UNIDADE 5 ÁSIA: DIVERSIDADE FÍSICA E CULTURAL E CONFLITOS

Esta Unidade abordará a diversidade física ou natural do continente asiático, o uso da terra, o colonialismo e o imperialismo europeus, suas transformações territoriais, as tensões e os conflitos no decorrer do tempo, os aspectos populacionais e culturais e suas desigualdades socioeconômicas.

A Ásia é o continente mais extenso da Terra e apresenta grande amplitude latitudinal, com paisagens variadas, diferentes tipos de clima, formações vegetais e fórmas do relêvo, incluindo cadeias montanhosas, penínsulas e ilhas. No que se refere ao desenvolvimento agropecuário asiático, em função das diferenças socioeconômicas e culturais de seus países, coexistem a aplicação de técnicas agrícolas modernas – com o intenso emprêgo de maquinários e recursos tecnológicos –, e de práticas milenares – como o uso de arado com tração animal.

A Ásia apesenta também grande diversidade étnica, linguística e religiosa. Contudo, os eventos históricos que se desenvolveram nesse continente, principalmente a colonização de seus territórios no século dezenove e o processo de descolonização no século vinte, acirraram conflitos e disputas territoriais entre povos e Estados. Atualmente, apesar de abrigar grandes potências mundiais e parte das maiores e mais populosas cidades do mundo, apresenta profundas desigualdades sociais e econômicas entre os seus países.

Fotografia. Vista para a vertente de uma montanha cultivada em terraços que se assemelham a degraus. Nesses terraços, de cor marrom, estão presentes plantações cultivadas em solos alagados. Algumas pessoas circulam entre os terraços. Ao fundo, outras montanhas com "degraus" e com plantações e árvores esparsas.
Agricultores trabalhando em terraços, em Lao Cai, Vietnã (2020).
Ícone. Boxe Verifique sua bagagem.

VERIFIQUE SUA BAGAGEM

  1. O que você sabe sobre os aspectos físico-naturais do continente asiático?
  2. Você sabe por que em algumas regiões se pratica a agricultura em terraços?
  3. Em sua opinião, é importante para um povo manter suas tradições culturais? Por quê?
Orientações e sugestões didáticas

Unidade 5

Esta Unidade trabalha distintas regionalizações da Ásia, iniciando com aquelas baseadas em aspectos naturais (clima, vegetação, relêvo e hidrografia), e, posteriormente, apresenta aspectos do uso da terra. Na Unidade, destacam-se relações históricas dos asiáticos com os europeus e os estadunidenses, ressaltando-se as fases de dominação e exploração e seus desdobramentos nas atuais desigualdades socioespaciais na Ásia. Evidencia-se a diversidade étnico-cultural e religiosa e examinam-se alguns conflitos e tensões que geraram transformações territoriais no continente. Em seguida, a distribuição da população é apresentada de modo articulado com os aspectos naturais e reflete-se sobre as características das grandes cidades asiáticas e sobre as desigualdades sociais, econômicas e espaciais que marcam o continente.

A linguagem cartográfica é indispensável para os estudos propostos nesta Unidade, e materiais de apôio didático, como quadros, gráficos e boxes (No seu contexto, Quem lê viaja mais e Pausa para o cinema), também contribuem para o desenvolvimento dos conteúdos. Trabalhe com os alunos as seções Cruzando saberes e Desembarque em outras linguagens, que oportunizam o trabalho interdisciplinar com o professor de História.

Após explorar a interpretação da imagem da abertura, remeta os alunos à seção Verifique sua bagagem para que, oralmente, respondam às questões propostas. Ressaltamos que outras questões poderão ser formuladas e apresentadas aos alunos com base na sondagem realizada.

Respostas

  1. Mobilize os conhecimentos prévios dos alunos a respeito das características físico-naturais da Ásia. Para isso, permita que eles troquem informações, organizem as noções que possuem e apresentem exemplos. No que se refere ao clima e à vegetação, pode-se indicar a ampla diversidade climática, e consequentemente de tipos de vegetação, relacionados à extensão do continente asiático, desde altas até baixas latitudes. Sobre o relêvo dos territórios asiáticos, chama a atenção as altitudes elevadas de suas terras, com cadeias montanhosas e planaltos que chegam a ter mais de 4.000 metros de altitude. Se necessário, informe aos alunos que, nesse continente, localiza-se o pico de maior elevação do planeta, o Everest, na Cordilheira do Himalaia. Os alunos podem mencionar, ainda, as penínsulas, as ilhas e os países que ocupam arquipélagos, como é o caso da Indonésia, do Japão e das Filipinas.
  2. Espera-se que os alunos resgatem seus conhecimentos sobre plantação em terraços em áreas de montanha para melhor aproveitamento do solo para o cultivo e a redução do processo de erosão pluvial.
  3. Espera-se que os alunos reconheçam que sim, pois a cultura é um dos elementos que criam a identidade de um povo. As tradições culturais, transmitidas de geração para geração, são uma das bases da formação das coletividades.

PERCURSO 17 ÁSIA: DIVERSIDADE FÍSICA, USO DA TERRA E REGIONALIZAÇÕES

1. A diversidade do meio natural

Formada por 49 países e com cêrca de 45 milhões de quilômetros quadrados de extensão – o que corresponde a 30% das terras emersas do globo terrestre –, a Ásia é o maior continente do planeta. Observe o gráfico e, em seguida, o mapa.

Mundo: área dos continentes em relação às terras emersas (em porcentagem)

Gráfico. Mundo: área dos continentes em relação às terras emersas, em porcentagem. Gráfico circular dividido em setores que representam os continentes. Ásia, em laranja: 30%
América, em amarelo: 28%
África, em verde: 20%
Antártida, em azul: 9%
Europa, em cinza: 7%
Oceania, em lilás: 6%

Fonte: elaborado com base em CALENDARIO atlante De Agostini 2016. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2015. página 63.

Ásia: político – 2022

Mapa. Ásia: político, 2022. Mapa representando os países do continente asiático e suas respectivas capitais.
Afeganistão, capital: Cabul 
Arábia Saudita, capital: Riad 
Armênia, capital: Ierevan 
Azerbaijão, capital: Baku 
Bahrein, capital: Manama 
Bangladesh, capital: Dacca 
Brunei.
Butão, capital: Thimphu 
Camboja, capital: Phnom Penh
Cazaquistão, capital: Nur-Sultan 
Catar, capital: Doha 
China (República Popular), capital: Pequim (Beijing) 
Chipre, capital: Nicósia 
Cingapura.
Coreia do Norte, capital: Pyongyang 
Coreia do Sul, capital: Seul 
Egito (parte asiática)
Emirados Árabes, capital: Abu Dhabi 
Filipinas, capital: Manila 
Geórgia, capital: Tbilisi 
Iêmen, capital: Sana 
Índia, capital: Nova Délhi 
Indonésia, capital: Jacarta 
Irã, capital: Teerã 
Iraque, capital: Bagdá 
Israel, capital: Jerusalém 
Japão, capital: Tóquio 
Jordânia, capital: Amã 
Kuait, capital: Al Kuait
Laos, capital: Vientiane
Líbano, capital: Beirute 
Malásia, capital: Kuala Lumpur 
Maldivas, capital: Male 
Mianmar, capital: Yangon
Mongólia, capital: Ulan Bator 
Nepal, capital: Katmandu 
Omã, capital: Mascate 
Paquistão, capital: Islamabad 
Quirguistão, capital: Bishkek 
Rússia
Síria, capital: Damasco
Sri Lanka, capital: Colombo
Taiwan (República da China Nacional), capital: Taipé
Tadjiquistão, capital: Duchambe 
Tailândia, capital: Bangcoc 
Timor-Leste, capital: Dili 
Turcomenistão, capital: Achkhabad
Turquia, capital: Ancara
Uzbequistão, capital: Tachkent
Vietnã, capital: Hanói.
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 870 quilômetros.

Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 49.

A leste de Greenwich, a Ásia estende-se do meridiano graus ao meridiano graus. No entanto, a Península Chukchi é cortada pelo meridiano de graus oeste. Assim, uma pequena parcela do território asiático localiza-se no Hemisfério Ocidental, onde se encontra o Estreito de Béring, que separa a Ásia da América.

Nesse vasto território, destaca-se a diversidade de paisagens naturais, com muitos tipos de clima, vegetação e fórmas de relêvo, que você vai conhecer a seguir.

Orientações e sugestões didáticas

Percurso 17

Este Percurso se inicia apresentando a divisão política da Ásia e, na sequência, aborda os principais aspectos naturais do continente: clima, vegetação, relêvo e hidrografia. Ao abordar a regionalização do meio natural asiático, associada com o uso da terra, é importante apoiar-se em mapas e fotografias deste Percurso.

Os mapas são fundamentais para o aprendizado. Conduza os alunos nas leituras cartográficas de tal modo que observem os detalhes das representações e, com o apôio do texto explicativo, transformem informações em conhecimentos consolidados. As fotografias constituem também um importante instrumento de análise em Geografia e, desse modo, as paisagens nelas retratadas devem ser exploradas e interpretadas em seus detalhes. Elabore questões orais sobre as paisagens, solicitando a participação dos alunos.

Ao introduzir o Percurso 17, realize a sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos em relação às características naturais e históricas da Ásia. Antes que observem o mapa, pergunte quais são os países da Ásia e o que eles sabem a respeito deles. Então, remeta-os à leitura do mapa. Deixe que façam comentários espontâneos sobre o mapa, associando-o aos seus conhecimentos sobre o continente representado. Faça os registros dessa conversa inicial para planejar as aulas relativas ao Percurso, levando em consideração as características e necessidades da turma.

Habilidades da Bê êne cê cê

  • ê éfe zero nove gê ê zero sete
  • ê éfe zero nove gê ê zero nove
  • ê éfe zero nove gê ê um quatro
  • ê éfe zero nove gê ê um cinco
  • ê éfe zero nove gê ê um seis
  • ê éfe zero nove gê ê um sete

O Percurso 17 possibilita o aprimoramento de habilidades que envolvem a análise do quadro físico da Ásia, estimulando o reconhecimento e a caracterização de aspectos do clima, da vegetação e do relêvo. De maneira complementar, analisa a interação da sociedade com esses aspectos do meio natural, abordando, nessa perspectiva, o uso da terra em distintas regiões asiáticas. A leitura e a interpretação dos mapas são fundamentais para que os alunos compreendam e sistematizem os conteúdos. Explore-os visando à compreensão da diversidade natural e humana na Ásia, destacando as desigualdades socioambientais nesse continente.

• Clima e vegetação

O território asiático estende-se das regiões de altas latitudes até as de baixas latitudes, o que, associado a outros fatores, explica a diversidade de tipos de clima – do polar ao equatorial – e, consequentemente, a existência de diferentes paisagens naturais no continente (observe o mapa A).

Ásia: tipos de clima

Mapa A. Ásia: tipos de clima. Mapa representando a abrangência dos principais tipos climáticos do continente asiático.
Equatorial: predominante na Península da Indochina e nas ilhas situadas no extremo sul, nas latitudes próximas à Linha do Equador.
Tropical: predominante na Península da Indochina e Indiana.
Subtropical: predominante no sudeste e leste da China, norte da Índia, sul do Japão e Coreia do Sul.
Desértico: predominante no interior do continente e em quase toda a península arábica.
Semiárido: predominante no interior do continente e mais a oeste.
Mediterrâneo: predominante no litoral banhado pelo Mar Mediterrâneo, na porção oeste do continente.
Temperado: predominante no norte do Japão e leste do continente.
Frio: predominante no norte do continente. 
Frio de alta montanha: faixa no interior do continente, na porção central.
Polar: predominante no extremo norte, nas latitudes próximas ao Círculo Polar Ártico.
Ao lado, rosa dos ventos e escala de 0 a 1.310 quilômetros.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 20.

Grafismo indicando atividade

Qual é o clima predominante das altas latitudes do continente asiático? E o das baixas latitudes?

Orientações e sugestões didáticas

No continente asiático, o clima das altas latitudes é o clima polar, e o das baixas latitudes é o clima equatorial.

Assim como há diversidade climática, encontram-se variadas formações vegetais nesse continente: Tundra e Floresta de Coníferas em altas latitudes, Estepes e Vegetação de Deserto em regiões de pouca umidade, florestas temperadas e subtropicais nas médias latitudes e florestas equatoriais e tropicais nas regiões de baixas latitudes. Porém, grande parte dessas áreas foi intensamente desmatada pela exploração madeireira e pelo avanço da prática agrícola (observe o mapa B).

Ásia: vegetação natural e áreas de cultivo – 2019

Mapa B. Ásia: vegetação natural e áreas de cultivo, 2019.
Tundra: predominante no extremo norte do continente, no litoral banhado pelo Oceano Glacial Ártico. 
Floresta de Coníferas (Taiga): predominante no norte e em algumas áreas do interior do continente.
Florestas Temperada e Subtropical: predominante no Japão e em pequena porção no oeste do continente.
Vegetação Mediterrânea: pequenos fragmentos no oeste do continente. 
Pradarias: algumas faixas no interior do continente.
Estepes: predominante na Península Arábica, no sudoeste e em algumas áreas do interior do continente.
Deserto: predominante na Península Arábica e em algumas áreas do interior do continente. 
Savanas (Brasil: Cerrado e Caatinga): predominante no interior da Península da Indochina e oeste da Índia.
Florestas Tropical e Equatorial: predominante no litoral da Península da Indochina e ilhas situadas no sul do continente.
Vegetação de Altitude: faixa na porção nordeste do continente e área na porção central. 
Áreas cultivadas: presente em grande parte do território da Ásia, sendo mais presente no sul (Índia), no sudeste e na porção noroeste. 
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 1.380 quilômetros.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 22.

Grafismo indicando atividade

Quais são as formações vegetais naturais existentes na Ásia que também podem ser encontradas em território brasileiro?

Orientações e sugestões didáticas

As formações vegetais que podem ser encontradas na Ásia e também no Brasil são: Florestas Tropical e Equatorial, Savana (Cerrado e Caatinga) e Pradaria (Campos).

Atividades complementares

Peça aos alunos que caracterizem oralmente os tipos de clima encontrados na Ásia. Com base nisso, proponha que um ou dois alunos registrem na lousa as principais características desses tipos de clima. Em seguida, solicite a todos que comparem o mapa A desta página com o mapa da página anterior. Oriente-os a associar, também oralmente, cada país a um tipo de clima, identificando sua localização aproximada, tendo como referência os paralelos e os meridianos. Essa atividade permite um aprofundamento da relação entre os tipos de clima e as latitudes.

Para contribuir com as associações entre as características físico-naturais dos territórios, como os climas e as formações vegetais, com as suas respectivas localizações geográficas, pode-se propor aos alunos a criação de jogos lúdicos e criativos que favoreçam a compreensão e a assimilação desse tipo de informação. Com base nos mapas das páginas 137 e 138, os alunos podem elaborar jogos de perguntas e respostas, jogos de memória, dominós, tabuleiros, entre outros. Incentive uma postura ativa, criativa e autônoma por parte dos alunos. Se pertinente, comente que a elaboração de jogos educativos propicia a organização e a compreensão dos conteúdos estudados, além de favorecer o exercício da concentração e do desenvolvimento do raciocínio lógico (por exemplo, ao estabelecer as regras do jôgo), entre outros ganhos.

Solicite, na sequência, que os alunos comparem os mapas A e B e pergunte: “As áreas cultivadas coincidem com áreas em que predominam quais climas?”. Os alunos devem observar as informações representadas tendo essa questão em mente e procurando justificar suas respostas.

relêvo

O continente asiático também apresenta diferentes fórmas de relêvo, com destaque para os extensos e elevados planaltos e as grandes planícies (observe o mapa). Um desses planaltos, o Planalto do Pamir – denominado o “telhado do mundo” –, localiza-se a mais de 4 mil metros de altitude (observe a foto A da página seguinte).

Destaca-se ainda, com terras de altitudes elevadas, o Planalto do Tibete. cêrca de três quartos da sua superfície situam-se em altitudes acima de .3500 metros. Nesse planalto surgem grandes cadeias montanhosas; e seu clima se caracteriza pela baixa pluviosidade e por médias térmicas também baixas.

Entre as planícies, destacam-se a Planície da Sibéria, na porção noroeste do continente; a Planície Indo-Gangética, no baixo curso dos rios Indo e Ganges, ao sul do Planalto do Tibete; e as planícies aluviais dos rios roangui rô (Rio Amarelo) e Yang (Rio Azul), na porção sudeste.

