Sumário
- A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 5 - MP
- Atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC 8 - MP
- Os Temas contemporâneos transversais 9 - MP
- Relações entre os componentes 9 - MP
-
A Política Nacional de Alfabetização (PNA) 10 - MP
- Literacia e alfabetização 10 - MP
- Numeracia 11 - MP
- Pisa 12 - MP
- Desempenho do Brasil - Pisa (2018) 12 - MP
-
Avaliação 13 - MP
- Avaliação diagnóstica 13 - MP
- Avaliação de processo ou formativa 13 - MP
- Avaliação de resultado ou somativa 14 - MP
- Relatório individual de acompanhamento da aprendizagem 14 - MP
-
O ensino de Geografia escolar 16 - MP
- Os conceitos básicos e os conteúdos no ensino de Geografia 16 - MP
- Os conceitos e conteúdos geográficos na coleção 18 - MP
- Objetivos do ensino de Geografia nos anos iniciais 20 - MP
4-MP
- O ensino de História 20 - MP
- Progressão entre os volumes 21 - MP
- Desenvolvendo a atitude historiadora 21 - MP
- Conceitos importantes para o ensino de História 22 - MP
- Plano de desenvolvimento anual 2o ano 24 - MP
- Conhecendo a coleção 28 - MP
- Estrutura da coleção 28 - MP
- Início da reprodução do Livro do estudante 33 - MP
- Apresentação 35 - MP
- Sumário 36 - MP
- O que você já sabe? 40 - MP
- Relatório para mapear as possíveis defasagens da turma 44 - MP
- Introdução da unidade 1 45 - MP
- UNIDADE 1 · A MINHA ESCOLA! 46 - MP
- Conclusão da unidade 1 80 - MP
- Introdução da unidade 2 81 - MP
- UNIDADE 2 · MEU COTIDIANO 82 - MP
- Conclusão da unidade 2 118 - MP
- Introdução da unidade 3 119 - MP
- UNIDADE 3 · PENSANDO SOBRE O PASSADO 120 - MP
- Conclusão da unidade 3 152 - MP
- Introdução da unidade 4 153 - MP
- UNIDADE 4 · COMUNIDADE E NATUREZA 154 - MP
- Conclusão da unidade 4 192 - MP
- Referências complementares para a prática docente 193 - MP
- Unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades da BNCC para o 2o ano 194 - MP
- O que você já aprendeu? 196 - MP
- Referências bibliográficas comentadas 203 - MP
- Referências bibliográficas comentadas 205 - MP
5-MP
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em 2018, tem o objetivo de definir "o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica" (BRASIL, 2018, p. 7).
Como proposta fundamental, a BNCC destaca que a prioridade da Educação Básica é a "formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva" (BRASIL, 2018, p. 7).
Nesta coleção, a BNCC é abordada de modo a desenvolver habilidades do respectivo ano de ensino, bem como as Competências gerais e específicas do componente, que fundamentam a apreensão de noções e conceitos importantes para a vida em sociedade.
A BNCC está estruturada em dez Competências gerais. Com base nelas, para o Ensino Fundamental, cada área do conhecimento apresenta Competências específicas de área e de componentes curriculares.
Esses elementos são articulados de modo a se constituírem em unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades. A descrição desses elementos está apresentada nas páginas 194 - MP e 195 - MP deste Manual do professor.
Veja a seguir as dez Competências gerais da BNCC, bem como as Competências específicas de Ciências Humanas e as Competências específicas de Geografia.
Competências gerais da BNCC
- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
- Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
- Utilizar diferentes linguagens - verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital -, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
- Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
- Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
- Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
- Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
6-MP
- Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
- Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 9-10. Disponível em: https://oeds.link/z3Oknq. Acesso em: 8 jul. 2021.
Competências específicas de Ciências Humanas
- Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.
- Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.
- Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.
- Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
- Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.
- Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
- Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 357. Disponível em: https://oeds.link/5wMODA. Acesso em: 8 jul. 2021.
Competências específicas de Geografia
- Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.
- Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.
7-MP
- Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.
- Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.
- Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.
- Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.
- Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 366. Disponível em: https://oeds.link/ebciMJ. Acesso em: 5 jun. 2021.
Competências específicas de História
- Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.
- Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.
- Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.
- Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
- Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.
- Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica.
8-MP
- Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 402. Disponível em: https://oeds.link/8SuOy0. Acesso em: 8 jul. 2021.
Atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC
Para que os alunos desenvolvam as competências previstas na BNCC, é importante conhecer as condições socioculturais, as expectativas e as competências cognitivas deles. Assim, é possível selecionar situações-problema relacionadas ao cotidiano dos alunos, de maneira que a prática docente seja desenvolvida plenamente. Para isso, sugerimos as atividades a seguir.
Ativação de conhecimento prévio
Atividade constituída principalmente de questionamento oral que resgata e explora os conhecimentos prévios dos alunos, incentivando a participação e despertando o interesse deles pelos assuntos estudados. Principais habilidades desenvolvidas: recordar, refletir, reconhecer, relatar, respeitar opiniões divergentes e valorizar o conhecimento do outro.
Atividade em grupo
Atividade que pode ser escrita e/ou oral, em que os alunos devem colaborar entre si, buscando informações. Principais habilidades desenvolvidas: pesquisa, análise, interpretação, associação, comparação e trabalho em equipe.
Atividade prática
Atividade que visa à utilização de diferentes procedimentos relacionados ao saber científico. Pode ser experimental, envolvendo procedimentos científicos, ou de construção, quando diferentes materiais são utilizados na elaboração de objetos distintos e outros produtos, como cartazes e panfletos. Principais habilidades desenvolvidas: manipulação de materiais, análise, associação, comparação e expressão de opiniões.
Debate
Atividade cujo objetivo é discutir diferentes pontos de vista, com base em conhecimentos e opiniões. Necessita da mobilização de argumentos e desenvolve a oralidade, levando os alunos a expressarem suas ideias, além de motivar o respeito a opiniões diferentes. Principais habilidades desenvolvidas: oralidade, argumentação e respeito a opiniões distintas.
Pesquisa
Atividade que exige dos alunos mobilização de seus conhecimentos prévios para obter novas informações em diferentes fontes. Necessita de leituras, cujas informações devem ser selecionadas e registradas. Também possibilita a troca de ideias entre os alunos. Principais habilidades desenvolvidas: leitura, escrita, interpretação, seleção, síntese e registro.
Realidade próxima
Atividade que envolve a exploração e a contextualização da realidade próxima e leva o aluno a buscar respostas e soluções em sua vivência e nos seus conhecimentos prévios. Principais habilidades desenvolvidas: reconhecimento, exemplificação e expressão de opinião.
Entrevista
Atividade que pode auxiliar na ampliação do conhecimento, buscando respostas fora do ambiente da sala de aula. Permite a integração com a comunidade e o desenvolvimento da oralidade. Principais habilidades desenvolvidas: oralidade, análise, expressão de ideias e respeito a opiniões.
Atividade de ordenação
Atividade fundamental para a compreensão dos conteúdos, por meio de noções temporais de anterioridade, simultaneidade e posterioridade. Principais habilidades desenvolvidas: interpretação e inferência.
9-MP
Os Temas contemporâneos transversais
Esta coleção privilegia o trabalho com os Temas contemporâneos transversais na seção Cidadão do mundo. Por serem temas globais que podem ser abordados em âmbito local, é interessante que o trabalho com eles aconteça de maneira contextualizada às diferentes realidades escolares. A seguir, é possível observar quais são os Temas contemporâneos transversais sugeridos pelo documento Temas Contemporâneos Transversais na BNCC, publicado em 2019, como complemento às orientações da Base Nacional Comum Curricular.
- Ciência e tecnologia
- Diversidade cultural
- Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
- Vida familiar e social
- Educação para o trânsito
- Educação em direitos humanos
- Direitos da criança e do adolescente
- Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso
- Saúde
- Educação alimentar e nutricional
- Trabalho
- Educação financeira
- Educação fiscal
- Educação ambiental
- Educação para o consumo
Temas relacionados aos conteúdos orientados pela BNCC, de relevância nacional e/ou mundial na atualidade, também são contemplados nesta coleção. Neste volume, por exemplo, é abordado o tema Direitos humanos, promovendo entre os alunos reflexões que incentivem o respeito universal e efetivo dos direitos de todos os seres humanos.
[...]
A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efetivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.
DECLARAÇÃO Universal dos Direitos Humanos. United Nation Human Rights, 20 jul. 1998. Disponível em: https://oeds.link/IgqMFh. Acesso em: 14 jul. 2021.
