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4 O ser humano e o Universo
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Para observar o céu noturno com detalhes, Mateus visitou um planetário. Os planetários são locais incríveis! Neles, parece que estamos viajando pelo Universo e, nessa viagem, aprendemos muito sobre os astros. No planetário, Mateus observou algumas estrelas, que fazem parte de constelações.
CONECTANDO IDEIAS
- Você já visitou um planetário? Se sim, o que você observou nesse local?
- Cite uma característica importante do planetário para o estudo do céu noturno.
- Além de estrelas, que outros astros é possível observar no céu noturno?
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12 Constelações e mapas celestes
As pessoas que estão no planetário apresentado nas páginas anteriores observaram a projeção do céu noturno e puderam ver algumas constelações.
1. Você sabe o que é uma constelação? Comente com os colegas.
Ao observar o céu noturno, podemos ver agrupamentos aparentes de estrelas. Alguns astrônomos da antiguidade chamaram de constelações as regiões que contêm esses agrupamentos de estrelas.
Uma dessas constelações é a de Órion. Uma dica para identificá-la é localizar as Três Marias, que são três estrelas alinhadas, próximas entre si e com o mesmo brilho, cujos nomes são Mintaka, Alnilan e Alnitaka.
Peça o acompanhamento de um adulto quando realizar uma atividade fora de casa ou fora da escola.
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As Três Marias fazem parte do cinturão da constelação de Órion, o caçador.
2. Aponte no esquema anterior o cinturão de Órion.
Segundo a lenda da mitologia greco-romana, Órion é o nome de um caçador que, após sua morte, foi colocado no céu, por Zeus, na forma de uma constelação.
Ainda de acordo com a lenda, Órion estava acompanhado de dois cães de caça correspondentes às constelações Cão Maior e Cão Menor.
Na constelação Cão Maior, encontra-se Sirius, que é a estrela, aparentemente, mais brilhante do céu.
Como vimos, o nome das constelações está relacionado a mitos e lendas da cultura de um povo ou civilização. A constelação de Órion faz parte da cultura das civilizações grega e romana. Outros povos também nomearam suas constelações de acordo com sua cultura.
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As constelações podem ser representadas em mapas celestes, também conhecidos como cartas celestes.
Mapa celeste é uma representação do céu utilizada para identificar e localizar estrelas, constelações e galáxias. Existem diferentes mapas.
Essas representações foram muito utilizadas na época das grandes navegações, para orientação.
A aparência do céu noturno de determinado local muda de acordo com o horário, a época do ano e a latitude do local. Um único mapa celeste não apresenta todas essas variações. Sendo assim, são necessários vários mapas para representar todas as possibilidades.
Para visualizar o céu, o ideal é um planisfério que combina vários mapas celestes de um ano inteiro de determinado local.
NA PRÁTICA
- Você já observou o céu hoje?
Para investigar a localização das constelações, dos planetas e das estrelas no céu, realize a atividade a seguir.
Instale o aplicativo no smartphone ou tablet.
Em um local da escola em que seja possível observar o céu, utilizando o aplicativo, aponte a câmera do telefone celular e descubra quais planetas e estrelas você pode observar nesse momento. Observe em outras direções e troque informações sobre as descobertas com seus colegas.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
- aplicativo de identificação dos astros disponível para smartphone
- smartphone ou tablet com acesso à internet
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Nos dias atuais a tecnologia permite observar o céu com detalhes, seja para estudos sobre o Universo ou apenas para localizar as constelações e os astros. Aplicativos de Astronomia incentivam o conhecimento dos céus e permitem localizar corpos celestes no espaço.
3. Você já utilizou algum aplicativo para observar o céu?
Se possível, observe o céu noturno em sua casa com um adulto, utilizando um aplicativo. Discuta com seus colegas sobre quais constelações você conseguiu localizar.
- Ao observar o céu por meio do aplicativo você conseguiu ver mais detalhes do que as simples constatações do dia a dia?
- Em sua opinião, os aplicativos de observação do céu contribuem para o aprendizado sobre o Universo? Discuta com seus colegas.
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AS CONSTELAÇÕES DE CADA ESTAÇÃO DO ANO
As constelações apresentam uma importância histórica e cultural. Nossos ancestrais mais antigos observavam as constelações ao anoitecer e as utilizavam para encontrar as primeiras formas de registrar a passagem do tempo e reconhecer determinadas características de cada época do ano.
Nos dias atuais, temos diversos outros recursos para registrar o tempo, prever as mudanças climáticas e também encontrar as direções.
