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Projeto 4 Orientação e localização
Você conhece o conto infantil "João e Maria"? Leia a seguir um resumo do início desse conto.
João e Maria eram dois irmãos que gostavam de passear pela floresta para colher flores. Para que não se perdessem, a mãe deles sempre juntava um punhado de pedrinhas brancas e dizia a eles que espalhassem as pedrinhas pelo caminho e as recolhessem na volta, assim eles conseguiriam voltar para casa.
Numa manhã, porém, a mãe não encontrou as pedrinhas e entregou aos filhos pedaços de miolo de pão. Ao entrar na floresta, João e Maria foram jogando os pedaços de miolo de pão pelo caminho.
Quando resolveram voltar para casa, perceberam que os pedaços de pão tinham sido comidos pelos pássaros. Nesse momento, os dois perceberam que estavam perdidos na floresta.
Texto elaborado com base em: João e Maria. Coleção Conta pra Mim. Disponível em: https://oeds.link/LkXoGs. Acesso em: 19 mar. 2021.
MANUAL DO PROFESSOR
Abertura
Antes de iniciar este projeto, forme com os alunos uma roda de conversa e incentive-os a contar se viveram a experiência de estar perdidos em algum local. Peça a eles que relatem como se sentiram nessa situação e o que fizeram. Depois, pergunte o que acham que poderiam fazer para evitar uma situação como essa e o que poderiam fazer para se localizar. Se possível, durante o desenvolvimento do projeto, convide um escoteiro ou um policial ambiental para conversar com os alunos sobre situações que podem trazer risco de se perder e apresentar a eles formas de pedir ajuda ou se localizar.
INTRODUÇÃO DO PROJETO 4
Orientação e localização
Neste projeto, os alunos terão a oportunidade de refletir sobre como uma pessoa pode se localizar sem o uso da tecnologia e aprender métodos que permitem estimar a distância percorrida com e sem o uso de instrumentos.
Objetivos
- Identificar como se orientar se estiver perdido em algum local.
- Construir uma rosa dos ventos usando dobradura.
- Construir e identificar polígonos estrelados.
- Identificar como uma pessoa pode se orientar e obter sua localização por meio dos pontos cardeais e da bússola.
- Calcular a distância percorrida com base na medida de uma quantidade de passos.
- Preparar um vídeo para a apresentação do produto final.
Justificativa
Este projeto traz questões relacionadas à orientação e à localização considerando como uma pessoa pode encontrar sua localização se estiver perdida e não tiver nenhum recurso tecnológico disponível. Para os alunos, é uma oportunidade de conhecer as referências que podem ser utilizadas para obter a localização em um lugar desconhecido. Além disso, pode-se conversar com eles sobre os cuidados que devem ter ao sair de casa, por exemplo, ficando próximos dos adultos, prestando atenção em pontos de referência existentes no caminho, entre outros.
Interdisciplinaridade
Este projeto propõe a abordagem interdisciplinar entre as áreas de Matemática e Ciências da Natureza, com relevância para a área de Ciências da Natureza e suas interlocuções com a Matemática, propondo atividades que abordam a observação das diversas formas de lidar com uma situação em que uma pessoa esteja perdida em algum local.
BNCC - Competências e habilidades
Este projeto possibilita o desenvolvimento das competências e habilidades da BNCC descritas a seguir.
Competências gerais da Educação Básica
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
4. Utilizar diferentes linguagens - verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital -, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Competência específica de Matemática
- Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e resultados.
Competência específica de Ciências da Natureza
- Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.
Habilidade de Matemática
(EF04MA20) Medir e estimar comprimentos (incluindo perímetros), massas e capacidades, utilizando unidades de medida padronizadas mais usuais, valorizando e respeitando a cultura local.
Habilidades de Ciências da Natureza
(EF04CI09) Identificar os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posições relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon).
(EF04CI10) Comparar as indicações dos pontos cardeais resultantes da observação das sombras de uma vara (gnômon) com aquelas obtidas por meio de uma bússola.
Política Nacional de Alfabetização (PNA)
Entre os componentes essenciais para a alfabetização propostos pela Política Nacional de Alfabetização (PNA), são tratados neste projeto a fluência em leitura oral, o desenvolvimento de vocabulário, a compreensão de textos, a produção de escrita, a localização e a interpretação de informações e a leitura inferencial.
As situações em que é possível desenvolver esses componentes permeiam todos os textos, experimentos, atividades e seções deste projeto e são enfatizadas em alguns momentos com a indicação do ícone específico "Leitura e escrita" no Livro do estudante e nos comentários neste Manual do professor.
Por se tratar de um trabalho com projetos integradores, que abrangem principalmente conhecimentos de duas áreas, exige-se continuamente dos alunos que leiam, busquem informações e as interpretem, por exemplo, ao solicitar a eles que leiam em voz alta a introdução das etapas, os textos da seção Saiba mais ou de algumas páginas específicas; ao indicar que pesquisem palavras desconhecidas em dicionários ou que expliquem o sentido de determinadas palavras em algumas frases; ao propor questões que exigem que os alunos façam inferências a partir de informações obtidas direta ou indiretamente de um texto ou de uma imagem; ao incentivá-los a trocar opiniões sobre o que foi pesquisado; ao pedir que elaborem um resumo; ao sugerir, no início do projeto, que reservem páginas do caderno para fazer listas ou descritivos dos temas desenvolvidos em cada etapa; ao prever a elaboração e apresentação de um produto final, por meio da produção de cartazes, folhetos, textos em blogs, podcasts, entre outros recursos. Essa diversidade de propostas vai ao encontro dos pressupostos de alfabetização da PNA.
Sugestão de cronograma
O tempo estimado para a realização deste projeto é de 15 aulas, distribuídas conforme o cronograma a seguir.
Início | Abertura e Conhecendo o projeto | 2 aulas |
Etapa 1 | Como podemos nos orientar? | 2 aulas |
Etapa 2 | Rosa dos ventos | 2 aulas |
Etapa 3 | Uso da bússola | 3 aulas |
Etapa 4 | Calculando a distância ao caminhar | 2 aulas |
Etapa 5 | Produção de vídeos | 2 aulas |
Conclusão | Finalizando | 2 aulas |
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Vamos conversar
Avaliação diagnóstica. Respostas pessoais.
- No lugar de João e Maria, como você faria para tentar encontrar o caminho de volta para sua casa?
- Você acha que localizar onde o Sol "nasce" e se põe pode ser útil para uma pessoa se orientar? Explique sua resposta.
- Você conhece instrumentos que podem ser usados para auxiliar uma pessoa a se orientar? Quais?