Relações entre os componentes
Em consonância com os princípios da BNCC, é importante que as escolas busquem contemplar em seus currículos o favorecimento do ensino interdisciplinar. Isso pode acontecer, principalmente, por meio de atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos de diferentes áreas, envolvendo os professores, os alunos e também outras pessoas da comunidade escolar e da comunidade local. O objetivo principal dessas atividades deve ser sempre o de proporcionar aos alunos uma formação cidadã, que favoreça seu crescimento intelectual, social, físico, moral, ético, simbólico e afetivo.
Por isso, é esperado que as escolas ajustem as proposições da BNCC à realidade local, buscando, entre outras ações:
[...]
- contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas;
- decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem;
10-MP
- selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.;
[...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 16-17. Disponível em: https://oeds.link/MUCD8E. Acesso em: 8 jul. 2021.
A busca pela aproximação dos conhecimentos escolares com a realidade dos alunos é uma atribuição da escola, mas também deve ser uma responsabilidade do professor.
Além de atividades que promovam o diálogo com os conhecimentos de diferentes áreas, o professor deve criar, no dia a dia da sala de aula, momentos de interação entre eles. Ao longo desta coleção, são apresentados vários exemplos de atividades que favorecem o trabalho interdisciplinar.
A Política Nacional de Alfabetização (PNA)
A Política Nacional de Alfabetização (PNA) foi instituída em 2019 com a finalidade de melhorar a qualidade da alfabetização no território nacional e combater o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional nas diferentes etapas e modalidades da Educação Básica. Essa política tem como foco implementar uma metodologia de alfabetização baseada em evidências científicas, voltada, principalmente, para crianças na primeira infância e alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, e pretende que eles completem o processo de alfabetização até o 3o ano do Ensino Fundamental, de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE) referente ao decênio 2014-2024, por isso a alfabetização deve ser priorizada no 1o ano.
[...]
Ora, basear a alfabetização em evidências de pesquisas não é impor um método, mas propor que programas, orientações curriculares e práticas de alfabetização sempre tenham em conta os achados mais robustos das pesquisas científicas. Desse modo, uma alfabetização baseada em evidências traz para o debate sobre o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita a visão da ciência, dados da realidade que já não podem ser ignorados nem omitidos. [...]
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC: Sealf, 2019. p. 20. Disponível em: https://oeds.link/EHdZ55. Acesso em: 8 jul. 2021.
Como forma de evidenciar a concepção de alfabetização adotada no documento, a PNA apresenta a definição de conceitos-chave como literacia, literacia familiar e numeracia.
Literacia e alfabetização
Literacia, de acordo com a PNA (BRASIL, 2019, p. 21), "é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados à leitura e à escrita, bem como sua prática produtiva" e compreende vários níveis, desde o mais básico até o mais avançado, no qual o indivíduo é capaz de ler e escrever de forma produtiva e eficiente, considerando a aquisição, a transmissão e a produção de conhecimentos.
Segundo Morais,
Literacia, termo utilizado em Portugal e Espanha e, tal como o francês littératie, adaptado do inglês literacy, não é equivalente a alfabetismo por duas razões. Porque se pode ser letrado, no sentido de saber ler e escrever, e analfabeto - é o caso dos que só adquiriram um sistema não alfabético de escrita, como o kanji (ideográfico) e os kana (silabários) no Japão - e porque literacia pressupõe uma utilização eficiente e frequente da leitura e da escrita. Quem aprendeu a ler e a escrever, mas o faz mal e pouco, não é letrado [...]
MORAIS, José. Alfabetizar para a democracia. Porto Alegre: Penso, 2014. p. 12-13.
Assim, para o desenvolvimento pleno da literacia, a PNA indica que é necessário desenvolver e aprimorar, desde a Educação Infantil, determinados componentes e habilidades essenciais para a alfabetização, como a consciência fonológica e fonêmica, a instrução fônica sistemática, o conhecimento alfabético, a fluência em leitura oral, o desenvolvimento de vocabulário, a compreensão de textos e a produção de escrita. Veja a seguir algumas informações sobre os componentes desenvolvidos no decorrer deste volume.
11-MP
ALFABETIZAÇÃO | Consciência fonêmica | É o conhecimento consciente das menores unidades fonológicas da fala (fonemas) e a habilidade de manipulá-las intencionalmente. |
Consciência fonológica | É a identificação e manipulação intencional da linguagem oral, como palavras, sílabas, aliterações e rimas. | |
Conhecimento alfabético | É a identificação dos nomes das letras, suas formas (grafemas) e seus valores fonológicos (fonemas). | |
Fluência em leitura oral | É a capacidade de ler um texto com velocidade, precisão e prosódia. | |
Desenvolvimento de vocabulário | Envolve tanto o vocabulário receptivo e expressivo quanto o vocabulário de leitura. | |
Compreensão de textos | É o propósito da leitura. | |
Produção de escrita | Diz respeito tanto à habilidade de escrever palavras quanto à de produzir textos. |
Fonte de pesquisa: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC: Sealf, 2019. p. 30, 33-34. Disponível em: https://oeds.link/OgpdGk. Acesso em: 19 jul. 2021.
Esta coleção fornece base para o desenvolvimento da alfabetização, promovendo diferentes momentos que contemplam esses componentes essenciais. Assim, ao longo da coleção, os alunos podem ampliar o vocabulário ao identificar e nomear adequadamente palavras novas inseridas em seu repertório linguístico; desenvolver de forma gradativa a escrita; utilizar a linguagem oral como instrumento de interação; e desenvolver a compreensão de textos, principalmente na seção Ler e compreender.
A PNA ressalta a participação da família no processo de alfabetização, atribuindo a ela a responsabilidade de assegurar o desenvolvimento de habilidades básicas que podem contribuir para o processo de aprendizagem dos alunos. Assim, ao conjunto de práticas de linguagem, de leitura e de escrita que ocorrem no ambiente familiar, como a leitura partilhada de histórias e o manuseio de lápis em tentativas de escrita, dá-se o nome de literacia familiar.
Com o intuito de que os familiares dos alunos sejam aliados no processo de alfabetização, é necessário que haja uma comunicação direta entre eles e a escola, a fim de ressaltar a importância da integração das famílias com as práticas pedagógicas. Essa integração contribui para o desenvolvimento e a formação integral dos alunos.
Nesta coleção, a literacia familiar se dá por meio de atividades de leitura e de escrita a serem desenvolvidas em casa. As atividades são identificadas por um ícone, e nas orientações ao professor há comentários que auxiliam no direcionamento aos familiares.
Numeracia
Os cálculos e a necessidade de quantificar objetos sempre estiveram presentes no cotidiano do ser humano. Com o passar do tempo, o aprendizado da leitura, da escrita e do processamento numérico tornou-se ferramenta essencial para a inserção dos indivíduos no mercado de trabalho. Porém, o senso comum de que a Matemática é difícil e de que nem todos terão habilidade para aprendê-la tem se tornado obstáculo real na construção desse conhecimento.
De acordo com a PNA, é possível reverter essa realidade promovendo o ensino de habilidades de Matemática básica com fundamento em evidências de pesquisas sólidas e por meio de capacitação do professor alfabetizador, dada a relevância de seu papel nesse processo. Devidamente fundamentado, você será apto a contribuir para o desenvolvimento dos alunos em raciocínio lógico-matemá-tico e nas noções básicas numéricas, geométricas, espaciais, de medidas e de estatística.
12-MP
O termo numeracia tem sua origem no inglês numerical literacy - literacia matemática -, popularizado como numeracy, definido pela Unesco como a capacidade de usar habilidades matemáticas de maneira apropriada e significativa, buscando respostas para questões pessoais, sociais e profissionais.
Estudos e pesquisas recentes na psicologia cognitiva e na neurociência cognitiva indicam que as representações elementares da intuição matemática, tais como as noções de tempo, espaço e número, são processadas em regiões cerebrais específicas (DEHAENE, 2012, p. 327). Sendo assim, a PNA afirma que as habilidades de numeracia vão além do processamento de contagem numérica. Muitas delas, identificadas concomitantemente com as habilidades de literacia, alcançam a busca de respostas para situações simples ou complexas do dia a dia e abrem caminho para competências mais complexas, capacitando os indivíduos na aplicação de raciocínio matemático para a solução significativa de problemas.
As práticas de numeracia que favorecem o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático da criança devem ser valorizadas pelos professores alfabetizadores. Tais práticas vão desde o senso numérico, entendido como sistema primário e que compreende a noção implícita de numerosidade, ordinalidade, início da contagem e aritmética simples, até a aprendizagem da Matemática formal, entendida como sistema secundário, o qual abrange conceito de número e a contagem, a aritmética, o cálculo e a resolução de problemas escritos.
[...]
