UNIDADE 6 ÁSIA: GRANDES ECONOMIAS
Prepare-se para conhecer o Japão e os chamados Tigres Asiáticos – Cingapura, taiuã, Róng Kóng e Coreia do Sul –, os quais se destacam pelo elevado nível de desenvolvimento social e econômico. Você também estudará a China em seus aspectos populacionais, as características econômicas de seu espaço geográfico e o uso da terra. Finalizaremos com o estudo da Índia, conhecendo vários aspectos desse país emergente.
O transporte por oceanos e mares é essencial para a economia global. Em 2020, indicadores sobre o comércio de mercadorias por via marítima mostram que, no mundo, o maior fluxo de circulação de contêineres glossário se concentrou nos portos da Ásia, com cêrca de dois terços da movimentação deles. Dos dez principais portos do mundo em capacidade de carga, sete eram chineses. Ainda aparecem nesse ranking os portos de Cingapura e de Busan, na Coreia do Sul.
Mundo: dez principais portos de contêineres (em milhões de ê vê pê asterisco) – 2020
Fonte: unquitádi. Review of maritime transport 2021. New York: United Nations, 2021. página 18.
asterisco ê vê pê: (Equivalente a Vinte Pés): medida correspondente à dimensão-padrão de um contêiner (20 pés de comprimento, 8 pés de altura e 8 pés de largura). 1 pé equivale a 30,48 centímetros.
VERIFIQUE SUA BAGAGEM
- O que vem à sua mente quando você ouve falar sobre grandes economias da Ásia? Comente.
- Qual é a importância dessas grandes economias para o destacado desempenho da Ásia no comércio marítimo global?
PERCURSO 21 O JAPÃO
1. Japão: país marítimo e potência mundial
Localizado em um arquipélago do Hemisfério Norte, o Japão está em uma zona de média latitude, no extremo leste da Ásia.
Conheça a seguir as principais características naturais, populacionais e econômicas desse país, que se industrializou na segunda metade do século dezenove e é hoje uma das maiores potências econômicas do planeta.
• O meio natural e a distribuição da população
Formado por quatro ilhas de maior extensão – rônchu, rocáido, Kyushu e Shikoku – e por mais de 3 mil ilhas menores, o território japonês totaliza uma área de .377976 quilômetros quadrados – pouco maior que o estado de Mato Grosso do Sul, com .357148 quilômetros quadrados. O Japão se localiza na zona de encontro das placas tectônicas do Pacífico, das Filipinas e Euro-Asiática, o que explica a ocorrência de terremotos e tsunamisglossário e a existência de vulcões ativos em seu território.
Japão: relêvo e placas tectônicas
Fonte: , . Géographie: l’organisation de l’espace mondial. Paris: Belin, 1995. página 183.
Em que ilha se concentram os picos montanhosos do país? Essa ilha está próxima ou distante das zonas de contato entre placas?
Aproximadamente 70% do território japonês é constituído por montanhas, o que dificulta a agricultura, mas contribui para a preservação da cobertura vegetal. Apesar do relêvo acidentado, com o uso da tecnologia tornou-se possível unir as quatro ilhas principais por pontes e túneis, o que permitiu a integração de seu território.
Por ser um arquipélago, o Japão é um país de extenso litoral, com cêrca de 28 mil quilômetros expostos à ação das massas de ar úmido provenientes do oceano (observe o mapa A).
Japão: precipitações anuais e isotermas
Fonte: , . Géographie: l’organisation de l’espace mondial. Paris: Belin, 1995. página 183.
As isotermas assinaladas no mapa correspondem a que estações do ano?
A população japonesa, que era de mais de 125 milhões de habitantes em 2022, concentra-se nas planícies litorâneas, que, por sua vez, constituem as principais áreas de desenvolvimento econômico do país, onde se localizam os centros industriais e as grandes cidades, como Tóquio, ossáka, nagóia, entre outras (mapa B). É nessa região que também se desenvolvem a pesca, a agricultura de arroz em campos alagados e outros cultivos.
Japão: densidade demográfica e aglomerações urbanas – 2020
Fontes: Charliê Jác organização. Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 93; UN-HABITAT. Global State of Metropolis 2020: population data booklet. , 2020. página 11.
2. A Era meidjí e a economia japonesa hoje
Em 1868, foi restaurado o poder imperial no Japão, subtraindo-se dos xogunsglossário o poder feudal que exerciam desde o século . Subiu ao trono, então, o jovem imperador doze , conhecido por Misturrito . meidjí
A Era meidjí (1868-1912) foi um período de grandes mudanças na história do Japão: nesse curto intervalo de tempo, graças ao incentivo do Estado, o país concluiu sua revolução industrial. Assim, apoiadas pelo imperador, algumas famílias formaram poderosos grupos econômicos e industriais, chamados de zaibatsú.
Após a Segunda Guerra Mundial, o país recebeu maciços investimentos dos Estados Unidos, que temiam as investidas soviéticas na ilha. Com isso, o govêrno japonês investiu em educação, tecnologia e formação de mão de obra qualificada, atingindo um crescimento industrial tão vertiginoso que alguns observadores internacionais chegaram a afirmar que o país passava por um “milagre econômico”.
Atualmente, as principais empresas japonesas formam verdadeiros impérios industriais, empregando milhares de pessoas e atuando praticamente em todo o mundo.
A organização da produção industrial japonesa baseia-se em dois grupos de empresas: as grandes corporações industriais e as pequenas e médias empresas, que fornecem às grandes as peças necessárias à fabricação de produtos mais complexos.
Entre as principais corporações industriais estão as transnacionais (Toyota, Nissan, shitáchi, rôndá, Nippon etcétera) – o faturamentoglossário anual de cada uma supera bilhões de dólares. Algumas transnacionais formam grandes conglomerados e atuam em diversos ramos de produção – eletrônico, petroquímico, de mineração, metalúrgico, bancário, automobilístico etcétera –, exercendo enorme influência na economia mundial, tanto na esfera financeira como na política.
PAUSA PARA O CINEMA
O último samurai.
Direção: Eduard Zuíque. Estados Unidos: Warner Bros. Pictures, 2004. Duração: 155 minutos
No Japão do século dezenove, um jovem imperador viverá o dilema de optar entre a modernização ocidental trazida por seus parceiros estadunidenses e o apego às tradições milenares defendidas pelos samurais.
• Agricultura: pouco espaço, muita tecnologia
Como você viu, cêrca de 70% do território japonês é ocupado por montanhas, o que limita a área de cultivo no arquipélago. As terras agricultáveis ocupam apenas 12% da superfície, cêrca de 4,5 milhões de hectares.
Para compensar o pouco espaço disponível para a agricultura, a terra é trabalhada para obter elevada produtividade, com o emprêgo de adubos, máquinas, irrigação, rotação de culturas e muitos outros procedimentos técnicos. Todas as áreas são aproveitadas, mesmo as situadas em colinas e morros, e a agricultura japonesa chega a obter, em uma mesma área, até quatro colheitas anuais.
As propriedades rurais são pequenas, com área média cultivável de 1,7 hectare. Mas, de modo geral, predominam as propriedades com menos de 1 hectare, que, somadas, representam cêrca de 71% do total (observe a foto da página seguinte).
NO SEU CONTEXTO
A estrutura fundiária do Japão é semelhante à do Brasil?
Os principais produtos agrícolas do Japão são: arroz, trigo, cevada, batata, hortaliças e frutas. O arroz ocupa 60% da área cultivada e apresenta o maior índice de produtividade do mundo. Nos últimos anos, entretanto, esse cereal, cuja produção era totalmente consumida pela população interna, tem apresentado excedentes em razão das mudanças dos hábitos alimentares da sociedade japonesa. Isso levou as autoridades a incentivar a produção de frutas e hortaliças e a criação de gado bovino (observe o mapa).
