UNIDADE 8 OCEANIA E ÁRTICO
Prepare-se para uma viagem surpreendente e repleta de contrastes, na qual conhecerá paisagens dos desertos da Austrália, na Oceania, às geleiras do Ártico.
Você vai estudar a Austrália e a Nova Zelândia, que, com outros milhares de ilhas e arquipélagos, compõem a Oceania. Vai entender como se deu o processo de colonização desses dois países, seus aspectos populacionais e econômicos e as condições naturais que fazem dessa área uma das mais singulares do mundo.
Na Róta do gelo, vamos para o extremo norte do planeta – o Ártico – para descobrir seus aspectos naturais, o impacto do aquecimento global e os povos do frio.
O Ártico possui relevância geopolítica regional e mundial.
O derretimento do gelo polar causado pelo aquecimento global facilita o acesso aos recursos naturais, abre novas rótas de comércio marítimo e fragiliza as fronteiras entre países antes isoladas por camadas intransponíveis de gelo, levando-os a novos impasses e ao desenvolvimento de novas estratégias para aumentar as suas defesas militares nessa região.
VERIFIQUE SUA BAGAGEM
- O Ártico abrange áreas territoriais de quais países?
- O que são banquisas?
- Qual é a relação entre o aquecimento global e o derretimento das geleiras e das banquisas do Ártico?
Orientações e sugestões didáticas
Unidade 8
Completando o estudo do espaço geográfico mundial, esta Unidade aborda a Oceania e o Ártico. Procuramos fornecer conhecimentos básicos essenciais para um futuro aprofundamento de ambos no Ensino Médio.
Os Percursos que compõem a Unidade tratam, inicialmente, da regionalização dos três grupos de ilhas da Oceania (Melanésia, Micronésia e Polinésia), caracterizando principalmente os seus aspectos físico-naturais e as suas transformações geopolíticas e territoriais. Posteriormente, abordam a Austrália e a Nova Zelândia, países que se constituem nas maiores economias da Oceania. São enfatizados os processos de formação desses territórios e as condicionantes naturais e humanas de seu povoamento e uso da terra. O último Percurso estuda o Ártico, os chamados povos do frio e as causas e as consequências dos principais problemas ambientais enfrentados nessa região.
Ao longo dos estudos, diferentes representações cartográficas e iconográficas devem ser exploradas. Use também os bócsês No seu contexto, Pausa para o cinema e Navegar é preciso, pois eles possibilitam que as reflexões não fiquem apenas no contexto escolar. Estimule a consulta a esses recursos didático-pedagógicos.
A foto da abertura desta Unidade tem o objetivo de sensibilizar os alunos para o estudo dos conteúdos nela apresentados, em particular, o Ártico, espaço geográfico distante do Brasil. Faça uma sondagem do que os alunos sabem a respeito desse espaço propondo questões como: “Há alguma relação entre o aquecimento global e o degelo no Ártico?”; “Quais são os principais recursos econômicos e energéticos em disputa no Ártico?”. Após a sondagem inicial, remeta-os à seção Verifique sua bagagem, cujas questões devem ser respondidas oralmente para possibilitar que novas perguntas surjam nesse processo.
Respostas
- O Ártico abrange áreas territoriais de Rússia, Noruega, Islândia, Estados Unidos, Canadá, Finlândia, Suécia e Dinamarca, pois esse último país possui o território autônomo da Groenlândia, situado entre o Atlântico Norte e o Oceano Glacial Ártico.
- Banquisas são massas de gelo que podem atingir mais de 5 metros de espessura e cobrir mais de 14 milhões de quilômetros quadrados e que são formadas pelas águas congeladas do Oceano Glacial Ártico.
- Espera-se que os alunos saibam que existe relação entre o aquecimento global e o derretimento das geleiras, e também com o recuo da área coberta por banquisas no Ártico.
PERCURSO 29 OCEANIA
1. Continente com milhares de ilhas
Com ..8528382 quilômetros quadrados de terras emersas, a Oceania reúne Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné e milhares de ilhas localizadas no Oceano Pacífico. Desse total, 90,2% das terras correspondem à Austrália, e o restante, aos outros países e ilhas do continente.
A Oceania pode ser dividida em três grandes grupos de ilhas: Melanésia, Micronésia e Polinésia, além da Austrália e da Nova Zelândia.
Oceania: distribuição do território (em porcentagem)
Fonte: elaborado com base em CALENDARIO atlante De Agostini 2014. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2013. página 115.
Oceania: grupos de ilhas e divisão política – 2022
Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 108.
A que conjunto de ilhas da Oceania pertencem as ilhas Salomão, Marshall e Cook?
Orientações e sugestões didáticas
Na Oceania, as Ilhas Salomão pertencem à Melanésia; as Ilhas Marshall, à Micronésia; e as Ilhas Cook, à Polinésia.
Percurso 29
Este Percurso leva o aluno a conhecer a Melanésia, a Micronésia e a Polinésia. Os arquipélagos que as formam são caracterizados do ponto de vista físico-natural, assim como são abordados seus problemas socioambientais e suas apropriações territoriais por diversos países, além de suas independências recentes e formação de Estados ou países.
Ao longo desses estudos, sugerimos retomar os conhecimentos sobre os continentes e os oceanos. Também seria oportuno usar um planisfério ou globo terrestre, mostrando aos alunos que a Oceania reúne uma multiplicidade de ilhas e arquipélagos bastante distantes geograficamente do Brasil. Introduza-os no conhecimento desse continente, empregando os mapas disponibilizados no livro, alertando-os para que, na ocasião da leitura do texto, eles devem sempre ser consultados. Explore também fotos, gráficos e o Bócsi No seu contexto.
Habilidades da Bê êne cê cê
- ê éfe zero nove gê ê zero oito
- ê éfe zero nove gê ê zero nove
- ê éfe zero nove gê ê um sete
As ilhas e os arquipélagos da Oceania foram disputados historicamente por vários países, bem como foram usados para a realização de testes nucleares por algumas potências e cobiçados para a instalação de bases militares. Os estudos desenvolvidos neste Percurso aprimoram a compreensão dos aspectos físico-naturais da Oceania, além dos aspectos populacionais, políticos e econômicos e das fórmas de ocupação humana e uso da terra desse continente.
De modo geral, a economia desses três grandes conjuntos tem por base as culturas comerciais para exportação: café, cana-de-açúcar, copraglossário , frutas tropicais, mineração de níquel (Nova Caledônia), ouro, cobre, petróleo (Papua Nova Guiné) e fosfato, além do turismo e da pesca.
De todos os arquipélagos e ilhas da Oceania, excluindo a Austrália, a mais populosa é Papua Nova Guiné, com 9,8 milhões de habitantes (estimativa para 2025), cuja porção ocidental é uma província da Indonésia: o iriân djáia.
A exemplo da Austrália e da Nova Zelândia, a Micronésia, a Melanésia e a Polinésia foram alvos da cobiça imperialista e neocolonialista, principalmente dos países europeus e dos Estados Unidos, servindo não só ao fornecimento de matérias-primas às metrópoles, mas também como bases militares para o domínio geopolítico do Oceano Pacífico.
• Melanésia
A Melanésia abrange milhares de ilhas, desde Papua Nova Guiné (ao norte da Austrália) até as proximidades da Nova Zelândia. A origem do seu nome está relacionada à pele escura da população aborígine local: os negros da Oceania. Proveniente do grego, o termo melanésia significa “ilha dos negros”.
Entre milhares de territórios que formam a Melanésia, os principais são:
- Papua Nova Guiné: foi ocupada por britânicos, alemães e holandeses e, em 1975, tornou-se independente, constituindo-se como Estado (foto);
- Ilhas Salomão: tornaram-se independentes do Reino Unido em 1978;
- República de Vanuatu: antiga Novas Hébridas, tornou-se independente do Reino Unido em 1980;
- República das Ilhas Fiji: antiga colônia britânica, tornou-se independente em 1970;
- Arquipélago da Nova Caledônia: território francês ultramarino.
As ilhas na Melanésia são predominantemente montanhosas, vulcânicas e de clima tropical úmido. A população total é de mais de 12 milhões de habitantes, dos quais cêrca de 80% vivem em Papua Nova Guiné.
NO SEU CONTEXTO
Você já viu pessoalmente ou em fotografias paisagem como a da foto? Onde?
Orientações e sugestões didáticas
Na resposta às questões do Bócsi No seu contexto, espera-se que os alunos apontem as palafitas, muito comuns nos igarapés dos rios da Bacia Amazônica, como também em córregos em todo o Brasil, inclusive nas regiões metropolitanas.
Interdisciplinaridade
Em parceria com o professor de História, trabalhe o contexto em que se deu o processo de independência política dos territórios que formam a Melanésia. Associe esse processo com outros ocorridos também no decorrer dos anos 1970, em outros continentes, nomeadamente na África e na Ásia.
Outra possibilidade é trabalhar o aquecimento global em conjunto com o professor de Ciências, usando como exemplo as Ilhas Carterê, na Melanésia, pertencentes a Papua Nova Guiné, que foram desocupadas em razão da elevação do nível do mar em 2008. É uma oportunidade para os alunos exercitarem a capacidade de relacionar ocorrências ou fatos a fenômenos.
Competência
Contextualizar o processo de independência da Oceania possibilita desenvolver a Competência Específica de Ciências Humanas 5: “Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados”.
• Micronésia
Com .3300 quilômetros quadrados de terras emersas – cêrca de um sexto da área territorial de Sergipe, o menor estado brasileiro –, a Micronésia (termo proveniente do grego que significa “pequenas ilhas”) é formada por mais de .2500 ilhas coralíneas e vulcânicas. Essas pequenas ilhas se estendem por uma superfície oceânica cuja área é calculada em 8 milhões de quilômetros quadrados.
A descolonização da Micronésia acelerou-se a partir de meados do século vinte, mas parte significativa dos territórios ainda mantém vínculo com potências externas. É o caso das ilhas Marianas do Norte e Guam; as primeiras estão sob tutela estadunidense, e a segunda foi anexada pelos Estados Unidos. Outras ilhas e arquipélagos importantes dessa região são:
• Palau: ocupada por espanhóis, alemães e japoneses no passado. Após a Segunda Guerra Mundial, com autorização da ônu, foi administrada pelos Estados Unidos até 1981, quando então se tornou um Estado (foto);
- Nauru: tornou-se independente em 1968, tendo sido explorada até essa data pelo Reino Unido, Nova Zelândia e Austrália;
- Kiribati: ex-colônia britânica (antigas Ilhas de ), tornou-se independente em 1979;
- Ilhas Marshall: as ilhas foram ocupadas pelo Reino Unido, Alemanha, Japão e Estados Unidos. Em 1979, já independentes, as Ilhas Marshall transformaram-se em república. Mais tarde, em 1986, por meio de um acordo com os Estados Unidos, que ofereceram ajuda financeira em troca da instalação e manutenção de bases militares no país, tornaram-se um Estado associado. Nas Ilhas Marshall, os Estados Unidos fizeram vários testes nucleares, tornando a região uma das áreas de maior contaminação radioativa do mundo.
Orientações e sugestões didáticas
Interdisciplinaridade
O professor de Ciências poderá contribuir nesta etapa dos estudos, explicando para os alunos mais detalhadamente os efeitos da contaminação radioativa no organismo humano. Discuta também os efeitos socioambientais dos testes nucleares. Considere trabalhar o caso específico do Atol de bikíni, nas Ilhas Marshall, onde os Estados Unidos realizaram testes nucleares após a Segunda Guerra Mundial. Além disso, podem ser explorados os desafios ambientais, como a elevação do nível das águas oceânicas e a poluição dos mares por resíduos tóxicos (agrotóxicos, fertilizantes, óleo dízel etcétera).
Temas contemporâneos transversais
Os testes nucleares que os Estados Unidos realizaram nas Ilhas Marshall lançam a oportunidade de um debate sobre os temas Educação Ambiental e Educação em Direitos Humanos.
• Polinésia
A Polinésia (termo de origem grega que significa “muitas ilhas”) abrange milhares de ilhas e arquipélagos situados no Pacífico Central, numa vasta área de fórma aproximadamente triangular delimitada por Nova Zelândia, Ilhas Midway (Estados Unidos) e Ilha de Páscoa (Chile).
Na Polinésia se encontra o Estado Independente de Samoa, localizado na parte ocidental do arquipélago de mesmo nome. Ocupado pela Alemanha e pela Nova Zelândia, em 1962, Samoa tornou-se independente, mas a porção oriental do arquipélago continua sob domínio estadunidense desde o final do século dezenove.
Além de Samoa (foto), a Polinésia compreende milhares de outras ilhas, como Tuvalu, ex-colônia britânica que se tornou independente em 1978, Bora Bora, Taiti, Sociedade, Cook (Nova Zelândia), Pitcairn (Reino Unido) e Marquesas, entre outras que formam a Polinésia Francesa.
O Atol de mururôa, na Polinésia Francesa, foi palco de testes nucleares franceses desde 1960. Essa atividade cessou em 1996, em virtude de protestos mundiais, locais e regionais, levando a França a assinar o Tratado de Proibição de Testes Nucleares.
Orientações e sugestões didáticas
Atividade complementar
Propicie um momento de debate a respeito da importância do Tratado de Proibição de Testes Nucleares, de 1996. Após a conversa, proponha aos alunos que pesquisem esta questão: “De que modo o Brasil tem participado e se posicionado, no cenário internacional, sobre o uso da energia nuclear?”. Oriente-os a visitar o site do Itamaraty para obter informações oficiais sobre o assunto.
Tema contemporâneo transversal
Discuta com os alunos a importância do posicionamento das pessoas em prol de um mundo sem armas nucleares. Incentive a reflexão a respeito do uso da energia nuclear, observando que ele deve ter fins pacíficos e respeitar os direitos humanos, bem como a perspectiva humanitária como ponto central nas relações internacionais. Com esse debate, você estará promovendo reflexões sobre o tema Educação em Direitos Humanos.