Possuir senso numérico permite que o indivíduo possa alcançar: desde a compreensão do significado dos números até o desenvolvimento de estratégias para a resolução de problemas complexos de matemática; desde as comparações simples de magnitudes até a invenção de procedimentos para a realização de operações numéricas; desde o reconhecimento de erros numéricos grosseiros até o uso de métodos quantitativos para comunicar, processar e interpretar informação.
[...].
CORSO, Luciana Vellinho; DORNELES, Beatriz Vargas. Senso numérico e dificuldades de aprendizagem na matemática. Revista Psicopedagogia, São Paulo, v. 27, n. 83, 2010. p. 299. Disponível em: https://oeds.link/5yMuNI. Acesso em: 8 jul. 2021.
Esta coleção foi planejada com o intuito de auxiliar o professor em sua tarefa como alfabetizador e de contribuir para desenvolver nos alunos algumas habilidades de numeracia que podem ser vinculadas aos conhecimentos históricos e geográficos, como aspectos ligados a noções de anterioridade, à posterioridade e simultaneidade e a noções de quantidade e proporcionalidade, além de conhecimentos numéricos como um todo.
Pisa
O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) é um estudo de grande porte e abrangência que tem como objetivo verificar aspectos do desempenho escolar em caráter mundial. O Programa foi proposto pela primeira vez no ano 2000 e é realizado a cada três anos sob responsabilidade da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Pisa permite explorar um quadro comparativo da educação em diferentes países do mundo para que seja possível que entidades e governos reflitam sobre possibilidades de melhorias e aperfeiçoamento nos sistemas educativos. O Pisa avalia três domínios do conhecimento: leitura, matemática e ciências. Na edição de 2018, foram 79 países participantes, entre eles o Brasil, que ficou em 57o lugar na dimensão leitura.
Desempenho do Brasil - Pisa (2018)
Leitura | Matemática | Ciências | |
---|---|---|---|
Pisa 2009 | 412 | 386 | 405 |
Pisa 2012 | 407 | 389 | 402 |
Pisa 2015 | 407 | 377 | 401 |
Pisa 2018 | 413 | 384 | 404 |
Média dos países da OCDE (2018) | 487 | 489 | 489 |
Fonte de pesquisa: BRASIL no Pisa 2018. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2020.
13-MP
Os indicadores do Pisa apontam que o Brasil ainda tem muitos aspectos a melhorar no âmbito educacional, sendo papel de toda a sociedade contribuir com estratégias de melhorias. Nesse sentido, embora os indicadores do Pisa não avaliem especificamente os alunos dos anos iniciais, esta coleção tem o comprometimento de aprimorar os processos de ensino-aprendizagem contribuindo a longo prazo, de modo a melhorar substancialmente os diferentes indicadores educacionais internacionais.
Avaliação
A avaliação deve ser compreendida como um meio de orientação do processo de ensino-aprendizagem. Isso porque é uma das principais maneiras pelas quais se pode reconhecer a validade do método didático-pedagógico adotado pelo professor. Além disso, é possível acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos, procurando identificar seus avanços e suas dificuldades.
Para que o processo de ensino-aprendizagem seja bem-sucedido, é necessária uma avaliação contínua e diversificada. Para tanto, devem ser levados em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, o que possibilita traçar objetivos em relação aos conteúdos.
A ação avaliativa pode ser realizada de diferentes maneiras e em momentos distintos no decorrer do estudo dos conteúdos, como é o caso da avaliação diagnóstica, da avaliação de processo ou formativa e da avaliação de resultado ou somativa.
Avaliação diagnóstica
Tem como objetivo perceber o conhecimento prévio dos alunos, identificando interesses, atitudes, comportamentos, etc. Nesta coleção, a avaliação diagnóstica acontece de maneira estruturada no início de cada volume, na seção O que você já sabe?, e pode ser aplicada no início do ano letivo. Ela apresenta propostas de atividades que visam identificar os conhecimentos que os alunos já trazem de suas vivências e experiências, assim como avaliar os conhecimentos esperados para o ano de ensino, propiciando uma melhor abordagem para o processo de ensino-aprendizagem.
Essa avaliação de caráter diagnóstico também ocorre a cada início de uma nova unidade, principalmente nas discussões orais propostas nas páginas de abertura que buscam promover uma melhor integração entre os objetivos e os conhecimentos que os alunos já possuem. Nesse sentido, a coleção apresenta situações que propiciam conhecer a realidade do aluno, como a sua convivência social, suas relações familiares e seus lugares de vivência.
Avaliação de processo ou formativa
A avaliação de processo ou formativa consiste na orientação e na formação do conhecimento por meio da retomada dos conteúdos abordados e da percepção de professores e alunos sobre os progressos e as dificuldades no desenvolvimento do ensino. Esse processo requer uma avaliação pontual, ou seja, o acompanhamento constante das atividades realizadas pelos alunos. Desse modo, deve ser um processo contínuo. Assim, análises de pesquisas, entrevistas, trabalhos em grupos e discussões em sala de aula, por exemplo, devem ser armazenados e utilizados para, além de acompanhar a aprendizagem dos alunos, avaliar os próprios métodos de ensino.
A avaliação formativa tem como foco a regulação e orientação do processo de ensino-aprendizagem. A regulação trata-se da recolha e análise contínua de informações a respeito do processo de ensino e aprendizagem [...]. Desta regulação surge o papel de orientação, no qual ajudará o professor a mudar de estratégias de ensino, caso não estejam resultando em aprendizagem significativa [...].
QUEIROZ, Ana Patrícia Cavalcante de. Avaliação formativa: ferramenta significativa no processo de ensino e aprendizagem. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 6., 2019, Fortaleza. Anais... p. 3-4. Disponível em: https://oeds.link/kqRJux. Acesso em: 8 jul. 2021.
A avaliação formativa, nesse sentido, pode contribuir com o acompanhamento da aprendizagem ao longo de todo o ano letivo, auxiliando o professor a ter uma visão mais ampla do desempenho apresentado pela turma, e assim retomar o que for necessário para que os alunos obtenham êxito nos resultados apresentados. Além disso, possibilita à turma a superação de suas dificuldades de aprendizagem, por meio de atividades avaliativas diversificadas que podem ser aplicadas pelo professor de acordo com as necessidades individuais e/ou do grupo e em diversos momentos do planejamento de suas aulas. As informações obtidas com esse tipo de avaliação auxiliam no planejamento das intervenções e das estratégias necessárias para o alcance das metas de aprendizagem. Nesta coleção, a avaliação de processo ou formativa acontece ao final de cada unidade, por meio das atividades propostas na seção O que você estudou?, e contribui para que o professor possa acompanhar mais de perto os conhecimentos adquiridos pelos alunos, identificando êxitos e defasagens, e possíveis procedimentos para saná-las.
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Há ainda sugestões, neste Manual do professor, para utilização de outras atividades avaliativas, a fim de desenvolver de forma efetiva a avaliação formativa, como a seção Conclusão da unidade, que tem a finalidade de avaliar o aprendizado dos alunos em relação aos principais objetivos propostos na unidade, favorecendo a observação da trajetória, dos avanços e das aprendizagens deles de maneira individual e coletiva, evidenciando a progressão ocorrida durante o trabalho com a unidade.
Avaliação de resultado ou somativa
Essa avaliação tem como prioridade sintetizar os conteúdos trabalhados, possibilitando ao professor uma observação mais ampla dos avanços dos alunos ao longo de todo o ano letivo. Nesta coleção, ela acontece ao final de cada volume, na seção O que você já aprendeu?, oportunizando ao professor uma maneira de verificar o que foi apreendido e como se deu a formação do conhecimento dos alunos, propiciando aferir a eficácia do processo de ensino-aprendizagem.
Relatório individual de acompanhamento da aprendizagem
O modelo de relatório apresentado a seguir é uma sugestão de acompanhamento das aprendizagens de cada aluno para subsidiar o trabalho do professor em sala de aula, assim como as reuniões do conselho de classe. Por meio dele, é possível registrar a trajetória de cada aluno, destacando os avanços e as conquistas, além de propiciar a verificação de quais intervenções serão necessárias para que algum aluno alcance determinado objetivo ou melhore seu aprendizado. Esse relatório pode ser utilizado complementando o trabalho com as seções Conclusão da unidade, apresentadas neste Manual do professor.
Ele pode (e deve) ser adequado de acordo com as necessidades de cada aluno e turma e com os objetivos determinados, incluindo ou excluindo itens a serem avaliados e objetivos a serem atingidos, de acordo com o plano de conteúdos de cada turma.
