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1 Diferentes lugares, diferentes modos de vida
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução da unidade 1
Nesta unidade é desenvolvido o estudo do conceito de lugar, destacando as relações das pessoas com seus lugares de vivência, assim como algumas de suas principais características que lhes dão identidade e os distinguem.
Serão abordadas, também, as semelhanças e as diferenças entre os lugares considerando sua localização (urbana ou rural) e os costumes e tradições da população que os habitam e os caracterizam. Nesse sentido, os alunos poderão conhecer diferentes modos de vida, costumes e tradições de diversos lugares do Brasil, bem como conscientizar-se de sua importância para a construção sociocultural da população brasileira, desenvolvendo a valorização e o respeito pelos povos e comunidades tradicionais, como os ribeirinhos, indígenas e quilombolas.
As ruas também serão objeto de estudo como espaços de sociabilidade, contribuindo para o desenvolvimento da compreensão de diferentes aspectos sobre o modo de vida nos municípios. Os alunos investigarão sobre o lugar onde moram, refletindo um pouco mais sobre suas características.
O conteúdo sobre rua será trabalhado também como um lugar de sociabilização, de festas e comemorações pelo qual também circulam vários profissionais exercendo funções fundamentais para o dia a dia da população. Será abordada, ainda, a responsabilidade de todos pela limpeza, manutenção e melhorias desses lugares, estimulando a busca por soluções para diferentes problemas que podem existir nesses espaços.
Para o desenvolvimento desse trabalho, serão aplicadas diferentes estratégias, como leitura, interpretação e produção de textos; análise de imagens; análise de fontes; desenho; interpretação de mapas e descrição de paisagens; debate e troca de ideias entre os alunos.
Desse modo, as atividades desta unidade, além de possibilitar o trabalho com diversos temas, propiciam o desenvolvimento dos seguintes objetivos de aprendizagem.
Objetivos
- Identificar os lugares frequentados no dia a dia e a afetividade com o espaço vivido.
- Compreender o que é rua.
- Reconhecer a rua onde mora, identificando suas características.
- Aprender a composição de um endereço.
- Identificar os diversos profissionais que circulam pelas ruas.
- Conscientizar os alunos quanto à importância de cuidar do meio onde vivem.
- Reconhecer a rua como espaço público e de realização de manifestações populares, como festas e comemorações cívicas.
- Conhecer e valorizar as festas e manifestações populares.
- Conhecer diversos modos de vida, costumes e tradições, valorizando as culturas nos mais diferentes lugares do Brasil.
- Conhecer, valorizar e respeitar o modo de vida de povos tradicionais, como ribeirinhos, indígenas e quilombolas.
Pré-requisitos pedagógicos
Para desenvolverem as atividades e os objetivos propostos na unidade 1, é importante que os alunos apresentem conhecimentos introdutórios sobre o lugar onde vivem e os diferentes espaços de sociabilidade.
Destaques PNA
- Ao longo da unidade, foram sugeridas atividades que levam os alunos a levantarem hipóteses, exporem opiniões, relatarem experiências e expressarem suas ideias sobre os assuntos abordados. Essas atividades ampliam o vocabulário dos alunos, melhoram a qualidade da escrita e a compreensão de textos e incentivam a interação oral, contribuindo assim para o trabalho com os componentes da PNA desenvolvimento de vocabulário, produção de escrita e compreensão de textos.
- O estudo desta unidade, ao destacar a diversidade e a pluralidade cultural, promove a valorização do trabalho e dos trabalhadores, tema atual e de relevância nacional e mundial, ao abordar as atividades de trabalho e o modo de vida em diferentes comunidades tradicionais, como as populações ribeirinhas (páginas 36 e 37 do Livro do estudante), quilombolas (páginas 38 a 40 do Livro do estudante), indígenas (páginas 41 a 43 do Livro do estudante).
- Inicie o estudo do tema explorando as questões 1, 2 e 3. Peça que os alunos observem a imagem de abertura e descrevam a cena mostrada.
- Incentive a participação de todos os alunos para que seja possível explorar o conhecimento prévio sobre o tema.
- O texto a seguir explica a importância de estudar o conceito de lugar na ciência geográfica.
[...]
Na literatura geográfica, o lugar está presente de diversas formas. Estudá-lo é fundamental, pois ao mesmo tempo que o mundo é global, as coisas da vida, as relações sociais se concretizam nos lugares específicos. E como tal a compreensão da realidade do mundo atual se dá a partir dos novos significados que assume a dimensão do espaço local. A globalização e a localização, fragmentando o espaço, exigem que se pense dialeticamente esta relação [...].
Estudar e compreender o lugar, em Geografia, significa entender o que acontece no espaço onde se vive para além das suas condições naturais ou humanas. Muitas vezes as explicações podem estar fora, sendo necessário buscar motivos tanto internos quanto externos para se compreender o que acontece em cada lugar.
[...]
Compreender o lugar em que vive permite ao sujeito conhecer a sua história e conseguir entender as coisas que ali acontecem. Nenhum lugar é neutro, pelo contrário, é repleto de história e com pessoas historicamente situadas num tempo e num espaço, que pode ser recorte de um espaço maior, mas por hipótese alguma é isolado, independente. [...]
CALLAI, Helena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos; CALLAI, Helena Copetti; KAERCHER, Nestor André (Org.). Ensino de geografia: práticas e textualizações no cotidiano. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2002. p. 84-85.
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Você já observou que todos os dias frequentamos diferentes lugares? Nossa casa, a escola, parques e praias são alguns exemplos.
CONECTANDO IDEIAS
1. Que lugar está sendo mostrado na foto?
1. A foto mostra uma praia fluvial.
2. Você costuma frequentar lugares como esse? Nesse caso, o que você costuma fazer quando os visita?
3. Conte aos colegas sobre outros lugares que você frequenta em seu dia a dia.
2 e 3: Respostas pessoais. Comentários nas orientações ao professor.
MANUAL DO PROFESSOR
Mais atividades
- Organize um momento de diálogo com os alunos como abordagem inicial do estudo desta unidade.
- Pergunte quais lugares de convivência pública existem próximo à escola ou no município. Escreva na lousa os possíveis lugares conforme a realidade do município, como parque, campo de futebol, quadra de esportes, lago, praia, etc.
- Após escrever a lista de exemplos, investigue o conhecimento dos alunos em relação ao assunto e, consequentemente, à frequência deles nos referidos lugares.
- Por fim, solicite que façam um desenho do lugar que mais gostam de frequentar diariamente ou eventualmente. Relacione esse desenho com a atividade 3 da página 13.
- Comente com os alunos que os lugares que frequentamos em nosso dia a dia não estão relacionados somente com os lugares públicos, mas também com os particulares, ou seja, que pertencem a alguém.
- Cite exemplos, como a casa onde cada um vive, os estabelecimentos comerciais, as propriedades rurais, os clubes recreativos, etc.
Conectando ideias
2. Caso os alunos tenham dificuldades para elaborarem suas respostas, explique a eles que podem considerar semelhantes ao lugar apresentado na foto, aqueles com uma paisagem natural, com rio, lago ou praia, presença de vegetação e destinada ao lazer e à prática de atividades aquáticas. Anote na lousa as respostas sobre o que costumam fazer nesses lugares para que identifiquem a diversidade de opções.
3. Organize a participação dos alunos de modo que todos que desejem tenham oportunidade de falar e de serem ouvidos. Elabore outra lista na lousa com a resposta dos alunos.
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1 Os lugares do nosso dia a dia
As pessoas costumam ir a lugares diferentes a todo momento. Assim como elas, você também frequenta outros lugares além da sua moradia? Vamos conhecer os lugares que a personagem Chico Bento, da história em quadrinhos, frequenta.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
Os lugares do nosso dia a dia
6 aulas
- Observação e análise das imagens das páginas de abertura e realização das atividades orais das páginas 12 e 13.
- Leitura e observação da história em quadrinhos das páginas 14 e 15.
- Leitura e discussão acerca dos lugares que frequentamos na página 16.
- Atividades da página 17.
- Leitura conjunta da seção Ler e compreender da página 18 e atividades de interpretação da página 19.
Atividade preparatória
- Leia a história em quadrinhos das páginas 14 e 15 com os alunos. Explore a interpretação da história com o seguinte questionamento:
- O título Cenas de domingo sugere que ideia?
- Conduza a discussão para que os alunos percebam que a expressão faz alusão a algo habitual, a uma rotina.
- Pergunte a eles se têm uma rotina no fim de semana.
- Converse com eles sobre os aspectos positivos e negativos de se ter uma rotina.
- Explique que rotinas, especialmente aquelas dos fins de semana, alteram-se com frequência, pois são os dias que a família costuma reservar para resolver o que não foi possível durante a semana e para os momentos de lazer.
- Atente para destacar que os alunos podem ter rotinas muito diferentes, inclusive no que costumam fazer aos finais de semana.
- Incentive os alunos à leitura de histórias em quadrinhos. Uma alternativa é promover momentos de leitura previamente organizados (hora do conto, sala de leitura, etc.) a fim de que os alunos possam utilizar o repertório de gibis disponível no acervo da escola.
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Chico Bento em: Cenas de domingo, de Mauricio de Sousa. Chico Bento, São Paulo, Globo, n. 407, ago. 2002. p. 31-32.
1. Onde Chico Bento estava quando acordou?
No quarto, na casa dele.
2. O que ele fez depois de tomar café?
Foi até o riacho pescar.
3. Você já esteve em lugares semelhantes ao lugar que Chico Bento foi? Se sim, faça um desenho sobre um deles em uma folha de papel e mostre aos colegas.Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem o que desenharam.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- A interpretação das expressões como a utilizada na história em quadrinhos desenvolve o conhecimento da linguagem corporal, conforme sugere a Competência geral 4 da BNCC.
- Utilize as orientações a seguir para conduzir as atividades 1, 2 e 3, propostas na página.
- Destaque que a história se passa em um domingo. Converse com os alunos questionando-os se costumam acordar cedo ou dormir até mais tarde aos domingos. Sobre isso, peça que digam os pontos positivos e negativos do que fazem, o que desenvolve a capacidade de argumentação.
- Peça aos alunos que analisem o restante da história em quadrinhos.
-
Após acordar, como está a expressão do Chico Bento nos quadrinhos seguintes?
R: Espera-se que os alunos percebam que Chico Bento fica com expressão de animado, com pressa e, depois, de relaxamento, uma vez que está cochilando.
- Esta é uma oportunidade de desenvolver com os alunos a interpretação das expressões.
Mais atividades
- Com base na história em quadrinhos, peça aos alunos que criem suas próprias histórias.
- Oriente-os a contar, por meio de uma história em quadrinhos, como é a rotina deles em um domingo.
- Auxilie-os na produção desta história sugerindo que criem quadros semelhantes aos da história da personagem Chico Bento.
