Unidade 5

Nesta Unidade, estudaremos os fatores que favoreceram a industrialização do México, da Argentina e do Brasil. Serão trabalhados aspectos relativos às principais aglomerações urbanas desses países, bem como as desigualdades sociais nas suas maiores cidades (Percurso 17). O Percurso 18 aprofunda os conhecimentos sobre as concentrações industriais desses países. As atividades agropecuárias, por sua vez, começam a ser discutidas no Percurso 19, no qual se abordam as transnacionais de alimentos no México e os circuitos da carne e da soja na Argentina e no Brasil. As consequências socioambientais da exploração dos recursos naturais na América Latina são também objeto de estudo do Percurso 20.

Os recursos didáticos disponíveis incluem fotos, mapas, gráficos, quadros, ilustrações, boxes No seu contexto, Pausa para o cinema, Quem lê viaja mais e Navegar é preciso, que trazem informações e materiais para consulta extraclasse, estimulando o aprofundamento de alguns temas.

Na abertura da Unidade, há uma foto da praça central da Cidade do México. Observa-se a catedral construída sobre as ruínas do antigo templo da civilização asteca. Com isso, o colonizador espanhol, simbolicamente, mostrou o seu poder de dominação pelas armas sobre esse povo. Ao lado da catedral, vê-se o Palácio do Governo. O México faz parte do conjunto dos países hoje denominados emergentes, cujo conceito, discutido no Percurso 12, deve ser retomado. Faça uma sondagem do que os alunos sabem a respeito desse país e remeta-os à seção Verifique sua bagagem.

Respostas

1. Em decorrência de certas características que apresentam: considerável industrialização, crescimento econômico, atração de investimentos estrangeiros e domínio de alguns setores avançados de ciência e tecnologia, entre outras. A terminologia “emergentes” disfarça a realidade social ainda encontrada nessas três sociedades: pobreza de grande parcela da população, problemas graves de habitação e de saneamento básico, como também desigual distribuição da riqueza entre as suas classes sociais.
2. Espera-se que os alunos reconheçam a Argentina como importante parceiro comercial do Brasil, mencionem o MercosulMercosúl e que o México e os demais países latino-americanos mantêm relações comerciais com o Brasil.
3. Verifique os conhecimentos prévios dos alunos a respeito da industrialização brasileira, tema estudado no livro do 7º ano desta coleção. Caso necessário, ajude-os a identificar as semelhanças históricas, econômicas e industriais entre o Brasil, a Argentina e o México. Comente, por exemplo, que o desenvolvimento industrial nesses três países teve início em meados do século XXvinte e, portanto, é considerado tardio ou retardatário em comparação a países da Europa, aos Estados Unidos e ao Japão, que iniciaram sua industrialização entre os séculos XVIIIdezoito e XIXdezenove.

Das economias representadas no mapa, o Brasil ocupa a primeira posição, com 1 trilhão, 444 bilhões e 700 milhões de dólares; e México a segunda posição, com 1 trilhão, 73 bilhões e 900 milhões de dólares.

Percurso 17

Este Percurso aborda os aspectos produtivos, econômicos e populacionais dos países emergentes da América Latina, nomeadamente Argentina, Brasil e México. Trata do processo de industrialização tardia e das características do desenvolvimento industrial desses países. Trabalhe em conjunto com o professor de História para promover a compreensão das especificidades da industrialização latino-americana. Sugerimos solicitar aos alunos que recuperem as características dos países emergentes, abordadas na página 37.

Fotos e boxes No seu contexto e Navegar é preciso são apoios relevantes para explicações e para os temas estudados. Não deixe de recorrer a esses materiais sempre que possível.

Discuta com os alunos o mapa, explorando as diferenças de PIBPíbi entre os países da América Latina. Pergunte, por exemplo, quais das economias representadas apresentam PIBs menores que 10 bilhões de dólares e peça que apontem onde esses países estão localizados. É importante também que os alunos sejam desafiados a formular outras questões referentes ao mapa. Estimule-os a refletir sobre as causas da pobreza na América Latina. Ouça as opiniões sobre o tema, instigando-os a pensar nas possíveis soluções desse problema.

Habilidades da BNCCBê êne cê cê

• EF08GE16ê éfe zero oito gê ê um seis
• EF08GE20ê éfe zero oito gê ê dois zero

O Percurso 17 possibilita aos alunos analisar as características dos países americanos, desta vez com ênfase nos países que apresentam maiores PIBs e que realizaram o processo de industrialização tardia: México, Argentina e Brasil. Além dos aspectos econômicos, o percurso aborda as dinâmicas populacionais desses países, com destaque para a influência que o relevo e o clima exercem na distribuição da população no território e, consequentemente, na densidade demográfica. Essa articulação deve ser trabalhada com base na comparação de mapas, como os da página 158. Por fim, na discussão sobre a Cidade do México e Buenos Aires há oportunidade para aprofundar a análise sobre problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, com destaque às questões referentes à desigualdade socioespacial.

No exercício do boxe No seu contexto, espera-se que os alunos reconheçam que as mulheres desempenham papel importante na forçafôrça de trabalho, ocupando diferentes cargos em diversas atividades. Lembre que o nível de instrução médio das mulheres é maior que o dos homens e, atualmente, tem crescido o percentual de mulheres atuando em cargos de chefia e liderança. Comente também que, segundo o IBGEí bê gê É, cercacêrca de 37% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres.

Temas contemporâneos transversais

A participação das mulheres no mercado de trabalho é assunto que pode ser abordado por meio das fotos A e B e do boxe No seu contexto. Com base nessa discussão, é possível trabalhar os temas relativos à Vida Familiar e Social e ao Trabalho.

Interdisciplinaridade

A industrialização dos países da América Latina é assunto que pode ser desenvolvido com a colaboração do professor de História. Esse componente curricular pode auxiliar os estudos evidenciando as especificidades desse processo, comparando-o com a industrialização nos países europeus. A elaboração de uma linha do tempo seria útil para facilitar a contextualização espaçotemporal dos processos.

Entre 2000 e 2020, o declínio das exportações do México para os Estados Unidos foi de 8,9%.

Retome com os alunos a explicação sobre o denominado Acordo Estados Unidos-México-Canadá, em inglês United States-Mexico­-Canada Agreement (USMCA), no Percurso 16, página 144.

Verifique se os alunos interpretaram corretamente os gráficos antes de responderem à questão.

Atividades complementares

Divida a turma em grupos de alunos e proponha a cada grupo que escolha um dos países discutidos. Oriente-os a pesquisar na internet, em livros, jornais ou revistas sobre três empresas que investiram no país escolhido no período dos anos 1950-1970. Eles devem responder às seguintes questões: “Quais eram essas empresas?”; “O que elas produziam no país?”. Após as pesquisas realizadas, propicie um momento para que os alunos possam compartilhar os resultados encontrados.

Outra proposta de atividade consiste em solicitar aos alunos que entrevistem pessoas que viveram nas décadas de 1950 e 1960 e colham relatos sobre o que sabem da industrialização do Brasil, particularmente da Grande Região Sudeste, nesse período.