Ao avaliar os objetivos de aprendizagem a serem alcançados, o professor poderá marcar as alternativas de acordo com a legenda apresentada no início do quadro Relatório individual de acompanhamento da aprendizagem. Caso seja marcado N (não), CD (com dificuldade), CA (com ajuda) ou EP (em processo), será possível determinar quais estratégias e intervenções pedagógicas serão necessárias para que o aluno consiga atingir o objetivo em questão. Se marcado S (sim), é possível incentivar os alunos a ampliarem seus conhecimentos e alcançarem novos objetivos.
Relatório individual de acompanhamento da aprendizagem | ||||||
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Legenda | S (Sim) | N (Não) | CD (Com dificuldade) | CA (Com ajuda) | EP (Em processo) | |
Nome do aluno | ||||||
Componente curricular | Ano | Turma | ||||
Período letivo de registro |
Objetivos de aprendizagem | S | N | CD | CA | EP | Observações |
---|---|---|---|---|---|---|
(Preencher com um objetivo de aprendizagem em cada linha.) | ||||||
(Preencher com um objetivo de aprendizagem em cada linha.) |
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Para facilitar a prática docente, é possível fazer uso de fichas para avaliar o desempenho dos alunos. A seguir, apresentamos um exemplo de ficha de avaliação.
Ficha de avaliação | |||
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Nome: | Sim | Às vezes | Não |
Participa de debates e discussões em sala de aula? | |||
Realiza as tarefas propostas? | |||
Demonstra interesse pela disciplina? | |||
Tem bom relacionamento com os colegas? | |||
Expressa suas opiniões por meio de trabalhos orais ou escritos? | |||
Consegue organizar o aprendizado? | |||
É organizado com o material didático? | |||
Tem facilidade para compreender os textos? | |||
Respeita outras opiniões sem ser passivo? |
O processo de avaliação de ensino-aprendizagem é uma responsabilidade do professor, porém os alunos também devem participar desse processo para que identifiquem seus avanços e limites, colaborando assim para que o professor tenha condições de avaliar sua metodologia de ensino. Uma das sugestões para esse processo é o uso de fichas de autoavaliação, por meio das quais os alunos são incentivados a refletir sobre seu desenvolvimento em sala de aula e sobre o processo de aprendizagem. A seguir, apresentamos um modelo de ficha de autoavaliação.
Ficha de autoavaliação | |||
---|---|---|---|
Nome: | Sim | Às vezes | Não |
Compreendo os assuntos abordados pelo professor? | |||
Faço os exercícios em sala de aula e as tarefas da casa? | |||
Falo com o professor sobre minhas dúvidas? | |||
Expresso minha opinião durante os trabalhos em sala de aula? | |||
Participo das atividades em grupo? | |||
Mantenho um bom relacionamento com meus colegas de sala? | |||
Organizo meu material escolar? |
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O ensino de Geografia escolar
A Geografia escolar busca o desenvolvimento do pensamento espacial necessário para a análise e a interpretação dos fenômenos geográficos. Isso significa, por exemplo: promover o domínio de noções espaciais e topológicas; desenvolver a alfabetização cartográfica; e compreender as interações entre a sociedade e o meio físico-natural, assim como o papel do trabalho e das atividades econômicas na produção do espaço geográfico e os impactos provocados pelas atividades humanas no meio natural. Sendo assim, podemos identificar três razões fundamentais para ensinar Geografia na escola.
[...] Primeiro: para conhecer o mundo e obter informações, que há muito tempo é o motivo principal para estudar Geografia. Segundo: podemos acrescer que a Geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar (conhecer) o espaço produzido pelo homem. Ao estudar certos tipos de organização do espaço, procura-se compreender as causas que deram origem às formas resultantes das relações entre sociedade e natureza. Para entendê-las, faz-se necessário compreender como os homens se relacionam entre si. Terceira razão: não é no conteúdo em si, mas num objetivo maior que dá conta de tudo o mais, qual seja a formação do cidadão. Instrumentalizar o aluno, fornecer-lhe as condições para que seja realmente construída a sua cidadania é objetivo da escola, mas à Geografia cabe um papel significativo nesse processo, pelos temas, pelos assuntos que trata.
CALLAI, Helena Copetti. O ensino de geografia: recortes espaciais para análise. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al. (Org.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS/AGB, 1999. p. 57.
Diante disso, a proposta de trabalho desta coleção visa proporcionar aos alunos um estudo mais significativo da ciência geográfica, de forma que eles reconheçam a presença dos conhecimentos geográficos em seu dia a dia e percebam de que maneira esses conhecimentos podem ser aplicados em suas vivências, com o propósito de transformar a realidade e o mundo em que vivem.
Assim, essa proposta de estudo busca a formação de cidadãos críticos e conscientes, que sejam capazes de compreender, entre outros aspectos, as relações entre os seres humanos na construção do espaço geográfico, sentindo-se, assim, atuantes e integrantes desse processo.
Os conceitos básicos e os conteúdos no ensino de Geografia
Entre os especialistas e estudiosos em ensino de Geografia, há certo consenso de que os conteúdos dessa disciplina escolar devem ser norteados com base nos conceitos essenciais dessa ciência. Entre esses conceitos, destacam-se: lugar, paisagem, território, região, além do próprio conceito de espaço geográfico.
Como toda ciência, a Geografia possui alguns conceitos-chave, capazes de sintetizarem a sua objetivação, isto é, o ângulo específico com que a sociedade é analisada, ângulo que confere à Geografia a sua identidade e a sua autonomia relativa no âmbito das ciências sociais. Como ciência social, a Geografia tem como objeto de estudo a sociedade que, no entanto, é objetivada via cinco conceitos-chave que guardam entre si forte grau de parentesco, pois todos se referem à ação humana modelando a superfície terrestre: paisagem, região, espaço, lugar e território.
[...]
CORRÊA, Roberto Lobato. Espaço, um conceito-chave da geografia. In: CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Gosta; CORRÊA, Roberto Lobato (Org.). Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 16.
Esses mesmos conceitos também são essenciais para o desenvolvimento das Competências gerais de aprendizagem previstas na Base Nacional Comum Curricular, que destaca:
[...] a BNCC está organizada com base nos principais conceitos da Geografia contemporânea, diferenciados por níveis de complexidade. Embora o espaço seja o conceito mais amplo e complexo da Geografia, é necessário que os alunos dominem outros conceitos mais operacionais e que expressam aspectos diferentes do espaço geográfico: território, lugar, região, natureza e paisagem.
[...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 361. Disponível em: https://oeds.link/tvgX5V. Acesso em: 8 jul. 2021.
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A seguir, é apresentado um resumo explicativo sobre o significado de alguns dos principais conceitos da ciência geográfica.
Conceito | Elementos de aprofundamento |
---|---|
Espaço geográfico: É o conjunto que não se dissocia dos sistemas de objetos (redes técnicas, prédios e ruas) e dos sistemas de ações (organização do trabalho, produção, circulação, consumo de mercadorias, além de relações familiares e cotidianas). Busca revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nesse espaço produzem, lutam, sonham, vivem e fazem a vida caminhar. | O espaço é perceptível e sensível, porém é extremamente difícil de ser delimitado, seja pela dinâmica, seja pela vivência tanto de elementos novos quanto de permanência. Apesar de complexo, apresenta elementos de unicidade, que interferem nos mesmos valores que são atribuídos pelo próprio ser humano e que resultam em uma distinção entre o espaço absoluto - cartesiano - algo em si mesmo, independente; e um espaço relacional, com sentido (e valor) quando confrontado com outros espaços objetos. |
Paisagem: É a unidade visível do arranjo espacial, ou seja, o que nossa visão alcança. | Contém elementos impostos pelo ser humano por meio de seu trabalho, de sua cultura e de sua emoção. Na paisagem é desenvolvida a vida social, dessa forma ela pode ser identificada de maneira informal, pela percepção, e também de maneira formal, mais seletiva e organizada. É assim que a paisagem se compõe como elemento conceitual de interesse da Geografia. |
Lugar: É a porção do espaço que pode ser apropriável à vida; é o espaço vivido, reconhecido, e que produz identidades. | O lugar guarda em si mesmo noções de densidade técnica, comunicacional, informacional e normativa, além da dimensão da vida como tempo passado e presente. É nele que ocorrem relações de consenso, conflito, dominação e resistência, bem como a recuperação da vida. O lugar é o espaço com o qual o indivíduo se identifica mais diretamente. |
Território: É a porção do espaço definida por relações de poder, passando, assim, da delimitação natural e econômica para a social. O grupo que se apropria de um território ou se organiza sobre ele cria relação de territorialidade, outro importante conceito da Geografia. Essa relação se define entre os agentes sociais, políticos e econômicos e interfere na gestão espacial. | Delimitar o território é delimitar também as relações de poder, domínio e apropriação nele instaladas - portanto, é algo concreto. O território pode transcender uma unidade política, e isso também ocorre com a territorialidade, e esta não se traduz por uma simples expressão cartográfica, mas sim sob as relações variadas, desde as mais simples às mais complexas. |
Região: Geralmente, esse conceito está associado à localização e à extensão de certo fato ou fenômeno: um conjunto de áreas onde predominam determinadas características em comum, que as distinguem das demais áreas. | A região se articula com território, natureza e sociedade quando essas dimensões são consideradas em diferentes escalas de análise, pois permite apreender as diferenças e particularidades no espaço geográfico. |
Fontes de pesquisa: BRASIL. Orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC: Semtec, 1999. p. 56. Disponível em: https://oeds.link/HJzyI1. Acesso em: 10 jul. 2021.