- Ao término da produção, peça a cada aluno que conte sua história para os colegas.
- O texto a seguir complementa o estudo sobre a importância dos quadrinhos na formação da competência leitora.
[...]
Os quadrinhos auxiliam no desenvolvimento do hábito de leitura [...]. Hoje em dia sabe-se que, em geral, os leitores de histórias em quadrinhos são também leitores de outros tipos de revistas, de jornais e de livros. Assim, a ampliação da familiaridade com a leitura de histórias em quadrinhos, propiciada por sua aplicação em sala de aula, possibilita que muitos estudantes se abram para os benefícios da leitura, encontrando menor dificuldade para concentrar-se nas leituras com finalidade de estudo.
[...]
RAMA, Angela; VERGUEIRO, Waldomiro (Orgs.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004. p. 23. (Como usar na sala de aula).
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Os lugares que frequentamos
Como a personagem Chico Bento da história em quadrinhos, nós também vamos a diferentes lugares durante o nosso dia a dia. Nesses lugares podemos fazer ou encontrar algo de que necessitamos. Veja alguns exemplos.
A moradia é um lugar muito especial. Ela serve de abrigo e proteção, sendo o lugar onde nos alimentamos, descansamos, dormimos e nos reunimos com as pessoas com quem vivemos.
Para comprar alimentos e outros produtos de que precisamos temos que ir aos supermercados, padarias, farmácias, etc.
Praças e parques públicos são lugares destinados ao lazer e à recreação das pessoas. Nesses lugares, elas podem descansar, brincar, praticar atividades físicas, etc.
MANUAL DO PROFESSOR
-
Explore a primeira imagem perguntando aos alunos:
-
O que a família está fazendo?
R: A família está preparando o almoço todos juntos.
-
Vocês ajudam seus familiares em alguma atividade cotidiana?
R: Resposta pessoal. Permita que eles se expressem à vontade.
-
- Investigue junto aos alunos atividades prazerosas que eles realizam em casa.
- Destaque que os lugares que frequentamos, especialmente a nossa moradia, são espaços com os quais temos vínculos de afeto. A imagem que temos da nossa moradia sempre será diferente da que os outros têm.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Identificar as atividades realizadas e os lugares frequentados no dia a dia.
Como proceder
-
Aproveite a sugestão de atividade a seguir para complementar o estudo do tema que aborda os lugares que frequentamos em nosso dia a dia. Para isso, reflita com os alunos sobre as atividades que eles mais gostam de fazer em casa e peça a eles que desenhem essa atividade e o cômodo da casa onde a realizam. Para finalizar, peça que apresentem seus desenhos e comentem a respeito. Analise com os alunos a segunda imagem da página 16. Pergunte se eles costumam acompanhar os familiares nas compras do dia a dia.
- Onde vocês costumam fazer as compras de alimentos e produtos para o dia a dia?
- Você gosta de ir a essas compras?
-
Além de mercados e supermercados, sua família tem o hábito de comprar alimentos em outros lugares?
R: Respostas pessoais. Investigue se os alunos conhecem o ambiente das feiras livres e dos mercados a céu aberto. Discuta com eles as diferenças entre esses locais e os mercados fechados.
- Analise com os alunos a terceira imagem desta página. Questione-os se costumam ir a lugares destinados ao lazer. Diferencie a função principal de cada lugar. Explique que é possível se divertir em um centro de compras ou em um supermercado, mas há lugares que existem exclusivamente para o lazer.
- Pergunte a eles que outros lugares conhecem destinados ao lazer. Liste na lousa os lugares que forem citando e explique a finalidade dos lugares citados que nem todos conheçam.
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ATIVIDADES
1. Ligue as atividades da coluna da esquerda aos lugares mostrados na coluna da direita.
- Comprar calçados
- Fazer refeições
- Cuidar da saúde
- B
- C
- A
2. Escreva o nome de dois lugares que você frequenta em seu dia a dia.
Resposta pessoal. Incentive os alunos a pensarem nos lugares que costumam frequentar.
3. O que você costuma fazer em cada um desses lugares?
Resposta pessoal. Os alunos podem responder que costumam brincar, comer algo de que gostam ou praticar algum esporte.
MANUAL DO PROFESSOR
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Reconhecer a função de diferentes lugares.
Como proceder
-
Aproveite a realização da atividade 1 e comente com os alunos que os lugares têm funções diferentes. Apresente outros exemplos, questionando-os da seguinte maneira.
-
Onde podemos comprar medicamentos?
R: Na farmácia.
-
Onde podemos comprar pães?
R: Na padaria ou no mercado.
-
Onde podemos comprar livros?
R: Na livraria ou na papelaria.
-
- Peça aos alunos que observem as imagens da página 17 e leiam as legendas. Questione sobre quais atividades as pessoas praticam em cada um dos lugares representados na imagem. Com a identificação, peça que liguem as imagens às descrições corretas de cada uma das atividades dos lugares representados, conforme solicita a atividade 1.
- As atividades 2 e 3 desta página incentivam os alunos a refletirem sobre os lugares que frequentam no dia a dia e sobre as atividades que realizam nesses diferentes lugares.
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Gostar do lugar onde vivemos
Nos lugares que frequentamos em nosso dia a dia, como a escola ou a moradia, convivemos com pessoas' diferentes. Conviver com essas pessoas nos faz sentir parte desse lugar.
LER E COMPREENDER
Durante a leitura do texto, oriente os alunos a procurarem no dicionário as palavras que desconhecem.
Leia o relato de Inácio sobre o lugar onde ele viveu quando era criança.
Eu nasci em um município bem pequeno que fica no Cariri paraibano: região localizada na porção sul do estado da Paraíba, em que se desenvolve vegetação de Caatinga e é pouco habitada, chamada Gurjão.
O Cariri é um lugar que fica tão seco durante o ano que racha o chão, mas quando chove, as árvores ficam todas bem verdinhas.
A gente ficava esperando a chuva todo mês de janeiro.
Enquanto a chuva não chegava, eu brincava no mato, correndo atrás de seriema, uma ave que tem as pernas compridas, e desviando dos espinhos das palmas e dos chique-chiques.
O melhor era brincar na água do açude quando enchia com a chuva, e depois chegar em casa sentindo o cheiro da lenha queimando pra assar o bolo e o pão de queijo que minha avó fazia.
Foi muito bom ser menino no Cariri!
Relato de Inácio Adalberto Meira Faustino Júnior, 25 anos, dez. 2017.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC e PNA
- O assunto desta página reforça a valorização do lugar de vivência como produto da cultura local, como trabalhado na habilidade EF03GE02 da BNCC.
- A leitura e busca de palavras desconhecidas proposta nesta página auxilia no desenvolvimento dos processos gerais de leitura: localizar e retirar informação explícita de textos, fazer inferências diretas, interpretar e relacionar ideias e informação e analisar e avaliar conteúdos e elementos textuais.
Ler e compreender
- Narrativas em primeira pessoa são histórias em que o narrador relata os fatos e participa dos acontecimentos. A leitura dessas narrativas direciona os alunos ao imaginativo, proporcionando uma interação com a história contada, em que é possível se colocar no lugar do narrador.
Antes da leitura
Comente com os alunos que esta história é contada por Inácio, que nasceu no estado da Paraíba.
Durante a leitura
Aproveite o texto desta página e faça uma dinâmica de leitura com os alunos. Peça a alguns deles que leiam os parágrafos do texto, enquanto os demais acompanham a leitura.
Sugira aos alunos que questionem o significado das palavras do texto que não conhecem. Anote as palavras na lousa, escrevendo os seus significados, o que pode ser feito com base na consulta ao dicionário.
Auxilie-os durante essa etapa.
Depois da leitura
Se possível, pesquise imagens do Cariri paraibano para mostrar aos alunos as características paisagísticas dessa região. Apresente as imagens e leve um mapa político do Brasil para mostrar a eles a localização dessa área.
Aproveite a oportunidade para explicar as dificuldades que a falta de água provoca no cotidiano das pessoas que vivem no semiárido.
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1. De acordo com o texto da página 18, responda às questões a seguir.
-
Em qual município o menino vivia quando criança?
Vivia no município de Gurjão.
-
No lugar onde vivia Inácio, chovia muito ou pouco?
Chovia pouco.
-
Como ficavam as árvores quando chovia?
Ficavam verdinhas.
-
Enquanto a chuva não chegava, onde o menino gostava de brincar?
Ele brincava no mato, correndo atrás de uma ave chamada seriema.
-
E quando a chuva chegava, onde ele gostava de brincar?
Na água do açude.
Resposta pessoal.
- uma lembrança desse lugar;
- uma emoção vivida nesse lugar;
- uma descoberta importante sobre esse lugar;
- um sentimento especial que você tem sobre esse lugar.
3. Escolha um lugar que você costuma frequentar no seu dia a dia e faça um desenho em seu caderno para representar como ele é.
Resposta pessoal. Peça aos alunos para elaborarem um desenho a partir das respostas que deram na questão 2.
MANUAL DO PROFESSOR
- Para responder à atividade 1, se achar necessário, leia as perguntas da página com os alunos e, em seguida, peça que leiam o texto novamente, assim poderão achar as respostas mais facilmente.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Identificar os lugares frequentados no dia a dia e a afetividade com o espaço vivido.
Como proceder
- Leve os alunos para o pátio e forme uma roda de conversa com todos sentados no chão. Se houver partes gramadas na escola, é possível também levá-los até lá e, se quiserem, eles podem ficar descalços. Com o auxílio das perguntas da atividade 2, incentive os alunos a contarem sobre suas histórias no lugar onde moram, instigando-os a mostrar a afetividade que mantêm com esse lugar. Dê espaço para que todos falem e contem suas experiências. No final, conte algo também da sua vivência para trazer mais personificação à atividade. Para finalizar, é possível levá-los às mesas do pátio para fazer a atividade 3. Explique que eles podem tanto desenhar sobre o lugar que estavam debatendo na atividade anterior ou escolher um outro lugar.
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2 As ruas que frequentamos
Se você mora na cidade, provavelmente costuma frequentar diferentes ruas e avenidas diariamente.
A rua não é somente o espaço onde fica localizada nossa casa. Ela é também um lugar de convivência entre as pessoas.
Leia o texto a seguir, em que um menino chamado Marcelo conta como é a rua dele.
Na minha rua tem uma porção de casas e prédios.
Tem casas que servem para morar, tem outras que servem para trabalhar. [...]
Todas as casas e prédios têm um número. O nome da rua, mais o número das casas, se chama endereço.
O endereço é importante para as pessoas encontrarem a gente e também para a gente receber cartas, jornais e até uma pizza de vez em quando.
Tem ruas que são calçadas e tem ruas que são de terra. Quase todas as ruas calçadas são asfaltadas.
Só poucas ruas são de pedras.
Minha rua é asfaltada até a esquina da avenida.