Ásia: físico

Mapa. Ásia: físico. Mapa físico da Ásia, com a representação das altitudes e das principais unidades de relevo. 
As altitudes de 4.000 metros concentram-se na porção centro-sul do continente, onde estão Himalaia, Caracorum, Tian Shan, Pamir, Montes Zagros, Montes KunLun, Hindu Kush, Elburz e Montes Saian, 
As altitudes entre 1.500 metros e 4.000 metros predominam na porção centro-sul e oeste, havendo algumas faixas a nordeste. A oeste, estão Taurus na península da Anatólia, o Cáucaso, parte dos Montes Zagros, e Elburz. Na porção centro-sul, o Planalto do Tibete e o Deserto do Irã; no centro, Montes Altai, Montes Khangai, Montes Saian. A leste, Montes Stanovoi e centro do Japão; ao sul e sudeste, norte da Península da Indochina, norte de Borneo e centro da península Malaia. 
As altitudes entre 500 metros e 1.500 metros concentram-se no Planalto do Irã, Planalto da Arábia, Deserto da Arábia, Deserto do Irã, Deserto de Gobi, Península de Taimir, Península da Indochina e Planalto do Decã.
As terras mais baixas, com altitudes ente zero e 500 metros concentram-se na extensa Planície da Sibéria, localizada no norte da Rússia, entorno do Mar de Aral e Cáspio, Deserto de Thar, Planície Indo-Gangética, porção Leste da Índia, costa Leste da China e Mesopotâmia.
As áreas de depressão do continente são representadas pela Depressão Caspiana e de Turfan.
Os picos são: Arat, 5.165 metros. Damavand, 5.605 metros, Ismail Sanami, 7.465 metros, KDois 8.611 metros, Dhaulagiri, 8.172 metros, Everest, 8.848 metros, Kanchenjunga, 8.579 metros, Minya Konka, 7.590 metros, Monte Fuji, 3.776 metros, Kinabalu, 4.102 metros, Kerenci, 3.798 metros.
Na porção direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 850 quilômetros.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 48.

Grafismo indicando atividade

Qual é a mais extensa planície asiática? Em que país ela se localiza?

Orientações e sugestões didáticas

De acôrdo com o mapa, a mais extensa planície asiática é a Planície da Sibéria, que se localiza na Rússia.

Pergunte aos alunos: ”Em quais países asiáticos estão localizados a Cordilheira do Himalaia (Índia, Nepal e China), o Planalto da Arábia (Arábia Saudita) e a Planície da Sibéria (Rússia)?”; “Que tipos de clima e de vegetação natural predominam nessas áreas?”. Himalaia: climas subtropical e frio de alta montanha e Vegetação de Altitude; Planalto da Arábia: climas subtropical e desértico e Estepes; Planície da Sibéria: clima frio de alta montanha e Floresta de Coníferas. Para responder a essas perguntas, oriente os alunos a comparar os mapas das páginas 137, 138 e 139. A atividade permite o trabalho de leitura e interpretação de mapas e o estabelecimento de relações entre relêvo, clima e vegetação.

Fotografia A. No primeiro plano, vista para uma superfície levemente acidentada coberta por vegetação verde e rasteira. Há um animal de cor marrom no chão. No segundo plano, cadeia de montanhas e vale, com rocha e solo exposto. No terceiro plano, uma montanha de maior altitude com algumas áreas com rocha exposta e a maior parte coberta de neve. Céu com muitas nuvens.
Cadeia de montanhas do Planalto do Pamir ao fundo, no Tadjiquistão (2019).

Grandes cadeias montanhosas também atravessam a Ásia. É o caso da Cordilheira do Himalaia, que, com .2400 quilômetros de comprimento e 400 quilômetros de largura, separa as porções norte e sul do continente, constituindo uma barreira natural para o avanço das massas de ar frio que vêm do norte e para as massas de ar quente provenientes do sul. No Himalaia localiza-se o Pico Everest (.8848 metros) – o de maior elevação do planeta (observe a foto B) –, além de mais de setenta picos com altitudes superiores a 7 mil metros.

Fotografia B. No primeiro plano, área com superfície plana e vertentes de montanhas cobertas por solo exposto e neve. No segundo plano, destaque para o topo de uma cadeia de montanhas com vertentes inclinadas e cobertas de neve e rocha exposta. Acima, céu azul com nuvens.
Monte Everest, na Cordilheira do Himalaia, Nepal (2020). Chamado de Sagarmatha (rosto do céu) em nepalês e de Chomolânguima ou Chomolangma (mãe do Universo) em tibetano, o Monte Everest é o de maior altitude da Terra.

Grandes depressões absolutas também marcam o relêvo asiático, com destaque para a do Mar de Aral, a do Mar Cáspio e a do Mar Morto, considerada a mais profunda das terras emersas, com 395 metros abaixo do nível do mar.

Orientações e sugestões didáticas

Informe aos alunos que, no mundo, as áreas de menor e de maior altitudes estão situadas no continente asiático. Explique que depressões são fórmas geomorfológicas que apresentam altitudes inferiores às das áreas ao redor. As depressões são denominadas relativas quando estão acima do nível do mar e absolutas quando estão abaixo do nível do mar. O ponto da superfície terrestre com menor altitude localiza-se no Mar Morto: 417 metros abaixo do nível do mar, o que caracteriza uma depressão absoluta.

• Penínsulas e ilhas

Com um litoral bastante recortado, a Ásia destaca-se ainda pelas várias penínsulas, como a Península da Anatólia – onde se situa a Turquia –, a Península Arábica, a Península da Indochina, entre outras (observe novamente o mapa da página 139).

Quanto às ilhas e aos arquipélagos, a maior concentração ocorre na porção sudeste do continente. O maior arquipélago é o da Indonésia – chamada de país-arquipélago, pois é formada por cêrca de treze mil e setecentas ilhas. Há também o arquipélago das Filipinas, com cêrca de 7 mil ilhas, e o arquipélago japonês, com aproximadamente 3 mil ilhas.

Tanto o Himalaia como os arquipélagos são de formação geológica recente, destacando-se o arco vulcânico indonésio e as cadeias vulcânicas das Filipinas e do Japão. Essas áreas estão sujeitas a terremotos, tsunamis e fenômenos vulcânicos, com graves consequências para as populações que as habitam.

Fotografia. Vista para uma extensa área superfície onde há um circuito composto por pistas de circulação de veículos entrecortadas por fragmentos florestais. Ao redor das pistas, há algumas edificações com telhados azuis. No centro, um deslizamento de terra invade a área da pista e obstrui a passagem de veículos.
Deslizamento de terra no Circuito de Ebisu, na cidade de nirrômátissu, no Japão, ocasionado pelo terremoto ocorrido em 14 de fevereiro de 2021.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

A instabilidade tectônica e a matriz energética japonesa

[Locutora]: Localizado na Ásia Oriental, o arquipélago japonês está situado na área de encontro de três placas tectônicas, o que faz com que o país apresente forte instabilidade geológica, marcada pela ocorrência de fenômenos como vulcões, terremotos e tsunamis.

A instabilidade tectônica do Japão sempre influenciou vários aspectos da sociedade e da economia japonesas e, mais recentemente, esse fato levou o país a reavaliar também a sua matriz energética.

Em 2011, um terremoto seguido de um tsunami atingiu a costa do Japão e causou danos a uma usina nuclear na cidade de Fukushima, provocando um grave acidente nuclear. 

Com o vazamento de material radioativo, milhares de pessoas precisaram deixar suas casas e muitas não retornaram até hoje. Embora nenhuma morte tenha sido diretamente associada ao acidente nuclear, o risco de contaminação por radiação permanece elevado na região.

O acidente de Fukushima encorajou o Japão a repensar o uso da energia nuclear. Desde o acidente, o país tem procurado reduzir sua dependência em relação a essa fonte de energia. O desafio, porém, é grande. 

Com um território pequeno e pouca disponibilidade de recursos energéticos, o país precisa diminuir o consumo da energia nuclear sem aumentar a sua dependência dos recursos energéticos provenientes de outros países e do uso de combustíveis fósseis, que também estão associados a problemas ambientais como a poluição atmosférica, a intensificação do efeito estufa e o risco de aquecimento global.  

Como alternativa, o Japão vem investindo em fontes de energia eólica, solar e a gerada por hidrogênio, o que colabora para aumentar a autossuficiência e a segurança energética do país.

A expectativa é de que essas fontes renováveis de energia permitam a substituição dos combustíveis fósseis e também reduzam a dependência da energia nuclear no país.

Embora o objetivo seja desafiador, as mudanças devem começar a se refletir na matriz energética japonesa nos próximos anos. Esse é um exemplo de como questões sociais, econômicas e políticas podem estar diretamente relacionadas aos aspectos naturais de um país.

Rios extensos e caudalosos

O território asiático é cortado por rios de grande extensão. Entre os que nascem nas terras de altitudes elevadas da Mongólia e dos Montes Altai e correm para o Ártico, destacam-se os rios Lena, b e Ienissei. No inverno, parte dos cursos desses rios se congela, dificultando a navegação.

Nas terras altas do Himalaia, nascem os rios brâmapútra, Ganges e Indo, que ao longo do tempo formaram imensas planícies aluviais no baixo curso, intensamente aproveitadas para a agricultura.

Orientações e sugestões didáticas

Relacione o estudo da hidrografia asiática à importância da conservação dos recursos hídricos no mundo atual, assunto estudado no Percurso 4, da Unidade 1, na página 36.

Tema contemporâneo transversal

Converse com os alunos sobre as consequências dos terremotos para as sociedades. Explique que, dependendo da intensidade, eles podem causar o desabamento de construções, a destruição de ruas, pontes, viadutos e de outras obras. Pergunte se já viram reportagens sobre o assunto e deixe que compartilhem o que sabem. Informe que existem técnicas de engenharia civil que podem diminuir os danos sociais e materiais dos terremotos nas cidades. O Japão, por exemplo, é um país de referência na engenharia antissísmica. Debata o assunto, considerando a relevância do tema contemporâneo transversal Ciência e Tecnologia.

Da mesma fórma, os rios Yang (Rio Azul), roangui rô (Rio Amarelo) e mêkongui nascem em altitudes elevadas da porção central da Ásia; os dois primeiros cortam o território chinês, e o terceiro atravessa a Península da Indochina (observe a imagem de satélite A), formando também planícies aluviais, muito usadas para a atividade agrícola. Vale destacar ainda os rios Tigre e Eufrates. Localizados em território iraquiano, esses rios foram fundamentais para o nascimento e a manutenção das sociedades mesopotâmicas na Antiguidade.

Imagem de satélite A. Vista para uma superfície terrestre banhada pelo mar. No centro, a porção do litoral composta por uma península. Na lateral esquerda da península, o litoral é bastante entrecortado e possui diversas pequenas ilhas. Na lateral direita da península, o delta do Rio Mekong, que se ramifica em vários cursos de água na porção de terra próxima ao mar, e um fragmento de área urbanizada.
Imagem de satélite do delta do Rio mêkongui, Vietnã (2022). Após nascer no Planalto do Tibete e atravessar o território de vários países do Sudeste Asiático, o Rio Mekong se divide em quatro rios menores no sul do Vietnã e deságua no Mar da China.

Pressões sobre o meio ambiente: o caso do Mar de Aral

Entre as várias pressões sobre o meio ambiente causadas pelo ser humano na Ásia, cumpre destacar a do Mar de Aral. Apesar do nome, tratava-se de um grande lago localizado entre o Uzbequistão e o Cazaquistão (localize-o no mapa da página 139). As águas dos rios sír Daria e Amu Daria, que o alimentavam, foram, em parte, desviadas para irrigar um grande projeto de plantio de algodão. Esse fato, somado ao clima desértico que predomina na região, levou o Aral a secar (observe a foto aérea B e a imagem de satélite C).

Há cinquenta anos, ele cobria uma área de 62 mil quilômetros quadrados e, atualmente, está reduzido a cêrca de 20 mil. Esse foi um dos piores desastres ambientais provocados pelo ser humano.

Imagem de satélite B. Vista para o Mar de Aral: uma grande porção de água azul escura no centro, e superfície terrestre sem cobertura vegetal ao redor. Dentro do Mar de Aral, há duas ilhas formadas pelo assoreamento.
Imagem de satélite C. Vista para o Mar de Aral: pequenas porções de água no centro e superfície terrestre sem cobertura vegetal ao redor. Grande parte da área ocupada pelo Mar de Aral está coberta de terra, decorrente do assoreamento.
A partir dos anos 1960, após projetos de irrigação que desviaram as águas dos rios que alimentavam o Mar de Aral, sua área diminuiu gradualmente. Na foto B, vista aérea do Mar de Aral em 1992 e, na imagem de satélite C, outro registro dele em 2020.
Orientações e sugestões didáticas

Convém relembrar aos alunos o que é planície aluvial. Esse termo remete às áreas nas quais predominam processos de deposição de sedimentos transportados pelos rios. Explique que, por essa razão, as planícies aluviais são geralmente áreas de solos férteis, adequadas ao uso agrícola. Peça aos alunos que observem a relação entre áreas de cultivo agrícola e hidrografia, remetendo-os aos mapas “Ásia: vegetação natural e áreas de cultivo – 2019” e “Ásia: físico”, respectivamente nas páginas 138 e 139.

2. O uso da terra

Como estudamos anteriormente, o território asiático apresenta grande extensão latitudinal. Essa característica, juntamente com outros fatores geográficos do clima, como a altitude, a maritimidade, a continentalidade, o solo etcétera, tem estreita relação com o uso da terra no continente.

Relacionando, assim, o mapa da página 139 (Ásia: físico) com o mapa desta página, podemos observar que o uso da terra no continente asiático está condicionado pelos fatores geográficos do clima, como em qualquer parte do mundo.

Entretanto, devemos considerar que, com o uso de tecnologias aplicadas à agropecuária, como a irrigação de terras, o ser humano altera os condicionamentos impostos pelo meio natural ao uso da terra, podendo, até mesmo, causar enormes danos ambientais, como o ocorrido no Mar de Aral. Coexistindo com práticas agrícolas modernas, há na Ásia técnicas tradicionais e o emprêgo de fôrça animal (observe a foto da página 144).

Ásia: uso da terra

Mapa. Ásia: uso da terra. Mapa representando a distribuição de usos da terra no continente asiático.
Uso da terra
Zona rochosa, glacial, improdutiva: extremo norte do continente, banhado pelo Oceano Glacial Ártico.
Floresta: predominante no interior da Rússia e norte do continente.
Floresta Pluvial Tropical: predominante na Península da Indochina e nas ilhas do Sudeste Asiático.
Campos e pastagens: fragmentos no interior e nordeste da China e norte do Cazaquistão.
Área cultivada: predominante no sudeste da China, no Japão, na Índia, na Península da Indochina e no litoral oeste, na porção banhada pelo mar Mediterrâneo.
Estepe e Deserto ou Semideserto: predominante na Península Arábica, na porção ao sul do Mar Negro, na porção a leste do Mar Cáspio e em grande parte do centro do continente.
Zona pantanosa sujeita a inundação: predominante ao norte do Mar Cáspio e na porção noroeste da Rússia.
Savana: predominante na porção oeste da Península Arábica, no interior do Paquistão e áreas no sudeste da China e no sudeste da Península da Indochina.
Pesca e criação de gado
Zona de grande pesca: predominante no litoral norte da Europa, no litoral noroeste e leste da Rússia, em todo o litoral do Japão, da Península Coreana e da China e no litoral leste da Península da Indochina.
Zona de menor pesca: interior do Mar Cáspio, Mar Vermelho, Mar Negro e Golfo Pérsico, litoral norte da Rússia, banhado pelo Oceano Glacial Ártico, litoral sul da Península Arábica, litoral do Paquistão e da Índia, litoral leste da Península da Indochina e todo o litoral das ilhas situadas no Sudeste Asiático.
Áreas de criação de gado. Predominante ao sul do Mar Negro e do Mar Cáspio, na Índia, nos países do centro da Ásia, no norte do Cazaquistão, na Mongólia, na porção leste, sudeste e sul da China, na Península da Indochina, na Indonésia e nas Filipinas.
Cultivos
Trigo: porção sul da Península da Indochina, norte da Índia, sul e interior da China, sul da Rússia, porções do Paquistão, Afeganistão, Cazaquistão, Irã, Iraque e Turquia.
Milho: nordeste da China. 
Arroz: sudeste da China, Península da Indochina, Filipinas, Indonésia, litoral da Índia, centro e sul do Japão, Coreia do Sul, oeste da Turquia e do Cazaquistão.
Cana-de-açúcar: sudeste da China, sul da Península da Indochina e norte da Índia.
Beterraba açucareira: Turquia e oeste da Rússia. 
Maçã: norte do Japão. 
Banana: sul da Índia. 
Videira: litoral sul da Turquia e litoral norte do Irã.
Café: sul da Índia.
Chá: sul da China, Japão e Afeganistão.
Soja: leste da China. 
Amendoim: oeste da Índia e sul da Rússia. 
Oliveira: oeste da Turquia.
Palma: Malásia. 
Coco: ilhas do Sudeste Asiático.
Batata: oeste e leste da Rússia.
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 830 quilômetros.

Fonte: ATLANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2014. página 100-101.

Grafismo indicando atividade

Aponte o fator geográfico que dificulta o desenvolvimento da agricultura na Península Arábica.

Orientações e sugestões didáticas

De acôrdo com o mapa, o fator que dificulta o desenvolvimento da agricultura na Península Arábica é a ocorrência dos climas desértico e semiárido. Remeta os alunos ao mapa da página 139, para a localização dessa península, e em seguida retome o mapa A da página 138, para localizar as áreas de clima desértico e semiárido. Peça que localizem os países que estão nessa península, consultando o mapa da página 137 (Arábia Saudita, Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Barein e Kuait).

Competência

A discussão sobre o uso da terra na Ásia pode ser realizada com base no mapa, o que permite o desenvolvimento da Competência Específica de Geografia 2: “Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das fórmas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história”.

Fotografia. Destaque para um homem de camisa branca, calça vermelha, botas e um chapéu oval, atrás de um búfalo e segurando uma corda amarrada no animal. O búfalo e o homem circulam sobre uma superfície coberta de lama. Ao redor deles, terreno ocupado por um tipo de cultivo rasteiro e verde.
Agricultor arando campo com a ajuda de um búfalo, na Ilha de Java, Indonésia (2019).