2. Os primeiros povos das ilhas do Oceano Pacífico
As ilhas do Oceano Pacífico foram povoadas há milhares de anos pelos ancestrais dos polinésios. Hoje, seus descendentes representam uma rica e diversificada cultura.
• Conquistadores do Pacífico
Os primeiros povos das ilhas do Oceano Pacífico criaram desde minúsculas canoas a remo, para “surfar” nas ondas, até enormes embarcações a vela com dois mastros, capazes de viagens oceânicas com dezenas de pessoas, além de plantas e animais domesticados para colonizar ilhas a milhares de quilômetros.
• Guiados pela memória e pela natureza
Com a ajuda de histórias e canções, cada geração aprendia com os mais velhos a usar os corpos celestes, os ventos, as correntes marítimas, o comportamento dos animais e a aparência das águas e das nuvens para se orientar.
Os nativos das Ilhas Marshall criaram mapas feitos de conchas, fibras de coco e palmeira (foto) para localizar ilhas. Esses mapas são conhecidos como mapas de vara ou de bastão.
Antigos marinheiros navegaram milhares de quilômetros do Oceano Pacífico Sul com a ajuda desses mapas, que, além de mostrar padrões de ondas e correntes, também representam atóis e ilhas por meio de conchas.
3. Problemas ambientais nas ilhas oceânicas
• Alteração ambiental
Os moais, enormes esculturas de pedra, remontam a um passado de grande riqueza cultural do povo rapa nui.
Nativo da Ilha de Páscoa, esse povo foi praticamente dizimado em razão do uso indiscriminado dos recursos vegetais da ilha e de doenças e guerras trazidas pelos primeiros europeus que ali chegaram.
Orientações e sugestões didáticas
Os conteúdos desta página e da seguinte apresentam uma síntese dos meios técnicos que os povos das ilhas do Oceano Pacífico usaram para a sua dispersão regional e também de alguns problemas ambientais existentes na região. Acompanhe os alunos na leitura, na interpretação e na reflexão das informações, sempre esclarecendo as dúvidas deles e propondo novas questões desafiadoras.
Uma das principais fontes de renda da Polinésia é o turismo. As águas claras, os corais, as altas temperaturas, o cenário paradisíaco e as grandes redes hoteleiras atraem turistas do mundo todo. No entanto, os viajantes têm como obstáculos a distância e os poucos voos internacionais ao arquipélago. O avião é um importante meio de transporte local, já que as próprias ilhas estão distantes umas das outras.
Interdisciplinaridade
É possível desenvolver um trabalho interdisciplinar com o professor de Ciências, que poderá contribuir com explicações e atividades não só sobre as ameaças do aquecimento global para as ilhas da Oceania, mas também sobre as características dos ecossistemas insulares.
De acôrdo com estudos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas ( í pê cê cê, na sigla em inglês), a temperatura média da Terra poderá aumentar 5 graus Célsius até o ano de 2100, agravando ainda mais as condições climáticas atuais, e, consequentemente, ampliar o processo de derretimento das geleiras e das banquisas. Em 28 de fevereiro de 2022, foi publicado o Relatório Especial do í pê cê cê, que alerta sobre a necessidade de aumentar as ações para limitar o aquecimento global em 1,5 graus Célsius até o final deste século, pois prevê que em 20 anos esse limite será atingido.
• Economia não sustentável
Nauru, a menor república do mundo, entrou em crise econômica quando suas reservas de fosfato se exauriram. Elas eram a única fonte de renda do país durante o século vinte. Além disso, sua exploração tornou grande parte da ilha imprópria para a agricultura e comprometeu a vida marinha.
O país apresenta limitada disponibilidade de água doce e depende, atualmente, da ajuda financeira de outros países, como a Austrália.
• Impactos locais do aquecimento global
Com a elevação do nível dos mares e dos oceanos em razão do aquecimento global, diversas nações insulares do Pacífico serão afetadas, podendo até ser submersas.
De acordo com relatório de 2021 do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCCglossário – na sigla em inglês), o nível médio global do mar aumentou para 3,7 entre 2006 e 2018. Ainda de acôrdo com o í pê cê cê, é muito provável que a influência humana tenha sido a principal causadora desse aumento do nível médio global do mar.
O atol onde vive a população das Ilhas Carterê está sendo invadido pelas águas, obrigando sua população a migrar. Esse processo também ocorre em outros países insulares da Oceania, como Kiribati e Tuvalu.
Em Tuvalu, um país de baixas altitudes situado a cêrca de 4 mil quilômetros da Austrália, formado por um conjunto de nove atóis, as terras cultiváveis estão se tornando improdutivas por causa da salinidade da água do mar que está se infiltrando no solo.
Os problemas ambientais das ilhas oceânicas têm diversas causas. Quais são elas?
Orientações e sugestões didáticas
Em Nauru, a principal causa dos problemas ambientais foi a exploração indiscriminada do fosfato, até a exaustão. Nas Ilhas Carterê, Kiribati e Tuvalu, a população sofre com a elevação do nível do oceano, que invade áreas antes emersas, obrigando as pessoas a migrar. Na Ilha de Páscoa, a provável má gestão dos recursos vegetais pelo povo nativo, além das doenças e guerras trazidas pelos colonizadores europeus, quase dizimou a população.
Temas contemporâneos transversais
Dois temas são contemplados nas páginas 225 e 226: Educação Ambiental e Diversidade Cultural. Comente com os alunos que os povos das ilhas do Oceano Pacífico apresentam rica diversidade cultural e desenvolveram técnicas de navegação que lhes permitiram povoar vários territórios insulares; admite-se, até mesmo, que uma das correntes de povoamento da América pode ter sua origem nesses povos. Algumas dessas ilhas foram palco de testes nucleares pela França e pelos Estados Unidos, que deixaram rastros de contaminação radioativa. Além disso, reforce que o aquecimento global está produzindo impactos, como a elevação do nível dos mares e dos oceanos.
Atividades complementares
Leia o texto a seguir em sala de aula e chame a atenção dos alunos para os impactos gerados pela elevação do nível dos oceanos. Após a leitura, promova um debate sobre a questão: “Quais seriam as possíveis soluções para as populações locais?”.
“As ilhas paradisíacas do Pacífico Sul estão sumindo. Em poucos anos, algumas delas devem ficar desertas: cansados das frequentes inundações, os moradores estão indo embora. Entre as 12 nações-arquipélagos da região, duas estão em alerta máximo. Com a elevação do nível do mar, os países de Kiribati e Tuvalu podem ser engolidos pelo mar, saindo do mapa de vez até o fim deste século. reticências No comêço do ano, marés altas provocam inundações a toda hora. A água invade as casas e causa erosões. Com as raízes atacadas dia a dia pelas ondas, as palmeiras estão caindo. reticências O govêrno dos dois países já preparou um programa de emergência para arranjar alojamento para seus 115 mil moradores, os primeiros refugiados do aquecimento global. reticências”
VITOLA, Giovana. Países em extinção. Superinteressante. Disponível em: https://oeds.link/9ZUJrl. Acesso em: 19 abril 2022.
Após a leitura, promova um debate sobre a questão: “Quais seriam as possíveis soluções para as populações locais?”.
O pintor francês Pôl (1848-1903) foi um dos maiores artistas do movimento pós-impressionista e viveu seus últimos anos nas Ilhas Marquesas (Polinésia Francesa).
Peça aos alunos que façam uma pesquisa sobre a biografia de e sobre os aspectos da cultura da Polinésia retratados em suas obras.
PERCURSO 30 AUSTRÁLIA
1. Conquista e colonização da Austrália
A incorporação da Austrália ao capitalismo se deu após a conquista europeia dos continentes africano, americano e asiático. A América, por exemplo, já estava inserida nos fluxos comerciais coloniais desde o século dezesseis, enquanto a Austrália somente foi efetivamente incorporada a esse sistema a partir do século dezoito.
Chegada dos europeus à Oceania e às ilhas do sudeste asiático – do século dezesseis ao dezoito
Fonte: Quínder, Rírman; Rilgamán Véarná. Atlas histórico mundial: de los orígenes a la Revolución Francesa. Madri: Istmo, 1970. página 302.
asteriscoApós a morte de Fernão de Magalhães, em 1521, Juan sebastiân Elcano assumiu o comando da frota, completando em 1522 a primeira viagem marítima ao redor da Terra.
Que territórios passaram a ser conhecidos dos europeus após as expedições de tésmén?
Orientações e sugestões didáticas
Na resposta à questão proposta, os alunos podem citar como territórios que passaram a ser conhecidos dos europeus a Ilha da Tasmânia, Nova Zelândia, Ilhas Fiji, Tonga, Ilhas Molucas, Ilhas Salomão e Nova Guiné.
• A colonização da Austrália
No início da colonização da América do Norte, os condenados britânicos eram enviados para o território que mais tarde daria origem aos Estados Unidos. Com a independência desse país, a Austrália, já conhecida dos europeus, surgiu como alternativa para abrigá-los, segundo consta nos relatos do capitão djeimes cúqui (1728-1779) feitos à Coroa britânica.
Orientações e sugestões didáticas
Percurso 30
Dando continuidade aos estudos sobre a Oceania, este Percurso explica a conquista e a colonização da Austrália por europeus, ressaltando seus impactos para a população aborígine; aborda o meio natural e a ocupação humana e o uso da terra correspondente a esse território, evidenciando a articulação sociedade-natureza aí existente.
Ao longo dos estudos, é importante estabelecer comparações com as colonizações de povoamento e de exploração realizadas na América. Outro fato que deve ser comparado é o destino das populações nativas, que foram desterritorializadas e, no confronto com os colonizadores, foram vencidas por causa de sua inferioridade técnica em armamentos. Ao abordar o meio natural e a economia da Austrália, use os mapas e os gráficos como suporte de sua explanação sobre a localização e a distribuição espacial de fenômenos e fatos geográficos.
Habilidades da Bê êne cê cê
- ê éfe zero nove gê ê zero três
- ê éfe zero nove gê ê zero nove
- ê éfe zero nove gê ê um zero
- ê éfe zero nove gê ê um quatro
- ê éfe zero nove gê ê um cinco
- ê éfe zero nove gê ê um seis
- ê éfe zero nove gê ê um sete
Este Percurso aprofunda as habilidades de explicar e comparar aspectos naturais, populacionais, socioambientais e econômicos da Austrália, além de articular as características físico-naturais desse território ao seu povoamento e ao uso da terra, destacando as pressões dessas fórmas de uso sobre o meio ambiente. Em seu trabalho, tenha em vista que os alunos aprimorem suas habilidades de interpretação e elaboração de mapas e gráficos, fundamentais à síntese e à transmissão de conhecimentos e informações geográficas.
Os mapas, os gráficos, as fotos e os textos do Percurso também permitem compreender as características do meio natural, possibilitando a comparação delas com as de outros continentes estudados no volume.
Ao abordar a economia e o desenvolvimento social na Austrália, solicite aos alunos que identifiquem as áreas industrializadas e reflitam sobre a produção e a circulação de produtos no país e sobre seu comércio externo.
O primeiro contingente de degredados desembarcou na Austrália em 1788, nas proximidades da atual cidade de Sidnei. Somava pessoas, das quais 188 eram mulheres. Dessa data em diante, a Austrália transformou-se em uma colônia penal, fato esse que, aliado à distância da Europa, desestimulou a imigração de britânicos e irlandeses. Nessa época – final do século dezoito e início do dezenove –, eles migravam principalmente para os Estados Unidos.
Conquista e ocupação do território australiano
Posteriormente, três fatores contribuíram para a conquista e a ocupação das terras australianas pelos britânicos: o início da criação de ovelhas e carneiros, favorecida pelas condições naturais do território, e o consequente desenvolvimento da indústria de lã (em 1831, a Austrália já exportava mais de uma tonelada de lã fina para as indústrias da Inglaterra); a descoberta de terras férteis para o desenvolvimento da agricultura; e a descoberta de ouro em vários locais do território por volta de 1850.
Em 1820, a população de origem europeia era de apenas 38 mil pessoas; em 1850, já atingia mil e, em 1860, ultrapassava 1 milhão. A partir daí, ocorreu um grande crescimento na economia australiana, tendo por base as três atividades econômicas já citadas – e Londres via com entusiasmo esse desenvolvimento.
Como ocorrido durante a colonização europeia na África, na América e na Ásia, a conquista e a ocupação do território australiano pelos britânicos resultaram no massacre dos povos nativos, os aborígines (foto).
Os habitantes ou povos originários que não foram exterminados fugiram para o interior. Admite-se que o último nativo da Tasmânia, ilha situada ao sul da Austrália, tenha morrido em 1877.
Os aborígines intensificaram os movimentos pelos seus direitos a partir dos anos 1960. Em 1991, ganhou impulso o Conselho de Conciliação Aborígine. Trata-se de um órgão criado pelo parlamento australiano que, admitindo as menores oportunidades de emprêgo e as piores condições sociais dos aborígines quando comparadas às do restante da população australiana, busca desenvolver programas sociais e econômicos que beneficiem essas comunidades.
NO SEU CONTEXTO
O território brasileiro foi conquistado e ocupado por europeus antes ou depois do território australiano?
Orientações e sugestões didáticas
O território brasileiro foi conquistado e ocupado por europeus antes da conquista e ocupação do território australiano. No Brasil, esse processo se iniciou no século dezesseis, enquanto na Austrália data do século dezoito.
PAUSA PARA O CINEMA
Geração roubada.
Direção: fílip nóis. Austrália: Rumbalava Films, 2002. Duração: 94 minutos
Baseia-se em fatos reais, narrando a história de uma menina aborígine que foge com sua irmã e uma prima de um campo instalado na Austrália pelo govêrno britânico para treinar mulheres aborígines como empregadas domésticas. Na fuga, são perseguidas pelo governador, que não admite que elas não aceitem a lógica do colonizador.
