discute fórmas de superá-los.
Os produtores de soja e carne do Centro-Oeste estão a longas distâncias dos portos de exportação do Brasil. Para se ter ideia, a distância dos municípios de Sinop e Sorriso, no estado de Mato Grosso, que são grandes produtores de soja, até o Porto de Santos, no litoral do estado de São Paulo, é de mais de 2 mil quilômetros.
Brasil: escoamento da produção de soja e milho da Região Centro-Oeste – 2015
Fonte: BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Corredores logísticos estratégicos: complexo de soja e milho. Brasília: ême tê pê á, 2017. página 33.
Por quais Grandes Regiões escoam a soja e o milho para a exportação produzidos no Centro-Oeste?
Considerando que cêrca de 65% da soja produzida no Brasil e a quase totalidade do gado bovino e da carne são transportadas pela via rodoviária, existe desvantagem em relação à Argentina e, sobretudo, aos Estados Unidos, pois os custos de transporte oneram mais os produtos brasileiros.
Nos Estados Unidos, os produtores de soja se encontram também distantes dos portos de exportação, cêrca de mil a 2 mil quilômetros. No entanto, cêrca de 60% da soja produzida é transportada por via hidroviária ou aquaviária, que é um modal de transporte mais barato – seu custo (tonelada por quilômetro percorrido) é cêrca de 60% inferior ao do rodoviário e 37%, ao do ferroviário. Consequentemente, os Estados Unidos possuem vantagens competitivas superiores às do Brasil e da Argentina.
PAUSA PARA O CINEMA
A carne é fraca.
Direção: Nina Rosa Djeicób. Brasil: Instituto Nina Rosa - projetos por amor à vida, 2004. Duração: 54 minutos
Você já pensou sobre o que acontece antes de um bife de carne bovina chegar ao prato do consumidor? Por meio de depoimentos, o documentário esclarece os impactos que o ato de comer carne representa para a saúde das pessoas, os animais e o meio ambiente.
No Brasil, as distâncias deixariam de ser um inconveniente caso houvesse boa infraestrutura de transporte rodo-ferro-aquaviário, juntamente com terminais de transbordoglossário e suficiente aparelhamento portuário.
Persistem problemas como rodovias malconservadas e mal sinalizadas, elevados preços de pedágios, altos custos das tarifas portuárias, baixa capacidade instalada dos terminais marítimos ocasionando filas de caminhões e de navios em época de safra, entre outros.
Brasil: corredores de exportação de grãos – 2015
Fonte: BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Corredores logísticos estratégicos: complexo de soja e milho. Brasília: ême tê pê á, 2017. página 37.
Aponte os terminais de transbordo, ou seja, de passagem de carga de grãos de um modal de transporte para outro, nos estados de Tocantins e do Maranhão. Quais são esses modais?
PERCURSO 20 AMÉRICA LATINA: PRESSÕES SOBRE A NATUREZA E SUAS RIQUEZAS
1. América Latina: exploração mineral
Data do período colonial o início da exploração dos recursos naturais da América Latina pelos colonizadores europeus: o solo, a água, os recursos minerais, a vegetação original etcétera. Posteriormente, com as Revoluções Industriais e a expansão das indústrias, a procura por territórios que pudessem oferecer matérias-primas vegetais e minerais se ampliou. A África, a Ásia e a América Latina tornaram-se territórios ou espaços de investimentos de capitais não somente nacionais, mas sobretudo de transnacionais em busca de matérias-primas, principalmente de origem mineral (observe o mapa).
América Latina: alguns recursos minerais e fontes de energia
Fonte: Charliê Jác ( organizador). Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 154.
Em tempos recentes, o crescimento econômico de vários países – os emergentes, como a China, principalmente – tem exigido maior consumo de minerais, que são usados na construção civil e na fabricação de produtos industrializados.
Em consequência, houve aumento considerável da procura no mercado internacional por commoditiesglossário minerais, como bauxita, cobre, ouro, nióbio, ferro, zinco, petróleo etcétera.