- Em sua opinião, João e Maria poderiam recorrer a utras formas de se localizar na floresta e encontrar o caminho de volta para casa?
MANUAL DO PROFESSOR
Vamos conversar
Ainda na roda de conversa, leia com os alunos cada pergunta do boxe Vamos conversar e deixe que respondam livremente.
As questões desse boxe têm o objetivo de mobilizar os conhecimentos prévios dos alunos e fazer um diagnóstico do que eles já sabem sobre o tema do projeto. As hipóteses levantadas por eles podem ser confrontadas com o aprendizado adquirido até o final do projeto e confirmadas ou não.
Na questão 4, os alunos podem responder que João e Maria poderiam memorizar alguns pontos de referência, como uma árvore que se destacasse da paisagem ou formações naturais fáceis de reconhecer no caminho percorrido.
Pode haver, entre os alunos, algum que já tenha noções de orientação e localização a partir de coordenadas geográficas. Por isso, dê oportunidade para que ele conte aos outros suas experiências.
Destaque para os alunos que, mesmo em situações do cotidiano, como a ida à escola, ao mercado ou à residência, é importante prestar atenção em pontos de referência, como uma rua, avenida, casa, estabelecimento comercial etc. Os pontos de referência podem ser muito importantes no caso de termos de explicar nossa localização exata para alguém que não está perto de nós.
Oriente os alunos a conhecer os nomes de ruas e avenidas próximas a suas residências e de praças ou prédios públicos, para que possam tê-los como pontos de referência.
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Conhecendo o projeto
Como uma pessoa pode se orientar se ela se perder em um local que não conhece, como uma trilha na mata?
O que você faria se estivesse em uma situação parecida à vivida por João e Maria? Você teria de pensar em alguma maneira de encontrar o caminho de volta para casa. Como faria isso? Conhecer diferentes formas de se orientar e de se localizar justifica a proposta deste projeto.
Neste projeto, nosso objetivo é refletir sobre como podemos nos orientar se estivermos perdidos em um local desconhecido e como estimar uma distância percorrida.
O produto final deste projeto será um vídeo feito por você e seus colegas para apresentar às outras turmas e à comunidade um dos temas trabalhados.
Etapas do projeto
Etapa 1: Como podemos nos orientar?
Etapa 2: Rosa dos ventos
Etapa 3: Uso da bússola
Etapa 4: Calculando a distância ao caminhar
Etapa 5: Produção de vídeos
Vamos começar? Anote abaixo as datas previstas de início e término do projeto.
Início do projeto:
//
Término do projeto:
//
MANUAL DO PROFESSOR
Conhecendo o projeto
Apresente aos alunos a questão norteadora, as etapas do projeto e o produto final. Com base na sugestão apresentada na introdução, organize com eles um cronograma para a execução do projeto e fixe-o na sala de aula para que eles acompanhem o desenvolvimento, reavaliando ao final de cada etapa se será necessário fazer mudanças nesse cronograma.
Ao apresentar o título de cada etapa, pergunte que atividade eles imaginam que farão nessa etapa e como ela pode ser relacionada aos objetivos do projeto.
Neste último projeto integrador do 4o ano, verifique se os alunos aprenderam a se organizar diariamente para cumprir as tarefas escolares. Se necessário, retome as orientações para que eles obtenham maior autonomia.
Sugestão de leitura
Um movimento de jovens e para jovens que busca a construção de um mundo melhor!
O Escotismo é um movimento de educação não formal, que complementa os esforços da família, escola e outras instituições e se propõe a oferecer atividades progressivas, atraentes e variadas, respeitando as diferentes fases de desenvolvimento de alunos, adolescentes e jovens, considerando as particularidades do seu desenvolvimento. Jovens que integram o movimento escoteiro são desafados a serem atuantes em suas comunidades, responsáveis pelas suas escolhas, respeitando ao próximo e a natureza e promovendo a paz. Acreditamos que dessa forma podemos contribuir para que os jovens desenvolvam suas potencialidades, permeados por um marco referencial de valores, que se reforçam a partir da aceitação e comprometimento com a Lei e Promessa Escoteira. [...]
Fonte: Benefícios do Escotismo. Escoteiros do Brasil. Disponível em: https://oeds.link/B0QoMT. Acesso em: 6 jul. 2021.
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Etapa 1 Como podemos nos orientar?
Observe as imagens a seguir.
Atualmente, muitas pessoas podem dispor de recursos tecnológicos em seu dia a dia. Muitas residências têm aparelho de tevê, refrigerador, forno de micro-ondas, computador, entre outros equipamentos que facilitam as atividades cotidianas.
Há cem anos algumas dessas comodidades, como o forno de micro-ondas e o computador, não existiam. Os telefones eram aparelhos que ficavam presos por um fio à parede e não podiam ser movidos de lugar; além disso, eram muito caros, poucas pessoas podiam tê-los em casa. Mas, nos dias de hoje, milhões de pessoas têm telefone celular. Com eles, podemos nos comunicar com as pessoas, ouvir música, encontrar um caminho livre de trânsito, fazer compras, pagar contas, tudo ao alcance de alguns toques na tela. Mas será que podemos contar com eles em todas as situações? E se a bateria descarregar e não pudermos carregá-la? E se ficarmos sem sinal em um local distante de uma cidade, como no meio da mata? Como poderemos encontrar o caminho de volta para um local seguro?
-
O que você faria se estivesse sozinho em uma região isolada e sem contato com os recursos tecnológicos? Como tentaria descobrir sua localização e a direção correta a seguir?
Resposta pessoal.
-
Em sua opinião, é necessário desenvolver habilidades para que uma pessoa que esteja perdida em uma região isolada consiga se orientar? Por quê?
Resposta pessoal.
MANUAL DO PROFESSOR
Etapa 1
Sugestão de roteiro de aula
Objetivo da etapa
- Identificar como se orientar se estiver perdido em algum local.
BNCC
Habilidade(EF04CI09) Identificar os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posições relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon).
Competência específicaCiências da Natureza: 3
Veja a descrição da competência na Introdução do projeto 4.
Tempo estimado: 2 aulas
Recursos: livro do estudante, duas folhas de papel sulfite, lápis, régua, cartolina ou papel-cartão, vareta, massinha de modelar, fita adesiva e lanterna.
Aula 1 - Orientações
Para iniciar esta etapa, sugerimos convidar um policial ambiental ou um escoteiro para conversar com os alunos. Esta atividade será muito interessante e despertará a curiosidade deles.
