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CAPÍTULO 1 A Educação Física na Base Nacional Comum Curricular
Observe a imagem.
Jogo de matriz africana, tem origem em Moçambique. Você sabe o nome desse jogo?
Conectando ideias
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Você sabe o nome do jogo mostrado na imagem?
Trata-se do Labirinto, jogo de matriz africana.
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Como esse jogo pode ser adaptado para a aula de Educação Física?
Esse jogo pode ser brincado na quadra ou no pátio da escola. Com um giz, desenha-se um labirinto no chão e as crianças devem começar na extremidade externa do desenho (elas podem ficar em pé ou usar uma pedra para representar cada jogador). Para avançar pelo caminho, os jogadores tiram par ou ímpar, ou joquempô, e o vencedor de cada rodada avança para a posição seguinte. Isso se repete várias vezes, e vence a partida aquele que chegar ao final primeiro.
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Como você integraria o componente curricular Arte a essa aula em que esse jogo fosse trabalhado?
Resposta pessoal. Pergunte aos alunos como fariam para integrar o componente Arte a esse jogo. Algumas sugestões: criar uma dança em que se usasse a base do jogo e as posições do círculo para fazer determinado movimento; pintar e customizar a planta do jogo; criar uma estação em que cada círculo da planta estivesse relacionado a uma ginástica (alongar; saltar; pular corda; levantar e abaixar; correr parado no lugar etc.). A Arte também poderia ser integrada ao proporcionar a possibilidade de pesquisa de danças e jogos de matriz africana, trabalhando, assim, o aspecto cultural e artístico desse continente.
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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento oficial norteador das propostas pedagógicas que compõe os currículos escolares por todo o país. Assim, a Educação Física, componente curricular da área de Linguagens, tematiza e sistematiza as práticas corporais que compõem todo o universo da cultura corporal, com o objetivo de ampliar as experiências dos estudantes. Essas experiências, de caráter corporal e lúdico, devem ser facilitadas e ancoradas em aprendizagens motoras, cognitivas e socioemocionais.
É importante que, durante todo o planejamento de um período - que pode ser bimestral, trimestral, semestral ou anual -, consideremos as competências específicas do componente, as habilidades propostas para o ciclo escolar e os objetos de ensino sugeridos. Esse alinhamento entre objetivos, competências, habilidades, conteúdos e avaliação é condição essencial para o sucesso de um currículo.
A Educação Física escolar e a inclusão
De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão de Pessoas com Deficiência (Lei n. 13.146/2015), no artigo 2o:
Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Ao propormos a inclusão nas aulas de Educação Física, procuramos abordar as práticas corporais a todos os estudantes, dentro de seu contexto comunitário e escolar, uma vez que as práticas estão voltadas para cada estudante experimentar as vivências motoras. Um exemplo prático dessa inclusão seria um estudante cadeirante que, para fazer uma apresentação de dança, pode fazer movimentos com os braços, ou movimentar os braços e partes do corpo para praticar algum esporte.
Exemplo de escola brasileira que põe em ação as práticas pedagógicas inclusivas. Foto de 2020.
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A Educação Física escolar ao longo do tempo e a integração com Arte nesta obra
Retomando o que foi dito no Volume 1, ao longo do tempo a Educação Física escolar passou por diversas mudanças. Apesar de sua história estar muito atrelada ao entendimento higienista do corpo e do movimento, nos anos 1980, com base em estudos específicos da área, houve um grande movimento que colocou em xeque seus objetivos. Com base no que foi dito anteriormente, muitas abordagens e muitos currículos foram criados com o intuito de delimitar objetivos próprios para a área. Inseridos nesse contexto, surgiram os currículos Desenvolvimentista (TANI et al., 1988), Psicomotor (FREIRE, 1989), Crítico-Superador (COLETIVO DE AUTORES, 1992) e Currículo da Saúde (GUEDES, 1995). Atualmente, os estudos pós-críticos resvalam em outra possibilidade de currículo: a Educação Física Cultural (NEIRA; NUNES, 2006).
Atualmente, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o componente curricular Educação Física está inserido na área de Linguagens e suas Tecnologias, e um dos objetivos é tematizar as práticas corporais que fazem parte da cultura, não mais valorizando somente a progressão da aptidão física e das técnicas esportivas.
O Ensino Fundamental - Anos Iniciais propõe um grande desafio aos estudantes: reconhecer as experiências pessoais e sociais.