GOMES, Paulo Cesar da Costa. O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Gosta; CORRÊA, Roberto Lobato (Org.). Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 53.
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio: ciências humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC, 2006. p. 53. v. 3.
Com base no domínio de tais conceitos, os alunos têm condições de se apropriar de maneira mais efetiva dos conhecimentos geográficos, elaborando novas formas de ver o mundo e de compreender, de maneira mais crítica e autônoma, suas complexas e múltiplas relações.
Sendo assim, nessa fase da escolarização, é fundamental que os alunos consigam responder a algumas questões a respeito de si e do mundo em que vivem: Onde ocorre ou se localiza certo fenômeno? Por que se localiza? Como se distribui? Como se manifesta?
Ao utilizar corretamente os conceitos geográficos para responder a tais questões, os alunos são incentivados a pensar, refletir e propor soluções para os problemas gerados na vida cotidiana, o que se coloca como condição fundamental para o desenvolvimento das competências e habilidades previstas na BNCC. Tais competências podem ser lidas no tópico Competências específicas de Geografia, citado anteriormente.
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Ao promover o desenvolvimento dessas competências, o ensino de Geografia permite aos alunos a apropriação de um conjunto de habilidades para construir novas formas de ver, pensar e agir no mundo em que vivem. É com esse desafio que a BNCC propõe a organização do componente curricular de Geografia em cinco grandes unidades temáticas comuns, estabelecidas ao longo de todo o Ensino Fundamental.
O sujeito e seu lugar no mundo | Abrange as noções de pertencimento e de identidade, aprofundando o conhecimento sobre si mesmo e sua comunidade, valorizando, desse modo, as relações sociais dos alunos no lugar onde vivem e em diferentes contextos sociais. Busca-se, então, ampliar as experiências com o espaço e tempo vivenciadas pelas crianças. Para essa etapa de escolarização, o conceito de espaço está voltado para o desenvolvimento das relações espaciais topológicas, projetivas e euclidianas. Essas noções espaciais são importantes para o processo de alfabetização cartográfica. |
Conexões e escalas | Voltada para a articulação de diferentes escalas de análise geográfica, por meio da qual os alunos possam compreender as relações entre o local e o global. O princípio da conexão, por sua vez, estimula a compreensão do que ocorre entre a sociedade e os elementos do meio físico natural. Tomados em conjunto, conexões e escalas ajudam a explicar os arranjos das paisagens, assim como a localização e a distribuição espacial de diferentes fenômenos geográficos. |
Mundo do trabalho | Destaca os processos técnicos produzidos ao longo do tempo pela sociedade e seus impactos nas formas e na organização do trabalho. Por meio dessa temática, busca-se, portanto, conhecer as diferentes atividades econômicas, comparar as características do trabalho no campo e analisar as mudanças que o desenvolvimento tecnológico promove nas formas de trabalho e nas atividades econômicas. |
Formas de representação e pensamento espacial | Voltada para o desenvolvimento do pensamento espacial e da leitura cartográfica. Para isso, é enfatizado o processo de criação de representações espaciais, como da sala de aula, da escola e do bairro, e a utilização de mapas, croquis, entre outras representações bidimensionais e tridimensionais, como as maquetes. Como ferramentas da análise espacial, o ensino dessas representações espaciais serve de suporte para o desenvolvimento do raciocínio geográfico, fugindo do ensino do mapa pelo mapa, como fim em si mesmo. |
Natureza, ambientes e qualidade de vida | Aborda questões relacionadas aos processos físico-naturais do planeta, assim como aos impactos ambientais decorrentes das atividades humanas. Por meio dessa temática, os alunos podem reconhecer a importância da natureza para a vida, adotar atitudes visando à preservação dos recursos naturais, identificar a ocorrência de problemas ambientais diversos, além de buscar a solução de tais problemas. |
Fonte de pesquisa: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 362-364. Disponível em: https://oeds.link/UwGjVK. Acesso em: 10 jul. 2021.
Os conceitos e conteúdos geográficos na coleção
Esta coleção apresenta uma proposta de ensino organizada com base em categorias e conceitos básicos de lugar, paisagem, território, região e espaço geográfico, abordados de maneira acessível aos alunos que cursam os anos iniciais do Ensino Fundamental. Tais conceitos são apresentados, sempre que possível, com conteúdos e temas que fazem parte do cotidiano e do lugar em que os alunos vivem.
De maneira direta ou indireta, outras temáticas relevantes à compreensão e ao entendimento dos fenômenos geográficos são paulatinamente incorporadas. Entre elas, são privilegiadas questões ligadas à natureza, ao meio ambiente, ao trabalho, à cultura, à cidadania e às relações econômicas e sociais.
Com esse trabalho, procura-se desenvolver nos alunos o entendimento das ações do ser humano e suas relações com o espaço, de modo que eles tenham subsídios para analisar e compreender, criticamente, a sociedade em que vivem, tornando-se cidadãos atuantes. A fim de que a aprendizagem desses conceitos e temas seja significativa, procura-se abordá-los respeitando o nível de desenvolvimento cognitivo e afetivo dos alunos e ampliando, de maneira gradativa, a escala de análise geográfica.
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Os conteúdos estão organizados na forma de espiral, ou seja, as temáticas se articulam com as categorias e os conceitos geográficos, que vão sendo retomados no decorrer dos volumes.
Do ponto de vista didático-pedagógico, a elaboração desses conceitos e categorias depende do papel que professores e alunos assumem no processo de ensino-aprendizagem. De um lado, os professores têm a tarefa de atuar como sujeitos norteadores e motivadores, criando as condições necessárias para os alunos se apropriarem de maneira efetiva de novos conhecimentos. Os alunos, por sua vez, devem ser considerados sujeitos criativos e autônomos, capazes de reelaborar novos conhecimentos com base nas diversas informações que já dispõem sobre o mundo onde vivem e nas trocas de experiências e conhecimentos realizadas mediante processos de socialização e interação.
Nesse sentido, a tarefa de ensinar deve privilegiar as dimensões subjetivas e, portanto, singulares dos alunos, valorizando os conhecimentos que já têm e as experiências individuais adquiridas em sua vivência.
Geografia e Cartografia
A Cartografia é um dos mais importantes instrumentos que auxiliam nos estudos geográficos. Essa ferramenta adquire relevância por desenvolver nos alunos um conjunto de habilidades e competências necessárias à leitura e à análise da organização do espaço geográfico, condição importante para entender melhor o mundo em que vivemos. Desse modo, a linguagem cartográfica deve ser explorada desde o início da escolaridade, desenvolvendo nos alunos noções de orientação e localização no espaço terrestre, de distribuição e ordenamento dos fenômenos na ocupação do espaço, de interpretação de símbolos (codificação e decodificação), entre outras.
A tarefa de ensinar Cartografia envolve o manuseio e a elaboração de mapas e outras representações espaciais e a compreensão das informações representadas (entender o traçado de rios e estradas; compreender o significado das cores e dos símbolos utilizados na representação de cidades, regiões de cultivo; analisar as áreas de influência dos climas, etc.). Assim, a construção de conhecimentos sobre a linguagem cartográfica deve desempenhar uma dupla missão: formar alunos capazes de representar e codificar o espaço geográfico e, ao mesmo tempo, formar leitores que possam interpretar as informações expressas em diferentes representações.
[...]
A educação para a leitura de mapas deve ser entendida como o processo de aquisição, pelos alunos, de um conjunto de conhecimentos e habilidades para que consigam efetuar a leitura do espaço, representá-lo, e desta forma construir os conceitos das relações espaciais. Neste processo, a função simbólica desempenha um importante papel para o preparo de leitores eficazes de mapas.
[...]
PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma análise crítica. 2. ed. Belo Horizonte: Lê, 1998. p. 9.