Ressaltamos que esse período foi marcado pela passagem do Brasil rural para o industrial, como já dissemos, principalmente nessa região.

Com base na representação do mapa A, o território mexicano caracteriza-se por apresentar terras de altitudes elevadas. Apenas o litoral do Pacífico e o Golfo do México apresentam terras de baixas altitudes, que correspondem às planícies costeiras, entre 0 m e 50 mmétros e de 50 mmétros a 100 mmétros.

Ao comparar os mapas A e B, identifica-se que a unidade de revelo mais povoada é o Planalto do México.

Em relação ao exercício do boxe No seu contexto, espera-se que os alunos respondam que sim. No Brasil, as elevadas densidades demográficas estão no estado de São Paulo, no eixo que abarca desde Campinas até Santos. Nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (RJRio de Janeiro) e de Belo Horizonte (MGMinas Gerais), o fato se repete, com densidades superiores a 280 hab./km²habitantes por quilômetro quadrado.

Competência

Na comparação dos mapas A e B, é importante que os alunos compreendam os motivos pelos quais a distribuição da população mexicana ocorre tal como representada. Ressalte que o relevo é um fator que limita ou facilita o povoamento. Explore as conexões entre esse condicionante físico-natural e a densidade demográfica. O boxe No seu contexto possibilita também adicionar à discussão as interações entre tais condicionantes naturais e os condicionantes econômicos ao povoamento, como a industrialização e a urbanização. Ao desenvolver essas temáticas, possibilita-se o trabalho com a Competência Específica de Geografia para o Ensino Fundamental 3: “Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem”.

Atividade complementar

Solicite aos alunos que exercitem o cálculo de distâncias em um mapa com base no aprendizado sobre escalas. De início, pergunte qual é o tipo de escala usado no mapa A. Em seguida, peça-lhes que calculem a distância aproximada, em linha reta e em quilômetros, entre as cidades de Tijuana e Acapulco.

Atividade complementar

Exercite o princípio de localização do raciocínio geográfico, solicitando aos alunos que apontem em um mapa do continente americano os países listados no quadro desta página. Motive-os a formular questões com base nos dados sobre população e na localização dos países. Os alunos podem questionar, por exemplo, quantas populações argentinas equivalem à população brasileira. Ou, ainda, quais dos países mais populosos estão localizados na América do Sul, entre outras perguntas. Estimule-os a responder oralmente às questões.

Atividade complementar

Convém explicar aos alunos as causas dos terremotos que ocorrem na Cidade do México. Isso pode ser feito solicitando-se uma pesquisa, com posterior compartilhamento dos resultados, sobre quando ocorreram os terremotos mais fortes nessa cidade e quais foram suas consequências. Oriente-os nas investigações indicando sites, materiais da mídia etcetcétera. Os alunos deverão fazer referências, por exemplo, aos terremotos ocorridos em 19 de setembro de 2017, em 16 de fevereiro de 2018 e em 7 de setembro de 2021. Esses sismos ocorrem porque quase todo o país localiza-se na zona de contato entre placas tectônicas, assunto que sugerimos que seja retomado, mostrando o planisfério das placas tectônicas e destacando aquelas localizadas sob o território mexicano: a Placa do Caribe e a Placa de Cocos.

Se possível, projete para os alunos ou sugira a eles que assistam ao documentário H₂Omxagá dois ó ême xís (produzido e dirigido por José CohenCouén e Lorenzo HagermanRêiguermen. México: Cactus Film, 2014, 75 minminutos) para analisar a crise hídrica que a Cidade do México enfrenta. O filme questiona como uma cidade que foi fundada sobre uma importante zona hídrica pode viver sem água. Aborda também o crescimento sem planejamento da cidade, a escassez, o desperdício, os graves problemas de contaminação da água e os prejuízos que a importação e sua purificação produzem na região central do país.

Sobre o processo de afundamento da Cidade do México, explique que o peso das construções, como representado pela Catedral Metropoli­tana da Cidade do México, entre outras, também contribui para a subsidência do terreno.

Atividades complementares

Trabalhe com os alunos a definição de “aquífero” e a sua importância como reservatório subterrâneo de água. Posteriormente, relacione o aquífero que abastece a Cidade do México com o Aquífero Guarani, que abarca territórios da Argentina, do Paraguai, do Uruguai e do Brasil.

O Centro Histórico da Cidade do México foi elevado a Patrimônio da Humanidade pela Unescounêsco em 1987; porém, a subsidência compromete muitos símbolos arquitetônicos. Discuta essa problemática e enumere, com os alunos, as ações que devem ser tomadas para que a subsidência possa ser mais bem monitorada:

• mapeamento das falhas ou fraturas;
• geração de dados geológicos sobre os poços de água;
• monitoramento dos deslocamentos verticais;
• definição exata das áreas de risco;
• estabelecimento de contato direto entre pesquisadores e autoridades locais.

Temas contemporâneos transversais

O conteúdo desenvolvido nesta página possibilita a discussão de temas relacionados à Educação Ambiental, Educação para o Consumo e Educação em Direitos Humanos. Destaque as tensões e os conflitos que a escassez de água pode provocar. O artigo “A cidade do México morre de sedesêde”, do jornal El País, pode ajudar nessa discussão (disponível em: https://oeds.link/k5TgMU; acesso em: 23 fev.fevereiro 2022).

Ao comparar o mapa B com o A, verifica-se que a porção dos Pampas, próximo a Buenos Aires, é a porção mais povoada. O extremo sul da Patagônia e as áreas da Cordilheira dos Andes são as porções menos povoadas.

Comente com os alunos que existe uma favela em Buenos Aires chamada Villa 31bíla trinta e uno, que é uma das mais antigas da cidade, tendo surgido nos anos 1930. Ela está localizada entre os bairros Puerto Maderopuêrto madêro e Recoletarecolêta. Se possível, sugira a eles que verifiquem imagens de satélite dessas localidades. Para isso, podem ser usados aplicativos apropriados disponíveis na internet. Informe que a origem dessa favela está relacionada também à imigração de pessoas provenientes de outros países da América do Sul, principalmente bolivianos, paraguaios e peruanos. Reitere que a condição de pobreza e de falta de oportunidades faz as pessoas migrarem, e, não encontrando no país receptor melhores oportunidades e alternativas de sobrevivência, muitas delas se estabelecem em favelas ou moradias precárias.

As favelas devem ser entendidas como formafórma de sobrevivência social, ou seja, não possuindo condições financeiras, pessoas ou famílias nelas se instalam mesmo que precariamente. Assim, as favelas são, em verdade, um dos aspectos de distorções ou injustiças decorrentes do sistema econômico e social em que vivemos, o qual não oferece oportunidades iguais a todos.

No território mexicano, o petróleo é explorado na porção oriental ou leste voltada para o Golfo do México.

Percurso 18

Este Percurso aborda as principais aglomerações industriais no México, na Argentina e no Brasil, destacando suas localizações e seus arranjos espaciais. Mapas são apresentados especialmente para isso e devem ser interpretados e comparados com o objetivo de subsidiar as explicações.