Orientações e sugestões didáticas
Temas contemporâneos transversais
Na discussão a respeito da conquista europeia do território australiano, há a oportunidade de trabalhar os temas Educação para a valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais Brasileiras e Diversidade Cultural, desde que se façam comparações com a África e a América.
Atividade complementar
Discuta com os alunos as semelhanças existentes no processo de colonização da Austrália e do Brasil quanto a suas consequências para os povos indígenas nativos. Questione os alunos e incentive-os a pesquisar os desafios enfrentados pelos aborígines australianos na atualidade. Pergunte: “Os problemas enfrentados pelos aborígines se assemelham aos dos indígenas brasileiros?”; “Que sugestões vocês dariam para minimizar ou solucionar os problemas enfrentados por esses povos?”.
Competência
A proposta da atividade complementar anterior possibilita que se mobilize a Competência Específica de Geografia 5: “Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico-informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia”.
Interdisciplinaridade
O professor de História pode contribuir nesta etapa dos estudos abordando os distintos períodos da expansão europeia no mundo e contextualizando a inserção da Oceania no capitalismo mundial.
A colonização de povoamento
Na Austrália, os britânicos implantaram núcleos de colonização de povoamento, que difere da colonização de exploração implantada na maior parte da América a partir do século dezesseis e do neocolonialismo do século dezenove, imposto na África e na Ásia.
Na colonização de povoamento, as famílias ou os colonos que migravam tinham o objetivo de constituir um novo lar. Assim, organizavam a produção a fim de atender a suas necessidades, ou seja, produzir para o próprio sustento, e, caso houvesse excedente, comercializá-lo. Formaram, de início, pequenas propriedades rurais, com base no trabalho familiar, as quais desenvolveram o artesanato doméstico, que depois se transformou em manufatura e indústria.
Essas características não eram observadas nas colônias de exploração, cujo objetivo principal era aproveitar o que a terra e a população da colônia pudessem fornecer para o enriquecimento da metrópole.
2. O meio natural
Na Austrália, como em outros países, o meio natural influencia a ocupação do território. Estudaremos, agora, os aspectos naturais desse país e, em seguida, a distribuição territoral da população.
• relêvo e clima
Na maior parte do território australiano predominam as altitudes baixas, com vastas extensões planas de planaltos e planícies. As porções mais elevadas localizam-se na parte oriental do país, próximas ao Oceano Pacífico, onde se encontra a Cordilheira Australiana.
Mesmo nessa formação, as altitudes não são tão elevadas e variam entre 500 e .1500 metros, em média; na parte sul, localiza-se o ponto culminante do relêvo australiano, o Pico cotchiúsko, com .2230 metros de altitude.
Austrália: físico
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 108.
Em que fórma de relêvo a capital australiana, canbérra, está localizada? Em que intervalo de altitude ela se localiza?
Orientações e sugestões didáticas
Canberra, capital da Austrália, localiza-se na Cordilheira Australiana, entre 500 e .1500 metros de altitude. A altitude real de canbérra é de 605 metros.
NAVEGAR É PRECISO
Embaixada da Austrália – Brasília
https://oeds.link/dxvg44
Saiba mais sobre a Austrália, considerada um dos países com melhores condições de vida do mundo. Nesse site, há dicas para turistas e interessados em estudar no país.
Orientações e sugestões didáticas
Interdisciplinaridade
O professor de História poderá contribuir com o aprendizado do tema relembrando e comparando com os alunos as colonizações de povoamento e de exploração. Trabalhe em conjunto, mapeando onde cada um desses tipos de colonização foi implementado e discutindo seus impactos nos territórios, na formação das sociedades e em suas economias.
Atividade complementar
Peça aos alunos que consultem o planisfério político, na página 254, e que calculem a diferença longitudinal, em graus, entre o meridiano que “corta” a Austrália em sua porção oriental e o que “corta” o território brasileiro, ambos representados no planisfério.
A disposição da Cordilheira Australiana é fundamental para explicar o clima da Austrália. Essa formação serve de obstáculo à penetração de massas de ar oceânicas (úmidas).
As massas de ar, em contato com as vertentes da cordilheira, provocam chuvas orográficas nas planícies litorâneas da fachada oriental. Nessa região, a precipitação média anual está entre mais de .1000 a .1500 milímetros e mais de .1500 milímetros anuais em alguns trechos (observe o mapa). Mais para o interior, as precipitações decrescem, ficando entre mais de 500 a .1000 milímetros anuais.
A Austrália é um dos países mais secos do mundo; cêrca de 33% de seu território recebe menos de 500 milímetros de precipitações por ano, e 30%, menos de 250 milímetros. Essa é a área de ocorrência de climas tropical semiárido e árido, pois as massas de ar que aí chegam, após ultrapassar a Cordilheira Australiana, já estão sêcas.
Austrália: precipitações anuais (em milímetros)
Fonte: Charliê Jác (.). Organização Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 127.
Seguindo o Trópico de Capricórnio na direção leste-oeste, aponte as médias de precipitação anual.
Orientações e sugestões didáticas
De acôrdo com o mapa, as médias de precipitação anual, seguindo o Trópico de Capricórnio na direção leste-oeste, são: de mais de .1000 milímetros a .1500 milímetros; de mais de 500 milímetros a .1000 milímetros; de 250 milímetros a 500 milímetros; menos de 250 milímetros; e, finalmente, no extremo oeste do território australiano, de 250 milímetros a 500 milímetros.
Os estados do norte geralmente têm clima quente, enquanto os do sul apresentam invernos mais frios. No inverno neva principalmente nas montanhas entre os estados de Nova Gales do Sul e Vitória.
Na porção leste de seu território, onde se situa a cidade de Brisbane, o clima é subtropical. Na porção sudeste, onde se localizam a cidade de Melbourne, a capital, Canberra, e a Ilha da Tasmânia, o clima é temperado por causa da maior latitude (consulte o climograma A, na página seguinte).
A porção norte, onde está a cidade de Dárvin, por causa da ação das monções de noroeste é bem regada pelas chuvas. Situada em baixa latitude, tem clima tropical úmido, médias térmicas anuais em torno de 26 graus Célsius e precipitação média anual superior a .1500 milímetros (observe o climograma B da página seguinte).
Ciclones são comuns entre os meses de dezembro e maio no norte, nordeste e noroeste da Austrália, provocando ventos destruidores e inundações.
NO SEU CONTEXTO
Em que região do Brasil ocorre o clima tropical semiárido?
Orientações e sugestões didáticas
No Brasil, o clima tropical semiárido ocorre no Sertão da Grande Região Nordeste ou no chamado Polígono das sêcas.
NO SEU CONTEXTO
Tanto a Austrália quanto o Brasil são “cortados” pelo Trópico de Capricórnio. No Brasil, quais estados são “atravessados” por esse trópico?
Orientações e sugestões didáticas
Os estados brasileiros “atravessados” pelo Trópico de Capricórnio são Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
Sugerimos que recorde com os alunos o que são as chuvas orográficas, podendo até mesmo estabelecer comparações com as que ocorrem no Brasil. Aproveite a oportunidade para abordar a chuva frontal e a chuva de convecção, ampliando, assim, a consolidação do aprendizado sobre clima.
Atividade complementar
Leia e interprete com os alunos o mapa da página anterior. Solicite que, com base no que foi observado, criem hipóteses sobre o clima. Registre as hipóteses na lousa e, só então, remeta-os à observação do mapa desta página. Pergunte: “As hipóteses se confirmam?”. Peça aos alunos que avaliem e esclareça possíveis dúvidas.
Climograma A: canbérra (Austrália)
Fonte: CAPITAL: l’encyclopédie du monde 2006. sexta edição Paris: Nathan, 2005. página 114.
Climograma B: Dárvin (Austrália)
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 20.
De acôrdo com os dois climogramas, que localidade apresenta inverno mais frio? Que fatores explicam essa diferença?
Orientações e sugestões didáticas
De acôrdo com os climogramas, a localidade que apresenta o inverno mais frio é Canberra. Além de apresentar maior altitude que Dárvin, possui maior latitude (35 graus Sul). Situa-se, assim, na zona de média latitude, e Dárvin, na zona de baixa latitude (12 graus Sul).
O efeito da continentalidade se manifesta intensamente no território australiano, explicando a sua aridez e semiaridez. Na região central, onde se situa a cidade de Alice Springs, no Monte Macdonnel (localize-o no mapa da página 229), o termômetro pode cair de 45 graus Célsius durante o dia para –5 graus Célsius à noite, pois a reduzida umidade do ar atmosférico favorece a dispersão do calor por irradiação.
• Hidrografia
A escassa rede hidrográfica australiana está diretamente relacionada à aridez do seu clima. De modo geral, há poucos cursos de água no território e a maioria é de pequeno volume. Somente na porção leste-sudeste há rios expressivos: o Rio Murray e o Rio Darling (localize-os no mapa da página 229). Ambos nascem na vertente oeste da Cordilheira Australiana e desembocam próximo de Adelaide, capital da Austrália Meridional.
Em contraposição, a Austrália possui abundantes lençóis subterrâneos. No interior, os poços artesianos são fundamentais, pois atingem os lençóis, permitindo o abastecimento de cidades e a prática de atividades agropecuárias.
Orientações e sugestões didáticas
Atividades complementares
Solicite aos alunos que, em um mapa mudo da Austrália, considerando as explicações feitas no texto e na sala de aula, representem os tipos de clima característicos desse país. Oriente-os a incluir título, legenda, escala e orientação no mapa. Você pode providenciar o mapa mudo no portal í bê gê É Educa.
Após recordar os efeitos da continentalidade e da maritimidade, peça aos alunos que comparem a ocorrência desses efeitos na Austrália e no Brasil. Para tanto, sugerimos que, no caso da Austrália, eles se apoiem no mapa da página anterior; e, no caso do Brasil, usem o exemplo do município de Campo Grande ( Mato Grosso do Sul), onde o efeito da continentalidade é maior, e o do município de Vitória ( Espírito Santo), onde o efeito da maritimidade sobressai como fator do clima.
• Vegetação e biodiversidade
Em virtude do clima, a Austrália conta com variada vegetação original: plantas xerófilas nas áreas áridas e semiáridas; Estepes e Savanas nas áreas de transição climática; e florestas nas regiões de maior pluviosidade. O eucalipto, espécie que necessita de muita água para seu desenvolvimento, é nativo da Austrália.
O isolamento geográfico contribuiu para a evolução de espécies animais muito particulares, como o canguru, símbolo do país.
3. População
Em 2021, a população da Austrália foi estimada em mais de 25,7 milhões de habitantes; 90,5% são descendentes de europeus, 7%, asiáticos, e 2,5%, aborígines.
Como dito anteriormente, a ocupação humana do território australiano está relacionada, em grande parte, às condições climáticas. No interior, a aridez do clima não estimula a ocupação. Por isso, a concentração populacional ocorre nas porções litorâneas do território, onde há maior umidade, especialmente nas porções leste e sudeste. Assim, as densidades demográficas na Austrália variam de menos de 1 habitante por quilômetro quadrado a mais de 50 , nas principais aglomerações urbanas. Observe o mapa. habitantes por quilômetro quadrado
Austrália: densidade demográfica e divisão político-administrativa – 2020
Fontes: elaborado com base em Charliê Jác (.). Organização Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 127; UN-HABITAT. Global State of Metropolis 2020: population data booklet. Nairobi: , 2020. página 3.
Em que porção do território australiano ocorrem as menores densidades demográficas? Com base nos seus estudos sobre o meio natural, explique por quê.
Orientações e sugestões didáticas
De acôrdo com o mapa, as menores densidades demográficas ocorrem na porção central, área de domínio dos desertos australianos. A ocupação europeia ocorreu nas áreas úmidas; a exploração econômica das áreas sêcas não repercutiu na formação de grandes aglomerações populacionais.
Recorde aos alunos quais são, de maneira geral, os fatores de ordem físico-natural que condicionam a fixação humana em um território. Isso possibilita identificar se há dificuldades de compreensão desse aspecto da relação sociedade-natureza. Faça explicações para sanar possíveis dúvidas. Aproveite para discutir a capacidade humana de adaptação às condições naturais adversas, por meio do desenvolvimento e do uso de técnicas.
Atividade complementar
Peça aos alunos que expliquem como se calcula a densidade demográfica de um país ou região. Em seguida, pergunte: “A densidade demográfica é um ‘retrato fiel’ da distribuição espacial da população de um país ou território?”; “O que vocês sugerem para se ter um melhor estudo da distribuição da população?”.
4. Economia e desenvolvimento social
A Austrália é um país que se destaca no contexto da economia mundial. Em 2020, seu Píbi per cápita foi superior a 51 mil dólares anuais – maior que o de outros países desenvolvidos, como França (39 mil) e Alemanha (46 mil); para efeito de comparação, o Píbi per cápita do Brasil foi de .6797 dólares.
Em 2019, o Índice de Desenvolvimento Humano ( í dê agá) australiano muito elevado (0,944) foi o oitavo melhor do mundo. Isso reflete as boas condições de vida da população.
Seu desenvolvimento econômico e social deve-se, em grande parte, à adoção de uma política agressiva de exportação implantada por seus dirigentes e de políticas públicas voltadas para o bem-estar da população.
Em 2020, cêrca de 68% do valor de suas exportações provieram do setor mineral e energético – minério de ferro, cobre, alumínio, urânio, carvão mineral e gás natural. O setor agropecuário também ocupa uma posição importante na pauta de exportações – trigo, carne, lã, fibras têxteis, açúcar etcétera A criação de ovinos merece destaque, pois tem o 3º maior rebanho do mundo (76 milhões de cabeças), ultrapassado apenas pelos rebanhos da Índia (83 milhões) e da China (174 milhões). Enquanto a relação ovino por habitante na Austrália é de trezentas cabeças para cada 100 habitantes, na China é de aproximadamente 12 cabeças para cada 100 habitantes. Outra diferença entre esses países é que a Austrália desenvolve sistemas de produção com tecnologia avançada e de elevada produtividade, que a colocam no tôpo do mercado mundial de carne e lã ovinas.