Os alunos do Ensino Fundamental - Anos Iniciais possuem modos próprios de vida e múltiplas experiências pessoais e sociais, o que torna necessário reconhecer a existência de infâncias no plural e, consequentemente, a singularidade de qualquer processo escolar e sua interdependência com as características da comunidade local. É importante reconhecer, também, a necessária continuidade às experiências em torno do brincar, desenvolvidas na Educação Infantil. As crianças possuem conhecimentos que precisam ser, por um lado, reconhecidos e problematizados nas vivências escolares com vistas a proporcionar a compreensão do mundo e, por outro, ampliados de maneira a potencializar a inserção e o trânsito dessas crianças nas várias esferas da vida social. (BRASIL, 2018, p. 224).
Com base nesse desafio, este Manual focaliza um trabalho interdisciplinar com o componente curricular Arte, que também está inserido na área de Linguagens e suas Tecnologias. Como componente curricular da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), a Arte corresponde a um campo do conhecimento que está em contato com os elementos que compõem o patrimônio histórico e cultural da humanidade. Além disso, é considerada prática social e permite que os estudantes interajam consigo mesmos e com os outros.
Neste Manual, tratamos das brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana e das brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, conforme propõe a Base Nacional Comum Curricular nos objetos de conhecimento.
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Uma forma de trabalhar com o componente curricular Arte, nesse momento, seria desenvolver o trabalho com jogos e brincadeiras provenientes das duas culturas - indígena e africana - e, para isso, é necessário iniciar uma conversa com os estudantes para verificar se eles têm algum conhecimento prévio a respeito das duas culturas.
Um exemplo prático dessa vivência com Arte seria as crianças aprenderem a fazer a boneca abayomi, que é feita de tiras de retalho de tecido. Com apenas duas tiras de tecido, faça um nó para representar a cabeça. Depois, faça um corte vertical na outra ponta do tecido, indo até o meio do tecido e, em seguida, dê um nó em cada ponta formada, para representar as pernas. Por fim, para dar o formato do corpo e dos braços, use a tira mais fina, dando um nó em cada ponta.
Bonecas abayomi
Converse com os estudantes sobre a origem das bonecas abayomi. Diga-lhes que elas são de origem africana e o nome em iorubá significa "encontro precioso". Essas bonecas chegaram ao nosso país com a vinda das mulheres negras escravizadas do Período Colonial. As bonecas serviam de brincadeira e de amuleto para dar sorte às filhas dessas mulheres escravizadas.
O trabalho em conjunto com Arte contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico a respeito do corpo e suas subjetividades e, também, para a criatividade, além de motivar os estudantes a compreender o mundo contemporâneo.
Pressupostos teórico-metodológicos
Para propiciar a prática pedagógica do professor de Educação Física, este Manual tem os seguintes objetivos:
- destacar a importância das práticas corporais nos processos pedagógicos do ensino de Educação Física;
- articular o trabalho com a interdisciplinaridade entre o ensino de Educação Física e Arte;
- proporcionar sugestões de avaliação tanto do professor quanto dos estudantes, que serve de instrumento de formação;
- consolidar as aprendizagens da Educação Infantil;
- trabalhar a progressão no desenvolvimento de novas formas de se relacionar com o corpo e com o mundo.
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Ao levar em consideração a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), propomos uma possibilidade de modelo curricular de Educação Física que converse com as especificidades do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, ao organizar os saberes que correspondem às competências, às habilidades, às unidades temáticas e aos objetos de conhecimento.
A interação com o mundo ao redor e com outras linguagens possibilita ampliar a visão que se tem da Educação Física e olhar para o corpo com uma visão abrangente, ou seja, um corpo que brinca, joga, dança, cria e se expressa de diversas maneiras e que se reinventa, também, por meio da linguagem artística.
Este Manual oferta possibilidades de diálogo para o docente, que, ao tomar como base os conhecimentos sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), pode se pautar na ideia de ser um professor autor de sua prática na sala de aula, adotando uma postura autônoma, crítica, significativa e aprofundada.
Competências específicas de Arte para o Ensino Fundamental
Retomando o que consta do Volume 1, são estas as competências específicas de Arte para o Ensino Fundamental que visam à criação e à produção em linguagens artísticas:
- Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades.
- Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada linguagem e nas suas articulações.
- Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais - especialmente aquelas manifestas na arte e nas culturas que constituem a identidade brasileira -, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em Arte.
- Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
- Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística.
- Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo, de forma crítica e problematizadora, modos de produção e de circulação da arte na sociedade.
- Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e apresentações artísticas.
- Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.
- Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 198. Disponível em: https://oeds.link/eAxWYt. Acesso em: 10 abr. 2021.