Entretanto, as constelações continuaram a marcar determinados eventos. Órion, por exemplo, marca o início do verão no hemisfério Sul, e pode ser vista nas noites serenas do mês de dezembro.
Outras constelações podem ser vistas no céu do hemisfério Sul marcando a ocorrência das demais estações do ano. São as constelações de Leão, Escorpião e a chamada Pégaso, representadas nas fotos a seguir.
PARA SABER MAIS
- Céu noturno: uma introdução para crianças, de Michael Driscoll. Panda Books.
Ilustrações e textos com linguagem acessíveis sobre o Universo são apresentados nesse livro. Além disso, há um glossário que explica termos técnicos utilizados na Astronomia. Conheça um pouco mais sobre o nosso céu noturno!
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Durante o dia, a luz do Sol ofusca o brilho das demais estrelas. Isso dificulta a visualização delas, nesse período. Os astros encontram-se no céu, mas não conseguimos vê-los.
Por isso, devemos observar os astros do Universo, à noite. Tente observar outras estrelas, além do Sol, no céu da foto A.
A luz artificial que ilumina as cidades durante a noite também dificulta a visualização de vários astros.
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ATIVIDADES
1. As fotos a seguir mostram como um mesmo aglomerado de estrelas aparece no céu em dois horários diferentes em uma mesma noite.
- Observe as fotos e reescreva em seu caderno a sentença a seguir. Use a alternativa correta para completá-la.
A mudança de posição do aglomerado de estrelas deve-se:
- ao movimento das estrelas e ao formato esférico da Terra.
- ao movimento de translação da constelação.
- ao movimento de rotação da Terra.
2. A bandeira do Brasil apresenta 27 estrelas de nove constelações, sendo que algumas delas não estão completas. Outra curiosidade é que as constelações são apresentadas como se o observador estivesse fora da esfera celeste.
- Pesquise os nomes das constelações presentes na bandeira do Brasil.
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3. A observação do céu noturno é um hábito de diversos povos, inclusive dos povos indígenas do Brasil. Por isso, eles também identificaram padrões de estrelas no céu e criaram as próprias constelações. Observe as formas mostradas nas figuras e relacione com o nome das constelações indígenas correspondente.
Homem velho
Anta
Ema
A
B
C
4. Faça uma pesquisa sobre como os indígenas utilizavam as constelações para saber os períodos de chuvas, de seca, o tempo de plantio e o de colheita. Apresente a um colega o resultado de sua pesquisa.
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INVESTIGUE E COMPARTILHE
- Qual é o nome do instrumento que auxilia na localização e identificação das estrelas e constelações no céu?
DICA
Para a realização desta atividade é necessário imprimir as cartas celestes e as máscaras disponibilizadas no site da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), disponível em: https://oeds.link/332ZiF. Acesso em: 10 abr. 2021.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
- cartas celestes (Norte e Sul)
- máscaras (Norte e Sul)
- tesoura com pontas arredondadas
- cartolina
- cola
- régua
- parafuso pequeno com porca e arruela
A Após a impressão das cartas celestes e máscaras, cole-as em uma cartolina, espere secar e recorte-as nos locais indicados.
B Depois de recortadas, cole a carta do hemisfério Sul no verso da carta do hemisfério Norte com cuidado para que as duas setas pretas fiquem alinhadas.
C Recorte um retângulo de cartolina de 6 cm x 2 cm e cole as duas máscaras lado a lado sobre esse retângulo. Deve haver um alinhamento entre a indicação "0h" das máscaras e um espaçamento de três centímetros entre elas.
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D Dobre o retângulo que une as máscaras ao meio, de forma que as duas máscaras fiquem alinhadas, uma sobre a outra.
E Coloque o disco com as cartas celestes entre as máscaras e peça a um adulto que fure os locais indicados com um X.
F Passe o parafuso através dos furos fixando-o com a arruela e a porca. O disco com as cartas celestes deve girar livremente entre as duas máscaras.
G Para ajustar o planisfério celeste basta alinhar o horário existente na máscara com o mês e o dia presentes na carta celeste, essas informações devem ser coerentes com a data e a hora da observação.
H Será possível observar no céu os astros que aparecem na janela, para isso basta se voltar para a direção indicada na carta celeste e observar o céu.
ATENÇÃO
Você pode substituir o parafuso, a arruela e a porca por um percevejo e um pedaço de borracha, tome cuidado para não se furar com a ponta do percevejo.
REGISTRE O QUE OBSERVOU
- Quais constelações você conseguiu identificar?
