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1 Minha escola é assim
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução da unidade 1
Esta unidade retoma o trabalho com a alfabetização cartográfica e amplia as noções de relações espaciais e topológicas. Os conteúdos abordados estão voltados ao desenvolvimento cognitivo dessas noções, de forma que os alunos sejam capazes de representar espaços tridimensionais em um plano, com base em estratégias pedagógicas, como a construção de maquete.
Além disso, são desenvolvidas noções acerca da importância do aprendizado escolar para a realização das atividades do dia a dia, bem como da relação entre as ações cotidianas e os períodos do dia.
Esta unidade também discorre sobre a leitura de paisagens, de modo que os alunos estejam aptos a reconhecerem, por meio da observação de imagens e pinturas, tanto as características quanto as mudanças ocorridas no espaço geográfico. Desse modo, as atividades desta unidade, além de possibilitar o trabalho com diversos temas, propiciam o desenvolvimento dos seguintes objetivos de aprendizagem.
Objetivos
- Compreender que os conhecimentos aprendidos e desenvolvidos na escola são aplicados em atividades cotidianas.
- Relacionar as diferentes atividades cotidianas ao ritmo do dia e da noite e à passagem do tempo.
- Identificar e localizar os diferentes espaços que fazem parte da escola.
- Verificar por meio da observação de imagens que os lugares podem passar por transformações ao longo do tempo.
- Exercitar a lateralidade por meio da localização de objetos e pessoas na sala de aula (direita, esquerda, frente e atrás).
- Analisar os objetos de uma sala de aula a partir das visões frontal, oblíqua e vertical.
- Identificar a representação da sala de aula por meio de plantas e maquetes.
Pré-requisitos pedagógicos
Para desenvolverem as atividades e os objetivos propostos na unidade 1, é importante que os alunos apresentem conhecimentos introdutórios sobre o espaço escolar, bem como suas atividades e interações sociais.
Destaques PNA
- Ao longo da unidade foram sugeridas atividades que levam os alunos a levantarem hipóteses, exporem opiniões, relatarem experiências e expressarem suas ideias sobre os assuntos abordados. Essas atividades ampliam o vocabulário dos estudantes, melhoram a qualidade da escrita e a compreensão de textos e incentivam a interação oral, contribuindo, assim, para o trabalho com os componentes da PNA desenvolvimento de vocabulário, produção de escrita e compreensão de textos.
Mais atividades
Segue sugestão de atividade que auxilia o trabalho com os conceitos e temas desta e das demais unidades do volume. Essa atividade favorece o desenvolvimento de diferentes habilidades com os alunos. Toda introdução de unidade traz sugestões como essa.
Ativação de conhecimento prévio
São atividades constituídas principalmente de questionamentos, em sua maioria, orais. Elas resgatam e exploram os conhecimentos prévios dos alunos, estimulando sua participação e despertando seu interesse pelos assuntos que estão sendo estudados. Principais habilidades desenvolvidas: recordar, refletir, reconhecer, relatar, respeitar opiniões divergentes e valorizar o conhecimento do outro.
- Atividades que envolvem o cultivo de plantas auxiliam no senso de responsabilidade e no desenvolvimento da inteligência emocional, uma vez que os alunos acompanham o crescimento delas e podem cuidar para que elas se desenvolvam.
- O ambiente escolar deve contribuir para um ensino que propague ideias e incentive comportamentos sociais voltados à promoção da ética e da justiça. A seguir, leia um texto sobre as diferenças de acesso à educação formal.
Na atualidade, o discurso da educação inclusiva tomou conta do cenário nacional e, de maneiras variadas na forma de políticas, leis e práticas pontuais esse discurso perpassa nosso sistema educacional. No entanto, o entendimento do que vem a ser educação inclusiva é muito variado e denota contradição. A educação como um direito de todos garantida através da democratização do ensino, por si só, deveria ser inclusiva, uma vez que o termo "todos" não admite exclusões. [...]
[...] O problema existe quando a diferença instrui desigualdade. Por exemplo, é a situação em que, em referência a uma pessoa que é portadora de algum tipo de deficiência, ou que tem uma determinada vinculação religiosa, ou, ainda, que apresenta uma cor de pele diferenciada, a sociedade oferece um tratamento diferenciado a essas pessoas em função de sua natureza, de suas características, de suas opções. Trata-se, portanto, de estar em um campo de alto risco, em que a diferença fundamenta a desigualdade (Bursztyn, 2007, p. 39-40).
[...] a escola tem que acolher os diferentes e criar mecanismos para sua participação. Este conceito tem sido cada vez mais difundido e adjetivamos a educação, de inclusiva, para marcar que ela deverá assumir aqueles que historicamente foram excluídos do sistema comum de ensino e criar condições, mesmo que isso signifique total reestruturação do sistema proposto, para garantir sua participação..
[...]
CARNEIRO, Relma Urel Carbone. Educação especial e inclusão escolar: desafios da escola contemporânea. Cadernos de Pesquisa em Educação, Espírito Santo, n. 43, 2017. p. 72-73.
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Nas escolas há lugares onde podemos aprender e também nos divertir. E na sua escola, também é assim?
CONECTANDO IDEIAS
1. Onde as crianças mostradas na foto estão? O que elas estão fazendo?
As crianças estão em uma escola cuidando de uma horta.
2. Na escola onde você estuda existem atividades como essa? O que você aprende com elas?
3. Você gosta da escola onde estuda? Por quê?
2 e 3: Respostas pessoais. Comentários nas orientações ao professor.
MANUAL DO PROFESSOR
Conectando ideias
- Verifique se os alunos percebem que elas estão realizando uma atividade pedagógica, com a qual podem aprender e também se divertir. Aponte que o lugar é uma área externa da escola e arborizado. Ajude-os a analisar e descrever a atividade: as crianças estão, com o auxílio da professora, regando uma pequena horta. Vários aspectos são relevantes na imagem apresentada: a socialização promovida pelo trabalho em grupo; o desenvolvimento das habilidades motoras para organizar a atividade; a conscientização ecológica.
- Espera-se que os alunos respondam que sim, uma vez que é possível aprenderem sobre diversos conteúdos e conhecimentos que podem ser aplicados no dia a dia deles. Caso algum aluno responda negativamente, comente sobre as atividades pedagógicas realizadas no ano anterior e explique outras atividades que serão desenvolvidas no decorrer do ano. Nesse momento, planeje uma visita pela escola para que os alunos possam se familiarizar com espaços pouco frequentados por eles.
- Permita aos alunos se manifestarem livremente. Aproveite esse momento para verificar a afetividade deles em relação à escola em que estudam.
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1 Escola: lugar de aprender e ensinar
Em nosso dia a dia, usamos muitos conhecimentos importantes que adquirimos na escola. Veja os exemplos.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
Escola: lugar de aprender e ensinar
3 aulas
- Observação e análise das páginas de abertura e realização das atividades orais das páginas 8 e 9.
- Leitura e discussão da página 10.
- Atividades da página 11.
- Atividades do dia a dia nas páginas 12 e 13.
Atividade preparatória
- Aproveite as ilustrações e pergunte aos alunos se, assim como a personagem, eles também já aprenderam a ler e escrever, contar e observar o lugar onde vivem. Incentive-os a descrever situações em que usaram esses conhecimentos, compartilhando as próprias vivências com os colegas.
- Destaque a importância desses conhecimentos para a vida cotidiana.
- As cenas representam vivências diárias e o entendimento delas pode ser facilitado com base no conhecimento sistematizado durante as aulas. Pretende-se com esta atividade demonstrar como os aprendizados na escola são significativos para os alunos conviverem em sociedade e compreenderem a realidade do local onde vivem.
- O conteúdo proposto nestas páginas busca valorizar o conhecimento adquirido ao longo da vida escolar.
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ATIVIDADES
1. Relacione as fotos aos conhecimentos que adquirimos na escola.
A
B
C
D
- D Ler e escrever.
- B Praticar atividades físicas.
- C Cuidar do meio ambiente.
- A Fazer cálculos.
MANUAL DO PROFESSOR
- Oriente os alunos na realização da atividade 1. Explique que as letras indicadas nas fotos devem ser escritas nos conhecimentos destacados abaixo. Verifique se os alunos conseguiram relacionar as fotos aos conhecimentos descritos.
Mais atividades
- Divida a sala em quatro grupos. Escreva em quatro pedaços de papel as alternativas da atividade: ler e escrever; cuidar do meio ambiente; praticar atividades físicas; fazer cálculos.
- Depois, sorteie os pedaços de papel. Cada grupo deverá demonstrar por meio de desenhos ou dramatizar situações que contextualizem esse aprendizado. Por exemplo:
- Fazer cálculos: os alunos podem representar uma cena em uma feira em que devem fazer cálculos e contar as dúzias dos alimentos.