Para estimular o interesse deles sobre o que os escoteiros aprendem e quais atividades realizam, apresente o vídeo Bem-vindo aos Escoteiros do Brasil!, de Escoteiros do Brasil. Disponível em: https://oeds.link/c7ASiA. Acesso em: 28 jul. 2021.
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No projeto anterior, você viu que o movimento aparente do Sol segue uma regularidade que faz com que a sombra do gnômon mude de posição de acordo com o passar das horas do dia. Agora, vamos verificar como a sombra dessa vareta pode ajudar a determinar os quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste. Para isso, você vai se reunir em grupo com seus colegas.
Vamos experimentar
Material necessário
- Duas folhas de papel sulfite
- Lápis
- Régua
- Cartolina ou papel-cartão
- Vareta
- Massinha de modelar
- Fita adesiva
- Lanterna
- Dobrem uma folha de papel sulfite ao meio no sentido do menor comprimento. Depois, desdobrem a folha.
-
Levem uma das pontas do lado menor sobre a linha da dobra. Depois, marquem esse ponto com o lápis (foto 1).
Oriente os alunos a manter a outra ponta intacta. Para isso, eles podem apoiar o dedo mindinho da mão direita, como na foto.
- Com o auxílio da régua, tracem uma linha sobre a última dobra realizada. Depois, tracem outra linha da ponta inferior direita da folha de papel e passem pelo ponto marcado (foto 2).
- Agora, dobrem o papel até que a lateral menor coincida com a linha traçada logo acima, formando uma nova marca de dobra, conforme indicado na foto 3. Usem a régua e tracem uma linha sobre essa marca.
- Depois, mantendo o papel dobrado na posição anterior, dobrem novamente e tracem uma linha ao longo dessa nova dobra.
- Finalmente, façam uma dobra sobrepondo a lateral maior da folha de papel à linha mais próxima a ela, formando a última linha de dobra. Com o auxílio da régua, tracem essa última linha (foto 4).
MANUAL DO PROFESSOR
Solicite aos alunos que façam a leitura compartilhada do conteúdo da página 73 do livro do estudante e questione se há palavras cujo significado eles desconhecem. Nesse momento, pode-se convidar os alunos a utilizar um dicionário para consultar o significado das palavras. A fluência em leitura oral e a ampliação do vocabulário são componentes essenciais da PNA.
A seguir, questione se eles percebem que hoje em dia temos muitos equipamentos que facilitam as nossas atividades cotidianas, como os telefones celulares, mas que devemos considerar que eles podem apresentar falhas e, por isso, não devemos depender totalmente da tecnologia.
Sugira a eles que se imaginem nas situações apresentadas e falem livremente sobre seus medos. Diga a eles que, neste projeto, eles vão aprender algumas formas de se orientar sem depender dos aparelhos eletrônicos.
Inicie a preparação do experimento, organizando os alunos em duplas ou em grupos e auxiliando-os nas etapas da dobradura.
Aula 2 - Orientações
Verifique se os alunos organizam o experimento corretamente e se fixaram a vareta na posição vertical. Depois, oriente-os a usar a lanterna para simular o movimento do Sol ao realizar a atividade 1. É importante que eles percebam que, quando a luz incide sobre a vareta no lado leste, a sombra fica para o lado oeste. Da mesma forma, se a luz incide no lado oeste da vareta, a sombra fica voltada para o lado leste.
No final da aula, se possível, apresente aos alunos o vídeo sobre a determinação dos pontos cardeais pelo Sol, disponível em: https://oeds.link/eknLbm. Acesso em: 28 jul. 2021.
Convide os alunos a darem sugestões para o problema apresentado na atividade 4. Depois, formalize uma solução e, se possível, faça o experimento com eles no pátio da escola em um dia ensolarado. Exemplo de solução:
- Finque no chão um galho na vertical e marque com uma pedra a posição da extremidade da sombra.
- Após 20 minutos, marque com outra pedra a nova posição da extremidade da sombra.
- Trace uma linha entre as pedras. Como a sombra se movimenta de oeste para leste, na primeira pedra escreva O e na segunda, L.
- Posicione seu pé esquerdo sobre a pedra O e o direito sobre a pedra L. Assim, o norte estará à sua frente, o leste à sua direita, o oeste à sua esquerda e suas costas estarão voltadas para o sul.
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- Repitam todas as dobras na outra folha de papel, agora da direita para a esquerda. Depois que todas as dobras estiverem feitas e todas as linhas estiverem traçadas, fixem as duas folhas de papel com a fita adesiva sobre a cartolina ou o papel-cartão. Por fim, prendam a vareta verticalmente no ponto de cruzamento das linhas com massinha de modelar (foto 5) e o gnômon estará pronto.
Atividades
- O Sol "nasce" a leste, ou oriente, e se põe a oeste, ou ocidente; isso é reflexo do movimento de rotação da Terra, que é de oeste para leste. Marquem L para leste e O para oeste nos cantos do gnômon, como mostra a foto 6. Em seguida, posicionem a lanterna no lado leste e iluminem a vareta, observando a posição da sombra formada. Depois, com a lanterna na posição oeste, iluminem novamente a vareta, observando a posição da sombra.
-
Sabendo que o Sol "nasce" a leste, a posição da sombra muda ao longo do dia de leste para oeste ou de oeste para leste?
De oeste para leste.
-
Se o leste está à direita de vocês e o oeste está à esquerda, então o norte está à frente de vocês e o sul está atrás. Com base nessas informações, marquem os pontos cardeais no esquema abaixo.
norte
oeste
leste
sul
-
Conversem com os colegas e o professor sobre como este experimento pode ser reproduzido para determinar os pontos cardeais em um dia ensolarado.
Resposta pessoal. Veja ao lado um exemplo de como reproduzir o experimento com os alunos.
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Etapa 2 Rosa dos ventos
A rosa dos ventos é muito utilizada na cartografia. Ela representa os pontos cardeais, norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O), e os pontos colaterais nordeste (NE), noroeste (NO), sudeste (SE) e sudoeste (SO). Com os pontos colaterais, podemos obter uma localização mais precisa.
Na atividade a seguir, vamos aprender a construir um polígono que pode ser usado para desenhar uma rosa dos ventos.
Vamos experimentar
Material necessário
- Duas folhas de papel sulfite
- Lápis
- Régua
- Tesoura de pontas arredondadas
- Uma tampa plástica circular grande
- Lápis de cor
- Desenhe duas circunferências, uma em cada folha de papel sulfite, contornando a tampa com o lápis.
-
Recorte apenas um dos círculos e dobre-o em oito partes iguais, como indicado nas fotos a seguir.