- Diga o nome de um instrumento óptico que poderia ser utilizado na observação dos astros.
- Por que temos de rodar o disco de acordo com o dia e a hora em que estamos observando o céu?
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13 Lua
A professora de Rebeca pediu aos alunos que observassem, por dois meses, o formato da Lua no céu em cada noite e o registrassem por meio de desenhos.
As observações de Rebeca foram feitas nos meses de setembro e outubro de 2022. Veja a seguir.
Os quadrinhos em que não desenhei a Lua correspondem aos dias em que não a vi no céu noturno porque era noite de lua nova.
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1. Em quais dias Rebeca registrou a lua cheia nesses dois meses? E a lua nova?
2. Considerando que o ciclo completo da Lua passando pelos quatro momentos leva cerca de 29 dias, sabendo que o mês de outubro tem 31 dias, quando será lua cheia no mês de novembro? E lua nova?
3. O período crescente ocorre da lua nova até a lua cheia e o período decrescente ocorre da lua cheia até a lua nova. Quantos dias aproximadamente duram cada um desses períodos?
4. Em quais dias Rebeca não conseguiu ver o formato aparente da Lua no céu?
5. Peça ajuda a uma pessoa de sua família e elabore calendários de observação das fases da Lua durante dois meses, como feito por Rebeca.
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NA PRÁTICA
- Por que a Lua, aparentemente, muda de formato durante seu ciclo, quando a observamos aqui da Terra?
Para investigar como a Lua aparentemente muda de formato quando a observamos da Terra, realize a atividade a seguir.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
- uma bola de futebol branca
- uma lanterna de tamanho médio
Para iniciar a atividade, peça a um colega que segure uma lanterna ligada, que representará o Sol.
Em seguida, segure uma bola de futebol com o braço esticado, de frente para seu rosto. Essa bola representará a Lua e você, um observador na superfície da Terra.
Procure segurar a bola e se posicionar de maneira que o alinhamento da posição dos astros fique como mostrado na imagem abaixo.
Lua cerca de 3 476 km de diâmetro.
Sol cerca de 1,390 milhões de km de diâmetro.
Terra cerca de 12 756,3 km de diâmetro.
ATENÇÃO
Tenham cuidado para que a luz da lanterna não atinja diretamente os olhos.
1. Ao segurar a bola dessa maneira, qual parte dela está iluminada pela lanterna?
Gire seu corpo e a bola 90o para a direita e observe novamente qual porção da bola pode ser vista iluminada pela lanterna.
Realizem esse procedimento por mais duas vezes, identificando as porções da bola iluminadas pela lanterna.
2. Identifique quais porções da bola foram iluminadas diretamente pela lanterna em cada giro que você deu.
3. Represente por meio de desenhos, em seu caderno, o formato da bola ao ser iluminada pela lanterna em cada etapa da atividade.
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A Lua é o satélite natural da Terra. Ela realiza um movimento de translação ao redor da Terra. Durante esse movimento, dependendo de sua posição em relação à Terra e ao Sol, observamos a Lua, aparentemente, com diferentes formatos.
Por ser um corpo iluminado pelo Sol, o que observamos da superfície da Terra são diferentes porções da parte iluminada da Lua, ao longo de seu ciclo. Essa parte iluminada da Lua vista da Terra é chamada de fase ou momento e se modifica com o passar do tempo, levando de sete a oito dias para passar de um momento para outro.
Na lua nova, não observamos, da Terra, a parte iluminada da Lua.
No quarto minguante, observamos, da Terra, apenas cerca da metade da parte iluminada da Lua.
No quarto crescente, observamos, da Terra, apenas cerca da metade da parte iluminada da Lua.
Na lua cheia, observamos, da Terra, toda a parte iluminada da Lua.
As mudanças na aparência da Lua seguem um ciclo dividido em dois períodos: crescente e decrescente. O período crescente ocorre da lua nova até a lua cheia. O período decrescente ocorre da lua cheia até a lua nova.
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O EFEITO DA LUA NAS MARÉS
Muitos acreditam que a Lua provoca efeitos na vida das pessoas e em fenômenos da natureza, principalmente quando se aproximam a lua nova e a lua cheia.
Muitos desses efeitos são apenas mitos. No entanto, alguns são comprovados cientificamente, como a influência da Lua nas marés.
Na época das grandes navegações, sabia-se que existia uma relação entre a Lua e as marés, mas os navegantes não conseguiram explicar as duas marés altas que ocorrem diariamente.
Nos dias atuais sabemos que uma das razões para esse sobe e desce das águas de mares e oceanos está relacionada ao movimento da Lua.