Ao longo dos estudos relacionados ao Brasil, os gráficos expõem a participação dos setores de produção no PIBPíbi brasileiro e evidenciam a importância da Região Sudeste na economia do país. O trabalho interdisciplinar com História é sugerido com o objetivo de recordar os alunos a respeito das políticas industriais que contribuíram para formar na Região Sudeste um polígono industrial.

Remeta os alunos ao glossário da p.página 199, que esclarece o termo “zona franca”, contido na legenda do mapa.

Habilidades da BNCCBê êne cê cê

• EF08GE09ê éfe zero oito gê ê zero nove
• EF08GE13ê éfe zero oito gê ê um três
• EF08GE24ê éfe zero oito gê ê dois quatro

Neste Percurso, são contempladas parcialmente essas habilidades. Os estudos do Percurso 18 aprofundam os conhecimentos dos padrões econômicos mundiais, enfatizando características produtivas de países latino-americanos emergentes, isto é, da Argentina, do Brasil e do México. Ao trabalhar as principais aglomerações industriais, possibilita-se aos alunos analisar e articular o processo de industrialização às transformações dos tipos de trabalho e seus respectivos espaços urbanos. Enfatizam-se especialmente as maquiladoras mexicanas, que evidenciam a influência do capital estadunidense no México; o polígono industrial do Sudeste brasileiro e a indústria argentina. Explore gráficos e mapas disponíveis para ressaltar a problemática das desigualdades socioespaciais no território desses países.

Atividade complementar

Proponha aos alunos atividade de leitura e interpretação do mapa, a fim de diagnosticar possíveis dificuldades de compreensão a respeito da articulação entre o arranjo espacial das indústrias e a disponibilidade de recursos minerais e energia. Pergunte, por exemplo, que tipos de indústrias estão instaladas em zonas petrolíferas ou em áreas produtoras de zinco ou cobre. Solicite que expliquem por que isso ocorre. Aproveite para sanar dúvidas e corrigir possíveis erros. Se necessário, retome a discussão sobre fatores locacionais da indústria (assunto estudado no Percurso 12 da Unidade 3), promovendo debate sobre a sua relevância (ou irrelevância) nos dias atuais.

No mapa A, duas cidades-gêmeas de implantação de maquiladoras são Sansân Diego e Tijuana, entre outras.

No mapa B, dois ramos industriais presentes em MendozaMendôça são indústria química e mecânica, entre outros.

No Percurso 7 da Unidade 2, nas páginas 66 e 67, comentamos sobre o muro construído entre o México e os Estados Unidos para conter a migração de mexicanos e outros hispânicos. Se considerar necessário, retome esse tema com os alunos.

Atividade complementar

Peça aos alunos que formem dois ou mais grupos para realizar um trabalho sobre as atrações turísticas, naturais e culturais do México e da Argentina. Eles poderão acessar sites de agências de viagens, revistas de turismo ou mesmo conseguir panfletos desses países em agências de turismo. Posteriormente, com os trabalhos concluídos, exponha-os em um mural.

O mapa indica que o número de empresas nas unidades da federação está representado por círculos proporcionais desde menos de 1.0001000 até mais de 33 61233612, em 2016. Como o estado de São Paulo possui o maior número de empresas industriais, observe que há superposição de círculos, principalmente na região metropolitana da capital, São Paulo, e em suas proximidades.

Interdisciplinaridade

Se achar oportuno, recupere os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do tema da concentração espacial da indústria na Região Sudeste do Brasil, abordado no livro do 7º ano desta coleção (Percurso 9 da Unidade 3). Retome também a questão da desconcentração industrial do Brasil, assunto tratado no mesmo livro, ressaltando as suas causas, a política industrial do governo militar e a guerra fiscal. Comente o caso, por exemplo, das facilidades concedidas pelo governo do presidente Juscelino Kubitschekcubishéqui, entre 1956 e 1961, para a instalação de montadoras de automóveis no estado de São Paulo. A retomada desse conteúdo pode ser realizada com a contribuição do professor de História.

De acordo com o gráfico C, a maior participação correspondeu a São Paulo, com 33,5%; a menor ao Rio de Janeiro, com 4,5%.

As respostas do boxe No seu contexto dependem da situação de emprego dos familiares. O trabalho formal garante ao trabalhador os direitos constantes da legislação trabalhista: férias, 13º salário, aposentadoria, licença-maternidade, seguro-desemprego, entre outros. O trabalho informal não garante nenhum desses benefícios.

No gráfico A, os três setores da economia (primário, secundário e terciário) são também denominados, de acordo com o IBGEí bê gê É, Agropecuária, Indústria e Serviços, respectivamente.

Há estudos de economia regional que consideram que o Polígono Industrial do Brasil se localiza no interior da Região Centro-Sul do Brasil, estendendo-se da porção central do estado de Minas Gerais até Porto Alegre. Realmente, considerando o valor adicionado da indústria de transformação em 2019, a Região Sul participou com 23,1% no total da produção da indústria de transformação (Paraná com 8,9%, Santa Catarina com 5,6% e Rio Grande do Sul com 8,6%). Como sugestão relacionada ao tópico que trata da concentração industrial no Brasil, consulte os artigos a seguir: GÓIS, S. E. M.; AZZONI, C. R. Aglomerações industriais relevantes do Brasil em 2010. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, [s. l.]sem local, v.volume 9, n.número 1, p.página 1-18, 2016; RUIZ, R. M.; DOMINGUES, E. P. Aglomerações econômicas no Sul-Sudeste e no Nordeste brasileiro. Estudos econômicos, São Paulo, v.volume 38, n.número 4, p.página 701-746, out./dez.outubro a dezembro 2008.

Tema contemporâneo transversal

Discuta a participação dos setores da economia no PIBPíbi do Brasil, ressaltando suas consequências para o mercado de trabalho. É importante que os alunos recordem o que significa cada setor da economia e as atividades a eles correspondentes. Proponha uma enquete na sala de aula na qual seja possível identificar em que setor econômico os pais dos alunos e/ou responsáveis trabalham. Essa é uma oportunidade para aprofundar a abordagem do tema contemporâneo transversal Trabalho, que afeta a vida de todos.