- Ler e escrever: o grupo pode fazer a leitura de um livro, das regras de um jogo, de placas de rua, dos comandos de um jogo eletrônico, de propagandas, etc.
- Praticar atividades físicas: os alunos podem propor ao restante da turma brincadeiras variadas que exijam o movimento do corpo, como dança e esportes em geral.
- Cuidar do meio ambiente: o grupo pode desenhar ou dramatizar situações que demonstrem atitudes como: conservar os espaços públicos, reduzir a quantidade de lixo produzida, não desperdiçar água, economizar energia, entre outras.
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As atividades do dia a dia
O dia é dividido em três períodos:
Manhã.
Tarde.
Noite.
Em cada um desses períodos, fazemos atividades diferentes.
Observe as atividades que Paula realiza em cada período do dia.
Procure chegar pontualmente à aula.
Pela manhã, Paula vai à escola. Depois do almoço, no período da tarde, ela brinca com seus amigos perto de casa. À noite, após o jantar, ela dorme em seu quarto.
- Identifique em que período do dia Paula realiza cada uma das atividades mostradas nas cenas. Escreva a letra correspondente de acordo com a legenda.
M - Manhã.
T - Tarde.
N - Noite.
M
N
T
MANUAL DO PROFESSOR
- Espera-se que os alunos percebam a importância do senso de organização para realizar com sucesso as atividades. Organizar a mochila, os materiais escolares e o uniforme no dia anterior, por exemplo.
- Oriente os alunos na realização da atividade proposta na página. Os alunos devem escrever em cada cena as letras correspondentes ao período do dia conforme o personagem do texto descreve sua rotina.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Compreender a noção que os alunos têm em relação à própria rotina.
Como proceder
-
Antes de iniciar a leitura do texto, faça um reconhecimento prévio a respeito do domínio que eles têm sobre a organização da própria rotina. Aproveite o título da página para fazer as seguintes perguntas aos alunos:
a. A que horas você chega à escola?
R: Resposta pessoal. Comente com os alunos sobre a importância de chegar no horário ou um pouco antes do início das aulas, para que possam se organizar antes de o professor entrar na sala de aula.
b. A que horas começa a primeira aula?
R: Resposta pessoal. Auxilie os alunos a responderem a essa questão, caso não se lembrem do horário.
c. Você considera o trajeto de sua moradia até a escola muito longo?
R: Resposta pessoal. Instigue-os a pensar no tempo que se passa entre a saída da moradia e a chegada à escola. Essa percepção poderá variar caso os alunos façam esse percurso a pé, usando algum meio de transporte ou de acordo com o trânsito.
d. Você passa o dia todo na escola?
R: Resposta pessoal. Caso os alunos respondam negativamente, questione-os sobre as atividades que eles realizam quando não estão na escola.
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ATIVIDADES
1. Ligue cada atividade ao período do dia em que você a realiza.
Resposta pessoal. Oriente os alunos a pensarem sobre suas rotinas para responderem a essa questão. Diga-lhes que algumas atividades podem ser realizadas em mais de um período do dia.
- Fico com as pessoas da minha família.
- Brinco com meus amigos.
- Assisto à televisão.
- Vou à escola.
- Tomo banho.
- Faço as tarefas da escola.
- Durmo.
2. Entre as atividades anteriores, você costuma realizar alguma delas em mais de um período do dia? Qual?
Resposta pessoal. Auxilie os alunos na escrita, caso considere necessário.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- Nas atividades 1 e 2, os alunos são convidados a refletirem sobre a própria rotina e as atividades individuais e sociais, assim como os períodos em que elas são desenvolvidas. Além disso, eles podem inferir sobre as atividades coletivas e aquelas que devem fazer sozinhos. Dessa forma, contribui-se para a assimilação e o desenvolvimento da habilidade EF02GE06, uma vez que se busca relacionar o dia e a noite a diferentes tipos de atividades sociais (horário escolar, lazer, sono etc.).
Acompanhando a aprendizagem
- O conteúdo desta página tem como objetivo levar os alunos a reconhecerem as atividades que realizam diariamente e entenderem como elas estão organizadas ao longo do dia.
- Solicite a eles que caracterizem os períodos do dia: o amanhecer, com o predomínio da claridade solar ao longo do dia, e o entardecer e o anoitecer, como o início da ausência de luz solar, com a lua e as estrelas no céu. É importante despertar a percepção ambiental, uma vez que eles passam a observar e a sentir o ambiente físico e suas mudanças.
- Nesta atividade, os alunos podem reconhecer os próprios gostos e preferências. É importante destacar que tanto o planejamento quanto a disciplina são estratégias para podermos desfrutar melhor das atividades que realizamos e daquelas pelas quais somos responsáveis, por exemplo, arrumar o quarto ou fazer a lição de casa.
- Há alguma atividade que não possa ser realizada em outro período? Por quê? Por exemplo, na infância, fazer as tarefas e ir à escola são atividades mais difíceis de serem realizadas no período da noite.
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2 Conhecendo melhor a escola
Você conhece bem a escola em que estuda? Como ela é?
Com a ajuda do professor, leia o texto que descreve como é a escola onde Júlio estuda.
LER E COMPREENDER
[...]
A escola da Pontinha da Lua era pequenininha, tinha uma sala, um telhado, uma chaminé, uma porta, três janelas, um pátio em volta da sala e um pé de tília imenso perto do muro.
Minha avó bateu três vezes na porta fechada [...].
A Dona Deolinda, que tinha muitos anos, cabelos brancos e vestia uma bata branca, era a única professora da escola da Ponta da Lua. Ela ficou muito feliz em nos ver. A minha avó, que era muito despachada, disse a ela:
- Senhora professora, este é meu neto Júlio, que quer ser um aluno muito atento e educado. É um rapaz com muita imaginação. Faça o favor de o ensinar.
[...]
O primeiro dia de escola, de António Mota. Ilustrações originais de Paulo Galindro. São Paulo: Leya, 2012. p. 23-24.
- despachada:
- pessoa ágil, ativa, desembaraçada
- pé de tília:
- tipo de árvore que pode atingir até 25 metros de altura
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
Conhecendo melhor a escola
6 aulas
- Discussão do tema Conhecendo melhor a escola na página 14.
- Atividades da página 15.
- Roda de conversa sobre o espaço da escola e resolução de atividades nas páginas 16 e 17.
- Análise do tema As escolas são diferentes na página 18 e resolução das atividades da página 19.
- Leitura e discussão da seção Cidadão do mundo nas páginas 20 e 21.
- Leitura e análise da página 22 e atividades da página 23.
Atividade preparatória
- Inicie o trabalho sobre escolas incentivando os alunos a se expressarem livremente a respeito da escola onde estudam. Oriente-os a escrever no caderno um sentimento relacionado ao convívio nesse ambiente. Peça aos alunos que detalhem os aspectos físicos da escola por meio de adjetivos.
- Pergunte se algum aluno estudou em outra escola e peça-lhe que compartilhe com a turma como ela era.
- Inicie a leitura do texto fazendo pausas entre os trechos e explicando cada oração nova. Pergunte se algum aluno tem dúvidas sobre o vocabulário e solicite aos demais que tentem explicar ou que desenhem na lousa o significado da palavra ou expressão.
Ler e compreender
- O texto da página 14 é um texto literário imaginativo que proporciona os alunos conhecerem, por meio de uma história, as características de uma escola.
Antes da leitura
Comente com os alunos que o texto conta a história de uma pequena escola e que cita alguns personagens que fazem parte dela.
Durante a leitura
Organize-os em roda para fazerem a leitura compartilhada do texto. Cada aluno deverá ler uma frase e passar a palavra ao próximo colega.
Depois da leitura
Pergunte aos alunos quais características da escola foram descritas no texto. Em seguida, realize as atividades da página 15.
- A leitura do texto trabalha com os seguintes processos gerais de leitura: localizar e retirar informação explícita de textos e fazer inferências diretas.
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1. Com base no texto da página anterior, marque um X nas respostas corretas e responda às questões.
a. A escola da Pontinha da Lua era:
grande.
X pequena.
b. Qual é o nome da professora dessa escola?
Dona Deolinda.
c. Quantas salas de aula a escola tem?
Uma sala de aula.
d. O que tinha no pátio da escola, perto do muro?
Quadra.
Árvore.X
Piscina.
2. O que você sabe sobre a sua escola?
Com a ajuda do professor, escreva:
a. O nome da escola em que você estuda.
Resposta pessoal. Verifique se os alunos respondem corretamente.
b. O endereço da escola (rua ou avenida e número).
Resposta pessoal. Verifique se os alunos respondem corretamente.
c. Sua escola é maior ou do mesmo tamanho que a escola de Júlio, descrita no texto da página anterior?
Resposta pessoal. Os alunos podem expressar a percepção que têm do espaço da escola, além de estabelecer comparação com o exemplo do texto.
d. Desenhe no caderno algo que você observa perto da sua escola.
