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Conclusão
As atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem mobilizar novas habilidades e competências e é preciso acompanhar a evolução desse trabalho. Esse acompanhamento torna-se possível por meio da avaliação formativa. Trata-se de um instrumento que deve permear todo o processo pedagógico, pois sua finalidade é justamente mapear de forma contínua e qualitativa os pontos fortes e os aspectos de aprendizagem que precisam de investimento, além de planejar ações coordenadas para mobilizar essas habilidades e competências, promovendo o aprendizado. O monitoramento contínuo desse processo oferece ao professor informações consistentes sobre a curva de aprendizado das crianças e da turma, tornando possível verificar a evolução do trabalho realizado e tomar decisões sobre os próximos passos.
Como descrito nas propostas de avaliação apresentadas ao final de cada roteiro de aula, as possibilidades de instrumentos avaliativos são variadas e podem ser aplicadas por meio de registros de diferentes métodos (textos, desenhos, colagens, fotografias e vídeos), fichas de observação, portfólios, autoavaliação e rodas de conversa. Algumas propostas, como desenhos ou registros feitos individualmente, podem focar na avaliação pessoal e outras, como a roda de conversa ou trabalhos em grupos, podem promover um aprendizado e avaliação coletivos. Um dos aspectos da avaliação formativa é sua natureza qualitativa; o próprio momento de avaliação, em grupo, por exemplo, pode proporcionar aprendizados para os estudantes, como ouvir o colega, respeitar opiniões diversas, mudar de opinião, dialogar para alcançar um consenso, falar em público, expressar suas ideias e opiniões, representando momentos fundamentais de aprendizado e construção de conhecimento.
A autoavaliação possibilita ao estudante exercitar a reflexão e a ser protagonista no processo de aperfeiçoar a aprendizagem e desenvolver o seu conhecimento. Portanto, é importante incentivá-los a participarem nas atividades e também na tomada de decisões, para que assumam o seu papel e responsabilidades, contribuindo para o seu desenvolvimento integral, inclusive das habilidades socioemocionais. Lembrando que, nas atividades avaliativas, não só os saberes práticos devem ser considerados, mas também os contextos históricos e culturais e a dimensão socioafetiva, para atingir o objetivo de formação integral dos estudantes.