Respostas

1. Essas economias representaram 66% do PIBPíbi da América Latina, em 2020: o PIBPíbi do Brasil foi de 1,4 trilhão de dólares, o do México foi de 1,1 trilhão e o da Argentina foi de 0,4 trilhão (valores arredondados). A economia mexicana supera a soma do PIBPíbi dos países andinos e da América Central.
2. Nessas cidades, os contrastes socioespaciais são visíveis: há bairros cujas habitações são luxuosas e outros com habitações precárias; há áreas com infraestrutura completa e outras destituídas dela; há carência de transporte urbano, violência etcetcétera. As causas incluem: desigualdade social, concentração de renda, êxodo rural, políticas públicas insuficientes para pôr fim à pobreza, ao desemprego etcetcétera.
3. Temperaturas amenas e solos férteis de origem vulcânica.
4. A densidade demográfica (população total dividida pela área territorial) do México, em 2021, era de 68,4 hab./km²habitantes por quilômetro quadrado.
5. Por causa da proximidade do mercado consumidor dos Estados Unidos e do fato de o preço das terras e o valor da mão de obra serem menores em relação aos estadunidenses.
6. Os Pampas situam-se no entorno do Rio da Prata e constituem o principal centro econômico da Argentina. Trata-se de uma planície úmida com solos escuros e férteis, que apresenta clima temperado; concentra mais de 50% dos rebanhos bovinos e ovinos do país; é a principal região agrícola; cercacêrca de 66% dos habitantes aí se concentram, e é nela que se encontra a região metropolitana de Buenos Aires, uma das principais aglomerações urbanas da América Latina.
7. Isso ocorre porque a mão de obra estadunidense é, no geral, mais especializada e mais cara, o que contribui para o preço final do produto tornar‑se mais elevado. Para reduzir o preço final das mercadorias e torná‑las mais competitivas no mercado, sem que haja redução dos seus lucros, algumas empresas se instalam em países que oferecem legislação trabalhista e ambiental menos exigente e que têm mão de obra mais barata. É esse o caso do México.
8. Disponibilidade de energia elétrica, mercado consumidor de maior poder aquisitivo e maior concentração da população; infraestrutura ferroviária, rodoviária e de portos marítimos; mão de obra especializada; rede bancária; empresas importadoras e exportadoras; capitais oriundos da cafeicultura; e políticas públicas industriais.
9. Porque, à medida que a Região Sudeste apresenta o maior percentual de pessoas empregadas na indústria em comparação com as demais Grandes Regiões do Brasil, existe concentração espacial da indústria no Sudeste.
10. O intuito desta atividade é fazer que os alunos criem símbolos cartográficos que representem os diferentes ramos industriais brasileiros. Seria interessante comparar os diferentes símbolos e cores usados. Transpondo os números em cores, os alunos terão a noção setorial da atividade industrial do Brasil.

10. Cada um dos números do mapa apresentado representa um ramo de atividade industrial e sua localização no território brasileiro. Você pode produzir uma versão tátil desse mapa. Para isso, observe as orientações:
    • Utilize linhas ou barbantes para fazer o contorno do país e os limites entre as unidades da federação.
    • Represente cada ramo industrial da legenda com um material de textura diferente.
    • Utilize essas texturas para representar no mapa os ramos de atividade industrial correspondentes, de acordo com as indicações dos números.
    • Indique as capitais das unidades federativas e represente a rosa dos ventos, a Linha do Equador, o Trópico de Capricórnio e o meridiano 50°graus O.
    • Apresente o material elaborado e compare seu mapa com os dos seus colegas.

Caso possível, proponha a elaboração de um mapa tátil a partir de materiais de diferentes texturas. Uma aula antes, oriente os estudantes a respeito dos materiais que eles devem levar à sala de aula para realizar a atividade. Contrastes do tipo liso e áspero, fino e espesso, tendem a favorecer a percepção tátil dos estudantes. Dessa forma, podem ser utilizados material emborrachado (EVA), diversos tipos de papéis, tecidos, linhas de diferentes espessuras, botões etc. Auxilie os estudantes durante a seleção e a organização dos materiais. 

Sugere-se que o professor leve pronto o contorno do mapa do Brasil sobre uma base emborrachada. O contorno do país e as divisas entre as unidades da federação podem ser feitos com barbante ou outros materiais maleáveis e o nome de cada unidade indicada em alto-relevo, facilitando a percepção dos alunos. Na sala de aula, oriente para que a turma analise o mapa da página e relacione cada uma das categorias da legenda a um ícone que, no mapa que será produzido, pode ser representado por botões, grãos, sementes, objetos pequenos, entre outros recursos. Explique que deve haver correspondência entre os tipos de materiais usados no mapa e na legenda, de modo a permitir a relação entre as informações. A transposição de uma representação visual para uma representação tátil tende a favorecer a ampliação do processo de ensino-aprendizagem. Se considerar pertinente, adapte o nível de complexidade da atividade.

11. Espera-se que os alunos construam um gráfico de colunas com as estimativas dos cinco países mais populosos da América (2025), conforme os dados a seguir: Estados Unidos, 340.400.000 habitantes; Brasil, 219.021.000 habitantes; México, 135.284.000 habitantes; Colômbia, 52.007.000 habitantes; Argentina, 47.192.000 habitantes; e que, também, deem um título a ele e citem a fonte do quadro de referência.
12. 1. A concentração urbana e o uso intenso das águas subterrâneas acima da capacidade de reposição natural.
    2. A principal consequência é a subsidência da superfície onde a cidade está localizada.
    3. Espera-se que os alunos realizem uma leitura inferencial, articulando o que sabem sobre aquíferos e seu processo de recarga à impermeabilização do solo para concluir que a tendência é que o volume de água do manancial se reduza não somente pela superexploração, que já excede 30 a 65% da recarga, mas pela diminuição das áreas de recarga, por onde a água da chuva pode infiltrar no solo e reabastecer o aquífero.
13. O procedimento ideal para esse levantamento de dados é consultar a prefeitura do município ou a associação comercial e industrial local. Se isso for possível, promova uma investigação sobre a localidade onde vocês vivem. Entretanto, considerando dificuldades que possam surgir, oriente os alunos a se informar com pelo menos cinco pessoas adultas sobre os ramos industriais existentes no município.

Ao observarem a foto, espera-se que os alunos reconheçam que a forçafôrça do animal é empregada para arar a terra. Já na agricultura moderna, ou na que dispõe de capital, emprega-se o trator para puxar o arado.

Percurso 19

Este Percurso analisa aspectos do uso da terra pela atividade agropecuária no México, na Argentina e no Brasil. Destaca o papel das transnacionais de alimentos na economia do México. Discute os circuitos de soja e de carne na Argentina e no Brasil, enfocando os desafios para a competitividade em contextos marcados por problemas de infraestrutura de transporte.

Gráficos, quadros e fotos contribuem para informar e provocar reflexões, respaldando explicações e servindo de mote para discussões sobre os assuntos abordados.

As atividades complementares propostas visam ampliar conhecimentos e possibilitar o desenvolvimento do pensamento crítico sobre as características da produção agropecuária nos três países abordados.

Habilidades da BNCCBê êne cê cê

• EF08GE20ê éfe zero oito gê ê dois zero
• EF08GE24ê éfe zero oito gê ê dois quatro

Continuando o aprofundamento da habilidade de analisar e caracterizar os países emergentes latino-americanos quanto aos seus aspectos produtivos, o Percurso 19 enfatiza a agropecuária no México, na Argentina e no Brasil. Com apoio da linguagem cartográfica, os estudos abordam o uso da terra pela agropecuária no México, discutindo os desafios impostos pela presença e atuação das empresas transnacionais de alimentos; relacionam os aspectos físicos e o uso da terra pela atividade agropecuária argentina (mapa da página 170); destacam o circuito da carne e da soja nos Pampas argentinos e no Centro-Oeste brasileiro, comparando-os especialmente no que se refere à infraestrutura de transporte dessa produção. Nesse último caso, mencionam-se também os Estados Unidos, que servem de referência para a elaboração de comparações, estimulando o raciocínio geográfico no que diz respeito aos princípios de analogia, diferenciação e ordem.

