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7 Em busca de aventuras

Cena do filme Uma viagem extraordinária, de Jean-Pierre Jeunet, 2014.
MANUAL DO PROFESSOR
Introdução da unidade 7
Para dar continuidade à prática da leitura e da escrita e aprimorar o trabalho com o desenvolvimento do vocabulário, esta unidade vai apresentar um relato pessoal, um relato de viagem e um diário de viagem, promovendo o desenvolvimento de fluência em leitura oral e compreensão de textos e o conhecimento das principais características de cada gênero.
Além disso, a respeito dos conteúdos linguísticos, serão apresentados os conceitos de frase e oração, sujeito e predicado, conjunção e trabalhada a diferença entre texto escrito e texto oral.
Ao longo do desenvolvimento da unidade, são sugeridas algumas atividades e a seção O que você estudou?, a fim de avaliar o processo de aprendizagem e os conhecimentos adquiridos pelos alunos em relação aos objetivos propostos para as seções da unidade.
Objetivos
- Interagir com os colegas e com o professor, expondo conhecimentos prévios e se posicionando a respeito do tema da unidade.
- Desenvolver a fluência em leitura oral, a compreensão de textos e a capacidade de identificar informações explícitas e implícitas em textos.
- Ler, interpretar e reconhecer as principais características dos gêneros relato pessoal e relato de viagem.
- Ler e interpretar um diário de viagem e relacioná-lo a relato de viagem.
- Diferenciar frase e oração.
- Reconhecer a função do sujeito e do predicado.
- Compreender o que são conjunções e empregá-las corretamente.
- Compreender a diferença entre texto escrito e texto oral.
- Desenvolver a escrita de frases e texto.
- Produzir um seminário
- Desenvolver o vocabulário.
Para trabalhar as seções que envolvem leitura e interpretação de textos, é essencial que os alunos compreendam que tanto o relato pessoal quanto o relato de viagem apresentam os acontecimentos de determinado momento da vida de alguém. Para isso, relembre com eles o uso de pronomes e as pessoas do discurso, a fim de perceberem que uma das principais características desses gêneros é o uso da primeira pessoa. Leve-os a perceber também os tempos verbais desses textos, pois há o predomínio do pretérito.
Referente aos conteúdos linguísticos, é retomado o conceito de frase e apresentado o conceito de oração. Além disso, o conceito de verbo deve estar consolidado para que consigam identificar as formas verbais em uma oração. Para reconhecer a função do sujeito e do predicado e identificar esses termos em uma oração, é necessário que, além da classe dos verbos, tenham compreendido a classe dos substantivos e dos pronomes. Para o estudo da diferença entre texto oral e texto escrito, é importante que os alunos compreendam os contextos de uso, a formalidade, etc.
Para a seção Produção de texto, os alunos precisam conseguir distinguir as situações comunicativas que exigem um registro mais formal ou mais informal da língua, concluindo que, em um seminário, devem empregar um registro mais formal. Além disso, devem atentar para aspectos não linguísticos, como postura, olhar, tom de voz, entre outros.
Veja a seguir sugestões de atividade que podem ser realizadas como ponto de partida para explorar a temática da unidade.
Atividade preparatória
- Para dar início ao tema proposto nesta unidade, organize os alunos em pequenos grupos para confeccionarem um mapa do tesouro. Comente que eles mesmos vão organizar essa atividade e definir juntos qual será o tesouro (uma sugestão são livros de aventura para serem lidos com a família, na atividade sugerida a seguir). Eles devem pensar em caminhos, passando por diferentes espaços da escola e apresentar pistas de locais. Para isso, disponibilize folhas de papel sulfite e lápis de várias cores. Acompanhe a construção dos mapas e verifique se os grupos precisam de algum auxílio. Ao término das produções, explique à turma que os mapas serão trocados entre os grupos para fazerem a dinâmica de caça ao tesouro. Finalizada a atividade, converse com os alunos sobre o que acharam dessa "aventura" na escola, incentivando-os a citar o que mais gostaram e o que acham que poderia melhor na atividade.
- Para proporcionar um momento de literacia familiar, oriente os alunos a selecionarem um livro de aventura ou um relato de viagem no cantinho de leitura ou na biblioteca da escola e a lerem em casa com os familiares. Também pode ser o livro descoberto como tesouro na atividade anterior. Produza fichas de leitura para o acompanha mento e avaliação da atividade e oriente os familiares a avaliarem a fluência em leitura dos alunos. Combine uma data para a finalização das leituras e para que possam compartilhar com os colegas o livro escolhido.
Sugestão de roteiro
1 aula
- Observação de imagem e realização das atividades orais.
- Realização da atividade preparatória.
A imagem destas páginas tem como objetivo apresentar o tema Aventura, levando os alunos a acionar seus conhecimentos prévios e explorar novas possibilidades ao longo desta unidade.
Destaques BNCC e PNA
- As atividades desta seção incentivam a troca de ideias entre os alunos, os quais também precisam ouvir os colegas com atenção e respeitar a opinião de todos, desenvolvendo, assim, as habilidades EF15LP09 e EF15LP10 e o componente desenvolvimento de vocabulário.
- Os alunos são levados a desenvolver a habilidade EF15LP11 em razão da conversa mediada e da participação coletiva, além da atenção e do respeito aos mo mentos em que o colega está falando.
- Os alunos também aprimoram a habilidade EF15LP13, quando se expressam oralmente para informar, relatar experiências e apresentar opiniões.
- Para introduzir o tema desta unidade, realize a atividade preparatória indicada na seção Introdução da unidade.
- Comente com os alunos que o filme retratado na imagem conta a história de T. S. Spivet, um menino superdotado de 10 anos de idade. Sem que sua família saiba, ele se candidata a um importante prêmio científico e acaba vencendo. Para receber o prêmio em Washington, Spivet resolve fazer uma viagem de trem pelos Estados Unidos.
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O ser humano sempre procurou superar seus limites e se aventurar no desconhecido. Nosso dia a dia está repleto de aventuras! Ser criança é explorar, aprender, conhecer e viver aventuras inesquecíveis.
Respostas pessoais. Comentários nas orientações ao professor.
CONECTANDO IDEIAS
1. Observe a cena retratada nestas páginas. O que você acha que o menino está fazendo?
2. Você gosta de ler livros ou assistir a filmes sobre aventuras? Em caso afirmativo, qual foi o mais marcante?
MANUAL DO PROFESSOR
Conectando ideias
- Os alunos podem responder que a mala e a expressão distante do menino sugerem que ele pretende sair do local onde se encontra, possivelmente em busca de aventuras.
- Explique aos alunos que, independentemente da preferência por um ou outro gênero, nada impede que relatem, por exemplo, suas impressões quanto à leitura de alguma narrativa literária de aventura que também tenha sido adaptada para o cinema. Se achar pertinente, dê um exemplo pessoal e ressalte que o importante não é comparar as diferenças entre uma obra e outra, e sim identificar os diferentes momentos e sensações marcantes que a aventura transmitiu a eles. Alguns exemplos de livros de aventura são: Viagem ao centro da Terra, Os invisíveis e A terra dos meninos pelados. Alguns exemplos de filmes de aventura são: O menino e o mundo e Os irmãos Grimm.
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ANTES DA LEITURA
Nas próximas páginas, você vai ler um relato pessoal publicado no livro Manual da criança caiçara. Artista plástica, educadora, fotógrafa e jornalista, Marie Ange Bordas, a autora do livro, já esteve em diversos lugares do mundo para realizar projetos de arte e jornalismo com crianças e jovens das mais variadas comunidades e culturas. Entre esses locais, destacam-se a África do Sul, o Quênia, a Etiópia e o Sri Lanka, além do Brasil, país que já percorreu de Norte a Sul.
1. Observe a seguir a capa do livro.