A produção agrícola, apesar de elevada, é insuficiente para atender ao consumo do país. O Japão produz cêrca de 75% de suas necessidades alimentares, mas depende da importação de produtos como trigo, açúcar, milho, soja e carne.
Japão: uso da terra e do mar – 2019
Fontes: elaborado com base em Le grand atlas du XXIe siècle. Paris: Gallimard, 2013. página 164; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 106.
• O espaço industrial e os recursos minerais limitados
Apesar da posição ocupada pelo Japão na economia mundial, com o terceiro maior Píbi do mundo (2020), o desenvolvimento industrial desse país depende da importação de matérias-primas, pois o território japonês é limitado em recursos minerais. Assim, o Japão importa todo o petróleo de que necessita, cêrca de 90% do minério de ferro e do manganês, 80% do cobre e muitas outras matérias-primas necessárias para abastecer suas indústrias.
Para superar essa limitação, o país adotou uma agressiva política de exportação. Com preços competitivos, resultado do desenvolvimento de inovações tecnológicas na produção, conquistou grandes mercados, não somente asiáticos, mas também americanos e europeus. Além disso, investiu maciçamente na atividade mineradora fóra de seu território, garantindo o suprimento de matérias-primas importantes, e estimulou a pesquisa científica e tecnológica, tornando-se líder em inovações, por exemplo, na robótica. Observe a organização do espaço industrial japonês no mapa da página seguinte.
Japão: espaço industrial – 2019
Fontes: elaborado com base em Le grand atlas du XXIe siècle. Paris: Gallimard, 2013. página 165; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 106.
• Pecuária e pesca
Assim como a agricultura, a pecuária enfrenta problemas de espaço no Japão. Apesar de não existirem áreas para a ampliação de pastagens, tem crescido o consumo de carne, leite e derivados, o que é suprido por meio de importações.
O rebanho era pequeno em relação à população de mais de 125 milhões de pessoas em 2022: o gado bovino de córte e o leiteiro totalizaram apenas 4 milhões de cabeças, o que corresponde à relação de uma cabeça de gado para cada grupo de trinta e uma pessoas (no Brasil essa relação era de mais de uma por habitante). O rebanho de suínos era mais numeroso: somava aproximadamente 9,1 milhões de cabeças em 2022.
Merece atenção a atividade pesqueira. O Japão destacou-se, em 2018, como o terceiro país na produção de peixe, superado apenas apenas por China e Chile. Os produtos da pesca têm grande importância na alimentação da população, sendo a principal fonte de proteínas.
NAVEGAR É PRECISO
Podcast Japan HouseSão Paulo
https://oeds.link/jYChvj
Conheça melhor aspectos da cultura japonesa ouvindo os conteúdos sobre a pluralidade de sua gastronomia, considerada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela unêsco.
PERCURSO 22 OS TIGRES ASIÁTICOS
1. Cingapura, , Róng Kóng taiuã e Coreia do Sul
No imaginário oriental, como ocorre na cultura popular de outros povos, figuras de animais representam determinadas ideias. O tigre, originário da Ásia, por simbolizar a astúcia e a fôrça, é usado para designar os territórios e países que, em curto intervalo de tempo, apresentaram um intenso e contínuo desenvolvimento econômico e social, ou que se industrializaram com muita rapidez. É o caso de Cingapura, Róng Kóng, taiuã ou Formosa e Coreia do Sul, os chamados Tigres Asiáticos, cuja industrialização ocorreu a partir de 1960.
Em virtude do desenvolvimento industrial tardio – se comparado ao de países que fizeram a revolução industrial nos séculos dezoito, dezenove e início do vinte, como a Inglaterra, o Japão e outros –, os Tigres Asiáticos também são chamados de Novos Países Industriais, grupo que reúne ainda Brasil, México, Argentina, África do Sul, China, Turquia e os Tigres Asiáticos de segunda geração: Indonésia, Tailândia, Malásia e Filipinas.
Nesse grupo, porém, os Tigres Asiáticos se destacam pelo desenvolvimento social, que acompanhou o crescimento econômico, o que não ocorreu nos demais países de industrialização recente.
Há cêrca de 50 anos, os Tigres Asiáticos estavam em posição igual ou inferior à do Brasil em relação ao desenvolvimento econômico e social. No período 2020-2025, porém, a taxa de mortalidade infantil de menores de um ano nos Tigres Asiáticos foi estimada em 4 por mil, e no Brasil em 11 por mil. As diferenças também são evidentes na comparação do Píbi per cápita: trinta e um mil seiscentos e vinte e dois dólares na Coreia do Sul, cinquenta e nove mil setecentos e noventa e oito dólares em Cingapura e seis mil setecentos e noventa e sete dólares no Brasil (2020).
Conheça a seguir as principais características físicas, históricas e econômicas desses países.
Os Tigres Asiáticos – 2021
Fonte: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 47 e 51.
• Cingapura
A cidade-estado de Cingapura localiza-se no sudeste da Ásia, no extremo sul da Península da Malásia, em uma ilha de 719 quilômetros quadrados, rodeada por mais de cinquenta ilhotas. Estende-se por 48,8 quilômetros de leste a oeste e 22,9 quilômetros de norte a sul, unindo-se ao continente asiático por uma ponte rodoferroviária e por um aqueduto que lhe assegura o abastecimento de água. Em 2021, apresentava quase 5,5 milhões de habitantes.
O relêvo é de baixa altitude, com elevações que, em geral, não excedem os 150 metros; o clima equatorial úmido caracteriza-se pela pequena amplitude térmica anual.
A localização estratégica de Cingapura – ponto de apôio das rótas comerciais entre o Oceano Pacífico, a África e a Europa – sempre despertou o interesse de países colonialistas. Em 1812, foi ocupada pelos ingleses, que a mantiveram sob domínio até 1965, quando a ilha obteve a independência.
Nas três últimas décadas do século vinte, o crescimento econômico foi intenso e Cingapura firmou-se no cenário mundial como grande centro financeiro e industrial, com empresas de tecnologia avançada e exportação de produtos de alto valor agregadoglossário , como os do setor de informática.
• Róng Kóng
Róng Kóng abrange a ilha de mesmo nome (80,7 quilômetros quadrados), duzentas e trinta e cinco ilhas nas proximidades, a Península de Kowloon (47 quilômetros quadrados) e a zona situada ao norte dessa península, chamada de Novos Territórios (982,5 quilômetros quadrados). Até 1842, a região pertencia à China, mas, a partir desse ano, a Ilha de Róng Kóng passou ao domínio britânico em caráter perpétuo e, em 1898, os Novos Territórios foram arrendados pelo prazo de 99 anos.
Após a Revolução de 1949, que implantou o socialismo na China, as relações entre esse país e Róng Kóng foram abaladas. Com receio de perder Róng Kóng para os chineses ou para o socialismo, os Estados Unidos e o Reino Unido investiram na industrialização da colônia e na formação de um importante centro financeiro e de serviços, reforçando a presença ocidental e capitalista.
Em 1997, ao final do prazo de arrendamento, toda a área foi devolvida à China, incluindo a Ilha de Róng Kóng, que não poderia sobreviver sem os Novos Territórios, correspondentes a cêrca de 90% da área total (.1110,2 quilômetros quadrados).