Nesse contexto, por possuir abundantes recursos naturais estratégicos – água, biodiversidade em geral, fontes de energia de origem fóssil (petróleo, gás natural) e minerais –, a América Latina tem atraído capitais internacionais, como é o caso das transnacionais da mineração.
• O modelo de exploração mineral
As corporações transnacionais e seus sócios nacionais no setor da mineração têm por base o modelo de extrativismo mineral exportador, ou seja, explorar ou extrair minérios e beneficiá-los ou não para exportar. São grandes empresas de mineração que atuam em todo o mundo apenas em busca de lucros. Algumas delas nem sempre obedecem à legislação ambiental do país onde se instalam ou se instalam justamente naqueles países onde ela é menos exigente.
• Impactos socioambientais e conflitos
Especialistas em meio ambiente consideram que o modelo de extrativismo mineral exportador é insustentável ecologicamente, pois, além de causar o esgotamento de minérios, agride de modo acentuado o meio natural, causando impactos ambientais, como também impactos sociais nas comunidades que vivem no entorno da exploração mineral.
Segundo a Organização Não Governamental Observatório de Conflitos da Mineração da América Latina, até 2021 foram registrados 284 conflitos envolvendo populações ou comunidades e empresas mineradoras na América Latina.
Os impactos socioambientais provocados pela mineração são enormes. Vão desde a desapropriação de terras de comunidades tradicionais, como é o caso de indígenas, até doenças causadas pela poluição ambiental e, sobretudo, pelo comprometimento da qualidade da água em razão de seu alto consumo pela atividade mineradora e pela redução dos mananciais.
Em 2022, em decorrência da mineração ilegal de ouro que vem aumentando na região de Madre de Dios, no sudeste do Peru, acompanhando a alta do preço do ouro nos mercados mundiais, um estudo apontou que um trecho da Amazônia peruana apresenta os níveis mais altos de poluição atmosférica por mercúrio tóxico, superiores aos das regiões industriais no mundo. O mercúrio, um metal pesadoglossário , foi encontrado no ar atmosférico, no solo e nas folhas das copas das árvores em uma área intocada de floresta, decorrente de seu uso por garimpeiros que buscam ouro nas margens dos rios, empregando-o para separar o metal precioso dos sedimentos. Esse é apenas um exemplo entre dezenas ou centenas que ocorrem na América Latina.
NAVEGAR É PRECISO
Observatório do mercúrio na Amazônia
https://oeds.link/tX3TdH
A plataforma apresenta informações sobre a contaminação de mercúrio decorrente da atividade mineradora na Floresta Amazônica e os impactos socioambientais decorrentes do uso dessa substância.
• Protestos de comunidades contra a espoliação
Em toda a América Latina, as comunidades que vivem próximo às áreas de mineração estão mais conscientes dos problemas causados por essa atividade. Em muitos casos, quando o meio ambiente em que vivem é espoliadoglossário ou prejudicado, elas se organizam, protestam e pressionam os governos e as empresas de mineração a tomar providências necessárias para evitar impactos socioambientais. Estão conscientes da Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho ( ó í tê) – órgão da ônu que trata do cumprimento por parte dos países das normas do trabalho –, que reconhece que “é direito dos povos indígenas ou das comunidades tradicionais à terra por eles ocupadas e aos recursos naturais nela existentes”.
PAUSA PARA O CINEMA
Vozes indígenas da América Latina: nós somos o documento da terra
Direção: Programa trí fáiv zírou dót órg Indígena, Instituto araiára coêssus. América do Sul: 2019. Duração: 30 minutos
Por meio de relatos de indígenas de países latino-americanos, o curta mostra de que fórma os impactos da mineração e de outras atividades econômicas violam os direitos de comunidades tradicionais.
Não vale a pena
Direção: Pedro de Filippis. Brasil: móvi sãm, 2017. Duração: 38 minutos
O documentário aborda os impactos socioambientais provocados pela atividade mineradora em municípios do Quadrilátero Ferrífero do Brasil.