Depois ela é de terra. Nesse pedaço tem um campinho de futebol.
[...]
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
As ruas que frequentamos
10 aulas
- Leitura conjunta do texto e ati-vidades das páginas 20 e 21.
- Leitura conjunta e roda de conversa da página 22.
- Atividades da página 23.
- Leitura conjunta e atividades da seção Cidadão do mundo: O lixo nas ruas, nas páginas 24 e 25.
- Atividades 1, 2 e 3 das páginas 26 e 27.
- Leitura conjunta e atividades das páginas 28 e 29.
- Leitura conjunta e análise de imagens e legendas da página 30.
- Atividades da página 31.
Destaques BNCC
- O tema abordado nestas páginas contempla a habilidade EF03HI09 ao tratar sobre a rua e sua composição, permitindo aos alunos que identifiquem as funções características desse espaço.
Atividade preparatória
- Para introduzir o trabalho com o endereço residencial, escreva os elementos que compõem um endereço na lousa (nome da rua, número da casa, complementos, CEP, bairro, cidade, estado ou Distrito Federal e país). Na sequência, peça aos alunos que escrevam seus endereços completos no caderno. Para avaliar a compreensão deles quanto à composição do endereço, elabore uma ficha para que a completem com seus dados pessoais e endereço residencial. Outra sugestão seria trabalhar com envelopes de correspondência, preenchendo seus endereços e do destinatário.
- Realize uma leitura em voz alta do texto com os alunos. Se julgar pertinente, solicite a cada aluno que leia uma parte do texto. Depois, peça a eles que comentem suas impressões da história, o que descobriram sobre as ruas e em que a rua da casa de Marcelo se parece com a rua onde moram.
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As luzes da minha rua ficam nuns postes altos ligados por muitos fios.
Os fios estão sempre cheios de fiapos, que são restos de papagaio. Você sabe o que é papagaio? Tem gente que chama os papagaios de quadrados, de pipas e teve um amigo meu que chamava de pandorga.
Na minha rua passa o lixeiro, que leva o lixo, o carteiro, que traz as cartas, e o fruteiro, que vende frutas.
Mas o homem que entrega água na casa do alemão não se chama aguadeiro, como eu acho que devia.
Ele é o entregador de água.
[...]
A rua do Marcelo, de Ruth Rocha. Ilustrações de Alberto Llinares. São Paulo: Moderna, 2011. p. 5-8; 18-19.
1. Além do nome da rua e do número, o que mais faz parte do endereço de uma casa?O CEP, o nome do bairro, da cidade, do estado ou Distrito Federal e do país. Comentários nas orientações ao professor.
2. Quais tipos de rua são citados no texto?Ruas calçadas (asfaltadas e de pedra) e ruas de terra.
3. Soltar pipa perto de postes de fiação elétrica é muito perigoso. Você sabe por quê?Resposta pessoal. Comentários nas orientações ao professor.
MANUAL DO PROFESSOR
- Para aprofundar o trabalho com a atividade 1, proponha uma articulação com o componente curricular de Matemática. Para promover essa integração, solicite autorização prévia dos pais ou responsáveis e organize um passeio com a turma pela rua da escola. Durante o passeio, peça aos alunos que observem e anotem no caderno o número das casas ou dos edifícios, incluindo o número da escola, separando-os em lado direito e lado esquerdo da rua (estabeleça como referencial o começo dela, que geralmente é apresentado pelos números menores). Em sala, oriente os alunos a analisarem os dados coletados, identificando, por exemplo, se os números da rua crescem ou decrescem em relação ao referencial, e em qual lado da rua ficam os números pares e os ímpares. Aproveite para conversar sobre outros possíveis aspectos observados pelos alunos, como o nome da rua, o CEP, os tipos de sinalização, se os edifícios da rua são comerciais ou residenciais, se existem lixeiras na rua, etc.
- Na atividade 2, se necessário, oriente os alunos a sublinharam no texto os tipos de ruas citados.
- Utilize a atividade 3 para discutir com a turma outros elementos que devemos ter cuidado nas ruas, como não atravessar a rua sem a ajuda de um adulto e sem olhar para os dois lados, além de seguir a faixa de pedestres.
Comentários de respostas
1. Os alunos podem comentar ainda alguns complementos, como número do apartamento e do bloco (em caso de prédio).
3. Se necessário, explique aos alunos que soltar pipa perto da rede elétrica é muito perigoso, pois, caso a pipa encoste na fiação, pode causar graves acidentes, como desligamento da energia e choques elétricos. Oriente-os a nunca tentar retirar uma pipa que esteja enroscada na fiação elétrica.
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Gostar do lugar é cuidar dele
Cuidar dos lugares que frequentamos é uma maneira de demonstrar que gostamos deles.
Alguns desses lugares enfrentam problemas, como ruas esburacadas e sem iluminação, calçadas e praças malconservadas.
Podemos cuidar desses lugares buscando soluções para esses problemas com atitudes simples, que podemos adotar no dia a dia. Veja alguns exemplos.
Como você demonstra seu carinho pelos lugares que frequenta? Como cuida desses lugares?
Resposta pessoal. Os alunos podem responder que o lugar onde moram precisa de mais árvores, asfaltamento, energia elétrica, ou opções de lazer.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- O relato dos problemas enfrentados em espaços públicos, proposto a seguir, exercita a oralidade, conforme prevê a Competência geral 4 da BNCC, citada anteriormente.
- Na realização da atividade 4, permita que os alunos falem sobre os problemas enfrentados nos lugares públicos de sua vivência.
- Para essa faixa etária, é preciso que esteja bem clara a diferença entre espaço público e privado. Se ainda houver dúvidas a respeito, pare a discussão e retome as definições dos conceitos.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Conscientizar os alunos quanto à importância de cuidar do meio onde vivem.
Como proceder
- Divida a classe em grupos e peça a eles que conversem sobre os problemas dos lugares públicos que frequentam. Peça aos grupos que elejam os problemas que mais os incomodam. Abra uma roda de conversa com toda a classe e peça que cada grupo exponha os problemas que escolheram. A exposição dos alunos não se limita a citar o problema escolhido. O grupo deve expor o problema, fornecendo exemplos de situações em que tal problema os incomodou. Ao final das apresentações, indague os alunos sobre a seguinte questão: agora que já levantamos os problemas dos nossos espaços públicos de vivência, que atitudes poderíamos tomar para resolvê-los? R: Resposta pessoal. Permita que os alunos proponham todas as soluções que imaginarem. Oriente a conversa com as seguintes questões: É possível fazer isso? O que vocês acham?
- Convide os alunos para um momento de reflexão sobre os devidos cuidados com os lugares frequentados por eles.
- Incentive-os a refletir sobre como seriam esses lugares se as pessoas não os conservassem e não os utilizassem corretamente.
- Peça que relatem quais atitudes eles tomam para colaborar com a manutenção dos lugares com os quais se familiarizam.
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ATIVIDADES
1. Proponha uma solução para cada problema mostrado nas fotos.
PNA
Resposta pessoal. Os alunos podem responder que o córrego precisa passar por tratamento de despoluição e que as pessoas precisam parar de jogar lixo e despejar esgoto nele.
Resposta pessoal. Os alunos podem responder que as pessoas devem jogar o lixo no local adequado, que a coleta de lixo deve ser feita e que as ruas deveriam ter mais lixeiras.
Resposta pessoal. Os alunos podem responder que a rua precisa de melhorias no asfalto e que os governantes precisam melhorar a manutenção da rua.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC e PNA
- A atividade a seguir visa promover um ambiente mais harmônico e de diálogo, conforme orientado na Competência geral 9 da BNCC.
- A produção de texto proposta permite desenvolver componentes da alfabetização, como desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos e produção de escrita.
- Organize novamente os alunos em grupos e peça que discutam as atividades da página 23.
-
Para cada imagem, o grupo deverá:
- identificar o problema;
- pensar em soluções;
- listar no caderno as soluções apresentadas;
- debater as soluções fornecidas pelo grupo;
- selecionar as melhores sugestões;
- elaborar um texto-resposta.
Mais atividades
- Aproveite a atividade proposta na página para explicar que, além dos lugares públicos de convivência, outros lugares, como a nossa moradia, precisam de cuidados.
-
Peça aos alunos que relatem problemas na moradia deles que poderiam resolver. Oriente a conversa propondo as seguintes questões:
- Eu cuido sempre das minhas coisas, como meus brinquedos, meu material escolar?
- Arrumo o meu quarto?
- Deixo a casa organizada para fcar mais agradável para as outras pessoas que moram comigo?
-
Procuro ajudar as pessoas com quem moro nas atividades do dia a dia?
-
Falo de uma forma respeitosa e simpática com as pessoas da minha casa?
R: Resposta pessoal. Ao fnal, peça a eles que façam uma produção de texto sobre o assunto, apontando as medidas que vão tomar para resolver os problemas no lugar privado de vivência.
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CIDADÃO DO MUNDO O lixo nas ruas
O lixo nas ruas é um problema que atinge muitas cidades brasileiras há muito tempo. Embora as cidades geralmente tenham serviços de coleta, ainda é comum nos dias atuais vermos lixo espalhado pelas ruas.
Veja.
MANUAL DO PROFESSOR
Objetivos da seção
- Analisar criticamente alguns exemplos de descartes inadequados de lixo.
- Refletir sobre as responsabilidades quanto à limpeza das ruas e dos locais compartilhados pela comunidade.
Destaques BNCC
- A atividade 3 da página 25 contempla o trabalho com a Competência geral 2 ao estimular o senso crítico dos alunos quanto ao problema do lixo descartado de forma incorreta nas ruas da cidade. O objetivo é levar os alunos a refletirem sobre o problema, pensando em soluções para saná-lo.
- As atividades 1, 2, 3 e 4, propostas na página 25, contemplam o trabalho com a Competência geral 7 ao incentivar os alunos a elaborarem argumentos para responder às questões, que visam ao cuidado com o meio ambiente e com o espaço público, contribuindo, dessa maneira, para o desenvolvimento de uma consciência socioambiental.
- Esta seção possibilita o trabalho com o Tema contemporâneo transversal Educação ambiental ao abordar o problema do lixo jogado nas ruas. O objetivo é sensibilizar os alunos para o cuidado e a preservação das ruas como locais públicos. Espera-se que eles percebam que a preservação e a limpeza das ruas da cidade são responsabilidades de todos os cidadãos e dos poderes públicos.
- Ao trabalhar as imagens com os alunos, comente que o descarte irregular de lixo nas ruas causa uma série de problemas, como o mau odor, atraindo baratas, ratos e mosquitos, por exemplo, que transmitem doenças. O acúmulo de lixo também causa entupimento de córregos, pontes e bueiros, provocando inundações.