A atividade industrial na Austrália está concentrada nas regiões polarizadas pelas cidades de Sidnei, Melbourne, Brisbane, Adelaide e Perth (consulte o mapa).
A produção industrial engloba setores de base e de bens de consumo, destacando-se o automobilístico, o siderúrgico, o petroquímico, o químico, o naval, o de cimento, o de papel, o de equipamentos elétricos, o aeronáutico, o têxtil, entre outros.
Austrália: economia e uso da terra – 2019
Fontes: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 109; Charliê Jác organização. Atlas du 21e siècle 2013. Paris: Nathan, 2012. página 127.
Comparando este mapa com o da página 230, em relação ao uso da terra, a criação de ovinos abrange quais áreas de precipitações anuais?
Orientações e sugestões didáticas
Na Austrália, a criação de ovinos abrange áreas de precipitação anual de 250 a 500 milímetros, de mais de 500 a .1000 milímetros e trechos de mais de .1000 a .1500 milímetros.
PAUSA PARA O CINEMA
Austrália.
Direção: Báz Lúrmãn. Estados Unidos da América/Austrália: Twentieth Century Fox Film Corporation, 2008. Duração: 144 minutos
No contexto da Segunda Guerra Mundial, o filme mostra diversas paisagens australianas e o bombardeio da cidade de Dárvin pelos japoneses, que haviam atacado a base militar estadunidense de Pearl Harbor (Havaí).
Orientações e sugestões didáticas
Competência
Oriente os alunos na análise e na interpretação do mapa, mobilizando os conhecimentos sobre o meio natural, a população, o uso da terra e as atividades econômicas. Tenha em mente estimular o aprimoramento da Competência Específica de Geografia 3: “Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem”.
Solicite aos alunos que recuperem informações relacionadas à economia australiana apresentadas em mapas da Unidade 1, como na página 17, “Mundo: percentual da população usando internet (em porcentagem) – 2019”; na página 20, “Mundo: receitas das quinhentas maiores transnacionais – 2019”; na página 26, “Mundo: comércio de ferro (em milhões de toneladas) – 2018”; e, na página 27, “Mundo: participação dos países nas exportações mundiais de mercadorias (em porcentagem) – 2020”.
Atividades dos percursos 29 e 30
Registre em seu caderno.
- Explique a divisão da Oceania em três grupos de ilhas.
- Numa pesquisa sobre a flora e a fauna da Oceania, quatro cientistas – A, B, C e D – se dividiram para visitar oito ilhas ou países insulares da região. Observe, no quadro, o roteiro da expedição, consulte o mapa da página 221 e responda às questões.
Cientistas |
Ilhas ou países insulares visitados |
---|---|
A |
Papua Nova Guiné e Palau |
B |
Samoa e Taiti |
C |
Havaí e Vanuatu |
D |
Nauru e Marshall |
- Qual cientista visitou apenas ilhas da Polinésia?
- O cientista A visitou ilhas ou países que fazem parte de qual conjunto insular da Oceania?
- Cite o nome dos conjuntos de ilhas visitados pelo cientista D.
- Qual cientista visitou ilhas da Melanésia e da Polinésia?
- O que há em comum entre as Ilhas Marshall e o Atol de Mururoa, na Polinésia Francesa?
- Qual é a base econômica dos três conjuntos de ilhas da Oceania?
- Que elemento do relêvo australiano explica os elevados níveis de precipitação na vertente oriental do país?
- Sobre a colonização da Austrália, faça o que se pede.
- Explique o tipo de colonização implantado na Austrália pelos ingleses.
- Compare esse tipo de colonização com a praticada no Brasil por Portugal.
- Observe o mapa e, em seguida, faça o que se pede na página seguinte.
Austrália: uso da terra, região industrial e principais cidades – 2019
Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 109.
Orientações e sugestões didáticas
Respostas
- A Oceania pode ser dividida em três grupos de ilhas, Melanésia, Micronésia e Polinésia, além da Austrália e da Nova Zelândia. A Melanésia corresponde ao conjunto de ilhas desde Papua Nova Guiné até a Nova Zelândia, e seu nome deriva da pele escura da população aborígine. A Micronésia, palavra que significa “pequenas ilhas”, é formada por mais de ilhas entre a Melanésia e a Polinésia que compreendem 3.300 quilômetros quadrados de terras emersas em uma superfície oceânica de 8 milhões de quilômetros quadrados. A Polinésia, palavra que significa “muitas ilhas”, abrange milhares de ilhas e arquipélagos no Pacífico Central, localizados em uma vasta área de fórma triangular, entre Nova Zelândia, Ilhas Midway e Ilha de Páscoa.
-
- O cientista B.
- Melanésia.
- Micronésia.
- O cientista C.
- As Ilhas Marshall são um Estado associado aos Estados Unidos, e o atol de Mururoa, na Polinésia Francesa, é um território ultramarino francês. Ambos foram palco de testes nucleares na segunda metade do século vinte, com sérios prejuízos à natureza e às populações nativas.
- As culturas comerciais de café, cana-de-açúcar, copra e frutas tropicais; a mineração de níquel (principalmente em Nova Caledônia, na Melanésia), ouro, cobre, petróleo (especialmente em Papua Nova Guiné e na Melanésia) e fosfato; além do turismo e da pesca.
- Ao encontrar a Cordilheira Australiana, as massas de ar úmidas ascendem (sobem), resfriam-se e precipitam-se em fórma de chuva na vertente oriental (chuva orográfica), daí o fato de essa região ser mais úmida.
-
- Foi principalmente uma colonização de povoamento, ou seja, famílias e colonos migravam às novas terras com o intuito de formar um novo lar. Organizaram o sistema produtivo para atender às necessidades internas e, posteriormente, comercializar o excedente, diferentemente, portanto, da colonização de exploração.
- A colonização implantada no Brasil foi principalmente de exploração, que se caracterizou em extrair e explorar o que a terra e a sua população pudessem oferecer, objetivando o enriquecimento da metrópole e dos comerciantes portugueses.
- Explique os diferentes usos da terra na Austrália.
- Aponte as zonas de iluminação e aquecimento da Terra em que a Austrália está localizada.
- A distância em linha reta e em quilômetros entre as cidades de Sidnei e Perth é maior ou menor que a distância entre Sidnei e Dárvin? Por quê?
8. Construa um gráfico de setores com os dados do quadro e, em seguida, faça um comentário sobre eles explicando a que correspondem. Lembre-se de dar um título ao gráfico, elaborar a legenda e citar a fonte.
Setor da economia |
Participação* (%) |
---|---|
Primário |
3 |
Secundário |
23 |
Terciário |
66 |
Quaternário |
8 |
Fonte: elaborado com base em AUSTRALIAN TRADE AND INVESTMENT COMMISSION. Whay Australia: benchmark report . tuên tuên uãn: sídinêi Austrade, 2021. página 12.
asterisco valôres arredondados.
9. As fotos A e B representam duas localidades da Austrália. Com base nas imagens e em seus conhecimentos, responda às questões.
- Qual é o tipo de clima predominante no território onde está localizada a cidade de Sidnei, mostrada na foto A? Que fator está diretamente ligado à ocorrência desse tipo climático?
- Caracterize a vegetação mostrada na foto B.
10. Em grupo, criem um painel ou, se possível, uma videorreportagem sobre a Grande Barreira de Corais da Austrália. Sigam as orientações.
- Pesquisem informações e imagens sobre o tema. Decidam qual perspectiva pretendem abordar dentro desse tema.
- Em papel pardo ou cartolina, elaborem os cartazes que vão compor o painel com as informações e imagens pesquisadas ou construam um roteiro com o texto que será narrado na videorreportagem e selecionem imagens para complementar o texto. Lembrem-se de que a linguagem deve ser informativa. Com a ajuda do professor, transformem esses materiais em uma videorreportagem.
- Organizem os cartazes compondo o painel ou finalizem a videorreportagem, apresentando o trabalho aos demais grupos.
Orientações e sugestões didáticas
-
- Oriente os alunos na descrição do uso da terra, estabelecendo relações entre os tipos de plantio e de criação e os tipos de clima.
- Sua porção centro-norte está na zona tropical, e a porção centro-sul, na zona temperada do sul.
- A distância entre as cidades de Sidnei e Perth é maior. Com o uso de uma régua, é possível verificar a diferença entre elas.
- Espera-se que os alunos elaborem um gráfico de setores com os seguintes dados: setor primário (3%); setor secundário (23%); setor terciário (66%); e setor quaternário (8%); título: Austrália: economia por setor de produção (em porcentagem) – 2020-2021; e fonte: AUSTRALIAN TRADE AND INVESTMENT COMMISSION. Whay Australia: benchmark report. tuên tuên uãn : sídinêi Austrade, 2021. página 12.
O setor primário abrange as atividades agropecuárias e extrativistas. O setor secundário refere-se à produção industrial, à construção civil e à geração de energia. O setor terciário abrange o comércio e os serviços em geral. Mais recentemente, desenvolveu-se o setor quaternário, que abrange a produção de conhecimentos científicos e tecnológicos.
-
- Na região de Sidnei predomina o clima temperado, típico de uma zona de média latitude (33 graus de latitude sul).
- É uma vegetação adaptada a níveis muito baixos de precipitação, em que predominam herbáceas.
- Nessa abordagem os alunos devem agir com autonomia para decidir a fórma como pretendem tratar o tema. Oriente-os com algumas possibilidades: é possível enfocar as belezas naturais, o turismo ou os problemas ambientais, por exemplo. É importante que os alunos possam escolher mediante seus interesses, promovendo seu protagonismo. Durante o processo de pesquisa e escolha das imagens, indique fontes confiáveis para serem consultadas. Caso escolham criar uma videorreportagem, há plataformas digitais gratuitas que realizam a colagem de imagens e a edição de vídeo; auxilie os alunos nessas etapas. Também há a possibilidade de iniciar o trabalho como uma apresentação de slides e depois convertê-la para formato ême pê4. Essa estratégia objetiva aproximar o conteúdo do universo de interesse dos estudantes, estimulando-os a assumirem uma postura ativa.
PERCURSO 31 NOVA ZELÂNDIA
1. Localização
A Nova Zelândia, localizada no Pacífico Sul, em média latitude (estende-se dos 33 graus aos 55 graus de latitude sul) e a 2 mil quilômetros a sudeste da Austrália, é formada por duas ilhas principais: a do Norte e a do Sul, separadas pelo Estreito de Cook. Juntas, elas somam .267086 , á quilômetros quadradosrea pouco maior que a do estado de São Paulo (.248220 ). quilômetros quadrados
2. A conquista, a colonização e os maoris
Considera-se que o primeiro contato de europeus com os povos nativos da atual Nova Zelândia, os maoris, ocorreu por volta de 1642-1644 e foi realizado por um navegante holandês de nome Abel tésmén, que esteve também na ilha ao sul da Austrália, que, em sua homenagem, recebeu o nome de Tasmânia (consulte o mapa da página 227).
Mas foram os ingleses que iniciaram a conquista e a colonização, após a viagem do Capitão djeimes cúqui, que mapeou as ilhas do que viria a ser a Nova Zelândia.
O povoamento inglês da Nova Zelândia, a partir da primeira metade do século dezenove, foi posterior ao da Austrália. Assim como ocorreu na Austrália, os nativos do território neozelandês – os maoris – ofereceram resistência à invasão de suas terras, mas foram vencidos pelos colonizadores.
A exemplo da Austrália, os fatores que estimularam a emigração para a Nova Zelândia e o desenvolvimento de sua economia foram: a criação de ovelhas e de carneiros, a existência de terras férteis para o desenvolvimento da agricultura e a descoberta de ouro, por volta de 1860.
A partir do fim de 1980, após anos de luta, em que os maoris reivindicavam o direito às terras que ocupavam originalmente, os governos da Nova Zelândia compreenderam a necessidade de realizar reparações a esse povo, iniciando por tornar o idioma maori a língua oficial do país, juntamente com o inglês.
Orientações e sugestões didáticas
Percurso 31
Neste Percurso, a Nova Zelândia é estudada considerando-se os aspectos histórico-populacionais, com destaque para a população maori, nativa desse país, que enfrenta até os dias atuais problemas relativos à perda e à apropriação de suas terras pelos colonizadores. Além disso, abordam-se as caracteristicas naturais, nomeadamente o relêvo e o clima, e suas influências no uso da terra.
Ao longo do estudo, os mapas, as fotos, os gráficos e o Bócsi No seu contexto propiciam suporte às explicações que devem ser dadas. É importante realizar as atividades complementares propostas, tendo em vista que elas possibilitam que se aprofundem conhecimentos.
Habilidades da Bê êne cê cê
- ê éfe zero nove gê ê zero três
- ê éfe zero nove gê ê zero nove
- ê éfe zero nove gê ê um zero
- ê éfe zero nove gê ê um quatro
- ê éfe zero nove gê ê um cinco
- ê éfe zero nove gê ê um seis
- ê éfe zero nove gê ê um sete
A Nova Zelândia é apresentada aos alunos visando ao desenvolvimento de habilidades que se relacionam à identificação, à comparação e à análise de aspectos físico-naturais, populacionais e econômicos. Este Percurso aborda a composição multiétnica do povo neozelandês, destacando os desafios da minoria maori, população nativa que resistiu ao processo de colonização. O conteúdo demanda o trabalho com os mapas disponíveis, que apoiam o desenvolvimento de habilidades relacionadas à capacidade de leitura e de compreensão.