-
Coloque o círculo recortado sobre o círculo desenhado na outra folha de papel e marque com a caneta os oito pontos determinados pelas linhas de dobra. Em seguida, indique os quatro pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) com N, S, L e O, como mostra a figura ao lado.
MANUAL DO PROFESSOR
Etapa 2
Sugestão de roteiro de aula
Objetivos da etapa
- Construir uma rosa dos ventos usando dobradura.
- Construir e identificar polígonos estrelados.
BNCC
Habilidade(EF04CI09) Identificar os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posições relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon).
Competência específicaCiências da Natureza: 3
Veja a descrição da competência na Introdução do projeto 4.
Tempo estimado: 2 aulas
Recursos: livro do estudante, duas folhas de papel sulfite, lápis, régua, tesoura de pontas arredondadas, uma tampa plástica circular grande e lápis de cor.
Aula 1 - Orientações
Para iniciar esta etapa, convide alguns alunos para ler em voz alta o texto sobre a rosa dos ventos; desse modo, promove-se a fluência em leitura oral, componente essencial para a alfabetização da PNA. Após a leitura, peça aos alunos que observem a figura da rosa dos ventos e as indicações dos pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) e dos pontos colaterais (nordeste, noroeste, sudoeste e sudeste).
Para verificar se eles interpretam corretamente a figura, questione: O ponto colateral noroeste fica entre quais pontos cardeais? E o ponto colateral sudeste? Qual é o ponto cardeal que fica entre os pontos colaterais sudoeste e noroeste? Entre quais pontos está localizado o ponto colateral nordeste?
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- Agora, ligue os pontos de um em um a partir do ponto N para obter um polígono de oito lados, como podemos observar na figura a seguir.
Atividades
-
Reúna-se em grupo com três colegas e façam o que se pede:
- Com uma régua, um componente do grupo deve ligar os pontos do polígono de 2 em 2, começando no ponto N, até fechar a figura.
- Um segundo colega deve ligar os pontos de 3 em 3, outro de 4 em 4 e o último colega deve ligar os pontos de 5 em 5.
-
Dizemos que um polígono estrelado de 8 pontas é formado quando, ao ligar sucessivamente os pontos, a figura não fecha até que o oitavo ponto seja ligado. A figura assim formada deve ter oito pontas. Com base nessa informação, respondam:
-
Um polígono estrelado foi obtido na atividade anterior ao ligar os pontos de 2 em 2? Por quê?
Não, porque 2 cabe um número exato de vezes em 8, de modo que, na quarta linha traçada, a figura fechou, formando um quadrado e não o polígono estrelado.
-
Vocês obtiveram um polígono estrelado ao ligar os pontos de 3 em 3? Por quê?
Sim, porque 3 não cabe um número exato de vezes em 8, de modo que somente na última linha traçada a figura fechou, formando o polígono estrelado.
-
Em que outro caso se formou um polígono estrelado?
Ao ligar os pontos de 5 em 5.
-
-
Quais das figuras obtidas na atividade anterior podem ser usadas para formar uma rosa dos ventos?
As figuras obtidas ao ligar os pontos de 3 em 3 e de 5 em 5, pois formaram polígonos estrelados iguais.
- Para finalizar a atividade, usem os lápis de cor e caprichem na pintura das pontas da sua rosa dos ventos e não se esqueçam de indicar os pontos cardeais.
MANUAL DO PROFESSOR
Enfatize para os alunos a localização dos pontos colaterais:
- Nordeste está entre norte e leste;
- Noroeste está entre norte e oeste;
- Sudoeste está entre sul e oeste;
- Sudeste está entre sul e leste. Depois, leia com os alunos o passo a passo da seção Vamos experimentar e verifique se eles compreenderam o que devem fazer. A seguir, organize-os em grupos de 4 alunos e acompanhe o traçado do polígono estrelado que será a base para a elaboração da rosa dos ventos. Explique que, para representar os 8 pontos, eles terão que dividir um círculo em 8 partes iguais, obtendo uma base para a construção de um polígono de 8 lados.
Deixe que realizem as dobraduras seguindo as instruções, auxiliando-os quando necessário. Depois, confira se marcaram o polígono corretamente na outra folha de papel.
A atividade 2 permite que os alunos trabalhem o reconhecimento de padrões, uma das habilidades do pensamento computacional, ao reconhecer que o polígono estrelado só é formado nos casos em que se ligam os pontos de 3 em 3 e de 5 em 5. Isso porque os números 3 e 5 não cabem um número exato de vezes em 8.
Aula 2 - Orientações
Solicite aos alunos que resolvam as atividades desta página do livro do estudante. Oriente-os a ler as instruções da atividade 1 com cuidado e a pedir ajuda caso tenham dificuldades. Deixe que tracem os polígonos com autonomia e só auxilie se eles solicitarem ajuda.
Para concluir a atividade, cada grupo deve traçar uma rosa dos ventos e pintá-la. Oriente-os a dividir entre os integrantes do grupo a tarefa de pintar a rosa dos ventos e de indicar os pontos cardeais, para que todos participem da atividade. Quando terminarem, organize os desenhos em um painel na sala de aula.
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Etapa 3 Uso da bússola
A bússola é conhecida há muitos séculos e é usada como instrumento de navegação e orientação.
As bússolas apresentam a indicação dos pontos cardeais e colaterais. Na bússola da foto ao lado, os pontos cardeais estão indicados em inglês. Veja:
- N → North, significa norte
- S → South, significa sul
- E → East, significa leste
- W → West, significa oeste Assim, temos:
- NE → Nordeste
- SE → Sudeste
- NW → Noroeste
- SW → Sudoeste
A agulha da bússola (ou ponteiro) aponta para a direção norte-sul. Você e seus colegas de grupo vão construir uma bússola com materiais caseiros e, depois, testá-la.
Vamos experimentar
Material necessário- Ímã retangular com uma marca azul em um dos polos
- Recipiente com água
- Tampinha plástica
- Dois grampos de cabelo
- Fita adesiva
- Bússola
- Esfreguem o polo marcado em azul do ímã no grampo de cabelo por aproximadamente 1 minuto, mantendo sempre o mesmo sentido do movimento, começando pela parte fechada e continuando para a parte aberta do grampo, por exemplo.
- Com a fita adesiva, prendam o grampo de cabelo na parte aberta da tampinha plástica para que ela boie na água do recipiente.
MANUAL DO PROFESSOR
Etapa 3
Sugestão de roteiro de aula
Objetivo da etapa
- Identificar como uma pessoa pode se orientar e obter sua localização por meio dos pontos cardeais e da bússola.