Gire o seu dispositivo para a posição vertical
2. México: matérias-primas minerais e energia
O México se destaca entre os maiores produtores mundiais de prata (1º do mundo, de 2015 a 2019), ouro, cobre, chumbo, zinco, além de possuir grandes jazidas de minério de ferro, manganês, níquel, petróleo, gás natural, como também outros minérios essenciais à atividade industrial (consulte os mapas das páginas 162 e 176).
Em 2014, o México realizou reformas em sua política de monopólio estatalglossário nos setores de petróleo e eletricidade, abrindo esses setores para a participação de empresas privadas. Além disso, na busca de alterar a sua matriz energéticaglossário baseada no petróleo e no gás natural (mais de 85% da matriz, em 2020), o governo tem incentivado a implantação de fontes renováveis de energia solar, eólica e outras – o Brasil, em 2021, tornou-se o 6º país do mundo em potência instalada de energia eólica; o petróleo e o gás natural representavam da matriz energética brasileira.
Na porção oriental do território mexicano, voltada para o Golfo do México, localizam-se as grandes jazidas petrolíferas e de gás natural e as indústrias petroquímicas, nas cidades de Tampico e Veracruz (consulte o mapa da página 162).
Como visto anteriormente, o México rompeu com o monopólio estatal em 2014 e passou a dar concessões de exploração de petróleo às empresas privadas, sem, contudo, perder soberania sobre os depósitos petrolíferos. Até então, a empresa estatal Pemex (Petróleo Mexicano) era a única que extraía petróleo desde 1938.
Em 2020, o México foi o 11º produtor mundial de petróleo e o 21º de gás natural – os três maiores produtores de petróleo foram Estados Unidos, Rússia e Arábia Saudita; e de gás natural, Estados Unidos, Rússia e Irã.
3. Argentina: matérias-primas minerais e energia
O subsolo argentino é rico em jazidas minerais, como praticamente todos os países da América Latina, inclusive o Brasil.
Quanto ao petróleo e ao gás natural, em 2020 eles constituíam cêrca de 87% da matriz energética argentina. Além de seus usos convencionais – automotores e indústrias –, também se estendem para a produção de eletricidade por meio das usinas termelétricas, que respondiam por 68% da capacidade instalada de energia elétrica. Entretanto, a Argentina passa por crises de abastecimento de energia elétrica.
Apesar de estudos terem demonstrado que a Patagônia possui ventos favoráveis à instalação de parques eólicos, a Argentina está atrasada na implantação de fontes renováveis de energia. Seu setor energético encontra-se em remodelação.
Atividades dos percursos 19 e 20
Registre em seu caderno.
- Aponte algumas características de ordem física ou natural que o território mexicano possui que limitam o desenvolvimento da agropecuária.
- A Argentina e o Brasil, quanto aos seus meios naturais, possuem vantagens para o desenvolvimento da atividade agropecuária, se comparados ao México. Explique essa afirmativa usando os conhecimentos que você possui sobre o Brasil e a Argentina.
- Compare os circuitos da carne e da soja na Argentina e no Brasil tomando por base os seguintes aspectos: distâncias das áreas produtoras aos portos de exportação e transporte.
- Aponte a vantagem dos produtores de soja dos Estados Unidos em relação aos do Brasil quanto ao transporte desse produto.
- Quais soluções você aponta para o Brasil superar os problemas existentes nos transportes e nos portos para melhorar o escoamento da soja e da carne?
- Existe relação entre exploração mineral e insustentabilidade socioambiental? Comente.
- A mineração é uma atividade que, além de causar impactos socioambientais, gera conflitos. Aponte algumas causas desses conflitos.
- Explique o que é a Organização Internacional do Trabalho ( ó í tê) e comente a Convenção 169.
- Explique o que é monopólio estatal e se o México mantém esse tipo de monopólio em relação ao petróleo de seu território.
- Observe nos mapas a seguir que as linhas unem os pontos de mesma temperatura média em determinado período. Elas são chamadas “isotermas” (de ízo, igual + térmas, temperaturas).