Temas contemporâneos transversais
O processo de colonização na Nova Zelândia e suas consequências para o povo maori permitem a discussão dos temas Educação para a valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais Brasileiras e Diversidade Cultural.
Atividade complementar
Pergunte aos alunos a respeito das semelhanças e das diferenças entre os desafios enfrentados pelos maoris na Nova Zelândia e aqueles enfrentados pelos indígenas brasileiros. Convém destacar a questão da invasão às terras desses povos e ressaltar a importância dos direitos e das garantias de seus territórios para que suas condições de vida sejam respeitadas.
Em 2004, foi fundado o Partido Político Maori para defender seus direitos no Parlamento. Entretanto, grandes impasses continuam entre os maoris e o govêrno, principalmente quanto à indenização da apropriação de suas terras pelos colonizadores, fato reivindicado por eles até os dias atuais.
Assim como ocorreu na Austrália, o tipo de colonização implantado na Nova Zelândia foi a colonização de povoamento, explicada no Percurso anterior.
3. O meio natural
Observe o mapa. A Ilha do Sul é a mais montanhosa. Cortada pelos Alpes Neozelandeses na porção ocidental, apresenta estreita planície litorânea. Mais ao norte dessa ilha, a falha tectônica aí existente, formada no limite entre as placas do Pacífico e Indo-Australiana, provoca atividade sísmica, resultando na ocorrência de terremotos.
Nova Zelândia: físico
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 109.
Qual das ilhas que formam a Nova Zelândia tem o relêvo mais montanhoso? Como você sabe?
Orientações e sugestões didáticas
Das ilhas que formam a Nova Zelândia, a Ilha do Sul é a que tem o relêvo mais montanhoso. Nela estão as maiores altitudes do relêvo neozelandês, conforme nos indica a gradação de côres na legenda do mapa.
A Ilha do Norte, embora não seja tão montanhosa quanto a do Sul, é mais vulcânica. Nela, estende-se um planalto vulcânico de solos férteis com gêiseres e fontes de água quente, que evidenciam a juventude do relêvo.
O clima é temperado oceânico, pois a disposição e a dimensão das ilhas as tornam influenciadas pelo oceano (efeito da maritimidade), com temperaturas suaves no inverno e verões mais frescos (observe o climograma).
Wellington (Nova Zelândia): climograma
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quarta edição São Paulo: Moderna, 2013. página 110.
Quais são as médias de temperatura e de precipitação na capital da Nova Zelândia no verão e no inverno?
Orientações e sugestões didáticas
De acôrdo com o climograma, no verão (parte de dezembro, janeiro, fevereiro e parte de março), a capital da Nova Zelândia tem média térmica entre 15 graus Célsius e 16 graus Célsius e precipitação em torno de 75 milímetros e 100 milímetros. No inverno (parte de junho, julho, agosto e parte de setembro), apresenta média térmica entre 7 graus Célsius e 10 graus Célsius e precipitação entre 100 e 110 milímetros, sendo que em setembro reduz-se para cêrca de 94 milímetros.
Retome o conceito de falha tectônica: “ruptura e desnivelamento na continuidade das camadas que apresentam certo grau de rigidez por ocasião dos movimentos tectônicos, ou seja, de movimentos tangenciais verticais que ocorrem no interior da Terra, que acarretam na superfície da crosta terrestre o aparecimento de dobras, falhas etcétera” (GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antônio José Teixeira. Novo dicionário geológico-geomorfológico. nona edição Rio de Janeiro: Bêrtrãn Brasil, 2011. página 203 e 265).
Competências
A consideração das características naturais da Nova Zelândia, que se referem a relêvo, clima, vegetação e hidrografia, deve ser articulada às transformações causadas pela ação humana no passado e no presente. Chame a atenção dos alunos, por exemplo, para o processo de desmatamento e outros problemas de degradação socioambiental e provoque-os a pensar em alternativas de uso sustentável dos recursos naturais. Tenha em mente mobilizar a Competência Específica de Ciências Humanas 3 e a Competência Específica de Geografia 1 (ver quadro das competências nas páginas cinco a sete deste manual).
A precipitação bem distribuída propiciou o desenvolvimento de Florestas de Coníferas na maior parte do território neozelandês. Essa vegetação nativa foi, em grande parte, devastada pelos colonizadores para ampliar os campos de cultivo e pastagens. As poucas áreas remanescentes dessas florestas estão em regiões de difícil acesso nos Alpes Neozelandeses.
Os rios que cortam o território neozelandês são pequenos em decorrência da limitada extensão territorial das ilhas.
4. População e indicadores sociais
Em 2021, a população da Nova Zelândia foi estimada em 5,1 milhões de habitantes. A Ilha do Norte é a mais populosa, pois concentra cêrca de 75% da população neozelandesa e nela se localizam as duas principais cidades do país: Wellington, a capital, que tinha mais de 400 mil habitantes; e Auckland, a mais populosa cidade desse país, com mais de 1,6 milhão de habitantes nesse ano.
De sua população total, 71% é de origem europeia (principalmente inglesa) e os demais vieram de ilhas do Pacífico e da Ásia, sobretudo chineses. cêrca de 26% são maoris, povo nativo da Nova Zelândia.
A exemplo da Austrália, a Nova Zelândia destaca-se quanto às condições de vida de sua população: í dê agá muito elevado (0,931), em 2019; mortalidade de crianças menores de 5 anos de 5,7 por mil; e elevada esperança de vida média de 82,3 anos, que corresponde a uma das mais elevadas do mundo – no Brasil, a mortalidade infantil de menores de 5 anos e a esperança de vida média foram, respectivamente, de 14,4 por mil e 75,9 anos.
Orientações e sugestões didáticas
Atividades complementares
Compare a população total das principais cidades da Nova Zelândia com a população total da cidade em que se localiza a escola. Pergunte: “Wellington e Auckland são cidades mais ou menos populosas?”. Esta atividade possibilita que os alunos comparem distintas situações, tomando por referência seu lugar de vivência, o que possibilita maior compreensão do lugar onde se inserem no mundo. Estimule, assim, o princípio de analogia, fundamental ao raciocínio geográfico.
Sugere-se também, com o mesmo objetivo, solicitar que os alunos pesquisem a taxa de urbanização da Nova Zelândia e a comparem com a do Brasil. Questione: “Qual dos dois países apresenta o maior percentual de população vivendo nas cidades?”. Oriente-os a usar fontes de dados confiáveis na pesquisa.
5. Economia
O Píbi per cápita da Nova Zelândia é elevado: foi de mais de 41 mil dólares em 2020 e corresponde, em média, ao dos países desenvolvidos.
• Distribuição espacial da indústria e da agropecuária e o uso da terra
As atividades industrial e de mineração na Nova Zelândia empregam cêrca de 21% de sua população economicamente ativa; a agropecuária, 6%; e o setor de serviços, 73%.
Indústria e mineração
Três centros industriais destacam-se na Nova Zelândia. Dois estão localizados na Ilha do Norte: Auckland, que é o principal do país, e Wellington. O terceiro, a cidade industrial de Christchurch, localiza-se na Ilha do Sul. Conforme podemos observar no mapa, todos apresentam uma produção industrial diversificada, com indústrias de alimentos, têxteis, eletrônicos, produtos químicos etcétera
A Nova Zelândia possui, ainda, diversos recursos minerais, destacando-se carvão mineral, minério de ferro, prata, ouro, pedra-pomesglossário , gás natural e petróleo, estes dois últimos extraídos em pequena quantidade, o que faz do país um importador dessas fontes de energia.
Nova Zelândia: economia, infraestrutura e uso da terra – 2019
Fontes: elaborado com base em LE GRAND atlas du XXIe siècle. Paris: Gallimard, 2013. página 185; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 109.
Enquanto na porção oriental da Ilha do Sul há criação de ovelhas, produção de cereais e algumas atividades industriais, aponte a atividade econômica na porção ocidental.
Orientações e sugestões didáticas
A atividade econômica na porção ocidental da Ilha do Sul é, principalmente, a extração madeireira.
Explore os aspectos econômicos da Nova Zelândia por meio da leitura do mapa, ressaltando as áreas mais industrializadas e aquelas dedicadas à produção de produtos primários.
Atividade complementar
Proponha aos alunos que relacionem o relêvo e o clima com o uso da terra no território neozelandês. Pergunte, por exemplo, quais são as características físico-naturais da Ilha do Sul que a tornam menos propícia ao cultivo agrícola do que a Ilha do Norte. Aproveite para identificar e esclarecer possíveis dúvidas e dificuldades.
A agropecuária
Embora a Nova Zelândia tenha um setor industrial diversificado e recursos minerais em seu território, os produtos industriais e minerais não têm grande importância em suas exportações se comparados aos agroalimentares.
O setor agropecuário neozelandês é moderno, com uso de tecnologias avançadas. Os cultivos de trigo, centeio, milho, aveia, batata e frutas destinam-se a abastecer o mercado interno e externo, cujo principal comprador é a Austrália. cêrca de 14% da exportação é destinada a esse país.
Em 2020, o rebanho de ovinos era de aproximadamente trinta e uma milhões de cabeças, uma média de 6 cabeças por habitante; o rebanho de bovinos, calculado em 10 milhões de cabeças, correspondia a duas cabeças por habitante, média superior à do Brasil, que era de uma cabeça por habitante.
Essas médias elevadas explicam o destaque que a Nova Zelândia possui como exportadora de carne, lã e laticínios. cêrca de 60% do valor de suas exportações é representado por laticínios ou produtos lácteosglossário , além de carnes de ovelha, cervos, aves e suínos, frutas, mel, peixes e crustáceos.
Orientações e sugestões didáticas
Pergunte aos alunos sobre a importância das exportações de comoditis para os países no mundo atual, conteúdo estudado no Percurso 6 da Unidade 2, nas páginas 50 e 51.
Atividade complementar
Considerando a importância econômica do rebanho bovino na Nova Zelândia e no Brasil, solicite aos alunos que pesquisem as consequências/impactos ambientais dessa atividade.
A Nova Zelândia é líder na criação de cervos e na exportação de sua carne, muito apreciada em vários países (foto A). O seu couro também é exportado, principalmente para a Itália, para a confecção de roupas, bolsas, luvas etcétera A maior criação de cervos é realizada na Ilha do Sul, aproveitando-se o seu relêvo acidentado.
Quanto à cultura de uvas, as viníferas, apropriadas para a produção de vinho, foram introduzidas pelos colonizadores europeus no século . Entretanto, somente a partir dos anos 1980 os vinicultores passaram a cultivar dezenove castasglossário mais nobres. A modernização desse setor levou o país a se destacar entre os produtores de vinho de alta qualidade, com aroma e frescor especiais muito apreciados pelos consumidores.
Tanto a Ilha do Norte como a do Sul destacam-se na produção de vinhos (foto B). Mais de quinhentas vinícolas operam no país, favorecidas por diversos tipos de clima e solo que permitem o cultivo de castas variadas.
NO SEU CONTEXTO
Aponte a principal Grande Região produtora de vinhos no Brasil.
Orientações e sugestões didáticas
Ao responder à questão do boxe No seu contexto, espera-se que os alunos reconheçam que, no Brasil, a Grande Região produtora de vinhos é a Grande Região Sul, com destaque para o estado do Rio Grande do Sul.
Atividade complementar
Tendo em vista a fixação da aprendizagem e a verificação da existência de possíveis dificuldades, peça aos alunos que comparem a Nova Zelândia e a Austrália quanto às suas características de relêvo, clima, vegetação, uso da terra, economia e história. Convém que produzam um texto individual sobre esses países, o qual deve ser entregue em data previamente combinada. Na ocasião da entrega, solicite que compartilhem suas comparações; então, liste-as na lousa e explique o que, porventura, for preciso.
PERCURSO 32 ÁRTICO
1. O que é o Ártico?
Diferentemente da Antártida – uma imensa massa continental recoberta em boa parte por geleiras –, o Ártico compreende as terras setentrionais da América do Norte, da Europa, da Ásia e inúmeras ilhas e arquipélagos espalhados pelas águas polares, estendendo-se desde o Círculo Polar Ártico, a 66 graus de latitude norte, até o Polo Norte. Com aproximadamente 21 milhões de quilômetros quadrados, tem área total maior que a da América do Sul, calculada em 17,8 milhões de quilômetros quadrados.
Ártico – 2019
Fontes: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. sexta edição São Paulo: Moderna, 2016. página 53; FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 111.
A quais países pertencem as ilhas Nova Zembla e ispítisbérguen, localizadas no Ártico?
Orientações e sugestões didáticas
De acôrdo com o mapa, as ilhas Nova Zembla e ispítisbérguen, no Ártico, pertencem, respectivamente, à Rússia e à Noruega.
Percurso 32
Este Percurso trata do Ártico, caracterizando seus aspectos físico-naturais, as viagens de exploração e os povos do frio. Além disso, destaca as pressões atuais sobre o meio ambiente ártico, cujas mudanças em seu clima e, consequentemente, em seus ecossistemas afetam toda a Terra.
O Ártico representa um “mundo” desconhecido para muitos alunos. Procure, então, sondar os conhecimentos que eles têm sobre essa região do planeta, bem como despertar a curiosidade a respeito dela, considerando que esse é um primeiro passo para o aprendizado.
Os mapas e as ilustrações deste Percurso devem ser bastante explorados, pois constituem a visualização do que é explicado no texto. Sempre que possível, remeta os alunos aos bócsês No seu contexto e Pausa para o cinema. Eles propiciam momentos de aproximação do tema discutido com a realidade do aluno e possibilitam que as reflexões extrapolem o momento da aula.
As atividades complementares possibilitam verificar e sanar possíveis dificuldades de compreensão; explore-as.
