UNIDADE 2. Artistas de diferentes lugares do mundo

Boxe complementar:

Objetivos da unidade

Aprender sobre artistas de diferentes lugares do mundo e conhecer a diversidade de suas produções artísticas, intenções, modos de trabalho e relações com as culturas dos locais onde vivem.

Fim do complemento.

Orientações didáticas

Estudar artistas de diversos lugares do mundo possibilita ao estudante reconhecer e compreender a diversidade da produção artística e das concepções estéticas das diferentes culturas ao longo da história. A aproximação com essa diversidade se dará por meio da leitura de obras de artistas que vivem em diversos países. Seus trabalhos refletem aspectos das culturas que os rodeiam.

Os estudantes também realizarão trabalhos de criação para conhecer os conceitos, procedimentos e valores das obras estudadas.

A questão da interculturalidade percorre todos os capítulos, o que vai favorecer a compreensão da produção artística como expressão da identidade etnocultural.

Abordar a pluralidade cultural nas aulas de Arte promove a educação orientada aos direitos humanos, à justiça social e à equidade, porque ensinar sobre a diversidade das culturas tem como objetivo promover o respeito entre os povos.

Sabe-se que as culturas são diversas e estão em mudança permanente. Desse modo, é importante que, nas aulas de Arte, os professores apresentem obras de arte de diversas culturas. Pensar o currículo dessa forma pode contribuir para a promoção de relações sociais mais justas.

Antes de começar os estudos dos capítulos desta unidade, faça um levantamento do conhecimento prévio dos estudantes sobre os conteúdos e temas que serão estudados, para saber de onde é necessário partir.

Veja algumas sugestões de questões:

• Em sua opinião, o que é ser artista?
• Será que os artistas trabalham da mesma forma em diferentes partes do mundo?
• Será que utilizam os mesmos materiais?
• Será que escolhem temas semelhantes?
• Você já viu um artista plástico trabalhando? Um pintor preparando sua tela? Um videomaker filmando? Um fotógrafo com sua câmera na mão?

  (Respostas pessoais.)

  Esta unidade ajuda o estudante a compreender a função da arte nos diferentes contextos culturais. Além disso, a arte é um conhecimento importante para a compreensão das culturas que serão estudadas.

  Aproximar os estudantes da diversidade cultural por meio de trabalhos de artistas, como é feito nesta unidade, possibilita a eles perceber que a arte pode ser acessível e a desmistifica como conhecimento distante do cotidiano.

  Portanto, os conteúdos aqui trabalhados podem promover a consciência sobre o valor inestimável que a arte tem na sociedade e na vida dos indivíduos.

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Conhecer obras do artista africano Frédéric Bruly Bouabré (1923-2014), criadas a partir da observação da natureza; desenhar imagens para representar palavras.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidade destacada

• Para avaliar (EF15AR25), registre em vídeo, áudio ou em seu diário, as atividades de leitura das imagens do artista e verifique como identificaram e valorizaram o patrimônio cultural da arte africana contemporânea, reconhecendo o repertório da linguagem artística trabalhada no capítulo.
• Objeto de conhecimento: Patrimônio Cultural (Artes integradas).
• Preencha os itens 1 e 2 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

  A habilidade acima está relacionada às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e da leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: O nome e o desenho das coisas do mundo; O artista Frédéric Bruly Bouabré e seu desenho inspirado na observação da natureza e Coisa grande e coisa pequena da natureza que inspiram meus desenhos.

• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se os estudantes manifestaram fluência oral na resposta à atividade Que elementos da natureza você identifica nesta imagem?.
• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 1 (1ª e 2ª semanas).

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  Ao iniciar a leitura das imagens, peça aos estudantes que identifiquem nelas elementos da natureza. Depois, investigue com eles cada imagem, compartilhando a tradução do texto escrito em francês ao redor delas.

  Na primeira obra, Conhecimento do mundo, a tradução francês-português do texto é: “Os vegetais e a terra” P “Este quadro retoma a ordem das grandes verdades”. Em seguida, pergunte aos estudantes:

• Como o artista representa os vegetais e a terra? (Respostas pessoais.)
• Por que você imagina que está escrito que o quadro retoma a ordem das grandes verdades?
• Quem parece se alimentar?

  Na segunda imagem, Museu do olhar africano, a tradução francês-português do texto é: “Data: 22-2-1992” P “A natureza da pictografia: o Sol fortemente radiante”. Em seguida, pergunte: (Respostas pessoais.)