3. Regionalização segundo a localização dos países no continente

Estudamos, nos mapas da página 138, a regionalização do continente asiático, com base nos tipos de clima e de formações vegetais naturais e áreas de cultivo, respectivamente. Trata-se, no primeiro caso, da aplicação de um critério de ordem natural ou física – os tipos de clima. Já no segundo caso, corresponde a um critério de ordem natural ou física – tipos de formação vegetal natural – e de ordem humana ou social, isto é, consideraram-se ainda a intervenção humana no território e a produção de espaços geográficos – áreas cultivadas.

Estudaremos, em seguida, outra regionalização com base na localização dos países no continente asiático, cujo critério também é de ordem natural (observe o mapa).

Ásia: regionalização com base na localização dos países – 2021

Mapa. Ásia: regionalização com base na localização dos países, 2021. Mapa representando regiões no continente asiático com base na localização, distinguindo cada região por cor nos países.
Ásia Setentrional, em amarelo: Rússia (parte asiática).
Países do Cáucaso, em verde-escuro: Geórgia, Armênia e Azerbaijão.
Ásia Central, em lilás: Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Afeganistão, Quirguistão e Tadjiquistão.
Ásia Meridional, em vermelho: Índia, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, Maldivas, Nepal e Butão. 
Ásia de Sudeste, em verde-claro: Mianmar, Vietnã, Camboja, Cingapura, Brunei, Malásia, Indonésia, Filipinas, Laos, Tailândia e Timor Leste. 
Ásia Oriental, na cor salmão. Na visão eurocêntrica, foi regionalizada como Extremo Oriente. Mongólia, China, Coreia do Norte, Japão, Coreia do Sul. 
Oriente Médio ou Ásia Ocidental, na cor laranja. Na visão eurocêntrica, a Turquia corresponde ao Oriente Próximo. Turquia (parte asiática), Chipre, Jordânia, Kuait, Irã, Emirados Árabes Unidos, Barein, Iêmen, Omã, Arábia Saudita, Israel, Líbano, Irã, Iraque, Síria e Catar.
Na parte inferior, escala de 0 a 1.140 quilômetros.

Fontes: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 49, 51; geográfica: atlas ilustrado do mundo. Lisboa: dína livros, 2005. página 147, 148, 158, 166; Atlas National Geographic: Ásia um. São Paulo: Abril, 2008. volume 7. página 30, 70, 84; Atlas National Geographic. Ásia dois. São Paulo: Abril, 2008. volume 8. página 6, 48, 62.

Grafismo indicando atividade

Com os conhecimentos que você adquiriu, a maioria dos países da Ásia Central faziam parte de qual país ou Estado até 1991?

Orientações e sugestões didáticas

Os países da Ásia Central, exceto o Afeganistão, faziam parte da União Soviética. Com a desagregação dela, em 1991, tornaram-se países ou Estados independentes.

Além dessas regionalizações, várias outras podem ser realizadas, dependendo do interesse ou do objeto de estudo de quem pretende pesquisar a Ásia ou outros continentes ou qualquer espaço geográfico, como o município onde você mora.

Orientações e sugestões didáticas

Atividade complementar

O mapa poderá ser trabalhado a fim de viabilizar uma síntese dos conhecimentos desenvolvidos no Percurso 17. Com esse objetivo, organize a turma em sete grupos e proponha a cada um deles estudar uma das regiões asiáticas representadas no mapa. Solicite aos grupos que pesquisem e sistematizem as informações sobre sua região considerando os seguintes aspectos: número de países, tipos de clima predominantes, tipos de vegetação, relêvo, hidrografia e uso da terra. Combine uma data para que os grupos apresentem os resultados da pesquisa, que deverão ser sistematizados em um mapa conceitual. Explique que um mapa conceitual consiste em um diagrama que apresenta as principais informações sobre um assunto de maneira esquemática e hierarquizada. Nos mapas conceituais, geralmente o tema central é escrito no meio de uma folha em branco e os aspectos importantes sobre esse tema são dispostos ao redor e relacionados a ele por meio de setas. Cada grupo deverá elaborar seu mapa conceitual coletivamente. Se achar conveniente, oriente os grupos a usar aplicativos ou sites específicos para a elaboração de mapas conceituais.

PERCURSO 18 O COLONIALISMO E O IMPERIALISMO NA ÁSIA

1. Do relativo isolamento à chegada dos europeus

• Apropriação de territórios asiáticos por países europeus

A partir do final do século quinze, com a expansão marítimo-comercial europeia, os contatos com os povos asiáticos se estreitaram.

O estabelecimento de feitorias foi a solução encontrada pelas potências europeias à época – Portugal, Espanha, Reino Unido, França e Países Baixos (Holanda) – para entrar em contato com as nações asiáticas e africanas. Os europeus não se preocuparam em fundar colônias, isto é, não se apropriaram de territórios e de sua população, tal como fizeram na América nos séculos quinze e dezesseis e, posteriormente, na Oceania, no século dezoito.

Até praticamente meados do século dezoito, as relações dos europeus com os povos asiáticos tinham por base apenas o interesse comercial. Não havia interferência na vida política dos diversos reinos, impérios ou Estados asiáticos, mas havia a vassalagem ou subordinação econômica aos interesses europeus.

A expansão do capitalismo industrial, determinada pelas necessidades da Revolução Industrial europeia por matérias-primas, por mercados consumidores e por áreas para investimento de capitais excedentes, aguçou ainda mais as disputas entre as potências europeias pela apropriação de territórios na Ásia, na África e na Oceania. Outras nações, além das europeias, passaram também a participar das disputas pela “partilha” do mundo. Entraram em cena os Estados Unidos, o Japão e a Rússia.

As relações indiretas de dominação e exploração baseadas nas feitorias, existentes desde o século dezesseis, foram substituídas pela conquista territorial e pela intervenção política por meio da implantação de colônias e possessõesglossário .

A partir daí, o continente asiático foi sendo dividido entre potências por meio da implantação do neocolonialismo e do imperialismo europeus, russo e japonês (observe o mapa da página seguinte).

Ícone. Seção No seu contexto.

NO SEU CONTEXTO

Enquanto na Ásia as colônias europeias foram implantadas no século dezenove, o colonialismo europeu foi implantado na América em que período e quais países se apropriaram de territórios desse continente?

Orientações e sugestões didáticas

Ao responder à questão do boxe No seu contexto, espera-se que os alunos expliquem que o colonialismo foi implantado na América no século dezesseis por portugueses, espanhóis, ingleses, franceses e holandeses.

Percurso 18

Este Percurso aborda a histórica relação dos povos asiáticos com os europeus e, mais recentemente, com os Estados Unidos. Destaca a evolução da apropriação política e econômica do continente pelos europeus, que exploraram as riquezas segundo seus interesses geopolíticos. O Percurso enfoca também o processo de descolonização da Ásia, ocorrido em meados do século vinte, ressaltando que o colonialismo e o imperialismo deixaram marcas de desigualdade socioespacial que perduram até os dias de hoje.

Explore os mapas disponíveis no Percurso para fundamentar suas explicações. Os boxes No seu contexto e Quem lê viaja mais possibilitam aprofundamentos e reflexões que devem extrapolar a sala de aula, com o objetivo de estimular a curiosidade intelectual dos alunos sobre os temas tratados.

Habilidades da Bê êne cê cê

  • ê éfe zero nove gê ê zero um
  • ê éfe zero nove gê ê zero oito
  • ê éfe zero nove gê ê um quatro

Dando continuidade aos estudos sobre a Ásia, o Percurso 18 aprofunda as discussões acêrca das transformações territoriais e fronteiriças nesse continente. O Percurso aborda as diferentes fórmas mediante as quais se deu a dominação europeia e estadunidense no continente, no contexto das relações geopolíticas mundiais, e evidencia como a Ásia e seus territórios foram disputados pelas superpotências em busca de hegemonia durante a Guerra Fria. A leitura e a interpretação cartográficas são fundamentais para o desenvolvimento das habilidades previstas neste Percurso.

Ásia: o imperialismo – 1850-1914

Mapa. Ásia: o imperialismo, 1850 a 1914. Mapa representando aspectos da política imperialista estabelecida no continente asiático no século dezenove e início do século vinte.
Eixos de penetração
Japoneses: setas roxas do Japão para o nordeste da Mongólia interior e ilha de Formosa.
Britânicos: setas verdes do norte da Índia para o Afeganistão, Irã e China; e da Birmânia para Bangladesh. 
Russos: setas vermelhas do Império Russo para a Manchúria (região a leste), e para o Mar Cáspio e a Mongólia interior.
Vias ferroviárias: distribuídas na porção sul do Império Russo, no sentido Leste-Oeste, na porção central da Ásia, na porção leste da Mongólia interior, no norte da Indochina e no Império Otomano, conectando o Mar Negro e o Golfo Pérsico.
Portugal: possessões no fim do século dezenove: em Timor, no sudeste da China, nas margens do oceano Pacífico, e no oeste da Índia, às margens do Oceano Índico.
Reino Unido
Possessões: Somália Britânica(na África), Índia, Birmânia, Ceilão, Malásia, Bornéu Setentrional, sudeste da China, nas margens do oceano Pacífico, sudoeste e leste da Arábia, às margens do Golfo Pérsico.
Zona de influência do Reino Unido: Afeganistão, Nepal, Butão e Sião.
França
Possessões no fim do século dezenove: na Indochina e litoral sul e leste da Índia, às margens do Golfo de Bengala. A Indochina depois deu origem a Vietnã, Laos e Camboja.
Países Baixos 
Possessões no fim do século dezenove: Malásia, Cingapura e Bornéu.
Rússia 
Russificação realizada por migrações de russos: toda a porção da Sibéria e do Império Russo. 
Territórios conquistadas pelos russos (1850 a 1900): Finlândia, Países Baixos, Polônia, Manchúria e sudoeste do então Império Russo.
Irã (1907) 
Influência russa: porção norte do Irã.
Influência inglesa: porção sul do Irã.
Japão
O Japão em 1905: todo o território do Japão e ilha situada ao norte do país. 
Influência japonesa: Península da Coreia. 
Portos abertos ao comércio europeu desde 1854: distribuídos na ilha central e norte do Japão. 
China
Portos abertos ao comércio no fim do século dezenove: distribuídos pelo litoral e rio da costa leste da China.
Na parte inferior, escala de 0 a 950 quilômetros.

Fonte: dubí, . Atlas historique Duby: toute l’histoire du monde en 300 cartes. Paris: Larousse, 2010. página 244.

Grafismo indicando atividade

A Indochina, possessão francesa no fim do século dezenove, corresponde atualmente a quais países que se libertaram da França? Consulte o mapa da página 137.

Orientações e sugestões didáticas

A Indochina corresponde atualmente ao Vietnã, Laos e Camboja.

2. A descolonização

Passaram-se mais de quatrocentos anos desde a fundação de feitorias pelas potências colonialistas europeias na Ásia no século dezesseis até praticamente meados do século vinte, quando começou o enfraquecimento do sistema colonial ou de dominação política e econômica, pelo menos em sua fórma oficial e direta.

Apesar de as colônias ou possessões terem obtido sua independência formal em relação às metrópoles – França, Reino Unido, Países Baixos, Japão, Portugal, Bélgica etcétera –, isso não representou para elas a autonomia total. Todas se viram atadas às novas fórmas de colonialismo no mundo, expressas principalmente nas relações econômicas.

A grande descolonização aconteceu no período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial em razão de movimentos internos que ocorreram nas colônias em prol da independência, alguns deles por meio de conflitos armados.

Orientações e sugestões didáticas

Explique que, no século sete antes de Cristo, os gregos fundaram uma colônia no Estreito de Bósforo que se tornou, em 395 Depois de Cristo, a capital do Império Bizantino: a cidade de Constantinopla. Após a conquista otomana, em 1453, Constantinopla passou a se chamar Istambul, hoje uma importante cidade da Turquia.

Atividade complementar

Instigue os alunos a refletir sobre as mudanças territoriais na Ásia com base na leitura e na interpretação do mapa e dos textos desta página e da seguinte. Pergunte: “Como seria o mapa correspondente ao ano de 1950?”; “Que mudanças ele apresentaria em relação ao mapa do período anterior à Primeira Guerra Mundial?”. Os alunos devem responder a essas questões oralmente. Após dialogar a respeito delas, solicite-lhes que façam o mapa correspondente à divisão política da Ásia nos anos 1950. Eles podem usar como base um mapa mudo desse continente, o qual poderá ser disponibilizado pelo professor ou encontrado em sites como o do í bê gê É Educa. Oriente-os na confecção do mapa e na complementação de informações cartográficas necessárias (como título, rosa dos ventos etcétera).

Interdisciplinaridade

Com o professor de História, contextualize historicamente o colonialismo e a descolonização da Ásia, com o objetivo de desenvolver a habilidade ê éfe zero nove agá ih um quatro desse componente curricular: “Caracterizar e discutir as dinâmicas do colonialismo no continente africano e asiático e as lógicas de resistência das populações locais diante das questões internacionais”. Quanto à descolonização da Ásia, explique que esse processo se iniciou imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, momento histórico em que as potências europeias estavam enfraquecidas militarmente. Além disso, nos países asiáticos, o desejo de independência se fortaleceu, gerando movimentos que foram apoiados pela União Soviética ou pelos Estados Unidos, novas potências no cenário geopolítico mundial da época. Verifique se os alunos compreendem as transformações territoriais e as mudanças nas fronteiras decorrentes de tensões, conflitos e disputas no mundo e, particularmente, na Ásia.

Entre 1945 e 1950, várias colônias asiáticas obtiveram sua independência: Índia, Paquistão e Ceilão (atual Síri Lanca) libertaram-se do Reino Unido; Filipinas, dos Estados Unidos; Indonésia, dos Países Baixos; Laos e Vietnã, da França (leia o texto da seção Cruzando saberes); a China, em 1949, realizou a revolução socialista liderada por máo tsé tung, acabando com a dominação exercida pelos britânicos, alemães, japoneses e outras nacionalidades; a Coreia libertou-se do Japão. Em 1953, o Camboja libertou-se da França; em 1957 e 1965, Malásia e Cingapura obtiveram, respectivamente, independência em relação ao Reino Unido.

Os países da Ásia ocidental, mais conhecida com o nome de Oriente Médio, ficaram durante muito tempo sob a dominação estrangeira. A Síria e o Líbano, por exemplo, depois de séculos sob domínio do Império Otomano (de 1516 até o fim da Primeira Guerra Mundial), tornaram-se mandatosglossário franceses em 1918. A independência formal do Líbano ocorreu somente em 1943 (observe a foto), e a da Síria, em 1946.

Os demais países do Oriente Médio somente se tornaram formalmente independentes de suas metrópoles depois da Segunda Guerra Mundial, com exceção do Irã, que nunca foi formalmente colônia estrangeira. Cumpre ainda esclarecer que as fronteiras e até mesmo a criação de alguns países do Oriente Médio resultaram de interesses das potências colonialistas.

Fotografia em preto e branco. Vista de uma rua ocupada por uma multidão de pessoas e veículos. À esquerda, fachadas de edifícios. À direita, praça com palmeiras ocupada por pessoas. Ao fundo, rua com veículos, árvores e edificações.
População comemora nas ruas de Beirute a independência do Líbano em 1943.
Orientações e sugestões didáticas

Caso considere o momento oportuno, aprofunde o significado e os acontecimentos da Guerra do Vietnã, orientando os alunos a pesquisar filmes que abordem esse conflito. Outra possibilidade é organizar a reprodução de trechos desses filmes e depois propor um debate em sala de aula. Considere como esse episódio gerou mobilização da opinião pública, sobretudo nos Estados Unidos, entre os apoiadores e as pessoas contrárias à participação desse país no conflito. Perante a comunidade internacional, a imagem dos Estados Unidos ficou abalada por causa de seus inúmeros bombardeios sobre alvos não militares, dos massacres cometidos por soldados estadunidenses e do uso do chamado “agente laranja”, uma mistura de dois herbicidas que causava a queda de folhas de árvores e que foi despejada por aviões estadunidenses sobre as florestas para que os soldados vietnamitas não pudessem se esconder embaixo de árvores.

Ícone. Seção Cruzando saberes.

Cruzando saberes

O colonialismo no Vietnã e seus desdobramentos

A atual República Socialista do Vietnã (érre ésse vê) situa-se na região do Sudeste Asiático reticências na Península da Indochina reticências. Os países do Sudeste Asiático foram objeto da expansão colonial europeia a partir do século dezenove. reticências Entre 1940 e 1942, no auge da Segunda Guerra Mundial, todos os países da região caíram sob o domínio do Japão, que só se retirou após a trágica derrota de 1945.

A França se estabeleceu como potência colonial na Indochina entre 1862 e 1893. Em 1941, quando a colônia já estava sob ocupação do Japão, surgiu um movimento de resistência nacional dos vietnamitas, o Viet Minh, liderado pelos comunistas. Com a derrota japonesa, a França retomou o domínio sobre a colônia, mas teve que enfrentar o Viet Minh, que agora defendia a independência do Vietnã. A guerra anticolonial se estendeu de 1946 a 1954, até a derrota francesa na célebre Batalha de Dien Bien .

Na mesa de negociações em Genebra (Suíça), decidiu-se a divisão do Vietnã em dois países separados pelo paralelo 17graus norte: o Vietnã do Norte, de regime comunista, alinhado com a [ex-] União Soviética e a China reticências, e o Vietnã do Sul, que passou a funcionar como aliado regional dos Estados Unidos reticências. A primeira guerra da Indochina, um conflito de libertação nacional, é indissociável da segunda, que ocorreria anos depois e se concluiria pela reunificação vietnamita.