Resposta pessoal. Incentive os alunos a mostrarem seus desenhos aos colegas e comentarem sobre o que desenharam.
MANUAL DO PROFESSOR
Mais atividades
- Caso julgue conveniente, oriente os alunos a realizarem as atividades em duplas.
- Algumas atividades lúdicas podem facilitar o processo de ensino-aprendizagem. Solicite a eles que elaborem dobraduras para representar a escola do texto ou a própria escola.
- Para explorar mais o texto da página anterior, peça que respondam às seguintes questões:
a. Escreva o nome dos principais elementos que fazem parte da construção da escola.
R: Chaminé, janela, porta e muro.
b. A árvore está à frente, atrás ou ao lado da escola?
R: Ao lado.
c. Qual brincadeira é possível realizar na árvore?
R: Brincar de balanço.
d. Se a árvore tem 25 metros de altura, a escola tem mais ou menos do que 25 metros de altura?
R: Menos.
- Na atividade 1, ajude os alunos a identificar as respostas no texto. Leia novamente o texto para os alunos destacando os trechos que apresentam as respostas.
- A atividade 2 possibilita aos alunos identificarem a localização da escola por meio do endereço dela. Com isso, os alunos podem reelaborar e expandir os próprios referenciais espaciais, criando condições para que eles processem o pensamento operatório.
- Aproveite o item a da atividade 2 para investigar a origem do nome da escola. Leve para a sala de aula essa informação e também se há outras escolas com o mesmo nome.
- No item d, incentive cada aluno a apresentar o próprio desenho para a turma. Oriente-os a observar o desenho feito pelos colegas de modo a identificarem o que cada um destacou nas proximidades da escola (praça, construções, árvores, fábrica, rio ou córrego etc.). Após a explanação de cada desenho, fixe-os no mural da turma.
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O espaço da escola
Cada escola é de um jeito. Algumas têm várias partes ou espaços, como salas de aula, biblioteca e pátio.
Vamos conhecer melhor algumas partes da escola.
Vermelho.
Verde.
Amarelo.
Azul.
Em sua opinião, é importante conservarmos limpos e organizados todos os espaços da escola? Por quê?
MANUAL DO PROFESSOR
- A investigação sobre os espaços da escola pode ser uma oportunidade para articular um trabalho com o componente curricular de Educação Física. O espaço da quadra de esportes, ou outro reservado às aulas desse componente curricular, é o lugar da prática de várias atividades, como ginástica, esportes, dança, jogos e brincadeiras. Além de objetivar o desenvolvimento amplo e o domínio da corporeidade, os alunos são expostos a uma diversidade de brincadeiras e jogos que complementam a formação intelectual deles e valorizam a diversidade cultural.
- Junte-se ao professor de Educação Física para elaborarem estratégias pedagógicas com brincadeiras de origens diversas.
- Leve os alunos à quadra de esportes para verificarem as marcações no chão e como essas delimitações espaciais orientam, por exemplo, a prática de atividades esportivas.
- Eles poderão analisar como esse espaço é organizado, por exemplo, em dias de jogos ou eventos esportivos. Dessa forma, eles perceberão que os lugares podem ter funções variadas e como as marcações e a organização da quadra interferem no modo como as pessoas transitam e se relacionam com esse espaço.
- Espera-se que os alunos verifiquem que a falta de manutenção e algumas atitudes inadequadas (riscar carteiras e paredes, jogar lixo no chão, danificar o patrimônio etc.) tornam o ambiente da escola inadequado ao estudo e ao aprendizado.
- O texto a seguir se refere às linguagens usadas na construção do conhecimento geográfico.
Na atualidade, os alunos precisam utilizar diferentes linguagens para acessar informações, construir uma base de dados, analisá-los e utilizá-los em suas investigações.
[...] A alfabetização cartográfica tem como proposta metodológica fundamental a formação do sujeito: de produtor de mapas e gráficos a leitor eficiente dessas representações. Essa vivência possibilita ao aluno ressignificar o espaço de sua vivência, avançando do conhecimento espontâneo ao conhecimento sistematizado.
Caminhar pela escola ou pelo quarteirão da escola é um primeiro passo para "reler o espaço". É uma segunda leitura que o aluno fará de seu espaço conhecido e percorrido cotidianamente. A lição de Cartografia inicia-se com o caminhar e observar os elementos existentes naquele espaço "selecionado": casas, etc [...]. A classificação desses elementos é uma operação que exige raciocínio lógico-matemático, porque a classificação é uma ação da mente, diferentemente da identificação de cada elemento. A diferença entre os elementos é percebida numa leitura particular: cada criança poderá apontar diferentes categorias utilizando critérios próprios [...].
PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e a aprendizagem de geografia. São Paulo: Cortez, 2012. p. 44-45.
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ATIVIDADES
1. Pinte o quadradinho de cada foto mostrada na página anterior de acordo com as cores e as informações a seguir.
Realizamos a maior parte das tarefas.
Praticamos atividades físicas.
Realizamos leituras e emprestamos livros.
Fazemos os lanches e as refeições.
2. Leia, a seguir, os nomes dos espaços de uma escola. Depois, marque um X nas alternativas com os nomes dos espaços que existem na escola onde você estuda.
Resposta pessoal.
- Quadra de esportes.
- Sala de leitura.
- Banheiros.
- Pátio.
- Sala de informática.
- Horta.
- Laboratório.
- Jardim.
- Cantina ou refeitório.
- Biblioteca.
3. Escreva o que você gostaria que tivesse na sua escola.
Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Reconhecer a familiaridade dos alunos com relação aos espaços da escola.
Como proceder
-
Liste na lousa outros espaços que, porventura, houver na escola. Pergunte aos alunos:
a. De qual espaço você menos gosta na escola?
b. Qual espaço você gostaria de frequentar mais? Por quê?
c. O que você mudaria em sua escola? Por quê?
R: Respostas pessoais. As atividades propostas nesta página permitem aos alunos conhecer e perceber o espaço da escola. Aproveite para saber quais são as reivindicações deles para melhorar esse espaço e a relação delas com a instituição.
- Oriente os alunos na realização da atividade 1. Explique que eles devem pintar os quadrinhos de cada foto mostrada na página anterior de acordo com as cores indicadas na atividade.
- Aproveite a proposta da atividade 2 e proponha um passeio pela escola. No percurso, peça aos alunos que anotem o nome dos espaços e observem a localização, o tamanho e o formato de cada um deles.
- Elabore uma tabela, com duas colunas, para reorganizar as informações da atividade 2. Escreva: lugares da escola, em uma coluna, e quantidade, na outra. Peça aos alunos que a copiem no caderno e, em seguida, a preencham. Por exemplo: salas de aula do 2o ano = 3 salas / banheiros = 5.
- Na realização da atividade 3, incentive os alunos a refletirem sobre objetos, dependências e atividades dos quais eles sentem falta na escola onde estudam.
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As escolas são diferentes
Cada escola é diferente da outra. Algumas são maiores; outras, menores. Algumas são muito antigas; outras, mais novas.
Algumas se localizam nas cidades, outras ficam no campo.
Veja como Vicente, um aluno do 2o ano, desenhou a escola onde estuda.
1. Quais elementos Vicente representou no desenho da escola onde estuda?
O muro, o portão, o prédio da escola, as árvores e uma parte da rua lateral.
2. Em sua opinião, a escola de Vicente é grande ou pequena?
Resposta pessoal. Os alunos podem observar o tamanho da construção.
3. O que mais chamou a sua atenção no desenho de Vicente?
Resposta pessoal. Incentive os alunos a observarem atentamente os elementos que Vicente desenhou.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- Ao propor a análise de um desenho infantil, algumas habilidades são atendidas, como a localização espacial dos elementos apontada na habilidade EF02GE10, uma vez que aplica princípios de localização e posição de objetos (referenciais espaciais, como frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) por meio de representações espaciais da sala de aula e da escola.
- As páginas 20 e 21 favorecem a construção de vínculos e de identidade com o espaço de estudo.
- Analise cuidadosamente o desenho da página. Certifique-se de que os alunos conseguiram visualizar e compreender o desenho com base na questão 1.
- Para responder às questões 1, 2 e 3, peça aos alunos que observem com atenção o desenho da escola retratada na página. Como a escola foi desenhada, que elementos aparecem no desenho etc.
- O desenho foi feito na visão frontal, ou seja, de frente, mas veja que a criança o elaborou a partir de uma perspectiva, já que a rua e as árvores se encontram ao fundo da imagem. O desenho também ocupou toda a área da folha, portanto, os limites da imagem coincidiram com os limites do papel. Na atividade da página 21, permita aos alunos desenharem livremente para, depois, observar como eles estabeleceram os limites dos próprios desenhos.
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ATIVIDADES
1. No caderno, desenhe sua escola vista de frente.
Resposta pessoal. Incentive os alunos a comentarem sobre os elementos que desenharam.