Ao passar para o domínio da China socialista, Róng Kóng tentou garantir a autonomia econômica, com receio de afugentar empresas e capital, e implantou o conceito de “um país, dois sistemas”, ou seja, o socialismo na China e o capitalismo em Róng Kóng, conquistando o status de Região Administrativa Especial da China. Em 2021, apresentava 7,4 milhões de habitantes.
Róng Kóng – 2021
Fonte: cía. The world factbook. Disponível em: https://oeds.link/QeOjo5. Acesso em: 24 fevereiro 2022.
Em que hemisférios situa-se Róng Kóng? Como foi possível responder a essa pergunta?
• taiuã
Localizado na Ilha de Formosa, na Ásia oriental, taiuã é um país insular, separado do continente por um estreito de 150 quilômetros de largura, no Oceano Pacífico. Com .36197 quilômetros quadrados de área, apresentava quase 23,6 milhões de habitantes em 2020.
Também chamado de Formosa, separou-se da China continental em 1949, quando a revolução liderada por máo tsé tung (1893-1976) derrubou o govêrno e implantou o socialismo.
Nessa época, estava no poder o Partido Nacionalista , liderado por chiân cái chéqui. Com a revolução, esse líder político e milhares de chineses do continente se refugiaram na Ilha Formosa e aí fundaram um novo Estado com o nome de República Nacionalista da China, atual República da China. Até os dias atuais, a República Popular da China (continental) não reconhece a ilha como Estado, pois a considera uma de suas províncias e pretende reincorporá-la ao seu território.
Da mesma fórma que Róng Kóng, taiuã recebeu ajuda dos Estados Unidos e do Banco Mundial para se industrializar durante as décadas de 1950 e 1960. Interessava aos Estados Unidos que taiuã permanecesse sob sua influência e não fosse incorporada pela China. O crescimento industrial foi acelerado entre 1953 e 1985; com taxa de crescimento médio de 8,5% ao ano, o país entrou para o “clube” dos Novos Países Industriais.
taiuã: economia
Fonte: Charliê Jác organização. Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 118.
• Coreia do Sul
Localizada na porção sul da Península da Coreia, entre os mares Amarelo e do Japão, a Coreia do Sul, com área de .97500 quilômetros quadrados e população de quase 52 milhões de habitantes (2020), estende-se por 800 quilômetros de norte a sul e 200 quilômetros de leste a oeste. Ao norte, o paralelo 38 graus, que resultou do armistício celebrado entre as duas Coreias e pôs fim ao que ficou conhecido como Guerra da Coreia (1950-1953), separa a Coreia do Sul da Coreia do Norte, país socialista.
Como aconteceu com outros Tigres Asiáticos, a disputa por áreas de influência no mundo durante a Guerra Fria levou os Estados Unidos a apoiar o desenvolvimento econômico sul-coreano e a instalar bases militares no país.
Entre 1970 e 1980, a Coreia do Sul apresentou um crescimento econômico industrial elevado, ingressando também no “clube” dos Novos Países Industriais. Nesse período, diversificou a economia, investiu em pesquisas científicas e tecnológicas e formou empresas de tecnologia avançada e grandes conglomerados empresariais, os chamados tchaiból – conjunto de empresas pertencentes a uma mesma organização que atua em diferentes ramos e controla a maior parte da produção do país: riúndái, Lucky Goldstar ( éle gê), deuvú, sânkiôn ( ésse ká), sânguiun e sâmsúng; as quatro últimas correspondem aos conglomerados empresariais coreanos que figuram na lista das cem maiores transnacionais do mundo em faturamento.
Coreia do Sul: economia
Fonte: Jác organização. Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 118.
De acôrdo com o mapa, quantas regiões industriais existem na Coreia do Sul?
NAVEGAR É PRECISO
Tab Uol – Geopolítica do KPOP
https://oeds.link/iUyPD6
Revista Super Interessante – A diplomacia do K-pop
https://oeds.link/dtzGTE
As páginas apresentam informações que ajudam a compreender o fenômeno musical K-pop como parte da estratégia da Diplomacia Cultural da Coreia do Sul para projetar uma imagem positiva desse país no mundo.
Texto do Infografico
Gire o seu dispositivo para a posição vertical
Atividades dos percursos 21 e 22
Registre em seu caderno.
- Explique a relação entre a localização do Japão e a ocorrência de fenômenos como terremotos e tsunamis, além da existência de vulcões ativos.
- Relacione as características do relêvo do arquipélago japonês à distribuição da população no território.
- Pesquise informações sobre as transformações ocorridas no Japão durante a Era meidjí. Depois, com base nessas informações, elabore uma história em quadrinhos, com um ou mais personagens, que tenha relação com o contexto desse período.
- Podemos afirmar que, em virtude de o território japonês ser rico em recursos minerais, o seu Píbi (Produto Interno Bruto) é o terceiro do mundo, ultrapassado apenas pelo dos Estados Unidos e o da China? Explique.
- Os Tigres Asiáticos, incluídos no grupo dos Novos Países Industriais, diferenciam-se de outros países desse conjunto, como Brasil, México, Argentina, China etcétera Se sim, em que eles se diferenciam?
- Leia as proposições, aponte em seu caderno a incorreta e explique a sua incorreção.
- Cingapura é uma cidade-Estado localizada em uma ilha no extremo sul da Península da Malásia.
- Róng Kóng foi domínio francês até o ano de 1997, quando, então, foi incorporada à China com status de Região Administrativa Especial da China.
- taiuã, na Ilha de Formosa, pertenceu à China Continental até 1949. Separou-se desta em razão da revolução socialista ocorrida naquele ano.
- A Coreia do Sul, há cêrca de cinquenta anos, encontrava-se em posição igual ou inferior à do Brasil no que se refere ao desenvolvimento econômico e social. Hoje, encontra-se muito além do Brasil.
- Observe os mapas e responda às questões.
O imperialismo japonês na Ásia – 1845-1918
Fonte: elaborado com base em Quínder, Rírman; Rilgamán Véarná. Atlas histórico mundial: de la Revolución Francesa a nuestros días. Madri: ístimo, 1971. volume 2. página 126.
Japão: projetos expansionistas – 1927-1945
Fonte: elaborado com base em Quínder, Rírman; Rilgamán Véarná. Atlas histórico mundial: de la Revolución Francesa a nuestros días. Madri: ístimo, 1971. volume 2. página 190.
Versão adaptada acessível
3. Pesquise informações sobre as transformações ocorridas no Japão durante a Era Meiji. Depois, com base nessas informações, elabore uma história em quadrinhos utilizando materiais como papéis, palitos, linhas, botões, retalhos de tecido, entre outros. Esses recursos podem servir de base para a criação de personagens que tenham relação com o contexto do período mencionado, bem como para a produção de cenários e diálogos entre eles.
- Que territórios foram ocupados pelo Japão a partir da segunda metade do século dezenove e da primeira metade do século vinte?
- O que explica essa expansão territorial?
- Qual é o contexto político mundial do projeto expansionista japonês no segundo mapa?
- Como o Japão supera, atualmente, a limitação de recursos naturais?
8. Construa um gráfico de colunas que represente a estrutura do Píbi dos Tigres Asiáticos, com base nos dados do quadro a seguir. Lembre-se de inserir título, legenda e fonte dos dados. Em seguida, observe qual dos setores apresenta menor participação no Píbi e crie uma hipótese sobre as causas e consequências desse fato. Com a orientação do professor, investigue sua hipótese.
País ou território |
Agropecuária |
Indústria |
Serviços |
---|---|---|---|
Cingapura |
0 |
27 |
73 |
Coreia do Sul** |
2 |
36 |
62 |
Hong Kong |
0 |
7 |
93 |
Taiwan |
1 |
38 |
61 |
Nota: asterisco valôres arredondados; dois asteriscos dados de 2019.