- O assunto destas páginas possibilita promover reflexões sobre o tema trabalho, tema atual e de relevância nacional e mundial. Incentive os alunos a perceberem a importância do trabalho de garis e coletores de resíduos para a manutenção da limpeza dos espaços públicos. Leve-os a valorizar o trabalho dessas pessoas, que é fundamental para o bem-estar coletivo.
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Observe a charge a seguir.
1. Quem deve cuidar da limpeza da rua? Por quê?
Todos os cidadãos e as instituições públicas.
2. Analise a charge. O que você pensa sobre a atitude do homem que está jogando lixo na rua?
3. Em sua opinião, o que pode ser feito para que as pessoas deixem de sujar as ruas? Comente.
4. Cite quais atitudes você toma para colaborar com a limpeza das ruas.
2, 3 e 4: Respostas pessoais. Comentários nas orientações ao professor.
MANUAL DO PROFESSOR
- Na atividade 1, é importante que os alunos reconheçam que a rua é um espaço público, portanto pertence a todos os cidadãos. Sendo assim, cabe a todos cuidar de sua limpeza, incluindo os próprios alunos.
- Na atividade 2, oriente os alunos na análise da charge pedindo a eles que observem a ação das duas personagens. Questione-os sobre a crítica feita pelo autor da charge. Espera-se que percebam que, enquanto o profissional da coleta de lixo está limpando a rua, o outro homem está jogando lixo no chão.
- Durante a discussão da atividade 3, mencione aos alunos que, além de contribuir para a limpeza da cidade e a conservação do meio ambiente, a separação do lixo orgânico do reciclável ajuda a promover o sustento de várias famílias que vivem da reciclagem. Informe também como funciona a coleta de lixo reciclado na cidade onde vivem.
- Para aprofundar o trabalho com a atividade 4, que analisa as responsabilidades dos alunos em relação ao descarte do lixo, organize uma brincadeira na qual os alunos deverão identificar o descarte correto de cada item. Para isso, recorte pedaços de papel com nomes de itens como casca de banana, embalagem de manteiga, frasco de xampu, etc. Peça a cada aluno que escolha um dos papéis e identifique se o item descrito refere-se ao lixo reciclável ou ao orgânico.
Comentários de respostas
2. Incentive os alunos a comentarem se concordam ou não com a atitude da personagem que está jogando lixo na rua e como agiriam se estivessem no lugar dela.
3. O objetivo dessa questão é despertar o senso crítico dos alunos, a fim de que possam encontrar soluções para o problema do lixo nas ruas.
4. Espera-se que os alunos comentem atitudes que costumam realizar no dia a dia para contribuir com a limpeza das ruas no lugar onde vivem. Eles podem comentar que não jogam lixo no chão, que conversam com as pessoas sobre a importância de jogar lixo no local adequado, que participam de campanhas de conscientização, entre outras ações.
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ATIVIDADES
1. Escreva a seguir uma frase que descreva como é a rua onde fica sua casa.
PNA
Resposta pessoal. Oriente os alunos a observarem a rua onde moram com mais atenção antes de realizar a atividade.
2. Ordene as letras para descobrir quais são os estabelecimentos a seguir. Depois, marque um X naqueles que existem na sua rua.
PNA
docaerM.
Mercado.
sPtoo ed bsovmutelíc.
Posto de combustível.
joLa ed ourpsa.
Loja de roupas.
aLncohneet.
Lanchonete.
adPaiar.
Padaria.
Aoçgueu.
Açougue.
orvreSteia.
Sorveteria.
Farámcai.
Farmácia.
Resposta pessoal. Caso os alunos se lembrem de outros estabelecimentos, permita que comentem com os colegas, ampliando a atividade desta página.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques PNA
- A atividade 1 desta página contribui para desenvolver o componente produção de escrita ao possibilitar que os alunos utilizem a linguagem textual para expressar suas experiências em relação à rua onde vivem, descrevendo-a segundo suas perspectivas. Incentive-os a escrever sobre o aspecto material da rua, como sua estrutura, os imóveis residenciais e comerciais, as praças, os bancos, as placas de sinalização, etc, bem como os aspectos culturais e sociais, como as pessoas que circulam pela rua, seus moradores e alguma atividade do local, por exemplo, feiras.
- A atividade 2 possibilita o trabalho com o componente consciência fonêmica ao trabalhar com os alunos a ordenação adequada das letras para formação das palavras.
- Antes de fazer a atividade 1 com os alunos, escreva na lousa um exemplo de frase descrevendo sua rua para que os alunos possam ter como modelo introdutório.
- Na atividade 2, ajude os alunos a identificarem os estabelecimentos comerciais indicados e a ordenarem as letras. Ao final, peça que comentem com os colegas quais itens eles assinalaram. Incentive-os a comentar se costumam ir a esses lugares, com qual frequência e com que companhia. Converse com eles sobre o tipo de estabelecimento que eles gostariam que tivesse na rua onde moram.
Mais atividades
- Retome o texto das páginas 20 e 21 com os alunos. Depois, peça-lhes que elaborem um texto semelhante, no caderno, sobre a rua onde vivem. Para isso, oriente-os estabelecendo os temas que deverão ser contemplados em cada parágrafo. Eles poderão tratar do endereço, da estrutura física da rua, dos profissionais que circulam por ela e do que mais gostam nela, por exemplo. Ao final, incentive-os a ler o texto para os colegas.
27
3. Diariamente, muitas pessoas circulam pelas ruas. Algumas dessas pessoas são trabalhadores que exercem suas atividades pelas ruas das cidades.
Observe as imagens a seguir e escreva qual trabalhador está sendo retratado em cada uma delas.
Vendedores ambulantes.
Lixeiros.
Entregador.
Carteiro.
MANUAL DO PROFESSOR
- Para aprofundar a abordagem da atividade 3, peça aos alunos que comentem quais desses profissionais passam pela rua onde moram. Pergunte se eles conhecem algum deles ou se têm algum conhecido que exerce uma das profissões representadas.
- Comente com a turma que ainda hoje muitas profissões são consideradas " trabalho de mulher" ou "trabalho de homem". Explique que a profissão de carteiro, por exemplo, foi por muito tempo exercida apenas por homens. As mulheres só conseguiram ingressar no cargo em 1992, quando os Correios abriram o primeiro processo seletivo incluindo mulheres. Incentive os alunos a expressarem suas opiniões sobre o assunto, procurando desconstruir eventuais preconceitos a esse respeito.
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Arte de rua e grafite
Em várias cidades brasileiras as ruas foram modificadas por grafites. Os grafites são inscrições em paredes, geralmente pintados em espaços públicos, onde há grande circulação de pessoas.
Esse tipo de expressão artística está presente há centenas de anos na história da humanidade. Porém, foi na década de 1970 que os grafites receberam as características que conhecemos hoje. Leia o texto a seguir.
[...]
No final dos anos 1970, alguns artistas, munidos de latas de spray, pincéis e tinta, espalharam vários desenhos pelos muros das cidades. [...] A proposta desses artistas, chamados grafiteiros, era levar a arte para as ruas [...]. Eles queriam que sua arte estivesse ao alcance de todos, e não fechadas em galerias ou museus. [...]
Saber e ensinar arte contemporânea, de Renata Sant'anna. São Paulo: Panda Books, 2009. p. 38.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- O tema abordado nesta seção contempla a habilidade EF03HI09 ao apresentar a rua como um espaço público e local de produção artística. Ao explorar o tema com a turma, destaque o caráter público dessa forma de expressão artística, pois, além de ser elaborada em espaços públicos, é acessível a todos que circulam pelas ruas da cidade.
- Ao mostrar imagens de grafites e de suas técnicas de produção, esta seção contempla a Competência geral 3, pois favorece o reconhecimento e a valorização desse tipo de manifestação artística e cultural, relacionada ao espaço urbano.
- Leia a citação com os alunos pedindo a eles que identifiquem o conceito principal do grafite. Espera-se que compreendam que se trata de uma manifestação artística realizada na rua, de modo que todas as pessoas possam ter acesso à arte. Se necessário, explique que os museus de arte são espaços fechados, destinados às exposições de obras de arte, que muitas vezes cobram ingressos para a visitação. E as galerias são espaços que expõem e comercializam obras de arte.
- O estudo proposto contribui para promover reflexões sobre a Valorização do trabalho e trabalhadores, tema atual e de relevância nacional e mundial. Incentive os alunos a reconhecerem e a valorizarem o trabalho desses artistas grafiteiros que, por meio de sua arte, contribuem para deixar o espaço das cidades mais atrativo e alegre.
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1. Que instrumentos os grafiteiros usam para produzir seus desenhos?Sprays, pincéis e tintas.
2. Em que locais os grafites geralmente são produzidos?Em espaços públicos, principalmente nos muros das cidades.
3. Algumas pessoas não acham que os grafites possam ser uma forma de arte. Qual é a sua opinião sobre esse assunto?Resposta pessoal. Comentários nas orientações ao professor.
MANUAL DO PROFESSOR
- Para abordar com os alunos a atividade 1, explore as fotos pedindo que observem as imagens grafitadas, bem como os instrumentos usados, os desenhos, as cores e os formatos. Comente que cada artista possui um estilo único e que cada obra leva a assinatura de seu autor para que ele seja reconhecido como tal.
- Na atividade 2, peça aos alunos que citem como exemplos algumas dessas manifestações artísticas no município onde vivem, identificando se são expostas em locais públicos ou privados.
- Para incentivar a discussão dos alunos na atividade 3, explique sobre a diferença entre grafite e pichação. Grafite é um tipo de manifestação artística, e pichação é um ato de vandalismo.
Comentários de respostas
3. O objetivo desta questão é que os alunos expressem suas opiniões sobre o assunto. Comente que para algumas pessoas o grafite é uma arte marginalizada, relacionada ao vandalismo e à poluição visual do espaço público. Por outro lado, muitos valorizam essa manifestação artística pelos traços e pela qualidade dos desenhos.
Mais atividades
- Organize uma visita à sala de informática com os alunos para que possam explorar outras imagens de grafites. Para ampliar a experiência dos alunos, localize o Beco do Batman, na cidade de São Paulo. Em seguida, utilize a ferramenta de satélite para que os alunos possam caminhar virtualmente pela travessa e observar a sequência de grafites pintados nas paredes. Explique a eles que o Beco do Batman é considerado uma grande galeria a céu aberto por expor uma série de grafites. Comente que os grafites desenhados ali servem de referência para grafiteiros de todo o país e é uma das principais atrações turísticas da cidade de São Paulo. Informe que mais de 1 500 artistas já grafitaram naquelas paredes.
- Esta atividade contempla a Competência geral 5 ao utilizar recursos tecnológicos para ampliar a experiência dos alunos quanto ao conteúdo abordado na seção e para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.