• O que você imagina que o artista quis representar com essa mão com um Sol radiante no meio?
• Que relação você imagina que existe entre a mão e o Sol?
• O que representa para você essa imagem?

Explore as imagens criadas por Frédéric Bruly Bouabré para representar as coisas do mundo: o artista trabalha com palavras e desenhos e criou um sistema de escrita próprio.

Promova uma breve leitura das imagens e deixe que os estudantes tentem decifrar o significado dos desenhos e sua relação com o texto escrito em cada uma dessas imagens.

Boxe complementar:

Para sua informação

Bruly Bouabré é um ancião maravilhoso, um sábio que [...] através do desenho construiu uma verdadeira enciclopédia de seus conhecimentos. [...] criou um alfabeto para ser usado na África. Produziu centenas de desenhos menores que um cartão-postal onde descreveu a fauna e a flora, os utensílios, as incisões médicas, as celebridades, as lendas, as marcas e a publicidade dos produtos, os signos das águas das savanas e das formas passageiras das nuvens. Cada desenho é cercado por uma lenda, muitas vezes colorida por uma veia maliciosa que tenta restituir à cultura africana sua justa dimensão. Ele se apropria do dogma ocidental que quer que todos os fenômenos sejam explicados e o conduz ao sabor de sua imaginação poética.

MARTIN, Jean Hubert. O estranhamento do outro e a perversão das influências ocidentais. Disponível em: http://fdnc.io/eUE. Acesso em: 27 maio 2021.

Fim do complemento.

Antes de iniciar a atividade, leia para os estudantes a definição de ideograma: desenhos utilizados para representar de maneira simplificada as coisas, como os seres, as situações ou as ideias a que se referem.

Promova a leitura em grupo dos quatro exemplos de ideogramas chineses: “Sol”, “árvore”, “escuro” e “claro”. Desenhe-os na lousa e oriente os estudantes a observar como correspondem à definição lida.

Depois, mostre como os ideogramas “Sol” e “árvore” também podem ser usados para compor outros ideogramas. Veja.

LEGENDA: Dois ideogramas “árvore” = BOSQUE FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Três ideogramas “árvore” = FLORESTA FIM DA LEGENDA.

As relações entre texto e imagem estão sendo propostas na atividade Vamos desenhar!. O desafio dos estudantes é, portanto, desenhar imagens para representar palavras.

Proponha a eles que experimentem colorir seus desenhos pintando a lápis em várias direções, adotando um procedimento semelhante ao que notaram nas imagens das obras de Frédéric.

Os símbolos usados na escrita por meio de desenhos são conhecidos como ideogramas. Os ideogramas que os japoneses e os chineses usam para escrever são desenhos simplificados.

Observe, nos exemplos abaixo, como cada ideograma pode se relacionar com a aparência das coisas que representa.

LEGENDA: Ideogramas de “Sol” e “árvore” associados a símbolos. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: A combinação dos ideogramas de “Sol” e “árvore” pode compor diferentes ideogramas e símbolos. FIM DA LEGENDA.

Atividade complementar

Proponha aos estudantes que escrevam mensagens articulando desenhos simplificados ligados por palavras curtas. Por exemplo: (desenho de saco) de (desenho de batata). Veja.

As “mensagens secretas” podem ser feitas para que os colegas da classe as decifrem. Se forem escritas em acetato transparente, podem ser projetadas com o auxílio de um retroprojetor em uma parede branca ou em uma tela, para que todos possam ler.

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Conhecer as esculturas de areia colorida do artista indiano Anish Kapoor (1954-); desenhar com areias coloridas dentro de garrafas.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidade destacada

• Para avaliar (EF15AR02), observe nos registros em seu diário ou em vídeo como os estudantes apreenderam na leitura das esculturas do artista e na atividade de criação do desenho com areias coloridas na garrafa. Verifique, ainda, como exploraram a cor e a forma como elementos constitutivos das artes visuais.
• Objetos de conhecimento: Elementos da Linguagem (Artes visuais).
• Preencha os itens 3 e 4 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

  A habilidade acima está relacionada às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e da leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: A arte contemporânea de Anish Kapoor; Artesãos do Nordeste brasileiro e exposição coletiva de arte na escola.

• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se os estudantes desenvolveram o vocabulário com a palavra provisório e se manifestaram fluência oral na resposta às perguntas da atividade O que vocês acharam destas esculturas?.
• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 2 (3ª e 4ª semanas).