Com base no mapa e sua legenda, explique para os alunos que o Conselho do Ártico é formado, em caráter permanente, por oito países (Rússia, Noruega, Islândia, Estados Unidos, Canadá, Finlândia, Suécia e Dinamarca, representada por sua região autônoma da Groenlândia) e por seis organizações de populações nativas. Além desses, em caráter não permanente, participam como observadores treze Estados não árticos, sendo oito europeus, além de China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Cingapura e treze organizações intergovernamentais e doze não governamentais. Nos últimos anos essa organização internacional vem adquirindo maior relevância e popularidade, em razão das consequências já visíveis da mudança climática, pois, conforme o derretimento polar aumenta, crescem a navegabilidade regional, as consequentes divergências territoriais e a preocupação ambiental. Rico em recursos minerais e estrategicamente importante, o Ártico é uma região que já apresenta episódios de tensão geopolítica.
Habilidades da Bê êne cê cê
- ê éfe zero nove gê ê zero quatro
- ê éfe zero nove gê ê um cinco
Ao estudar o Ártico, este Percurso contribui para que os alunos conheçam e relacionem diferentes paisagens e modos de vida. Tenha em vista o aprimoramento da valorização do multiculturalismo no decorrer desse estudo. Destaque a importância das ações humanas na transformação da natureza e as pressões decorrentes dessas ações ao meio ambiente do Ártico. Os mapas e as fotos oferecem suporte às explicações dadas no texto.
• Clima e vegetação
O clima polar caracteriza o Ártico. As temperaturas médias variam entre –10 graus Célsius e –21 graus Célsius. No nordeste da Sibéria e na Groenlândia, no inverno, já foram registrados –65 graus Célsius.
Por causa da inclinação do eixo de rotação da Terra, no verão ártico o Sol permanece no céu sem se pôr durante vários dias; é o chamado “Sol da meia-noite”. No inverno ocorre o contrário: as noites têm longa duração.
A Tundra é a vegetação típica, fonte de alimento dos mamíferos herbívoros, entre eles a rena ou caribu.
• As banquisas e os icebergs
No Oceano Glacial Ártico, que circunda as terras emersas do Ártico, as águas congeladas formam as chamadas banquisas, ou seja, massas de gelo que podem atingir mais de 5 metros de espessura e cobrir mais de 14 milhões de quilômetros quadrados – quase o dôbro da área territorial da Austrália (..7692024 quilômetros quadrados).
Enquanto as banquisas se formam por causa do congelamento das águas árticas, os icebergs se originam das geleiras continentais e, quando alcançam o oceano, flutuam, sendo levados pelas correntes marítimas. Os icebergs constituem grande perigo para a navegação, pois a parte emersa de um iceberg pode corresponder a apenas um décimo de seu volume total.
Orientações e sugestões didáticas
Com o auxílio de um globo terrestre, explique de que modo a inclinação do eixo de rotação da Terra influencia a incidência solar, propiciando o “Sol da meia-noite”. Explique que o evento ocorre no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul, acima das latitudes dos círculos polares. No Hemisfério Norte, ocorre no período de maio a julho e, no Sul, de novembro a janeiro.
Interdisciplinaridade
O professor de Ciências poderá contribuir trazendo informações sobre as características dos ecossistemas árticos e as consequências regionais e globais das alterações nesses ambientes em função das atividades humanas e do aquecimento global.
2. Desvendando o Ártico
Desde remotas épocas, o ser humano, na sua inquietação e curiosidade diante do desconhecido, aventurou-se em viagens ao Ártico. Muitas dessas viagens tornaram-se lendárias, como a de um grego de nome Piteas, que, em 825 antes de Cristo, saindo do Mar Mediterrâneo, teria chegado ao extremo setentrional do litoral da Noruega. A Islândia, entretanto, que se estende de 63 graus a 67 graus de latitude norte, já no século oito foi conhecida por irlandeses e colonizada pelos vikings da Noruega no século nove.
Muitas outras viagens se sucederam, principalmente nos séculos quinze e dezesseis, motivadas pelo desejo de alcançar os ricos mercados do Extremo Oriente. Diversos nomes dados aos mares, ilhas e arquipélagos do Ártico homenageiam os exploradores desse “Mar Branco”: Mar de Barents, Baía de froubicher, Baía de Hudson, Baía de Baffin, Estreito de Bering.
Em 1891, o explorador estadunidense róbert contornou a Groenlândia, provando sua insularidade, e em 1909 foi o primeiro a atingir o Polo Norte.
3. Os povos do frio
Cinco países têm faixas litorâneas voltadas para o Ártico: Rússia, Noruega, Islândia, Canadá, Estados Unidos – com o Alasca – e Groenlândia, a maior ilha do mundo, pertencente à Dinamarca.
Admite-se que, há pouco mais de quatro mil anos, o Ártico da América do Norte foi a última grande região do planeta a ser ocupada pelos humanos. Os povos autóctones do Ártico, frequentemente denominados inuítesglossário ou esquimós, ocupam extensas áreas dessa região há milhares de anos. São bastante diversos, sendo suas diferentes línguas e dialetos um bom indicativo dessa diversidade cultural. Os estudos da ocupação do Ártico canadense indicam que a chegada mais recente de grupos inuítes ocorreu há cêrca de mil anos.
O mapa da página seguinte mostra a distribuição geográfica dos povos do Ártico. Sua diversidade cultural pode ser reconhecida por meio dos distintos nomes de povos, que remetem a culturas igualmente distintas.
Diferentemente do Ártico americano, onde existe uma relativa unidade linguística (reconhecem-se muitas semelhanças nos dialetos), no Ártico europeu e asiático existe maior diversidade linguística, sugerindo que essas regiões foram ocupadas por povos muito diversos, entre eles os lapões (constam no mapa da página seguinte com o nome “sâme”), que habitam o norte da Escandinávia.
PAUSA PARA O CINEMA
Contra o gelo Against The Ice
Direção: piter flinti. Islândia, Dinamarca: Netflix, 2022. Duração: 102 minutos
Com base em fatos reais, o filme narra a luta pela sobrevivência de dois homens durante a Expedição Alabama da Dinamarca, em 1909, liderada pelo capitão einar mikelsen, cuja missão era refutar a reivindicação territorial dos Estados Unidos ao nordeste da Groenlândia.
Orientações e sugestões didáticas
Comente com os alunos que a palavra esquimó é originária da família de línguas indígenas da América do Norte e significa “comedor de carne crua”. É um termo bastante contestado pelos povos do Ártico, razão pela qual tem sido substituído pelo termo inuíte.
Interdisciplinaridade
Com o professor de História, explore as expedições ao Ártico, contextualizando-as, ressaltando as técnicas usadas em cada época para a navegação nessa região marcada pelo clima polar. Pode-se também abordar a teoria segundo a qual a dispersão humana na Terra teria partido da África, cruzado a Ásia e, pelo Estreito de Bering, chegado ao que hoje se denomina América. Para tornar as explicações mais claras, explorem as noções de proximidade e distância geográfica entre Providenia (Rússia) e Nome (Alasca – Estados Unidos da América), por exemplo, no mapa da página 242.
Região do Ártico: populações total (em habitantes) e autóctones (em porcentagem) – 2019
Fontes: elaborado com base em jermân, jorge erbê. Inuit: les peuples du froid. Montreal: Libre Expression/Musée Canadien des Civilisations, 1995. página 38-39; escudê jófre, Camille. Les régions de l’Arctique entre États et sociétés. In: Géoconfluences, Dossier: les mondes arctiques, espaces, milieux, sociétés, Lyon: / ê êne ésse, 19 setembro 2019. Disponível em: https://oeds.link/gNNpzn. Acesso em: 17 abril 2022.
Os nenets, também conhecidos como nentsy ou samoiedos, são um povo do Ártico. Que país eles habitam?
Orientações e sugestões didáticas
Os nenets habitam a Rússia.
Atualmente, muitos povos autóctones estão integrados à cultura dominante dos países aos quais pertencem suas terras, embora alguns grupos conservem suas culturas e tradições. Dedicam-se à pesca, à caça e à criação de renas e cães, usados para puxar trenós.
Orientações e sugestões didáticas
Tema contemporâneo transversal
Discuta com os alunos o tema Diversidade Cultural com base nas características dos povos do frio. Chame atenção para o fato de que, embora se trate de uma área pouco densa demograficamente, há grande riqueza cultural, étnica e linguística entre esses povos. Os conhecimentos desses povos sobre como sobreviver em condições adversas são transmitidos às gerações que se sucedem, demonstrando a grande capacidade de adaptação do ser humano aos diversos meios geográficos.
Atividade complementar
Sugerimos que os alunos escolham um povo do frio e realizem uma pesquisa sobre as técnicas empregadas para a sobrevivência em condições inóspitas.
• A luta por direitos: o caso dos inuítes
Os povos autóctones do Canadá enfrentam problemas como a preservação de suas línguas e culturas. Além disso, indígenas e inuítes – conhecidos no Canadá sob a denominação de Primeiras Nações – compartilham uma luta comum em favor de direitos sobre as terras habitadas por seus ancestrais há séculos.
Cansados de esperar providências governamentais para a legalização de suas terras, esses povos passaram a impedir a implantação de empreendimentos de exploração mineral, hidrelétricas etcétera, forçando o govêrno a reconhecer seus direitos.
Em 1976, um grupo inuíte propôs a criação de um território autônomo no Ártico. Finalmente, em 1º de abril de 1999 foi criado, em plena região polar, o território de Nunavut (palavra que significa “Nossa Terra”, na língua inuquitituti). Localizada ao norte da Baía de Hudson, Nunavut possui mais de 1,8 milhão de quilômetros quadrados ( cêrca de 20% do território do Canadá), dos quais apenas 350 mil foram concedidos até o momento (observe o mapa).
Canadá e o território Nunavut – 2019
Fonte: elaborado com base em FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 78.
Dados recentes do govêrno canadense informam que Nunavut tinha, em 2021, quase 37 mil habitantes – dos quais 85% são inuítes –, população que cresceu cêrca de 2,5% em relação a 2016. Embora não possua total autonomia do ponto de vista político, Nunavut tem direitos sobre a exploração dos recursos naturais da região, govêrno próprio, com séde em icaluí (foto da página seguinte), e assembleia eleita, conferindo-lhe maior possibilidade de manter suas tradições e elementos culturais.
NO SEU CONTEXTO
Aponte as diferenças entre os tipos de clima do território de Nunavut e do Brasil.
Orientações e sugestões didáticas
O território de Nunavut apresenta os climas polar e frio (invernos rigorosos com temperaturas negativas inferiores a −10 graus Célsius e verões com temperaturas médias entre 10 graus Célsius e 15 graus Célsius); já no Brasil predomina o clima tropical, que se caracteriza por médias térmicas elevadas na maior parte dos meses do ano e por apresentar uma estação mais sêca e uma mais chuvosa.
Estimule o aluno a consultar o mapa referente aos climas do Brasil, para que possa encontrar sua localidade e o respectivo tipo de clima.
Comente que o artigo 231 da Constituição Federal, de 1988, reconhece o direito dos povos indígenas às terras que tradicionalmente ocupam. Foi uma fórma de protegê-los em decorrência da apropriação histórica de suas terras com o avanço da colonização. Entretanto, nem todas as terras indígenas no Brasil estão demarcadas e reconhecidas. É possível estabelecer relações entre o caso dos inuítes no Canadá e os direitos indígenas no Brasil. Aproveite a oportunidade para estimular os alunos a consultar a Constituição Federal, conhecendo os direitos e os deveres dos cidadãos. Lembre-os de que a cidadania somente é conquistada quando conhecemos nossos direitos e deveres, consagrados na Carta Magna.
Atividade complementar
Pergunte aos alunos se o município onde vivem ou outro município próximo ao da escola apresentam população aproximada à do território Nunavut. Pergunte também se esses municípios têm a área maior ou menor do que a de Nunavut. Peça a eles que formulem hipóteses sobre as diferenças encontradas. Oriente-os a pesquisar as informações em sites confiáveis. Sugere-se que se considerem dados do í bê gê É relativos aos municípios. As hipóteses dos alunos deverão ser compartilhadas e discutidas em sala de aula. A atividade propicia aproximar a discussão da realidade vivida pelos alunos.
4. O Ártico: alterações em curso
O mundo está alarmado diante dos resultados das observações e das pesquisas científicas realizadas tanto no Ártico como na Antártida. Já faz algum tempo que é possível observar mudanças significativas no clima do planeta: sêcas prolongadas, chuvas torrenciais, maior frequência de furacões (mesmo em regiões onde não ocorriam), ondas de calor, mudança de hábitat por parte de animais, readaptação de ecossistemas e, principalmente, recuo e diminuição da espessura de geleiras, como as do Ártico.
• O aquecimento global
Pesquisas e estudos têm demonstrado que o efeito estufa pode ser a principal causa das alterações climáticas. Esse importante fenômeno natural permite que a atmosfera, ao reter parte do calor irradiado pela Terra, mantenha a temperatura do planeta em equilíbrio. Entretanto, os estudiosos do clima têm relacionado a intensificação do efeito estufa com o maior acúmulo de gases provenientes do modo de vida implantado desde a Revolução Industrial.
Os gases que causam o efeito estufa – entre os quais o dióxido de carbono e o metano – são lançados na atmosfera pelas chaminés das fábricas, pelos escapamentos dos veículos automotores, pelas queimadas de formações vegetais etcétera, elevando, segundo as pesquisas, em 30% os gases do efeito estufa na atmosfera, em comparação com o que havia antes da Revolução Industrial. Esse acúmulo tem causado maior retenção de calor na atmosfera, provocando o aquecimento global e, em consequência, alterações climáticas.
Segundo o Sexto Relatório de Avaliação do í pê cê cê, de 2022, muitos dos impactos causados pelo aquecimento global não podem ser mais revertidos e estima-se que mais de 40% da população mundial é altamente vulnerável a essas alterações climáticas.
PAUSA PARA O CINEMA
Uma verdade inconveniente.