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FESTAS E COMEMORAÇÕES
As ruas sempre foram espaços utilizados pelas pessoas para a realização de festas ou comemorações de fatos e datas importantes. Observe alguns exemplos nas fotos a seguir.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- O tema abordado nestas páginas contempla a habilidade EF03HI03 ao mostrar as festas populares de ruas, como eventos significativos para as comunidades que as comemoram, valorizando o reconhecimento e o respeito à diversidade cultural.
Atividade preparatória
- Para introduzir o aprendizado sobre as festas em espaços públicos e aproximar a temática da realidade dos alunos, desenvolva uma atividade de pesquisa com a turma. Solicite que os alunos pesquisem as principais festas comemoradas nos espaços públicos da cidade onde vivem. Eles podem pesquisar com seus familiares, nas associações de bairros ou no site da Prefeitura ou da Administração Regional da cidade (com a ajuda de um adulto). Oriente-os a anotar as principais informações no caderno, como: onde e quando a festa é realizada, como ela funciona, quais são suas atividades e o que ela comemora. Em sala, peça que compartilhem suas descobertas com os colegas.
- Enfatize que a rua é um espaço público e, por isso, pode ser utilizada pela comunidade para fins diversos, como a comemoração de festas populares. Comente com os alunos que as ruas também são utilizadas pelas pessoas em manifestações, reivindicações de direitos, comícios em época de eleições, etc. Questione-os a fim de identificar outros atos comunitários realizados nas ruas da cidade onde moram.
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ATIVIDADES
1. Marque um X nas comemorações que geralmente são realizadas em ambiente público.
- X
- X
2. Qual é a principal diferença entre as comemorações que você marcou e as que não marcou? Explique.
As comemorações feitas nas ruas geralmente são públicas, ou seja, qualquer pessoa pode participar. Já as comemorações familiares são restritas a determinados grupos de pessoas com laços biológicos e/ou afetivos.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- As atividades 1 e 2 trabalham a habilidade EF03HI10 ao solicitar que os alunos identifiquem as festas e comemorações promovidas nos espaços públicos, diferenciando-as daquelas realizadas no ambiente doméstico e/ou privado.
- Ao realizar a atividade 1, converse com os alunos sobre as festas realizadas no âmbito familiar pedindo que comentem quais festas e datas comemorativas a família celebra e como elas são (tipo de música, alimentos servidos, rituais, tradições, etc). Caso julgue oportuno e com a autorização dos pais ou responsáveis, peça aos alunos que tragam para a sala de aula fotos de familiares nessas celebrações para mostrar aos colegas.
- Para sistematizar a atividade 2, escreva na lousa uma tabela de duas colunas, para que os alunos copiem no caderno, de modo a diferenciarem festas do ambiente doméstico e comunitário.
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3 Os lugares e o dia a dia das pessoas
No lugar em que vivemos realizamos diferentes atividades durante o nosso dia a dia.
Conheça o cotidiano de duas crianças que vivem em lugares diferentes.
Carolina tem sete anos e vive em uma grande cidade com a família.
Pela manhã, Carolina faz as lições da escola com a ajuda de sua avó Nina, enquanto seus pais estão no trabalho.
Quando precisam comprar alimentos, elas vão até a feira, que fica perto de sua casa.
No período da tarde, Carolina vai para a escola de ônibus escolar, com seus colegas.
Depois do jantar, ela e os pais brincam, se reúnem na sala e conversam sobre o que aconteceu durante o dia de cada um. Antes de dormir, ela gosta de ouvir histórias infantis.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
Os lugares e o dia a dia das pessoas
2 aulas
- Leitura dos textos das páginas 32 e 33.
- Atividades das páginas 34 e 35.
Destaques BNCC
- O assunto abordado nestas páginas reforça a valorização dos diferentes grupos sociais e seus lugares de vivência trabalhado na habilidade EF03GE01 da BNCC.
- Leia com os alunos as legendas das imagens da página 32. Faça perguntas de interpretação:
-
A história que foi narrada é de um dia especial ou de um dia comum na vida de Carolina?
R: Explique aos alunos que as pessoas têm hábitos que se repetem na maioria dos dias. Explique que os termos "cotidianas", "dia a dia", "habituais" são empregados como sinônimos.
-
Pergunte aos alunos:
- Sua rotina é parecida com a de Carolina?
- O que você faz de parecido com ela?
-
O que no seu dia a dia é diferente do cotidiano de Carolina?
R: Respostas pessoais. É importante que os alunos façam as relações entre o que está sendo aprendido e as suas vivências para tornar o novo saber mais signifcativo.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Identificar as atividades realizadas no dia a dia dos alunos.
Como proceder
- Mostre novamente a história narrada na página 32 e chame a atenção dos alunos para o fato de que um dia típico na vida da personagem foi narrado em quatro cenas. Peça a eles que escrevam no caderno as atividades que fazem durante um dia normal da semana. Oriente que eles selecionem quatro cenas significativas. Explique que o conjunto dessas quatro cenas precisa ser suficiente para contar para alguém que não os conhece como é a sua rotina. Distribua folhas de papel sulfite. Peça que os alunos dividam a folha em quatro partes. Em cada quadrículo que se formou, eles deverão desenhar uma cena da sua rotina. Ao final, exponha os desenhos no mural. É interessante os alunos observarem essa "exposição" de modo a comparar as rotinas dos colegas.
33
Pedro também tem sete anos e vive em um sítio com a família.
Pedro acorda bem cedo e, depois de tomar café da manhã, gosta de acompanhar seu pai para cuidar dos animais do sítio. Depois ele se prepara para ir à escola.
Pedro vai caminhando para a escola, que fica próxima de sua casa.
No período da tarde, depois de fazer as lições da escola, ele vai ao pomar pegar frutas e brincar de pião com seus irmãos.
Algumas noites, Pedro se reúne com a família no quintal próximo de sua casa. Antes de dormir, ele gosta de admirar a lua e as estrelas ouvindo sua mãe cantar.
MANUAL DO PROFESSOR
-
Leia com os alunos a história da página 33. Faça perguntas simples sobre o texto para ter certeza de que eles o compreenderam bem. Questione:
-
Pedro e Carolina têm a mesma idade e moram em lugares diferentes. Sendo assim, de acordo com o texto, você acha que os dois têm rotinas parecidas?
R: Espera-se que os alunos identifquem as diferenças entre os meios em que eles vivem para que se introduzam os conceitos de rural e urbano.
-
Seu dia a dia parece mais com o de Carolina ou com o de Pedro? Por quê?
R: Resposta pessoal. Os alunos podem responder o modo como acordam ou vão para a escola, quando e como brincam, etc.
-
- Em seguida, com base na última imagem, peça aos alunos que descrevam como é a rotina em família quando todos estão reunidos. Instigue-os a falar sobre o que eles costumam fazer nesses momentos de confraternização familiar.
34
ATIVIDADES
1. Nas páginas 32 e 33, você conheceu a rotina de Carolina e Pedro, crianças que moram em lugares diferentes. Agora, marque um X nas alternativas, de acordo com o dia a dia de cada criança.
-
Lugar onde Carolina vai com sua avó quando precisam comprar alimentos.
- Mercado.
- X Feira.
-
Lugar onde Pedro vai para brincar com seus irmãos.
- Rio.
- X Pomar.
-
Modo como Carolina vai para a escola.
- De carro.
- X De ônibus escolar.
-
Modo como Pedro vai para a escola.
- De bicicleta.
- X Caminhando.
-
Período do dia em que Carolina estuda.
- Manhã.
- X Tarde.
- Noite.
-
Período do dia em que Pedro estuda.
- X Manhã.
- Tarde.
- Noite.
-
Lugar onde Carolina se reúne com os pais para brincar e conversar.
- Quarto.
- X Sala.
-
Lugar onde Pedro se reúne com a família para admirar as estrelas e ouvir a mãe cantar.
- Perto do pomar.
- X No quintal.
MANUAL DO PROFESSOR
- A atividade 1 proposta nesta página está relacionada com os textos estudados nas páginas 32 e 33.
- Os alunos vão assinalar as respostas conforme a interpretação dos textos, assimilando as atividades do dia a dia realizadas por cada personagem.
- Auxilie-os a assinalar corretamente as alternativas. Em seguida, leia em voz alta as questões com suas respectivas respostas.
- A cada resposta, converse com os alunos perguntando se eles fazem atividades parecidas com as que foram realizadas por Pedro e Carolina. Exemplo: Vocês também vão à feira com a avó? Vocês também vêm à escola caminhando? Vocês também brincam na sala de casa? Reserve este momento de descontração com os alunos, deixando-os livres para comentar sobre suas rotinas.
- Tomar alguns cuidados no dia a dia contribui para uma rotina de vida saudável. Veja o texto a seguir, que tem como objetivo orientar os alunos sobre alguns desses cuidados.
- Incentive as crianças a se preocupar com a saúde. Converse com elas sobre a importância de lavar as mãos, principalmente antes das refeições e depois de ir ao banheiro.
- Torne a higiene mais interessante escolhendo sabonetes de diferentes cores, formatos e perfumes. Produtos que fazem espuma também deixam o banho mais divertido.
- Experimentem fazer bolhas de sabão. Coloquem água morna numa vasilha, acrescentem um pouco de detergente e agitem até formar espuma. Mergulhem a ponta de um canudinho ou caneta vazia na água com sabão e assoprem para ver quem consegue fazer a bolha maior!
- Incentive as crianças a cuidar da higiene dos alimentos. Mostre a elas como separar um pedaço de carne crua, por exemplo, dos outros alimentos que estão na geladeira. Ensine as crianças a conferir a data de validade dos alimentos, como iogurtes e sucos industrializados, antes de consumi-los.
- Lave ou descasque frutas e legumes, como maçãs e cenouras, antes de dar às crianças. Peça ajuda a elas para lavar uvas, ameixas, morangos e outras frutas.
- Fale sobre os germes e como eles são pequenos. Se vocês forem a algum piquenique ou outro lugar onde não seja possível lavar as mãos antes de comer, usem álcool em gel.
HEWITT, Sally; ROYSTON, Angela. Meu primeiro livro sobre o corpo humano. Tradução de Valeria Ramiro. Barueri: Girassol, 2010. p. 146.
35
2. Você já conversou com os colegas sobre como é o lugar onde você vive e também fez o desenho de um lugar que costuma frequentar em seu dia a dia. Agora, escreva um pequeno texto contando as características de um outro lugar que você conhece ou já visitou em uma viagem ou passeio.
Resposta pessoal. Oriente e incentive os alunos a escreverem sobre outros lugares que conhecem ou que já visitaram.
3. Faça um desenho em seu caderno que represente o que você escreveu na resposta anterior.
Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
- Para responder às atividades 2 e 3 desta página, peça aos alunos para comentarem sobre um lugar que visitaram ou que costumam frequentar que os marcou de alguma forma. Instigue-os a contar detalhes acerca das atividades que realizaram no lugar e também a descrevê-lo, mencionando alguns detalhes.