Fontes: STATISTICS KOREA. Explore Korea through Statistics 2020. Daejeon: Kostat, 2020. página 39; MINISTRY OF TRADE AND INDUSTRY. Economic Survey of Singapore 2020. , 2021. página 2; grós doméstiqui pródâquiti bai caindi ov équitiviti. Disponível em: https://oeds.link/p4MPgK. Acesso em: 24 fevereiro 2022.
9. No Japão, a educação é prioridade. Leia o fragmento de texto e responda.
“ Há cêrca de 120 anos foi introduzido ali o ensino obrigatório, que na atualidade alcança 100% das crianças até 15 anos (seis anos do primário mais três anos do primeiro ciclo secundário). Desses, 95 passam para o segundo ciclo do curso, composto por mais três anos (15 a 18 anos de idade) .”
PERALVA, Osvaldo. Um retrato do Japão. quinta edição São Paulo: Moderna, 1990. página 128.
- Essa edição do livro do jornalista Osvaldo Peralva foi publicada em 1990. Portanto, em que ano o ensino obrigatório foi introduzido no Japão?
- Há alguma relação entre a política educacional implantada no Japão e seu desenvolvimento social e econômico?
- Da mesma fórma que Estados Unidos e países europeus – Reino Unido, França, Bélgica, Países Baixos etcétera – adotaram uma política imperialista nos séculos dezenove e vinte, o Japão lançou-se a essa investida sobre países ou povos asiáticos. Faça uma pesquisa histórica sobre o Japão, apontando os espaços geográficos que foram incorporados ao seu império.
- A pesca é muito desenvolvida no Japão e é importante para a economia e a alimentação de sua população. No entanto, há denúncias de ônguis e órgãos mundiais de proteção ambiental contra a pesca realizada por algumas embarcações japonesas. Pesquise, em grupo, essas denúncias e busquem informações sobre a existência de pesca predatória no Brasil.
PERCURSO 23 A CHINA E A ÍNDIA
1. China: o dragão asiático
São várias as lendas ou interpretações da figura do dragão no imaginário chinês, surgidas como fórma de explicar e dar significado às ossadas de dinossauros que eram encontradas. Historicamente, o mito do dragão no Oriente envolve o bem.
Uma das lendas orientais narra que o dragão foi requisitado pelo deus-criador para participar da criação do mundo, simbolizando, portanto, a sabedoria.
Na China, os antigos imperadores intitulavam-se “filhos do dragão”, e até hoje muitos chineses se consideram descendentes dessa figura mitológica.
Berço de uma das mais antigas civilizações, a China é um dos países cuja economia mais cresceu no mundo nos últimos anos, tornando-se o “dragão” da economia global. Seu Píbi, em 2020, foi de 14,7 trilhões de dólares, superado somente pelo dos Estados Unidos (20,9 trilhões de dólares).
2. A população chinesa
A China é o país mais populoso do mundo – em 2021, apresentava mais de 1,4 bilhão de habitantes. Para conter o crescimento populacional acelerado adotou, em 1979, a política demográfica do filho único.
• A política do filho único e sua revisão
Diante do grande crescimento demográfico da China, em 1979 o govêrno adotou, nas zonas urbanas, a lei “um casal, um filho”. Nas zonas rurais, foram permitidos dois filhos por casal, considerando que eles representavam fôrça de trabalho para a família no campo.
Essa lei gerou vários problemas, como abandono de bebês, abortos, esterilizações em massa e extermínio de recém-nascidos. Além disso, os pais que tinham o segundo filho perdiam o emprêgo e suas crianças eram impedidas de frequentar a escola.
No ano de 2015, foi abolida a política do filho único, em decorrência da necessidade de ampliar a fôrça de trabalho e amenizar o impacto do envelhecimento da população. Segundo estimativas, a proporção da população com mais de 60 anos poderia chegar a 35% em 2053.
• A desigual distribuição da população pelo território
Apesar de numerosa, a população da China se distribui de maneira desigual pelo território. Observe o mapa A.
A parte leste, de clima temperado e subtropical, com terras férteis e predomínio de planícies (observe o mapa B), é a mais industrializada e povoada, com áreas cuja densidade demográfica supera 600 . habitantes por quilômetro quadrado
Na porção oeste, árida e com altitudes mais elevadas, encontra-se o deserto de Takla Makan, e na porção norte – onde está o deserto de Gobi – verificam-se baixas densidades demográficas: vastas porções desses territórios registram menos de 1 habitante por quilômetro quadrado.
China: densidade demográfica e aglomerações urbanas – 2019
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 104.
Compare este mapa com o mapa B e aponte a fórma de relêvo da parte mais povoada da China.
China: aspectos fisiográficos
Fonte: elaborado com base em , ; Crístian, Jan. Géographie. Paris: Hatier, 1988. página 61.
asterisco Sedimento transportado pelo vento, de côr amarelada e de granulação fina, formado de argila e rico em calcário.
3. China: desigualdades econômicas regionais
Em 1979, a China criou quatro Zonas Econômicas Especiais ( zê ê ê), nas quais é permitido às empresas estrangeiras investir capital e tecnologia, em associação ou não com empresas estatais chinesas. Investindo nas zê ê ê, as empresas gozam de privilégios oferecidos pelo Estado, como facilidades na exportação e na importação. Depois de 1984, foram criadas outras zê ê ê e também foram dinamizadas catorze cidades portuárias abertas para os investimentos estrangeiros (observe o mapa). Essa abertura dinamizou a economia.
China: características econômicas de seu espaço geográfico – 2019
Fontes: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 50; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 105.
Nota: Associação de Nações do Sudeste Asiático () é uma organização regional formada por 10 países do Sudeste Asiático.
De onde partem as migrações internas e para onde se dirigem? Você sabe por quê?
As dez províncias da fachada litorânea, onde vivem 37% da população chinesa, recebem 80% dos investimentos estrangeiros diretos e são responsáveis por 88% das exportações e 90% das importações. Somente a província de guêndông realiza 40% do comércio exterior chinês.
Uma das consequências dessa política foi aumentar as diferenças entre as regiões costeiras e as do interior do país, que permaneceram à margem do processo de internacionalização, enquanto as primeiras se integram cada vez mais aos fluxos mundiais de produção e trocas comerciais.
A prosperidade industrial da China tem provocado grandes deslocamentos populacionais das zonas rurais para as urbanas, acarretando consequências como falta de moradias e problemas de congestionamento de trânsito, lixo urbano, transporte etcétera É nesse sentido que se fala que a China está sofrendo uma desruralização.
As cidades das zonas costeiras do país não absorvem grande parte dessa mão de obra migrante; assim, ampliam-se os mercados informais de trabalho. Ex-camponesas, por exemplo, procuram emprêgo como domésticas, saindo diariamente dos bairros pobres em direção aos bairros ricos. Surge uma forte tensão entre o mundo operário, estabelecido nas cidades, e o novo setor operário, de origem rural, que busca sobreviver diante das mudanças.
• Degradação ambiental
O crescimento econômico da China tem provocado sérias consequências ao meio ambiente. Além do uso intensivo de combustíveis fósseis – principalmente petróleo e carvão mineral –, que colocam o país na primeira posição mundial na emissão de gases causadores do efeito estufa, a contaminação do solo e dos rios, a destinação do lixo industrial e doméstico e a poluição urbana são alguns dos desafios ambientais que a China terá de enfrentar para evitar o caos.
NO SEU CONTEXTO
Na localidade em que você vive há emissão considerável de gases de efeito estufa? Por quais atividades?