Direção: Dêivis Guguenráin. Estados Unidos: Laurence BenderProductions, 2006. Duração: 100 minutos
De maneira direta, mostra como fábricas, indústrias e o tráfego de veículos nas grandes cidades liberam enormes quantidades de gases do efeito estufa, fato que, acentuado pelo consumismo em massa e pela grande devastação das florestas, tem agredido o planeta e pode provocar uma série de consequências desastrosas para os seres vivos.
Orientações e sugestões didáticas
Questione os alunos sobre as ações humanas que contribuem para o aquecimento global, de maneira que possam resgatar os conhecimentos adquiridos no estudo do Percurso 4 da Unidade 1, nas páginas 33 a 39, a respeito dos problemas ambientais mundiais.
Tema contemporâneo transversal
Na discussão sobre aquecimento global, considere a importância de debater o tema Educação Ambiental. Ressalte as atitudes que, individualmente, podemos adotar com vistas à diminuição da emissão de gases de efeito estufa.
Interdisciplinaridade
Mais uma vez sugere-se o trabalho sobre o aquecimento global com o professor de Ciências, caso não tenha sido realizado anteriormente. Também seria oportuno orientar os alunos a pesquisar na internet notícias sobre os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas ( í pê cê cê), para que conheçam as previsões climáticas e suas consequências para a humanidade.
• O Ártico e o aquecimento global
Com o aumento do aquecimento global, estima-se que tenha ocorrido um recuo de cêrca de 14% da área de banquisas do Ártico desde a década de 1970 (observe o mapa). Nesse ritmo, prevê-se que em 2080 as banquisas vão desaparecer durante o verão.
O degelo no Ártico – 1980 e 2020 (mês de setembro)
Fonte: THE ARCTIC Institute. Beyond the Melt. Washington D.C. 2021. Disponível em: https://oeds.link/uS4M4Ie. Acesso em: 20 abril 2022.
À medida que as banquisas derretem, deixam de refletir a radiação solar, dando espaço à água líquida, que absorve o calor. Aquecida, a água derrete o gelo no seu entorno. Ou seja, quanto mais o gelo derrete, mais a água se aquece e, em consequência, provoca o derretimento de um volume ainda maior de água congelada.
Alguns estudiosos afirmam que a liquefação das geleiras da Groenlândia já elevou o nível médio do oceano. Estima-se que, nesse ritmo, os efeitos poderão ser catastróficos; a corrente marítima do Golfo (Gulf Stream), por exemplo, amenizadora do clima da Europa Ocidental, pode ser alterada, tornando essa região mais fria.
Em muitos lugares e regiões do Ártico, o permafrostglossário também está se descongelando. Caminhões que antes trafegavam em estradas congeladas têm atolado na lama e o próprio oleoduto do Alasca encontra-se ameaçado pela mesma razão.
Somada aos efeitos do aquecimento global, a poluição pela emissão de gases e partículas resultantes da atividade industrial da América do Norte e da Europa tem contribuído para a contaminação da cadeia alimentar dos povos do Ártico.
NAVEGAR É PRECISO
National Geographic Brasil
https://oeds.link/F5gfvp
O site apresenta vídeos, galerias de fotos e textos sobre o degelo e as questões ambientais no Ártico, além de outros assuntos relacionados.
Orientações e sugestões didáticas
Leia e interprete com os alunos o mapa desta página. Proponha a eles que expliquem o que compreenderam e por que houve redução da área ocupada por gelo nos anos comparados. Permita que exponham o que sabem a respeito e forneça as explicações necessárias para sanar possíveis dúvidas ou dificuldades.
Atividades complementares
Para mostrar o processo de degelo do Ártico para os alunos, explore estes itens.
- Acesse os recursos de multimídia do portal do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo ( êne ésse í dê cê, na sigla em inglês), disponível em: https://oeds.link/LJtdRY. Nesse endereço você pode explorar fotografias, imagens, vídeos e animações que permitem observar o progresso do degelo no Ártico nas últimas décadas, material que poderá ser usado em sala de aula, solicitando-se aos alunos que comparem e descrevam o degelo na região em anos diferentes.
- Realize uma visita virtual com os alunos no site Google Earth. Disponível em: https://oeds.link/Prag0B. Na página inicial clique em “Abrir o Earth”. No menu do lado esquerdo, acesse a opção “Viajante”, depois “Timelapse no GÚGOLEarth”. Na seção de timelapse é possível visualizar uma animação com uma sequência de imagens de satélite feitas ao longo das últimas décadas. Escolha uma das opções que representam o Ártico, são várias, como o caso da Geleira Columbia, no Alasca, Estados Unidos da América. Acessos em: 12 agosto 2022.
Cruzando saberes
Degelo do Ártico afeta 40% dos edifícios e ameaça cidades no norte da Rússia
“O derretimento de geleiras e calotas polares pode ser o efeito mais conhecido do aquecimento global, mas essa mudança climática tem trazido uma dor de cabeça extra aos países em torno do Círculo Polar Ártico – a região em que as temperaturas mais sobem no planeta.
‘Estimamos que mais de 40% das fundações de edifícios e estruturas na zona do pérmafróst apresentem sinais de deformações’ devido ao derretimento do solo, disse, por e-mail, a assessoria de Alexandre Kozlov, ministro russo dos Recursos Naturais.
Como se trata da Rússia, alguma clarificação de escala é necessária. O pérmafróst, ou solo congelado a temperaturas iguais ou inferiores a zero grau por mais de dois anos seguidos, ocupa talvez 60% do maior país do mundo. Durante séculos de ocupação, por povos nativos e depois pela expansão imperial, cidades, estradas e atividades econômicas se basearam na estabilidade do solo congelado e em sua fauna e flora.
A preocupação do ministério, citando estudo apresentado no fim de maio pela Academia Russa de Ciências, é principalmente com o chamado pérmafróst contínuo – no qual a camada congelada, que inclui cunhas de gelo gigantes, não é interrompida e pode atingir 1,5 quilômetro de profundidade.
Sobre ele moram boa parte dos cêrca de 2,5 milhões de habitantes do Ártico russo, metade do total de moradores nessa zona – os restantes se concentram no Alasca, norte do Canadá, Groenlândia, Islândia e trechos de outros países nórdicos.
iakutisqui, conhecida como a cidade mais gelada do mundo, com 300 mil habitantes, é uma candidata a simplesmente desaparecer numa poça de lama. É um processo estimado em 30 anos, a ser mantido o ritmo atual de tentativa de contrôle das emissões de gases de efeito estufa.
Outras áreas, como a ‘capital do Ártico’, Murmansk (300 mil habitantes), ficam sobre áreas descontínuas ou de pérmafróst esporádico, o que dificulta a avaliação do impacto, porque o derretimento depende de outras características geológicas. ”
dílou, Igor. Degelo do Ártico afeta 40% dos edifícios e ameaça cidades no norte da Rússia. In: Folha de São Paulo, Mundo, 12 julho 2021, página A10.
Entenda o que está acontecendo no Ártico
Fonte: dílou, Igor. Degelo do Ártico afeta 40% dos edifícios e ameaça cidades no norte da Rússia. In: Folha de São Paulo, Mundo, 12 julho 2021, página A10.
Nota: Ilustração sem proporção para fins didáticos.
Interprete
1. Qual é a preocupação das autoridades russas em relação ao derretimento de geleiras e calotas polares?
Argumente
2. Como podemos evitar o agravamento do aquecimento global.
Orientações e sugestões didáticas
Solicite aos alunos que leiam o texto da seção Cruzando saberes de modo alternado e em voz alta, visando ao desenvolvimento da oralidade. Discuta as impressões deles sobre o texto, permitindo que exponham suas dúvidas e aproveitando para fazer esclarecimentos. Remeta-os às atividades. Elas também devem ser respondidas oralmente. Isso feito, peça que escrevam as respostas individualmente no caderno.
Respostas
- As autoridades governamentais russas se preocupam com o impacto do aquecimento global sobre o pérmafróst, sobre o qual moram cêrca de 2,5 milhões de habitantes russos do Ártico. Interprete a ilustração com os alunos e esclareça as dúvidas que surgirem.
- Com a diminuição de uso de combustíveis fósseis e sua substituição por fontes alternativas de energia; a diminuição do desmatamento, pois, como se sabe, os vegetais retiram da atmosfera o gás carbônico, um dos gases causadores do aquecimento global; além de outras possibilidades.
Tema contemporâneo transversal
O tema Educação Ambiental está contemplado nesta seção. É importante destacar que na natureza existe inter-relação entre os elementos naturais, o que significa dizer que, ao alterarmos um deles, estaremos alterando o todo. É assim com a questão do degelo do Ártico, cujas alterações não comprometem apenas os elementos locais ou regionais.
Atividades dos percursos 31 e 32
Registre em seu caderno.
- Leia algumas afirmações sobre as características do meio natural, da população e da economia da Nova Zelândia. Copie em seu caderno a afirmação falsa, corrigindo-a ou as afirmações falsas, corrigindo-as.
- A Nova Zelândia, formada por duas ilhas principais no Oceano Índico, foi ocupada por colonizadores europeus no século . dezesseis
- O efeito da maritimidade sobre o clima é acentuado nas médias térmicas, mas também nas médias de precipitação.
- Como iniciativa para a reparação aos maoris, povo nativo quase exterminado pela colonização britânica, o govêrno reconheceu a língua maori como oficial do país em 1984, ao lado do inglês, e a formação do partido político representante desse povo.
- Diferentemente da Austrália, a Nova Zelândia é pouco desenvolvida sob o aspecto social (baixos indicadores sociais) e sua economia é exportadora de produtos pecuários.
- A agropecuária neozelandesa destina-se a atender tanto ao mercado interno quanto ao externo.
- Aponte os principais produtos de exportação da Nova Zelândia.
- Por que o Ártico, diferentemente da Antártida, não é um continente?
- Explique o que é a ocorrência do chamado “Sol da meia-noite” nas regiões polares. Se quisermos presenciar o fenômeno entre os meses de maio e julho, para qual polo devemos ir?
- Explique o que são banquisa e iceberg.
- O que são povos do frio? Dê exemplos.
- Observe o mapa, leia o texto e faça o que se pede.
Ártico: instalações militares – 2021
Fonte: , . Fronts et frontières en Arctique, quelle singularité?. Géoconfluences, Lyon, dezembro 2021. Disponível em: https://oeds.link/BtcbFX. Acesso em: 17 abril 2022.
“Com o arrefecimento da Guerra Fria [1947-1989], o Ártico passou de um palco de tensões para uma zona de cooperação. Porém o degelo que ocorre em virtude das mudanças climáticas traz implicações para o desenvolvimento geopolítico da região, devido às grandes camadas de petróleo e gás natural que se tornam acessíveis, principalmente à Rússia.”
IRANÇO SILVA, Pedro Henrique; COSSUL, Naiane Inez. O degelo no Ártico e a nova frente geopolítica para a Rússia. In: Revista Conjuntura Global, volume 10, número 1, página 85, 2021.Disponível em: https://oeds.link/X5d0XW. Acesso em: 19 abril 2022.
Em grupo, realize uma pesquisa sobre a relação entre aquecimento global, disputas pelos recursos energéticos no Oceano Glacial Ártico e aumento da militarização da região. Ao realizá-la, identifique os interesses e as novas estratégias da Rússia e dos países ocidentais e asiáticos, que podem gerar tensões e conflitos.
Orientações e sugestões didáticas
Respostas
- As proposições incorretas são: um. A Nova Zelândia situa-se no Oceano Pacífico, e não no Índico; a conquista e colonização da Nova Zelândia datam do final do século dezoito e início do dezenove, e não do século dezesseis; e a quatro. Assim como a Austrália, a Nova Zelândia apresenta elevado desenvolvimento social. O país destaca-se na exportação de laticínios, de carne e de lã. Esta atividade pode ser conduzida em formato de uma corrida , estimulando o pensamento e a argumentação em grupo de gamificada fórma lúdica. Para isso, os alunos deverão formar times para julgar as afirmações. Ao final do tempo estipulado, todos devem dizer a sequência das respostas. O grupo com maior número de acertos vence. Caso haja empate, solicite que apresentem as justificativas oralmente para verificar quais grupos apresentam melhor argumentação sobre as respostas escolhidas.
- Leite e seus derivados, carnes de ovelha, de cervos, de aves e de suínos, frutas, mel, peixes e crustáceos.
- Porque, diferentemente da Antártida, que compreende um imenso território contínuo e continental coberto por geleiras, o Ártico abrange as terras setentrionais da América do Norte, Europa e Ásia e inúmeros arquipélagos e ilhas espalhados pelas águas polares (Oceano Glacial Ártico), estendendo-se desde o Círculo Polar Ártico, na latitude 66 graus norte, até o Polo Norte.
- “Sol da meia-noite” é o Sol que não chega a desaparecer no horizonte, em virtude da inclinação do eixo da Terra. Tanto no Hemisfério Norte como no Hemisfério Sul, ocorre acima das latitudes dos círculos polares. No Hemisfério Norte, ocorre nos meses de maio a julho e, no Hemisfério Sul, ocorre entre os meses de novembro e janeiro.
- Banquisa é uma porção de água congelada no Ártico que pode atingir mais de 5 metros de espessura e cobrir milhões de quilômetros quadrados nas altas altitudes, motivo pelo qual é um obstáculo à navegação. Iceberg é um bloco de gelo desprendido de geleiras continentais ou glaciais que, quando alcança o oceano, flutua, sendo transportado pelas correntes marítimas. Também oferece grande perigo para a navegação; sua parte emersa pode corresponder a apenas um décimo de seu volume total.
- São povos que habitam territórios nas faixas litorâneas voltadas para o Ártico ou o Oceano Glacial Ártico, da Rússia, da Noruega, da Islândia, do Canadá e do Alasca (Estados Unidos). Recebem também diversos nomes: inuítes, esquimós, sâmes ou lapões, nenets e outros, como pode ser visto no mapa da página 245.