2. Selecione a alternativa a seguir que descreve corretamente a escola onde você estuda.
- Sua escola é: Resposta pessoal. Se necessário, auxilie-os nesta resposta.
pequena.
grande.
3. Quais diferenças ou semelhanças você pode observar entre a sua escola e a escola de Vicente? Conte aos colegas.
Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
- Aproveite a atividade 1 para realizar um trabalho articulado como o componente curricular de Arte. A atividade de representação da frente da escola pode ser feita em papéis maiores ou cartolinas, com o uso de tintas e colagens.
- Para a realização da atividade 2, descreva para os alunos como é a escola: quantas salas de aula e banheiro possui, se tem quadra de esportes, pátio, refeitório, etc.
- Na atividade 3, oriente os alunos a observarem se existem elementos diferentes ou semelhantes entre a sua escola e a escola de Vicente, como o portão, o muro e demais elementos da fachada.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Desenvolver noções e habilidades que explorem as representações cartográficas e o raciocínio geográfico.
Como proceder
-
Use o espaço da sala de aula e da escola para trabalhar noções de iniciação à Cartografia, como lateralidade e ponto de vista (perspectiva). A atividade 1 pode ser realizada na área externa da escola. Leve os alunos para a frente da escola para que possam fazer os desenhos munidos de papel sulfite, uma base para apoio (como uma prancheta), lápis coloridos ou giz de cera. Esta atividade aplica procedimentos básicos da análise geográfica, como observação, descrição, comparação, registro, análise e síntese. Peça a eles que se sentem confortavelmente no chão e explique o tempo disponível para a realização da atividade. Isso é importante para se organizarem e planejarem cada etapa do desenho:
- definir as linhas que compõem o edifício, fazer os detalhes e depois colorirem.
- Lembre-se de que os pontos de vista dos desenhos serão diferentes. Oriente-os a incluir elementos que se encontram atrás, à frente e dos lados, para exercitarem o posicionamento, a dimensão e a perspectiva dos elementos na representação espacial. Será um trabalho de análise da paisagem, portanto, além dos referenciais fixos, eles podem também incluir pessoas, mesmo que em movimento. Comente que o resultado do desenho será como uma foto da área. Por isso, os alunos devem observar com atenção, durante alguns minutos, o prédio e o contexto do lugar, antes de iniciarem o desenho.
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CIDADÃO DO MUNDO Escolas indígenas
Em algumas aldeias indígenas, também existem escolas com salas de aula e carteiras.
Nessas escolas, as crianças indígenas aprendem a língua, os costumes e as tradições do seu povo. Elas também estudam Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia.
- aldeias indígenas:
- lugares que reúnem algumas moradias indígenas
Não é apenas na escola que as crianças indígenas aprendem. Muitos conhecimentos importantes elas aprendem com as pessoas mais velhas da aldeia, ouvindo suas histórias e observando as atividades e tarefas que realizam.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- A discussão do tema proposto nesta seção favorece o desenvolvimento da habilidade EF02GE04 da BNCC, ao reconhecer semelhanças e diferenças nos hábitos, nas relações com a natureza e no modo de viver de pessoas em diferentes lugares.
- Ao comparar os próprios costumes com os de crianças de outras culturas, os alunos podem reconhecer a riqueza cultural da população brasileira. Esse estudo contempla o Tema contemporâneo transversal Educação para a valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras.
Objetivos
- Valorizar a cultura dos povos indígenas.
- Conhecer o modo de vida, costumes e tradições dos povos indígenas.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Reconhecer aspectos da cultura indígena no dia a dia dos alunos.
Como proceder
- Pergunte a eles: "Qual a brincadeira que vocês aprenderam recentemente?". Na aldeia Krahô, as crianças acompanham o preparo de alimentos. Pergunte: "Você já participou da preparação de algum alimento? Qual foi? O que você fez? Como foi o modo de preparação: cozido ou cru?". Chame a atenção da turma para o fato de que muitos hábitos indígenas de alimentação foram incorporados à cultura não indígena, como consumir o biju e a mandioca. Pergunte também se eles já fizeram pinturas corporais como as da menina mostrada na imagem. Explique que os indígenas produzem as próprias tintas com pigmentos extraídos da natureza como sementes resinas folhas e frutos.
- A Funai, órgão responsável por assegurar direitos aos indígenas, orienta também sobre as políticas educacionais para as populações indígenas. Leia o texto a seguir.
Os Povos Indígenas têm direito a uma educação escolar específica, diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue e comunitária, conforme define a legislação nacional que fundamenta a Educação Escolar Indígena. Seguindo o regime de colaboração, [...] a coordenação nacional das políticas de Educação Escolar Indígena é de competência do Ministério da Educação (MEC) cabendo aos Estados e Municípios a execução para a garantia deste direito dos povos indígenas.
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As crianças indígenas também aprendem brincando. Em suas brincadeiras, elas costumam imitar o que os adultos fazem. Assim, vão aprendendo a caçar, pescar, preparar os alimentos, etc.
1. Você costuma ouvir e observar as pessoas mais velhas que convivem com você?
Respostas pessoais. Comentários nas orientações ao professor.
2. O que você já aprendeu com as pessoas mais velhas com quem convive? Conte aos colegas.
MANUAL DO PROFESSOR
Com vistas à garantia desse direito fundamental e de cidadania, a Funai, [...] atua com o objetivo de contribuir na qualificação dessas políticas e de, junto aos povos indígenas, monitorar seu funcionamento e eventuais impactos, ocupando espaços de controle social tanto em âmbito nacional como local. Essa atuação considera experiência e o conhecimento especializado acumulado ao longo do tempo pela atuação junto aos povos indígenas.
[...]
BRASIL. Fundação Nacional do Índio (Funai). Educação escolar indígena. Disponível em: https://oeds.link/0waRik Acesso em: 20 maio 2021
Destaques BNCC
- As atividades buscam promover a empatia e o respeito com base no conhecimento sobre os modos de vida de outras sociedades, conforme descrito na Competência geral 9 da BNCC. Outro objetivo que se espera atingir é o de promover o respeito e a valorização dos conhecimentos e memória dos idosos, contemplando o Tema contemporâneo transversal Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso.
- As imagens das páginas destacam diversos elementos da cultura indígena, como o artesanato em fibras, os colares, os adornos para o corpo e os grafismos da pintura corporal.
- Explique aos alunos que os grafismos da pintura corporal variam entre os diferentes povos indígenas. Essas pinturas geralmente são utilizadas para expressar diferentes ocasiões ou eventos da vida social da comunidade: a preparação para uma batalha, a ocorrência de cerimônias ou festas etc. A forma de pintar o corpo é uma tradição transmitida de geração a geração pelos adultos e idosos da comunidade.
- O estudo do tema Escolas indígenas promove a empatia ao enfatizar o respeito mútuo e a diversidade cultural, além de contribuir de forma efetiva para o pleno desenvolvimento da cidadania e da valorização da vida em sociedade, destacando a importância e o papel dos mais velhos na transmissão de seus saberes e suas experiências de vida, tema atual e de relevância nacional e mundial.
Comentários de respostas
- Incentive os alunos a contarem aos colegas como é a relação deles com as pessoas mais velhas com quem convivem.
- Incentive os alunos a refletirem sobre atitudes do dia a dia que aprenderam com os mais velhos, como escovar os dentes ou respeitar as pessoas.
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Observando transformações
Os lugares podem passar por transformações ao longo do tempo.
Observe a seguir as imagens que mostram a mesma escola em diferentes épocas.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- A análise de comparação das fotos proposta nessa atividade possibilita aos alunos compreenderem as transformações dos lugares e paisagens ao longo do tempo, conforme destacado na habilidade EF02GE05 da BNCC, uma vez que, ao compararem imagens de um mesmo lugar em diferentes tempos, eles podem perceber mudanças e permanências.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Exercitar a leitura das paisagens.
Como proceder
- Verifique quais elementos os alunos conseguem notar: há uma carroça ao fundo da imagem, o que permite uma compa-ração com o veículo da imagem atual. Pergunte onde, hoje em dia, ainda se utilizam carroças. Peça a eles que comparem a escola nas duas imagens com a escola em que estudam: "Quais são as diferenças e as semelhanças?" e "O prédio da escola é semelhante?". Aproveite para fazer uma comparação entre as técnicas fotográficas do passado e as usadas atualmente. Comente que as fotos digitais, como as obtidas por aparelhos celulares, superaram as versões analógicas produzidas a partir de filmes fotográficos. Se possível, leve para a sala de aula alguns exemplares de máquinas fotográficas de diferentes épocas, comparando as mais antigas com as atuais. Comente que a capacidade de armazenamento digital de imagens nos aparelhos atuais é muito maior do que era no passado. Explique que, hoje em dia, o armazenamento digital permite que as imagens sejam conservadas por muito mais tempo.