Argentina: isotermas no mês de janeiro
Argentina: isotermas no mês de julho
Fonte: rocataliáta ruãn ( coordenação). La Argentina: geografía general y los marcos regionales. Buenos Aires: Grupo Editorial Planeta Argentina, 1992. página 96.
- Explique por que as isotermas são diferentes nos meses de janeiro e julho no território argentino.
- Quais são as temperaturas médias da Argentina entre os paralelos de 40 graus e 50 graus Sul no verão e no inverno?
- Considerando que a latitude é um dos fatores do clima, ou seja, que interfere nele, aponte quais são as isotermas de menor latitude e as de maior latitude nos meses de janeiro e julho.
11. Imagine que você esteja planejando uma viagem à Cidade do México. Com base no climograma representado, que meses do ano você escolheria para visitar essa cidade? Por quê?
Cidade do México: climograma
Fontes: ATLAS National Geographic. América do Norte e Central. São Paulo: Abril, 2008. volume 6. página 56; Instituto Nacional de Estadística y Geografía. Anuario estadístico y geográfico de los Estados Unidos Mexicanos 2020. México: inégi, 2021. Quadro 1.4.
12. Analise o gráfico e responda às questões.
Brasil: principais produtos exportados (em bilhões de dólares) – 2021
Fonte: elaborado com base em BRASIL. Ministério da Economia. Balança comercial: dados consolidados. Disponível em: https://oeds.link/Mfafc2. Acesso em: 30 janeiro 2022.
- Aponte a importância que a soja representou nas exportações do Brasil em 2021.
- Quais são os produtos primários que constam do gráfico?
- Em grupo, realizem uma pesquisa procurando esclarecer os seguintes pontos:
- se o seu município produz algum produto constante do gráfico da atividade anterior;
- se não produz nenhum desses produtos; quais outros produz.
Desembarque em outras linguagens
DIEGO rivêra:
GEOGRAFIA E PINTURA MURALISTA
Diego rivêra (1886-1957) foi um dos pintores mais importantes do século vinte, cujo trabalho exalta a história e a cultura do povo mexicano.
Ao vivenciar um dos períodos mais contestadores da história do México – a Revolução Mexicana de 1910 –, procurou novas formas para expressar a identidade de seu povo, resgatando o muralismo, fórma de pintura por meio da qual procurava recuperar os valores culturais de uma nação que parecia haver esquecido a grandiosidade de seu histórico pré-colombiano.
Ao longo de seus anos de trabalho, Diego rivêra criou mais de 2 mil quadros, 5 mil desenhos e pintou cêrca de .6730 métros quadrados de murais, espalhados por 19 edifícios no México, 8 nos Estados Unidos, 1 na China e 1 na Polônia. Com isso, o pintor teve oportunidade de mostrar ao mundo suas influências culturais.
A arte pública
Os pintores muralistas mexicanos procuraram o engajamento político por meio de uma arte nacional, capaz de alcançar o maior número de pessoas. Assim, apoiados pelo governo revolucionário, pintaram gigantescos murais nos espaços públicos, que contam a história econômica, social e política do México, retratando a luta de seu povo contra a opressão e a espoliação estrangeira.
Tecnicamente, os muralistas costumavam usar o afresco, ou seja, a aplicação de pigmentos diluídos em água sobre argamassa úmida. Grandes obras da pintura mundial, como A última ceia, de Leonardo da vinti, e o teto da Capela Sistina, de Michelangelo, são exemplos de afrescos.
Caixa de informações
- O que foi o muralismo mexicano?
- Que detalhes da obra desta página mostram a subjugação dos povos ameríndios pelos espanhóis?
Interprete
- Por que obras do tamanho de quadros não teriam o mesmo efeito artístico e político que os murais de rivêra?
- Em dupla, pesquise imagens sobre outros tipos de expressão artística, semelhante ao muralismo, usada com objetivo de contestação sociopolítica. Organize um catálogo digital dessas obras junto com sua turma.