Esse fenômeno está relacionado a uma força que a Lua exerce sobre a Terra - a atração gravitacional. A força de atração gravitacional que a Lua exerce na Terra não é a mesma em todos os pontos da superfície terrestre. De forma simplificada, a atuação dessa força é maior nas partes da superfície terrestre voltadas para a Lua e menor nas partes que não estão voltadas para a Lua. Isso altera a distribuição das águas dos oceanos.
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ATIVIDADES
1. Em uma noite sem nuvens, Lucas observou o céu, mas não conseguiu ver a Lua.
- Como é chamado o momento em que a Lua estava quando Lucas não a visualizou no céu?
- Por que nessa ocasião não podemos visualizar a Lua da Terra durante a noite?
2. Observe a foto.
a. É possível identificar diversas crateras na superfície da Lua, realize uma pesquisa sobre o que pode ter gerado essas crateras na Lua.
b. Você acha que conseguimos ver as crateras da Lua observando-a diretamente a olho nu? Caso sua resposta seja negativa, de que forma é possível observar essas crateras?
3. Com seus pais ou responsáveis, acesse o site Astro do Observatório Nacional disponível em: https://oeds.link/6s5tAf. Acesso em: 17 abr. 2021.
Utilizando o aplicativo "Posição da Lua", disponível nesse site, verifique a fase da Lua atual e as datas de início das próximas fases da Lua.
a. Fase atual e data.
b. Datas de início das próximas fases da Lua.
4. Faça uma pesquisa para explicar por que dizemos que a Lua tem um lado oculto. Escreva em seu caderno e apresente o resultado de sua pesquisa para os colegas.
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INVESTIGUE E COMPARTILHE
- O formato da Lua muda ao longo de seu ciclo? Por que a vemos com diferentes formatos aparentes no céu?
MATERIAIS NECESSÁRIOS
- caixa de sapato com tampa
- lanterna
- bola de isopor
- clipe grande de papel
- fita-crepe
- tesoura com pontas arredondadas
- régua
- papel
- lápis
- cartolina preta ou papel-cartão preto
A Forre a caixa de sapato e sua tampa com cartolina preta ou papel-cartão preto.
- Por que o interior da caixa de sapato deve ser escuro?
B Peça a um adulto que faça um furo de aproximadamente 1 cm de diâmetro no centro de cada uma das laterais da caixa de sapato.
C Faça etiquetas e identifique cada orifício com os números 1 a 4, no sentido horário da caixa.
- Qual é a finalidade dos furos nas laterais da caixa?
D Solicite ao adulto que faça um novo furo abaixo do orifício 1, com diâmetro suficiente para encaixar o refletor da lanterna, então, prenda-a com fita-crepe.
ATENÇÃO
Apenas o adulto deve manusear a tesoura.
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E Abra o clipe de papel e encaixe a bola de isopor.
F Posicione a montagem obtida na etapa E no centro da caixa de sapato, fixando-a com fita-crepe.
DICA
A bola de isopor deve ficar centralizada e na altura dos orifícios.
G Acenda a lanterna, tampe a caixa, e observe a bola de isopor pelos orifícios 1 a 4. Anote os resultados em seu caderno e faça um desenho representando cada uma das imagens observadas.
REGISTRE O QUE OBSERVOU
- Qual é o nome do astro que a lanterna representa? E a bola de isopor?
- Qual é o nome que a Lua recebe a cada momento de seu ciclo representado em cada furo da caixa?
- Em qual fase do ciclo lunar a Lua está posicionada entre o Sol e a Terra?
- Compare com os colegas os desenhos de como você enxergou a bolinha de isopor em cada furo.
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14 Instrumentos de observação
1. Para observar o céu, Paulo utilizou um instrumento de observação. Veja na foto abaixo.
- Você sabe o nome do instrumento de observação utilizado por Paulo? Qual é o nome?
- Por que Paulo utilizou esse instrumento para fazer sua observação?
Para realizar observações do Universo são utilizados alguns instrumentos, como a luneta.
A luneta é um instrumento de observação constituído basicamente de um tubo e lentes. É utilizado para visualizar corpos e objetos distantes, como astros celestes.
A luneta também é chamada de telescópio refrator, por utilizar a refração da luz em seu funcionamento.
As principais partes de uma luneta são as lentes, que são responsáveis por provocar um desvio da luz que passa por elas.
As lentes são feitas de materiais transparentes e utilizadas para focalizar a luz e podem ser encontradas em diversos instrumentos ópticos.