Alguns recursos didáticos são importantes no trabalho com o desenvolvimento das noções cartográficas com os alunos. Seguem alguns exemplos.
Globo geográfico |
Representação da Terra, como se fosse uma miniatura do planeta, porém estilizado e generalizado. Ao manusearem essa representação, os alunos se familiarizam com o globo e com as noções de redução. |
Mapas em tamanho grande |
Os mapas devem fazer parte das aulas de Geografia sempre que possível, a fim de que os alunos se familiarizem e manuseiem esse tipo de representação, mesmo que ainda não estejam alfabetizados, de modo que esses recursos instiguem sua curiosidade e suas indagações. |
Maquete |
A maquete pode ser tanto uma prática, tratando-se de sua construção, quanto um recurso que fique disponível e acessível aos alunos para consultas e explorações desse objeto tridimensional. |
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Portanto, o desenvolvimento das noções cartográficas também tem por objetivo levar os alunos a compreenderem mais facilmente a dinâmica do espaço geográfico, contribuindo para a formação de indivíduos capazes de agirem, localizarem-se e deslocarem-se com autonomia.
Objetivos do ensino de Geografia nos anos iniciais
No decorrer dos anos iniciais do Ensino Fundamental, há alguns objetivos importantes que, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, compõem um rol de conhecimentos que fazem parte da Base Nacional Comum Curricular a que todos devem ter acesso, e que precisam estar muito claros para a formação no ensino de Geografia. Veja a seguir alguns desses objetivos.
- Desenvolver interesse e curiosidade pelos meios natural e social, buscando informações como forma de melhor compreendê-los.
- Valorizar a importância das relações entre o meio ambiente e as formas de vida, visando preservar as espécies e a qualidade da vida humana.
- Reconhecer e utilizar as informações contidas em imagens e representações gráficas.
- Conhecer e utilizar corretamente os elementos da linguagem cartográfica, além dos referenciais de localização, orientação e distância.
- Registrar, comparar e sintetizar informações, observando, descrevendo e analisando as paisagens.
- Compreender que suas ações têm grande importância para a sociedade da qual fazem parte, assim como para a preservação da natureza.
- Observar a diversidade cultural entre os grupos sociais, verificando sua influência no modo como a natureza é transformada.
- Identificar e compreender as diferenças entre as paisagens e os elementos dos espaços urbano e rural e entre o modo de vida dos habitantes desses espaços.
- Compreender as diferenças entre as atividades desenvolvidas nos espaços urbano e rural, além das relações mantidas entre eles.
- Reconhecer os elementos presentes nas paisagens do lugar onde vivem e em outras paisagens, além de identificar nelas as diferentes formas da natureza e as transformações causadas pela sociedade.
- Reconhecer a existência das técnicas e das tecnologias utilizadas pela sociedade na transformação do espaço e observar as consequências trazidas por muitas das interferências humanas na natureza.
O ensino de História
Até algumas décadas atrás, a História, como componente curricular, estava vinculada aos conteúdos geográficos. Ela era desenvolvida principalmente na área de Estudos Sociais, estabelecida na década de 1970. Nos anos iniciais, os conhecimentos históricos eram baseados nas festividades cívicas e em resumos da História colonial, imperial e republicana. Porém, o ensino de Estudos Sociais passou a ser muito questionado. Diferentes profissionais da área da educação, entre eles, professores e universitários de História e de Geografia, passaram a lutar em favor da separação dessas disciplinas nos currículos escolares. Na década de 1990, com a implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei no 9.394/96 -, foi oficializada a subdivisão da área de Estudos Sociais em História e Geografia.
No que se refere ao ensino de História, os primeiros anos do Ensino Fundamental são importantes para os alunos se familiarizarem com práticas de investigação. Começando pela própria história, eles atribuem significados para o mundo ao seu redor.
[...] O estudo da História desde os primeiros anos de escolaridade é fundamental para que o indivíduo possa se conhecer, conhecer os grupos e perceber a diversidade, possibilitando comparações entre grupos e sociedades nos diversos tempos e espaços. Por isso, a História ensina a ter respeito pela diferença, contribuindo para o entendimento dos modos de leitura e escrita do mundo em que vivemos e, também, do mundo em que gostaríamos de viver. [...]
FONSECA, Selva Guimarães. Fazer e ensinar história: anos iniciais do ensino fundamental. Belo Horizonte: Dimensão, 2009. p. 91.
É nos anos iniciais que os alunos desenvolvem noções mais aprofundadas de temporalidade, que vão capacitá-los para o estudo da História nos anos finais do Ensino Fundamental. Além de noções de cronologia, eles são apresentados a uma ideia de tempo como construção histórica. Nessa etapa do ensino, também é essencial que eles compreendam como funcionam as relações sociais e reflitam sobre os diversos grupos que compõem a sociedade, identificando de quais eles fazem parte, como funcionam as dinâmicas diárias de convivência e como podemos agir para transformar a realidade.
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[...]
Por todas as razões apresentadas, espera-se que o conhecimento histórico seja tratado como uma forma de pensar, entre várias; uma forma de indagar sobre as coisas do passado e do presente, de construir explicações, desvendar significados, compor e decompor interpretações, em movimento contínuo ao longo do tempo e do espaço. Enfim, trata-se de transformar a história em ferramenta a serviço de um discernimento maior sobre as experiências humanas e as sociedades em que se vive.
[...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 401. Disponível em: https://oeds.link/wNiTcH. Acesso em: 8 jul. 2021.
Progressão entre os volumes
Assim como proposto na BNCC, esta coleção apresenta uma abordagem que valoriza a retomada constante de conceitos entre os cinco volumes, buscando aprofundar em cada ano as escalas de percepção dos conteúdos.
[...]
Retomando as grandes temáticas do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, pode-se dizer que, do 1o ao 5o ano, as habilidades trabalham com diferentes graus de complexidade, mas o objetivo primordial é o reconhecimento do "Eu", do "Outro" e do "Nós". Há uma ampliação de escala e de percepção, mas o que se busca, de início, é o conhecimento de si, das referências imediatas do círculo pessoal, da noção de comunidade e da vida em sociedade. Em seguida, por meio da relação diferenciada entre sujeitos e objetos, é possível separar o "Eu" do "Outro". [...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 404. Disponível em: https://oeds.link/Vkk5sQ. Acesso em: 8 jul. 2021.
Assim, no início, os alunos são levados ao estudo de sua identidade e da percepção da diversidade. Depois, amplia-se o enfoque e são inseridos temas envolvendo seus círculos mais próximos de convivência, como a família, os amigos e as pessoas com as quais convivem na escola, no bairro e no dia a dia. Nos volumes finais, amplia-se a noção de comunidade e de espaço público. Nesses momentos iniciais, também serão desenvolvidas noções conceituais ligadas à ideia de passagem de tempo, de análise de fontes históricas, de como realizar entrevistas, entre outros procedimentos necessários ao estudo da História.
Ano a ano, tais noções conceituais serão retomadas, adotando-se em cada etapa um novo enfoque - mais aprofundado e com uma abordagem condizente com a faixa etária dos alunos.
Desenvolvendo a atitude historiadora
De acordo com a proposta da BNCC, um dos fundamentos básicos do ensino de História no Ensino Fundamental é possibilitar aos alunos a formação de uma atitude historiadora diante dos conteúdos estudados. O documento aponta então alguns procedimentos que são essenciais a eles na construção do conhecimento histórico e no desenvolvimento dessa atitude.
Identificação
Esse processo constitui-se pelo mapeamento inicial de um conjunto de informações para que se possa compreender de forma geral o objeto de estudo. Busca-se desenvolver aqui noções como: quem produziu; quando; para quem; onde; por quê, etc. Esse procedimento envolve a capacidade de observação e descrição de elementos (imagéticos, gráficos ou escritos) presentes nas seções de Atividades e nas páginas de conteúdos.
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Comparação
Nesse procedimento, desenvolve-se a capacidade de verificar semelhanças e diferenças entre os objetos de estudo. Os alunos vão agrupar características, perceber categorias entre elas e estabelecer relações entre fenômenos históricos. Nesta coleção, esse procedimento é bastante explorado em atividades que tratam de um mesmo fenômeno praticado em diferentes temporalidades, por exemplo.
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Contextualização
Contextualizar é estabelecer as conexões necessárias entre os conteúdos e perceber o cenário temporal-espacial em que eles estão inseridos. Os alunos vão localizar os temas dentro de determinados recortes para que eles possam compreender os objetos de conhecimento de forma mais ampla. Na coleção, principalmente nas orientações ao professor, buscou-se apresentar um suporte para o professor auxiliá-los no processo de contextualização.