8. Interprete o mapa e responda às questões.
Ártico: geopolítica e recursos – 2019
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial quinta edição São Paulo: Moderna, 2019. página 111.
asterisco zê ê ê é a Zona Econômica Exclusiva, faixa além das águas territoriais em que cada país costeiro tem prioridade para o uso dos recursos naturais do mar.
- Aponte os países-membros permanentes do Conselho do Ártico.
- A quais setores da economia se referem diretamente as explorações nas regiões indicadas no mapa?
- No perfil de relêvo da Groenlândia, podemos identificar a altitude máxima aproximada de uma região de gelo. Indique-a.
- Por onde estão distribuídas as áreas de reservas conhecidas de petróleo e gás?
9. As decisões tomadas pelas sociedades de outras regiões do planeta têm graves consequências sobre as áreas polares. Pesquise algumas delas com base nestas instruções.
- Em grupo, façam uma votação e escolha um destes temas: “Derretimento das calotas polares no Ártico” ou “Antártida e o buraco na camada de ozônio”.
- Pesquise o tema escolhido, debata e elabore um texto no qual apareçam os problemas a serem combatidos e as soluções a serem implementadas.
Orientações e sugestões didáticas
- Contextualize o tema proposto na atividade e promova o uso pedagógico da tecnologia orientando os grupos de alunos a pesquisá-lo na internet, consultando textos jornalísticos e podcasts. Oriente-os a coletar, selecionar e sistematizar as informações relevantes. Caso julgue oportuno, indique a consulta de artigos científicos ou acadêmicos, como aquele indicado na fonte do excerto de texto da atividade, levando-os a conhecer esse tipo de produção intelectual e a diferenciá-la de artigos jornalísticos. Promova a aprendizagem colaborativa crítica, organizando os grupos para posterior apresentação e confronto das informações obtidas, incentivando, assim, a interação, o diálogo, a curiosidade e a colaboração para a construção coletiva do conhecimento.
-
- Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, Islândia, Noruega, Rússia e Suécia.
- Ao setor primário (pesca) e ao secundário (indústria da exploração de recursos minerais).
- cêrca de 4 mil metros.
- Distribuem-se por todo o Ártico, pelo Oceano Glacial Ártico e por terras no Canadá, no território autônomo de Nunavut (Inuit), na Noruega (ilhas), na Suécia, na Rússia e nos Estados Unidos (Alasca).
- Além de consultas a páginas da internet – ver Coleção Explorando o Ensino, Antártica, volume 9, O Brasil e o meio ambiente, volume 10 (disponíveis em: https://oeds.link/pYSWTW e https://oeds.link/5kwqDb acessos em: 2 março 2022) –, os alunos poderão recorrer aos livros indicados na seção Quem lê viaja mais.
Caminhos digitais
Interações on-line e saiberdependência apóstrofo s
A prática de jogar é uma fórma milenar de diversão e sempre teve um papel importante nas interações sociais e coletivas. Nos tempos atuais, mais do que divertimento, os jogos fazem parte de um dos negócios mais rentáveis do mundo e estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas.
Até há pouco tempo, a indústria de games se restringia aos videogames. Isso mudou com a internet e os inúmeros dispositivos eletrônicos que vêm surgindo nas últimas décadas, com destaque para os smartphones.
Além dos atrativos sensoriais que os jogos oferecem atualmente – como imagens hiper-realistas, realidade aumentada e desafios com base na localização real do usuário –, é possível interagir com múltiplos jogadores pela internet.
Mas essa expansão dos jogos virtuais resulta também de inúmeras estratégias das empresas de games, de redes sociais, de sites e até das empresas de modo geral que estão “gamificando”glossário seus serviços.
A indústria de games tem crescido intensamente nos últimos anos, especialmente na China, no Japão, na Coreia do Sul e nos Estados Unidos. Estima-se que em 2021, no mundo, 3 bilhões de pessoas jogavam pelo menos uma vez no mês algum tipo de jôgo virtual, em smartphones, computadores, tablets ou videogames.
Nesse contexto de expansão do hábito de jogar, crescem também as preocupações com o vício em jogos. Em 2018, a ó ême ésse (Organização Mundial da Saúde) passou a considerar o vício em games como uma doença. Na China, no Japão e na Coreia do Sul, por exemplo, os governos aprovaram leis exigindo que os fabricantes de games alertem os usuários sobre os riscos de se passar muitas horas jogando.
Diversas pesquisas têm mostrado os impactos negativos da compulsão pelos games. Além de deteriorar os laços familiares e sociais e de interferir nas rotinas e no desempenho de outras atividades, como os estudos, os hábitos virtuais compulsivos têm sido associados à ansiedade e a distúrbios alimentares e de sono.
Mas, apesar dos problemas que a hiperconectividade pode causar, como contribuir para o desenvolvimento de dependência tecnológica – saiberdependência –, ela também permite vários tipos de interações colaborativas entre pessoas do mundo todo. Alguns exemplos disso são iniciativas on-line que buscam resolver problemas públicos ou realizar projetos coletivos por meio da cooperação, como o desenvolvimento de softwares livres, aqueles de linguagem aberta, os chats e fóruns de dúvidas sobre todo tipo de assunto, entre outros.
Dessa fórma, para que as tecnologias sejam meios saudáveis de lazer e diversão, devemos sempre estar atentos aos nossos hábitos digitais, de modo que não prejudiquem nossa saúde e nossas relações no mundo real.
Orientações e sugestões didáticas
A seção proporciona a discussão sobre o potencial viciador das tecnologias e a compreensão de que existem interesses comerciais que guiam o desenvolvimento delas. Para o estudo da Geografia, pode ser oportuno explorar o conceito de economia criativa, as novas profissões e atividades associadas ao crescimento da indústria de games (programadores, designers, os próprios jogadores ou gamers e youtubers, que comentam e narram jogos) e a concentração da indústria de games na Ásia.
Proponha um fórum de discussão e pergunte aos alunos: “Vocês acham que muitas pessoas estão se tornando saiberdependêntes simplesmente porque não controlam os próprios hábitos ou porque os games, os aplicativos e as tecnologias, em geral, podem criar vício?”. Solicite a eles que discutam a afirmação a seguir: “O que atrai as pessoas nas comunidades virtuais, seja de jogadores, seja nas redes sociais, seja em grupos de mensagem instantânea, é a possibilidade de interagir mais facilmente com outras pessoas do que no mundo off-line”.
O objetivo dessa atividade é instigar os alunos a refletir sobre seus hábitos digitais, compartilhando experiências e debatendo estratégias sobre como torná-los mais conscientes. Leve-os a questionar o interesse de empresas de tecnologia em criar jogos ou diversões on-line com alto potencial para desenvolver dependência em seus usuários. Embora, individualmente, inúmeros fatores possam influenciar na saiberdependência, como as condições psicológicas e emocionais de cada um, os alunos devem ter ciência de que quanto maior o tempo de consumo de um serviço digital, jôgo ou não, maiores os lucros das empresas que comercializam esses produtos.
Competência
Esta seção contribui para o desenvolvimento da Competência Geral 5 (ver quadro das competências nas páginas cinco a sete deste manual). Permite que os alunos compreendam o impacto das tecnologias na vida das pessoas, na sociedade e na economia e avaliem os próprios hábitos digitais, comparando comportamentos e o uso ético da tecnologia pela cultura juvenil.
A Ásia, região com o maior número de jogadores de games do mundo (consulte o gráfico), é também a região que sedia a maioria das 25 principais empresas do setor em faturamento, concentradas, sobretudo, no Japão, na China e na Coreia do Sul.
Mundo: jogadores virtuais (em porcentagem e em milhões) asterisco – 2021
Fonte: . niuzôo Key numbers: global players per regions. Disponível em: https://oeds.link/umBqFg. Acesso em: 2 março 2022.
Confira
- Que fatores ajudaram a promover a indústria de games e a participação em jogos virtuais?
- O que é saiberdependência e como ela se manifesta?
- Por que os excessos no uso de tecnologias e da internet podem fazer mal à saúde física e emocional?
- Converse com um familiar ou pessoa conhecida que manifesta interesse por jogos eletrônicos e pergunte: “Quais são os jogos que mais despertam seu interesse?”; “Há algum título de sua preferência?”; “Você tem o costume de jogar on-line, interagindo com outros jogadores, ou prefere jogar individualmente?”; “Você joga diariamente?”; “E quando joga, costuma jogar por quanto tempo?”; “Que tipo de dispositivo habitualmente usa para jogar?”. Posteriormente, pesquise sobre os jogos citados na conversa e:
- identifique as empresas responsáveis por desenvolvê-los e quem são os profissionais desenvolvedores.
- indique a localização dessas empresas (em que países estão situadas e se alguma é brasileira).
- aponte outros jogos desenvolvidos por essas empresas e quais são os principais temas abordados nos jogos.
Por fim, desenvolva uma análise sobre os impactos que os jogos eletrônicos podem exercer na vida de uma pessoa.
Fique ligado!
- Aprenda a equilibrar sua rotina e as atividades digitais para não prejudicar sua saúde, sua vida social e seu desempenho escolar. Fique ligado se as situações a seguir acontecerem em sua vida:
- Sentir que “não há nada para fazer” só porque não há sinal de internet disponível;
- Deixar de brincar, sair ou estudar para ficar na internet ou jogando;
- Correr riscos reais, como ser atropelado ou se machucar por tropeçar, porque está usando o smartphone ou o tablet;
- Deixar de prestar atenção na escola ou não interagir em ocasiões em que está com a família ou com os amigos porque está jogando ou usando a internet;
- Sentir-se cansado em horários em que não era para estar.
- Não participe de desafios que envolvam riscos ou situações perigosas por causa de jogos, brincadeiras ou disputas na internet.
- Cuide do seu bem-estar físico. Não ouça música nem o som dos guêimis em volume muito elevado. Isso pode prejudicar sua audição.
- Evite permanecer muitas horas jogando ou na internet. Intercale outras atividades, como estar ao ar livre e brincar com os amigos.
- Ao alugar computadores em lan , não use senhas e informações pessoais importantes.
- Não trapaceie ou prejudique outros jogadores para obter benefícios pessoais de maneira desonesta.
Orientações e sugestões didáticas
Proporcione alguns debates complementares: identidade individual em meio digital, ciberbullying, etiqueta digital, ética digital, entre outros. A discussão que está mais diretamente relacionada ao conteúdo do texto é aquela sobre o potencial viciador das interações digitais. A participação comunitária e a interação social são características inatas do ser humano. Por isso, essas tecnologias que unem pessoas e comunidades pela internet, de diferentes fórmas, são tão aceitas e usadas, até o ponto de se transformar em motivo de preocupação em razão da dependência e dos problemas de saúde que podem derivar de seu uso excessivo.
Respostas
- A ampliação da oferta de dispositivos eletrônicos que dispõem desses jogos, sendo o smartphone o aparelho que mais tem favorecido tal expansão. A possibilidade de jogar on-line e interagir com outras pessoas e os novos recursos visuais e de interação também são atrativos que contribuem para essa expansão. Além disso, as empresas de games e de muitos outros setores têm usado a estratégia da “ gueimificação” de seus serviços como uma fórma de aumentar vendas ou obter informações mais detalhadas sobre os clientes.
- saiberdependência é a dependência do uso de tecnologias digitais, ou seja, da internet, de smartphones, videogames, computadores etcétera Essa dependência se apresenta por meio de hábitos digitais compulsivos, tais como a preocupação excessiva com a necessidade de estar conectado, de interagir on-line e estar ativo nas redes sociais, de registrar e compartilhar em foto, vídeo ou texto o momento presente.
- Segundo pesquisas, os hábitos digitais compulsivos podem propiciar distúrbios alimentares, de sono e ansiedade, além de afetar as relações sociais e familiares do indivíduo e deteriorar sua rotina e seu desempenho em atividades cotidianas, como as escolares.
- Nesta atividade, possibilita-se aos alunos desenvolverem noções introdutórias de estudo de recepção de produtos da indústria cultural, com enfoque na indústria de jogos eletrônicos.
Por meio de uma conversa com um familiar, o aluno será capaz de reunir informações com base na experiência empírica relatada por seu interlocutor. Essas informações são importantes para analisar o fenômeno dos jogos eletrônicos e a dimensão do impacto proporcionado por essa indústria no comportamento geral das pessoas que interagem com seus produtos.
Glossário
- Copra
- Amêndoa do coco de uma palmeira da qual se extrai um óleo (copraol) usado como alimento e na fabricação de sabão, lubrificante, ração e cosméticos.
- Voltar para o texto
- Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial () e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ( ó ême ême), reúne cientistas colaboradores de vários países. pênúma
- Voltar para o texto
- Pedra-pomes
- Rocha que, partida em pedaços, é usada para limpar ou amaciar a pele.
- Voltar para o texto
- Lácteo
- Alimento que inclui o leite e seus derivados.
- Voltar para o texto
- Casta
- Variedade de uma espécie animal ou vegetal; no caso, variedade de uva para a produção de vinho: ,, chardoné , pinô nuar malbéc . etcétera
- Voltar para o texto
- Inuíte
- Significa “o ser humano”. É uma designação bastante genérica para os povos do Ártico. Refere-se principalmente aos que vivem na Groenlândia, no Canadá e no Alasca.
- Voltar para o texto
- Tipo de solo encontrado na região do Ártico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados.
- Voltar para o texto
- “Gamificação”
- Estratégia que aplica técnicas e lógicas típicas dos jogos em contextos não relacionados a jogos, como educacionais e comerciais, com a finalidade de engajar os usuários na execução de alguma tarefa, tornando-a mais atrativa, ou melhorar as chances de aquisição de um serviço ou produto.
- Voltar para o texto