BNCC
Habilidade(EF04CI10) Comparar as indicações dos pontos cardeais resultantes da observação das sombras de uma vara (gnômon) com aquelas obtidas por meio de uma bússola.
Tempo estimado: 3 aulas
Recursos: livro do estudante, ímã retangular com uma marca azul em um dos polos, recipiente com água, tampinha plástica, dois grampos de cabelo, fita adesiva e bússola.
Aula 1 - Orientações
Inicie a aula perguntando aos alunos se eles conhecem ou se já usaram uma bússola e sabem para que ela serve. Promova a leitura compartilhada do texto desta página do livro do estudante e chame a atenção deles para a representação dos pontos cardeais e colaterais em inglês, pois há bússolas que vêm com as indicações nesse idioma.
Se possível, mostre uma bússola a eles e faça alguns testes mostrando como localizar os pontos cardeais em diferentes espaços da escola usando a bússola.
Organize os alunos em grupos e oriente-os a iniciar a montagem da bússola. Acompanhe a atividade e ajude-os em cada passo. Se necessário, eles podem utilizar outro material no lugar da tampinha, como um pedaço de cortiça, e usar um clipe de metal no lugar do grampo de cabelo.
Pode ser que os alunos tenham que esfregar o grampo de cabelo por mais de 1 minuto para obter o efeito desejado. Se isso ocorrer, explique a eles que a ciência é construída por meio de erros, acertos e repetições até que se obtenham resultados confiáveis, por isso os testes e experimentos científicos são tão importantes.
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Atividades
-
O que acontece com o grampo?
Ele vai girar a tampinha até estabilizar e apontar a direção norte-sul.
-
Girem a tampinha com o grampo para outra posição e soltem. O que ocorreu?
O grampo volta a apontar para a direção anterior.
-
Registrem a direção para onde aponta a sua bússola. Depois, comparem a direção norte-sul obtida pela sua bússola com a indicação de uma bússola de verdade ou com o auxílio de um aplicativo de localização do celular. A indicação da bússola está correta?
Resposta pessoal.
-
Peguem o outro grampo e esfreguem nele o polo do ímã sem a marca azul, no mesmo sentido que fizeram anteriormente, repetindo os mesmos procedimentos. O que vocês observaram?
A ponta aberta do grampo passou a apontar para o lado contrário ao do outro grampo.
-
Com a ajuda de um adulto, pesquisem na internet o mapa de sua cidade e determinem, com base na rosa dos ventos indicada nesse mapa, a localização geográfica da sua escola em relação à prefeitura da cidade em que você mora. Você e seus colegas obtiveram a mesma localização? Conversem sobre isso com a turma e o professor.
Na atividade 5, os alunos podem fazer os registros da pesquisa no caderno e depois discutir os resultados oralmente.
Vamos avaliar
Avaliação de processo.
Como você avalia seu desenvolvimento até agora? Responda às questões para descobrir.
-
Você compreendeu como se orientar por meio dos pontos cardeais? Explique.
Resposta pessoal.
-
Você compreendeu quais são os pontos cardeais e os pontos colaterais? Indique-os.
Pontos cardeais: norte, sul, leste, oeste; colaterais: noroeste, sudoeste, nordeste, sudeste.
-
Observe onde o Sol "nasce" e onde se põe. Identifique o leste e depois o norte, o sul e o oeste. No caderno, desenhe a escola e indique os pontos cardeais em relação a ela. Mostre seu desenho para o professor.
MANUAL DO PROFESSOR
Proponha a resolução das atividades 1 a 4, solicitando a cada grupo que responda uma das questões oralmente.
A pesquisa proposta na atividade 5 deverá ser realizada em casa e apresentada no início da aula seguinte. Enfatize para os alunos que todas as pesquisas feitas na internet devem ser acompanhadas por um adulto.
Certifique-se de que todos os alunos sabem o endereço da escola para poder localizá-la no mapa, conforme solicitado. Explique a eles como localizar a rosa dos ventos nos mapas. Em geral, há o desenho de uma bússola em um dos cantos do mapa, com uma das pontas da agulha pintada de vermelho. Essa ponta vermelha sempre indica o norte.
Aula 2 - Orientações
Após a apresentação da pesquisa solicitada, proponha aos alunos a elaboração de um texto coletivo relatando os resultados obtidos.
Você pode mediar a elaboração do texto escrevendo-o no quadro da sala e observando a coesão e coerência textual, a produção coletiva, a ortografia e a pontuação. A produção de escrita coletiva enriquece o vocabulário, permite que todos opinem e possibilita a mediação do professor para que o aluno reflita, pense sobre a escrita, o que ela representa e como ela representa graficamente a linguagem. A elaboração de um texto coletivo após a atividade 5 contribuirá para desenvolver o trabalho com a produção da escrita, componente essencial para a alfabetização da PNA.
Ao final da aula, peça aos alunos que respondam às questões do boxe Vamos avaliar. Leia cada pergunta e dê um tempo para que eles escrevam suas respostas. Ao final, solicite aos alunos que compartilhem as respostas. Nesse momento, procure identificar as dificuldades dos alunos em relação aos conteúdos trabalhados nas etapas 1, 2 e 3 deste projeto, por exemplo: há alunos que não conseguem ler e entender os textos; há alunos que não compreenderam os conceitos estudados, entre outras. Nesses casos, sugerimos propor atividades de leitura oral e compartilhada, com acompanhamento do professor, leitura de contos curtos, de histórias em quadrinhos e questionamentos para aferir a compreensão dos textos.
Instruções sobre as avaliações
Para que uma avaliação possa desempenhar a função formativa ou de processo, é necessário usar várias técnicas e instrumentos: aplicação de provas (orais ou escritas), observação, estudo de caso, dinâmicas de grupo, autoavaliação, entre outras.
A avaliação formativa não ocorre no final de um processo de ensino e de aprendizagem, ela permeia todo o processo. O objetivo é obter informações sobre a aprendizagem dos alunos e servir como parâmetro para que, se necessário, o professor redirecione suas ações, retome conceitos e conteúdos em prol da aprendizagem dos alunos.
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Saiba mais
Orientação pelas estrelas
A navegação é praticada há milênios pelos seres humanos e a orientação pelas estrelas sempre foi muito utilizada.