Como seriam as observações se esses instrumentos não tivessem sido desenvolvidos?
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Outros exemplos de instrumentos de observação com lentes que funcionam a partir da refração são a lupa e o microscópio.
O periscópio é um instrumento de observação de objetos distantes, formado por dois espelhos planos inclinados que refletem a imagem.
A luz entra na parte superior e atinge o espelho superior, que reflete a luz para o espelho inferior.
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REGISTRANDO IMAGENS
Talvez um dos objetos ópticos mais conhecidos, além dos espelhos, sejam as lentes.
Você já estudou que as lentes estão presentes em objetos de observação. Outro objeto muito comum que possui lentes é a máquina fotográfica. Você já observou ou mesmo manipulou esse objeto?
As máquinas fotográficas permitem registrar imagens por meio da luz refletida pelos objetos, que podem ser gravadas em um filme ou digitalmente, na memória da câmera.
O processo de armazenamento e registro das imagens tornou possível recriar e preservar imagens e ao longo de anos documentou a história da humanidade. A fotografia é uma das mais importantes invenções da história, transformando a maneira pela qual as pessoas imaginavam o mundo.
Câmeras submarinas registram imagens de formas repletas de beleza das profundezas do oceano, enquanto satélites orbitam o nosso planeta acompanhando e pesquisando o mundo por meio de imagens.
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ATIVIDADES
1. Analise as duas fotos a seguir.
SATURNO cerca de 120 536 km de diâmetro.
a. Qual das imagens se parece mais com o que você vê a olho nu e qual foi obtida por meio de um telescópio?
b. Em qual das fotos é possível ver detalhes de um astro do Universo?
2. Recorte e cole em seu caderno uma imagem ou um texto de um jornal ou revista. Em seguida observe a imagem com uma lupa.
Descreva as diferenças entre o que você observou a olho nu com o que você vê com a lupa.
PARA SABER MAIS
- Ciência Hoje na Escola: céu e Terra, v. 1. Global.
Nesse livro você encontrará informações sobre o céu, a Terra e instrumentos de observação em textos escritos por cientistas brasileiros.
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CIDADÃO DO MUNDO Evolução dos instrumentos ópticos
Os astros e a estrutura da matéria sempre despertaram a curiosidade do ser humano, mas na antiguidade não existiam instrumentos ópticos que permitiam observar detalhes desses astros ou de estruturas muito pequenas, pois tudo era observado a olho nu.
Com a evolução de tais instrumentos, elementos que não podiam ser vistos, como os corpos, os objetos e as estruturas distantes ou muito pequenas, puderam ser observados. O telescópio espacial Hubble, por exemplo, possibilitou a observação de muitos astros distantes que o ser humano não conseguia ver antes do desenvolvimento desse equipamento.
Os instrumentos ópticos apresentam componentes como prismas, espelhos e lentes. Alguns deles estão presentes no dia a dia das pessoas, como óculos e máquinas fotográficas, outros são altamente sofisticados e, geralmente, voltados para as pesquisas científicas, como os telescópios.
Vamos conhecer alguns desses instrumentos!
Os primeiros instrumentos eram apenas de observação e não apresentavam dispositivos ópticos, condição que se manteve até o início do século 17, com o desenvolvimento da luneta. Alguns desses objetos eram o astrolábio e o sextante.
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Com a evolução da tecnologia e da capacidade de estudar os astros, muitas surpresas e descobertas aconteceram, mudando a forma de observar o mundo e ampliando os conhecimentos astronômicos.
No ano de 1609, ao ouvir falar de um instrumento capaz de ampliar as imagens, o cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642) construiu uma luneta e a utilizou para observar a Lua, Saturno, Júpiter, o Sol e Vênus.
Outro instrumento óptico que já faz parte do dia a dia de muitas pessoas é a lupa, geralmente utilizada para ampliar imagens ou até mesmo na observação de detalhes de objetos.
O microscópio composto, ou apenas microscópio, é um instrumento de observação de pequenas estruturas, que são invisíveis a olho nu. Em sua forma mais simples é constituído de duas lentes. Uma delas mais próxima do objeto a ser observado e a outra, mais perto dos olhos do observador.
- Discuta com seus colegas sobre a importância dos estudos para o desenvolvimento dos instrumentos ópticos.
- O desenvolvimento dos instrumentos ópticos contribuiu para melhorar a vida das pessoas? Converse com seus colegas.
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O QUE VOCÊ ESTUDOU?