- Explique que as fotos são usadas como fontes históricas. Liste na lousa outros meios e recursos que registrem situações ou acontecimentos ocorridos no passado, como vídeos, depoimentos, pinturas, diários, jornais e revistas.
Mais atividades
- As diversas fontes iconográficas possibilitam observar mudanças e permanências na paisagem de um lugar. O estudo desta página permite trabalhar de maneira integrada com o componente curricular de História. Para enriquecer o estudo desse tema, leve fotos mostrando como era no passado a escola em que estudam. Peça aos alunos que identifiquem as mudanças ocorridas na escola e qual foi o período de tempo transcorrido.
- Oriente os alunos a desenharem a escola como ela era no passado, conforme a descrição apresentada na coleção de fotos. Os desenhos podem ser expostos em painéis, formando um mural.
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ATIVIDADES
1. Quantos anos se passaram entre as datas em que foram obtidas as imagens?
Passaram-se 101 anos.
2. O que mudou no lugar mostrado nas fotos?
O calçamento da rua, o fluxo de veículos e pedestres, a vegetação e as construções ao redor da escola.
3. Qual elemento se manteve igual ou pouco alterado após a passagem do tempo?
Espera-se que os alunos identifiquem que o prédio da escola se mantém muito semelhante entre uma imagem e outra
4. E a sua escola, já passou por muitas transformações? Para saber disso, junte-se a mais dois colegas e, com a ajuda do professor, entrevistem algum aluno ou funcionário antigo da escola. Veja a seguir algumas sugestões de perguntas que vocês podem fazer ao entrevistado.
Se possível, registre a entrevista por meio de um áudio ou de um vídeo, que podem ser gravados com um telefone celular. Para isso, peça autorização ao entrevistado.
a. Qual é o seu nome?
Resposta pessoal.
b. Você estudou ou trabalhou nesta escola?
Resposta pessoal.
c. Houve mudanças no espaço da escola, como no pátio, parque ou jardim? Quais mudanças ocorreram?
Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
Mais atividades
- Para explorar a análise e a comparação entre as duas imagens, sugerimos a realização da atividade a seguir.
- Peça aos alunos que a copiem no caderno ou a respondam na lousa.
- Assinale apenas as frases com informações verdadeiras sobre a imagem da escola em diferentes épocas.
(V) Há uma diferença de 101 anos entre as duas fotos.
(F) A fachada do prédio foi completamente alterada.
(V) No passado, pessoas e carroças transitavam em frente à escola.
(V) Atualmente, carros circulam em frente à escola.
- Auxilie os alunos na realização das atividades 1, 2 e 3. Para isso, faça com eles a comparação das fotos mostradas na página anterior, identificando o que mudou e o que permaneceu nesse lugar ao longo do tempo.
- De maneira lúdica, por meio da atividade 4, os alunos são orientados a observarem as transformações que ocorreram em uma paisagem ao longo do tempo. Esse procedimento os auxilia nos estudos que serão realizados nos anos seguintes a respeito das transformações ocorridas nas paisagens dos lugares e na organização do espaço geográfico.
- Além de incentivar a autonomia dos alunos em relação à própria aprendizagem, a entrevista possibilita ainda desenvolver a socialização. Principais habilidades que podem ser desenvolvidas: oralidade, seleção, registro, inferência e argumentação.
- A atividade de entrevista retoma o conteúdo anterior, explorando-o com o objetivo de tornar a aprendizagem ainda mais significativa. A contextualização da realidade próxima leva os alunos a valorizarem a própria vivência e os conhecimentos já adquiridos.
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3 Meu lugar na sala de aula
Geralmente, é na sala de aula que passamos a maior parte do tempo em que ficamos na escola.
No início do ano, Tiago escolheu seu lugar na sala de aula. Veja a imagem a seguir.
1. Descubra quem é Tiago e qual lugar ele ocupa na sala. Para isso, com os colegas, leia em voz alta as dicas a seguir.
PNA
- À sua frente está Daniela, que estudou com ele no ano passado.
- Imediatamente à sua direita está Joana.
- Neste ano, Tiago está sentado ao lado da janela.
- Agora, encontre Tiago na imagem anterior e contorne-o.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
Meu lugar na sala de aula
7 aulas
- Discussão sobre a localização da sala de aula na escola nas páginas 24 e 25.
- Atividades das páginas 26 e 27.
- Roda de conversa sobre os diferentes pontos de vista e resolução das atividades das páginas 28 e 29.
- Atividade prática da seção Para saber fazer nas páginas 30, 31 e 32.
- Atividades das páginas 33 e 34.
Atividade preparatória
- O estudo destas páginas privilegia o desenvolvimento das noções topológicas, pré-requisito necessário ao domínio dos conhecimentos relativos à localização e à orientação espacial. Esses conhecimentos, por sua vez, desenvolvem habilidades de representações espaciais. Noções de orientação, distância, localização e posição são essenciais para o domínio da coordenação e do pensamento espacial dos alunos.
- Para reforçar as noções de lateralidade, explique aos alunos que, para localizar um ponto no espaço, é sempre utilizado um ponto de referência. Proponha uma brincadeira em que um deles vai até a frente da sala e descreve a localização de um dos colegas, para que os outros adivinhem.
- Incentive-os a utilizar diferentes pontos da sala de aula como referência.
Destaques PNA
- A leitura da atividade 1 desenvolve os componentes fluência em leitura oral e compreensão de textos.
- Oriente os alunos na realização da atividade 1. Os alunos devem seguir as dicas indicadas na atividade para encontrar quem é o aluno Tiago e onde ele está sentado.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Ampliar a noção de espacialidade dos alunos.
Como proceder
- Para complementar o assunto desta página, pergunte aos alunos se ocupam apenas uma sala de aula durante a permanência na escola ou se eles se deslocam para outras salas e espaços. Incentive-os a contar quantas pessoas se sentaram à frente deles no refeitório. Levante a memória relacionada à localização espacial perguntando também quantas pessoas estavam à frente ou atrás deles em outros espaços da escola: na sala de música, sala de artes, biblioteca etc.
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A localização na sala de aula
A imagem a seguir mostra outra sala de aula vista do alto e de cima para baixo. Observe a localização dos objetos e as carteiras dos alunos.
2. De acordo com a imagem, quem está imediatamente:
a. atrás de Érica? Luísa.
b. ao lado direito de Celso? Ivo.
c. na frente de Rosana? Liliana.
d. ao lado esquerdo de Ísis? Marcos.
MANUAL DO PROFESSOR
- A representação da sala de aula na visão vertical contribui para o processo de ensino-aprendizagem sobre lateralização e relações topológicas com o espaço.
- Antes de iniciar esta atividade, explore os conhecimentos prévios dos alunos com base nas noções de lateralidade em sala de aula. Peça a eles que se localizem em relação a quem ou o que está à direita, à esquerda, em frente e atrás deles.
- Explique aos alunos que eles devem observar o nome dos alunos da sala de aula para encontrar as respostas da atividade 2. Se possível, dê exemplos da própria sala de aula.
Mais atividades
-
Aproveite a ilustração para explorar mais as relações espaciais topológicas, questionando aos alunos:
a. Quem está sentado à esquerda de Luís?
R: Sara.
b. À direita de Isabel?
R: Celso.
c. À direita de Sérgio?
R: Célia.
d. Quem está entre Ísis e Daniel?
R: Elza.
e. Isabel está sentada à frente de quem?
R: Júlia.
f. Quem se senta atrás de Celso?
R: Sara.
g. O que está em frente de Daniel?
R: A lixeira.
h. Quais outros objetos você consegue identificar?
R: A lousa, a porta, as janelas, o chão, o armário, a mesa do professor e os materiais escolares.
-
Faça uma análise da sala de aula representada na imagem:
a. Quantos alunos foram representados?
R: 18.
b. Qual é a cor do piso da sala de aula?
R: Amarelo e verde.
c. Há mais meninos ou meninas?
R: Há mais meninas.
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ATIVIDADES
1. Marque um X na imagem a seguir que representa a organização mais semelhante à da sala de aula vista na página anterior.
X
2. Identifique a imagem da sala de aula anterior que tem a organização mais semelhante à da sala onde você estuda.
2. Resposta pessoal. Se considerar necessário, faça um desenho da sala de aula vista do alto e de cima para baixo na lousa para que os alunos respondam a essa questão.
3. Escreva o nome do aluno ou objeto que está localizado imediatamente:
Resposta pessoal. Se considerar necessário, auxilie os alunos na escrita dos nomes.
à sua frente.
à sua esquerda.
à sua direita.
atrás de você.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- Atividades que despertam e favorecem a inteligência espacial dos alunos, como o exercício de observação de diferentes objetos em posições e localizações diferentes, contribuem para o desenvolvimento da habilidade EF02GE10 da BNCC.