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Interpretação
É durante a interpretação que os alunos percebem os significados e sentidos dos objetos de estudo apresentados ao longo da coleção. A interpretação é feita com base em questionamentos e tem importante papel no desenvolvimento do pensamento crítico. A maioria das atividades apresentadas na coleção busca trabalhar esse procedimento.
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Análise
No processo de análise, os alunos constituem uma espécie de síntese dos conhecimentos e adquirem condições cognitivas mais desenvolvidas para compreender conceitos e fenômenos históricos. É durante a análise que eles chegam a uma espécie de desfecho do assunto que estão estudando, estabelecendo algumas conclusões acerca das hipóteses levantadas.
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Atitude historiadora
Conceitos importantes para o ensino de História
Alguns conceitos são essenciais para o ensino de História. A compreensão deles auxilia os alunos a formarem uma base cognitiva para que possam analisar os fenômenos históricos de forma mais eficiente. A seguir, apresentaremos os principais conceitos e algumas referências científicas de fundamentação teórica, que podem contribuir para embasar a prática pedagógica ao longo do trabalho com a coleção.
Fonte histórica
As fontes históricas são vestígios deixados por grupos humanos, usados pelos historiadores para a construção do conhecimento histórico. Com as perspectivas historiográficas desenvolvidas no século XX, esses documentos podem ser de suportes diversos, como fontes imagéticas, orais, escritas e materiais. Esses documentos são analisados e entrecruzados pelos historiadores para interpretar determinado contexto passado.
A interpretação de fontes históricas também pode ser realizada em sala de aula desde que sejam tomados alguns cuidados. É essencial, por exemplo, que o professor esclareça aos alunos sobre o lugar de produção dos documentos. Afinal, cada produção humana apresenta uma ligação com quem a produziu, quando e onde isso ocorreu, com qual intenção, etc.
[...]
Uma nova concepção de documentos históricos implica, necessariamente, repensar seu uso em sala de aula, já que sua utilização hoje é indispensável como fundamento do método de ensino, principalmente porque permite o diálogo do aluno com realidades passadas e desenvolve o sentido da análise histórica. O contato com as fontes históricas facilita a familiarização do aluno com formas de representação das realidades do passado e do presente, habituando-o a associar o conceito histórico à análise que o origina e fortalecendo sua capacidade de raciocinar baseado em uma situação dada.
[...]
CAINELLI, Marlene; SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2004. p. 94-95. (Pensamento e Ação no Magistério).
Sujeito histórico
O conceito de sujeito histórico alterou-se conforme as concepções historiográficas do século XX. Todos os seres humanos passaram a ser entendidos como construtores da História.
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Os sujeitos construtores da história da humanidade são muitos, são plurais, são de origens sociais diversas. Inúmeras vezes defendem ideais e programas opostos, o que é peculiar à heterogeneidade do mundo em que vivemos. Seus pensamentos e suas ações traduzem, na multiplicidade que lhes é inerente, a maior riqueza do ser humano: a alteridade. [...]
Os sujeitos construtores da História são líderes comunitários, empresários, militares, trabalhadores anônimos, jovens que cultivam utopias, mulheres que labutam no cotidiano da maternidade e, simultaneamente, em profissões variadas, são líderes e militantes de movimentos étnicos, são educadores que participam da formação das novas gerações, são intelectuais que pensam e escrevem sobre os problemas da vida e do mundo, são artistas que, através de seu ímpeto criativo, representam realidades e sentimentos nas artes plásticas, nos projetos arquitetônicos, nos versos, nas composições musicais, são cientistas que plantam o progresso e a inovação tecnológica, são políticos que se integram à vida pública, adotando ou uma prática de estatura maior ou fazendo do espaço público local de práticas patrimonialistas. Os sujeitos construtores da História são, enfim, todos que anonimamente ou publicamente deixam sua marca, visível ou invisível no tempo em que vivem, no cotidiano de seus países e também na história da humanidade.
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DELGADA, Lucilia de Almeida Neves. História oral: memória, tempo, identidades. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. p. 55-56. (Leitura, Escrita e Oralidade).
No ensino de História, é importante deixar claro aos alunos que eles também são sujeitos históricos, podendo atuar ativamente na transformação da realidade em que vivem.
Tempo
Geralmente, compreendem-se três concepções principais de tempo nos estudos históricos. Primeiro, o tempo da natureza, que é aquele baseado nos fenômenos naturais, como o pôr do sol e períodos de chuva ou seca. Em seguida, o tempo cronológico, que se estrutura com base nas convenções sociais formuladas historicamente pelas sociedades. Nessa concepção de tempo, utilizamos os padrões e unidades de medidas, como minutos, horas, meses e anos.
Por fim, há o tempo histórico, que leva em consideração as transformações das sociedades ao longo dos anos e se caracteriza pelos diferentes ritmos de mudanças que os grupos humanos vivenciam.
A dimensão da temporalidade é considerada uma das categorias centrais do conhecimento histórico. [...] Sendo um produto cultural forjado pelas necessidades concretas das sociedades historicamente situadas, o tempo representa um conjunto complexo de vivências humanas. Daí a necessidade de relativizar as diferentes concepções de tempo e as periodizações propostas; de situar os acontecimentos históricos nos seus respectivos tempos. O conceito de tempo supõe também que se estabeleçam relações entre continuidade e ruptura, permanências e mudanças/ transformações, sucessão e simultaneidade, o antes-agora-depois. [...] É justamente a compreensão dos fenômenos sociais na duração temporal que permite o exercício explicativo das periodizações, que são frutos de concepções de mundo, de metodologias e até mesmo de ideologias diferenciadas.
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BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de história: conteúdos e conceitos básicos. In: KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. p. 44-45.
Em sala de aula, é muito importante que o professor desenvolva tais noções temporais juntamente com os alunos. A percepção das mudanças e permanências e dos diferentes ritmos de transformação das sociedades são um dos fundamentos básicos do ensino de História.
Cultura
O conceito de cultura pode ser definido como um conjunto de valores e significados construídos socialmente e transmitidos entre as gerações como forma de atribuir sentido ao mundo em que vivemos.
Elementos da cultura envolvem aspectos materiais e imateriais, podendo representar um arcabouço de crenças e tradições, assim como objetos, construções e tudo aquilo produzido pelos seres humanos em seu cotidiano.
[...] Trata-se, antes de tudo, de pensar a cultura como um conjunto de significados partilhados e construídos pelos homens para explicar o mundo.
A cultura é ainda uma forma de expressão e tradução da realidade que se faz de forma simbólica, ou seja, admite-se que os sentidos conferidos às palavras, às coisas, às ações e aos atores sociais se apresentem de forma cifrada, portando já um significado e uma apreciação valorativa.
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PESAVENTO, Sandra Jatahy. História e história cultural. São Paulo: Autêntica, 2004. p. 15. (História e... Reflexões).
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No ensino de História, os alunos entram em contato com uma grande variedade de culturas e são incentivados a desenvolverem noções de empatia, olhando o outro com uma perspectiva inclusiva. O combate ao etnocentrismo parte do princípio de compreensão da diversidade cultural e da noção unificadora de humanidade.
Sociedade
Sociedade é um conjunto de pessoas que convivem em determinado local e que compartilham algumas características como língua, costumes e valores.
[...] Sociedade é uma combinação de instituições, modos de relação, formas de organização, normas, etc., que constitui um todo inter-relacionado no qual vive determinada população humana.
[...] As sociedades criam certos mecanismos de autoperpetuação que asseguram sua continuidade no tempo: reprodução sexual, diferenciação de papéis sociais (cabendo aos indivíduos papéis específicos), comunicação, concepção comum do mundo e dos objetivos da sociedade, normas que regulam a vida, formas de socialização [...].
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 382.
Esse conceito pode ser abordado no ensino de História para os alunos perceberem que fazem parte de uma coletividade e para refletirem sobre suas formas de atuação social. Assim, podem ser trabalhadas em sala de aula noções de cooperação, solidariedade e atuação política.
Plano de desenvolvimento anual 2o ano
A planilha a seguir apresenta uma proposta de organização dos conteúdos deste volume em bimestres, semanas e aulas, como um itinerário. Por meio dessa proposta, é possível verificar a evolução sequencial dos conteúdos do volume e identificar os momentos de avaliação formativa sugeridos. A proposta pode ser adaptada conforme a realidade da turma e o planejamento do professor.
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Conhecendo a coleção
Esta coleção destina-se a alunos e professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Ela consiste de um conjunto de cinco volumes (1o ao 5o ano), sendo cada um deles subdividido em unidades. As unidades são formadas por duas páginas de abertura, nas quais uma imagem e algumas questões têm o objetivo de levar os alunos a fazerem reflexões iniciais sobre o tema abordado. As páginas de conteúdos, as seções e as atividades apresentam imagens, quadros e outros recursos que favorecem a compreensão dos assuntos estudados e instigam o desenvolvimento de um olhar crítico.