Assim como o Sol faz um movimento aparente do leste para o oeste durante o dia, em determinadas regiões e épocas do ano em nosso planeta, as estrelas também fazem, ou seja, as estrelas "nascem" e se põem no horizonte. Isso é reflexo do movimento de rotação da Terra. Mas a Terra também faz o movimento de translação ao orbitar o Sol. Esse movimento de translação demora aproximadamente 365 dias e 6 horas, fazendo com que a visão das estrelas e das constelações no céu noturno mude. Por exemplo, no Brasil e no Hemisfério Sul, podemos ver a constelação do Cruzeiro do Sul durante quase o ano inteiro, porém em posições diferentes no céu ao longo das noites. Ao observar quais constelações ficavam visíveis em determinados períodos do ano, os navegantes conseguiam identificar se estavam no caminho correto.
Veja na representação abaixo como determinar onde fica o sul usando a constelação do Cruzeiro do Sul. Primeiro, considere a distância "d" entre as duas estrelas mais distantes. Depois, trace uma linha imaginária com comprimento de quatro distâncias e meia. Por fim, trace outra linha imaginária até o horizonte para encontrar o sul.
Olhando de frente para o sul, atrás de você está o norte, à direita, está o oeste e, à esquerda, o leste.
MANUAL DO PROFESSOR
Aula 3 - Orientações
Solicite a alguns alunos que leiam em voz alta o texto da seção Saiba mais. Em seguida, promova uma conversa sobre o texto para verificar se todos entenderam como utilizar a constelação Cruzeiro do Sul para determinar onde fica o sul.
Se for possível, após a leitura do texto, acesse com os alunos o site do Stellarium e promova a observação de algumas constelações. Disponível em: https://oeds.link/YFDQyQ. Acesso em: 6 jul. 2021. O site permite definir o dia, o mês e o ano do céu que se quer observar.
Nesse momento, sugerimos retomar com os alunos a questão norteadora do início do projeto e propor alguns questionamentos para verificar seus conhecimentos sobre orientação, localização, pontos cardeais e relacioná-los com o assunto do texto Orientação pelas estrelas.
A leitura em voz alta e a conversa sobre o texto permitem desenvolver a fluência de leitura e a compreensão textual, componentes essenciais para a alfabetização da PNA.
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Etapa 4 Calculando a distância ao caminhar
Quando uma pessoa está perdida e desorientada, além de tentar identificar o caminho que deve seguir, é importante saber estimar a distância que já caminhou. Para isso, vamos realizar uma atividade que mostra como calcular a distância percorrida aproximada com base na quantidade de passos.
Vamos experimentar
Material necessário
- Trena
- Giz
- Lápis e papel para anotações
- Forme um grupo com quatro ou cinco colegas e dirijam-se a um lugar plano e sem objetos ou obstáculos pelo caminho. Pode ser o pátio ou a quadra da escola, por exemplo.
- Com o auxílio de uma trena, marquem dois pontos no chão com 10 metros de distância entre eles.
- Cada um dos integrantes do grupo deve andar em seu ritmo normal até percorrer em linha reta os 10 metros. Registrem o número de passos que cada um deu em uma tabela.
-
Como nas caminhadas em matas ou trilhas há obstáculos, caminhos tortuosos etc., costuma-se calcular um terço de passos a mais para fazer uma estimativa do total de passos correspondente à distância percorrida em uma trilha. Por exemplo, se uma pessoa deu 16 passos em linha reta para percorrer os 10 metros, calcula-se um terço de 16:
Assim, um terço de 16 é aproximadamente 5. Logo, em uma trilha, essa pessoa dará cerca de 21 passos (16 + 5 = 21) para percorrer 10 metros.
MANUAL DO PROFESSOR
Etapa 4
Sugestão de roteiro de aula
Objetivo da etapa
- Calcular a distância percorrida com base na medida de uma quantidade de passos.
BNCC
Habilidade(EF04MA20) Medir e estimar comprimentos (incluindo perímetros), massas e capacidades, utilizando unidades de medida padronizadas mais usuais, valorizando e respeitando a cultura local.
Competência específicaMatemática: 5
Veja a descrição da competência na Introdução do projeto 4.
Tempo estimado: 2 aulas
Recursos: livro do estudante, trena, giz, lápis e papel para anotações.
Aula 1 - Orientações
Inicie a aula destacando para os alunos a importância de andar com cuidado e atenção quando estiverem fora de casa. Eles devem compreender que os pontos de referência são importantes para a localização, assim como a direção a ser tomada a partir desses pontos.
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Atividades
-
Façam o cálculo anterior para determinar quantos passos cada integrante do grupo deve dar para percorrer 10 metros em uma trilha.
Resposta pessoal.
-
Houve algum resultado que apareceu mais vezes? Se sim, qual?
Respostas pessoais.
-
Imaginem que a pessoa citada como exemplo no texto caminhou em uma trilha por algum tempo e contou 42 passos. Qual distância aproximada ela percorreu nessa trilha? E se a contagem fosse de 6 300 passos?
20 metros; 6 300 : 21 = 300; 300 grupos de 10 metros ou 3 000 metros
-
Caminhem uma quantidade qualquer de passos pelo pátio ou quadra da escola, desviando um pouco lateralmente de vez em quando, simulando uma caminhada na floresta, e calculem a distância percorrida com base no que vocês aprenderam.
Resposta pessoal.
Vamos avaliar
Avaliação de processo.
Como você avalia seu desenvolvimento até agora? Responda às questões para descobrir.
-
Quais foram as dificuldades que você e seus colegas enfrentaram para marcar a distância de 10 metros?
Resposta pessoal.
-
Você compreendeu como determinar o número de passos?
Resposta pessoal.
-
Explique por que todos os integrantes do grupo precisaram percorrer 10 metros e contar o número de passos.
Exemplo de resposta: Porque a medida do comprimento dos passos varia de um aluno para outro, então era preciso que todos caminhassem a mesma distância.
-
Por que devemos dividir um número por 3 para determinar 1/3 dele?
Exemplo de resposta: Porque 1/3 signifca a terça parte, então, para calcular a terça parte de um número, devemos dividi-lo por 3.
MANUAL DO PROFESSOR
Solicite aos alunos que leiam o conteúdo da aula e explique que o método de cálculo de distância apresentado no Vamos experimentar da página 81 do livro do estudante pode ser útil em algumas situações do dia a dia. Antes de propor aos alunos a resolução das atividades, questione:
- Em quais situações poderia ser necessário marcar uma distância por meio de passos?
- Podemos utilizar outras partes do corpo para medir? Quais vocês conhecem?
- Que outros métodos podem ser usados para medir pequenas distâncias?
Depois, peça aos alunos que resolvam as atividades desta página do livro do estudante.
Aula 2 - Orientações
Solicite aos alunos que respondam às questões do boxe Vamos avaliar. Leia cada pergunta e dê um tempo para que eles escrevam suas respostas. Ao final, solicite aos alunos que compartilhem as respostas e verifiquem se houve diferenças entre elas. Se for preciso, retome com eles as atividades desta etapa.