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O acúmulo de informações hoje do mundo contemporâneo, tanto em contextos locais quanto globais, também é enfatizado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estipula o desenvolvimento de competências como o elemento que orienta os processos formais de educação. Para isso, tanto as competências gerais quanto as específicas - incluindo as habilidades - mobilizam conhecimentos, a fim de propor a resolução de questões mais desafiadoras que estão presentes no cotidiano da escola, servindo todas as competências como agentes capazes de serem mediadores na construção do conhecimento.
Além disso, as seis dimensões do componente curricular Arte (criação, crítica, fruição, estesia, expressão e reflexão) que constam da BNCC buscam facilitar a proposição tanto teórica quanto prática das atividades interdisciplinares propostas neste Manual.
De acordo com a BNCC, no componente curricular de Arte, o que se espera do estudante durante a etapa do Ensino Fundamental - Anos Iniciais é que ele expanda o repertório cultural e artístico e amplie a autonomia nas práticas artísticas, por meio de vivências que estimulem reflexão e crítica sobre os conteúdos artísticos e seus elementos constitutivos.
As propostas de atividades apresentadas neste volume visam indicar sugestões e exemplos de como essas competências podem ser integradas.
Competências específicas de Educação Física para o Ensino Fundamental
Há dez competências específicas do componente curricular Educação Física para o Ensino Fundamental, que levam em conta o caráter experiencial e subjetivo dessa disciplina. São elas:
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- Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a organização da vida coletiva e individual.
- Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo cultural nesse campo.
- Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas corporais e os processos de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais.
- Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal, analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e preconceituosas.
- Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes.
- Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às diferentes práticas corporais, bem como aos sujeitos que delas participam.
- Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos povos e grupos.
- Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde.
- Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário.
- Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 223. Disponível em: https://oeds.link/NrBSDZ. Acesso em: 26 maio 2021.
Além das competências específicas citadas anteriormente, há também 15 habilidades específicas para o ciclo de escolarização do Ensino Fundamental - Anos Iniciais (3o, 4o e 5o). Essas habilidades estão diretamente relacionadas às unidades temáticas propostas a seguir.
Assim, com base nas competências específicas de Educação Física, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe que os currículos sejam pensados em função de unidades temáticas, que reúnem objetos de conhecimento (nossos temas e conteúdos de aula) e habilidades a serem desenvolvidas.
Vale lembrar que o "saber fazer" é uma das premissas básicas do trabalho por competências proposto na Base Nacional Comum Curricular. De acordo com a BNCC, por meio dos conteúdos e das aprendizagens, é possível desenvolver as competências, com o intuito de valorizar o protagonismo juvenil.
Essa visão e perspectiva permitem que as práticas de Educação Física sejam valorizadas e, dessa forma, o "saber fazer" possibilita a todos que ampliem o conhecimento do componente curricular, valorizando as aulas de Educação Física.
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Objetos de conhecimento
As unidades temáticas são organizadas, na BNCC, em dez objetos de conhecimento. Os objetos de conhecimento são os precursores dos temas e conteúdos de um currículo. Para o 3o, 4o e 5o anos, os objetos de conhecimento estão assim organizados:
Unidades temáticas | Objetos de conhecimento |
Brincadeiras e jogos |
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Esportes |
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Ginásticas |
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Danças |
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Lutas |
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Unidades temáticas em Educação Física na BNCC
Os estudantes devem acessar diferentes práticas corporais ao longo do ciclo de escolarização. Essas práticas corporais estão organizadas em unidades temáticas, segundo a BNCC. Assim, a Educação Física do Ensino Fundamental - Anos Iniciais organiza seus conhecimentos em seis unidades temáticas: Brincadeiras e jogos; Esportes; Ginásticas; Danças; Lutas; e Práticas corporais de aventuras.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe para o Ensino Fundamental - Anos Iniciais que o trabalho seja organizado em quatro unidades temáticas - Brincadeiras e jogos, Esportes, Ginásticas, Danças. Já para o 3o, 4o e 5o anos, além das quatro unidades temáticas selecionadas, há o acréscimo da unidade temática Lutas.
Retome a explicação de todas as unidades temáticas no Volume 1, nas páginas 19 a 28. Neste momento, acrescentamos aqui a unidade temática Lutas. Vale ressaltar que, no Ensino Fundamental - Anos Iniciais, as práticas das unidades temáticas devem ser ajustadas de acordo com o contexto da comunidade escolar e devem ser trabalhadas e desenvolvidas de forma lúdica.