Estrutura da coleção
Estrutura do Livro do estudante
Além dos ícones que indicam boxes, tipos de atividades e outras ocorrências, a coleção apresenta os seguintes elementos.
Essa seção, presente no início de cada volume, tem como objetivo propor uma avaliação diagnóstica dos alunos, verificando seus conhecimentos prévios referentes aos conteúdos que serão trabalhados.
As duas páginas de abertura apresentam uma imagem, um pequeno texto e questões no boxe Conectando ideias, que abrem espaço para o início da abordagem dos conteúdos da unidade. As questões têm como objetivo levar os alunos a refletirem sobre a situação apresentada na imagem, explorar seus conhecimentos prévios acerca dos conteúdos e aproximar o assunto da realidade deles.
Nesta coleção, os conteúdos são apresentados por meio do texto principal, das seções e dos boxes. Algumas questões de condução aparecem em meio aos conteúdos, para incentivar os alunos a interagirem e a dialogarem sobre os temas.
A seção de atividades aparece com regularidade ao longo das unidades, sempre após algumas páginas de conteúdo. As questões são variadas e exigem dos alunos diferentes habilidades, como associação, identificação, análise, comparação, além de buscarem desenvolver o pensamento crítico. Nessa seção, busca-se também explorar os conhecimentos prévios dos alunos, sua capacidade de competência leitora, sua realidade próxima e também recursos tecnológicos.
Essa seção explora os Temas contemporâneos transversais com base em situações do cotidiano. Nela, são propostas questões que exploram a problemática levantada, motivando reflexões em relação ao assunto. O nome do Tema contemporâneo transversal abordado é destacado nas orientações deste Manual do professor.
Seção que apresenta um roteiro para orientar os alunos a realizarem, passo a passo, atividades frequentemente trabalhadas na escola ou construir ferramentas importantes para o desenvolvimento de cidadãos críticos e atuantes na sociedade. Além disso, a seção contribui para o desenvolvimento da empatia e da cooperação ao propor trabalhos em grupo.
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Seção que tem como objetivo explorar diferentes linguagens e manifestações artísticas, relacionan-do-as com os conteúdos tratados em cada unidade. Dessa maneira, pretende-se incentivar os alunos a desenvolverem a capacidade de interpretação de imagens e a reconhecerem essas obras como fontes históricas.
Apresenta informações adicionais ou alguma curiosidade relacionada ao conteúdo ou referente ao tema trabalhado.
Essa seção tem como objetivo fornecer aos alunos uma oportunidade para realizarem uma avaliação processual (ou formativa) de sua aprendizagem e retomarem os conteúdos trabalhados em cada unidade. Nela, são apresentadas atividades com os principais conceitos abordados.
Apresenta atividades que envolvem a leitura e a interpretação de textos e imagens. É uma oportunidade de trabalho com os processos gerais de compreensão de leitura.
Apresenta sugestões de livros, filmes e sites que podem ser explorados pelos alunos. Cada sugestão é acompanhada por uma sinopse.
Essa seção apresenta atividades que têm como objetivo fazer uma avaliação de resultado (ou somativa), consolidando as aprendizagens acumuladas no ano letivo. Está presente no final de cada volume.
Apresenta ao final de cada volume as principais obras utilizadas para consulta e referência na produção das unidades do Livro do estudante.
Estrutura do Manual do professor
O Manual do professor impresso é organizado em duas partes. A primeira é composta pela Seção introdutória, a qual apresenta pressupostos teóricos e metodológicos que fundamentam a coleção, a descrição e as orientações sobre as seções e a estrutura de conteúdos, bem como suas relações com a BNCC e a PNA, além do plano de desenvolvimento anual, com proposta de itinerário, organizado em um cronograma e indicando momentos de avaliação formativa ao longo do volume, como visto anteriormente.
A segunda parte é composta pelas orientações ao professor página a página, por uma sugestão de relatório para mapear as possíveis defasagens da turma, pelas páginas de introdução e conclusão das unidades, pelo quadro com as unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades da BNCC e pelas referências bibliográficas comentadas do Manual do professor. Nessa segunda parte, o manual traz a reprodução de cada página do Livro do estudante em
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tamanho reduzido, com texto na íntegra, e com as respostas das atividades e outros comentários que auxiliam o desenvolvimento das aulas. Algumas respostas são comentadas nas laterais e nos rodapés das páginas do manual, assim como apresentamos outros comentários e sugestões ao professor.
Com o intuito de ser facilitador da prática docente, este manual foi estruturado como um roteiro de aulas que visa ampliar as possibilidades de trabalho do professor em sala de aula, explicitando os procedimentos de forma prática e detalhada e orientando sua atuação. No início de cada conteúdo, é apresentada uma síntese, que indica a quantidade de aulas e as principais ações dos alunos para o desenvolvimento desse conteúdo. Além disso, este manual leva em consideração o encadeamento dos conteúdos, a linha de raciocínio desenvolvida no Livro do estudante, o conhecimento histórico e a formação de alunos que saibam refletir criticamente sobre seu cotidiano.
Conheça a seguir a estrutura da segunda parte deste Manual do professor, que reproduz a totalidade do Livro do estudante.
- No início de cada unidade, são apresentados os principais conceitos e conteúdos que serão trabalhados.
- As informações complementares para o trabalho com as atividades, teorias ou seções, assim como sugestões de condução e curiosidades, são organizadas e apresentadas em tópicos por toda a unidade.
- No decorrer das unidades, sempre que oportuno, são apresentadas citações que enriquecem e fundamentam o trabalho com o conteúdo proposto.
- São apresentadas relações do conteúdo abordado com outros componentes e áreas do conhecimento, assim como sugestões de trabalho com esses conteúdos.
- No decorrer das unidades, sempre que oportuno, são apresentadas sugestões para o desenvolvimento da literacia familiar.
Algumas informações relevantes são destacadas como seções e possuem características específicas. Veja a seguir cada uma delas.
Apresenta sugestão de quadro para mapear os resultados obtidos na avaliação diagnóstica e registrar as informações em um relatório individual e descritivo de cada aluno.
Apresenta os principais objetivos pedagógicos previstos para a unidade, trazendo uma introdução aos conteúdos, conceitos e atividades e mostrando de maneira sucinta como estas se relacionam com o objetivo e com os pré-requisitos pedagógicos de cada assunto a ser trabalhado.
Apresenta uma síntese que indica a quantidade de aulas e as principais ações para o desenvolvimento dos conteúdos.
Comentários sobre algumas respostas e outros encaminhamentos para as questões das páginas de abertura.
Apresenta sugestões de atividades preparatórias para introduzir conteúdos do livro.
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No decorrer das unidades, são destacadas e comentadas relações entre o que está sendo abordado no Livro do estudante e o que é proposto na BNCC e/ou na PNA.
No início das seções Cidadão do mundo e Arte e História, são apresentados os objetivos principais a serem abordados com os alunos.
Algumas respostas de atividades e questões são comentadas nesse boxe.
Apresenta sugestões de condução para a seção, levando em consideração as três etapas de leitura: antes, durante e depois.
Além das atividades presentes no Livro do estudante, novas propostas são feitas nessa seção. Para a realização de algumas dessas atividades, é necessário que sejam organizados alguns materiais com antecedência.
Sugere estratégias para que o professor realize a avaliação da aprendizagem dos alunos em momentos oportunos.
Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Atitude legal.
Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Ideias para compartilhar.
Apresenta sugestões de condução para a seção, levando em consideração as peculiaridades de cada conteúdo.
São apresentadas sugestões de livros, sites, filmes, documentários ou outras referências para ampliar seus conhecimentos acerca dos conteúdos abordados na unidade.
Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Para saber mais.
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Apresenta sugestões de condução para a seção, levando em consideração as peculiaridades de cada conteúdo.
Apresenta sugestões de condução para a seção, levando em consideração as peculiaridades de cada conteúdo.
Apresenta possibilidades de avaliação formativa e proposta de monitoramento da aprendizagem para cada objetivo pedagógico trabalhado na unidade.
Apresenta indicações diversas (livros, sites, filmes, podcasts, locais para visitação, etc.) para enriquecer o repertório cultural do professor e dos alunos e complementar a prática docente.
Apresenta a transcrição das unidades temáticas, dos objetos de conhecimento e das habilidades da BNCC.
Apresenta, ao final de cada volume do professor, as principais obras utilizadas para consulta e referência na produção do Manual do professor.