- Na atividade 1, aprofundam-se os conhecimentos de alfabetização cartográfica. Oriente os alunos a verificarem se as representações dos esquemas das salas de aula padronizam os mesmos tipos de elementos e se conservam as proporcio-nalidades (mesas e cadeiras adquirem o mesmo tamanho nas três representações, embora o formato da sala de aula seja outro).
- Após os alunos responderem à atividade 2, peça que mudem de lugar para, assim, mudar a referência. Eles deverão realizar a mesma atividade em uma folha de papel copiando o esquema que está no livro, mas escrevendo o nome dos novos colegas que se sentaram ao redor deles.
- Para a realização da atividade 3, diga aos alunos que eles precisam escrever o nome dos colegas ou dos objetos que estão ao seu lado.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Ampliar a noção de alfabetização cartográfica.
Como proceder
- A atividade auxilia no desenvolvimento cognitivo da descentralização, que permite aos alunos visualizarem ou analisarem objetos, cenas e situações de outro ponto de vista que não seja apenas o próprio ou usarem o próprio corpo como referência. Aproveite a ilustração da página 27 para explorar mais as noções de lateralidade. Verifique que a perspectiva profundidade também foi representada.
-
Faça outras perguntas para ampliar a atividade da página 26:
a. Quais potes de tinta estão atrás do pote de tinta de cor vermelha?
R: Verde, amarelo e azul.
b. O que se encontra acima do pote de lápis?
R: Livros.
c. As caixas que estão abaixo dos copos têm o mesmo tamanho?
R: As caixas têm tamanhos diferentes.
27
4. Vitória é professora do 2o ano. Ela organizou alguns materiais no armário da sala. Observe.
-
De acordo com a imagem anterior, complete as frases corretamente, utilizando as palavras do quadro.
acima · abaixo · ao lado
PNA
- Os livros foram guardados acima do pote de lápis e canetas.
- As tintas e o pote de pincéis foram guardados abaixo das colas e tesouras.
- Os copos foram guardados ao lado das colas e tesouras.
- O pote de lápis e canetas foi guardado ao lado das tintas e do pote de pincéis.
- As caixas foram guardadas abaixo dos copos.
- As colas e as tesouras foram guardadas acima das tintas e dos pincéis.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques PNA
- Ao completarem as frases, conforme propõe a atividade 4, os alunos desenvolverão os componentes desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos e produção de escrita.
- Antes de realizar a atividade 4, faça a leitura da imagem explicando aos alunos as posições em que alguns elementos foram colocados no armário: livros acima dos lápis; caixas abaixo dos copos; colas ao lado dos copos e dos livros.
- O texto a seguir trata da teoria de Piaget sobre a construção de noções espaciais pelos alunos.
[...] a noção de espaço e a sua representação não derivam simplesmente da percepção: é o sujeito, mediante a inteligência, que atribui significado aos objetos percebidos, enriquecendo e desenvolvendo a atividade perceptiva. [...] as relações espaciais topológicas são as primeiras a serem estabelecidas pela criança, tanto no plano perceptivo como no representativo; e é a partir das relações topológicas que serão elaboradas as relações projetivas e euclidianas.
[...] é preciso compreender e explicar o processo representativo, ou seja, é necessário que o mapa, que é uma representação espacial, seja abordado de um ângulo que se permita explicar a percepção e a representação da realidade geográfica como parte de um conjunto maior, que é o próprio pensamento do sujeito.
[...]
OLIVEIRA, Livia de. Estudo metodológico e cognitivo do mapa. In: ALMEIDA, Rosângela Doin de. Cartografia escolar. São Paulo: Contexto, 2014. p. 17.
28
Diferentes pontos de vista
A professora Elisa levou um vaso para enfeitar a sala de aula, escolheu um lugar para ele e depois o observou de diferentes pontos de vista.
Veja como a professora observou o vaso em cada posição.
As diferentes posições de onde a professora Elisa observou o vaso chamam-se pontos de vista. A partir de cada ponto de vista, vemos os objetos de maneiras diferentes.
MANUAL DO PROFESSOR
- O trabalho proposto nesta página procura desenvolver a percepção dos alunos para os diferentes pontos de vista, visando o desenvolvimento e o domínio de habilidades voltadas para as noções espaciais.
- Amplie as possibilidades de os alunos reconhecerem outras formas dos objetos a partir de diferentes pontos de vista. Oriente-os a observar elementos com outros formatos geométricos, como os próprios materiais escolares.
- Peça a eles que simulem, em sala de aula, a observação de objetos sob diferentes pontos de vista, tal como mostrado na sequência de ilustrações (visão frontal, visão oblíqua e visão vertical).
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Ampliar as noções de alfabetização cartográfica.
Como proceder
- Para ampliar esse tema, solicite aos alunos que escolham um objeto de casa e o representem sob três pontos de vista. Lembre-os de que deverão incluir uma legenda, ou seja, escrever um texto indicando qual é o ponto de vista: visto de frente, visto de frente e do alto e de cima para baixo. Em sala, os alunos deverão se reunir em trios para tentar adivinhar que objeto foi representado. Depois, eles deverão verificar se os colegas indicaram corretamente a posição do objeto na legenda.
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ATIVIDADES
1. Ligue os objetos correspondentes. Veja o exemplo da cadeira.
- Objeto visto do alto e de cima para baixo.
- Objeto visto de frente e do alto.
- Objeto visto de frente.
- Objeto visto de frente e do alto.
- 2
- 1
- 4
- 3
MANUAL DO PROFESSOR
- Oriente os alunos na realização da atividade 1. Explique que as imagens da coluna esquerda têm sua imagem correspondente na coluna da direita. Verifique se os alunos foram capazes de relacionar corretamente as imagens.
- A atividade avança no processo de alfabetização cartográfica ao solicitar aos alunos que estabeleçam a associação entre objetos e as representações deles a partir de diferentes pontos de vista.
- O texto a seguir trata da compreensão do espaço e sua relação com as habilidades adquiridas em Cartografia.
Qual é o lugar da geografia nas séries iniciais?
Aprender a pensar o espaço. E, para isso, é necessário aprender a ler o espaço, "que significa criar condições para que a criança leia o espaço vivido" (Castelar, 2000, p. 30). Fazer essa leitura demanda uma série de condições, que podem ser resumidas na necessidade de se realizar uma alfabetização cartográfica, e esse "é um processo que se inicia quando a criança reconhece os lugares, conseguindo identificar as paisagens" (idem, ibid.). Para tanto, ela precisa saber olhar, observar, descrever, registrar e analisar.
[...]
Para saber ler o mapa, são necessárias determinadas habilidades, tais como reconhecer escalas, saber decodificar as legendas, ter senso de orientação.
"A capacidade de entender um espaço tridimensional representado de forma bidimensional, aliado à concepção de que a Terra é redonda e, portanto, não há 'em cima' nem 'embaixo', poderá ser desenvolvida a partir da realização de diversas atividades de mapeamento" (Callai, 2000, p. 105-106).
Essas habilidades são adquiridas a partir da exercitação continuada em desenvolver a lateralidade, a orientação, o sentido de referência em relação a si próprio e em relação aos outros [...]
CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. Cadernos Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, p. 229, 244-245, maio/ago. 2005. Disponível em: https://oeds.link/RGHM3f. Acesso em: 20 maio 2021.
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PARA SABER FAZER
A maquete da sala de aula
Podemos representar a sala de aula por meio de uma maquete. Nela, os objetos da sala são representados em tamanho reduzido, como miniaturas.
Veja, a seguir, como uma maquete pode ser feita.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
- embalagens recicláveis, como caixa de sapatos ou de camisa, caixinhas de fósforos ou de sabonete vazias, tampinhas e copos plásticos
- tesoura com pontas arredondadas
- cola ou fita adesiva
- papéis coloridos para encapar as embalagens
- tinta e pincel para pintar as caixinhas e outros objetos da maquete
- lápis de cor, giz de cera ou canetas coloridas
PASSO A PASSO
1 Recortar um dos lados da caixa e deixar uma abertura.
MANUAL DO PROFESSOR
Objetivos
- Desenvolver atitudes de socialização, cooperação e trabalho em grupo.
- Elaborar a representação tridimensional de um espaço.
- Desenvolver noções de proporção entre os elementos em representações tridimensionais.
- Elaborar legendas e compreender o significado delas.
Destaques BNCC
- A construção e a análise de maquetes permitem o desenvolvimento da habilidade EF02GE08 da BNCC, uma vez que se busca identificar e elaborar diferentes formas de representação (desenhos, mapas mentais, maquetes) para representar componentes da paisagem dos lugares de vivência.
- Na seção Para saber fazer, a construção da maquete não apenas possibilita o desenvolvimento cognitivo e, consequentemente, a construção de noções do espaço geográfico, como também desenvolve outras habilidades.
- A construção da maquete tem o potencial de engajar os alunos em um trabalho de cooperação em torno de um objetivo comum.