4. China: agropecuária
Segundo o Departamento Nacional de Estatísitcas da China, em 2020, o setor primário do país respondeu por 7,7% do valor de seu Píbi; a indústria respondeu por 37,8%; e os serviços, por 54,5%. Da sua população economicamente ativa, 23,6% dedicavam-se ao setor primário; 28,7%, à indústria; e o restante, 47,7%, aos serviços – para efeito de comparação, no Brasil, respectivamente, os percentuais são 9,2%; 20,3%; e 70,5%.
A atividade agropecuária se distribui no território chinês em estreita relação com as condições de seu meio natural. Comparando o mapa B da página 179 com o mapa a seguir, você constatará essa relação. Enquanto nas planícies e nos planaltos do leste e do nordeste as condições favoráveis de clima, solo e recursos hídricos facilitam a agropecuária, na porção oeste, o meio natural impõe restrições por causa da presença de planaltos com desertos de areia e relêvo montanhoso com mais de 3 mil metros de altitude.
China: uso da terra – 2019
Fontes: elaborado com base em LE GRAND atlas du XXIe siècle. Paris: Gallimard, 2013. página 158, 160 e 163; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 104.
Em relação ao oeste da China, aponte duas limitações do meio natural para a prática da agricultura.
A China é o maior produtor mundial de trigo, arroz, algodão, chá e amendoim e o maior importador de grãos e farelo de soja, destacando-se o Brasil como grande fornecedor.
Rotas e encontros
Entenda a questão dos uigures na China
“Os uigures são muçulmanos que habitam predominantemente a região autônoma de Xinjiang, no noroeste da China reticências. Sua língua é parente da língua turca e os uigures se veem culturalmente e etnicamente mais ligados à Ásia Central do que ao resto da China.
Por séculos, as principais atividades econômicas da região vinham sendo a agricultura e o comércio, com cidades como cáchigár prosperando como entrepostos da famosa Róta da sêda.
No comêço do século 20, os uigures chegaram a declarar independência. Mas, em 1949, a região passou a ser controlada pela China comunista.
Oficialmente, Xinjiang é uma região autônoma da China, como o Tibete, que fica mais ao sul.
Em décadas recentes, a região presenciou uma intensa migração de chineses de etnia rã, e vários uigures passaram a reclamar de discriminação. Os chineses de etnia rã compõem cêrca de 40% da população de Xinjiang, enquanto 45% são uigur.
reticências
Ativistas dizem que atividades e práticas comerciais, culturais e religiosas dos uigures têm sido gradualmente suprimidas pelo Estado chinês.
A China foi acusada de intensificar a repressão contra aos uigures depois de protestos de rua nos anos 1990 e nas semanas que antecederam os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Na última década, vários uigures proeminentes foram presos ou tiveram que buscar asilo no exterior, após serem acusados de terrorismo.
reticências
O govêrno chinês também é acusado de tentar diluir a influência uigur na região de Xinjiang, promovendo migrações em massa de chineses rã, o maior grupo étnico do país, para a região.
reticências
Na última década, uma série de projetos trouxe prosperidade às maiores cidades da região.
O trabalho de jornalistas locais e estrangeiros é monitorado de perto pelas autoridades chinesas e existem poucas fontes independentes de notícias em chindjá.
A China tem destacado o desenvolvimento da economia da região e uigures entrevistados pela imprensa têm evitado fazer críticas ao govêrno central. ”
Entenda a questão dos uigures na China. bê bê cê Brasil, 7 julho 2009. Disponível em: https://oeds.link/kOIlGq. Acesso em: 25 fevereiro 2022.
Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página ponto 104.
Interprete
- Que aspectos étnicos-culturais diferenciam os uigures de Xinjiang do restante da população da China?
- Qual tem sido a postura do govêrno chinês em relação ao povo uigur? Explique.
Argumente
3. Elabore uma pequena carta ou petição ao govêrno chinês em defesa dos uigures.
Cruzando saberes
Dongtan, modelo chinês para as ecocidades
“Dramática poluição do ar e água, contaminação dos campos por produtos agrícolas, escassez de energia paralisando regiões inteiras: a China começa a computar os efeitos colaterais de um crescimento econômico sem precedentes. ‘Mudar o modêlo de desenvolvimento’ e ‘construir uma sociedade respeitadora do meio ambiente’ são as palavras de ordem proferidas pelas autoridades em seus discursos recentes.
Símbolo dessa tomada de consciência, o ambicioso projeto no qual se engajou o govêrno municipal de Xangai deverá resultar no nascimento da primeira ‘ecocidadeglossário ’ do mundo. Denominada Dongtan, literalmente ‘praia do leste’, a cidade sustentável será erguida na ilha de Chongming, no delta do Yang , ao norte de Xangai.
O objetivo é fazer de fórma que os moradores consumam apenas dois terços da energia utilizada em média habitualmente e limitar ao mínimo possível as emissões de gases de efeito estufa.
Com essa finalidade, Dongtan produzirá sua própria energia. Parques de grandes geradores eólicos, bem como painéis solares sobre as casas, darão conta de parte das necessidades. A biomassa, proveniente em sua maioria das cascas de arroz dos moinhos locais e dos resíduos orgânicos da cidade, fornecerá energia para a combustão do biogás. Microturbinas eólicas sobre os telhados dos imóveis, que não poderão ultrapassar os oito andares, produzirão diretamente a energia para seus habitantes. A utilização de materiais locais, o isolamento, a ventilação natural, a orientação das fachadas em função do sol assegurarão a neutralidade das construções em emissões de cê ó dois e permitirão uma economia energética de até 70% em relação aos imóveis tradicionais. As águas de chuva, bem como as águas servidas, serão recuperadas e tratadas quando necessário, para irrigar a lavoura. Os resíduos orgânicos serão igualmente utilizados como fertilizantes. ”
LE MONDE Diplomatique Brasil. Atlas do meio ambiente. São Paulo: Instituto Pólis, . sem data página 85.
China: Xangai e a ecocidade de Dongtan
Fonte: elaborado com base em LE MONDE Diplomatique Brasil. Atlas do meio ambiente. São Paulo: Instituto Pólis, . sem data página 85.
Interprete
1. De que maneira a cidade de Dongtan mudará o modêlo de produção energética?
Argumente
2. Considere que um grupo organizado da sociedade civil esteja insatisfeito com os altos investimentos públicos necessários para a transformação da cidade de Dongtan. Pesquise e construa uma argumentação capaz de convencer esse grupo a respeito dos benefícios que serão promovidos.
5. Índia: de colônia britânica a país independente
Com ..3287263 quilômetros quadrados, a Índia localiza-se no sul da Ásia e ocupa a maior parte do subcontinente indiano. Sétimo maior país em extensão do mundo, foi colônia britânica até 1947.
A partir de 1920, teve início um movimento pela libertação da Índia do domínio britânico, liderado por morrandas caramchând gândi, depois chamado Marrátma Gandhi (Grande Alma), por causa de sua dedicação à causa indiana e pela fórma de conduzir a oposição aos britânicos, baseada na política da resistência e desobediência civil sem o uso de violência.
Em 15 de agosto de 1947, os britânicos reconheceram a independência da Índia, que ficou bipartida em dois Estados: a União Indiana, povoada por uma população majoritariamente seguidora da religião hinduísta, e o Paquistão, dividido em Paquistão Oriental e Paquistão Ocidental, ocupado predominantemente por muçulmanos.
Em 1971, após muitos conflitos entre várias facções muçulmanas, o Paquistão Oriental proclamou a independência e alterou seu nome para Bangladesh.