Capa do livro Manual da criança caiçara, de Marie Ange Bordas.
-
Que elementos visuais compõem essa capa?
A fotografia de um rio, com vegetação, fotos de crianças, de um sapo e de mãos, ilustrações de um barco com pescadores e de alguns animais e a logomarca da editora.
2. Com base no título do livro e nas imagens, converse com os colegas sobre as questões a seguir.
- O relato pessoal que você vai ler é de um jovem caiçara chamado Lucas. Você já ouviu falar da população caiçara?
Resposta pessoal. - Considerando o tema da unidade, o que você acha que será relatado nesse texto?
Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
3 aulas
- Realização das atividades da subseção Antes da leitura.
- Leitura e interpretação do relato pessoal.
- Realização das atividades orais e escritas das páginas 218 a 220.
Objetivos
- Expor conhecimentos prévios sobre o relato pessoal a ser lido.
- Levantar hipóteses sobre o relato pessoal que será lido.
Destaques BNCC e PNA
- Os alunos desenvolvem a habilidade EF15LP04, uma vez que são levados a explorar a capa do livro, identificando seus elementos visuais.
- Ao realizarem o levantamento de hipóteses e dialogarem entre si, os alunos desenvolvem a habilidade EF15LP02 e o componente desenvolvimento de vocabulário.
- Na atividade 1, comente com os alunos que o livro foi produzido a partir de um projeto realizado pela autora com a população caiçara e que a imagem da capa se refere ao litoral sul do estado de São Paulo. Aproveite e enfatize a importância dessa publicação para divulgar a cultura caiçara.
- No item a da atividade 2, explore os conhecimentos dos alunos. Caso não saibam de que se trata, oriente-os a pesquisar a palavra caiçara no dicionário para descobrirem que essa c omunidade é fruto da miscigenação entre indígenas, brancos e negros, que se estabeleceu no litoral das regiões Sul e Sudeste do Brasil desde a colonização portuguesa. Os caiçaras vivem principalmente da pesca e da agricultura.
- No item b, permita aos alunos que levantem hipóteses sobre o texto e, se possível, anote alguns tópicos na lousa para retomá-los após a leitura.
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LEITURA
Leia o relato em que Lucas conta uma aventura vivida por ele.
Caderno do Lucas
Meu nome é Lucas e venho de uma família de pescadores. Meu bisavô era pescador, meu avô é pescador, meu tio é pescador... Minha mãe, não, minha mãe é cobreira, sabe até pegar cobra com a mão. Eu sou o mais novo da família, pescador e pesquisador. Peixe é comigo mesmo: eu pego, pesco, abro pra olhar por dentro, desenho, estudo, pesquiso. Tudo. Até comer eu como!
Meu avô diz que pescar está no sangue, que ele mesmo aprendeu com seu pai, só olhando, curioso, e saindo para pescar. Comigo foi um pouco diferente. Eu não nasci pertinho do mar. Quando era pequeno e ainda não morava na Barra, gostava de muitas coisas, mas nunca pensei que ia me encantar com o mundo dos peixes. Com sete anos, mudei para cá. E logo que vi o meu avô pescando, fiquei curioso. Eram tantos peixes diferentes que ele trazia, tantas as histórias que eu ouvia, tantos jeitos de pescar... Fiquei doido e comecei a estudar, a perguntar para os mais velhos, a procurar na internet e nos livros. Logo decidi o que queria ser na vida: biólogo marinho. Para continuar estudando e poder ajudar a proteger o mar e seus animais.
Minha primeira pescaria foi para pegar tainha. Mas não pegamos nada. Ventava forte, as ondas arrebentavam, o barco não parava, entrava por dentro da onda, espalhando água por todo lado. Parecia aquele programa da T V, "Pesca Mortal". Não cheguei a enjoar, mas fiquei paralisado, tenso. Outra vez, fui com o Nilson e o Si botar uma rede de robalo, e voltei oito horas da noite. Também sofri, porque o Si não conseguia entrar na Barra. As ondas começaram a entrar dentro da canoa, que escorregava prum lado e pro outro. Subia aquele paredão de água, eu não sabia o que fazer. Deitei lá embaixo, pra não ver mais nada. E o Nilson me assustava: Vai afundar!, enquanto o Si dava risada. E é assim que a gente vai aprendendo.
Caderno do Lucas, de Marie Ange Bordas. Em: Manual da criança caiçara. São Paulo: Peirópolis, 2011. p. 62.
MANUAL DO PROFESSOR
Objetivo
- Ler e compreender um relato pessoal.
Destaques BNCC e PNA
- Os alunos desenvolvem a habilidade EF35LP01 e os componentes fluência em leitura oral e compreensão de textos por meio da leitura, silenciosa e, em seguida, em voz alta, e da compreensão do relato.
- Ao tentar inferir o significado de palavras pelo contexto, os alunos desenvolvem a habilidade EF35LP05 e o componente desenvolvimento de vocabulário.
- Inicialmente, peça aos alunos que leiam o relato do começo ao fim, sem interrupções, garantindo que eles tenham uma compreensão global do texto. Palavras desconhecidas devem ser inferidas pelo contexto ou verificadas no dicionário após a leitura. Depois, oriente uma leitura em voz alta.
- Pergunte aos alunos qual foi a primeira aventura vivida por Lucas em sua primeira pescaria para verificar se houve uma compreensão global do texto. Caso eles não saibam ou não se lembrem, releia o texto em voz alta e oriente-os a encontrar esse trecho do relato.
- Após a leitura do texto, explique a origem da palavra caiçara, que vem do tupi e significa "pescador da praia". O termo, que ainda é muito usado pelos paulistas, hoje se refere a todo habitante da costa. Em geral, nas demais regiões do Brasil, a palavra refere-se àqueles que vivem no litoral de modo rústico ou às comunidades de pescadores. No entanto, caiçara também passou a se referir, de forma pejorativa, aos habitantes das regiões interioranas, os quais têm pouca instrução e vivem de maneira rústica. Assim, leve os alunos a compreender que um livro como o de Marie Ange Bordas, além de divulgar o modo de vida caiçara como algo positivo e como parte da cultura do Brasil, contribui para quebrar preconceitos e estereótipos, bem como incentiva o respeito à diversidade.
Mais atividades
- Se julgar pertinente, leve os alunos ao laboratório de informática ou à biblioteca da escola para pesquisarem sobre a profissão de biólogo marinho. Oriente-os a anotar as informa ções no caderno para depois, se possível, serem apresentadas à turma. Se for necessário, auxilie-os a acessar fontes confiáveis de pesquisa, seja na internet, seja em revistas e livros impressos.
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ESTUDO DO TEXTO
- Suas suposições sobre o relato de Lucas se confirmaram? Comente. Resposta pessoal.
- Ao se apresentar, Lucas destaca uma característica de sua família.
- Que característica é essa?
É uma família de pescadores. - Qual pessoa da família não apresenta tal característica?
A mãe.
- Que característica é essa?
3. Observe a palavra destacada no trecho a seguir.
Minha mãe, não, minha mãe é cobreira, sabe até pegar cobra com a mão.
- A que se refere a palavra destacada na frase? Marque-a com X.
Ao sentimento da mãe.
À ocupação da mãe. X
Ao sobrenome da mãe.
4. O que significa a afirmação "pescar está no sangue", dita pelo avô de Lucas?
Indica que a pesca é uma tradição de família, passada de geração a geração.
5. O menino relata que também se interessou pela pesca.
- Quando isso ocorreu? Quem o influenciou?
Aos 7 anos de idade. A influência veio do avô, quando o menino o viu pescando.
- Por que o menino diz que o interesse dele pela pesca foi diferente do interesse dos familiares?
Porque a família de modo geral vivia dessa atividade. Pescam pensando na venda do produto. Lucas tem o olhar curioso, de pesquisador. Por isso se tornou biólogo marinho.
MANUAL DO PROFESSOR
Objetivo
- Compreender e identificar as principais características de um relato pessoal.
Destaques BNCC e PNA
- A localização de informações explícitas no texto permite o trabalho com a habilidade EF15LP03.
- Ao identificarem a ideia central, os alunos desenvolvem a habilidade EF35LP03.
- Os alunos desenvolvem a habilidade EF05LP05 porque identificam o tempo verbal predominante nesse relato.
- Ao refletirem sobre a variação linguística, os alunos aprimoram a Competência específica de Língua Portuguesa 4. Ao ouvir gravações em diferentes variedades linguísticas, eles desenvolvem a habilidade EF35LP11.
- Ao realizar as atividades desta seção os alunos também desenvolvem os componentes compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.
- Na atividade 1, oriente os alunos a retomarem as hipóteses levantadas antes da leitura para verificar quais se confirmaram.
- Para realizar as atividades 2, 3 e 4, oriente os alunos a voltarem ao texto para identificarem algumas informações. Ao realizar a atividade 3, se necessário, oriente-os a consultar o vocabulário da página do texto.
- Na atividade 4, pergunte se já ouviram a expressão "está no sangue" e, em caso, positivo, peça que digam qual foi o contexto.
- Ao finalizar a atividade 5, pergunte aos alunos se conseguem perceber alguma situação vivida por eles que se refira a algo que alguém de sua família faça e que os tenha incentivado também.
- Com base nessa questão, pergunte a eles também se entre os familiares há quem tenha seguido a profissão do pai, da mãe ou dos avós, por exemplo, e qual é esse ofício. No entanto, leve-os a perceber que a influência familiar não pode ser uma imposição, e sim algo que ocorra naturalmente. Reforce isso utilizando como exemplo o relato do próprio Lucas, que carrega o "sangue" da pescaria, porém a desenvolve para fins de pesquisa, enquanto sua mãe nem se interessou pela pesca.
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- De início, o que Lucas fez para buscar informações sobre a pesca?
Perguntou aos mais velhos e procurou na internet e em livros.
- Por que ele se considera um pesquisador?
Porque, quando pesca um peixe, ele o examina e estuda sobre ele.
6. Leia atentamente o trecho a seguir e observe como Lucas descreve sua primeira pescaria.
Ventava forte, as ondas arrebentavam, o barco não parava, entrava por dentro da onda, espalhando água por todo lado.
- O que é descrito nesse trecho?
A intensidade do vento e o movimento das ondas e do barco.
- O que esse trecho busca causar no leitor?
Ao permitir que o leitor visualize a cena, esse trecho tem a intenção de deixar o leitor apreensivo.
7. No relato, quem apresenta os fatos é o menino Lucas.
- Lucas participa dos fatos ou apenas os observa e conta para o leitor?
Lucas participa dos fatos. - Sendo assim, esse relato é escrito em:
primeira pessoa. X
terceira pessoa.
MANUAL DO PROFESSOR
- Oriente os alunos a consultarem o texto para responderem aos itens c e d da atividade 5. Ao final, pergunte a eles o que acharam da atitude de Lucas de pesquisar informações sobre a pesca. Aproveite o momento para comentar que devemos sempre estar dispostos a aprender e a pesquisar e que conversar com os mais velhos, como Lucas fez, é uma ótima oportunidade de descobrir coisas novas.
- Na atividade 6, leve os alunos a compreender que a descrição é muito importante em um relato, pois, por meio dela, o leitor consegue imaginar e dar sentido ao que está lendo. Leia a seguir um trecho sobre isso.
[...]
A descrição consiste na recriação, por meio de palavras, de alguma coisa que uma pessoa quer dar a conhecer a outra. Desse modo, quem ouve ou lê uma descrição fica tendo uma imagem de algo com que, normalmente, ele não está em contato direto.
[...]
BEARZOTI FILHO, Paulo. O que é descrição. In: A descrição. São Paulo: Atual, 1991. p. 1. (Tópicos de Linguagem).
- Ao realizar a atividade 7, chame a atenção dos alunos para os pronomes e verbos na primeira pessoa.
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8. Releia o trecho do texto.
E o Nilson me assustava: Vai afundar!, enquanto o Si dava risada.
- Por que a expressão vai afundar foi destacada?
A expressão foi destacada para indicar a reprodução da fala de Nilson no relato de Lucas.
9. Observe, neste trecho do relato, as formas verbais em destaque.
Não cheguei a enjoar, mas fiquei paralisado, tenso. Outra vez, fui com o Nilson e o Si botar uma rede de robalo, e voltei oito horas da noite. Também sofri, porque o Si não conseguia entrar na Barra. As ondas começaram a entrar dentro da canoa [...].
-
Esses verbos estão em que tempo verbal?
Presente.
Pretérito perfeito. X
Futuro do presente.
- Por que, nesse relato, predomina esse tempo verbal?
Porque são relatados acontecimentos que já ocorreram.
10. Agora, releia outro trecho do texto.
Peixe é comigo mesmo: eu pego, pesco, abro pra olhar por dentro, desenho, estudo, pesquiso.
- O termo em destaque é uma redução da palavra para. Ele indica:
uma característica própria da fala espontânea que se aproxima das formas de expressão que o menino usa no dia a dia. X
uma característica de oralidade que revela um erro cometido por muitos brasileiros. - Identifique no texto outros exemplos de marcas de oralidade.
Prum, pro.
MANUAL DO PROFESSOR
- Ao realizar a atividade 8, pergunte aos alunos que outro tipo de destaque poderia ter sido usado no trecho, a fim de que concluam que poderiam ter sido empregadas aspas.
- Na atividade 9, leve os alunos a perceberem que, em um relato, é utilizado o pretérito perfeito, pois são narrados acontecimentos passados e finalizados.
- Aproveite a atividade 10 para abordar com os alunos a heterogeneidade linguística desenvolvendo a consciência para o respeito às variedades linguísticas, bem como às pessoas que as utilizam, de modo a propor uma reflexão a respeito do preconceito linguístico. Auxilie os alunos a perceber o uso da linguagem adequado à situação comunicativa feito pelo menino, explicando que se trata de uma situação descontraída. Leve-os a observar que no texto há outras marcas de oralidade, como a repetição das expressões era pescador... é pescador, é pescador... e do verbo em até comer eu como.
- Após a realização da atividade 10, se possível, apresente vídeos de textos falados, canções ou gravações em diferentes variedades linguísticas - incluindo caiçaras, se possível - para que os alunos identifiquem diferenças e desenvolvam cada vez mais o respeito e rejeitem qualquer tipo de preconceito linguístico.
Amplie seus conhecimentos
- Fandango Caiçara. Iphan. Disponível em: https://oeds.link/6YzyzR. Acesso em: 18 jul. 2021.
No site indicado, é possível conhecer um pouco mais sobre os caiçaras, como o fandango caiçara, que é uma expressão musical-coreográfica-poética e festiva.
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ESTUDO DA LÍNGUA
Frase e oração
Leia o texto a seguir.
Que interessante! Marie Ange conheceu Lucas, um menino caiçara que nasceu em uma família de pescadores. A pesca está no sangue de Lucas.
- Quantas frases compõem esse texto?
Três frases. - Em todas essas frases há verbos?
Não, na frase "Que interessante!" não há verbo.
Na primeira frase, não há verbo; na segunda frase, há dois verbos (conheceu e nasceu); na terceira frase, há um verbo (está). Mesmo com essa diferença, as três expressam sentido completo, ou seja, podem ser compreendidas em seu contexto de uso.
Todo enunciado que contém sentido, em uma situação comunicativa, recebe o nome de frase.
A frase pode ou não conter verbo. A frase que contém verbo recebe o nome de oração.
Agora, vamos analisar uma frase do texto lido anteriormente e identificar quantas orações ela contém.

MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
5 aulas
- Compreensão dos conceitos de frase e oração, sujeito e predicado.
- Realização das atividades das páginas 221 a 224.
- Realização da brincadeira proposta na seção Jogos e brincadeiras.
Objetivo
- Diferenciar frase e oração.
Destaques BNCC e PNA
- Por meio do trabalho proposto nesta seção, os alunos podem aprimorar a Competência específica de Língua Portuguesa 2.
- Ao realizar as atividades da seção, os alunos também desenvolvem o componente produção de escrita.
- Se necessário, retome previamente o conteúdo verbo com a turma e verifique se os alunos conseguem localizar o verbo em uma oração.
- Ao ler os conceitos de frase e de oração com os alunos, verifique se compreenderam, que para uma frase ser uma oração, precisa conter verbo.
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1. Marque um X nas frases que também são orações.
Que aventura!
Lemos muitas histórias de aventura durante as férias. X
Gosto muito de esportes radicais. Nossa! X
Atenção!
Leitores de todas as idades gostam do tema aventura. X
2. Transforme as frases a seguir em orações. Veja um exemplo.
Que noite linda!
A noite estava linda!
-
Que belo jogo de basquete!
Sugestão de resposta: Assistimos a um belo jogo de basquete!
-
Feliz aniversário!
Sugestão de resposta: Que você tenha um feliz aniversário!
-
Belas palavras.
Sugestão de resposta: Suas palavras foram belas.
-
Que poema lindo!
Sugestão de resposta: Li um poema lindo!
3. Marque um X apenas as orações e contorne os verbos que elas apresentam.

- Meu nome é Lucas. X
- Eu sou o mais novo da família. X
- Pescaria? Oba!
- Minha primeira pescaria foi ontem. X
- Eu sou biólogo marinho. X
MANUAL DO PROFESSOR
- Na atividade 1, oriente os alunos a identificarem as formas verbais para diferenciar frase de oração.
- Na atividade 2, explique aos alunos que eles podem fazer alterações para criar as orações, desde que insiram uma forma verbal e a principal ideia da frase se mantenha.
- Após a atividade 3, peça aos alunos que justifiquem por que o item c não é uma oração e, em seguida, peça-lhes que oralmente transforem essa frase em uma oração.
- Leia o texto a seguir, que trata sobre a diferença entre frase e oração.
[...] as unidades fundamentais que empregamos na comunicação interpessoal, em situações concretas e únicas, por meio de palavras, chamam-se frases. Perguntas, respostas, ordens, declarações, exclamações, promessas, pedidos são atos comunicativos praticados por meio de frases. Tanto a pergunta Você aceita outro pedaço de bolo? quanto a resposta Sim ou Aceito são frases. Para termos uma frase, é suficiente, portanto, que a unidade linguística empregada represente um ato comunicativo capaz de exprimir uma intenção ou motivação interlocutiva. Dizemos, por isso, que a frase é a unidade fundamental do discurso, isto é, da atividade comunicativa que se realiza por meio da palavra.
Outra coisa é a oração. Chamamos oração à unidade gramatical centrada em um verbo flexionado em um dado tempo e constituída, tipicamente, de duas partes: sujeito e predicado. Ordinariamente, a função "sujeito" é exercida por um substantivo ou pronome substantivo, e a função "predicado" é exercida por um verbo: João/Ele (= sujeito) viajou (= predicado). Uma oração é, portanto, uma construção identificada por sua forma: é uma unidade da gramática da língua.
[...]
AZEREDO, José Carlos de. Frase, oração e matriz proposicional. In: Gramática Houaiss da língua portuguesa. 2. ed. São Paulo: Publifolha, 2008. p. 136.
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Sujeito e predicado
Leia a oração apresentada a seguir.
O menino pescou muitos peixes.
-
Quem pescou muitos peixes?
O menino.
-
O que é dito sobre o menino nessa oração?
Que ele pescou muitos peixes.
O termo da oração sobre o qual se declara algo é chamado sujeito.
O termo da oração que declara algo sobre o sujeito é chamado predicado.
Agora, analise o sujeito e o predicado da oração lida.

O sujeito dessa oração está no singular, assim como a forma verbal do predicado. Veja o que aconteceria se flexionássemos o sujeito o menino no plural.
Os meninos pescaram muitos peixes.
Com o sujeito no plural, a forma verbal do predicado precisou ser flexionada no plural: pescaram.
O verbo faz parte do predicado e deve concordar com o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (1a, 2a ou 3a).
MANUAL DO PROFESSOR
Objetivo
- Reconhecer a função do sujeito e do predicado.
Destaques BNCC e PNA
- O trabalho desta seção contribui para o desenvolvimento da habilidade EF05LP06, uma vez que os alunos devem fazer a concordância entre sujeito e predicado.
- Por meio do trabalho proposto nesta seção, os alunos podem aprimorar a Competência específica de Língua Portuguesa 2.
- Ao realizar as atividades da seção, os alunos também desenvolvem o componente produção de escrita.
- Depois de ler os conceitos de sujeito e de predicado, se julgar pertinente, mostre aos alunos que as duas perguntas apresentadas podem ser feitas para identificar o sujeito e o predicado de outras orações. Para isso, escreva outro exemplo na lousa ("Manuela nadou no rio.") e faça o mesmo tipo de pergunta: "Quem nadou no rio? (Manuela)"; "O que é dito sobre Manuela nessa oração? (nadou no rio)".
- Após ler o boxe com o conceito de concordância entre o verbo e o sujeito, explique-lhes que, em situações informais de uso da língua, essa concordância talvez não aconteça, de maneira que nesse caso a falta dela não seja estigmatizada.
Acompanhando a aprendizagem
Objetivo
- Identificar a concordância verbal em orações.
Como proceder
- Ao ler o conceito de concordância verbal, para verificar a aprendizagem dos alunos sobre o conteúdo estudado, apresente outras orações de modo que eles identifiquem os dois termos em cada uma delas.
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1. Leia o texto de quarta capa do livro A visita.
Elise é uma mulher muito medrosa. Tem medo de aranha, medo de gente e até medo de árvore. Por isso vive sozinha e sozinha pretende ficar.
Mas, quando menos espera, um aviãozinho de papel entra por uma janela. No dia seguinte, certa visita bate em sua porta. E agora, o que fazer? Será que ela deve receber um estranho em sua casa - e abrir um espaço como esse em sua vida?
A visita, de Antje Damm. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2016. Quarta capa.

- Indique o sujeito e o predicado das orações a seguir.
- Elise é uma mulher muito medrosa.
Sujeito: Elise
Predicado: é uma mulher muito medrosa.
- [...] certa visita bate em sua porta.
Sujeito: certa visita
Predicado: bate em sua porta.
2. Relacione os sujeitos da coluna da esquerda com seus respectivos predicados, na coluna da direita.
- A viagem
- Minha família e eu
- As cataratas do Iguaçu
- O barco
B fomos para a casa da vovó.
D foi construído rapidamente.
A foi uma grande aventura.
C são deslumbrantes.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Caça ao tesouro
Agora, você e os colegas vão brincar de Caça ao tesouro e verificar o que aprenderam sobre sujeito e predicado. Ouçam as orientações do professor e divirtam-se!
MANUAL DO PROFESSOR
- Na atividade 1, peça a um aluno voluntário que leia para os colegas o texto apresentado. Em seguida, pergunte aos alunos se tiveram vontade de ler o livro e incentive-os a ler a história na íntegra.
- Para auxiliar os alunos a completar os itens a e b da atividade 1, peça que identifiquem primeiro o verbo da oração. Em seguida, oriente-os a identificar o verbo que indica uma qualidade e/ou que expressa uma ação para descobrir quem é o sujeito. Depois, ajude-os a identificar o predicado.
- Finalizada a atividade 2, se julgar pertinente, peça aos alunos que escrevam as frases completas no caderno. Nesse momento, oriente-os a atentar à concordância verbal.
Jogos e brincadeiras
Objetivo
- Formar orações fazendo a concordância conforme a norma padrão entre sujeito e predicado.
Como proceder
- Os alunos deverão encontrar mensagens escondidas pela sala de aula ou por outros ambientes escolares. É importante que sejam colocadas em locais de fácil acesso à turma.
- Para preparar a atividade, produza um mapa com os espaços escolares onde se pretende deixar as mensagens. Você pode fazer uso de imagens dos ambientes ou escrever os nomes dos locais.
- Divida os alunos em grupos e delegue uma cor a cada um. Informe-os de que as mensagens estarão dentro de envelopes com as cores das próprias equipes e que devem pegar somente aqueles com a cor do grupo.
- Deve haver seis envelopes para cada grupo: em três deles deve haver sujeitos de orações e, nos outros três, os predicados dessas orações. Veja exemplos: A menina (sujeito) comeu bolo de cenoura. (predicado); O dia (sujeito) estava lindo! (predicado); Os pássaros (sujeito) voaram alto. (predicado).
- Após encontrarem os seis envelopes, os grupos devem combinar os sujeitos com os predicados para formar adequadamente as orações.
- Após todos os grupos encontrarem os envelopes e formarem as orações, a turma deve corrigir a atividade coletivamente.
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ANTES DA LEITURA
Você vai ler um trecho do relato de viagem escrito por três irmãs: Laura, Tamara e Marininha Klink. Elas são filhas do velejador brasileiro Amyr Klink. Foram criadas no ambiente náutico e conheceram diversos locais do mundo. Juntas, viajam e registram suas aventuras em relatos de viagens acompanhados de desenhos e fotos. Laura e Tamara são gêmeas e nasceram em 1997. Marininha, a caçula, nasceu no ano 2000.
1. Observe a capa do livro em que o relato foi publicado.