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Lutas
O trabalho das Lutas como conhecimento estruturado no currículo escolar é sugerido a partir do 3o ano do Ensino Fundamental, sob duas perspectivas: Lutas do contexto comunitário e regional e Lutas de matriz indígena e africana. Aqui, é importante que os estudantes tenham acesso às manifestações da cultura carregadas de símbolos, códigos, condutas e valores. O universo das Lutas possibilita desenvolver aprendizados corporais específicos, como desequilibrar, imobilizar, cair, levantar; além de lidar com um oponente em um espaço predeterminado, segundo regras específicas de conduta. Possibilita a discussão não só sobre guerra e paz, mas sobre a cultura de determinados contextos sociais. O acesso a esse patrimônio deve também permear a escola e a Educação Física.
Para saber mais
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O ensino das lutas na escola: possibilidades para a Educação Física, de Luiz Gustavo B. Rufino e Suraya C. Darido. Porto Alegre: Penso, 2015.
Esta obra foi escrita por e para professores interessados em aprender a ressignificar novas maneiras de abordar as lutas nas aulas de Educação Física. Os autores propõem nesta obra atividades ricas e diversificadas, com base em fundamentos, para que as lutas façam parte do projeto pedagógico das escolas e possam auxiliar no planejamento, na organização e na avaliação do conteúdo.
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Cidadão do Mundo
Qual é a diferença entre luta e briga?
Trabalhar Lutas no currículo de Educação Física nos ajuda a desmistificar que luta e briga são sinônimos.
As lutas são sistematizadas com base em regras próprias do esporte, validadas por árbitros, campeonatos, premiações, e são praticadas geralmente em um momento pré-or-ganizado para a prática.
Já a briga não corresponde a nenhum dos componentes mencionados anteriormente e, geralmente, a violência é um grande motivador nesse momento.
Além disso, as lutas caracterizam um universo da cultura corporal que correspondem fortemente a determinadas culturas. São exemplos de lutas o kung fu, o judô e a capoeira.
Habilidades específicas de Educação Física para 3o, 4o e 5o anos
(EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural.
(EF35EF02) Planejar e utilizar estratégias para possibilitar a participação segura de todos os alunos em brincadeiras e jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana.
(EF35EF03) Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita, audiovisual), as brincadeiras e os jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana, explicando suas características e a importância desse patrimônio histórico cultural na preservação das diferentes culturas.
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(EF35EF04) Recriar, individual e coletivamente, e experimentar, na escola e fora dela, brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e demais práticas corporais tematizadas na escola, adequando-as aos espaços públicos disponíveis.
(EF35EF05) Experimentar e fruir diversos tipos de esportes de campo e taco, rede/parede e invasão, identificando seus elementos comuns e criando estratégias individuais e coletivas básicas para sua execução, prezando pelo trabalho coletivo e pelo protagonismo.
(EF35EF06) Diferenciar os conceitos de jogo e esporte, identificando as características que os constituem na contemporaneidade e suas manifestações (profissional e comunitária/lazer).
(EF35EF07) Experimentar e fruir, de forma coletiva, combinações de diferentes elementos da ginástica geral (equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem materiais), propondo coreografias com diferentes temas do cotidiano.
(EF35EF08) Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios na execução de elementos básicos de apresentações coletivas de ginástica geral, reconhecendo as potencialidades e os limites do corpo e adotando procedimentos de segurança.
(EF35EF09) Experimentar, recriar e fruir danças populares do Brasil e do mundo e danças de matriz indígena e africana, valorizando e respeitando os diferentes sentidos e significados dessas danças em suas culturas de origem.
(EF35EF10) Comparar e identificar os elementos constitutivos comuns e diferentes (ritmo, espaço, gestos) em danças populares do Brasil e do mundo e danças de matriz indígena e africana.
(EF35EF11) Formular e utilizar estratégias para a execução de elementos constitutivos das danças populares do Brasil e do mundo, e das danças de matriz indígena e africana.
(EF35EF12) Identificar situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no contexto das danças e demais práticas corporais e discutir alternativas para superá-las.
(EF35EF13) Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas presentes no contexto comunitário e regional e lutas de matriz indígena e africana.
EF35EF14) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas do contexto comunitário e regional e lutas de matriz indígena e africana experimentadas, respeitando o colega como oponente e as normas de segurança.
(EF35EF15) Identificar as características das lutas do contexto comunitário e regional e lutas de matriz indígena e africana, reconhecendo as diferenças entre lutas e brigas e entre lutas e as demais práticas corporais.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018. p. 223. Disponível em: https://oeds.link/CS7Z3Y. Acesso em: 23 maio 2021.
Nos próximos capítulos, exemplificaremos os roteiros de aula em consonância com as competências, habilidades, unidades temáticas e objetos de conhecimento para o 3o, 4o e 5o anos no ensino de Educação Física.