No mapa, as culturas de café se localizam ao sul do Trópico de Câncer, pois necessitam de maior umidade, e as de algodão, ao norte, pois se desenvolvem bem em altas temperaturas com baixa umidade, o que ocorre na região semiárida da porção norte do México.

Competência

Discuta o mapa de uso da terra e do mar relativo ao México. Chame a atenção dos alunos para as interações entre produção e condições naturais. Pergunte: “De que modo os seres humanos aproveitam essas condições?”; “Como eles são capazes de alterá-las para que seja possível atingir suas intenções produtivas?”. Faça essa discussão remetendo à importância das técnicas agrícolas, como terraceamento, correção do solo, entre outros exemplos que podem ser citados. Assim, estará mobilizando a Competência Específica de Geografia para o Ensino Fundamental 2: “Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formasfórmas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história”.

Temas contemporâneos transversais

A discussão sobre o papel das transnacionais de alimentos nos hábitos alimentares cotidianos dos alunos enseja reflexão sobre temas relativos a Educação Alimentar e Nutricional e Educação para o Consumo.

Atividade complementar

Sobre o papel das transnacionais de alimentos, é possível dialogar e gerar um debate sobre o modo como essas grandes empresas afetam nossos hábitos alimentares. Para isso, pergunte aos alunos quais alimentos são básicos e tradicionais na alimentação do brasileiro e quais eles consomem em decorrência da influência da propaganda das empresas transnacionais e nacionais.

Considerando apenas a latitude, Buenos Aires apresenta clima mais frio do que Salta. Isso acontece pois quanto mais distante da linha equatorial, ou seja, em maior latitude, os raios solares aquecem menos a superfície, já que incidem com menores inclinações.

Atividade complementar

Os mapas físico (mapa A da página 161) e da agropecuária (nesta página) da Argentina merecem uma discussão que aborde suas articulações. Proponha atividade para diagnosticar e superar possíveis dificuldades de compreensão das interações entre natureza e sociedade. Trabalhe as conexões possíveis entre uso da terra e relevo. Solicite aos alunos que formulem questões com essa abordagem; tais questões podem ser feitas em grupo de até quatro alunos e respondidas por outro grupo. Organize-os de modo que todos os grupos formulem questões e respondam a elas. Tenha em vista o desenvolvimento do raciocínio geográfico ao demonstrar que existem inter-relações dos elementos naturais com os humanos ou socioeconômicos. Chame a atenção para a importância e extensão das áreas ocupadas pela criação de bovinos e ovinos no território argentino.

Retome os conhecimentos prévios dos alunos sobre as características do espaço agrário brasileiro (como as culturas especializadas e os grandes cultivos comerciais) e a pecuária no Brasil, abordados, respectivamente, nos Percursos 27 e 28 da Unidade 7 do livro do 6º ano desta coleção.

Atividade complementar

O trabalho de articular as informações do primeiro mapa da página 163 com as do mapa da página anterior deve continuar. Chame a atenção para a proximidade entre a área de produção de soja e de carne, o mercado consumidor interno e os portos argentinos. Para fixar os conhecimentos sobre o assunto, proponha atividade cartográfica na qual os alunos produzam um mapa que caracterize os Pampas, as principais cidades mencionadas no texto e os principais rios e portos de escoamento da produção. Oriente-os a elaborar a legenda corretamente e a inserir a rosa dos ventos, a escala e o título.

Atividade complementar

Tendo em vista a relevância da pecuária na economia e no uso da terra da Argentina, promova um debate sobre as consequências socioambientais dessa produção. Para isso, previamente ao debate, solicite aos alunos que pesquisem esses impactos negativos da pecuária na natureza, podendo ser enfatizadas as questões relativas à produção de gás metano, ao consumo elevado de água, à contaminação de recursos hídricos etcetcétera. Após as pesquisas, propicie um momento de conversa sobre os resultados encontrados. Os alunos devem, com isso, exercitar o pensamento crítico sobre o fato geográfico considerado.

De acordo com o gráfico A, depois do Centro-Oeste, a Grande Região Sul foi a que mais produziu soja no Brasil nas safras representadas.

De acordo com o gráfico B, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná responderam por 52% da produção total de soja do Brasil nas safras representadas.

Auxilie os alunos na leitura e na interpretação dos gráficos. Solicite que respondam oralmente às questões propostas. Oriente-os a criar hipóteses sobre as causas que levam a Grande Região Norte a ter a menor participação na produção total de soja no país. Ouça as hipóteses dos alunos e promova discussão sobre a pertinência delas.

O Brasil é um dos maiores exportadores mundiais de soja (é o maior produtor), produto base para a produção da carne bovina, suína, aves e outras, e que domina hoje dois terços das terras férteis do mundo. O vídeo indicado no boxe Pausa para o cinema permite a problematização desse cenário ao abordar os impactos sociais e ambientais da cadeia produtiva desse cultivo. Se possível, projete o documentário em sala de aula para debate com os alunos. Algumas questões para mobilizar a turma são: “Quais são as consequências da expansão da soja onde ela é cultivada?”; “O que significa para as populações locais o avanço do chamado ‘ouro verde’?”.

Caso considere pertinente, apresente outros dados sobre a produção agrícola brasileira. Para isso, você pode consultar o site da Companhia Nacional de Abastecimento (Conabconábi), disponível em: https://oeds.link/pzheHY; acesso em: 24 maio 2022. Nesse endereço você pode acessar as tabelas de dados e os boletins de levantamento e avaliação de safras, que fornecem informações econômicas e avaliações estratégicas sobre as principais culturas agrícolas para as unidades da federação, considerando área plantada, produtividade, produção, monitoramento agrícola, prognóstico climático e análise de mercado.

Interdisciplinaridade

Comente que quase a totalidade da soja produzida no Brasil é geneticamente modificada. Com a contribuição do professor de Ciências, possibilite que os alunos conheçam mais sobre o que são transgênicos e os debates em torno dos alimentos com essa característica. Discutam em conjunto a Lei nº 11.10511105, de 24 de março de 2005, sobre biossegurança no Brasil (disponível em: https://oeds.link/QtnsxP; acesso em: 6 fev.fevereiro 2022).

Temas contemporâneos transversais

A discussão sobre alimentos transgênicos remete a importantes temas, nomeadamente aqueles relativos a Ciência e Tecnologia, Educação Alimentar e Nutricional, Educação Ambiental e Educação para o Consumo.

A soja e o milho para a exportação escoam para o Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.