1. A foto abaixo, registrada pelo professor e astrofotógrafo brasileiro Rodrigo Guerra, foi publicada pela Nasa como a "Fotografia Astronômica do Dia", em 12 de janeiro de 2021. A foto destaca a constelação do Homem Velho, que pertence à cultura dos povos indígenas Tupi. O indígena que aparece na foto está imitando a constelação.
- astrofotógrafo:
- pessoa que registra imagens de corpos celestes e grandes áreas do céu noturno
a. As três estrelas de uma das pernas da figura fazem parte do cinturão de uma constelação muito conhecida. Qual é o nome dessa constelação e das três estrelas?
b. O que o indígena fez para se assemelhar à representação da constelação?
2. A visibilidade de algumas constelações no céu noturno pode mudar durante o período de um ano. Isso acontece devido à posição das estrelas em relação ao Sol e à Terra. Observe a imagem a seguir.
a. Considere que uma pessoa na Terra esteja observando o céu durante um dia inteiro, na condição da imagem apresentada. Faça uma lista em seu caderno com os nomes das constelações a seguir, separando aquelas que serão visíveis das que não serão visíveis.
Leão
Aquário
Capricórnio
Virgem
Câncer
Peixes
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b. Por que a visibilidade de algumas constelações muda de acordo com a estação do ano?
3. Observe a imagem a seguir, que ilustra o movimento da Lua em volta da Terra.
- Quais situações representam a fase lua nova?
- Por que a lua nova não é visível durante a noite?
4. Observe a foto a seguir, que mostra uma pessoa fazendo uso de um instrumento de observação que utiliza lentes.
a. Leia os itens a seguir e identifique qual é o nome do instrumento presente na foto. Escreva-o em seu caderno.
- Microscópio.
- Periscópio.
- Estetoscópio.
- Telescópio.
b. Para que esse instrumento é utilizado?
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O QUE VOCÊ JÁ APRENDEU?
1. A sequência de imagens abaixo mostra uma porção de açúcar que foi colorizada e colocada em um recipiente com água.
- O que aconteceu com a porção de açúcar?
- Qual é o nome dessa propriedade da água?
- Cite outros exemplos de propriedades dos materiais que você pode observar no dia a dia.
2. Observe o solo de uma grande área desmatada no limite da Floresta Nacional do Jamari, em que a área do garimpo invadiu o limite da floresta.
- Cite as consequências da retirada da cobertura vegetal do solo.
3. O volume de água consumido nas atividades humanas pode ser reduzido se utilizarmos esse recurso de maneira consciente. Cite alguns de seus hábitos no dia a dia que contribuem para evitar o desperdício de água.
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4. A imagem da página 104 mostra Marcelo descartando corretamente os resíduos orgânicos em um recipiente adequado.
a. No bairro onde você mora, o recolhimento dos resíduos é feito por meio de coleta seletiva?
b. Reproduza o quadro a seguir em seu caderno e complete-o separando os materiais que devem ser destinados à reciclagem e os que devem ser descartados na lixeira de resíduos orgânicos.
Resíduos separados para a coleta seletiva
Reciclagem | Resíduos orgânicos |
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5. Os sistemas digestório e respiratório têm diferentes funções.
A função do sistema digestório é transformar os alimentos em partes menores.
A função do sistema respiratório é absorver gás oxigênio nos brônquios e fornecê-lo para as células.
- Por que esses sistemas são considerados corresponsáveis pelo processo de nutrição do organismo? Justifique sua resposta citando as funções desses sistemas.
6. Leia as frases a seguir.
O sistema cardiovascular leva o sangue com nutrientes e gás oxigênio para as células. Delas recolhe gás carbônico e substâncias tóxicas.
O gás carbônico é levado pelo sangue até os pulmões, onde é eliminado para o ambiente.
As substâncias tóxicas do sangue são filtradas nos rins e eliminadas pela urina. Também são eliminadas pelo suor.
- Explique a relação entre o funcionamento do sistema cardiovascular, a distribuição dos nutrientes pelo organismo e a eliminação dos resíduos produzidos.
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7. Uma refeição equilibrada requer a ingestão de diferentes alimentos, como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais.
- Em sua opinião, esta imagem representa uma refeição equilibrada? Justifique sua resposta.
8. Observe as imagens das constelações a seguir.
- Como você explicaria a mudança da posição aparente das constelações vistas no céu noturno e os períodos em que elas podem ser observadas de determinada região?
9. Observe a imagem a seguir e leia a legenda que a acompanha.
- Em qual de suas fases a face visível da Lua está totalmente iluminada pelo Sol? E em qual delas não a vemos no céu?