Capa do livro Férias na Antártica, de Laura, Tamara e Marininha Klink.
- Na capa, há elementos que remetem à Antártica. Que elementos são esses e o que eles sugerem?
Animais como pinguins, baleia e focas; geleira. As roupas de inverno das meninas sugerem que a Antártica é um lugar frio.
2. O que você sabe sobre a Antártica, além de ser um lugar muito frio?
Resposta pessoal.
3. Que aventuras você imagina que é possível viver durante as férias nesse lugar?
Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
3 aulas
- Realização das atividades da subseção Antes da leitura.
- Leitura e interpretação do relato de viagem.
- Realização das atividades orais e escritas das páginas 228 a 230.
Objetivos
- Expor conhecimentos prévios sobre o relato de viagem a ser lido.
- Levantar hipóteses sobre o relato de viagem que será lido.
Destaques BNCC e PNA
- Os alunos desenvolvem a habilidade EF15LP04, uma vez que devem explorar a capa do livro, identificando seus elementos visuais.
- O levantamento de hipóteses e o diálogo entre os alunos permite o desenvolvimento da habilidade EF15LP02 e do componente desenvolvimento de vocabulário.
- Na atividade 1, explore com os alunos os elementos que compõem a capa, destacando as meninas, o cenário e as cores utilizadas. Além disso, leve-os a perceber que os animais que aparecem em cena estão em seu hábitat.
- Na atividade 2, permita aos alunos que comentem o que sabem sobre a Antártica e quais características esse local apresenta, que tipos de seres vivos há, como é a temperatura, as estações do ano, etc. Pergunte a eles se gostariam de visitar esse lugar e que atividades fariam lá.
- Na atividade 3, incentive os alunos a levantarem hipóteses sobre como é possível viver na Antártica e retome-as após a leitura.
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LEITURA
Leia um trecho do relato de viagem das irmãs Klink para conhecer um pouco da aventura vivida por elas.
Partir
Nascemos numa família que gosta de viajar de barco, e muito. Crescemos enquanto nosso pai construía um novo veleiro, o Paratii-2. Pessoas que nunca tinham visto um barco antes também participaram da sua construção, que aconteceu devagar, longe do mar e com muito esforço. Quando ficou pronto, tornou-se famoso pelas viagens que fez e por ser um dos barcos mais modernos do mundo. Nossa mãe sabia que o barco era seguro e que poderia levar toda a nossa família. Então pediu para irmos todos juntos numa próxima vez e nosso pai concordou! Ficamos felizes porque, finalmente, não ficaríamos na areia da praia dando tchau.
Partimos para uma longa viagem e deixamos nossos avós com saudades. Viajamos para um lugar que muitas pessoas nem imaginam como é. Para chegarmos lá, balançamos para cima e para baixo, para um lado e para o outro, com movimentos nem um pouco agradáveis, nada parecidos com os que experimentamos em terra firme.
Fomos para um continente que não tem dono, bandeira ou hino, onde sentimos temperaturas abaixo de zero. Dizem que ali é tudo branco e só tem gelo, mas enquanto viajávamos fomos descobrindo muitas cores e diferentes tons de branco.
Sempre nos perguntam: "O que vocês fazem lá?" "Tudo!" é a nossa resposta. É um lugar muito especial chamado Antártica. [...]
- veleiro:
- embarcação a vela (tecido que move uma embarcação com a força do vento)

MANUAL DO PROFESSOR
Objetivo
- Ler e compreender um relato de viagem.
Destaques BNCC e PNA
- Os alunos desenvolvem a habilidade EF35LP01 e os componentes fluência em leitura oral e compreensão de textos por meio da leitura, silenciosa e, em seguida, em voz alta, e da compreensão do relato.
- A leitura do trecho possibilita aos alunos desenvolver a Competência específica de Língua Portuguesa 3, uma vez que, por meio dessa leitura, conhecem experiências relatadas por outras pessoas.
- Ao tentar inferir o significado de palavras pelo contexto, os alunos desenvolvem a habilidade EF35LP05 e o componente desenvolvimento de vocabulário.
- Oriente os alunos a lerem o texto silenciosamente e a destacarem palavras desconhecidas, tentando inferir o sentido de cada uma delas pelo contexto. Ao final da leitura, caso ainda tenham dúvidas, vocês podem consultar um dicionário e conversar sobre elas.
Amplie seus conhecimentos
- KLINK, Amyr. Cem dias entre o céu e o mar. São Paulo: Cia. de Bolso, 2005.
Para conhecer mais sobre as expedições da família Klink, leia o livro, indicado, escrito por Amyr Klink, que relata uma viagem feita na "lâmpada flutuante", um barco a remo com o qual o autor fez a travessia do oceano Atlântico.
227
Brincadeiras a bordo
Na Antártica, o tempo muda muito rápido, e um lugar paradisíaco, com sol, mar calmo e bem lisinho, pode, de repente, se transformar totalmente com a chegada de uma forte tempestade!
Às vezes, ficamos horas, ou dias, sem poder ir para o lado de fora do barco por causa do vento, então procuramos alguma coisa para fazer dentro do barco. Brincamos de teatro, de lojinha, inventamos jogos, cozinhamos, assistimos a filmes. Como não tem TV, é comum assistirmos a um filme que uma de nós gostou muitas vezes. Vemos até saber o filme todo de cor!
Uma das nossas brincadeiras é improvisar patins, colocando papel debaixo dos pés para escorregar enquanto o barco balança. Mas de vez em quando não dá muito certo...
Quando o tempo melhora, dá pra sair para brincar e ver o que tem lá fora. Há brincadeiras que só podem ser feitas em lugares como a Antártica: inclinar para trás contra o vento sem cair no chão; pegar pedaços compridos de gelo que ficam pendurados nas bordas de pedras grandes e fingir que são picolés; imaginar esculturas nos icebergs, como as pessoas fazem quando olham as nuvens; improvisar escorregadores; fazer bonecos de neve; pular do alto de morros gelados na neve fofa; fazer snowboard; construir labirintos, esconderijos e até uma casa de gelo.
Férias na Antártica, de Laura, Tamara e Marininha Klink. Ilustrações de Estúdio Zinne. 2. ed. São Paulo: Peirópolis, 2014. p. 9, 18.
- icebergs:
- grandes massas de gelo flutuantes no mar
- snowboard:
- surfe na neve

MANUAL DO PROFESSOR
- Finalizada a primeira leitura, peça a alguns alunos voluntários que leiam o texto novamente, dessa vez em voz alta. Cada um pode ler um parágrafo. Aproveite o momento para tirar dúvidas em relação ao texto e avaliar a fluência em leitura.
- Se possível, leve o livro Férias na Antártica para que os alunos o conheçam e possam ler outras histórias vividas pelas três irmãs.
- Oriente-os a pesquisar na biblioteca da escola outros relatos de viagem, para se familiarizarem com o gênero.
228
ESTUDO DO TEXTO
1. As aventuras das meninas foram como você imaginou antes da leitura?
Resposta pessoal.
2. Quais das brincadeiras realizadas por elas você achou mais interessantes? Por quê?
Resposta pessoal.
3. Quem participou da viagem relatada no livro Férias na Antártica?
Somente as três irmãs.
As três irmãs, o pai e a mãe. X
4. Com base no trecho do relato de viagem lido, responda às questões a seguir.
-
Com que objetivo o relato de viagem foi escrito?
Para registrar o dia a dia de uma viagem, mostrando as aventuras pelas quais as meninas passaram.
-
Esse relato foi escrito em:
primeira pessoa. X
terceira pessoa.
5. A quem o livro em que esse relato de viagem foi publicado é preferencialmente destinado? Como você chegou a essa conclusão?
Sugestão de resposta: É preferencialmente destinado a crianças e jovens, pela linguagem e ilustração da capa, mas pode interessar às pessoas que gostam de histórias de aventuras ou se interessam pela Antártica.
6. De acordo com o texto, o que motivou as três irmãs a gostar de se aventurar em viagens de barco?
O fato de terem nascido em uma família que gosta de realizar viagens de barco.
MANUAL DO PROFESSOR
Objetivo
- Compreender e identificar as principais características de um relato de viagem.
Destaques BNCC e PNA
- O estudo do texto possibilita aos alunos desenvolver a habilidade EF15LP01, uma vez que eles identificam a função social do relato de viagem e seu público-alvo.
- Os alunos desenvolvem a habilidade EF15LP03 ao localizar informações explícitas no relato de viagem.
- Ao identificar a ideia central do relato de viagem, demonstrando compreensão global, os alunos desenvolvem a habilidade EF35LP03.
- Os alunos desenvolvem a habilidade EF05LP04 ao refletir sobre os diferentes sinais de pontuação e seus usos.
- Ao realizar as atividades desta seção os alunos também desenvolvem os componentes compreensão de textos, desenvolvimento de vocabulário e produção de escrita.
Atividade preparatória
- Se possível, leve um globo terrestre ou um mapa para que os alunos localizem a Antártica. Pesquise informações e fotos para apresentar aos alunos a fim de que eles conheçam mais sobre esse lugar.
- Na atividade 1, retome com os alunos as hipóteses levantadas antes da leitura.
- Na atividade 2, promova um momento de interação entre a turma e incentive todos os alunos a participarem.
- Para responderem à atividade 3, oriente os alunos a relerem o relato. Eles poderão encontrar essa informação no final do primeiro parágrafo, no trecho: "Nossa mãe sabia que o barco era seguro e que poderia levar toda a nossa família. Então pediu para irmos todos juntos numa próxima vez e nosso pai concordou!".
- As atividades 4 e 5 exploram características do gênero. Se julgar pertinente, converse com a turma sobre elas antes de escreverem suas respostas no livro. No item b da atividade 4, ressalte alguns verbos empregados na primeira pessoa: nascemos, crescemos, partimos, etc. Comente que, nesse caso, foi empregada a primeira pessoa do plural, pois o relato é assinado pelas três irmãs.
- Na atividade 6, comente com os alunos que o pai de Laura, Tamara e Marininha, Amyr Klink, navegador conhecido por suas expedições marítimas, também atua como palestrante e escritor.
229
7. No início do texto, as meninas falam da construção do Paratii-2.
-
O que foi necessário para construí-lo?
Foi necessário o trabalho de muitas pessoas, além de muito tempo e esforço.
-
Por que o Paratii-2 ficou tão conhecido?
Pelas viagens e por ser um dos barcos mais modernos do mundo.
8. Após a construção do veleiro, a vida das irmãs sofreu uma transformação.
-
Que transformação foi essa?
Elas puderam viajar com os pais.
-
Como elas se sentiram? Por quê?
Elas ficaram felizes, pois puderam acompanhá-los na viagem.
9. Na segunda parte do texto, as meninas relatam a rotina de lazer na Antártica.
-
O que definia o tipo de brincadeira que elas praticavam?
As condições do tempo.
-
Quando a tempestade era forte, o que elas faziam para se divertir?
Priorizavam as brincadeiras na parte de dentro do barco, como brincar de teatro, de lojinha e assistir a filmes.
10 . Releia o trecho a seguir.
Para chegarmos lá, balançamos para cima e para baixo, para um lado e para o outro, com movimentos nem um pouco agradáveis [...].
Agora, leia uma reescrita desse trecho.
Para chegarmos lá, o barco balançava com movimentos nem um pouco agradáveis [...].
MANUAL DO PROFESSOR
- Para responderem à atividade 7, oriente os alunos a relerem o primeiro parágrafo do texto.
- Na atividade 8, explore o fato de as meninas valorizarem os momentos com a família e também de deixarem claro que, antes da construção do Paratii-2, elas não costumavam viajar com o pai. Discuta com eles a importância que elas deram a esse momento e o que isso representou para elas. Aproveite a ocasião e proponha a eles que falem sobre o que costumam fazer na companhia da família, reforçando a importância disso para o desenvolvimento emocional e afetivo do ser humano.
- Na atividade 9, explore com os alunos as brincadeiras que as irmãs inventavam para passar os dias. Destaque o fato de elas se adaptarem às situações adversas da viagem. Pergunte se eles conhecem alguma das brincadeiras das meninas e o que eles costumam fazer em dias muito chuvosos, por exemplo.
230
-
O trecho original e o reescrito expressam da mesma forma o que está sendo descrito? Por quê?
De certa forma sim, porém o primeiro trecho relata melhor a situação, mostrando que o movimento do barco ocorria para todos os lados. Pode-se dizer que o primeiro trecho é mais expressivo.
-
Por que as informações em destaque no trecho original são importantes para o leitor?
Elas ajudam o leitor a "visualizar" como os fatos ocorreram, permitindo que consiga imaginar as cenas.
11. Releia este outro trecho do texto.
Sempre nos perguntam: "O que vocês fazem lá?" "Tudo!" é a nossa resposta. É um lugar muito especial chamado Antártica.
Estão circulados os dois pontos após a palavra Perguntam; as aspas e o ponto de interrogação no trecho O que vocês fazem lá?; as aspas e o ponto de exclamação na palavra Tudo!; e os pontos finais após as palavras Resposta e Antártica.
- Contorne nesse trecho os sinais de pontuação. Depois, relacione-os ao que indicam nesse trecho.
- dois-pontos
- aspas
- ponto de interrogação
- ponto de exclamação
- ponto-final
- Indicar uma pergunta. C
- Concluir uma ideia. E
- Introduzir uma fala. A
- Indicar uma fala. B
- Enfatizar uma ideia.D
12. Releia o trecho a seguir.
Fomos para um continente que não tem dono, bandeira ou hino, onde sentimos temperaturas abaixo de zero.
- Com a ajuda de seus familiares, faça uma pesquisa sobre a Antártica e escreva no caderno por que as autoras se referiram ao continente da forma destacada nesse trecho.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos apresentem informações como: A Antártica não é governada por nenhum país e possui liberdade para que cientistas de diversos países realizem pesquisas.
MANUAL DO PROFESSOR
- Na atividade 10, trabalhe com os alunos o fato de o trecho em destaque desenvolver a imaginação do leitor ao descrever o movimento do barco em alto-mar. Para isso, leve-os a refletir a respeito da escola das palavras dessa descrição.
- Na atividade 11, ajude os alunos a identificarem os sinais de pontuação e a refletir sobre o uso de cada um deles no contexto apresentado. Peça que citem exemplos de frases com esses sinais e escreva-as na lousa para todos observarem.
- A atividade 12 permite explorar conteúdos relacionados com Geografia. Trabalhe os aspectos físicos e políticos da região da Antártica de modo que os alunos compreendam a fundo o sentido da expressão em destaque no trecho citado.
- Proponha a atividade 12 como tarefa de casa para ser feita com a participação de um familiar, a fim de desenvolver a literacia familiar. Primeiro, oriente os alunos a comentarem com os familiares sobre o relato que leram e depois a ler a proposta da atividade. Oriente-os a pesquisar em livros ou sites as características e a vida na Antártica para registrarem suas conclusões no caderno. No dia combinado, promova uma roda de conversa para que eles apresentem as pesquisas e as discussões que fizeram em casa. Peça-lhes que compartilhem o resultado da conversa em sala de aula com os familiares.
231
ESTUDO DA LÍNGUA
Conjunção
Leia a frase a seguir.