Índia: independência e partilha – 1947
Fonte: elaborado com base em Grande enciclopédia Larousse cultural. São Paulo: Nova Cultural, 1998. volume 13. página .3132.
PAUSA PARA O CINEMA
Gandhi.
Direção: ríchardi atenborou. Inglaterra/Índia: International Film Investors, 1982. Duração: 191 minutos
Baseado na história do líder Gândi, o filme narra a luta do povo indiano contra o domínio colonial britânico, mostrando um quadro detalhado da história e da cultura desse povo na época.
6. A população indiana
A Índia abriga mais de 17% da população mundial – quase 1,4 bilhão de habitantes (estimativa para 2022) –, sendo superada apenas pela China.
• Distribuição da população
Na Índia, as menores densidades demográficas são encontradas nas florestas e zonas áridas do oeste e nas montanhas do extremo norte. As mais elevadas concentram-se na Planície Indo-Gangética, nos deltas dos rios e nos núcleos urbanos mais importantes. No vale do Rio Ganges, há vastas áreas cuja densidade demográfica é superior a 200 habitantes por quilômetro quadrado, o que faz dessa região uma das áreas de maior concentração populacional do planeta.
Índia: densidade demográfica e aglomerações urbanas – 2019
Fontes: elaborado com base em Charliê Jác organização. Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 109; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 101.
Aponte duas localidades com mais de 200 . habitantes por quilômetro quadrado
• Principais cidades e degradação ambiental
Délhi é a maior aglomeração urbana indiana. Localizada no norte da Índia, no alto Ganges, contava com quase 32 milhões de habitantes em 2021. Nesse ano, era a terceira cidade mais populosa do mundo, superada por Tóquio, capital do Japão, com 39 milhões de habitantes, e por Jacarta, capital da Indonésia, com mais de 35 milhões de habitantes (São Paulo figurava como a quinta cidade mais populosa, com mais de 22,5 milhões de habitantes). Dentro da metrópole de Délhi situa-se Nova Délhi, com 42,7 quilômetros quadrados, capital da Índia.
Em seguida, vem Mumbai, antiga Bombaim, com mais de 22 milhões de habitantes, e Calcutá, com mais de 18 milhões de habitantes, em 2021.
A degradação ambiental na Índia atinge proporções elevadas. Nas cidades, o saneamento básico é precário. Por exemplo, a insuficiente rede de esgôto polui os rios por meio do despejo direto de dejetos humanos, comprometendo as fontes de água – calcula-se que apenas 30% do esgôto produzido nas cidades indianas é tratado.
NO SEU CONTEXTO
Você sabe qual é a população do município onde você vive? Ele apresenta problemas sociais e econômicos?
Os lixões a céu aberto, juntamente com a deficiente rede de esgôto e as fontes de água contaminadas, são responsáveis por altas taxas de mortalidade.
A poluição do ar nas grandes cidades, como Nova Délhi, chega a níveis insustentáveis. Além da emissão de gases poluentes pelo escapamento dos veículos e pela indústria, a queima da palha de arroz na zona rural – proibida por lei, mas que continua sendo praticada – espalha a fuligem nas cidades, acentuando a poluição do ar e agravando a ocorrência de doenças respiratórias. Na região norte da Índia, onde se situa Nova Délhi, a circulação do ar é dificultada pela presença da Cordilheira do Himalaia, que age como uma barreira para a dispersão dos poluentes.
Somados a esses problemas, emergem o desmatamento, a erosão do solo e o enorme consumo de água para a irrigação, com sérias ameaças para a sua escassez etcétera
• Desigualdades sociais e econômicas
Grande parte da população indiana padece de fome e de desnutrição, vive em precárias condições de habitação e de saneamento básico, além de enfrentar elevada taxa de desemprêgo e grande desigualdade na distribuição de rendimentos.
Segundo estimativas da ônu para o período de 2020-2025, o país apresentou alta taxa de mortalidade infantil de menores de um ano (27 por mil) e baixa esperança de vida média (70,4 anos); em 2018, apresentou elevada taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais (24%), entre outros problemas sociais.
NO SEU CONTEXTO
Existem desigualdades sociais e econômicas entre as regiões brasileiras? Explique.
Ao lado de razões históricas e econômicas, a estrutura social do sistema de castas contribui para as precárias condições sociais em que vivem milhões de indianos. Ainda bastante influente na cultura e no convívio das pessoas, principalmente no meio rural, dificulta a ascensão social de muitos indianos, pois, além de impedir o casamento entre pessoas de castas diferentes, desperta reações contra programas sociais do govêrno destinados a beneficiar os menos favorecidos.
As desigualdades regionais também são muito grandes. Enquanto o estado de Uttar Pradesh, situado ao norte, com cêrca de 150 milhões de habitantes, tem indicadores sociais abaixo da média nacional e vive em condição de extrema pobreza, no estado de Kerala, ao sul, a população apresenta melhores condições de vida: quase 94% dos habitantes sabem ler e escrever, e a taxa de mortalidade infantil é de 12 por mil, bem abaixo da média nacional.
• Diversidade linguística, religiosa e étnica
A Índia é um país de grande diversidade linguística. O inglês e o híndi são as línguas oficiais, mas a Constituição indiana reconhece vinte e duas línguas regionais e mais de .1600 dialetos. O híndi é falado por mais de 43% da população, seguido pelo télugo, o bengali, o marati, o tâmil, o urdu e muitas outras.
Quanto à religião, os dois maiores grupos são formados pelos hinduístas, que representam cêrca de 79,8% da população, e pelos seguidores do islamismo, que somam 14,2%. As demais possuem menos seguidores: cristãos, 2,3%; sikhis, 1,7%; budistas, 0,7%; e outros, 1,3%.
Dois troncos étnicos predominam na Índia: o ariano ou hindu, ao norte, e o dravidiano, ao sul. Ao longo da História, ocorreu grande miscigenação entre eles. Além desses, há os mongóis, que habitam a região montanhosa ao norte do país, e outros grupos étnicos minoritários.
7. Índia: conflitos étnico-culturais e fronteiriços
A sociedade indiana convive com conflitos étnicos, marcados pelo desejo de separatismo por parte de minorias, fato que ameaça sua unidade. Alguns deles estão relacionados ao estabelecimento das fronteiras nacionais a partir das fronteiras coloniais.
• Punjab: conflitos entre indianos e sikhis
No noroeste da Índia, no estado do Punjab, são frequentes os conflitos armados envolvendo os sikhis, minoria étnico-religiosa que soma cêrca de 26 milhões de pessoas. Os sikhis reivindicam a separação do Punjab da República da Índia, e os indianos se recusam a perder essa rica região agrícola (consulte o mapa da página seguinte).
Em um dos grandes conflitos, em 1984, cêrca de .1700 adeptos da seita sikhi foram mortos. Os sikhis responderam com o assassinato da primeira-ministra Indira Gândi. As tensões e os conflitos continuam ainda nos dias atuais.
NAVEGAR É PRECISO
Embaixada da Índia no Brasil
https://oeds.link/AT7zij
O portal disponibiliza diversas informações sobre a Índia e as relações indo-brasileiras.
Península Indiana: tensões étnico-culturais – 2020
Fonte: bonifássi, pascál. Atlas des relations internationales. Malakoff: Armand Colin, 2020. página 152.
O maior percentual de população indiana que professa o islamismo se localiza em qual porção do território da Índia?
• Caxemira: uma região explosiva
São frequentes os confrontos entre hinduístas e muçulmanos em diversas partes do território indiano (consulte novamente o mapa). O principal deles está na Caxemira, região entre a Índia e o Paquistão, habitada predominantemente por muçulmanos.