- Desenhe em seu caderno a representação dos períodos crescente e decrescente do ciclo lunar.
- Qual instrumento de observação poderia ser usado para observar os detalhes na superfície da Lua?
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMENTADAS
Livros
BAIRD, Colin; CANN, Michael. Química ambiental. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.
Livro que aborda as principais questões ambientais explorando as propriedades e os processos químicos envolvidos.
BEGON, Michael; TOWNSEND, Colin R.; HARPER, John L. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. Trad. Adriano Sanches Melo et al. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
Esse livro aborda a Ecologia como um todo por meio de conceitos fundamentais e reflexões sobre diversos temas.
CAVINATTO, Vilma M. Saneamento básico: fonte de saúde e bem-estar. São Paulo: Moderna, 2003.
Livro que faz uma retrospectiva histórica sobre a questão do saneamento no Brasil, chegando até o quadro da situação atual, e mostra com exemplos do cotidiano a importância do saneamento básico na prevenção de doenças.
COLE, Michael; COLE, Sheila R. O desenvolvimento da criança e do adolescente. Trad. Magda França Lopes. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Uma obra clássica que permite aos leitores compreenderem que o desenvolvimento humano é um conjunto de interações dos processos biológicos, sociais e psicológicos, integrados em diferentes contextos sociais.
COMINS, Neil F.; KAUFMANN III, William J. Descobrindo o Universo. 8. ed. Trad. Eduardo Neto Ferreira. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Livro completo, com todos os principais temas que envolvem Astronomia e Astrofísica. Contém exercícios de fixação no final de cada capítulo.
COULTATE, Tom P. Alimentos: a química de seus componentes. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Esse livro apresenta informações detalhadas da natureza química de cerca de 350 substâncias alimentares, além de examinar como os componentes dos alimentos se comportam durante a estocagem, o processamento e o cozimento, bem como as alterações nutricionais envolvidas nesses processos.
DANGELO, José G.; FATTINI, Carlo A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007.
Esse livro é um clássico da literatura biomédica nacional e apresenta conteúdos didáticos, como ilustrações anatômicas em traços a meio tom e em 22 cores, além de gráficos, tabelas e quadros sinópticos, tornando o estudo da Anatomia mais atraente e fácil.
FARIA, Romildo P. Iniciação à astronomia: de olho na ciência. 12. ed. São Paulo: Ática, 2004. (Série De Olho na Ciência).
O livro traz uma série de perguntas sobre Astronomia de maneira divertida e esclarecedora, respondidas com uma mistura de textos ficcionais e científicos.
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em processo. 21. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2015.
A obra apresenta aspectos importantes do processo de construção da leitura e da escrita, explicando como a alfabetização ocorre no cérebro e como esse processo é importante para o desenvolvimento de inúmeros outros conhecimentos.
HERLIHY, Barbara; MAEBIUS, Nancy K. Anatomia e fisiologia do corpo humano saudável e enfermo. São Paulo: Manole, 2002.
Livro completo que integra a Anatomia e a Fisiologia humanas.
HEWITT, Paul G. Física conceitual. 11. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.
Esse livro tem um texto atraente, bem-humorado e com muitas ilustrações, visando construir um sólido conhecimento conceitual dos princípios da Física.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 2001.
O livro apresenta pressupostos metodológicos para a construção de uma avaliação mediadora, atrelando a concepção de aprendizagem a uma nova perspectiva na correção de testes e tarefas, e a necessidade de mudança na postura pedagógica dos professores para a melhoria da educação.
LONGHINI, Marcos Daniel (Org.). Ensino de astronomia na escola: concepções, ideias e práticas. Campinas: Átomo, 2014.
Esse livro traz concepções, ideias e práticas voltadas para o ensino de Astronomia no espaço escolar, abordando diversos temas da área, como reflexões teóricas sobre o ensino desse campo de conhecimento e o emprego de modelos e de recursos computacionais, bem como atividades desenvolvidas na escola sem o uso de recursos sofisticados.
MACHADO, Andréa H. Aula de química: discurso e conhecimento. 3. ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2014. (Coleção Educação em Química).
Livro que trabalha a investigação na perspectiva histórico-cultural e as relações entre o discurso e a elaboração do conhecimento químico.
MANO, Eloisa Biasotto; PACHECO, Élen B. A. V.; BONELLI, Cláudia M. C. Meio ambiente, poluição e reciclagem. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2010.
Um livro com linguagem didática e que apresenta os principais tópicos sobre o meio ambiente, os problemas da poluição e as soluções que se pode alcançar com a reciclagem.