A palavra e conecta dois termos da primeira oração. Veja.
1o termo: molhada
2o termo: escorregadia
Já a palavra porque conecta as duas orações da frase. Observe.
1a oração: A calçada está molhada
2a oração: choveu
A palavra que conecta dois termos de uma oração ou duas orações de uma frase é chamada conjunção.
Leia a frase a seguir.
Faltou leite, por isso vou à padaria.
A expressão por isso, que conecta as orações faltou leite e vou à padaria, é formada por duas palavras.
O conjunto de duas ou mais palavras que exerce a mesma função de uma conjunção é chamado locução conjuntiva.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
4 aulas
- Compreensão do conceito de conjunção.
- Realização das atividades das páginas 232 e 233.
Objetivos
- Compreender o que são conjunções e sua função e importância em um texto.
- Empregar corretamente algumas conjunções.
- Identificar o sentido expresso pelo emprego das conjunções.
Destaques BNCC e PNA
- Ao reconhecer a função das conjunções em um texto, identificando a relação de sentido que elas estabelecem entre as ideias apresentadas, os alunos desenvolvem a habilidade EF05LP07.
- Por meio do trabalho proposto nesta seção, os alunos podem aprimorar a Competência específica de Língua Portuguesa 2.
- Ao realizar as atividades da seção, os alunos também desenvolvem o componente produção de escrita.
- Após a leitura do boxe com o conceito de conjunção, se julgar pertinente, diga aos alunos que as conjunções conectam termos da oração e orações, podendo marcar diferentes sentidos, como adição, oposição, tempo, causa, condição e finalidade.
232
Veja a seguir alguns exemplos de conjunções e locuções conjuntivas e os sentidos que elas podem expressar.

1. Leia a tirinha a seguir.

Armandinho: três, de Alexandre Beck. Florianópolis: A. C. Beck, 2014. p. 54.
-
Marque um X na alternativa que indica o sentido expresso pela conjunção quando no primeiro quadrinho.
Finalidade.
Tempo. X
Oposição.
-
Marque um X na frase que tem o mesmo sentido da frase dita por Armandinho.
Fico até com vergonha ao ver essas coisas... X
Ficaria com vergonha se visse essas coisas...
Fico com vergonha e vejo essas coisas...
MANUAL DO PROFESSOR
- Antes de explorar a atividade 1, leve os alunos a inferirem as informações da tirinha. Para isso, questione-os como a personagem Armandinho está se sentindo no primeiro quadrinho e peça que justifiquem suas respostas. É importante que os alunos concluam que Armandinho está decepcionado com o fato de as pessoas agredirem a natureza. Por fim, leve-os a observar atentamente o último quadrinho para perceber como a personagem está se sentindo. Eles devem concluir que Armandinho está esperançoso e feliz por causa do nascimento de folhas na árvore cortada.
233
2. Leia o texto a seguir.
A Amazônia é muito importante para o equilíbrio do planeta, mas ela vem sendo desmatada por diversas atividades predatórias, seja para a exploração da madeira ou para ceder lugar às atividades da agropecuária, como o cultivo de soja e a criação de gado.
O desmatamento desenfreado da floresta pode gerar a redução de chuvas e o aumento das secas, o que terá um impacto na biodiversidade da região e também no mundo todo, pois ela é um ecossistema fundamental para o planeta e para o clima.

Foto de área desmatada em meio à floresta Amazônica, em 2015.
Fonte de pesquisa: Amazônia. WWF. Disponível em: https://oeds.link/mAelRZ. Acesso em: 17 jul. 2021.
- Relacione os termos destacados no texto ao sentido expresso por eles.
- ou
- pois
- e
- mas
C Acrescenta uma informação.
A Indica alternância de ideias.
D Indica ideia contrária.
B Introduz uma explicação.
- Reescreva o trecho a seguir, substituindo a conjunção em destaque por outra de sentido semelhante.
A Amazônia é muito importante para o equilíbrio do planeta, mas ela vem sendo desmatada [...]
Sugestão de resposta: A Amazônia é muito importante para o equilíbrio do planeta, porém ela vem sendo desmatada [...]
- Qual das conjunções a seguir tem sentido semelhante ao da conjunção pois usada no texto?
Mas.
Quando.
Porque. X
MANUAL DO PROFESSOR
- Antes de explorar a atividade 2 com os alunos, questione-os sobre qual é a importância da Amazônia para os povos que vivem às suas margens. O intuito é levá-los a concluir que a Amazônia fornece moradia, alimento e medicamentos a esses povos. Na sequência, indague-os por que a floresta vem sendo desmatada. Ajude-os a compreender que a motivação para isso é a exploração da madeira e a necessidade de ceder espaço para a agropecuária.
- Aproveite o texto e promova, com os alunos, uma discussão sobre os impactos do desmatamento, mais especificamente na fauna local. Leve-os a associar o desmatamento à morte de animais que vivem nas florestas. Verifique também se compreendem o impacto que o desmatamento causa nas pessoas que moram próximo a essas áreas, como as comunidades ribeirinhas e algumas comunidades indígenas e quilombolas.
- No item b da atividade 2, os alunos podem empregar outras conjunções adversativas, por exemplo: entretanto, contudo, no entanto.
Mais atividades
- Para ampliar o conhecimento dos alunos sobre o uso das conjunções, organize a turma em grupos e proponha um jogo entre eles. A atividade consiste em disponibilizar um texto curto para cada equipe copiar sem as conjunções, a fim de entregá-lo à equipe adversária. Ao receber o texto sem as conjunções, os alunos deverão preenchê-lo conforme identificarem a conjunção mais adequada. Determine um tempo para cada etapa da brincadeira. Após a finalização, averigue com os alunos se as conjunções empregadas estão adequadas.
- Caso necessário, ajude-os a comparar as conjunções empregadas no texto original com as utilizadas por eles, em seguida, retome com a turma as principais dúvidas e verifique a aprendizagem dos alunos.
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OUTRA LEITURA
O texto a seguir é um trecho de diário em que uma personagem chamada Pilar relata sua experiência ao navegar pelo rio Amazonas. Antes de iniciar a leitura, leia o título do texto. O que você imagina que aconteceu nessa aventura?
Resposta pessoal.
Um mar de redes
Eu nunca tinha visto um barco assim: três andares repletos de redes coloridas, umas coladas nas outras. Dentro delas, pessoas de todo o Brasil e do mundo. Algumas dormiam, outras jogavam dominó, comiam frutas ou conversavam. De repente, ouvi um miado muito familiar e vi Samba numa rede vermelha, com o focinho enfiado numa cumbuca, no colo de uma garota morena.
- Samba! O que você está comendo, seu gato guloso?! Venha já aqui!
Gatos, porém, são muito rebeldes, e Samba apenas lambeu o beiço, todo roxo. A garota logo sorriu para nós perguntando:
- O gato é seu? Acho que ele gosta de açaí. Tomou minha cumbuca todinha!
- Desculpe. É que... ele devia estar com fome, tentei explicar, um pouco envergonhada.
- O gato de Pilar é sempre guloso, tem um estômago de leão!, implicou Breno.
- Quando o barco parar, busco outra cumbuca de açaí para você. Aliás, meu nome é Pilar. E o seu?
- Eu me chamo Maiara. Mas não precisa se preocupar em buscar nada, Pilar. Até porque o barco agora só vai parar de novo amanhã!
- Amanhã? Você está brincando, né? Que barco mais demorado é esse? Aliás, que rio enorme é esse?

MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
3 aulas
- Leitura do trecho de diário de viagem.
- Realização de atividades orais e escritas das páginas 236 e 237.
Objetivos
- Ler e interpretar um trecho de diário de viagem.
- Estabelecer comparações temáticas e estruturais entre os textos trabalhados na unidade.
Destaques BNCC e PNA
- A leitura do texto contempla as habilidades EF15LP15 e EF35LP01, na medida em que os alunos leem o texto com autonomia e reconhecem que se trata de um texto literário, pertencente ao campo do imaginário. A leitura em voz alta contempla o componente fluência em leitura oral.
- Ao estabelecer hipóteses sobre o texto antes da leitura e depois confirmá-las ou refutá-las, os alunos desenvolvem a habilidade EF15LP02.
- O estudo proposto possibilita o aperfeiçoamento das habilidades EF15LP03 e EF35LP04, pois os alunos deverão buscar informações explícitas no texto e inferir informações implícitas.
- As atividades orais possibilitam aos alunos desenvolver a habilidade EF15LP09 e o componente desenvolvimento de vocabulário, pois deverão se expressar com assertividade, em tom de voz audível, com boa articulação e ritmo adequado. Além de compreender os turnos de fala, respeitando o momento dos colegas.
- Ao identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global, os alunos desenvolvem a habilidade EF35LP03.
- Ao buscar um sinônimo para a palavra com base no entendimento do contexto e o referente do pronome, os alunos desenvolvem as habilidades EF35LP05 e EF35LP06. Dessa forma, desenvolvem também os componentes compreensão de textos e desenvolvimento de vocabulário.
- Ao relacionar texto e ilustrações, os alunos desenvolvem a habilidade EF15LP18.
- Antes de iniciar a leitura, proponha uma discussão a respeito do título do texto. Questione-os sobre o que acham que a expressão "um mar de redes" pode significar ou a que pode fazer referência e deixe que levantem hipóteses.
- Na sequência, oriente os alunos a fazerem a leitura individual do texto.
235
- Já descemos todo o rio Negro, passamos por Manaus e agora estamos chegando ao encontro das águas, olhem ali!, apontou Maiara.
- Encontro das águas?, eu e Breno nos entreolhamos, sem saber do que ela falava.
- Nunca ouviram falar do encontro do rio Negro com o rio Solimões? É quando eles se juntam que o nosso rio maior passa a ser chamado de Amazonas, contou Maiara.
- Amazonas?! Estamos navegando no Amazonas?! O maior rio do mundo! Que incrível!, exclamei, entusiasmada.
- Não sei se é o maior, mas certamente é o que tem mais água!, comentou Breno, com o seu jeito técnico e objetivo.
Curiosos, corremos para a proa para ver aquele rio imenso. Bem ali na nossa frente, uma corrente de água escura e outra de água barrenta formavam um rio bicolor debaixo do barco. Que beleza! Na mesma hora, olhei para o meu colar de globo terrestre, querendo descobrir exatamente onde estávamos.
- Que pena que Manaus já ficou para trás. Queria tanto conhecer a capital do Amazonas...
- Você quer conhecer tudo, é, Pilar?, perguntou nossa nova amiga, rindo.
- Se quero. Meu sonho é conhecer o mundo inteirinho: país por país, cidade por cidade.
[...]

Um mar de redes de Flávia Lins e Silva. Em: Diário de Pilar na Amazônia. 3. ed. Rio de Janeiro: Pequena Zahar, 2019. p. 21-24 repletos: completamente cheios.
- entreolhamos:
- olharam-se mutuamente, ao mesmo tempo, uma para o outro
- proa:
- parte dianteira do navio

MANUAL DO PROFESSOR
- Durante a leitura, incentive os alunos a relacionarem o texto às ilustrações.
- Oriente-os a destacar palavras desconhecidas e a tentar inferir seu sentido pelo contexto. Finali zada a leitura, pergunte se há alguma palavra cujo significado não conhecem ou se não compreenderam algum trecho do texto. Por fim, leia as palavras do vocabulário apresentado ao final, a fim de esclarecer o sentido de cada uma delas no texto e ampliar o vocabulário dos alunos.
- Em seguida, proponha uma leitu ra coletiva, pedindo a voluntários que leiam pequenos trechos. Esse momento pode ser utilizado para avaliar a fluên cia em leitura dos alunos. Nessa etapa, espera-se que leiam 130 palavras em um minuto, com 95% de precisão e garantida a compreensão das informações apresentadas no texto. Para isso, avalie o tempo de aula e a quantidade de alunos da turma para verificar o momento oportuno de colocar em prática esta atividade. Se julgar adequado, realize a atividade no início de cada aula com um aluno por dia.
- Para avaliar a quantidade de palavras lidas por minuto, ajuste um cronômetro para soar quando alcançar 1 minuto. Se preferir, use um cronômetro de um celular. O tempo deve começar a contar no momento que o aluno iniciar a leitura. É possível chamar o aluno para ler à frente da turma ou somente para você. Explique que, se o cronômetro soar e ele não tiver terminado a leitura, deve continuá-la até termi nar. Se isso ocorrer, faça uma marcação na palavra do texto que estava sendo lida no momen to que o aparelho marcou 1 minuto. Quando o aluno terminar a leitura, conte a quantidade de palavras lidas em um minuto (do início até a marcação). Faça anotações nas fichas individuais para acompanhar o progresso da leitura de cada um.
236
1. Qual foi a aventura relatada nesse trecho?
1. Uma viagem pelo rio Amazonas em um barco de três andares e a vista do encontro dos rios Nego e Solimões.
2. A aventura de Pilar foi como você havia imaginado? Comente com os colegas!
Resposta pessoal.
3. Você já ouviu falar do encontro das águas dos rios Negro e Solimões? O que você sabe sobre isso?
Resposta pessoal.

4. Além de Pilar, quem mais participa dessa aventura?
O amigo de Pilar, Breno, o gato Samba e uma menina chamada Maiara.
5. Releia o trecho a seguir.
O maior rio do mundo! Que incrível!, exclamei, entusiasmada.
- Marque com x a imagem que representa como Pilar se sentiu de acordo com esse trecho.

X

6. Pilar teve uma surpresa ao encontrar seu gato.
-
Como isso aconteceu?
Ela ouviu um miado que lhe pareceu familiar e, ao olhar, era seu gato escondido em uma rede.
-
O que o gato de Pilar tinha acabado de fazer? Que atitude de Maiara indica que ela não ficou chateada com isso?
Ele comeu o açaí de Maiara. O fato de ela ter sorrido para Pilar: "A garota logo sorriu para nós".
MANUAL DO PROFESSOR
- Nas atividades 1, 2 e 3, retome as hipóteses levantadas pela turma antes da leitura do texto. Incentive os alunos a compartilharem com os colegas o que acharam da história relatada, o que conhecem sobre o rio Amazonas e sobre o encontro do rio Negro com o rio Solimões. Se considerar oportuno, apresente para a turma vídeos mostrando o encontro dos rios, para que os alunos compreendam melhor do que o texto fala.
- A fim de ampliar o assunto da atividade 3, proponha a leitura de um mapa em sala, pedindo a eles que localizem o Amazonas; em seguida, pergunte se fica perto do estado em que moram. Caso morem no Amazonas, podem explorar mais a fundo, com um mapa do estado.
- Na atividade 4, explique aos alunos que a criança Maiara provavelmente é uma moradora da região, por isso ela foi capaz de dar as informações para Pilar.
- Na atividade 5, explore o significado da palavra entusiasmada com os alunos. Peça-lhes que citem sinônimos para essa palavra, como animada e empolgada. Após realizar a atividade 5, peça aos alunos que digam que outros sentimentos as imagens estão representando. Peça a eles que justifiquem suas respostas com base na expressão facial da personagem ilustrada.
- Ao realizar a atividade 6, antes do item b, complemente a questão perguntando aos alunos qual era o aspecto do gato ( estava com o beiço roxo) e o que ele tinha acabado de fazer (comeu o açaí de Maiara).
237
7. Releia o trecho a seguir.
- O gato é seu? Acho que ele gosta de açaí. Tomou minha cumbuca todinha!
- Desculpe. É que... ele devia estar com fome, tentei explicar, um pouco envergonhada.
- O gato de Pilar é sempre guloso, tem um estômago de leão!, implicou Breno.
-
O pronome em destaque se refere a qual palavra usada anteriormente?
À palavra gato.
-
Breno usou a palavra guloso para falar de Samba. Essa palavra poderia ser substituída por qual dos termos a seguir?
Pesado.
Comilão. X
Grande.
Espertalhão.
-
O que Breno quis dizer quando falou que Samba "tem um estômago de leão"?
Ele quis dizer que o gato Samba come muito, assim com o um leão.
8. Releia um trecho do texto "Partir", lido anteriormente.
Às vezes, ficamos horas, ou dias, sem poder ir para o lado de fora do barco por causa do vento, então procuramos alguma coisa para fazer dentro do barco. Brincamos de teatro, de lojinha, inventamos jogos, cozinhamos, assistimos a filmes.
- Assim como as irmãs Klink, Pilar está viajando em um barco. Como Pilar descreveu esse meio de transporte?
Pilar descreveu o barco como tendo três andares repletos de redes coloridas, umas coladas nas outras.
- As atividades que as irmãs faziam no barco para se distrair se parecem com as atividades que as pessoas faziam no barco em que Pilar estava viajando? Converse com os colegas.
8.b. Sugestão de resposta: As atividades não eram as mesmas, mas Pilar descreveu que as pessoas faziam várias coisas para passar o tempo, como dormir, conversar, jogar dominó, comer, etc.
- Apesar de ambos os textos apresentarem viagens de barco, quais as diferenças entre essas viagens?
8. c. Sugestão de resposta: O local (a família Klink viajava para a Antártica, um continente muito frio, enquanto Pilar viaja pelo rio Amazonas, no Brasil), a duração da viagem (a viagem da família Klink dura muito mais), as pessoas em cada uma (em "Partir", são os membros da família Klink, enquanto no texto "Um mar de redes", são várias pessoas que não se conheciam), entre outros.
MANUAL DO PROFESSOR
- No item a da atividade 7, verifique se os alunos compreendem a relação do pronome ele com a palavra gato. Se necessário, oriente os alunos a retornarem ao texto e a localizarem outros pronomes e identificarem a quem ou a que se referem. Nos itens b e c, peça aos alunos que deem outros exemplos de frases utilizando a palavra guloso e a expressão tem estômago de leão. Se julgar pertinente, comente que essa expressão é uma metáfora, uma vez que se trata de uma comparação direta (sem o uso de elemento comparativo) entre dois elementos. Essa atividade pode ser feita de forma oral, para que a turma interaja.
- Antes de realizar a atividade 8, se necessário, oriente os alunos a reler o texto "Partir" da seção Leitura. Faça algumas perguntas sobre as situações retra tadas nos dois textos, se imaginam que os barcos mencionados em ambos navegam pelas mesmas águas ou não, se são parecidos e outras ideias que tenham na comparação das duas embarcações. Questione-os se gostariam de andar em alguma dessas embarcações e que expliquem os motivos.
Mais atividades
- Para aprofundar o estudo sobre o rio Amazonas e o encontro das águas dos rios Negro e Solimões, solicite uma pesquisa à turma e combine com os alunos como os resultados serão apresentados: por meio de apresentação oral, cartazes, etc.
238
ESTUDO DA LÍNGUA
Texto escrito e texto oral
A seguir, leia a transcrição de um trecho de uma entrevista feita oralmente, cujo tema é planta.
Doc. - a senhora tem experiência de alguma planta... que::... se transforme à noite?
Inf. - áh: eu tive uma... eu tive... eu tive uma não é se transformar a minha: era uma:... trepadeira... você via todo fechado só o botão... ( ) quando dava seis horas ela abria... ficava TOda alva... LINda... desse tamanho... depois... no dia seguinte você olhava tava o botão... fechado... ali não abria mais não já eram outros que abriam né?... essa aí eu eu conheci tem outra que chamam entrada-de-baile:... essa também é muito bonita... é uma flor... parece le:ve assim parece feita de musseline... ela abre de noite... [...].
A linguagem falada culta na cidade do Recife, vol. 1: diálogos entre informante e documentador [recurso eletrônico]. Maria da Piedade Moreira de Sá e outros (Organizadores). Recife: UFPE, 2017. p. 213.