- Após a produção do texto, peça aos alunos que desenhem o lugar descrito. Como sugestão, o desenho também pode ser feito em uma folha de papel sulfite, para que possam expor no mural da sala ou da escola.
Mais atividades
- Descubra um lugar comum de afetividade dos alunos, que pode ser uma praça, um parquinho, um bosque, uma cachoeira, etc. Peça-lhes que descrevam esse lugar e, em seguida, o desenhem. Esta atividade é interessante para salientar que mesmo em um lugar comum de afetividade, as crianças têm seus elementos prediletos, que podem variar num mesmo lugar.
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4 Diversidade de lugares e modos de vida
As pessoas vivem de maneiras diferentes de acordo com o lugar onde moram. Em muitas regiões do nosso país existem populações que se distinguem por suas características culturais e pela preservação de costumes e tradições de seus antepassados. Conheça algumas dessas populações a seguir.
As populações ribeirinhas
As pessoas que vivem nas proximidades dos rios e constroem moradias nesses lugares são conhecidas como ribeirinhas.
As populações ribeirinhas dependem diretamente dos rios. Elas sobrevivem basicamente da pesca, de pequenas criações de animais e também de alimentos cultivados em pequenas plantações.
Os ribeirinhos geralmente vivem em palafitas, que são casas construídas sobre estacas de madeira nas margens dos rios. Sobre as estacas, as casas ficam protegidas das águas dos rios durante as cheias que ocorrem nos períodos mais chuvosos.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
Diversidade de lugares e modos de vida
6 aulas
- Leitura acerca das comunidades ribeirinhas na página 36 e realização de atividade na página 37.
- Leitura e realização de atividades nas páginas 38 a 40.
- Leitura a respeito das comunidades indígenas nas páginas 41 a 43.
- Atividades da página 44.
Destaques BNCC
- O tema abordado nestas páginas contempla a habilidade EF03GE01 da BNCC ao tratar sobre o modo de vida de diferentes povos tradicionais do Brasil, aspectos de sua cultura e as características do lugar onde vivem.
Atividade preparatória
- Faça uma abordagem inicial do estudo, explicando aos alunos que, no Brasil, existem comunidades com diferentes modos de vida.
-
Pergunte aos alunos:
- Vocês já ouviram falar em comunidades ribeirinhas?
- O que são ribeirinhos?
- Em que lugar eles vivem?
- Faça a leitura introdutória desta página e oriente os alunos a encontrarem as respostas.
- Após o diálogo, leia com os alunos o texto da página 37, em que uma menina relata como é sua rotina na comunidade ribeirinha em que vive.
Mais atividades
- Aproveite a temática e monte uma exposição chamada "O mundo dos ribeirinhos".
- Para essa atividade, serão necessárias pesquisas na internet, livros, revistas, etc.
- Divida a classe em quatro grupos. Cada grupo ficará responsável por um elemento relacionado ao modo de vida dos ribeirinhos.
- O resultado final do trabalho será uma exposição de cartazes no mural da escola.
- Para a organização dos trabalhos, sugerimos os seguintes temas para cada grupo:
-
Grupo 1: Deverá pesquisar sobre o estado de Rondônia, elaborando o cartaz com as seguintes informações:
- uma imagem do mapa do Brasil com a localização do estado;
- informações básicas que o grupo considerar relevantes;
- uma imagem da capital de Rondônia, Porto Velho;
- imagens da área de floresta onde Ivaneide mora.
-
Grupo 2: Deverá pesquisar sobre a casa chamada tapiri, elaborando o cartaz com as seguintes informações:
- imagens de tapiri por fora;
- imagens de tapiri por dentro;
- informações básicas sobre essa construção.
-
Grupo 3: Deverá pesquisar sobre os mamíferos que vivem na região da floresta Amazônica, elaborando o cartaz com as seguintes informações:
- imagens de paca;
- imagens de cutia;
- imagens de macacos da região.
-
Grupo 4: Deverá pesquisar sobre as aves da região, elaborando o cartaz com as seguintes informações:
- imagens de maracanã;
- imagens de arara;
- imagens de periquito;
- imagens de gavião.
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Veja como é o modo de vida de uma menina ribeirinha que vive em uma área da Floresta Amazônica, no estado de Rondônia.
[...] A gente mora em uma casa chamada tapiri. Tapiri é assim: são quatro pedaços de madeira comprida cobertos com palha.
Dentro do tapiri só tem as redes e as panelas. Não tem móvel, não tem coisa nenhuma.
No mato a gente não tem brinquedo, tem bichos para brincar. Os brinquedos da gente são a paca, a cotia, o macaco.
E aparecem muitas aves como o maracanã, o periquito, o gavião, a arara. Os animais vêm no quintal de casa. Eles não têm medo nenhum.
Morar aqui é ótimo: a gente come bacuri e cacau no mato, brinca com os bichos. [...]
Crianças do Brasil: suas histórias, seus brinquedos, seus sonhos, de José Santos. Ilustrações de Cláudio Martins. São Paulo: Peirópolis: Museu da Pessoa, 2008. p. 67.
LER E COMPREENDER
1. A menina ribeirinha costuma brincar com quem?
Ela brinca com animais, com paca, cotia e macaco.
2. A menina gosta de morar na floresta? Copie do texto o trecho que confirma sua resposta.
Sim. Morar aqui é ótimo.
3. Assim como essa menina, você também brinca com animais? Quais? Se não, com o que você brinca? Conte aos colegas.Resposta pessoal. Caso os alunos respondam que sim, peça que contem aos colegas com quais animais eles brincam e em quais lugares.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC e PNA
- A proposta do trabalho reconhece os diferentes modos de vida dos povos e comunidades tradicionais em lugares distintos, contemplando o Tema contemporâneo transversal Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras e a habilidade EF03GE03 da BNCC, citada anteriormente.
- Ao interpretarem o texto da página, os alunos desenvolverão os seguintes processos gerais de leitura: localizar e retirar informação explícita de textos, fazer inferências diretas, interpretar e relacionar ideias e informação e analisar e avaliar conteúdos e elementos textuais.
Ler e compreender
- Narrativas em primeira pessoa são histórias em que o narrador relata os fatos e participa dos acontecimentos. A leitura dessas narrativas direciona os alunos ao imaginativo, proporcionando uma interação com a história contada, em que é possível se colocar no lugar do narrador.
Antes da leitura
Comente com os alunos que esta história é contada por uma menina ribeirinha que mora no estado de Rondônia.
Durante a leitura
Ao realizarem a leitura do texto, peça aos alunos que prestem atenção aos nomes de animais e aves citados.
Depois da leitura
Explique que a fauna e a flora da região Amazônica contam com uma enorme biodiversidade, ou seja são muito ricas em espécies de animais e vegetação.
Em seguida, auxilie os alunos na realização das atividades 1, 2 e 3. Para isso, leia novamente o texto com eles e destaque os trechos que apresentam as respostas.
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As comunidades quilombolas
Em várias partes do nosso país existem pessoas que vivem em comunidades quilombolas.
Essas comunidades tiveram origem nos chamados quilombos, povoados formados por africanos e seus descendentes que fugiam das fazendas onde eram escravizados, no período em que havia escravidão no Brasil.
Com o fim da escravidão, essas comunidades também passaram a abrigar escravos recém-libertos e pessoas pobres que não encontravam meios para sobreviver nas cidades. Veja a foto a seguir.
4. Quem formou os primeiros quilombos?
Foram os africanos e seus descendentes que fugiam das fazendas onde eram escravizados.
5. Por que essas pessoas formaram os quilombos?
Elas formaram os quilombos para manter-se distantes das fazendas onde eram escravizados e de onde fugiram.
MANUAL DO PROFESSOR
-
Inicie o estudo do tema explorando o conhecimento prévio dos alunos. Para isso, pergunte a eles:
- Vocês já ouviram falar sobre alguma comunidade quilom-bola? Conhecem alguma?
- Qual é a origem dessas comunidades?
-
Como as pessoas vivem nessas comunidades?
R: Respostas pessoais. Caso os alunos não conheçam comunidades quilombolas, pesquise em livros ou na internet outros exemplos de quilombos e mostre a eles, comparando os modos de vida de cada uma delas.
- Faça a leitura do texto e oriente os alunos a observarem a imagem mostrada nesta página.
- Pergunte a eles quais são as características apresentadas na imagem. A partir dessa análise os alunos poderão responder às atividades 4 e 5, propostas na página.
- Investigue se na turma ou na escola há algum aluno que vive em uma comunidade quilombola ou que tenha ascendência quilombola, ainda que não more em uma comunidade. Em caso positivo, peça a esse aluno que relate como é a sua comunidade ou então explique o que são os quilombolas para os demais alunos conhecerem melhor a sua cultura.
- Aproveite o tema sobre as comunidades quilombolas para falar sobre as condições de vida dos africanos que foram escravizados no Brasil.
- Explique que os africanos trazidos ao Brasil eram capturados por tribos inimigas e enviados para o trabalho escravo nas fazendas.
Mais atividades
- Pesquise informações sobre comunidades quilombolas no município da escola. Em caso de inexistência, faça uma pesquisa sobre as comunidades quilombolas existentes no estado.
- Providencie imagens dessas comunidades e colha informações como localização, número de moradores, atividades econômicas de seus habitantes, manifestações culturais e artísticas, etc.
- Apresente o resultado dessa pesquisa para os alunos e aprofunde o conhecimento deles sobre esse conteúdo, auxiliando-os no que diz respeito ao reconhecimento de comunidades próximas ao lugar onde vivem.
39
A cultura quilombola
Nos antigos quilombos a vida era diferente. De acordo com seus costumes, os moradores caçavam, pescavam, criavam animais e cultivavam lavouras para garantir o sustento. Assim, conseguiram sobreviver nessas terras mesmo após o fim da escravidão.
Hoje, os descendentes dos africanos que foram escravizados ainda vivem nessas áreas e lutam pelo direito de continuar morando nelas.
Em todo o Brasil existem mais de 2 mil comunidades quilombolas, sendo que algumas já garantiram seus direitos sobre as terras em que vivem. Essas comunidades preservam costumes e tradições, mantendo viva sua cultura por meio das danças, músicas, manifestações artísticas e religiosas. Veja alguns exemplos.
6. Como viviam os quilombolas no passado?
Os quilombolas caçavam, pescavam, criavam animais e cultivavam lavouras para garantir o sustento.
7. Em sua opinião, os quilombolas devem ter o direito de continuar morando nas terras em que seus antepassados viveram? Justifique sua resposta.Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
- Faça a leitura do texto e explique que nessas comunidades os moradores praticam atividades de subsistência, como o artesanato, o cultivo de alimentos, a criação de animais para o sustento da comunidade, entre outras atividades.
- Comente as dificuldades enfrentadas por essas comunidades para permanecerem em suas terras, uma vez que muitos defendem a sua utilização para outros fins.