Competências

Muitos problemas de competitividade dos produtos agropecuários do Brasil no exterior seriam solucionados com investimentos em obras de infraestrutura de transporte. Convém salientar para os alunos, porém, que as grandes obras de infraestrutura podem gerar graves problemas sociais e ambientais. Promova um diálogo sobre o assunto, solicitando aos alunos que se posicionem criticamente a respeito dessas obras. Pergunte: “Em sua opinião, por que as grandes obras de infraestrutura precisam respeitar a legislação ambiental vigente?”; “Como solucionar o problema do escoamento da produção brasileira?”. Oriente os alunos a justificar suas respostas. Assim, estará mobilizando as Competências Gerais da Educação Básica 2 e 7, que, respectivamente, dizem respeito a: “Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas” e “Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta”.

Atividade complementar

Proponha aos alunos que pesquisem informações sobre as características e os problemas enfrentados pelos portos representados no mapa. Se julgar conveniente, divida a turma em grupos; cada grupo deverá pesquisar um porto específico. Posteriormente, propicie um momento para que os grupos compartilhem os resultados da pesquisa.

Os terminais de transbordo nos estados de Tocantins e do Maranhão são: Porto Nacional, Palmeirante e Porto Franco. Os grãos são transportados por rodovias e, chegando a esses terminais de transbordo, são transportados por ferrovias até o Porto de São Luís, no Maranhão.

Para desenvolver a leitura cartográfica, peça aos alunos que façam a análise do mapa, associando os símbolos nele representados às informações da legenda. Em seguida, questione-os sobre a concentração da infraestrutura e dos modais de transporte disponíveis e usados para o escoamento dos grãos. Eles devem perceber que essa distribuição territorial apresenta uma lógica voltada sobretudo ao abastecimento do mercado externo e, por isso, necessita da integração entre os elementos apresentados (modais de transporte, pontos de fiscalização, terminais de transbordo e portos). Entre os princípios do raciocínio geográfico desenvolvidos nessa leitura, destacam-se os de extensão e conexão.

É possível problematizar esse sistema de integração, ressaltando as longas distâncias entre áreas produtoras e os portos e a precariedade ou insuficiência da infraestrutura logística nacional, conforme apontado na página anterior e nesta.

Percurso 20

Todas as sociedades humanas exploram os recursos naturais da área onde estão instaladas. Porém, o desenvolvimento capitalista tem levado à exploração insustentável desses recursos. Esse é o tema central desenvolvido neste Percurso, tendo os casos da exploração mineral na América Latina como foco.

Ao longo desses estudos, trabalhe as riquezas minerais existentes no subcontinente latino-americano e as pressões decorrentes da exploração deles, realizada muitas vezes de modo irresponsável. Ressalte as transformações e as continuidades das formasfórmas de exploração dos recursos minerais ao longo do tempo, sendo essa uma oportunidade de trabalho conjunto com o professor de História.

Habilidades da BNCCBê êne cê cê

• EF08GE20ê éfe zero oito gê ê dois zero
• EF08GE22ê éfe zero oito gê ê dois dois

O Percurso 20 discute as pressões socioambientais relativas à exploração mineral em países latino-americanos, especialmente no México e na Argentina, contribuindo, assim, para a caracterização desses países e para a compreensão de como ocorre a espoliação desses povos. O Percurso parte da identificação dos principais recursos minerais da América Latina, analisando sua relevância na produção de matérias-primas e de energia para essas sociedades. Embora o MercosulMercosúl não seja trabalhado diretamente, ao enfocar o caso argentino, e tomando o Brasil como referência, os conteúdos trabalhados subsidiam reflexões sobre a cooperação no âmbito desse mercado comum.

Interdisciplinaridade

Proponha aos alunos que se organizem em grupos e escolham, cada grupo, um país para pesquisar os principais recursos minerais explorados na América Latina. Após as pesquisas, compartilhem as informações e sistematizem-nas, identificando as semelhanças e as especificidades de um país em relação aos outros. O professor de História pode contribuir, ampliando os conhecimentos dos alunos sobre a exploração dos recursos minerais na América Latina ao longo do tempo. O professor de Ciências poderá ser envolvido na discussão ao discorrer sobre o emprego dos principais recursos minerais.

Explique que a exploração mineral a céu aberto, por exemplo, é um modo de extração de minérios próximo da superfície que arrasa paisagens: retira a cobertura vegetal, destrói o relevo, provoca a fuga e a morte de animais, causa assoreamento e contaminação dos cursos fluviais, além de ocasionar ruídos de explosões de rochas e de vibração de máquinas e lançar resíduos ou pó na atmosfera que comprometem a saúde da população. A mineração em profundidade, que é um modo de extração subterrânea, também é responsável por impactos. Os entulhos, por exemplo, resultantes do processo de extração, quando não devolvidos às galerias de minas abandonadas, ficam espalhados em áreas próximas e se tornam fonte de poluição. Esses entulhos ou resíduos, com a queda da água das chuvas, infiltram-se no solo, podendo contaminar aquíferos e o próprio solo; e, transportados pelas águas das chuvas e indo em direção aos rios, contribuem para os seus assoreamentos e as suas contaminações, provocando graves consequências para os seres vivos, até mesmo para o ser humano.

Comente com os alunos que o tipo de garimpo artesanal de ouro feito na região de Madre de Dios, no Peru (como também no Brasil e em outros países latino-americanos), é praticado em cercacêrca de 70 países, muitas vezes de modo ilegal ou extraoficial. O garimpo ilegal é considerado a maior fonte mundial de poluição por mercúrio e é responsável por cercacêrca de 20% da produção mundial de ouro. Em relação a essa problemática referente à poluição atmosférica por mercúrio tóxico em áreas de mineração, sugerimos consultar o artigo a seguir: GERSON, Jacqueline R. et alêti áli. Amazon forests capture high levels of atmospheric mercury pollution from artisanal gold mining. Nat Commun, v.volume 13, n.número 559, 2022.

Temas contemporâneos transversais

Os impactos socioambientais das atividades de exploração mineral ensejam discussões relativas aos temas Educação Ambiental, Educação em Direitos Humanos e Saúde. Explore esses temas considerando as interações entre sociedade e natureza. Como sugestão, oriente os alunos a acessar a indicação do boxe Navegar é preciso, o Observatório do Mercúrio na Amazônia, uma iniciativa da WWfdábliu dábliu éfe-Brasil, Fiocruzfiocruz, Cincia e outras instituições. Caso disponha de sala de informática na escola, oriente-os e conduza uma roda de conversa sobre os dados disponíveis na página dessa plataforma interativa que permite, entre outras, a sobreposição de camadas que mostram áreas de mineração ilegal, ocorrência de contaminação por mercúrio em humanos e peixes, terras indígenas e desmatamento acumulado entre 2018 e 2020.

Outro exemplo de impactos socioambientais provocados pela mineração em países latino-americanos ocorreu em 2015, na mina de ouro e prata de Valadero, na província argentina de San Juan, no noroeste do país. Explorada por uma transnacional canadense, naquele ano ocorreu o derramamento de milhões de litros de uma solução com cianureto e metais pesados no Rio Potrerillos, que, além dele, contaminou mais quatro rios. Houve protestos e essa empresa foi obrigada a investir em tecnologias de monitoramento para evitar vazamentos.