Entre 1954 e 1960, o Vietnã do Sul viveu um período de intensa turbulência política, já que os seguidores do Viet Minh não aceitavam as decisões negociadas em Genebra. Era o ensaio para um novo conflito. A segunda guerra da Indochina, ou Guerra do Vietnã, estendeu-se entre 1960 e 1975 e envolveu, de um lado, o Vietcong (guerrilha comunista sul-vietnamita apoiada diretamente pelo Vietnã do Norte) e, de outro, as fôrças do govêrno do Vietnã do Sul apoiadas pelos Estados Unidos [observe o mapa]. O objetivo do Vietcong era reunificar territorialmente o Vietnã e mudar a natureza do regime do Vietnã do Sul.

reticências

Nos primeiros seis anos do conflito, os vietcongues conseguiram obter o contrôle sobre amplas áreas do Vietnã do Sul, o que provocou o envolvimento direto de tropas norte-americanas, numa impressionante escalada militar. O esfôrço dos Estados Unidos reverteu o cenário da guerra. Em janeiro de 1968, quando parecia iminente a derrota dos vietcongues, ocorreu a Ofensiva do Tet (feriado do ano lunar chinês). reticências O ano de 1968 registrou o maior número de mortos e feridos norte-americanos em toda a guerra. reticências

Aos poucos, como consequência, os Estados Unidos foram se desengajando militarmente. reticências Os acordos de Paris, de 1973, assinalaram a retirada das fôrças combatentes norte-americanas. Entre janeiro e abril de 1975, o Vietnã do Sul foi tomado pelas fôrças comunistas. Em 1976, depois do ato final da guerra, o Vietnã foi reunificado. reticências Em 1995, 20 anos após o término da Guerra do Vietnã, os Estados Unidos e o Vietnã estabeleceram relações diplomáticas.”

olítch, Nelson bacíqui. Uma visão cartográfica da Guerra do Vietnã. Mundo. Geografia e Política Internacional, ano 23, número 2, página 12, abril 2015.

O Vietnã do Sul entre 1973 e 1975

Mapa. O Vietnã do Sul entre 1973 e 1975. Mapa representando o controle do território no Vietnã do Sul entre 1973 e 1975.
Eixos do avanço comunista (janeiro a abril de 1975): setas vermelhas do Camboja para a porção oeste do Vietnã do Sul, do norte para o sul do país, do interior para o litoral e do centro e do sul para a cidade de Saigon.
Áreas controladas pelo Vietcong e Vietnã (1973 e 1974): porção situada no Delta do Mekong e porção oeste e extremo sul do Vietnã do Sul.
Áreas controladas pelo governo do Vietnã do Sul: interior e costa leste do Vietnã do Sul. 
No norte, está o Vietnã do Norte.
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 190 quilômetros.

Fonte: olítch, Nelson bacíqui. Uma visão cartográfica da Guerra do Vietnã. Mundo. Geografia e Política Internacional, ano 23, número 2, página 12, abril 2015.

 Interprete

A interferência militar dos Estados Unidos no Vietnã (1960 a 1975) esteve relacionada a qual contexto geopolítico mundial? Explique.

Orientações e sugestões didáticas

A seção Cruzando saberes possibilita discutir interdisciplinarmente fatos que marcaram a exploração e a espoliação dos povos asiáticos por europeus e estadunidenses. Peça-lhes que leiam o texto em voz alta, dando oportunidade para que expressem suas dúvidas no decorrer da leitura. Depois, remeta os alunos à questão de interpretação e contextualização. A resposta deve ser construída coletivamente. Em seguida, oriente-os a sistematizar as conclusões individualmente em seus cadernos.

Interdisciplinaridade

Com o professor de História, trabalhe o neocolonialismo e o imperialismo europeu e estadunidense na Ásia.

Tema contemporâneo transversal

O estudo sobre a Guerra do Vietnã pode envolver um debate a respeito da violência cometida por europeus e estadunidenses na Ásia, possibilitando um trabalho com o tema contemporâneo transversal Educação em Direitos Humanos. Ressalte a importância dos princípios éticos e solidários na sociedade, desenvolvendo o pensamento crítico dos alunos em relação ao neocolonialismo e ao imperialismo.

Resposta

A Segunda Guerra da Indochina, ou Guerra do Vietnã, coincide com o período da Guerra Fria (1947-1989), momento em que os Estados Unidos e a ex-União Soviética (potências, respectivamente, capitalista e socialista) buscavam ampliar suas áreas de influência no mundo.

Ícone. Seção Atividades dos percursos.

Atividades dos percursos 17 e 18

Registre em seu caderno.

  1. Em relação aos aspectos físicos da Ásia, identifique e assinale, em seu caderno, as afirmativas corretas e as incorretas e, em seguida, explique que você considerou incorreta(s).
    1. A diversidade dos tipos de clima da Ásia, entre outros fatores, está relacionada à posição de sus terras na superfície terrestre, ou seja, estende-se desde as regiões de altas latitudes até as de baixas latitudes.
    2. A Cordilheira do Himalaia domina a paisagem das altas montanhas asiáticas. Sua formação geológica antiga garante sua estabilidade geológica.
    3. A uniformidade climática criou na Ásia uma formação vegetal homogênea com a dominância de florestas tropicais.
    4. Os rios que atravessam a Ásia não são caudalosos nem extensos. Suas planícies não são usadas para a agricultura.
  2. Sobre o Mar de Aral, responda.
    1. Onde esse lago está localizado?
    2. Por que esse lago está secando?
    3. Esse lago ocupava uma área de quantos quilômetros quadrados há cinquenta anos? E atualmente?
  3. Como em qualquer região de nosso planeta, o uso da terra na Ásia está condicionado a certos fatores naturais. Aponte-os.
  4. Há relação entre expansão do capitalismo industrial e apropriação de territórios asiáticos por países europeus no século dezenove e transformação deles em colônias? Explique.
  5. A regionalização de um território ou de um espaço geográfico pode ser realizada de acôrdo com o interesse ou objeto de estudo de quem pretende pesquisá-lo. Excluindo as regionalizações que você estudou, que outra podemos aplicar à Ásia?
  6. Leia o fragmento de texto a seguir e responda à questão.

Os índices demográficos para os países asiáticos mais desenvolvidos são idênticos aos de muitos países do ocidente: baixo crescimento populacional e esperança de vida longa.

geográfica: atlas ilustrado do mundo. Lisboa: dína livros, 2005. página 144.

Faça uma pesquisa sobre o crescimento demográfico e a esperança de vida média na Ásia e indique a que países asiáticos o fragmento de texto se refere.

7. Observe o climograma de Manila, capital das Filipinas. Depois, consulte o mapa da página 137 e responda às questões da página seguinte.

Manila (Filipinas): climograma

Gráfico. Manila (Filipinas): climograma. Gráfico de linha e de colunas representando as médias de temperatura e de precipitação em cada mês do ano na cidade de Manila. No eixo vertical esquerdo, dados de precipitação em milímetros; no eixo vertical direito, dados de temperatura em graus Celsius. No eixo horizontal, cada mês do ano. 
Janeiro
Precipitação: 10 milímetros. Temperatura: 20 graus Celsius.
Fevereiro
Precipitação: 10 milímetros. Temperatura: 20 graus Celsius.
Março
Precipitação: 20 milímetros. Temperatura: 25 graus Celsius.
Abril
Precipitação: 60 milímetros. Temperatura: 34 graus Celsius.
Maio
Precipitação: 120 milímetros. Temperatura: 33 graus Celsius.
Junho
Precipitação: 295 milímetros. Temperatura: 33 graus Celsius.
Julho
Precipitação: 420 milímetros. Temperatura: 28 graus Celsius.
Agosto
Precipitação: 410 milímetros. Temperatura: 28 graus Celsius.
Setembro
Precipitação: 380 milímetros. Temperatura: 28 graus Celsius.
Outubro
Precipitação: 195 milímetros. Temperatura: 28 graus Celsius.
Novembro
Precipitação: 150 milímetros. Temperatura: 27 graus Celsius.
Dezembro
Precipitação: 90 milímetros. Temperatura: 20 graus Celsius.
Na parte superior, boxe com texto:
Latitude: 14 graus Norte
Longitude: 121 graus Leste
Altitude: 16 metros

Fonte: Capital: l’encyclopédie du monde 2006. Paris: Nathan, 2005. página 482.

Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. A afirmativa “um” está correta. A afirmativa “dois” está incorreta, pois a Cordilheira do Himalaia tem formação geológica recente, o que lhe confere instabilidade geológica. A afirmativa “três” está incorreta, já que a extensão do continente asiático de norte a sul somada aos distintos tipos de solo e fórmas de relêvo faz com que exista no continente uma grande diversidade climática, que, por sua vez, dá origem a diversas formações vegetais. A afirmativa “quatro” está incorreta, uma vez que a maior parte dos rios que atravessam a Ásia são muito extensos e formam extensas planícies aluviais nas quais predomina o processo de deposição de sedimentos. Nessas planícies, os solos são muito férteis e bastante usados para a agricultura.
    1. O Mar de Aral localiza-se entre o Uzbequistão e o Cazaquistão, dois países da Ásia Central.
    2. Parte das águas dos rios sír Daria e Amu Daria, que alimentavam esse lago, foram desviadas para irrigar um grande projeto de plantio de algodão. Esse fato, somado ao clima desértico que predomina na região, levou o Aral a perder água e secar.
    3. O lago ocupava uma área de 62 mil quilômetros quadrados; atualmente, ocupa 20 mil quilômetros quadrados.
  2. Diferenças de altitude e de fórmas de relêvo, latitude, clima e solo.
  3. A necessidade dos países europeus recém-industrializados de matérias-primas, de mercados consumidores ou compradores e de áreas para investimento de capitais excedentes levou-os a disputar regiões asiáticas e a transformá-las em colônias europeias.
  4. Há várias: segundo o nível de desenvolvimento econômico dos países, as taxas de mortalidade infantil ou geral, as taxas de natalidade, o Píbi, a renda per cápita e outras.
  5. Japão, Cingapura e Coreia do Sul. Para complementar a resposta, apresente os dados a seguir.

País

Crescimento demográfico (em %) – 2025-2030

Esperança de vida média (em anos) 2025-2030

Japão

−0,53

85,6

Cingapura

0,60

84,7

Coreia do Sul

−0,07

84,2

Fonte: elaborado com base em UNITED NATIONS. World population prospects 2019. Volume um: comprehensive tables. New York: ú êne, 2019. página 61, 197, 199.

  1. Com base na latitude de Manila, em que zona de iluminação e aquecimento da Terra essa cidade se localiza?
  2. Tendo por base a longitude de Manila, ela se localiza no Hemisfério Ocidental ou no Oriental? Como você sabe?
  3. Aponte os meses de maior média de temperatura em Manila.
  4. Aponte os meses de maior média de precipitação em Manila.
  5. Os meses de maior precipitação em Manila são os mesmos que ocorrem nas Grandes Regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil?

8. Em uma carta meteorológica, isoterma é a linha que une os pontos de igual temperatura média em determinado período. Observe, a seguir, os mapas das isotermas do continente asiático dos meses de janeiro e julho. Depois, responda às questões.

Ásia: isotermas de janeiro

Mapa. Ásia: isotermas de janeiro. Mapa representando a distribuição das isotermas no continente asiático em janeiro.
Isoterma de 20 graus Celsius: linha atravessando Península Arábica, a Índia e a Península da Indochina, próximo ao Tropico de Câncer e à cidade de Karachi, no sul do Paquistão.
Isoterma de 10 graus Celsius: linha atravessando o Oriente Médio, próximo à cidade de Teerã localizada no norte do Irã, o norte da Índia e o Sudeste da China.
Isoterma de 0 grau Celsius: linha atravessando o continente europeu, o Mar Negro, o Mar Cáspio, o norte da China e o Japão.
Isoterma de menos 10 graus Celsius: linha atravessando o oeste da Rússia, próximo à cidade de Moscou, Cazaquistão, Mongólia e a península localizada no leste da Rússia.
Isoterma de menos 20 graus Celsius: linha atravessando o norte, o sul e o leste da Rússia.
Isoterma de menos 30 graus Celsius: linha atravessando o norte e o leste da Rússia.
Isoterma de menos 40 graus Celsius: círculo situado no nordeste da Rússia.
Isoterma de menos 50 graus Celsius: pequeno círculo situado no norte da Rússia.
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 1.350 quilômetros.

Ásia: isotermas de julho

Mapa. Ásia: isotermas de julho. Mapa representando a distribuição das isotermas no continente asiático em julho.
Isoterma de 30 graus Celsius: linha atravessando o norte da Península Arábica, o Oriente Médio, próximo à cidade de Teerã, os países da Ásia Central, o norte, o leste e o sul da China, o norte da Península da Indochina, o norte da Índia, próximo à cidade de Karachi, e o sul da Península Arábica.
Isoterma de 20 graus Celsius: linha atravessando o continente europeu, a porção noroeste da Rússia, próximo à cidade de Moscou, a porção central da Rússia e o Japão.
Isoterma de 10 graus Celsius: linha atravessando o extremo norte da Rússia e círculo no litoral nordeste da Rússia.
Isoterma de 0 graus Celsius: linha atravessando o Oceano Polar Ártico.
Na parte inferior, rosa dos ventos e escala de 0 a 1.350 quilômetros.

Fonte: Charliê Jác organização. Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 99.

  1. Por que as isotermas do mês de janeiro na Ásia são menores que as de julho?
  2. Se você for viajar para Moscou no mês de janeiro, que tipo de roupa deverá providenciar?
  3. É possível viajar para Teerã, capital do Irã, no mês de julho apenas com roupas leves?
  4. Karachi é uma cidade importante do Paquistão. Ela fica mais próxima de qual isoterma no verão?
Orientações e sugestões didáticas
    1. Na zona tropical, lembrando que essa zona é definida pelo Trópico de Câncer (23,5graus norte) e pelo Trópico de Capricórnio (23,5graus Sul).
    2. Uma vez que a longitude de Manila é de 121graus leste, concluímos que ela se localiza no Hemisfério Oriental ou Leste, pois está a leste do Meridiano de Greenwich.
    3. Os meses de maior média térmica em Manila são: abril, maio e junho.
    4. Os meses de maior precipitação em Manila são: julho, agosto e setembro.
    5. Não. Nessas Grandes Regiões do Brasil, as maiores precipitações ocorrem no final da primavera e no verão do Hemisfério Sul, ou seja, nos meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro.
    1. Porque em janeiro é inverno no Hemisfério Norte.
    2. Considerando que no mês de janeiro Moscou fica próximo à isoterma de 10 graus Célsius, devem ser providenciados agasalhos ou roupas que protejam do frio intenso.
    3. Sim, é possível, pois em julho, no verão, essa capital fica próximo à isoterma de 30 graus Célsius.
    4. A isoterma de 30 graus Célsius.

PERCURSO 19 ÁSIA: TRANSFORMAÇÕES TERRITORIAIS, TENSÕES E CONFLITOS

1. A mobilidade das fronteiras

Do ponto de vista histórico-geográfico, as fronteiras entre os países ou Estados sempre apresentaram mobilidade, ou seja, expandiram-se ou retraíram-se e, em muitos casos, desmembraram-se, dando origem a novos países.

Observe os mapas desta e da próxima página, comparando-os também com o mapa da página 137. Eles representam três momentos históricos e seus impactos no espaço geográfico asiático, evidenciando o surgimento de novos países e alterações de fronteiras em sua divisão política.

A transitoriedade das fronteiras na Ásia

Vê-se que há uma transitoriedade na definição de fronteiras entre os países. Diante disso, cabem duas perguntas: no futuro, o mapa político da Ásia continuará igual ao de hoje?; será que muitos povos que vivem em territórios que historicamente lhes pertencem, mas que estão sob a tutela de um Estado que lhes nega a independência, vão se tornar livres para formar seus próprios Estados?

Ásia: político – 1937

Mapa. Ásia: político, 1937. Mapa representando as áreas de ocupações externas do continente europeu em 1937. 
Território
Do Reino Unido: Índia Britânica (incluía a Índia, Paquistão, Bangladesh, Butão e Mianmar), Omã, no sul da Península Arábica, Jerusalém, no norte da Península Arábica e Malásia, no Sudeste Asiático.
Dos Países Baixos: Índias holandesas (atual Indonésia). 
Da França: Indochina e Síria.
Dos Estados Unidos: Filipinas. 
De Portugal: Timor, no Sudeste Asiático e Goa, no litoral oeste da Índia. 
Sob influência japonesa: Manchúria e nordeste da China.
Na parte inferior, escala de 0 a 1.090 quilômetros.

Fontes: elaborado com base em Charliê Jác organização. Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 101; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 100.

Ícone. Seção Quem lê viaja mais.

QUEM LÊ VIAJA MAIS

ARBEX Júnior, José.

Islã: um enigma de nossa época. segunda edição São Paulo: Moderna, 1996.

O autor realiza uma abordagem ampla, desde a origem do Islã, seus fundamentos religiosos e suas relações com a política e com a cultura.

ôbraian, joueine; PALMER, Mártin.

O atlas das religiões: o mapeamento completo de todas as crenças. São Paulo: Publifolha, 2008.