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Etapa 5 Produção de vídeos
Para finalizar o projeto, você e seus colegas de grupo vão gravar um vídeo para apresentar um dos assuntos estudados até aqui. O vídeo poderá ser exibido aos colegas de outras turmas, à comunidade escolar e aos familiares.
Conversem com o professor sobre os assuntos estudados nas etapas do projeto. Cada grupo deve escolher um assunto para fazer o vídeo.
Antes de produzir o vídeo, vocês devem escrever um roteiro sobre o assunto escolhido, e dividir as tarefas entre os componentes do grupo, por exemplo: criação e distribuição dos diálogos e falas, montagem do cenário, escolha do figurino, horário e local para os ensaios, entre outros combinados para que a gravação seja um sucesso.
Os itens a seguir podem auxiliá-los nessa etapa.
- Vejam quem poderá emprestar um celular para a gravação do vídeo.
- Combinem onde o vídeo vai ser gravado.
- Se for preciso, peçam ajuda a um adulto para fazer a gravação final e revejam o que for necessário.
Organizem abaixo as tarefas do grupo e as ideias para o roteiro do vídeo.
MANUAL DO PROFESSOR
Etapa 5
Sugestão de roteiro de aula
Objetivo da etapa
- Preparar um vídeo para a apresentação do produto final.
BNCC
Habilidades(EF04CI09) Identificar os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posições relativas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon).
(EF04CI10) Comparar as indicações dos pontos cardeais resultantes da observação das sombras de uma vara (gnômon) com aquelas obtidas por meio de uma bússola.
Competência específicaCiências da Natureza: 3
Veja a descrição da competência na Introdução do projeto 4.
Tempo estimado: 2 aulas
Recursos: livro do estudante, caderno para anotações e telefone celular ou outro dispositivo que possibilite filmar.
Aula 1 - Orientações
Retome com os alunos os assuntos abordados ao longo do projeto e oriente-os a fazer uma lista de todos os conteúdos trabalhados para que possam planejar como organizarão o roteiro do vídeo para a apresentação do produto final.
Ao dividir as tarefas e planejar como será feita a produção dos vídeos, os alunos estarão trabalhando uma das habilidades que envolvem o pensamento computacional, a decomposição de um problema.
Aula 2 - Orientações
Auxilie os alunos a organizar a produção dos vídeos e acompanhe-os nessa tarefa. É importante solicitar a autorização dos responsáveis para a divulgação das imagens dos alunos.
Oriente-os sobre os cuidados com a captação de imagens de terceiros, como colegas de outras turmas e funcionários da escola, sem autorização. Solicite, se possível, a ajuda de algum profissional de tecnologia da escola para auxiliar os alunos na edição do vídeo.
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Finalizando
Neste projeto, estudamos algumas formas de orientação e localização que podem nos ajudar em diferentes situações: como nos orientar pelo Sol, pelas estrelas, pela bússola e como estimar a distância percorrida em caminhadas. Agora, vamos refletir sobre nossas descobertas e compartilhar o aprendizado.
Vamos avaliar
Avaliação de resultado.
Forme uma roda de conversa com seus colegas e reflita sobre os seguintes tópicos:
-
Se você estiver perdido, como poderá se orientar se não tiver à disposição uma bússola ou um celular, por exemplo?
Exemplo de resposta: Construir um gnômon, localizar os pontos cardeais observando a posição do Sol.
-
Quais formas de orientação você aprendeu ao longo deste projeto?
Resposta pessoal.
-
Como podemos estimar a distância percorrida em uma caminhada pela mata?
Resposta pessoal.
Hora de compartilhar!
Vamos compartilhar o vídeo que fizeram?
Caso a sua escola tenha um blogue ou uma conta em alguma mídia social, converse com o professor e peça a autorização de um adulto para publicar o vídeo que seu grupo produziu.
Vocês podem também organizar, com a ajuda do professor, um evento especial na escola para exibir os vídeos que fizeram aos convidados escolhidos pela turma, como familiares, amigos e a comunidade escolar.
Registrem abaixo os temas dos vídeos da turma e como farão a apresentação.
MANUAL DO PROFESSOR
Finalizando
Inicie a aula avaliando o desenvolvimento dos alunos no decorrer do projeto com as questões do boxe Vamos avaliar.
Pergunte aos alunos como foi trabalhar em grupo nas atividades práticas: se surgiram dificuldades ou conflitos ao longo do projeto e como fizeram para solucionar os problemas enfrentados.
Hora de compartilhar!Organize uma assembleia para que os alunos decidam como farão para apresentar os vídeos produzidos. Diga que a apresentação poderá ser presencial ou virtual, dependendo da escolha da maioria. Os vídeos poderão ser apresentados aos familiares, à comunidade escolar, aos amigos e aos usuários das redes sociais da escola.
Oriente os alunos durante o encaminhamento da assembleia, dando algumas opções e deixando que eles debatam. É importante ressaltar que todos devem respeitar a vez do outro falar e respeitar também a decisão tomada pela maioria, que ocorrerá por meio de votação.
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Avaliando o nosso projeto
Autoavaliação.
Ouça com atenção as orientações do professor para compreender o que significa cada item a ser avaliado. Depois, responda a cada pergunta preenchendo o quadrinho correspondente a como você se avalia.
Sim | Às vezes | Nem sempre | |
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Ouvi e respeitei a opinião dos colegas e contribuí para manter um bom relacionamento entre todos? | |||
Demonstrei interesse nas atividades propostas e participei ativamente delas? | |||
Compreendi os conteúdos trabalhados? | |||
Levantei hipóteses e consultei diferentes materiais de pesquisa? | |||
Utilizei os recursos digitais adequadamente, conforme as orientações do professor? | |||
Atingi os objetivos do projeto? |
MANUAL DO PROFESSOR
Avaliando o nosso projeto
Converse com os alunos para confirmar se todas as atividades foram realizadas e se os objetivos foram alcançados, conforme indicado no início do projeto. Nesse momento, é importante propor à turma uma reflexão sobre o envolvimento, a participação nos trabalhos, a colaboração com os colegas de grupo e o empenho em resolver os problemas surgidos no decorrer do projeto.
Pergunte quais foram as atividades práticas de que mais gostaram e qual delas julgaram ser a mais inovadora para os conhecimentos deles.
Em seguida, oriente os alunos a responder às questões da autoavaliação individualmente.
Após esse processo, converse com cada aluno sobre os pontos fortes e as fragilidades dele, o que pode ser feito para ajudá-lo e quais atitudes ele pretende mudar para melhorar sua atuação na escola, pensando em si mesmo e no coletivo.