Mãos à obra
5. Retome os conteúdos estudados sobre o México e observe novamente as obras de Diego rivêra. Em seguida selecione um problema ambiental ou social do país atualmente e elabore um desenho com base nas obras do artista. O desenho pode ser feito em uma cartolina. Atente-se ao traço, ao ângulo, às cores e à perspectiva das pinturas e, com o auxílio do professor de Arte, inicie o trabalho. Destaque ao menos três pontos do desenho e elabore um breve comentário sobre o que foi representado, como visto na imagem desta página. Ao finalizar o desenho, organize-se com os seus colegas para uma exposição em algum espaço da escola. Caso seja possível, vocês também podem registrar a exposição em meios virtuais, como blogs e redes sociais.
Versão adaptada acessível
5. Retome os conteúdos estudados sobre o México e observe novamente as obras de Diego Rivera. Em seguida selecione um problema ambiental ou social do país atualmente e elabore uma representação com base nas obras do artista. A representação pode ser feita em um pedaço de tela do tipo mosquiteira ou de outro material com textura semelhante. Atente-se ao traço, ao ângulo, às cores e à perspectiva das pinturas e, com o auxílio do professor de Arte, inicie o trabalho. Destaque ao menos três pontos representação e elabore um breve comentário sobre o que foi representado, como visto na imagem desta página. Ao finalizar a representação, organize-se com os seus colegas para uma exposição em algum espaço da escola. Caso seja possível, vocês também podem registrar a exposição em meios virtuais, como blogs e redes sociais
Glossário
- América Andina
- Conjunto de países onde se localiza a Cordilheira dos Andes: Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia, Peru e Chile.
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- Indústria de transformação
- Setor da atividade industrial que realiza transformação de matérias-primas em bens ou mercadorias (vestuário, automóvel, aço, móveis, motores etcétera).
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- Emprego formal
- Aquele exercido com carteira assinada ou com vínculo empregatício ativo, conforme a legislação trabalhista em vigor, ou seja, que assegura ao trabalhador ou à trabalhadora todos os direitos a que faz jus e que impõe deveres, como depósitos ao éfe gê tê ésse (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), horas extraordinárias prestadas com os acréscimos legais, férias e abono de férias, contribuição à seguridade social, retenção de imposto de renda sobre o salário etcétera.
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- Maia
- Povo ameríndio da Península de Iucatã (México) e de territórios mais ao sul que formava sociedades complexas, com uma cultura material e escrita hieroglífica, destacando-se por grandes construções, como palácios e templos erguidos sobre bases piramidais. O milho era sagrado para esse povo.
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- Quebracho
- Planta da qual se extrai o tanino – substância usada pela indústria farmacêutica para produzir medicamentos antivômitos. Algumas espécies fornecem madeira de boa qualidade.
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- Navio graneleiro
- Embarcação adequada para o transporte de carga a granel, ou seja, sem acondicionamento em qualquer tipo de embalagem; pode ser para minérios, petróleo, óleo vegetal, soja, milho etcétera.
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- Terminal de transbordo
- Instalação que recebe ou envia uma carga de um meio de transporte para outro; há terminal de transbordo hidroferroviário, rodohidroviário e rodoferroviário.
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- Plural de commodity. Produtos primários, ou seja, bens produzidos pela agropecuária, pela extração mineral e vegetal e pela pesca, que têm grande importância econômica, como soja, milho, algodão, minério de ferro, cobre etc.
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- Metal pesado
- Expressão usada para designar alguns metais mais densos, como cádmio, cromo, chumbo, mercúrio etcétera; são tóxicos em concentrações elevadas.
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- Espoliado
- Que sofreu espoliação; esbulhado, usurpado, roubado.
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- Monopólio estatal
- Exclusividade do Estado na exploração e desenvolvimento de determinadas atividades econômicas.
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- Matriz energética
- Conjunto de fontes de energia produzidas e usadas por um país. Pode ser de usinas hidrelétricas, termelétricas, de biomassa (bagaço de cana, lenha, etanol), eólicas, geotérmicas, solares etcétera.
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