Com textos e ilustrações bem elaborados e de fácil leitura, oferece uma síntese de diversas religiões e crenças.

olítch, Nelson bacíqui.

Geopolítica dos oceanos, mares e rios. São Paulo: Moderna, 2011.

Sugerimos a leitura de tópicos sobre a Ásia, como: “Tensões e rivalidades no Pacífico asiático”; “Mares fechados: geopolítica, economia e impactos ambientais” e “Discórdia e cooperação nas águas do subcontinente indiano”.

Orientações e sugestões didáticas

Percurso 19

Neste Percurso, abordam-se relações de tensão e conflito motivadas por diferenças étnicas, religiosas, sociais, econômicas e políticas existentes entre os países asiáticos e que geram, em muitos casos, transformações territoriais e de fronteiras ao longo da história. Em razão da relevância da multiplicidade étnico-cultural existente no continente asiático, esse aspecto consiste no principal objeto de estudo deste Percurso.

Para melhor conduzir o trabalho, solicite aos alunos que interpretem a transitoriedade das fronteiras asiáticas à luz dos conceitos de Estado, nação, território e povo, conforme estudado no Percurso 2, da Unidade 1, no livro do 8º ano desta coleção.

No tratamento dos assuntos abordados, tenha em vista exercitar o raciocínio geográfico e desenvolver o pensamento espaço-temporal dos alunos por meio da observação e da interpretação de mapas e fotografias. Aproveite as indicações de leitura e filmes apresentadas nos bócsês Quem lê viaja mais e Pausa para o cinema e discuta as opiniões dos alunos com base em suas respostas às questões propostas no Bócsi No seu contexto.

Habilidades da Bê êne cê cê

  • ê éfe zero nove gê ê zero três
  • ê éfe zero nove gê ê zero oito
  • ê éfe zero nove gê ê um quatro

O Percurso 19 dá continuidade ao desenvolvimento de habilidades de reconhecimento e análise das mudanças dos limites fronteiriços e territoriais na Ásia. Além disso, aprofunda o conhecimento dos alunos sobre a diversidade étnica, cultural e religiosa no continente, enfatizando a importância da construção de sociedades que respeitem as diferenças. A leitura e a interpretação dos mapas do Percurso permitem que os alunos desenvolvam a habilidade de comparação e interpretação dos dados populacionais e geopolíticos da Ásia.

Competência

O debate sobre as transformações territoriais e a mobilidade das fronteiras na Ásia desenvolve a Competência Específica de Ciências Humanas 2: “Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo”.

Ásia: político – 1989

Mapa. Ásia: político, 1989. Mapa representando os países asiáticos em 1989. 
União Soviética, Mongólia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, Taiwan, Filipinas, Brunei, Malásia, Cingapura, Birmânia, Indonésia, Camboja, Tailândia, Bangladesh, Butão, Laos, Nepal, Índia, Sri Lanka, Paquistão, Afeganistão, Irã, Turquia (parte asiática), Líbano, Israel, Síria, Kuait, Jordânia, Iraque, China, Arábia Saudita, Barein, Catar, Vietnã, Emirados Árabes Unidos, Omã, Iêmen do Norte e Iêmen do Sul. Na parte inferior, escala de 0 a 930 quilômetros.

Fonte: Charliê Jác organização. Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 101.

Grafismo indicando atividade

Comparando este mapa com o da página anterior, aponte a alteração que ocorreu na Índia.

Orientações e sugestões didáticas

Na Índia, após a descolonização, o império colonial britânico deu origem a vários países: Paquistão, Índia, Bangladesh, Butão e Birmânia, atualmente denominada Mianmar.

Quanto à primeira pergunta da página anterior, provavelmente o mapa político da Ásia deverá apresentar alterações em um futuro próximo ou distante. Quanto à segunda, é possível que novos Estados surjam, pois existem movimentos ou mobilizações de povos em busca da formação de seus próprios países. São os casos de tibetanos e uigures, na China; de curdos, na Turquia, Síria, Iraque e Irã; de tâmeis, no Síri Lanca; além de outros.

2. Ásia: tensões, conflitos e intolerância

A descolonização asiática, assim como a da África, e a formação de novos países não representaram o fim de conflitos entre eles, como também no interior de suas fronteiras. Em alguns casos, os conflitos se transformaram em guerras de grandes proporções, como a Guerra da Coreia, entre 1950 e 1953; a Guerra do Vietnã, entre 1960 e 1975; e os persistentes conflitos entre árabes-palestinos e israelenses, que acontecem desde 1947 até os dias atuais, sem contudo resultarem na obtenção da paz, na definição de suas fronteiras e na convivência pacífica entre seus povos (estudaremos esse assunto no Percurso 28).

Mas, além de guerras, persistem os conflitos motivados por interesses econômicos, questões religiosas e preconceitos étnicos ou culturais que impedem a convivência pacífica entre os povos.

Ícone. Seção No seu contexto.

NO SEU CONTEXTO

Qual é sua atitude e a de seus familiares em relação às diferenças entre indivíduos e grupos sociais?

Orientações e sugestões didáticas

O boxe No seu contexto possibilita a reflexão sobre as diferenças étnicas, religiosas e outras. Espera-se que os alunos entendam a necessidade de desenvolver atitudes respeitosas em relação às diferenças entre indivíduos e grupos sociais, valorizando a importância da tolerância.

Ícone. Seção Pausa para o cinema.

PAUSA PARA O CINEMA

Maomé – O mensageiro de Alá.

Direção: mustafá acádi. Líbia: Continental, 1976. Duração: 220 minutos

O filme conta a história de como Maomé se tornou profeta e construiu a primeira mesquita do mundo.

Orientações e sugestões didáticas

Competências

Propicie um momento em que os alunos possam compartilhar suas vivências em relação à diversidade e discuta com eles a importância do respeito às diferenças e às atitudes de combate ao preconceito e à discriminação. Tenha em mente, com essa conversa, mobilizar as Competências Específicas de Ciências Humanas 1 e 6, que preconizam, respectivamente: “Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de fórma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos”; e “Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”.

O anseio pelo contrôle econômico e político sempre foi uma constante na vida de muitos governantes em aliança estreita com as elites locais que, ao mesmo tempo que se beneficiam do poder, lhes dão sustentação política – é esse um dos componentes da Guerra Civil na Síria, iniciada em 2011 e que, até meados de 2022, quando ainda estava em curso, já havia causado mais de 500 mil mortes e o deslocamento forçado de 6,8 milhões de refugiados. Você estudará esse assunto também no Percurso 28.

Fotografia. Vista para uma rua com pista irregular e com buracos e uma pessoa de costas caminhando. Ao redor, casas destruídas, sem fachada e muitos destroços e entulhos no chão. Acima, céu azul.
Casas destruídas na aldeia abandonada de , na zona rural de Aleppo, na Síria (2021).

A intolerância gera conflitos

Cumpre ressaltar que em muitas sociedades as pessoas são vítimas do racismoglossário , do preconceito e da segregação, o que dificulta o convívio harmônico e ameaça a sobrevivência dos que enfrentam uma ou mais dessas situações constante ou esporadicamente.

Muitos grupos sociais ainda apresentam resistência em conviver com as diferenças. Não entendem que a humanidade é biologicamente, quanto à aparência física, e culturalmente diversa. A diversidade não representa desigualdade entre os povos ou entre as etnias. Ao contrário, representa riqueza. Após tantos anos de ações desrespeitosas e agressivas para com o outro e para com grupos sociais, grande parte das pessoas continua intolerante. Não compreendemos, ainda, que é na diversidade ou na diferença que está a unidade da humanidade.

No entanto, há discriminaçãoglossário religiosa, étnica, de classe social, de nível de instrução e outras que impedem ou dificultam a convivência pacífica entre grupos sociais do mundo.

A intolerância na Ásia: alguns exemplos

Na Ásia, os exemplos de intolerância se multiplicam. Para citar apenas alguns: assim como não existe apenas uma única religião cristãglossário , também não podemos falar em uma única religião islâmicaglossário , pois esta se divide em várias correntes, entre elas a sunitaglossário e a xiitaglossário , que passam por muitos episódios de confronto, principalmente em países do Oriente Médio; os síquis, minoria étnico-religiosa do noroeste da Índia, estado de Punnjab, e indianos; os rôrringuiás, grupo étnico que professa o islamismo e habita o oeste de Mianmar (ex-Birmânia), perseguidos por praticantes do budismo nesse país; os uigures e tibetanos, respectivamente, habitantes do oeste e sudoeste da China, reprimidos e subordinados pelo govêrno chinês, que é ocupado pela maioria étnica (foto A da página seguinte).

Orientações e sugestões didáticas

Temas contemporâneos transversais

Os exemplos de intolerância, tensões e conflitos na Ásia evidenciam a importância da discussão de temas como Educação em Direitos Humanos e Diversidade Cultural. Possibilite aos alunos que exponham suas impressões sobre esses temas e busque sensibilizá-los para construir atitudes que reforcem o respeito às diferenças, com o intuito de desenvolver a cultura de paz e ressaltar a importância em se promover e fazer cumprir leis e políticas não discriminatórias.

Atividade complementar

O texto faz referência a uma série de etnias, povos e grupos religiosos que os alunos podem não conhecer. Converse com eles para que expressem o que sabem e estimule-os a pesquisar sobre os grupos que não conhecem em sites, revistas, jornais, podcasts e outras fontes. Se julgar conveniente, proponha a atividade de pesquisa em grupo. É importante que os alunos compartilhem com os colegas os resultados de suas pesquisas.

Fotografia A. Vista para uma multidão de pessoas em um espaço público aberto. Algumas pessoas erguem bandeiras azuis. No fundo, edifícios e arranha-céus.
Manifestação do movimento pró-democracia em apôio aos uigures, Róng Kóng (2019).

Além disso, cabe ressaltar acontecimentos recentes provocados por grupos terroristas que se autodenominam islâmicos. Equivocadamente, muitas vezes esse terrorismo é confundido com fundamentalismo islâmicoglossário . O terrorismo deve ser entendido como o modo pelo qual grupos político-religiosos radicais tentam impor sua vontade por meio de práticas violentas ou atentados que têm causado milhares de mortes no Afeganistão, no Paquistão, no Iraque, na Indonésia e também nos Estados Unidos, na França, na Alemanha, na Espanha e no Reino Unido, além de outros (foto B).

Fotografia B. Vista para a curva de uma estrada de terra. À direita, árvore e arbustos. À esquerda, superfície plana com solo exposto e vegetação rasteira. Ao fundo, incêndio em edificações com muita fumaça preta no ar. Acima, céu com nuvens.
Fumaça sobe de uma base militar dos Estados Unidos, no Condado de Lamu, Quênia (2020). O grupo extremista somali Al-Shabab assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Observe no mapa os principais conflitos na Ásia e suas causas, indicadas na legenda do mapa.

Ásia: conflitos concluídos ou em curso – 2010-2021

Mapa. Ásia: conflitos concluídos ou em curso, 2010 a 2021. Mapa representando a localização de  conflitos no continente asiático entre 2010 e 2021.
Conflitos marítimos pela posse de ilhas e mares: porção do Oceano Pacífico que margeia China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã, norte da Malásia, Camboja e norte das Filipinas na disputa por Ilha Dokdo, Recife Leodo, Ilhas Senkaku, Ilhas Paracel e Ilhas Spratly.
Luta por autonomia separatista: região do Tibete, no sudoeste da China, Zamboanga (Frente Moro), no sul das Filipinas e Pattani, no sul da Tailândia.
Guerra interétnica: em Mianmar, envolvendo os Rohingyas, no Sri Lanka, envolvendo os Tâmeis, e no Vietnã, envolvendo os Hmong. 
Litígio fronteiriço: fronteira entre Israel e Palestina e fronteira entre a Tailândia e o Camboja, onde está situado o Templo Preah Vihear. 
Crise política: no Nepal. 
Levantes de minorias étnicas: no Tibete, sudoeste da China, na Mongólia interior, no nordeste da China, e dos Uigures, no noroeste da China. 
Pirataria marítima: na faixa de mar  situada entre a Malásia e a Indonésia.
Grande conflito: na Coreia do Norte.
Instabilidade política e atentados: no Afeganistão, no Paquistão, no Iêmen e no Iraque
Guerra Civil: na Síria.
Operações de manutenção de paz da ONU, 2021: Paquistão, Israel, Palestina, Chipre e Líbano.
Na parte inferior direita, rosa dos ventos e escala de 0 a 730 quilômetros.

Fontes: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 47; bonifáce, pascál; , Ríber . Atlas des crises et des conflits. 2e édition revue et augmentée. Paris: Armand Colin, 2013. página 88; , frênqui organização. Grand atlas 2014: comprendre le monde en 200 cartes. Paris: Autrement, 2013. página 30-31; , et al. organização. Images économiques du monde 2016: géopolitique-géoéconomie. Paris: Armand Colin, 2015. página 245, 246, 303, 318, 419, 430; UN Peacekeeping. Disponível em: https://oeds.link/HKV9kk. Acesso em: 11 abril 2022.

Orientações e sugestões didáticas

Promova a leitura e a interpretação do mapa, solicitando aos alunos que expliquem com suas palavras cada item da legenda. Verifique se eles têm dúvidas em relação aos termos empregados na representação. Proponha que descrevam a localização dos conflitos e que os diferenciem, desenvolvendo, dessa maneira, o raciocínio geográfico. Instigue-os a formular perguntas que possam ser debatidas coletivamente.

Atividade complementar

Em virtude da Guerra Civil na Síria, muitos países receberam refugiados sírios, inclusive o Brasil. Peça aos alunos que pesquisem as causas da Guerra Civil na Síria, os grupos e países envolvidos, a destruição de paisagens, o atual estágio do conflito e a questão dos refugiados.

• Conquista de direitos culturais na Ásia

Durante o século vinte, os projetos de construção e de desenvolvimento nacional quase sempre estiveram ligados à ideia de nação culturalmente homogênea. Como resultado, perseguições culturais e até extermínios étnicos se somaram a discriminações históricas contra minorias.

Respeitar e proteger a diversidade são atitudes essenciais para a convivência e a vida em sociedade. Nesse sentido, a Declaração Universal dos Direitos Humanos – que delineia os direitos humanos básicos e que foi adotada pela ônu em 1948 –, contribuiu para o crescimento da luta por liberdade cultural e tornou as políticas de reparação em medidas cada vez mais aceitas na redução de tensões sociais e na promoção do respeito às diferenças. Observe quatro casos em que minorias étnicas conquistaram direitos culturais na Ásia.

  • O direito às terras ancestrais nas Filipinas: após décadas de luta e confrontos violentos, os indígenas das Filipinas obtiveram, em 1997, o direito às terras que historicamente ocupavam e ao usufruto de seus recursos. Com isso, o Estado passou a garantir a manutenção do modo de vida dessas minorias, embora a lei tenha beneficiado, até os dias atuais, apenas uma parte dos 8 milhões de indígenas do país.
  • Multilinguismo no Síri Lanca: de 1983 a 2009, o Síri Lanca viveu uma guerra civil motivada por ressentimentos históricos entre a minoria tâmil e a maioria cingalesa e por políticas excludentes, como a imposição do uso da língua cingalesa. Em 2011, o govêrno anunciou, como parte do processo de reconciliação nacional, o ensino tanto do cingalês como do tâmil e do inglês nas escolas do país.
  • O modo de vida tradicional dos nenets na Rússia: após séculos de perseguição ao seu modo de vida, os nenets, um povo de pastores do norte da Rússia, passaram a ser reconhecidos pelo govêrno como um povo autônomo. Isso garante aos nenets direitos exclusivos, como a permissão para percorrer rótas migratórias em território russo, prática milenar desse povo. A migração tem o objetivo de engordar as renas, base da alimentação dos nenets.
  • Respeito à diversidade de crenças na Índia: o hinduísmo é a religião de quase 1 bilhão de indianos. Mesmo com essa expressiva maioria, a constituição da Índia não adota nenhuma crença como oficial. As leis buscam garantir os direitos essenciais dos cidadãos e protegem a diversidade cultural do país, ao permitir que sejam praticados costumes e tradições das diferentes comunidades religiosas em diversos aspectos da vida, como o divórcio e a herança.
Fotografia. Vista de uma multidão de pessoas em um local aberto e ao redor de uma grande uma escultura dourada com tecidos coloridos. Algumas pessoas estão em cima da estátua.
Indianos participando do festival hindu de Ganesha cheiturti, em Mumbai, Índia (2020).
Ícone. Seção No seu contexto.

NO SEU CONTEXTO

Em sua opinião, por que alguns países têm adotado políticas que visam proteger a diversidade cultural ou reparar injustiças cometidas contra minorias?

Orientações e sugestões didáticas

A resposta da questão proposta no boxe No seu contexto é pessoal. Espera-se que os alunos argumentem que tanto a liberdade cultural (de crença religiosa, linguística, de modo de vida, entre outras) como a reparação de injustiças históricas contra minorias étnicas ou grupos sociais são meios de reduzir tensões sociais e, por isso, diversos países buscam promover políticas nesse sentido.

Temas contemporâneos transversais

Com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), sugerimos trabalhar com os alunos os temas Diversidade Cultural e Educação em Direitos Humanos. Se julgar adequado, trabalhe esses temas com base em exemplos brasileiros, realizando considerações sobre questões relacionadas ao respeito à diversidade de crenças, multilinguismo, direitos territoriais de povos originários e de comunidades tradicionais etcétera Para esse enfoque, considere também o tema contemporâneo transversal Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais Brasileiras.