- Os alunos devem saber se organizar e fazer um planejamento prévio: reunir todos os recursos necessários ao identificarem e selecionarem objetos que representarão os elementos reais. Assim, deverão associar as formas e a proporção entre eles.
- Ordenamento espacial dos objetos na maquete, estabelecendo a posição e a localização e tomando como referência os objetos fixos, como o mobiliário, a porta e a janela.
- É importante certificar-se de que os alunos compreenderam a transposição dos objetos reais para a representação tridimensional deles.
- O texto a seguir apresenta conhecimentos acerca da construção de maquetes.
[...]
O uso de maquetes favorece a passagem da representação tridimensional para a bidimensional, por possibilitar domínio visual do espaço, a partir de um modelo reduzido. Na atividade proposta, essa redução, apesar de não conservar as mesmas relações de comprimento, área e volume do real (ou seja, apesar de não seguir uma escala única), permite ao aluno ver o todo e, portanto, refletir sobre ele. Além disso, as maquetes são conhecidas das crianças, acostumadas com brinquedos que são miniaturas de objetos reais.
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2 Separar entre as embalagens aquelas que tenham formato semelhante aos elementos encontrados na sala de aula, como mesa do professor, carteiras e lixeira.
3 Com papéis coloridos, encapar as caixinhas que representam as carteiras, e deixar a mesa do professor diferente.
4 Colar os objetos no fundo da caixa na mesma posição em que estão dispostos na sua sala de aula.
5 Por último, desenhar portas e janelas nas laterais da caixa.
AGORA É COM VOCÊ!
Monte a maquete da sua sala de aula. Para isso, providencie os materiais necessários e realize as etapas conforme o passo a passo desta página e da página anterior.
MANUAL DO PROFESSOR
O principal objetivo do trabalho com a maquete é chegar ao ponto de vista vertical, por isso não é necessário construí-la em escala. Os tamanhos da maquete e dos objetos que figuram dentro dela devem ser definidos por comparação e aproximações entre o real e os materiais disponíveis (caixas de papelão, de sapato, de fósforo, embalagens de remédios, creme dental, sabonete etc.). A questão da redução, da escala, certamente estará presente, mas não como um conceito preciso, acabado.
[...]
ALMEIDA. Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. São Paulo: Contexto, 2001. p. 77-78.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Analisar e produzir uma maquete.
Como proceder
- Explique que a maquete é um modelo de representação de lugares ou objetos. Pergunte se algum aluno já viu uma maquete. Indague-os se perceberam que os elementos eram em miniatura, ou reduzidos, e tinham o objetivo de representar algum lugar. Pergunte se conseguem descrever como era essa maquete. A maquete é trabalhada neste tema para prepará-los para a noção de plantas e mapas. Organize os alunos em grupos. Sugerimos que solicite a eles, com antecedência, que tragam de casa materiais como sucata, mas alerte-os para lavá-los antes. Peça-lhes também que selecionem esses materiais pensando no formato deles. Dessa forma, lembre-os de trazer diversos materiais de um mesmo tipo para representarem as carteiras. Durante a produção da maquete, explique aos alunos que não é necessário que a maquete fique exatamente igual à sala de aula, pois pode não haver materiais disponíveis para inserir todos os elementos presentes nela. Antes de colarem os objetos na caixa, peça aos alunos que confiram se as posições deles estão corretas.
- A representação da sala de aula, por meio da construção de maquetes, permite um trabalho integrado com o componente curricular de Arte. Organize na escola uma exposição das maquetes produzidas pelos alunos do 2o ano.
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Da maquete à planta da sala
Bruna observou de cima para baixo a maquete da sala de aula onde estuda.
Observando a maquete desse modo, podemos produzir uma planta da sala de aula.
Planta é uma representação de um lugar, em tamanho reduzido, como se fosse visto do alto e de cima para baixo.
Veja a planta da sala de aula que Bruna produziu.
MANUAL DO PROFESSOR
- Mostre aos alunos a relação entre os materiais usados na maquete, o tamanho e a proporção deles em relação ao objeto real (noções de proporção). Oriente-os a observar os mesmos objetos como se estivessem sendo vistos do alto, de cima para baixo, isto é, do ponto de vista vertical (noções de pontos de vista).
- Nesta página, a abordagem pedagógica visa desenvolver a noção de representação de objetos e lugares por meio da visão vertical, de modo a instrumentalizar os alunos a, posteriormente, compreenderem e realizarem a produção e a leitura de mapas.
- No processo de alfabetização cartográfica, a representação espacial (e a transição de relações topológicas para projetivas e euclidianas) é uma etapa inicial da produção de mapas. A atividade desta página também complementa o estudo inicial das noções de legenda e de escala.
- O texto a seguir trata do reconhecimento e de como a percepção dos espaços próximos aos alunos auxilia na representação, gradual, de espaços cada vez maiores.
[...]
A tarefa de um professor de Geografia agindo como um "alfabetizador cartográfico" vai muito além de chamar a atenção dos alunos para os mapas apresentados, pois inclui oferecer elementos para que a criança, e depois o adolescente, compreenda os processos necessários para a realização de um mapa e, sobretudo, por que eles são feitos e por que a Geografia não pode dispensá-los.
Começando nas séries iniciais com a percepção e descoberta do espaço concreto do aluno (aula, escola, bairro), o objetivo é ajudá-lo a transferir essa aprendizagem para espaços mais amplos e maiores (município, estado, país), completando-a com uma leitura plena do mundo em que se vive e que se busca compreender. [...]
ANTUNES, Celso. Geografia e didática. 2 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2014. p. 66. (Coleção Como Bem Ensinar).
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As legendas apresentam o significado de cores e símbolos, como figuras e letras presentes nas representações. Elas servem para auxiliar na identificação de desenhos, plantas, mapas, etc.
Bruna escolheu cores diferentes para pintar os elementos que desenhou na planta de sua sala de aula. Veja como ficou.
Agora é com você! Pinte a planta desenhada na página anterior com as mesmas cores que Bruna usou para colorir a legenda.
MANUAL DO PROFESSOR
Destaques BNCC
- A produção de uma planta da sala de aula articula diversas habilidades e conhecimentos que os alunos vêm adquirindo ao longo do estudo da unidade. A planta sistematiza o experimento prático (construção de uma planta) e, assim, corresponde às orientações da habilidade EF02GE08 da BNCC.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Compreender a transposição de maquete para planta.
Como proceder
- Para realizarem a atividade proposta na página, auxilie os alunos a consultarem a maquete depois de finalizada. Oriente-os a prender um papel transparente sobre a caixa e a desenhar com uma canetinha os elementos da maquete. Auxilie-os na localização de alguns pontos principais, como a própria carteira, a mesa do professor e a porta de entrada.
- O texto a seguir discorre sobre o uso de maquetes e as representações espaciais.
[...]
No próximo estágio de desenvolvimento [após o 1o ano] ocorrerá a transição entre o estágio de desenvolvimento operatório para o formal, onde inicialmente o aluno desenvolverá as relações espaciais projetivas, sendo capaz de realizar operações mentais como: conservação da forma, coordenação de pontos de vista, descentralização espacial e orientação do corpo, de forma que em um mapa poderá compreender as projeções cartográficas e a orientação geográfica.
[...]
CASSULI, Danieli Cristina; PAIVA, Raniere Garcia. Alfabetização cartográfica no Ensino Fundamental I: conhecimento X prática. Revista Percurso, v. 6, n. 1, 2014. p. 174.
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ATIVIDADES
1. Represente a sua sala de aula em uma planta. Para isso, no caderno, desenhe a forma dos objetos de sua sala de aula vistos de cima para baixo, como mostrado na página anterior.
Resposta pessoal.
Legenda
Resposta pessoal. Auxilie os alunos a escreverem os nomes dos objetos representados na legenda.
MANUAL DO PROFESSOR
- Oriente os alunos na realização da atividade 1, proposta na página. Oriente-os a realizar essa representação observando a maquete, como no exemplo de Bruna, caso tenham produzido.
- A interpretação da representação, ou seja, decodificar informações, é requisito para que os alunos consigam elaborar a legenda, o que permite o desenvolvimento das habilidades de codificação (elaboração) e decodificação (leitura) de símbolos.
- O texto a seguir trata sobre a importância da familiarização dos alunos com a linguagem cartográfica.
[...]
A ação para que o aluno possa entender a linguagem cartográfica não está em colorir ou copiar contornos, mas em construir representações a partir do real próximo ou distante. Somente acompanhando e executando cada passo do processo, pode-se familiarizar com a linguagem cartográfica. [...]
As atividades devem levar o aluno a ter que buscar generalizações, criar classificações, estabelecer categorias, construir signos, selecionar informações, escolher uma escala. Somente com tais atividades ele terá oportunidade de interagir com o espaço que está sendo codificado, desenvolvendo seu raciocínio lógico-espacial.