- Ressalte que essa é uma importante resistência para a conservação do patrimônio histórico e cultural de nosso país.
- Oriente os alunos a observarem as imagens desta página. Questione-os sobre o que está sendo apresentado.
- Explique que nas comunidades quilombolas são realizadas festas tradicionais da cultura africana e também são produzidos objetos artesanais. A partir dessa análise os alunos poderão responder às atividades 6 e 7, propostas na página.
- Ressalte que todas essas ações possuem raízes culturais africanas que são conservadas em nossa cultura.
- Comente que essas são maneiras de manter viva a cultura desses povos que, apesar da enorme contribuição para a formação da cultura brasileira, nem sempre têm recebido a devida valorização.
Amplie seus conhecimentos
- Veja, a seguir, sugestões de referências complementares, para enriquecer seus conhecimentos.
- Para obter informações históricas e atuais sobre a formação e o dia a dia dos povos quilombolas no Brasil, acesse o site a seguir. Fundação Cultural Palmares. Disponível em: https://oeds.link/mWbnPo. Acesso em: 8 jun. 2021.
- Para mostrar como era a terrível viagem dos escravos a bordo dos navios negreiros, utilize as imagens da matéria disponível em: https://oeds.link/n9t2xR. Acesso em: 8 jun. 2021.
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Os quilombolas lutam até os dias atuais para terem suas terras reconhecidas e comunidades tituladas. Somente com a titulação, feita pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), essas comunidades podem ter acesso a programas do governo para melhorar a qualidade de vida de seus moradores.
Observe no mapa a localização de algumas comunidades quilombolas no Brasil.
Fonte: Comissão Pró-Índio de São Paulo. Disponível em: https://oeds.link/H6tPbP. Acesso em: 16 jan. 2021.
8. O que esse mapa indica a respeito da situação das comunidades quilombolas em 2020?De acordo com o mapa, em 2020, havia 181 terras quilombolas regularizadas pelo Incra e 1767 em processo de regularização. Isso indica que a maioria das comunidades não tem suas terras reconhecidas pelo Incra, portanto não tem acesso a programas do governo.
MANUAL DO PROFESSOR
- Na atividade 8, auxilie os alunos a interpretarem o mapa. Mostre-lhes as cores das legendas e leia com eles a que tipo de territórios elas fazem referência. Verifique se os alunos apresentam dúvidas quanto a isso antes de iniciar a atividade.
- Comente com os alunos que, atualmente, o termo "quilombo" se refere a uma categoria jurídica empregada pelo Estado nacional brasileiro, um conceito aplicado desde a Constituição de 1988 e por meio do qual se passou a reconhecer os direitos das comunidades quilombolas. Entre esses direitos, o principal é o de essas comunidades poderem ter reconhecida a propriedade das terras nas quais desenvolveram suas trajetórias históricas, com referências ancestrais que datam do período escravocrata. Esse tipo de esclarecimento é fundamental para que os alunos compreendam que nem sempre os direitos dessas comunidades foram aceitos pelo Estado brasileiro; ou seja, a situação vivida a partir de 1988 é fruto de lutas e conquistas sociais, de mobilizações que se fizeram em um longo processo histórico.
- Um dado fundamental a se destacar acerca das comunidades quilombolas é que elas devem ser autodefinidas enquanto tais. Dessa forma, para além de terem, necessariamente, que possuir uma trajetória de luta contra a opressão, uma relação com um determinado território no qual se desenrolou sua história e uma presunção de ancestralidade negra, o que não significa dizer que todos os quilombolas devam ser afrodescendentes, é a autoidentificação dos sujeitos e das comunidades com esses critérios que os torna efetivamente quilombolas.
Mais atividades
- Proponha uma pesquisa sobre as comunidades quilombolas existentes no município ou na região onde os alunos vivem. Caso seja possível e viável, com a autorização dos pais ou responsáveis, organize uma visita a alguma dessas comunidades, o que permitirá aos alunos conhecerem melhor e pessoalmente a realidade dos quilombolas.
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As comunidades indígenas
Atualmente, no Brasil, existem cerca de 200 povos indígenas vivendo em diferentes estados.
Os povos indígenas que vivem no Brasil apresentam muitas diferenças entre si, por exemplo, na língua que falam, nas atividades que praticam, nas festas que realizam e também em suas crenças.
Muitos desses povos vivem em aldeias, localizadas nas florestas, e retiram da natureza grande parte do que necessitam para viver.
Em geral, os povos indígenas que vivem atualmente no Brasil conservam vários costumes que herdaram de seus antepassados. Entre esses costumes estão a maneira de construir as moradias e organizar a aldeia, de preparar os alimentos, realizar festas, plantar e colher, caçar, pescar e coletar os frutos e as raízes, extraindo da natureza somente aquilo de que necessitam para viver. Observe as imagens a seguir.
- timbó:
- planta jogada na água dos rios para deixar os peixes atordoados, mais fáceis de serem pescados com as mãos
MANUAL DO PROFESSOR
- Uma sugestão para iniciar o estudo sobre as comunidades indígenas é organizar com os alunos uma roda de conversa sobre o tema.
- Pergunte à classe o que conhece sobre o modo de vida dos povos indígenas. Conforme os alunos forem citando, liste o que eles disserem na lousa, como forma de registrar o conhecimento prévio que possuem sobre o tema.
- Na sequência, peça que acompanhem a leitura do texto e, em seguida, pergunte a eles:
-
Falamos sempre em "indígenas", como se fossem todos iguais. Será que vivem do mesmo jeito, pertencem todos à mesma cultura, ao mesmo povo?
R: Espera-se que os alunos relatem que não. Para encontrar as respostas, ofereça meios (internet, livros) para que eles pesquisem as características dos povos indígenas presentes em nosso país atualmente.
- Conduza a discussão para os pontos que os povos indígenas têm em comum quanto à sua forma de viver.
- Após o levantamento das informações, peça aos alunos que apresentem os resultados obtidos na pesquisa. Eles vão perceber que existem muitos povos de origens, línguas e culturas distintas.
- Aproveite a oportunidade para comentar que a maior concentração de povos indígenas encontra-se localizada na região da floresta Amazônica, embora existam comunidades indígenas espalhadas por todos os estados brasileiros.
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O trabalho em comunidade
Por meio do trabalho, os povos indígenas constroem suas casas e obtêm os alimentos e vários materiais que utilizam no dia a dia.
O trabalho nas aldeias indígenas é dividido entre os homens e as mulheres. Em algumas aldeias, os homens são encarregados da caça e da pesca.
Também são os homens que retiram as árvores das matas, abrindo clareiras onde, geralmente, constroem moradias ou onde serão formadas as roças. Essas roças são pequenas lavouras de milho, mandioca, entre outros alimentos consumidos na aldeia e que precisam ser plantados.
Com a madeira das árvores, eles fazem canoas, arcos, flechas e outros instrumentos e utensílios que utilizam em seu dia a dia.
- clareiras:
- área no interior de uma floresta ou bosque, que apresenta poucas árvores
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos expressem suas observações, que podem ser acerca da vestimenta, do instrumento ou da postura do indígena em meio à caça.
MANUAL DO PROFESSOR
- Oriente os alunos a primeiramente observarem as imagens desta página e da página seguinte. Questione-os sobre o que identificam nelas. Conclua dizendo que em ambas as imagens são mostrados indígenas exercendo atividades de trabalho. A partir dessa análise os alunos poderão responder à atividade 9, proposta na página.
- Para auxiliar os alunos, segue um texto com informações sobre a recente distribuição indígena no território brasileiro.
A atual população indígena brasileira, segundo dados do Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, é de 896,9 mil indígenas. De acordo com a pesquisa, foram identificadas 305 etnias [...]. Também foram reconhecidas 274 línguas. Dos indígenas com 5 anos ou mais de idade, 37,4% falavam uma língua indígena e 76,9% falavam português.
Os Povos Indígenas estão presentes nas cinco regiões do Brasil, sendo que a região Norte é aquela que concentra o maior número de indivíduos, 342,8 mil, e o menor no Sul, 78,8 mil.
Do total de indígenas no País, 502.783 vivem na zona rural e 315.180 habitam as zonas urbanas brasileiras. Segundo o censo, 36,2% dos indígenas vivem em área urbana e 63,8% na área rural. [...]
FIOCRUZ. Canal Saúde. No Brasil, população indígena é de 896,9 mil. Disponível em: https://oeds.link/6lPTKf. Acesso em: 30 jun. 2021.
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As mulheres são encarregadas do preparo dos alimentos, do cuidado com os filhos pequenos e da criação de alguns animais.
Em algumas aldeias, são elas que cultivam as roças. Além do trabalho na agricultura, as mulheres também trabalham na coleta de frutas, raízes e folhas que se desenvolvem naturalmente nas áreas de mata das proximidades e completam a alimentação das pessoas que vivem na aldeia.
10. Nas aldeias indígenas, os homens geralmente são encarregados de realizar quais atividades?
Atividades de caça, pesca, abertura de clareiras para construção de moradias e formação das roças.
11. Quais atividades as mulheres geralmente praticam em algumas aldeias indígenas?
As mulheres preparam os alimentos, cuidam dos filhos e da criação de alguns animais. Também podem trabalhar na agricultura e na coleta de frutas, raízes e folhas.
12 . As mulheres e os homens do lugar onde você vive têm atribuições diferentes no dia a dia? Converse com os colegas sobre isso.Resposta pessoal. Oriente-os a descrever a divisão do trabalho entre homens e mulheres no lugar onde vivem. Peça-lhes que reflitam sobre essa divisão de tarefas.
MANUAL DO PROFESSOR
- Oriente os alunos a perceberem que, assim como nas comunidades quilombolas, as mulheres também têm importante papel na sociedade indígena. Aproveite o diálogo para destacar que ambas as comunidades possuem suas organizações nas atividades de trabalho, o que garante a sobrevivência de todos os membros.
- Peça aos alunos que comparem o modo de trabalho das pessoas do lugar onde vivem com o modo de trabalho das comunidades indígenas.
- Auxilie-os nessa comparação, ressaltando que nas comunidades indígenas tanto os homens quanto as mulheres exercem suas atividades em meio a florestas, extraindo produtos da natureza e também plantando alimentos em pequenas roças, como é o caso de algumas aldeias.
- Com essa análise os alunos poderão responder às atividades 10, 11 e 12, propostas na página. Se necessário, leia novamente o texto para os alunos destacando os trechos que apresentam as respostas.
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ATIVIDADES
1. Estudamos sobre povos que vivem em diferentes lugares e mantêm modos de vida diferentes. Vamos comparar com o seu modo de vida?
- O lugar onde você vive ou seu modo de vida é semelhante ou muito diferente dos modos de vida mostrados entre as páginas 36 a 43?
Represente, em forma de desenho, algum aspecto do seu modo de vida que se assemelha ou que se diferencia dos modos de vida estudados. Após desenhar, produza uma legenda explicando sua representação.