Dois terços do território da Caxemira são controlados pela Índia, que se nega a abdicar da região. Com o apôio do Paquistão, a população muçulmana da Caxemira reivindica a separação. Em 2001, o Paquistão propôs que se realizasse um plebiscito na Caxemira, quando então seus habitantes se manifestariam sobre o país a que desejariam pertencer. A Índia rejeitou a proposta, mantendo o problema sem solução.
Para agravar ainda mais a questão geopolítica da Caxemira, tanto a Índia como o Paquistão detêm tecnologia nuclear e realizam testes nucleares para demonstrar suas capacidades destrutivas. As cinco potências nucleares mundiais (Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França e China) repudiam os testes e não conseguiram a adesão dos governos dos dois países ao Tratado de Proibição de Testes Nucleares.
Ainda em 2018, a Caxemira continuava sendo um foco de tensão no globo, colocando sob ameaça a coexistência pacífica na Ásia Meridional.
Rotas e encontros
Defensores da paz
“Estudar é muito importante para o nosso futuro. No Brasil, apesar de muitas crianças ainda estarem fóra da escola, todas elas têm assegurado pela Constituição o direito de estudar. Mas sabia que existem lugares em que isso não acontece? Alguns anos atrás, por exemplo, as meninas de algumas partes do Paquistão, um país da Ásia, foram proibidas de ir à escola. Que absurdo!
Isso aconteceu porque o lugar era controlado por um grupo religioso muito radical chamado Talibã, que controlava tudo na vida dos habitantes, em especial das mulheres. Foi quando uma menina chamada malala iuçáfizai se destacou como símbolo da luta por liberdade. Sua atuação foi tão importante que valeu o prêmio Nobel da Paz de 2014 e ela se tornou a primeira paquistanesa e a pessoa mais jovem a receber essa premiação, com apenas 17 anos. Vamos conhecer melhor a história dela?
Pelo direito de estudar
Quando tinha 15 anos, Malala começou a escrever em um blog chamado ‘Diário de uma estudante paquistanesa’. Nele, a menina denunciava a pouca liberdade e as dificuldades enfrentadas em seu país sob domínio do Talibã e defendia a educação das crianças. Ela chamou atenção: foi entrevistada por emissoras de televisão e jornais, foi estrela de um documentário e até indicada ao Prêmio Internacional da Paz da Infância em 2011.
Mas a luta da menina também atraiu o ódio do Talibã – tanto que tentaram calar a sua voz. Quando voltava da escola, em outubro de 2012, Malala foi baleada na cabeça por representantes do grupo. Que horror! Mas pode ficar tranquilo, pois ela sobreviveu ao atentado e não desistiu.
Nove meses depois, após várias cirurgias, Malala discursou na Assembleia de Jovens da Organização das Nações Unidas e voltou a defender a educação e a condenar o terrorismo. Hoje, ela vive na Inglaterra, de onde continua sua atuação.
Dupla premiação
Malala recebeu o Nobel da Paz junto com o indiano cailáchi satiárti, veterano da luta pelos direitos das crianças, pelo acesso à educação e contra a exploração infantil. A premiação destaca a necessidade de proteger as próximas gerações para garantir um futuro mais harmonioso.
A premiação da menina paquistanesa e do ativista indiano pode servir, ainda, para aproximar seus países. Os dois se tornaram independentes da Inglaterra juntos, no século 20, graças aos esforços de um grande líder pacifista chamado Marrátma Gandhi. Mas desde então têm vivido em pé de guerra por causa de regiões de fronteira e de questões religiosas – a Índia é hindu, e o Paquistão, muçulmano.
Tratar qualquer pessoa de fórma diferente, seja por sua religião, sexo ou qualquer outro motivo é errado. E também não é legal viver brigando com nossos vizinhos! Tomara que o prêmio da Malala sirva de exemplo e ajude a espalhar a paz pela região, não é?”
GARCIA, Marcelo. Jovem defensora da paz. Ciência Hoje das Crianças, Notícias, 22 outubro 2014. Disponível em: https://oeds.link/orMb4A. Acesso em: 26 fevereiro 2022.
Interprete
- O que Malala denunciava e defendia antes de sofrer um atentado, em 2012?
- O que o indiano cailáchi satiárti defende na Índia?
Argumente
3. Qual é a importância de receber um Prêmio Nobel da Paz?
PERCURSO 24 ÍNDIA: ECONOMIA
1. A economia indiana
A economia indiana é marcada por grandes contrastes: de um lado, milhões de habitantes vivem em condições de vida precárias e, de outro, centros universitários de alto nível possibilitam que o país se destaque na produção de tecnologias avançadas.
• A agropecuária
A agricultura, atividade econômica básica do país, responde por cêrca de 16% do Píbi indiano. Também por causa das heranças do período colonial, ainda emprega quase metade da população economicamente ativa ( cêrca de 47%). Contudo, poucos agricultores indianos contam com recursos técnicos adequados para direcionar a produção para fins comerciais. Esse fato, somado ao pequeno tamanho das propriedades dos camponeses – que resultou da reforma agrária realizada nos anos seguintes à independência da Índia –, contribui para que a maior parte da produção esteja voltada para o sustento familiar.
As áreas destinadas ao cultivo ocupam mais da metade da superfície total da Índia. As produções de arroz e trigo, os principais produtos agrícolas do país e base da alimentação dos indianos, colocam o país como segundo maior produtor mundial, superado apenas pela China.
Em virtude das crenças religiosas, os hinduístas (maioria da população indiana) consideram bois e vacas animais sagrados, portanto, não consomem carne bovina, e a Índia, em 2021, detinha o maior rebanho do mundo – mais de trezentas e cinco milhões de cabeças. O país ainda é responsável por quase 15% da produção mundial de leite, e mais de 50% do leite consumido pela população é de búfala. Há também expressivas criações de cabras, ovelhas, porcos e aves.
Embora a Índia tenha se tornado autossuficiente na produção de alimentos depois da chamada Revolução Verdeglossário , ainda hoje milhões de indianos sofrem de subnutrição e escassez de alimentos.
Entre os fatores que ajudam a explicar essa realidade, encontram-se as monoculturas destinadas à exportação, herança dos colonizadores britânicos, que, no passado, favoreceram a substituição das culturas alimentares pelas de exportação, com graves consequências para a alimentação do povo. Hoje, as monoculturas de chá, algodão, café, juta e cana-de-açúcar, muitas delas em mãos de estrangeiros, ocupam vastas porções do território indiano em detrimento do plantio de produtos voltados à alimentação da população do país.
Índia: uso da terra – 2019
Fontes: elaborado com base em Charliê Jác organização. Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 109; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 101.
Que culturas agrícolas se destacam no vale do Rio Ganges?
• Indústria
Como também ocorreu em outras colônias europeias, o sistema produtivo indiano original foi desmantelado e substituído por uma economia comandada por necessidades externas. A dominação colonial britânica, desde o século dezoito até 1947, interrompeu o desenvolvimento artesanal, industrial e tecnológico da Índia, que em alguns setores se encontrava adiantado.
É o caso do artesanato têxtil, que, além de abastecer a população, exportava tecidos graças à sua qualidade. Entretanto, como os britânicos estavam interessados em vender os próprios tecidos, adotaram uma política de preço baixo até conseguir desestruturar a produção têxtil local.
Esse fato ajuda a explicar o atraso industrial da Índia até sua independência, quando então passou a apresentar um desenvolvimento industrial mais acelerado. Podemos dizer, portanto, que se trata de um país de industrialização tardia.