- Na transcrição dessa entrevista, há marcas comuns na oralidade. Observe-as e relacione-as aos exemplos.
- Ênfase.
- Marca conversacional.
- Redução de palavras.
- Repetição.
B né; áh
D eu tive... eu tive; essa aí eu eu
C tava
A TOda; LINda
Geralmente, há marcas próprias da oralidade em nossa fala. Quando produzimos um texto escrito, eliminamos essas marcas.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
4 aulas
- Compreensão da diferença entre texto escrito e texto oral.
- Realização das atividades das páginas 238 a 240.
Objetivo
- Compreender diferença entre texto escrito e texto oral.
Destaques BNCC e PNA
- Ao identificar as marcas de oralidade, os alunos desenvolvem a habilidade EF15LP12.
- Ao ouvir gravações e textos falados em diferentes variedades linguísticas, os alunos desenvolvem a habilidade EF35LP11.
- Por meio do trabalho proposto nesta seção, os alunos podem aprimorar a Competência específica de Língua Portuguesa 2.
- O Projeto da Norma Urbana Linguística Culta (NURC) foi inaugurado, em âmbito nacional, em 1969. Ele teve como objetivo inicial documentar e descrever/ estudar a norma falada culta de cinco capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
- Informe aos alunos que os dois-pontos no meio de palavra (le:ve) ou final de palavra (que:) em transcrições significam alongamento da fala.
- Sobre as diferenças entre a modalidade oral e a modalidade escrita da língua, é importante destacar que:
[...] não podemos dizer que sempre a fala - mesmo a conversa cotidiana - é desorganizada, variável, fragmentária, heterogênea. Apenas que ela tem um outro tipo de organização, adequada ao gênero textual e ao contexto. O mesmo para a escrita, que pode assumir diversas formas de organização, de acordo com o gênero e o contexto.
Não podemos dizer que um jornal falado televisivo é não planejado, assim como não podemos dizer que planejamos nossas anotações de diário íntimo. Atualmente, não podemos dizer que a fala é não permanente e fugaz, pois podemos gravar ou digitalizar nossa voz, e não podemos dizer que a escrita é permanente e se inscreve, pois se esquecermos de gravar os arquivos de texto que estamos escrevendo, perdemos tudo. Mudaram os meios de preservação de fala e de escrita, que, hoje, vão além de traços grafados num suporte.
ROJO, Roxane. As relações entre fala e escrita: mitos e perspectivas. Belo Horizonte: Ceale, 2006. p. 33-34. (Coleção Alfabetização e Letramento).
239
- Imagine que a entrevista lida na atividade anterior precise ser reescrita para ser publicada em um jornal de grande circulação nacional, destinado a um público variado. Observe uma possibilidade de reescrita.
Doc. - A senhora tem experiência com alguma planta que se transforma à noite?
Inf. - Eu tive uma, mas não era bem se transformar, era uma trepadeira. Você via o botão todo fechado. Quando eram seis horas, ela se abria, ficava toda alva, linda, enorme. No dia seguinte, você olhava e o botão estava fechado. Eram outros que se abriam. Conheci outra chamada de entrada-de-baile. Essa também é muito bonita, é uma flor que parece leve e feita de musselina. Ela abre à noite [...].
- Reúna-se com um colega e marquem um X nas alternativas corretas sobre o que mudou da entrevista oral para a escrita.
Expressões que indicam marcas conversacionais, como né e áh foram excluídas. X
Foram mantidas as marcas conversacionais.
As repetições de palavras e expressões foram mantidas.
As repetições de palavras e expressões foram suprimidas. X
As palavras foram escritas de forma integral, sem reduções de palavras. X
Algumas palavras foram mantidas na forma reduzida.
As pontuações foram mantidas.
Foram usados sinais de pontuação para delimitar as frases, evitando repetições desnecessárias. X
As reticências, que indicam pausas na fala, foram suprimidas. X
As ênfases nas palavras foram eliminadas. X
MANUAL DO PROFESSOR
- É importante destacar que a retextualização pode ocorrer da modalidade oral para a escrita, da escrita para a oral, da oral para a oral e da escrita para a escrita, conforme destaca Rojo:
[...]
Essa noção de retextualização justamente faz ver que falas e escritos mantêm relações complexas em nossa sociedade. Como diz Schneuwly (2005), falamos para escrever (a passagem de uma conferência para um artigo acadêmico, por exemplo), escrevemos para falar (a passagem inversa de leituras de artigos acadêmicos para uma conferência, mediada por uma apresentação em power point), falamos para falar (uma reunião em grupo para preparar um seminário) e escrevemos para escrever (os múltiplos rascunhos e esquemas que fazemos, ao escrever um Caderno como este).
ROJO, Roxane. As relações entre fala e escrita: mitos e perspectivas. Belo Horizonte: Ceale, 2006. p. 43. (Coleção Alfabetização e Letramento).
- Ao realizar a atividade 1, é importante destacar que nos referimos às situações orais que exigem uma menor monitoração, ou seja, uma fala mais espontânea. Se necessário, reforce aos alunos que há situações orais formais que exigem um maior monitoramento e, nesses casos, o falante evita o uso excessivo dessas marcas.
240
- Agora, leia outro trecho transcrito da mesma entrevista.
Doc. - no rio Amazonas dizem que existem umas determinadas plantas que aguentam com um homem em cima
Inf. - é... vitória-régia... ((ri)) a vitória-régia serve de berço né? pra aquele... pessoal da beira do rio... que tem criança... diz que aquela folha... pode arriar uma flor linda né?
A linguagem falada culta na cidade do Recife, vol. 1: diálogos entre informante e documentador [recurso eletrônico]. Maria da Piedade Moreira de Sá e outros (Organizadores). Recife: UFPE, 2017. p. 215.
-
A entrevista foi transcrita segundo algumas normas, que indicam como foram registradas as marcas ouvidas por quem fez a transcrição.
- No trecho, o que significa a expressão ((ri))? Significa que o entrevistado riu naquele momento.
-
No trecho da entrevista, identifique exemplos de:
-
marcadores conversacionais.
né.
-
repetições de palavras.
vitória-régia... ((ri)) a vitória-régia.
-
interrupções na fala.
As reticências indicam as pausas.
-
reduções de palavras.
pra.
-
-
Agora, reescreva esse trecho eliminando as marcas que você apontou na questão anterior.
Sugestão de resposta: Doc. - Dizem que no rio Amazonas existem plantas que aguentam um homem em cima.
Inf. - É a vitória-régia, que serve de berço para as crianças das pessoas que vivem às margens do rio. Dizem que aquela folha pode arriar uma flor linda.
MANUAL DO PROFESSOR
- No item a da atividade 2, chame a atenção dos alunos para o uso dos parênteses.
- No item b, se necessário, ajude-os a localizar os exemplos solicitados e chame a atenção para o uso das reticências para indicar pausas.
- Após finalizarem o item c, faça a correção da atividade, para que possam comparar suas respostas.
241
PRODUÇÃO DE TEXTO
Seminário
Nesta unidade, você leu um relato muito interessante sobre uma viagem para a Antártica. Agora, você e um colega vão escolher um lugar que desejam conhecer e no qual gostariam de se aventurar. Em seguida, vão apresentar um seminário para os colegas da turma com informações pesquisadas por vocês.
PLANEJAR E ESCREVER
Depois de formadas as duplas, vocês vão pesquisar e planejar o seminário. Para isso, sigam estas orientações.
- Conversem sobre possíveis locais que desejam visitar, como um ponto turístico sobre o qual já ouviram falar, um parque ecológico, uma cidade histórica ou um passeio diferente. Usem a imaginação: vocês podem pesquisar desde locais de sua própria cidade ou estado até lugares em continentes distantes, como foi o caso do relato de viagem para a Antártica.
- Definido o local, pesquisem informações sobre ele. Vocês podem pesquisar em revistas, enciclopédias, livros e sites confiáveis. Selecionem as mais relevantes e aquelas que chamarem a sua atenção.
- Pesquisem também imagens para mostrar aos colegas no momento da apresentação.
- Após a pesquisa, vocês vão utilizar as informações coletadas para preparar a apresentação e o roteiro do que vão falar. No roteiro, deverá estar organizado o que cada integrante vai falar, levando em consideração o tempo estipulado pelo professor.
- Elaborem um material de apoio com os pontos principais da apresentação para despertar a atenção da turma. Esse material pode ser um cartaz ou uma apresentação utilizando softwares de computador, por exemplo.
- Por último, releiam o roteiro e o material de apoio produzido, revisando-os, corrigindo erros e fazendo possíveis melhorias. Antes de passarem a limpo, mostrem os materiais para o professor.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
3 aulas
- Compreensão da proposta.
- Planejamento e realização do seminário.
Objetivo
- Planejar e produzir um seminário.
Destaques BNCC e PNA
- A apresentação do seminário contempla as habilidades EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11, EF15LP13, EF35LP18, EF35LP19 e EF35LP20 e o componente desenvolvimento de vocabulário, uma vez que os alunos devem se expressar oralmente ao apresentarem o trabalho com apoio de recursos multissemióticos e com a preocupação de serem bem compreendidos, além de escutarem a fala dos colegas e interagirem ao final das apresentações.
- Ao identificarem a finalidade e as características do seminário, os alunos também desenvolvem a habilidade EF35LP10.
- Ao realizarem pesquisas em meios digitais e utilizarem diferentes softwares para produzir a apresentação, os alunos desenvolvem as habilidades EF15LP08, EF35LP17 e EF05LP24.
- Antes de os alunos iniciarem a atividade, leia com eles as etapas que deverão cumprir e veja se surgem dúvidas. Então, organize a turma em duplas e oriente-os a iniciar a atividade seguindo as orientações.
- Auxilie-os na escolha do local a ser pesquisado. Como o trabalho será feito em dupla, é importante que haja acordo entre eles, o que deve ser feito por meio de conversa amigável.
- Oriente-os a prestar atenção nas etapas que deverão seguir e a sanar eventuais dúvidas. Destaque para os alunos que a etapa de definição e pesquisa é importante para construir o roteiro do seminário. Indique sites confiáveis e ajude-os a utilizar recursos para compor a apresentação.
- Auxilie os alunos no momento de revisar o roteiro e a apresentação. Leia os textos produzidos por eles e, se necessário, aponte os itens a serem aprimorados na reescrita, indicando os ajustes necessários. Lembre-os de que a fala deles no seminário deve ser mais formal, sem o uso de gírias, por exemplo.
242
No dia da apresentação, sigam as dicas a seguir para que tudo seja feito da melhor forma possível.
- Organizem as carteiras formando um semicírculo, para que todos possam ter uma visão clara das apresentações.
- Lembrem-se de levar o roteiro no dia do seminário, pois vocês devem se basear nele para a apresentação. Entretanto, estudem o roteiro antes, pois ele deve ser usado apenas como um apoio para que não se esqueçam de nada.
- No momento da apresentação, utilizem uma linguagem mais formal e um tom de voz adequado para que todos ouçam o que vocês estão falando.
- Atentem para o tempo da apresentação, respeitando o que foi estipulado pelo professor.
- Respeitem quando os colegas estiverem apresentando, prestando atenção e fazendo silêncio.
Finalizadas as apresentações, o professor vai disponibilizar um tempo para que todos comentem os seminários dos colegas, tirando dúvidas, recuperando informações, falando o que mais gostaram e oferecendo dicas e sugestões de melhorias. Lembre-se de expor suas opiniões respeitando o trabalho dos colegas e sua vez de falar.
Aproveite esse momento para anotar o que você pode melhorar em uma próxima produção.
AVALIAR
Converse com os colegas e o professor a fim de verificar como foi o trabalho com essa atividade. Para isso, marque um X nas suas respostas.