Competências

Praticar sua religião, falar sua língua, viver sob o modo de vida do seu povo sem medo de ser punido ou discriminado são algumas das principais reivindicações das minorias no mundo. Desenvolva essa ideia e, com base na leitura e na interpretação dos conteúdos da página, reforce a discussão com os alunos sobre a importância do respeito às diferenças culturais e aos direitos territoriais de povos originários, no mundo e no Brasil, promovendo o combate ao preconceito e à discriminação. É oportuno mobilizar as Competências Específicas de Ciências Humanas 1 e 6, que preconizam, respectivamente: “Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de fórma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos”; e “Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”.

Interdisciplinaridade

O assunto tratado na página poderá ser enriquecido por meio da participação do professor de História, contribuindo para o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero nove agá ih um seis desse componente curricular: “Relacionar a Carta dos Direitos Humanos ao processo de afirmação dos direitos fundamentais e de defesa da dignidade humana, valorizando as instituições voltadas para a defesa desses direitos e para a identificação dos agentes responsáveis por sua violação”.

PERCURSO 20 ÁSIA: POPULAÇÃO, DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS

1. Ásia: berço de civilizações

A palavra “Ásia” deriva de ássuá e iázia, nome dado pelos egípcios e pelos hititas (povo da Antiguidade que habitou o norte da Síria por volta de 1900 antes de Cristo) à costa ocidental e às regiões meridionais da Ásia Menor (área hoje chamada Turquia). Admite-se também que a palavra derive da língua semíticaglossário , significando “lugar onde o sol nasce”.

A história da humanidade tem profundas raízes no continente asiático. Foi lá que teve início o cultivo de plantas (agricultura), a domesticação de animais (criação) e o emprêgo de metais como cobre, bronze e ferro (metalurgia) para a fabricação de vários utensílios.

Grandes civilizações se desenvolveram no continente asiático, como a chinesa, a hindu e a mesopotâmica. Também na Ásia se formaram os primeiros Estados, representando, portanto, as primeiras tentativas de organização econômica, política, cultural e social realizadas pelo homem.

2. População

A Ásia é o continente mais populoso do planeta. Estima-se que, em 2025, terá mais de 4,8 bilhões de habitantes. É na Ásia que se encontram cinco dos dez países mais populosos do mundo – sem considerar a Rússia, pois parte de seu território se localiza na Europa.

Mundo: estimativa dos dez países mais populosos – 2025

Gráfico. Mundo: estimativa dos dez países mais populosos, 2025.  Gráfico de barras representando as estimativas demográficas dos países mais populosos do mundo. Os países estão apresentados no eixo vertical e a população (em milhões de habitantes) está apresentada no eixo horizontal.
China: 1.400 milhões de habitantes.
Índia: 1.350 milhões de habitantes.
Estados Unidos: 350 milhões de habitantes.
Indonésia: 290 milhões de habitantes.
Brasil: 275 milhões de habitantes.
Paquistão: 285 milhões de habitantes.
Nigéria: 280 milhões de habitantes.
Bangladesh: 200 milhões de habitantes.
Rússia: 155 milhões de habitantes.
México: 150 milhões de habitantes.

Fonte: elaborado com base em UNITED NATIONS World population prospects 2019. Volume um: comprehensive tables. New York: ú êne, 2019. página 23, 25, 27, 29, 31 e 33.

Grafismo indicando atividade

Entre os dez países mais populosos do mundo, quais se localizam na Ásia?

Orientações e sugestões didáticas

Entre os dez países mais populosos do mundo, localizam-se na Ásia: China, Índia, Indonésia, Paquistão e Bangladesh (também a Rússia, se considerarmos a sua porção de terras na Ásia).

• Relações entre relêvo, clima, rios e distribuição da população

A densidade demográfica da Ásia é de 107 habitantes por quilômetro quadrado, a mais elevada entre os continentes – Europa, 72 habitantes por quilômetro quadrado; África, 50 habitantes por quilômetro quadrado; América, 25 habitantes por quilômetro quadrado; e Oceania, 5 habitantes por quilômetro quadrado. No entanto, como ocorre nos outros continentes, a população está desigualmente distribuída pelo seu território.

O mapa da página seguinte representa a distribuição da população asiática de acôrdo com níveis de densidade demográfica, assim como as maiores aglomerações urbanas do continente (10 milhões ou mais de habitantes).

Orientações e sugestões didáticas

Percurso 20

Este Percurso tem como objetivos analisar a relação da distribuição da população asiática com os aspectos naturais do continente, como também estudar a diversidade religiosa da população. O Percurso aborda ainda as características e os principais problemas existentes nos grandes aglomerados urbanos, problematizando as desigualdades socioespaciais.

Apoie-se nos mapas, nos gráficos, nas fotografias e nos quadros existentes no Percurso para fundamentar informações do texto. Trabalhe a diversidade religiosa na Ásia de maneira interdisciplinar com o professor de História.

Habilidades da Bê êne cê cê

  • ê éfe zero nove gê ê zero nove
  • ê éfe zero nove gê ê um quatro
  • ê éfe zero nove gê ê um cinco
  • ê éfe zero nove gê ê um sete

Este Percurso aprofunda habilidades de identificação, compreensão e explicação da distribuição da população pelo território asiático e do uso da terra na Ásia. Ao final do Percurso, na atividade 9 da página 163, solicita-se aos alunos a elaboração de croqui, desenvolvendo a habilidade de representação cartográfica para analisar dados de densidade demográfica no continente.

Competências

Na discussão sobre a Ásia como berço da civilização, considere desenvolver a Competência Geral da Educação Básica 1, relativa a: “Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”; e a Competência Específica de Ciências Humanas 1, referente a: “Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de fórma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos”.

Como ocorre em todas as partes do mundo, a distribuição da população pelo território tem estreita relação com o relêvo, o clima, os rios e a economia. A população sempre procura se fixar em regiões ou áreas que lhe sejam favoráveis do ponto de vista físico ou natural, ou seja, em relêvo, clima e abastecimento de água – rios, lagos, águas subterrâneas etcétera – que permitam assegurar sua sobrevivência. A economia também exerce influência na distribuição territorial da população. Regiões e áreas com maior dinamismo econômico – oferta de empregos, melhores salários etcétera – tornam-se áreas de atração populacional.

Observando o mapa e relacionando-o com os mapas das páginas 138 (mapa A) e 139 do Percurso 17, podemos perceber:

  • As maiores concentrações de população ocorrem nas planícies formadas por rios importantes e que apresentam climas favoráveis à fixação humana – climas tropical, equatorial e subtropical. É esse o caso da Planície Indo-Gangética – Rio Indo, na Índia e no Paquistão, e Rio Ganges, na Índia e em Bangladesh –, da Planície Mesopotâmica – rios Tigre e Eufrates, no Iraque –, da Planície do Mekong – Rio Mekong, no Vietnã, Camboja e Laos –, da Planície da China – Rio ou Azul e o baixo curso do Rio roangui rô ou Amarelo –, e ainda das planícies do centro-sul do arquipélago japonês e das ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, além de outras.
  • Em contrapartida, existem grandes vazios populacionais – áreas pouco povoadas e desabitadas. Para saber as razões, localize essas áreas no mapa e encontre as respostas nos mapas das páginas 138 e 139 mencionados acima. Você vai perceber que o relêvo e o clima dificultam ou restringem a ocupação humana, constatação também perceptível com base na análise da foto B, na página seguinte.

Ásia: densidade demográfica e aglomerações urbanas – 2020

Mapa. Ásia: densidade demográfica e aglomerações urbanas, 2020. Mapa representando a distribuição do adensamento populacional no continente asiático e a população das maiores aglomerações urbanas.
Nível de densidade demográfica (habitantes por quilômetro quadrado)
Baixo: porção extremo norte, norte e nordeste da Rússia, interior do Cazaquistão e da Mongólia, sudoeste da China e sudeste da Península Arábica.
Nível de densidade demográfica entre baixo e médio: porção oeste e sudoeste da Rússia, noroeste da China, noroeste da Península Arábica e ilha oeste da Indonésia.
Nível de densidade demográfica médio: porção nordeste da China, norte e sul do Japão, porções na Península da Indochina, países do Oriente Médio e sudoeste da Península Arábica.
Nível de densidade demográfica entre médio e alto: Filipinas, porção sudeste da China, Península Coreana e centro-sul da Índia.
Entre médio e alto: ilha leste da Indonésia, Índia, nordeste e sudeste da China e centro do Japão. 
Aglomeração urbana
Mais de 10 milhões: Tóquio, Manila, Shenzen, Bangalore, Mumbai (Bombaim), Karachi, Jacarta, Calcutá, Nova Délhi e Pequim (Beijing). Em Calcutá, passa o rio Ganges. Entre Pequim e Xangai, estão os rios Yang Tsé-Kiang e Hoang-Ho.
Mais de 5 milhões a 10 milhões: Xangai, Moscou, Chitattong, Tientsin, Baku. 
Mais de 2,5 milhões a 5 milhões: Taipé, Hyderabad, Bagdá, Chennai (Madras), Smirne, Bangcoc, Jedda, Surabaya, Hanói, Ancara, Tel Aviv, Riad, Cabul, Ahmadabad, Surat, Pune, Thanh Pho, Bandung, Taipé, Pyongyang, Yangon, Kanpur Nagpur, Hanói
De 1 milhão a 2,5 milhões: Medan, Caljabinsk, Omsk, Novosibirsk, Beirute, Aleppo, Amã, Damasco, Katmandu, Medan
Na parte inferior, escala de 0 a 1.250 quilômetros.

Fontes: í bê gê É. Altas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 70; ú êne-abitá. Global State of Metropolis 2020: population data booklet. nairóbi:íu en-abitá, 2020. página 3. Disponível em: https://oeds.link/OL4M2q. Acesso em: 24 fevereiro 2022.

Nota: A parte europeia da Rússia está representada no mapa, possibilitando que se compare a densidade demográfica dessa região com a do restante desse país, na parte asiática.

Grafismo indicando atividade

Três vales de rios destacam-se pelas grandes aglomerações populacionais. Quais são eles?

Orientações e sugestões didáticas

De acôrdo com o mapa, apresentam grandes aglomerações populacionais, o vale do Rio Ganges, na Índia, e os vales dos rios e roangui rô, ambos na China.

Antes de desenvolver a explicação sobre os fatores naturais e socioeconômicos que influenciam a distribuição da população no continente asiático, peça aos alunos que levantem hipóteses sobre as concentrações e vazios demográficos do continente por meio da comparação dos mapas mencionados no texto (ou seja, o desta página, o mapa A da página 138 e o mapa da página 139). Eles podem realizar essa etapa de fórma colaborativa, em duplas, para facilitar a comparação proposta entre os três mapas. Faça perguntas que promovam trocas entre eles, como: “Quais climas facilitam ou dificultam as atividades humanas?”; “Quais fórmas de relêvo impedem que os seres humanos se aglomerem? Onde essas fórmas se encontram no continente asiático?”. Espera-se que percebam que os climas tropical e equatorial e regiões de altitudes até 200 metros favorecem a ocupação humana, ao passo que climas de altas latitudes e relêvo acima de 500 metros são empecilhos para a presença humana; nesse sentido, vale destacar a posição da Cordilheira do Himalaia (altitudes acima de .4000 metros em alguns pontos) e os climas extremos ao norte do continente (frio e polar, sobretudo).

Fotografia A. Vista para uma superfície plana ocupada por um tipo de cultivo arbustivo com folhagem seca na cor bege avermelhada. No centro, um trator com uma máquina na caçamba e um homem na frente do veículo. Ao fundo, fragmento florestal e céu azul.
Colheita de arroz mecanizada em bardamân, Índia (2019).
Fotografia B. No centro, pista de uma rodovia coberta de neve. À esquerda da rodovia, superfície ocupada por vegetação rasteira, árvores e montanhas cobertas de neve. À direita da rodovia, superfície ocupada por vegetação rasteira, árvores cobertas de neve. Ao fundo, veículo circulando na pista e céu azul e rosa com nuvens.
Rodovia Yakutian Kolyma, em Sakha, Rússia (2020).

3. Diversidade cultural

A Ásia destaca-se pela grande diversidade étnica, linguística e religiosa entre os vários povos que habitam o continente. O mongólico é o mais numeroso, encontrado nas porções oriental, central e do norte.

Na China, as três línguas mais faladas – mandarim, e cantonês – são escritas da mesma maneira, mas oralmente são muito diferentes. Na Índia há também um mosaico de línguas.

Nas antigas repúblicas soviéticas da Ásia – Cazaquistão, Uzbequistão etcétera –, a língua russa foi imposta e tornada obrigatória por Moscou. Após a desagregação da União Soviética, houve o resgate das línguas originais.

Ásia: religiões

Mapa. Ásia: religiões. Mapa representando a distribuição das religiões no continente asiático.
Hinduísmo: predominante na Índia.
Confucionismo, taoísmo: predominante no leste da China.
Xintoísmo: predominante em algumas regiões do Japão.
Budismo: predominante na porção nordeste e centro da China, na Península da Indochina, onde estão Mianmar, Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã, e no Japão.
Lamaísmo: predominante na porção oeste da China e em toda a Mongólia.
Sikh: em pequena porção no norte da Índia. 
Judaísmo: região do entorno de Jerusalém, no oeste asiático. 
Animismo ou crenças tradicionais: predominante em algumas ilhas do Sudeste Asiático e porções do interior e norte da Rússia.
Área desabitada ou escassamente povoada: porção norte e nordeste da Rússia, oeste e centro da Península Arábica, países a leste do Mar Cáspio, interior do Irã e sul do Paquistão e do Afeganistão.
Islâmica
Sunita: predominante na Turquia, Síria, oeste da Península Arábica e países da Ásia Central.
Xiita: predominante no Irã. 
Cristã
Católico: Filipinas e em alguns pontos da Península da Indochina. 
Protestante: algumas áreas no sul e no norte da Índia e na Indonésia.
Ortodoxo: predominante na parte europeia da Rússia.
Na parte inferior, escala de 0 a 1.140 quilômetros.

Fonte: ATLANTE geografico metodico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2014. página 99.

Nota: A parte europeia da Rússia está representada no mapa, possibilitando que se faça comparação das religiões com o restante desse país na parte asiática.

Grafismo indicando atividade

Aponte a religião predominante na Península da Indochina e os países que estão localizados nela.

Orientações e sugestões didáticas

Conforme representado no mapa, a religião predominante na Península da Indochina é o budismo, que está presente em: Mianmar, Tailândia, Laos, Camboja, Malásia e Vietnã.

Ícone. Seção No seu contexto.

NO SEU CONTEXTO

Assim como a Ásia, o Brasil apresenta diversidade étnica? Explique.

Orientações e sugestões didáticas

Espera-se que, ao responder à questão do boxe No seu contexto, os alunos reconheçam a existência da diversidade étnica, lembrando os três povos principais que são os pilares da formação da população brasileira: o indígena, o europeu e o africano.

Verifique os conhecimentos prévios dos alunos sobre a população e a diversidade cultural da Ásia. Considere as observações e ressalte a importância do respeito aos diferentes hábitos, crenças e modos de vida entre as pessoas.

Converse com eles sobre o que entendem por religião. Explique, em seguida, que religião diz respeito à ligação dos seres humanos com o sagrado ou com aquilo que consideram divino, sendo um conjunto de crenças articuladas à cultura.

Interdisciplinaridade

Em parceria com o professor de História, é possível desenvolver um estudo sobre a história das religiões. Para isso, convém datar e localizar o surgimento das religiões mais seguidas no mundo, isto é, o cristianismo, o islamismo e o hinduísmo. Ressalte que essas três religiões nasceram na Ásia.

Competência

A comparação entre mapas estimula o raciocínio geográfico. Instigue os alunos a elaborar perguntas e respostas com base na comparação entre o mapa da página 137 e o desta página. Nesse trabalho, tenha em mente a Competência Específica de Geografia 3, que trata sobre: “Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem”.

Atividade complementar

Com base no mapa da página, peça aos alunos que caracterizem as religiões que conhecem, registrando as informações na lousa, e liste as que eles não conhecem. Em seguida, organize a turma em grupos e proponha que realizem uma pesquisa sobre as religiões desconhecidas. Entre as informações principais a serem levantadas devem constar os preceitos, o lugar e a época de origem da religião. Oriente-os a apresentar os resultados da pesquisa para os colegas por meio de recursos iconográficos como fotografias, gráficos, esquemas e mapas. Para desenvolver o trabalho com ferramentas digitais, sugere-se que a exposição dos resultados seja feita e compartilhada em plataformas on-line, como blogs, entre outros meios.

4. As grandes cidades asiáticas e seus problemas

A Ásia destaca-se no conjunto dos continentes por possuir as cidades mais populosas. Consulte no quadro a seguir as dez aglomerações urbanas ou áreas metropolitanas mais populosas da Ásia.

Ásia: estimativa das dez maiores aglomerações urbanas em população (em habitantes) – 2021

Aglomeração urbana

País

População

Tóquio-Yokohama

Japão

39.105.000

Jacarta

Indonésia

35.362.000

Délhi

Índia

31.870.000

Manila

Filipinas

23.971.000

Seul-Incheon

Coreia do Sul

22.394.000

Mumbai

Índia

22.186.000

Xangai

China

22.118.000

Guangzhou-Foshan

China

21.489.000

Pequim (Beijing)

China

19.437.000

Calcutá

Índia

18.698.000

Fonte: elaborado com base em DEMOGRAPHIA. Demographia World Urban Areas: 17th annual edition, junho 2021. página 20. Disponível em: https://oeds.link/6XQSUj. Acesso em: 22 fevereiro 2022.