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MORAIS, José. Alfabetizar para a democracia. Porto Alegre: Penso, 2014.
O livro apresenta os desafios da alfabetização no Brasil e sua relação com questões políticas e sociais para a construção da democracia.
MOURÃO, Ronaldo R. de F. Dicionário enciclopédico de astronomia e astronáutica. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
Livro que traz termos e conceitos sobre Astronomia, Astronáutica e conceitos relacionados a essas áreas.
NARDI, Roberto; BASTOS, Fernando; DINIZ, Renato Eugênio da Silva (Org.). Pesquisas em ensino de ciências: contribuições para a formação de professores. São Paulo: Escrituras, 2004. (Série Educação para a Ciência, 5).
Livro de grande contribuição para o ensino de Ciências e para a prática pedagógica.
PERUZZO, Jucimar. Experimentos de física básica: eletromagnetismo, física moderna e ciências espaciais. São Paulo: Livraria da Física, 2013.
Esse livro é composto de diversos experimentos de Física que utilizam materiais simples e de fácil obtenção.
ROCKWELL, Robert E.; WILLIAMS, Robert A.; SHERWOOD, Elizabeth A. Todos têm um corpo: ciência da cabeça aos pés. Trad. Paula Taipas. Lisboa: Instituto Piaget, 1998. (Coleção Horizontes Pedagógicos).
Livro com atividades destinadas a ajudar as crianças a descobrirem o próprio corpo, contribuindo para a aprendizagem dos sentidos humanos, das partes do corpo e de suas funções.
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Esse livro apresenta textos claros e objetivos, relacionando estrutura e função dos órgãos, bem como alguns distúrbios, além de ser amplamente ilustrado.
VOCÊ é o que você come?: um guia sobre tudo o que está no seu prato! Trad. Lia Sanchez. São Paulo: Moderna, 2016.
Em forma de almanaque, esse livro explora o corpo humano e revela fatos interessantes e divertidos sobre os alimentos e a alimentação, mostrando que aquilo que comemos pode ter influência em nossas vidas.
WALDMAN, Maurício; SCHNEIDER, Dan. Guia ecológico doméstico. São Paulo: Contexto, 2000.
O livro apresenta, de forma divertida, dicas para ter um comportamento ecológico dentro de casa, ensinando a reciclar o lixo doméstico e a plantar vegetais, flores e frutas, além de outros procedimentos simples que ajudam as famílias a viverem em harmonia com o ambiente.
Sites
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Disponível em: https://oeds.link/q9XX8P. Acesso em: 8 jul. 2021.
O site tem informações gerais sobre a energia elétrica no Brasil.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: https://oeds.link/ZsyOK0. Acesso em: 3 mar. 2021.
Esse site apresenta a Base Nacional Comum Curricular, documento seguido nesta obra, e define o conjunto de aprendizagens essenciais que os estudantes devem desenvolver durante a Educação Básica.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC: Sealf, 2019. Disponível em: https://oeds.link/DW5LHd. Acesso em: 24 mar. 2021.
O site apresenta a PNA, que tem o objetivo de elevar a qualidade da alfabetização e combater o analfabetismo em todo o território brasileiro.
FUNDAÇÃO PLANETÁRIO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Cartas celestes. Disponível em: https://oeds.link/XWvEjq. Acesso em: 8 jul. 2021.
Esse site explica sobre as cartas celestes e possibilita a visualização delas a partir de cada capital do nosso país. A página permite, ainda, ajustar o horário e os elementos que serão exibidos.
INSTITUTO TRATA BRASIL. Manual do saneamento básico: entendendo o saneamento básico ambiental no Brasil e sua importância socioeconômica. São Paulo, 2012. Disponível em: https://oeds.link/dUoKEV. Acesso em: 8 jul. 2021.
O manual ressalta a importância do saneamento básico para a saúde humana.
LOUZADA, Maria Laura da Costa et al. Alimentação e saúde: a fundamentação científica do Guia alimentar para a população brasileira. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP, 2019. Disponível em: https://oeds.link/6JBlav. Acesso em: 2 jul. 2021.
Esse livro informa sobre saúde e alimentação e apresenta um capítulo destinado à fundamentação científica utilizada na elaboração do Guia alimentar para a população brasileira.
SOUZA, Jéssica Siqueira de. Materiais de construção. Brasília: NT, 2015. Disponível em: https://oeds.link/BxHGYm. Acesso em: 8 jul. 2021.
Essa apostila apresenta a classificação, o processo de produção e as propriedades de diversos materiais, além de suas aplicações.