MANUAL DO PROFESSOR
- No dia da apresentação, organize a sala com a turma e relembre-os do tempo estipulado para cada apresentação, o qual pode ser definido de acordo com o perfil da turma e o tempo disponível para a atividade.
- Oriente-os a não ler o roteiro para que a apresentação não fique cansativa. Relembre-os de que o roteiro deve ser somente um apoio para consultarem no momento da apresentação.
- Ao final de cada apresentação, defina um tempo para que os colegas possam fazer perguntas ou tirar dúvidas. Finalizadas todas as apresentações, disponibilize um tempo para demais considerações a respeito de todos os trabalhos.
- Ao final do trabalho, converse com a turma sobre as percepções que obtiveram durante a produção da atividade.
- No momento de avaliar a produção, leve os alunos a refletirem sobre todo o desenvolvimento dela. Incentive-os a discutir como foi a participação deles na atividade, quais foram suas maiores dificuldades, etc. Essas reflexões ajudam no amadurecimento deles e no aperfeiçoamento do trabalho.
243
O QUE VOCÊ ESTUDOU?
1. Quais são as principais características dos gêneros relato pessoal e relato de viagem?
Sugestão de resposta: Ambos são escritos em primeira pessoa (por quem viveu o fato ocorrido), apresentam verbos no pretérito perfeito, porque se referem a algo que já ocorreu. O relato de viagem apresenta acontecimentos de uma viagem, com descrições sobre esse local.
2. Escreva, a seguir, uma oração e uma frase que não seja uma oração.
Respostas pessoais. Na frase, os alunos não devem empregar verbos.
Oração:
Frase:
3. Ligue o sujeito ao predicado que o complementa. Em seguida, escreva em seu caderno a forma verbal da oração.
- Eu e Ana
- As meninas
- Pedro
- é novo na turma. 1
- andamos de bicicleta ontem. 1
- brincaram no parque. 2
4. Contorne a conjunção adequada à frase de acordo com o sentido indicado entre parênteses.
- O cavaleiro lutou e x / mas venceu. (adição)
- Ana poderia viajar mas / caso x estivesse de férias. (condição)
- O rapaz ganhou a medalha por isso / porque x se esforçou. (causa)
- Ele tentou, mas x / porque perdeu. (oposição)
- O forno estava desligado quando x / como chegamos. (tempo)
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
2 aulas
- Realização das atividades das páginas 243 e 244, revisando os conteúdos vistos na unidade.
- Realização da autoavaliação da página 244.
O que você estudou?
As atividades apresentadas na seção O que você estudou? promovem a retomada dos principais conteúdos estudados ao longo da unidade. Essas atividades serão utilizadas para avaliar se os alunos alcançaram os objetivos de aprendizagem propostos inicialmente.
1 Objetivo
- Escrever as principais características relacionadas aos gêneros relato pessoal e relato de viagem.
Como proceder
- Caso os alunos tenham dificuldade, oriente que retomem os dois textos lidos na unidade. Se necessário, apresente outros exemplares de relatos pessoais e de viagem para que possam aprofundar o estudo das características dos gêneros.
2 Objetivo
- Escrever uma frase e uma oração.
Como proceder
- Para realizar a atividade, é necessário que os alunos retomem os conceitos de frase e oração. Para isso, peça-lhes que releiam o boxe que apresenta esses dois conceitos.
- Caso apresentem dificuldade na diferenciação, escreva na lousa um exemplo de frase (Pare!) e um exemplo de oração (Hoje o dia está lindo!) destacando a forma verbal na oração, para que relembrem que a oração precisa apresentar um verbo.
3 Objetivo
- Relacionar sujeito e predicado.
Como proceder
- Em caso de dúvidas, peça que identifiquem a forma verbal para verificar a concordância com o sujeito (em 1a pessoa do plural, 3a pessoa do singular ou 3a pessoa do plural). Se necessário, refaça a atividade pedindo que escrevam as frases no caderno, passando para o singular aquelas em que o sujeito está no plural e para o plural as que estão no singular.
4 Objetivo
- Identificar a conjunção que expressa o sentido indicado.
Como proceder
- Caso os alunos apresentem dificuldades, retome as conjunções e as relações de sentido estudadas na unidade. Proponha mais exemplos e envolva a turma para que deem exemplos próprios.
244
5. Indique E para a característica do texto escrito e O para a característica do texto oral.
E Uso de sinais de pontuação e letra maiúscula em início de frase.
O Uso da pausa e adequação da entonação na pronúncia.
AUTOAVALIAÇÃO
Avalie como foi o trabalho com as atividades desta seção. Para isso, marque um X nas suas respostas.

PARA SABER MAIS
- Os Argonautas, de Ana Maria Machado. São Paulo: Moderna, 2013.
O menino Jasão era herdeiro de um trono que foi roubado quando ainda era criança. Já mais velho, ele decide recuperar o que é seu por direito. Para tanto, precisa obter o velocino de ouro, um precioso objeto mágico. Ao iniciar sua jornada, Jasão conhece os argonautas e ganha a proteção dos deuses para viver grandes aventuras.

MANUAL DO PROFESSOR
5 Objetivo
- Identificar características do texto oral e do texto escrito.
Como proceder
- Para reforçar o trabalho, apresente uma gravação de uma entrevista oral e uma entrevista escrita para que os alunos possam compará-las. Se julgar pertinente, peça que destaquem as semelhanças e as diferenças entre os textos e escreva as características na lousa.
Autoavaliação · Objetivo
- Avaliar e refletir sobre as maiores dificuldades ao realizar as atividades.
Como proceder
- Organize a turma em duplas para que façam essa avaliação juntos. Peça a eles que voltem às atividades da seção e avaliem se conseguiram realizá-las de forma satisfatória. Essa dinâmica faz com que os alunos se ajudem mutuamente.
- Se julgar necessário, reveja os itens com a turma a fim de avaliar as maiores dificuldades ou reveja essa avaliação individualmente.
Para saber mais
- Faça a leitura do boxe com a turma e verifique se eles conhecem a sugestão de livro. Caso algum aluno já tenha lido o livro, peça a ele que compartilhe a história com os colegas, dizendo se recomenda ou não e os motivos. Se possível, providencie o livro e leia-o na íntegra com a turma ou sugira que façam a leitura em casa, com os familiares, a fim de desenvolver a literacia familiar.
245
AMPLIANDO O VOCABULÁRIO
Nesta unidade, você leu diferentes textos e aprendeu novos conteúdos. Agora, vamos retomar algumas palavras que você viu para conhecer melhor os significados delas e ampliar seu vocabulário.
Antártica (An.tár.ti.ca)
A Antártica é o continente que fica mais ao sul do globo terrestre e também o mais frio, sendo quase todo coberto de gelo.

A Antártica é um dos lugares mais frios do planeta.
caiçara (ca.i.ça.ra)
Pessoa que nasce ou habita em áreas litorâneas do país e que vive da pesca e é adepta de um modo de vida rústico, simples.

A pesca e o artesanato são parte da cultura caiçara, que preza por um modo de vida sustentável.
continente (con.ti.nen.te)
Nome dado a divisões de porções de terra no globo terrestre. São continentes: Europa, América, África, Ásia, Antártica e Oceania.

O Brasil localiza-se na América do Sul, no continente americano, junto a países como Argentina e Peru.
tainha (ta.i.nha)
Peixe que habita tanto água salgada quanto doce e pode pesar até 7 quilogramas.

A tainha é bastante usada na culinária brasileira, assada, grelhada ou cozida.
MANUAL DO PROFESSOR
Sugestão de roteiro
1 aula
- Ler e compreender o significado de palavras vistas na unidade.
Objetivos
- Desenvolver e ampliar o vocabulário.
- Conhecer as acepções de palavras apresentadas na unidade.
Destaques BNCC e PNA
- Ao conhecer as acepções de palavras vistas no trabalho com a unidade, os alunos desenvolvem a Competência geral 1.
- A leitura de textos curtos com palavras novas com precisão e fluência faz com que os alunos desenvolvam a habilidade EF35LP01 e o componente fluência em leitura oral.
- Ao ampliar o vocabulário de forma gradativa, revendo e conhecendo as acepções de palavras novas, essa seção contempla o componente desenvolvimento de vocabulário.
- Antes de iniciar o trabalho com esta seção, peça aos alunos que observem as palavras em destaque a fim de verificar se eles se recordam de tê-las visto durante o trabalho com a unidade.
- Na sequência, comente com os alunos que nesta página serão retomadas algumas palavras que foram empregadas nesta unidade de forma a apresentar-lhes seus significados, acompanhados de uma imagem que os represente e de uma frase que contextualize as palavras com tais significados.
- Peça a eles que façam a leitura de cada palavra em voz alta, de modo a avaliar a pronúncia deles.
- Após lerem todas as palavras e seus exemplos, peça-lhes que escrevam no caderno outras frases empregando essas palavras, a fim de verificar se entenderam seus sentidos e usos.
Conclusão da unidade 7
Com a finalidade de avaliar o aprendizado dos alunos em relação aos objetivos propostos nesta unidade, desenvolva as atividades do quadro. Esse trabalho favorecerá a observação da trajetória, dos avanços e das aprendizagens dos alunos de maneira individual e coletiva, evidenciando a progressão ocorrida durante o trabalho com a unidade.
Dica
Sugerimos a você que reproduza e complete o quadro da página 14 - MP deste Manual do professor com os objetivos de aprendizagem listados a seguir e registre a trajetória de cada aluno, destacando os avanços e as conquistas.