Com a independência, a Índia adotou uma política econômica caracterizada pela intensa participação do Estado na economia. A partir de 1991, com a expansão da política econômica neoliberal no mundo, o govêrno indiano alterou essa conduta: promoveu a liberalização da economia, marcada pela abertura para o exterior, suprimindo o contrôle das importações e permitindo investimentos estrangeiros, entre outras medidas.
Hoje, o parque industrial indiano situa-se entre os dez maiores do mundo. Apesar de empregar apenas 22% da população economicamente ativa do país, destaca-se no cenário mundial por apresentar significativo desenvolvimento em vários setores de tecnologia avançada (energia nuclear, satélites artificiais, informática etcétera).
Graças aos investimentos em educação e em centros de pesquisas, o setor de informática indiano está entre os mais avançados do mundo. As indústrias de alta tecnologia de informática desenvolveram-se em alguns polos industriais, principalmente em Bangalore. Em ráiderbéd, instalou-se um centro de pesquisas farmacêuticas que tem desenvolvido novos medicamentos, além de medicamentos genéricos, dos quais a Índia é o maior exportador mundial.
Índia: indústrias e recursos minerais – 2019
Fontes: elaborado com base em Charliê Jác organização. Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 109; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 101.
Cite dois centros industriais e um de alta tecnologia localizados na porção sul da Índia.
Investimentos em educação (foto A) e a formação científica e tecnológica de qualidade oferecida pelas universidades e pelos institutos de pesquisa indianos atrai empresas estrangeiras interessadas em contratar profissionais: parte significativa dos trabalhadores especializados de importantes empresas estadunidenses de informática é indiana. Do mesmo modo, calcula-se que cêrca de um sexto dos colaboradores qualificados da Náza, a agência espacial dos Estados Unidos, são indianos. Esses profissionais desfrutam grande prestígio e são muito requisitados em todo o mundo.
Outros tipos de indústria destacam-se ainda na Índia, entre elas: construção naval, mecânica, química, petroquímica, siderúrgica, metalúrgica, petrolífera, extração de minerais, automobilística etcétera (foto B).
Merece destaque ainda a indústria cinematográfica indiana, localizada principalmente em Mumbai e conhecida como Bollywood (foto C). A produção anual de filmes supera a dos Estados Unidos. Mais de mil filmes anuais foram produzidos, em média, nos últimos anos, enquanto nos Estados Unidos a média foi de seiscentos filmes. Essa produção atende ao mercado interno e é exportada principalmente para países asiáticos. Além de representar uma fonte de divisas para o país, é uma atividade que cria referências culturais favoráveis à Índia na região.
Atividades dos percursos 23 e 24
Registre em seu caderno.
- Aponte as razões pelas quais a China aboliu a política do filho único no final de 2015.
- Explique o que é o processo de desruralização da China.
- Quais são os desafios ambientais relacionados à prosperidade econômica chinesa?
- Bangladesh formou-se como Estado recentemente, em 1971. Qual é sua origem?
- Apesar das condições de vida precárias de grande parte da população da Índia, o país possui um parque industrial considerado um dos dez mais importantes do mundo. Cite algumas atividades produtivas em que a Índia se destaca.
- Com base no mapa da página 192, faça o que se pede.
- Calcule a distância em linha reta e em quilômetros entre as cidades indianas de emadabád e ráiderbéd.
- Explique como você chegou a essa distância.
- Quanto ao Golfo de Bengala, representado no mapa, explique o que é golfo e a qual oceano esse golfo pertence.
- Observe o mapa a seguir, que representa parte dos 29 estados que compõem a divisão administrativa da Índia.
Problemas fronteiriços no norte da Índia
Fonte: bonifássi, pascál (). Atlas des relations internationales. Paris: Hatier, 2013. página 163.
- Indique o país que teve confronto com a Índia por reivindicação de território.
- Aponte os países aliados à Índia que têm forte relação de dependência com esse país.
- Há algum território indiano, mostrado no mapa, que é reivindicado pela China? Se sim, onde se localiza?
8. Desde 2006, a renomada revista britânica The Economist elabora um “índice de democracia”, que aponta como está esse regime político em 165 países ou territórios autônomos. Com a ajuda de um planisfério político, interprete o mapa, observando a sua legenda, e responda às questões.
Mundo: regimes políticos segundo o índice de democracia – 2021
Fonte: MERINO, Álvaro. El mapa del índice de democracia en el mundo. El Ordem Mundial, 11 fevereiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/lfDEv5. Acesso em: 27 fevereiro 2022.
- Considerando a proporção do número de países ou territórios autônomos, aponte os continentes mais e menos democráticos, em 2021.
- Como estavam classificadas a China e a Índia em 2021?
- Aponte os países da América do Sul com plena democracia e com regime autoritário em 2021.
- Pesquise e explique por que o Brasil e os Estados Unidos não foram considerados democracias plenas, mas imperfeitas, como aponta o mapa em 2021.
- Podemos fazer alguma relação entre o “índice de democracia” e o Índice de Desenvolvimento Humano ( í dê agá)?
9. Observe o quadro a seguir e responda às questões sobre estes três países considerados emergentes e pertencentes aos bríquis.
Indicadores |
Brasil |
Índia |
China |
---|---|---|---|
Taxa de fecundidade (em nascidos vivos por mulher) – 2025-2030* |
1,6 |
2,1 |
1,7 |
Esperança de vida média (em anos) – 2025-2030* |
77,5 |
71,4 |
78,3 |
Taxa de mortalidade infantil de menores de 5 anos (em ‰) – 2025-2030* |
11 |
28 |
8 |
Taxa de analfabetismo de maiores de 15 anos (em %) – 2018 |
7 |
26 |
3 |
População urbana (em %) – 2020 |
87 |
35 |
61 |
asteriscoEstimativas.
Fontes: elaborado com base em UNITED NATIONS. World population prospects 2019. Volume um: Comprehensive tables. New York: , 2019.139, 141, 195, 197, 203, 233 e 235. THE WORLD BANK. Indicators. Disponível em: https://oeds.link/mXFbdz. Acessos em: 26 fevereiro 2022.
- Dentre os dois países mais populosos do mundo, qual apresenta a menor taxa de fecundidade estimada? O que explica esse número?
- Indique o país com maior percentual de analfabetismo e explique por que ele se diferencia nesse aspecto dos demais países emergentes.
- Como você explica a diferença nas taxas de população urbana da Índia e da China se comparadas às do Brasil?
Glossário
- Contêiner
- Contentor ou equipamento na fórma de caixa de metal ou madeira, geralmente de grandes dimensões, usado para acondicionar e transportar carga em navios, trens etcétera
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- Do japonês, tsu (porto) e nami (onda), são ondas múltiplas de grande velocidade e amplitude que se propagam pela água de oceanos e mares, causadas pelo deslocamento de uma falha no assoalho oceânico, uma erupção vulcânica ou a queda de um meteoro, e que geralmente causam destruição quando atingem as áreas costeiras.
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- Xogum
- Chefe militar com poderes quase sempre superiores aos do imperador; existiu no Japão do século doze até meados do século . dezenove
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- Faturamento
- Soma em dinheiro obtida por uma empresa com a venda de produtos ou serviços em determinado período.
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- Valor agregado
- Quantidade de trabalho empregado na fabricação de um produto: quanto mais tecnologia e informação forem necessárias para produzir a mercadoria, maior será seu valor agregado.
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- Ecocidade
- Espaço urbano ecologicamente sustentável, criado com a finalidade de diminuir o impacto ambiental.
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- Revolução Verde
- Conjunto de inovações técnico-agronômicas implantadas na década de 1960 e difundidas em vários países menos desenvolvidos com o objetivo de propiciar o rápido crescimento de cultivos e permitir maiores colheitas.
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