[...]
CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. O misterioso mundo que os mapas escondem. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al. (Org.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS/AGB, 1999. p. 35.
Amplie seus conhecimentos
Veja, a seguir, sugestões de referências complementares, para enriquecer seus conhecimentos.
- GARDNER, Howard; FELDMAN, David Henry; KRECHEVSKY, Mara (Colaboradores). Atividades iniciais de aprendizagem. São Paulo: Artmed, 2001.
- PASSINI, Eliza Yasuko. Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma análise crítica. 2. ed. Belo Horizonte: Ed. Lê, 1998.
- RONDINI, Carina Alexandra (Org.). Modernidade e sintomas contemporâneos na educação. São Paulo: NEaD/ Unesp, 2017.
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O QUE VOCÊ ESTUDOU?
1. Com a ajuda do professor, leia o texto a seguir.
Sofia acorda bem cedo todos os dias para ir à escola. Depois de tomar banho e vestir o uniforme, Sofia toma o café da manhã com seus familiares. Em seguida, ela escova os dentes e pega seus materiais. Seu pai a leva para a escola e depois vai trabalhar.
a. O que Sofia faz antes de vestir o uniforme?
Toma o café da manhã.
X Toma banho.
b. O que Sofia faz depois de vestir o uniforme?
X Toma o café da manhã.
Toma banho.
c. Sofia estuda em que período do dia?
X Manhã.
Tarde.
Noite.
d. Quem leva Sofia para a escola? Seu pai.
2. Que conhecimentos aprendidos na escola você utilizou para responder à questão anterior?
- X Ler.
- Contar.
- Desenhar.
- X Escrever.
3. Indique em que período do dia você realiza algumas atividades. Siga as orientações.
Resposta pessoal. Verifique se os alunos relacionaram corretamente as atividades cotidianas com o ritmo do dia e da noite.
Manhã = M
Tarde = T
Noite = N
Faço a lição da escola.
Assisto à televisão.
Brinco com os colegas.
Vou à escola.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
2 aulas
- Realização das atividades das páginas 35 a 37.
O que você estudou?
1 Objetivo
- Relacionar as diferentes atividades cotidianas ao ritmo do dia e da noite e à passagem do tempo.
Como proceder
- Peça aos alunos que leiam o texto coletivamente. Incentive-os a perceber as atividades que Sofia faz antes de ir para escola e quem a leva para escola.
2 Objetivo
- Compreender que os conhecimentos aprendidos e desenvolvidos na escola são aplicados em atividades cotidianas.
Como proceder
- Incentive os alunos a pensarem como eles responderam à pergunta anterior. Explique que, além da prática de leitura, a de interpretação de textos também é ensinada na escola.
3 Objetivo
- Relacionar as diferentes atividades cotidianas ao ritmo do dia e da noite e à passagem do tempo.
Como proceder
- Peça aos alunos que leiam as atividades do dia a dia dispostas na atividade. Em seguida, pergunte em qual período do dia eles as desenvolvem. Solicite que marquem de acordo com a legenda.
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4. Escreva os nomes dos espaços da escola mostrados nas imagens a seguir utilizando as palavras dos quadros.
Quadra de esportes.
Cantina.
Biblioteca.
Cantina.
Biblioteca. _____
Quadra de esportes. _____
5. Observe as imagens a seguir.
a. Escreva duas principais diferenças entre as imagens A e B.
Espera-se que os alunos identifiquem, por exemplo, o calçamento da praça e os veículos.
b. Contorne na imagem B o elemento que se manteve semelhante, ou seja, pouco alterado nas duas imagens.
MANUAL DO PROFESSOR
4 Objetivo
- Identificar e localizar os diferentes espaços que fazem parte da escola.
Como proceder
- Peça aos alunos que observem as imagens e identifiquem quais sãos os espaços mostrados na foto.
5 Objetivo
- Verificar por meio da observação de imagens que os lugares podem passar por transformações ao longo do tempo.
Como proceder
- Peça aos alunos que observem as imagens para identificarem qual delas é mais antiga. Em seguida, solicite a eles que listem os elementos que as diferem. Por fim, peça que identifiquem os elementos que permanecem iguais.
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6. Observe a imagem de uma sala de aula. Escreva o nome do aluno que está sentado:
a. atrás de Rui.
Sérgio.
b. à direita de Célia.
Luísa.
c. à frente de Érica.
Daniel.
d. à esquerda de Hugo.
Rui.
7. Pinte o quadrinho ao lado de cada foto com a cor que identifica o ponto de vista sob o qual ela foi produzida.
De frente.
De frente e do alto.
Do alto e de cima para baixo.
Vermelho.
Azul.
Verde.
8. Ligue os nomes das representações às imagens correspondentes e seus significados.
MANUAL DO PROFESSOR
6 Objetivo
- Exercitar a lateralidade por meio da localização de objetos e pessoas na sala de aula (direita, esquerda, frente e atrás).
Como proceder
- Relembre as noções de lateralidade. Em seguida, peça aos alunos que identifiquem o nome de cada criança.
7 Objetivo
- Analisar os objetos de uma sala de aula a partir das visões frontal, oblíqua e vertical.
Como proceder
- Relembre com os alunos as noções de ponto de vista oblíquo, frontal e vertical. Em seguida, peça que analisem as imagens e identifiquem a qual ponto de vista ela pertence.
8 Objetivo
- Identificar a representação da sala de aula por meio de plantas e maquetes.
Como proceder
- Relembre com os alunos as definições apresentadas na atividade. Em seguida, oriente-os a relacionar cada uma delas à imagem correspondente.
Conclusão da unidade 1
Com a finalidade de avaliar o aprendizado dos alunos em relação aos objetivos propostos nesta unidade, desenvolva as atividades do quadro. Esse trabalho favorecerá a observação da trajetória, dos avanços e das aprendizagens dos alunos de maneira individual e coletiva, evidenciando a progressão ocorrida durante o trabalho com a unidade.
Dica
Sugerimos que você reproduza e complete o quadro da página 10-MP deste Manual do professor com os objetivos de aprendizagem listados a seguir e registre a trajetória de cada aluno, destacando os avanços e as conquistas.
Objetivos | Como proceder |
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Em uma roda de conversa, peça aos alunos que listem atividades do dia a dia em que eles precisam fazer contas ou ler. Escreva essas atividades no quadro e solicite a eles que identifiquem quais delas estão relacionadas à Matemática e quais delas estão relacionadas à Língua Portuguesa. Pergunte aos alunos se já aprenderam a fazer contas e a ler. Explique que as atividades que aprendemos em sala de aula são importantes para o dia a dia. Caso necessário, retome as explicações das páginas 10 e 11. |
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Oriente-os a criar uma história em quadrinhos com base em um dia na semana deles. Peça a eles que escolham um dia do meio de semana. Incentive-os a retratar todas as ações daquele dia e explicitar, por meio do próprio desenho (posição do Sol ou da Lua), qual período do dia está sendo retratado em cada quadrinho. Após a realização da atividade, as histórias podem ser colocadas no mural da turma. |
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Organize uma caminhada pela escola. Peça aos alunos que contem quantas salas de aula e outros espaços (banheiros, refeitório ou pátio, laboratório de informática, biblioteca etc.) a escola dispõe. Em seguida, solicite que observem se todos esses espaços são utilizados pelos alunos e professores. Para finalizar, peça a eles que façam uma planta da escola com todos os lugares que identificaram no trajeto realizado. |
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Leve para a sala de aula duas imagens de uma praça (ou pode ser de algum lugar bastante frequentado) da cidade dos alunos ou de outras cidades, uma recente e outra bem mais antiga. Peça aos alunos que analisem as imagens e percebam os diferentes elementos em cada uma delas. Avalie se os alunos foram capazes de identificar as permanências e as transformações ocorridas no lugar. |
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Leve os alunos ao pátio e explique que eles brincarão de Pega-pega-estátua da lateralidade. O professor escolhe o primeiro pegador, que deve pedir aos demais alunos que corram. Quando ele disser "estátua", todos param e o pegador deve descrever a posição do aluno escolhido sem dizer o nome dele. O jogador escolhido passa, então, a ser o pegador, e assim por diante. |
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Entregue uma folha de sulfite para os alunos e peça que a dividam em três. Eles poderão escolher qualquer objeto da sala de aula para desenhar a partir do ponto de vista oblíquo, frontal e vertical. Caso os alunos tenham dificuldade na elaboração dos desenhos, retome as explicações das páginas 28 e 29. |
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Avalie a aprendizagem dos alunos solicitando a eles que façam a planta do próprio quarto. Oriente-os a representar todos os elementos presentes (cama, armário, tapetes, porta, janela, etc.). Peça-lhes que desenhem a planta em uma folha de papel sulfite e levem o desenho para a sala de aula. Exponha os desenhos no mural da escola. |