Sobre os prejuízos ambientais causados pela atividade mineradora no Brasil, retome o caso ocorrido no Brasil referente ao desastre socioambiental de Mariana e no Rio Doce (2015), abordado no Percurso 24, da Unidade 6, do livro do 7º ano desta coleção, e também o de Brumadinho (2019), ambos no estado de Minas Gerais. Em janeiro de 2022, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANMá êne ême), 41 barragens estavam em situação de emergência no estado, das quais três foram classificadas com risco iminente de rompimento, o que evidencia a necessidade de ações efetivas de autoridades públicas, mineradoras e sociedade civil para que eventos semelhantes aos de 2015 e 2019 não voltem a ocorrer. Se avaliar oportuno, explique para os alunos a atuação da Defesa Civil nas unidades da federação do Brasil; e, em relação ao estado de Minas Gerais, oriente-os a acessar a internet e consultar o monitoramento dos níveis de segurança das barragens nesse estado, no site do Gabinete Militar do Governador e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil/MGMinas Gerais.

Faça também referência ao desastre ambiental em Barcarena, no estado do Pará, onde, em fevereiro de 2018, foi constatada a existência de tubulação clandestina que despejava rejeitos de mineração de bauxita em rios e igarapés do entorno. Entre as empresas mineradoras está uma transnacional norueguesa.

Atividade complementar

Relembre com os alunos que as fontes de energia renováveis são aquelas provenientes de recursos naturais que não se esgotam, sendo renovadas naturalmente em um relativamente curto período de tempo. Sugira que pesquisem sobre as características da energia solar e eólica, investigando suas vantagens e desvantagens e os desafios que envolvem esse tipo de produção energética. Promova um debate sobre os resultados das pesquisas.

Explique que, apesar de ser possuidora de grandes depósitos petrolíferos e de gás natural, a Argentina tornou-se dependente da importação dessas fontes de energia. Isso ocorreu em razão da falta de investimentos no setor de energia e diante do consumo crescente. Ressalte também que a Argentina importa eletricidade do Brasil, Paraguai, Chile e Uruguai, para evitar o desabastecimento total de sua população.

Temas contemporâneos transversais

Os problemas de abastecimento de energia elétrica na Argentina permitem discutir a relevância da energia no cotidiano. Pergunte aos alunos sobre o modo como usam a energia no seu dia a dia e qual é a responsabilidade deles e das demais pessoas para um uso consciente. Assim, estará abordando temas associados à Vida Familiar e Social, Educação Ambiental e Educação para o Consumo.

Competência

Trabalhe as consequências econômicas e sociais da escassez de energia, estimulando os alunos a propor formasfórmas de solucionar os problemas que a causam (lembre-os, por exemplo, do “apagão” no estado do Amapá em 2020). Eles devem lançar mão de seus conhecimentos geográficos para propor soluções visando resolver essa questão. Com esse desafio, tenha em vista instigar a Competência Específica de Geografia para o Ensino Fundamental 5: “Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia”.

Interdisciplinaridade

Ao desenvolver a atividade complementar sugerida anteriormente e ao abordar os casos das matrizes energéticas do México e da Argentina, considere a possibilidade de trabalhar com o professor de Ciências. Ele poderá contribuir para ampliar a abordagem dos assuntos estudados, desenvolvendo habilidades desse componente curricular, como a EF08CI01ê éfe zero oito cê ih zero um e a EF08CI06ê éfe zero oito cê ih zero seis, que propõem, respectivamente: “Identificar e classificar diferentes fontes (renováveis e não renováveis) e tipos de energia utilizados em residências, comunidades ou cidades” e “Discutir e avaliar usinas de geração de energia elétrica (termelétricas, hidrelétricas, eólicas etc.etcétera), suas semelhanças e diferenças, seus impactos socioambientais, e como essa energia chega e é usada em sua cidade, comunidade, casa ou escola”.

Respostas

1. É um território que apresenta montanhas e planaltos de elevadas altitudes e climas árido e semiárido.
2. O território argentino tem condições naturais propícias à produção agropecuária, especialmente na região dos Pampas, que apresenta relevo plano e clima temperado. Nela se produzem 50% dos produtos agrícolas e se tem o maior rebanho bovino e ovino do país. Mesmo a Patagônia, de clima frio e semiárido, é apropriada para a criação de ovinos. O Brasil, com predominância do clima quente e úmido, favorece o desenvolvimento da agropecuária, como também a Região Sul, de clima subtropical. As limitações do solo existentes para essa atividade no Centro-Oeste foram vencidas com aplicação de calcário. No semiárido nordestino, a irregularidade de chuvas é um desafio à agropecuária brasileira, ainda que a agricultura irrigada de frutas e hortaliças se desenvolva em boa parte do ano, inclusive voltada ao mercado externo.
3. Os produtores da Região Centro-Oeste brasileira estão em desvantagem, pois distam cercacêrca de 2.000 kmquilômetros dos portos de exportação, enquanto na Argentina a principal área de produção de soja e carne está a cercacêrca de 300 kmquilômetros dos portos. Quanto ao transporte, ambos os países apresentam problemas comuns ligados a congestionamentos de caminhões e navios nos portos para carga e descarga de soja e de carne. No Brasil, há também o mau estado de conservação das rodovias.
4. As distâncias dos produtores de soja dos Estados Unidos aos seus portos de exportação, como as do Brasil, também são grandes, variando de 1.000 kmquilômetros a 2.000 kmquilômetros. Mas há boa infraestrutura de transporte, destacando-se as hidrovias ou aquavias, por onde escoam cercacêrca de 60% da soja. O custo de transporte no modal hidroviário é cercacêrca de 60% inferior ao rodoviário e 37% inferior ao ferroviário por tonelada e por quilômetro percorrido. Isso resulta em um preço mais competitivo do produto final.
5. Investimentos em rodovias, ferrovias e hidrovias, em terminais de transbordo ferro-hidro-rodoviário e aparelhamento dos portos.
6. Sim. Os problemas socioambientais são inerentes à exploração mineral, seja a praticada artesanalmente (garimpos etc.etcétera) ou a realizada em larga escala por meio de grandes empreendimentos mineradores. Com frequência ocorre de formafórma predatória, sem preocupação com as populações locais e o esgotamento dos recursos, embora isso também possa variar de acordo com a maior ou a menor severidade das legislações dos países ou governos regionais e locais nas áreas onde é praticada.
7. Desapropriação de terras de populações tradicionais; poluição atmosférica; contaminação da água etcetcétera.
8. É um organismo da ONUônu que trata das normas do trabalho por parte dos países-membros. A Convenção 169 defende o direito dos povos indígenas ou das comunidades tradicionais à sua terra e a seus recursos naturais.
9. É a condição de exclusividade do Estado na exploração de algumas atividades econômicas. O México rompeu com o monopólio estatal do petróleo em 2014.