CONCLUSÃO DO PROJETO 4
Reflexão sobre as avaliações
A proposta de oferecer projetos integradores tem o objetivo de proporcionar ao aluno a vivência como sujeito participativo do próprio processo de aquisição de conhecimento, superando a condição de receptor para se transformar gradativamente em agente da própria aprendizagem, atuando ativamente em pesquisas, experimentos e atividades em grupo, tornando-se cada vez mais autônomo. Ao desenvolver o trabalho com projetos, que envolve pesquisas, experimentos, elaboração de hipóteses, conclusões que as refutem ou confirmem e atividades diversificadas, propõem-se também diversificadas formas de avaliação: avaliação diagnóstica, de processo ou formativa, de resultado e autoavaliação.
Os diversos momentos de avaliação propostos neste projeto 4, Orientação e localização, foram elaborados para levantar e mobilizar os conhecimentos prévios dos alunos sobre os assuntos abordados (avaliação diagnóstica), para acompanhar as aprendizagens deles no decorrer das etapas e permitir que o professor obtenha parâmetros sobre o que será preciso mudar em seu planejamento para que todos os alunos, mesmo com diferentes desempenhos, possam atingir os objetivos determinados (avaliação formativa ou de processo), e, por fim, para verificar os resultados das aprendizagens no final do projeto (avaliação de resultado).
Avaliar é parte constitutiva do processo de ensino-aprendizagem. Esse sempre foi o papel tradicional das avaliações: propõe-se uma prova, atribui-se uma nota e o aluno é promovido ou não. No entanto, essa forma simplificada de avaliar já não atende à complexidade das habilidades exigidas em um mundo em contínua e rápida transformação. Assim, a escola deve estar preparada para acompanhar as transformações tecnológicas, sociais, culturais e econômicas e proporcionar ao aluno a possibilidade de desenvolver "várias inteligências", não se restringindo aos componentes curriculares tradicionais. Nesse sentido, após participar dos experimentos, realizar as atividades e se envolver nas várias propostas de avaliação e de autoavaliação, ao finalizar o projeto 4, espera-se que os alunos estejam aptos a responder à questão norteadora e às demais propostas abaixo.
Como uma pessoa pode se orientar se ela se perder em um local que não conhece, como uma trilha na mata?
Para avaliar se estão aptos a respondê-la, ou seja, se eles compreenderam as várias maneiras que uma pessoa pode utilizar para se orientar em um local desconhecido, sugerimos reuni-los em uma roda de conversa e refletir coletivamente sobre os objetivos do projeto, questionando e solicitando aos alunos que expliquem suas respostas fundamentando-as com argumentos:
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As anotações feitas pelo professor durante a conversa podem ser utilizadas na elaboração de relatórios sobre o desempenho geral da turma, de cada grupo, ou de cada aluno individualmente. Os relatórios coletivos e individuais de acompanhamento de aprendizagem possibilitam, respectivamente, uma visão geral das ações da escola que precisam ser melhoradas e parâmetros sobre o desenvolvimento das habilidades e competências da BNCC e dos componentes essenciais da PNA voltados aos anos iniciais do Ensino Fundamental.
A organização dessas informações nos relatórios, além de facilitar a reorientação do planejamento, serve de subsídio para as reuniões de conselho de classe e para o atendimento de pais ou responsáveis.
Sugestão de relatórios
Relatório coletivo de indicadores de aprendizagem
Turma:
Professor:
Projeto integrador 4 - Orientação e localização
O relatório coletivo deve apresentar uma breve descrição da turma, abordando o número de alunos, a média de idade, a dinâmica individual e de interação em grupo, o envolvimento e a participação nos trabalhos propostos. Na sequência, deve explicar o propósito do trabalho com projetos integradores e os objetivos e expectativas sobre o projeto 4. Esse relatório pode apontar as dificuldades gerais da turma durante a execução do projeto, por exemplo: os alunos tiveram dificuldade para compreender que há maneiras de uma pessoa se orientar sem utilizar uma bússola ou um telefone celular; os alunos não conseguiram compreender como é possível localizar o ponto cardeal norte a partir da observação e de uma vareta fincada no chão; os alunos não conseguiram compreender como a bússola funciona; a realização dos experimentos foi prejudicada pela falta de acesso a materiais; a produção dos vídeos foi prejudicada porque não havia dispositivos que permitissem gravá-los; as pesquisas não foram realizadas por falta de materiais impressos e de acesso à internet; entre outras observadas pelo professor no decorrer do projeto. Ao conhecer as dificuldades gerais dos alunos, a equipe pedagógica pode tentar se mobilizar para solucionar algumas delas e também mobilizar os responsáveis para que tenham uma participação mais ativa na vida escolar dos alunos, enfatizando a importância da parceria entre a escola e os responsáveis pelo aluno.
O relatório coletivo deve ressaltar que o trabalho com projetos integradores favorece a autonomia e o protagonismo dos alunos no processo de ensino-aprendizagem por meio de experimentos, pesquisas e atividades diversificadas, individuais, em dupla e em grupos, para ampliar os conhecimentos deles e aplicá-los em um produto final apresentado à comunidade e a alguns convidados.
Relatório individual de indicadores de aprendizagem
Estudante:
Turma:
Professor:
Projeto integrador 4 - Orientação e localização
O relatório individual deve estar focado no aluno e no seu desempenho individual. Não se deve compará-lo com outros alunos, pois cada indivíduo é único, com ritmo próprio e potencial para desenvolver diferentes competências e habilidades. O relatório pode abordar como o aluno interage com os demais, a participação dele nas aulas, nas pesquisas, nos trabalhos em grupos e as contribuições dadas aos colegas, o envolvimento dele na elaboração do produto final e as reflexões apresentadas nos momentos de autoavaliação. Para elaborar o relatório individual, é fundamental conhecer as potencialidades do aluno, analisar o desempenho dele durante o desenvolvimento do projeto 4, compreender quais foram as suas dificuldades e relatar o que será feito para ajudá-lo a superá-las. As conversas individuais são valiosas e oferecem subsídios para o professor encontrar estratégias que apoiem os alunos que apresentem dificuldades semelhantes.
Ao entregar o relatório aos responsáveis, é essencial enfatizar que o apoio dos familiares é de fundamental importância para o desenvolvimento escolar do aluno. Nesse sentido, também é fundamental que a escola esteja a par da realidade da comunidade e procure manter a parceria e a proximidade entre a equipe escolar, os responsáveis, os alunos e demais envolvidos na educação deles.