Nota: Em 2021, o aglomerado urbano de São Paulo possuía ..22495000 habitantes; da Cidade do México, ..21505000; de Nova iórque (Estados Unidos da América), ..20902000; e do Rio de Janeiro, ..12486000.

Grande parte das cidades asiáticas, como muitas outras de todo o mundo, apresenta diversos problemas urbanos de maior ou menor gravidade. A megalópole Tóquio-iôcorrâma, no Japão; a área metropolitana de Seul-íntchon, na Coreia do Sul; as de Xangai e bêijim, na China; além de outras, enfrentam problemas graves de poluição atmosférica causada pela enorme frota de veículos automotivos em circulação.

Segundo o IQAir World Air Quality Report 2021 (em português, Relatório Mundial da Qualidade do Ar 2021), 49 das 50 cidades mais poluídas do mundo estavam na Ásia, enquanto dos 50 países com as piores médias de poluição do mundo, 30 estavam no continente. A Índia destaca-se nesse levantamento (35 das 50 cidades mais poluídas), seguida por Paquistão, China, Cazaquistão e Bangladesh. A queima de combustíveis fósseis em veículos e usinas movidas a carvão mineral é a principal responsável por esse problema. Nos últimos anos, o aumento no uso de fontes limpas de energia e a inserção de temas ambientais na agenda política de alguns países, como a China, vêm contribuindo para a diminuição nos índices de poluição em certas regiões.

Já nas outras cidades listadas no quadro os problemas se avolumam: insuficientes redes de abastecimento de água, de tratamento de esgôto sanitário, de coleta e destinação adequada de lixo, de transporte urbano, além da profusão de moradias precárias etcétera

Fotografia. Destaque para uma mulher de manto longo e lenço vermelho na cabeça, caminhando em uma rua de terra e cobrindo o rosto para se proteger da poeira. Atrás dela, dois veículos circulam na pista, levantando poeira. O ar é denso, como se fosse coberto por uma névoa.
Poluição e poeira na estrada de Indirapuram, em gatziabadi, Índia (2021).
Ícone. Seção Navegar é preciso.

NAVEGAR É PRECISO

Relatório Mundial da Qualidade do Ar de 2021

https://oeds.link/FFUFC4

A página mostra os resultados do Relatório Mundial da Qualidade do Ar de 2021, elaborado pela Organização Mundial da Saúde. Entre os destaques do site estão o mapa interativo, em que é possível ver os níveis de poluição em várias cidades do mundo entre 2017 e 2020, e a apresentação, por país ou região, de informações textuais, mapas e gráficos acêrca das condições do ar e dos desafios que devem enfrentar nos próximos anos.

Orientações e sugestões didáticas

Analise os problemas das grandes cidades asiáticas retomando os conhecimentos dos alunos sobre aspectos da urbanização mundial, com base no que foi estudado no Percurso 5, da Unidade 2, nas páginas 45 a 48.

Para fins de interpretação do quadro, relembre os alunos que área metropolitana é entendida como a área urbana contínua de várias cidades, que estatisticamente pode ser considerada como um só mercado de trabalho.

Por meio do trabalho com a página indicada na seção Navegar é preciso, os alunos são incentivados a analisar um importante tema: a qualidade do ar em países e regiões do mundo. Com base no mapa interativo e nas informações levantadas pelo relatório, é possível perceber quais cidades terão desafios mais complexos nos próximos anos para diminuir os índices de poluição e quais os caminhos para alcançar esse objetivo. Como a página está em inglês, sugere-se, caso necessário, que os alunos usem a ferramenta de tradução do próprio navegador.

Tema contemporâneo transversal

Na discussão sobre as grandes cidades asiáticas, oriente os alunos a relacionar a expansão urbana aos problemas apontados no texto. Essa questão oportuniza o trabalho com o tema Educação Ambiental. Promova o debate destacando os impactos da ação humana sobre a natureza, chamando a atenção para a degradação ambiental nos ambientes urbanos, decorrente, entre outras causas, da concentração de população, do desmatamento, da impermeabilização do solo e da poluição causada pelo despejo de esgôto ou lixo. Estimule os alunos a refletir sobre fórmas de minimizar esses problemas.

Nas cidades de bêijim e Xangai, o govêrno chinês adotou medidas para conter o crescimento populacional decorrente do êxodo rural por meio da expulsão de migrantes, levando em conta não somente o problema habitacional, mas também a questão do abastecimento de água, considerando que as fontes se mostram insuficientes para atender a todos.

Outro fato grave vem ocorrendo em Xangai. Trata-se da subsidência do solo em decorrência da construção de arranha-céus em um sítio urbano de solo instável de planície, associado à intensa exploração de água subterrânea para abastecer seus habitantes, o que constitui um exemplo de pressão realizada sobre o ambiente físico-natural ao lado de muitos outros, como desmatamentos, erosão do solo etcétera

5. Desigualdades socioeconômicas

A análise das taxas de mortalidade infantil é um bom indicativo das condições socioeconômicas dos países.

Assim sendo, observe o mapa e observe as desigualdades das taxas de mortalidade infantil de menores de 5 anos entre os países asiáticos.

Ásia: taxas de mortalidade infantil de menores de 5 anos (em por mil nascidos vivos) – 2025-2030

Mapa. Ásia: taxas de mortalidade infantil de menores de 5 anos (por mil  nascidos vivos), 2025 a 2030. Menos de 5 por mil nascidos vivos: Japão, Taiwan, Israel, Cingapura, Chipre e Coreia do Sul. Entre 5 e 10 por mil nascidos vivos: Rússia (parte asiática), Rússia (parte europeia), Cazaquistão, Síria, Armênia, Turquia, Líbano, Palestina, Irã, Kuait, Barein, Emirados Árabes Unidos, Catar, Omã, Quirguistão, China, Sri Lanka, Maldivas, Malásia, Tailândia, Brunei e Geórgia. Entre 11 e 20 por mil nascidos vivos: Mongólia, Indonésia, Vietnã, Camboja, Coreia do Norte, Arábia Saudita e Jordânia.  Entre 21 e 30 por mil nascidos vivos: Bangladesh, Mianmar, Índia, nepal, Butão, Filipinas, Iraque, Timor Leste,  Uzbequistão, Azerbaijão e Tadjiquistão. Entre 31 e 40 por mil nascidos vivos: Laos. Mais de 40 por mil nascidos vivos: Afeganistão, Paquistão, Turcomenistão e Iêmen. Na parte inferior, escala de 0 a 1.050 quilômetros.

Fontes: elaborado com base em í bê gê É. Atlas geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 47; UNITED NATIONS. World population prospects 2019. Volume um: Comprehensive tables. New York: ú êne, 2019. página 231, 233 e 235.

Grafismo indicando atividade

Aponte dois países asiáticos com taxa de mortalidade na infância abaixo de 5por mil e três acima de 40por mil.

Versão adaptada acessível

Com base nas informações descritas sobre o mapa, aponte dois países asiáticos com taxa de mortalidade na infância abaixo de 5 por mil nascidos vivos e três acima de 40 por mil nascidos vivos.

Orientação para acessibilidade

Para responder à versão adaptada acessível da atividade, os estudantes precisam acessar a audiodescrição do mapa e apontar dois países asiáticos que apresentam taxas de mortalidade infantil com menos de 5 por mil nascidos vivos e três com mais de 40 por mil nascidos vivos. A audiodescrição é um recurso de tecnologia assistiva utilizado para garantir maior acessibilidade à informação visual para pessoas com deficiência visual. Essa ferramenta permite ao estudante receber as informações representadas no mapa e, assim, compreender o que não pode ser compreendido sem o uso da visão.

Orientações e sugestões didáticas

Países asiáticos com taxa de mortalidade na infância abaixo de 5por mil: Japão, Coreia do Sul, taiuã, Cingapura, Chipre e Israel; acima de 40por mil: Turcomenistão, Afeganistão, Paquistão e Iêmen.

Oriente a leitura do mapa. Auxilie os alunos a observar e a interpretar os detalhes da representação cartográfica e da legenda. Verifique se eles têm dúvidas em relação aos intervalos considerados na representação e procure solucioná-las.

Caso haja necessidade, explique que a taxa de mortalidade infantil de menores de 5 anos corresponde ao número de crianças que morreram antes de completar 5 anos de idade, a cada .1000 nascidas vivas. É calculada dividindo-se o número total de mortes de crianças menores de 5 anos pelo número total de crianças nascidas vivas, no mesmo período e lugar. O valor obtido é multiplicado por .1000.

Ao comparar as taxas de mortalidade na infância dos países asiáticos, tenha em vista exercitar os princípios do raciocínio geográfico, como analogia e conexão.

Ícone. Seção Cruzando saberes.

Cruzando saberes

Felicidade Interna Bruta

O Butão, país localizado na Cordilheira do Himalaia, entre a Índia e a China, ficou conhecido mundialmente pela criação do índice da Felicidade Interna Bruta (fíb), uma medida que avalia a felicidade dos habitantes a cada dois anos. A fíb importa tanto ou mais para o govêrno butanês do que o Produto Interno Bruto (Píbi), que mede a produção anual de riquezas.

O termo foi criado pelo rei djiguimé sinhê uantchá, em 1972, em resposta a críticas que afirmavam que a economia do seu país crescia miseravelmente. A criação da fíb assinalou o seu compromisso de construir uma economia adaptada à cultura do país, baseada nos valôres espirituais budistas.

Enquanto os modelos tradicionais de desenvolvimento têm como objetivo primordial o crescimento econômico, o conceito da fíb baseia-se no princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana surge quando o desenvolvimento espiritual e o desenvolvimento material são simultâneos, complementando-se e reforçando-se mutuamente.

Os pilares da fíb

A fíb tem como pilares a promoção de um desenvolvimento socioeconômico sustentável e igualitário, a preservação e promoção dos valôres culturais, a conservação do meio ambiente natural e o estabelecimento de uma boa governança.

O que se pode tirar desse exemplo do Butão é que, para que o desenvolvimento sustentável realmente aconteça por completo, deve-se atentar para as necessidades da sociedade, reduzindo os impactos sobre o meio ambiente ocasionados pela busca por um lucro imediato, pois isso acarretará problemas no futuro, impactando diretamente a sociedade.

Com esses quatro pilares como base, o Butão conseguiu sair da situação de pobreza extrema sem explorar seus recursos naturais. Seus índices de analfabetismo e de mortalidade infantil tiveram uma considerável queda, aumentou a procura por turismo na região e tudo isso trouxe um positivo impacto na economia. Isso nos faz questionar sobre como estamos conduzindo nosso desenvolvimento e nos alerta mais uma vez a repensá-lo.”

MINDLIN, Sérgio. ônu proclama 20 de março como Dia Internacional da Felicidade. Instituto Ethos, Notícias, 4 junho 2012. Disponível em: https://oeds.link/NWYi5a. Acesso em: 23 fevereiro 2022.

Fotografia. No primeiro plano, três crianças estão de pé, lado a lado, vestindo um quimono nas cores vermelha e azul, sapatos e meias pretas até o joelho e mochila nas costas. As crianças possuem cabelos curtos e duas delas seguram sacolas de plástico. Elas posam para a foto sorrindo. Estão em uma rua asfaltada. Do lado direito, um muro e uma casa. Do lado esquerdo, muro de uma casa e árvores. Ao fundo, uma montanha, árvores e duas pessoas caminhando na rua.
Alunos butaneses retratados ao retornar de escola, em Paro, Butão (2019).

 Interprete

1. Aponte os pilares da fíb.

 Argumente

2. Qual, entre os quatro pilares da fíb, seria o mais importante para elevar a Felicidade Interna Bruta do Brasil? Pesquise dados para fundamentar sua afirmação. Contraponha seu argumento ao de seus colegas.

 Contextualize

3. Na localidade onde vive ou em outra, ou mesmo em sua casa, você já viu pessoas colocarem em prática o conceito de desenvolvimento sustentável?

 Viaje sem preconceitos

4. Se você estivesse em viagem turística ao Butão e visitasse uma escola de lá, como justificaria sua visita a um estudante butanês?

Orientações e sugestões didáticas

Em sala, proponha a leitura em voz alta do texto apresentado na seção Cruzando saberes. A leitura pode ser interrompida sempre que os alunos tiverem dúvida. Debatam oralmente as questões da seção e, ao final, peça aos alunos que registrem por escrito as respostas no caderno.

Para efeito de comparação com a fíb, consulte o World Happiness Report (Relatório Mundial da Felicidade) no endereço eletrônico disponível em: https://oeds.link/Pvrm9B; acesso em: 22 março 2022. O relatório de 2022 apontou a Finlândia como o país mais feliz do mundo pela 5ª vez consecutiva. O Brasil ficou na 38ª posição. A classificação baseia-se no questionamento de residentes dos países sobre o nível de felicidade e as respostas são cruzadas com fatores como Produto Interno Bruto (Píbi), esperança de vida, suporte social, liberdade de escolha, generosidade e percepção do nível de corrupção.

Mencione que o desenvolvimento sustentável de uma sociedade deve levar em consideração, além dos suprimentos materiais, como acesso a moradia, alimentação e infraestrutura básica, o bem-estar emocional e a saúde mental de toda a sua população. Ressalta-se que esse tópico está vinculado à meta 3ponto4 do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 das Nações Unidas sobre Saúde e Bem-Estar. Desenvolva o assunto com base na referência do link a seguir. Disponível em: https://oeds.link/XICCJO. Acesso em: 11 abril 2022.

Tema contemporâneo transversal

O tema Diversidade Cultural é contemplado nesta seção, que apresenta a valorização do desenvolvimento espiritual e sua relação com a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico no Butão. Promova uma conversa com os alunos sobre a importância do respeito às crenças e às culturas dos diversos povos e sobre o que pensam do caso analisado.

Respostas

  1. Os quatro pilares da fíb são: a promoção de um desenvolvimento socioeconômico sustentável e igualitário; a preservação e a promoção dos valôres culturais; a conservação do meio ambiente natural; o estabelecimento de uma boa governança.
  2. Nessa atividade, os alunos são estimulados a opinar com base em informações previamente pesquisadas, favorecendo sua capacidade de argumentação. Ajude-os oferecendo bases de dados em que eles possam pesquisar informações que subsidiem sua afirmação, introduzindo aspectos do método científico, fazendo uso pedagógico da tecnologia e ampliando o letramento digital e midiático dos estudantes. Uma possibilidade é usar o portal do í bê gê É países. Ao final, organize um momento para que os alunos confrontem seus pontos de vista.
  3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem a necessidade de uma consciência social relativa ao desenvolvimento sustentável e que interpretem a natureza e seus recursos como fonte de vida, e não apenas como fonte de lucro.
  4. Espera-se que os alunos tenham dito para o estudante butanês que eles têm interesse em saber mais sobre a cultura do Butão e sobre o fíb.
Ícone. Seção Atividades dos percursos.

Atividades dos percursos 19 e 20

Registre em seu caderno.

  1. Explique o que você entende por transitoriedade de fronteiras no mapa político da Ásia.
  2. A descolonização asiática representou a paz no continente? Explique.
  3. Aponte alguns tipos de intolerância entre pessoas e grupos sociais existentes na Ásia, como também em outras sociedades.
  4. Explique a diferença entre grupos terroristas que se autodeclaram islâmicos e o fundamentalismo islâmico.
  5. Explique por que a história da humanidade tem profundas raízes na Ásia.
  6. Explique o que é aglomeração urbana e aponte a mais populosa da Ásia.
  7. Considerando que a produção científica é uma das bases do desenvolvimento econômico, interprete a anamorfose e responda às questões.

Mundo: publicações científicas – 2016

Anamorfose. Mundo: publicações científicas, 2016. Anamorfose representando a quantidade de artigos científicos publicados por continente e países. Na anamorfose, a Europa é o continente com maior área, seguida da Ásia e da América do Norte. Entre os países desses continentes, na América do Norte destacam-se os Estados Unidos, com 942.351 artigos científicos publicados e, no continente asiático, a China com 942.351 artigos científicos publicados. Em uma proporção um pouco menor, Japão e Coreia do Sul na Ásia, com 700.000 mil artigos científicos publicados. Na Europa, destacaram-se em 2016 França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha. Os países do continente africano, do Sudeste Asiático, da América Central e da América do Sul estão com uma área bem mais reduzida do que a que apresentam na realidade, representando uma pequena quantidade de artigos científicos publicados pelos países que os integram em 2016.

Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 12.