10. 1. São diferentes porque janeiro corresponde ao verão e julho ao inverno, no Hemisfério Sul, onde se localiza a Argentina, na zona temperada.
    2. No verão, em janeiro, entre os paralelos 40°graus SSul e 50°graus SSul, variam de 10 °Cgraus Célsius a 16 °Cgraus Célsius. Em julho, no inverno, variam de 4 °Cgraus Célsius a 8 °Cgraus Célsius.
    3. Em janeiro (verão), a isoterma de menor latitude, compreendida entre os paralelos 20°graus SSul e 30°graus SSul, é de 28 °Cgraus Célsius; e a de maior latitude, no paralelo 50°graus SSul, é de 10 °Cgraus Célsius. Em julho (inverno), a isoterma de menor latitude, situada aproximadamente no paralelo 20°graus SSul, está entre 16 °Cgraus Célsius e 18 °Cgraus Célsius; e a de maior latitude, situada no paralelo 50°graus SSul, está entre 2 °Cgraus Célsius e 4 °Cgraus Célsius.
11. De novembro a abril, há menores precipitações, o que possibilitaria passeios sem a preocupação com as chuvas.
12. 1. Em 2021, a soja foi a segunda commodity mais exportada em valor monetário, com mais de US$ 38 bilhões de dólares, representando um valor significativo para a balança comercial brasileira.
    2. Minério de ferro e seus concentrados, soja, óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, carnes bovina e de aves e celulose.
13. Essa proposta incentiva os alunos a realizar uma pesquisa de campo, buscando informações junto a familiares ou integrantes da comunidade com saberes específicos sobre o tema. Uma possibilidade é organizar um roteiro de entrevista com comerciantes locais com o objetivo de descobrir a origem dos produtos comercializados localmente. É importante que os alunos sejam orientados a realizar a visita com o acompanhamento de um adulto responsável.

Interdisciplinaridade

Com o professor de Arte, os temas da arte de Diego Riverarivêra e do muralismo como formafórma de pintura poderão ser explorados, a fim de promover a habilidade EF69AR02ê éfe seis nove á érre zero dois dessa disciplina: “Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço”.

Ao estudar o México, não se pode omitir o artista Diego Riverarivêra. Esse muralista resgatou, por meio de suas pinturas, a opressão sofrida pelos povos nativos do México por parte do colonizador espanhol e a grandiosidade da cultura desses povos, além de marcos da política mexicana. Seus grandes murais, existentes principalmente na Cidade do México, representam aspectos importantes da história política, econômica e social mexicana. Acompanhe os alunos nas leituras dos textos e das reproduções de seus murais, principalmente o mural Desembarque dos espanhóis em Veracruz. Tendo esclarecido eventuais dúvidas, remeta‑os às questões propostas.

Competências

A seção Desembarque em outras linguagens, ao possibilitar que os alunos conheçam e discutam a obra de Diego Riverarivêra, permite desenvolver as Competências Gerais da Educação Básica 3 e 4, que, respectivamente, dizem respeito a: “Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural” e “Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo”.

5. Retome os conteúdos estudados sobre o México e observe novamente as obras de Diego Rivera. Em seguida selecione um problema ambiental ou social do país atualmente e elabore uma representação com base nas obras do artista. A representação pode ser feita em um pedaço de tela do tipo mosquiteira ou de outro material com textura semelhante. Atente-se ao traço, ao ângulo, às cores e à perspectiva das pinturas e, com o auxílio do professor de Arte, inicie o trabalho. Destaque ao menos três pontos representação e elabore um breve comentário sobre o que foi representado, como visto na imagem desta página. Ao finalizar a representação, organize-se com os seus colegas para uma exposição em algum espaço da escola. Caso seja possível, vocês também podem registrar a exposição em meios virtuais, como blogs e redes sociais

A criação da representação pode levar em consideração a maneira como os alunos percebem as obras do artista. Para elaborá-la, solicite aos alunos que utilizem os seguintes materiais: caneta ou lápis, prancheta de madeira, um pedaço de tela do tipo mosquiteira ou de outro material com textura semelhante, fita adesiva e papel sulfite. Prenda o pedaço de tela na prancheta, de modo que fique bem esticado, e fixe-o com a fita. Sobreponha o papel à tela e deixe-o fixo ao prendedor da prancheta. Com o lápis ou a caneta, incentive os estudantes na produção da representação, orientando-os quanto à pressão aplicada sobre a folha para que ela não rasgue. Caso julgue necessário, ou seja, solicitado pelos alunos, disponibilize materiais com diferentes formatos (retangular, circular, quadrangular etc.) para que eles tracem os contornos para representar os diferentes aspectos sociais ou ambientais selecionados. Por fim, eles devem virar a folha e notar a formação das linhas em alto-relevo.

Respostas

1. Foi a tentativa de resgatar a cultura e a identidade nacional mexicanas por meio da pintura em grandes murais. Os muralistas entendiam a pintura como formafórma de intervenção política, e os temas retratavam a luta do povo mexicano.
2. No primeiro plano da pintura, do lado esquerdo, há indígenas amarrados e acorrentados sofrendo torturas ou sendo vigiados por cavaleiros espanhóis armados com lanças. Os indígenas que carregam os troncos estão sendo chicoteados, como também os que estão arando o solo.
3. Para ter efeito artístico e político, a denúncia e o resgate de valores por meio da arte deveriam atingir o maior número de pessoas. Um quadro de pequenas proporções, exposto em um museu ou acessível a poucas pessoas, não teria esse efeito.
4. Na atualidade, há expressões artísticas, como a grafitagem, que guardam semelhanças com o muralismo por serem realizadas em espaços públicos onde possam ser visualizadas por todos os passantes e terem um caráter de contestação sociopolítica. Oriente os alunos a buscar exemplos dessas obras que estejam retratados em imagens disponíveis na internet, favorecendo o uso pedagógico da tecnologia e uma postura ativa na seleção e organização dos conteúdos pesquisados. Combine os tipos de informação que os alunos devem descobrir sobre as obras, por exemplo nome do artista e local de exposição. Ao final, contribua para a construção do catálogo digital, que pode ser criado em plataformas gratuitas de design gráfico.
5. Para a produção do desenho, é recomendável a orientação do professor de Arte, de modo a colaborar com instruções relacionadas às técnicas (traços, perspectivas etc.etcétera) e às cores que devem ser usadas. Quanto aos temas trabalhados pelos alunos, avalie se são pertinentes ao que foi proposto, incentivando que busquem, também, relações entre os problemas socioambientais mexicanos com outras questões, como a posição do país de fornecedor de produtos originários do setor primário. Os alunos podem representar problemas urbanos da Cidade do México, os impactos da mineração na natureza e para comunidades tradicionais e as consequências econômicas derivadas da dependência do setor mineral. Diante da possibilidade de divulgar a exposição em meios eletrônicos, incentive os alunos a elaborar registros fotográficos dos desenhos, relatos sobre os desenhos expostos e textos sobre os temas retratados.