Resposta pessoal. Caso os alunos façam parte de alguma dessas comunidades, espera-se que representem algum aspecto de seu modo de vida. Alguns alunos podem apresentar desenhos e legendas que representem aspectos semelhantes aos lugares ou modo de vida dos povos estudados, como viver na área rural ou parentes que trabalham em atividades semelhantes, como agricultura, pesca ou extrativismo vegetal. Caso vivam de maneira bem diferente, como no espaço urbano, inclusive em alguma cidade grande, peça que expressem alguma diferença como brincar em uma praça ou quadra da escola, fazer seus deslocamentos por ruas e trânsito congestionado, morar em um prédio de apartamentos ou visitar o shopping center como atividade de lazer.
MANUAL DO PROFESSOR
- Na realização da atividade 1, oriente os alunos na elaboração dos desenhos que serão feitos por eles para ilustrar o seu modo de vida.
- Alguns alunos podem apresentar desenhos e legendas que representem aspectos semelhantes aos lugares ou modo de vida dos povos estudados, como viver na área rural ou parentes que trabalham em atividades semelhantes, como agricultura, pesca ou extrativismo vegetal.
- Caso vivam de maneira bem diferente, como no espaço urbano, inclusive em alguma cidade grande, peça que expressem algumas diferenças, como brincar em uma praça ou quadra da escola, fazer seus deslocamentos por ruas e trânsito congestionado, morar em um prédio de apartamentos ou visitar o shopping center como atividade de lazer.
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O QUE VOCÊ ESTUDOU?
1. Faça uma descrição da rua da sua escola.
Resposta pessoal. Oriente os alunos na descrição perguntando-lhes, por exemplo, se a rua é asfaltada ou não, se há casas residenciais ou estabelecimentos comerciais. Eles também podem citar se há árvores, como é a situação das calçadas e da sinalização.
2. Complete a cruzadinha com estabelecimentos das ruas.
- Local onde as pessoas moram, com mais de um andar.
- Espaço de lazer onde há árvores, bancos e pista de passeio.
- Local onde as pessoas compram alimentos, produtos de limpeza, verduras e diversos tipos de mercadoria.
- Loja que vende remédios e produtos para a saúde.
- Estabelecimento onde se vendem diversos tipos de carne.
- Espaço onde as pessoas sentam para comer e conversar.
- Local que vende pães e outros alimentos.
- Lugar destinado ao ensino e à aprendizagem.
PNA
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
4 aulas
- Avaliação de processo.
O que você estudou?
1 Objetivo
- Descrever elementos presentes na rua da escola.
Como proceder
- Para auxiliar os alunos na atividade, verifique a possibilidade de tirar fotos com eles da rua da escola. Para isso, com a devida autorização dos pais e responsáveis, leve-os para um passeio no entorno da escola e fotografe alguns elementos da rua. Peça aos alunos que indiquem a você alguns aspectos interessantes de serem fotografados na rua da escola. Depois, analisem em conjunto as fotos com um equipamento de mídia na sala de aula e oriente-os a analisar de forma mais detalhada os elementos da rua da escola para que possam realizar a atividade proposta. Verifique de modo individualizado as respostas dos alunos, indicando a eles nas fotos que elementos faltaram em suas descrições ou como podem aperfeiçoar suas produções escritas.
2 Objetivo
- Retomar os principais estabelecimentos e espaços que caracterizam as ruas.
Como proceder
- Esta atividade possibilita verificar se os alunos compreenderam os conceitos relacionados aos estabelecimentos presentes nas ruas. Oriente-os a retomar as páginas 26 e 27, caso tenham dificuldade para resolver a cruzadinha. Faça a correção desta atividade na lousa com a turma toda solicitando aos alunos que digam o que escreveram em cada espaço. Nesse momento, conforme for fazendo a correção, retome os conteúdos referentes às ruas e à convivência nesse espaço.
- Esta atividade, ao abordar a formação de palavras, propicia o desenvolvimento do componente consciência fonêmica.
3 Objetivo
- Identificar os lugares frequentados no dia a dia e a afetividade com o espaço vivido.
Como proceder
Peça aos alunos para lerem as frases da atividade. Sugira, a partir da leitura das frases, que os alunos as completem com as palavras que melhor se encaixam na descrição de cada uma. A atividade é relevante para a fixação das funções dos diferentes lugares que estão presentes no dia a dia dos alunos.
4 Objetivo
- Conhecer o modo de vida de povos tradicionais, como ribeirinhos, indígenas e quilombolas, valorizando e respeitando os diferentes modos de vida.
Como proceder
- Esta atividade traz noções de leitura de legendas cartográficas, uma vez que os alunos precisam associar a cor do comando à frase correspondente. Peça aos alunos para lerem as frases da atividade e, oralmente, identificar à qual comunidade a frase se refere. Em seguida, peça que eles pintem de acordo com o que está descrito na legenda.
5 Objetivo
- Conhecer o modo de vida de povos tradicionais, como as comunidades caiçaras, valorizando e respeitando os diferentes modos de vida.
Como proceder
- Peça aos alunos para fazerem a leitura silenciosa do texto e grifar as palavras que possivelmente não conheçam. Após a pesquisa das palavras desconhecidas, façam a leitura e a interpretação conjunta do texto utilizando as perguntas da página.
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3. Complete as frases escrevendo o nome dos lugares que estão indicados no quadro a seguir.
cinema · hospital · escola · mercado correios · floricultura · livraria
- Para fazer compras: mercado.
- Para cuidar da saúde: hospital.
- Para estudar: escola.
- Para assistir filmes: cinema.
- Para comprar livros: livraria.
- Para enviar correspondências: correios.
- Para comprar flores: floricultura.
4. Marque os quadrinhos de acordo com a legenda.
- Quilombolas
- Caiçaras
- Ribeirinhos
- Indígenas
-
Vivem próximos aos rios, em casas construídas sobre palafitas. C
-
Comunidades que descendem de africanos escravizados. A
-
Vivem em aldeias e retiram o sustento da natureza. D
-
Comunidades de pescadores que vivem no litoral. C
-
Embora algumas dessas comunidades já tenham conquistado seus direitos sobre as terras em que vivem, muitas ainda lutam para ter esse direito e para que suas comunidades sejam tituladas. A
-
Geralmente, o trabalho diário nessas comunidades é dividido, com tarefas específicas para os homens e para as mulheres. D
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5. Leia o texto a seguir e observe a fotografia. Depois, responda às questões.
As comunidades caiçaras
Em áreas do litoral dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, existem pequenas comunidades de pescadores que se formaram desde os tempos da colonização portuguesa.
Os moradores dessas comunidades são chamados caiçaras e sobrevivem basicamente da pesca artesanal, atividade que envolve o trabalho de toda a comunidade. As famílias caiçaras também se dedicam ao cultivo de pequenas roças, plantando, por exemplo, mandioca, feijão, arroz, banana, entre outros alimentos.
Vivendo em suas comunidades, os caiçaras preservam costumes e tradições herdados de seus antepassados.
Texto dos autores.
-
Onde vivem algumas comunidades caiçaras citadas no texto?
Em áreas do litoral dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
-
Do que os caiçaras sobrevivem?
Os caiçaras sobrevivem da pesca artesanal e do cultivo de pequenas roças.
-
Compare e aponte semelhanças e diferenças entre a paisagem do lugar onde você vive e o lugar mostrado na fotografia.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem semelhanças como vegetação, praia, relevo, moradias e presença de embarcações ou diferenças como avenidas congestionadas, edifícios, estabelecimentos comerciais, etc.
MANUAL DO PROFESSOR
Conclusão da unidade 1
Com a finalidade de avaliar o aprendizado dos alunos em relação aos objetivos propostos nesta unidade, desenvolva as atividades do quadro a seguir. Esse trabalho favorecerá a observação da trajetória, dos avanços e das aprendizagens dos alunos de maneira individual e coletiva, evidenciando a progressão ocorrida durante o trabalho com a unidade.
Dica
Sugerimos que você reproduza e complete o quadro da página 14 - MP deste Manual do professor com os objetivos de aprendizagem listados a seguir e registre a trajetória de cada aluno, destacando os avanços e as conquistas.
Objetivos | Como proceder |
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Divida o quadro em várias partes e, em cada uma delas, escreva o nome de um lugar que os alunos possivelmente frequentam. Utilizando o recurso brainstorm, peça aos alunos para comentarem quais são as atividades que praticam em cada um desses lugares. Pergunte também qual é a afetividade que eles têm com esses lugares. |
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Produza com os alunos coletivamente um painel em papel kraft com o desenho de uma "rua ideal". Para isso, primeiro, retome com os alunos o que é uma rua, quais as características que eles considerem fundamentais nesse espaço e os profissionais que circulam ali. Incentive a criatividade dos alunos para que eles escolham um nome para sua "rua ideal", retratando com desenhos aquilo que discutiram e que deve fazer parte de uma rua. |
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Oriente os alunos a confeccionar cartazes chamativos para a conscientização do cuidado com o meio onde vivem. Em grupos de três alunos, peça que elaborem frases de efeito que chamem a atenção dos outros colegas para o cuidado que devem ter com o espaço de vivência deles, seja público ou privado. |
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Leve para a sala de aula alguns vídeos de festas e celebrações de rua e assista com os alunos. Esse material pode ser encontrado em sites de busca. Conforme os vídeos forem passando, faça perguntas para averiguar a aprendizagem dos alunos, como: "Onde essas festas estão ocorrendo?"; "Como as pessoas estão vestidas?"; "Você já foi a uma celebração como essa?"; "Por que essa festa é importante para a comunidade?". Faça esses questionamentos oralmente conforme for apresentando os vídeos e verifique se os alunos possuem dúvidas quanto ao assunto abordado. |
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Oriente os alunos numa pesquisa sobre as raízes culturais da cidade onde vivem. Peça que pesquisem quais foram os fundadores do município e o legado histórico-cultural que eles deixaram (festas e comidas típicas, expressões linguísticas, entre outros). Após a pesquisa, oriente os alunos na construção de cartazes acerca das informações encontradas. |
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Organize uma visita a uma comunidade de povos tradicionais próximo ao seu local de vivência. Elabore um roteiro para entrevista previamente e entregue aos alunos. Explique que cada um deles escolherá um integrante da comunidade para fazer perguntas breves, a fim de conhecer o modo de vida das pessoas desse lugar. Converse com o líder da comunidade para que mostre ao grupo como são realizadas as principais atividades naquele local. Para finalizar, peça aos alunos para produzirem um texto contando os fatos que mais lhes chamaram a atenção na comunidade visitada. Caso não seja possível a realização de uma visita, apresente aos alunos informações sobre comunidades tradicionais do estado onde vivem e promova uma roda de conversa sobre o tema, destacando e valorizando o modo de vida dessas populações. |