  1. Aponte o país asiático que mais se destacou na produção científica mundial e a quantidade de artigos científicos publicados em 2016.
  2. Além do país apontado no item anterior, quais outros países asiáticos também se destacaram na produção científica anual nesse ano? Aponte a quantidade de artigos publicados.
  3. Qual continente mais se destacou na produção científica nesse ano?
Orientações e sugestões didáticas

Respostas

  1. Alguns povos asiáticos vivem em territórios que historicamente lhes pertencem, mas se encontram sob a tutela de um outro Estado. Esses povos se mobilizam para a formação de seu próprio Estado. Assim, é de esperar que as fronteiras na Ásia apresentem alterações no futuro.
  2. A descolonização asiática não representou a paz no continente, pois novos conflitos surgiram, como são os casos da Guerra da Coreia (1950-1953), da Guerra do Vietnã (1960-1975) e de vários conflitos e tensões que permanecem até os dias atuais, como aqueles entre árabes-palestinos e israelenses, os confrontos entre sunitas e xiitas no Oriente Médio, a Guerra Civil na Síria etcétera
  3. Podem ser apontadas a intolerância étnica, religiosa, de classe social, de nível de instrução, além de outras ligadas ao gênero e à orientação sexual.
  4. O terrorismo praticado por grupos que se autodenominam islâmicos é o modo pelo qual grupos político-religiosos radicais impõem sua vontade por meio de práticas violentas ou atentados, enquanto o fundamentalismo islâmico, que é uma corrente do islamismo, defende os valôres tradicionais dessa religião, pregando que o Corão, ou Alcorão, seu livro sagrado, deve ser a base do Estado, ou sua Constituição. O fundamentalismo também é encontrado em outras religiões, até mesmo em correntes do cristianismo.
  5. A Ásia é o berço das três maiores religiões do mundo em número de seguidores: a cristã, a islâmica e a hinduísta. Nesse continente teve início o cultivo de plantas, a domesticação de animais e o emprêgo de metais para a fabricação de vários utensílios. Além disso, foi na Ásia que se formaram algumas das primeiras tentativas de organização política, cultural, econômica e social realizadas pelos seres humanos.
  6. Também entendida como área metropolitana, corresponde à área urbana contínua que abarca várias cidades ou ainda a continuação de áreas urbanas contínuas de várias cidades que estatisticamente podem ser consideradas somente um mercado de trabalho. A mais populosa aglomeração urbana da Ásia é Tóquio-iôcorrâma, com 39,1 milhões de habitantes em 2021. Esclareça que ela fórma uma megalópole.
    1. China, com 942.351 artigos científicos publicados em 2016.
    2. Japão e Coreia do Sul, com 700 mil artigos científicos nesse ano.
    3. Europa.

8. Observe o mapa e responda às questões.

A diáspora chinesa na Ásia de sudeste

Mapa. A diáspora chinesa na Ásia de sudeste. Mapa representando as porcentagens de população de origem chinesa nos países do Sudeste Asiático.
Regiões de origem da grande maioria de chineses na Ásia de sudeste: ilha de Hainan e litoral sudeste da China.
População de origem chinesa (em porcentagem da população total)
De 0,1 a 1%: Filipinas e Camboja.
De 1,1 a 5%: Laos, Cingapura, Mianmar, Indonésia e Vietnã.
De 5,1 a 10%: Tailândia.
31%: Malásia e Brunei.
À esquerda, rosa dos ventos e escala de 0 a 630 quilômetros.

Fonte: bonifáce, pascál (.). Atlas des relations internationales. Paris: Hatier, 2013. página 167.

  1. Explique o título do mapa.
  2. Aponte os países da Ásia de sudeste em que a população de origem chinesa corresponde a 31% da população total.
  3. Localize em um atlas geográfico o nome da ilha ao sul da China de onde partiram chineses para povoar países da Ásia de sudeste.
  4. A população de origem chinesa na Indonésia corresponde a qual intervalo percentual de sua população?
  1. Elabore um croqui relativo às densidades demográficas mais altas e mais baixas da Ásia e às maiores aglomerações urbanas do continente. Para realizar esta atividade, reproduza o mapa da página 157, em seu caderno ou em uma folha de papel sulfite ou cartolina. Depois, pinte seu croqui usando cores para caracterizar apenas as áreas mais densamente povoadas e mais “vazias” em termos populacionais. Como no mapa de referência, a cor mais forte representa as regiões de maior densidade e a mais clara, as de menor. Já as maiores aglomerações urbanas (mais de 10 milhões) podem ser identificadas por algum símbolo; pesquise sobre pontos representativos dessas cidades para elaborar essa etapa. Por fim, dê um título ao croqui e cite a fonte.
  2. Leia o fragmento de texto e responda às questões.

Na área do Mar da China Meridional, além de tensões entre China e taiuã, há outras duas questões oceânicas.

olítch, Nelson bacíqui. Geopolítica dos oceanos, mares e rios. São Paulo: Moderna, 2011. página 25.

  1. Você sabe explicar qual é a razão das tensões entre China e taiuã?
  2. Com base no mapa da página 154, aponte as “duas questões oceânicas” citadas no fragmento de texto.

11. Em grupo, elaborem um texto sobre as atrações turísticas, históricas e culturais de um país da Ásia central e se possível o ilustre com fotos. Posteriormente, troque o texto com outro grupo com o objetivo de preencher eventuais lacunas.

Versão adaptada acessível

9. Selecione um tema estudado na Unidade 5 para a elaboração de uma representação cartográfica tátil. Partindo da análise das imagens presentes nos Percursos, utilize papéis, tecidos, linhas de diferentes espessuras, botões, entre outros, para criar contornos e preencher formas. Texturas lisas e ásperas, de cores e formatos diferentes, são boas opções para representar as áreas que farão parte de sua produção.

Orientação para acessibilidade

9. Proponha a elaboração de uma representação tátil a partir de materiais de diferentes texturas. Uma aula antes, oriente os estudantes a respeito dos materiais que eles devem levar à sala de aula para realizar a atividade. Contrastes do tipo liso e áspero, fino e espesso, tendem a favorecer a percepção tátil dos estudantes. Dessa forma, podem ser utilizados material emborrachado (EVA), diversos tipos de papéis, tecidos, linhas de diferentes espessuras, botões etc. Auxilie os estudantes durante a seleção e a organização dos materiais.

A transposição de uma representação visual para uma representação tátil tende a favorecer a ampliação do processo de ensino-aprendizagem. Se considerar pertinente, adapte o nível de complexidade da atividade.

Orientações e sugestões didáticas
    1. A palavra “diáspora” significa a dispersão de um povo. O mapa representa a dispersão da população chinesa no sudeste asiático.
    2. Malásia e Brunei.
    3. Rainân.
    4. De 1,1% a 5%.
  1. Usando como base o mapa da página 157, os alunos devem representar com a côr mais escura as áreas com nível de densidade mais alto. Com a côr mais clara, deverão colorir as áreas de baixa densidade demográfica. Reforce que apenas aglomerações urbanas com mais de 10.000 milhões de habitantes por quilômetro quadrado devem ser identificadas. A pesquisa sobre pontos representativos dessas cidades permite que os alunos tenham contato com paisagens, pontos turísticos etcétera diferentes dos que estão habituados, possibilitando novas fórmas de conhecer características de países asiáticos.
    1. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a saída das tropas francesas da China, nacionalistas e socialistas chineses passaram a disputar o poder. Com a vitória dos socialistas em outubro de 1949, foi fundada a República Popular da China, sob a liderança de máo tsé tung. Os nacionalistas, derrotados e sob liderança de Chiang Kai-shek, refugiaram-se no arquipélago de taiuã, ou Formosa, e fundaram a República da China. Essa situação não é aceita até os dias atuais pela República Popular da China, que considera taiuã seu território. Informe que a ônu não reconhece taiuã como Estado soberano por pressões da China, que é membro do Conselho de Segurança dessa organização.
    2. Trata-se de conflitos marítimos envolvendo a disputa pela posse das Ilhas Paracelso e do Arquipélago de Sprantley. Informe que as Ilhas Paracelso são disputadas pela China e pelo Vietnã, e o arquipélago, por Malásia, Brunei, Filipinas, Vietnã e China.
  2. O trabalho em grupo pode também ser afixado no quadro-mural da sala de aula.
Ícone. Seção Desembarque em outras linguagens. .

Desembarque em outras linguagens

chunmiô massuno

GEOGRAFIA E PAISAGISMO

Fotografia. Retrato de um homem calvo e de óculos, vestindo quimono azul-escuro e avental marrom. Ao fundo, folhagem verde-escura.

O monge paisagista chun miô Masuno nasceu em 1953. Formado em Agronomia pela Escola de Agricultura de tamagáua, no Japão, foi aprendiz do renomado paisagista catissúo sáito. Para criar seus jardins, Masuno se inspira em massúo sossequí, monge calígrafo, poeta e paisagista do século treze, que certa vez disse: “Não há nada de especial na água ou numa montanha; elas só se tornam especiais na mente das pessoas”. Professor de Design Paisagístico no Japão e no Canadá, Masuno já ganhou muitos prêmios e condecorações, entre eles o Prêmio do Ministério da Educação do Japão, em 1999, e a Menção do Ministério das Relações Exteriores, em 2003. Entre 2012 e 2017 publicou a série de livros Zen gardens (Jardins ).

Um monge, vários jardins

Os jardins fazem parte da cultura do Japão e constituem uma significativa manifestação artística. O jardim japonês expressa a essência da natureza em um espaço restrito e repleto de simbologias.

Com elementos da paisagem natural do Japão, o paisagista chunmiô massuno expressa emoções e sentimentos ao compor seus jardins de fórma harmoniosa, contrastando texturas lisas e ásperas, horizontais e verticais, esbeltas e volumosas.

Para muitas pessoas, o jardim japonês é apenas um lugar bonito pelo qual gostariam de transitar. No entanto, para , os jardins são lugares muito especiais verdadeiros templos para aqueles que buscam o equilíbrio mental. O trecho a seguir, retirado de uma obra de Masuno, reforça essa concepção:

“Os templos de quiôto e Nara atraem muitos visitantes. Seus jardins existem há centenas de anos. Quando vemos esses jardins, automaticamente acabamos nos sentando. Apesar de podermos contemplá-los de pé ou andando, por alguma razão queremos sentar. Esse ato incentiva a contemplação.

O que pensamos varia de pessoa para pessoa, mas, quando vemos um jardim, alguns de nós podem refletir sobre o jardim em si. Ao fazer isso, transcendemos centenas de anos e somos capazes de travar diálogo silencioso com as pessoas que o criaram.

No fluxo relaxante de um estado contemplativo, tentamos encontrar nossa própria existência. É uma oportunidade de reexaminar nosso dia a dia. reticências

, chun miô. Zen A arte de viver com simplicidade: 100 práticas para uma vida feliz. Rio de Janeiro: Fontanar, 2019. página 155.

 Caixa de informações

  1. Em que se baseia a construção de um jardim japonês?
  2. Para Masuno, qual é a função de um jardim?

 Interprete

3. Em sua opinião, de que maneira os jardins japoneses, como os de , questionam o distanciamento da população urbana em relação à natureza?

Orientações e sugestões didáticas

Esta seção exemplifica a tradicional relação que a sociedade japonesa mantém com a natureza. Os jardins criados por chunmiô massuno expressam a alma e a cultura japonesas, como também uma simbologia representada pelos elementos que os compõem. Acompanhe os alunos na leitura dos textos leve-os a refletir sobre os símbolos do jardim japonês. Solicite que interpretem a citação do livro de chunmiô massuno disponibilizada na seção. Tendo esclarecido as eventuais dúvidas, remeta-os às questões propostas e incentive-os a realizar a atividade da página seguinte sugerida em Mãos à obra.

Respostas

  1. Nos elementos naturais de uma paisagem real, como rios que percorrem florestas densas, montanhas intercaladas por vales e lagos, e na transposição da essência dessa paisagem para uma escala reduzida.
  2. Estimular no observador o equilíbrio mental e a reflexão. Com esse objetivo, o artista usa diversos elementos para compor um cenário que expresse determinado sentimento. O som suave da água pode estimular a reflexão e suscitar tranquilidade; as carpas, ao nadarem contra a correnteza, simbolizam a importância da determinação e da superação de obstáculos. Em outros casos, o artista mescla elementos ásperos e lisos para expressar outra emoção, como o contraste e a oposição.
  3. Resposta pessoal. Essa é uma oportunidade para trabalhar com os alunos a maneira como a sociedade urbana se apropriou da natureza, seja como recurso natural, seja como objeto de lazer. Os jardins japoneses chamam a atenção para a importância da natureza e estimulam o contato das pessoas com o tempo natural; são um contraponto e, talvez, uma crítica à velocidade no espaço urbano.

Entenda no quadro a seguir alguns símbolos do jardim japonês.

Os símbolos do jardim japonês

A pedra possui vários significados: um monte, uma montanha, a família, entre muitos outros.

Fotografia. No centro, um jardim composto por gramado verde, alguns fragmentos de rocha no centro e árvores ao redor. Ao fundo, uma construção com pilares e uma pequena passarela ligando o jardim.
Templo kenín djí, rigashiama, em quiôto, Japão (2019).

A água simboliza a purificação; reflete imagens e induz as pessoas a enxergarem a si mesmas; o som suave que emite ao passar entre as pedras estimula a reflexão.

Fotografia. Vista de um templo com telhado em formato triangular. À frente, um lago com pedras e árvores ao redor. À direita, uma ponte sobre o lago dá acesso ao templo.
O Templo codaidjí é um antigo templo da seita Rinzai em rigashiama, quiôto, Japão (2019).

O bambu enverga-se ao vento, mas não se quebra; sugere assim o comportamento resiliente que deveria ser copiado pelos seres humanos: adaptação a situações difíceis sem se deixar vencer.

Fotografia. À direita, destaque para um quiosque de madeira e, ao redor dele, uma floresta de bambu. À esquerda, um caminho de terra e alguns degraus de escada dando acesso ao quiosque. Ao lado da trilha, bambu e vegetação rasteira. Ao fundo, bambus e céu nublado.
Bambus no Jardim , em shimeshí, Japão (2019).

As carpas, além de conferirem cor e movimento ao jardim, são símbolo de fertilidade e prosperidade; admiradas pela capacidade de nadar contra a correnteza, são verdadeiro símbolo de determinação e superação de obstáculos.

Fotografia. Vista para um jardim composto por um pequeno lago com muitos peixes brancos e laranjas e fragmentos de rochas e arbustos podados em formato arredondado.
O Templo 27 da Peregrinação de shikóku está situado a um longo dia de caminhada. conominêdjí está situado a mais de 400 metros acima do nível do mar, na encosta superior do Pico conominê, côtchi, Japão (2019).

 Mãos à obra

4. Reúna-se com um colega. Juntos, vocês vão construir um pequeno jardim japonês. Inspirem-se em paisagens naturais; se não houver cenários desse tipo por perto, pesquisem fotos em revistas e na internet. Vocês podem usar diversos materiais, como ramos, folhas e pequenos seixos. É importante, no entanto, atentar não apenas para a presença desses elementos na natureza, mas também para a simbologia que cada um terá no jardim de vocês.

Orientações e sugestões didáticas

4. É oportuno lembrar aos alunos que os jardins japoneses são dotados de intencionalidade tanto em relação à representação do que há de essencial na paisagem como na simbologia de cada elemento escolhido. Essa observação deverá auxiliá-los na escolha dos elementos a compor a paisagem e na mensagem que eles desejam comunicar.

Tema contemporâneo transversal

O tema Diversidade Cultural é contemplado nesta seção. Na cultura japonesa, a criação de jardins é uma manifestação artística e simbólica – a escolha das fórmas e dos elementos da natureza que compõem cada jardim e a maneira como eles são dispostos no espaço têm uma razão simbólica, que transmite uma mensagem. Leia com os alunos o texto sobre a simbologia de cada elemento do jardim japonês (pedra, água, bambu e carpas), chamando a atenção para o fato de eles terem uma função e um propósito. O estudo desse tema contribui para que os alunos identifiquem os valôres culturais desse povo; nesse caso, a valorização da natureza e de comportamentos humanos como reflexão, adaptação e determinação.

Interdisciplinaridade

Com o professor de Arte, noções sobre paisagismo e suas técnicas poderão ser apresentadas aos alunos. Ressalte a importância da criação de áreas paisagísticas em espaços urbanos degradados e da inclusão de jardins em projetos e iniciativas de planejamento urbano. Com a contribuição do professor de Ciências, poderão ser abordados conteúdos de botânica e ecologia.

Glossário

Possessão
Região ou território sob o domínio de um Estado estrangeiro; pode ser entendida como colônia de um país.
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Mandato
Decisão pela qual a Liga das Nações confia a uma grande potência a administração de um território a fim de progressivamente conduzi-lo ao autogovêrno.
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Racismo
Crença ou pensamento, sem base científica, que sustenta que há superioridade de uma “raça” sobre outras.
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Discriminação
Ato ou efeito de discriminar, ou seja, diferenciar; tratamento preconceituoso dado a indivíduos, grupos sociais, étnicos etcétera
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Cristão
Aquele que pratica uma das religiões cristãs: ortodoxa (cristão ortodoxo ou do Oriente), católica ou protestante (cristãos do Ocidente).
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Islâmico
Também chamado de muçulmano, refere-se àquele que pratica a religião fundada pelo profeta Maomé, no século sete, na atual Arábia Saudita. Seu livro sagrado é o Alcorão ou Corão, que reúne as mensagens de Deus (Alá, para os muçulmanos ou islâmicos ou ainda maometanos).
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Sunita
Corrente do islamismo que considera os quatro primeiros califas chefes supremos dessa religião e sucessores de Maomé.
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Xiita
Corrente do islamismo que considera verdadeiras apenas as tradições de Maomé transmitidas por meio dos descendentes de Ali e Fátima, genro e filha do profeta.
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Fundamentalismo islâmico
Corrente do islamismo que defende os valôres tradicionais dessa religião e prega a adoção do Corão, seu livro sagrado, como base da Constituição do Estado e da organização de diversos aspectos da vida em sociedade.
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Semítica
Família linguística originária da Ásia Ocidental que compreende as línguas dos hebreus, assírios, fenícios e árabes.
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