Os quadros de conteúdos a seguir são uma sugestão de como trabalhar no ano letivo os roteiros de aula sugeridos nos próximos capítulos (capítulos 3 a 5 deste Manual do Professor).
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Quadros de conteúdos
Educação Física e Arte 3o ano
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- Consideramos 10 meses de aula, retirando do calendário janeiro e julho, prováveis meses de recesso/férias no calendário escolar.
- Estão sinalizados no campo TEMA DA AULA do cronograma os roteiros de aulas descritos no Capítulo 3 deste manual.
- As cores sinalizam os meses de aula e uma possibilidade de trabalho com as unidades temáticas.
(*) A avaliação diagnóstica é sugerida em cada início de unidade temática, de cada semestre, para que o professor possa identificar o que as crianças já conhecem a respeito dela, inclusive sobre a prática corporal de cada uma e o quanto a dominam. No segundo semestre, pode-se retomar o que foi visto e desenvolvido no semestre anterior, o que ficou de aprendizado, além de ampliar para outros repertórios e vivências semelhantes, ressignificando o percurso do estudante.
A avaliação formativa é proposta em todo o percurso de aprendizado, de modo a realizar a constante avaliação e o monitoramento dos estudantes ao longo do ano letivo com vistas a garantir seu sucesso escolar. Nos roteiros de aula deste volume há sugestões de avaliações formativas com o intuito de aferir não apenas a expressividade e habilidade físico-motora, mas também as dimensões cognitiva e socioemocional.
Nos roteiros de aula deste volume, para 3o a 5o anos (capítulos 3 a 5), propõese a conexão Educação Física-Arte, para trabalhar as competências e habilidades de cada componente, de acordo com cada sugestão de atividade.
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Educação Física e Arte 4o ano
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- Consideramos 10 meses de aula, retirando do calendário janeiro e julho, prováveis meses de recesso/férias no calendário escolar.
- Estão sinalizados no campo TEMA DA AULA do cronograma os roteiros de aulas descritos no Capítulo 4 deste manual.
- As cores sinalizam os meses de aula e uma possibilidade de trabalho com as unidades temáticas.
(*) A avaliação diagnóstica é sugerida em cada início de unidade temática, de cada semestre, para que o professor possa identificar o que as crianças já conhecem a respeito dela, inclusive sobre a prática corporal de cada uma e o quanto a dominam. No segundo semestre, pode-se retomar o que foi visto e desenvolvido no semestre anterior, o que ficou de aprendizado, além de ampliar para outros repertórios e vivências semelhantes, ressignificando o percurso do estudante.
A avaliação formativa é proposta em todo o percurso de aprendizado, de modo a realizar a constante avaliação e o monitoramento dos estudantes ao longo do ano letivo com vistas a garantir seu sucesso escolar. Nos roteiros de aula deste volume há sugestões de avaliações formativas com o intuito de aferir não apenas a expressividade e habilidade físico-motora, mas também as dimensões cognitiva e socioemocional.
Nos roteiros de aula deste volume, para 3o a 5o anos (capítulos 3 a 5), propõese a conexão Educação Física-Arte, para trabalhar as competências e habilidades de cada componente, de acordo com cada sugestão de atividade.
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Educação Física e Arte 5o ano
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- Consideramos 10 meses de aula, retirando do calendário janeiro e julho, prováveis meses de recesso/férias no calendário escolar.
- Estão sinalizados no campo TEMA DA AULA do cronograma os roteiros de aulas descritos no Capítulo 5 deste manual.
- As cores sinalizam os meses de aula e uma possibilidade de trabalho com as unidades temáticas.
(*) A avaliação diagnóstica é sugerida em cada início de unidade temática, de cada semestre, para que o professor possa identificar o que as crianças já conhecem a respeito dela, inclusive sobre a prática corporal de cada uma e o quanto a dominam. No segundo semestre, pode-se retomar o que foi visto e desenvolvido no semestre anterior, o que ficou de aprendizado, além de ampliar para outros repertórios e vivências semelhantes, ressignificando o percurso do estudante.
A avaliação formativa é proposta em todo o percurso de aprendizado, de modo a realizar a constante avaliação e o monitoramento dos estudantes ao longo do ano letivo com vistas a garantir seu sucesso escolar. Nos roteiros de aula deste volume há sugestões de avaliações formativas com o intuito de aferir não apenas a expressividade e habilidade físico-motora, mas também as dimensões cognitiva e socioemocional.
Nos roteiros de aula deste volume, para 3o a 5o anos (capítulos 3 a 5), propõese a conexão Educação Física-Arte, para trabalhar as competências e habilidades de cada componente, de acordo com cada sugestão de atividade.