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  Na leitura das imagens das esculturas de Kapoor, pergunte:

• Já viram uma escultura semelhante a esta do artista indiano?
• Esse trabalho é muito diferente de uma escultura tradicional? Por quê?
• Em que espaço essa escultura de Anish Kapoor não poderia ficar exposta?
• Quais características o espaço físico da exposição dessa escultura precisa ter?
• Alguma das formas se aproxima de uma esfera? E de uma pirâmide? E de um cone?
• Você conhece algum objeto com essas formas?

  (Respostas pessoais.)

  Comente que o fato de a obra ser feita em uma fôrma propicia que se façam outras planejadas pelo artista. Diga que, diferentemente de uma escultura feita em bronze ou em mármore, a de areia vai se desmanchar ao ser transferida de um lugar a outro.

Após os estudantes observarem as formas, as cores e o material da obra de Anish Kapoor, peça-lhes que grifem as palavras contrastantes do Livro do Estudante que associam ao trabalho, exercitando o reconhecimento e a distinção dos elementos da linguagem visual. Converse com eles sobre a relação entre as formas das esculturas de Anish Kapoor e o procedimento usado pelo artista para criá-las. Para demonstrar isso, leve uma fôrma de bolo e faça com eles um “bolo de areia molhada” para que eles percebam a relação entre o formato da fôrma e o da obra criada.

Pergunte aos estudantes se eles já viram pessoalmente garrafas com desenhos feitos com areias coloridas, como as apresentadas nessas imagens.

Proponha a eles que pesquisem na internet fotos e vídeos mostrando como é feito esse tipo de trabalho.

Atividade complementar

Em grupos de quatro integrantes, proponha que façam esculturas com areias, terras, pigmentos e pós coloridos. Se possível, trabalhe em um espaço livre da escola, como um pátio ou jardim, usando como apoio uma base de papelão duro. Procure escolher um local em que não haja corrente de vento forte.

Peça aos estudantes que reúnam diferentes tipos de materiais em pó, como pigmentos coloridos, farinha, areia, pó de café usado, gesso, giz ou pó xadrez. Para dar forma aos materiais, eles vão precisar de diversas fôrmas. Podem usar: fôrmas de gelo, de bolo, de bolacha, de brincar na areia da praia, potes de iogurte, caixas de papelão ou embalagens PET cortadas.

Os grupos devem combinar o que querem construir, colocar os materiais em pó nas fôrmas e depois desenformar. Como o trabalho não vai durar muito, proponha que façam um registro fotográfico, que pode servir de base para refazerem o mesmo trabalho em outro local.

Atividade complementar

Faça gelatina comestível e convide os estudantes a observar a preparação. Faça-as de cores variadas, em fôrmas de diversos modelos e coloque na geladeira da escola. Após desenformá-las, analise com a turma a relação entre suas fôrmas e a forma dos recipientes em que foram feitas. Depois, é claro, saboreiem as gelatinas!

Atividade complementar

Desenhar com materiais em pó

Proponha aos estudantes que desenhem em equipe usando diferentes tipos de material em pó sobre uma base de papelão. Aproveite e promova a participação, a cooperação e o envolvimento entre todos.

Peça que coletem em casa, com a ajuda dos familiares, e levem para a aula pó de café usado, farinha etc. Além disso, você pode providenciar giz colorido ralado em peneiras e depositá-lo em pratos de plástico. A organização do espaço e dos materiais é fundamental para a atividade. Cuide para que o lugar onde serão feitos os trabalhos não tenha corrente forte de vento. Oriente os estudantes a separarem os pós por tipo e cor. Assim, terão mais liberdade para trabalhar com esses materiais.

Registre as etapas do trabalho por meio de fotos ou vídeos. Finalizados os desenhos, peça que compartilhem oralmente com os colegas como foi o processo de produção: as escolhas de tipos de pó, as decisões sobre a ordenação das formas e cores e o significado dos desenhos criados.

Boxe complementar:

Para sua informação

Os monges tibetanos também usam pós coloridos para construir imensos desenhos em forma de mandalas, que podem demorar mais de um mês para ficarem prontos! Depois de pronto, o desenho simplesmente vai ser apagado... Os monges budistas realizam o ritual de construção da mandala para meditarem e se concentrarem. O ato de apagar também faz parte do ritual, pois o desenho é como a vida: não precisa ser permanente.

Fim do complemento.

LEGENDA: Monges tibetanos desmanchando (segunda foto) tradicional mandala da paz feita com pó colorido (primeira foto), na Austrália. FIM DA LEGENDA.

Para organizar uma oficina de produção de garrafas plásticas transparentes com terras coloridas, siga as orientações do livro, lendo cada uma delas com os estudantes.

Peça a eles que levem para a aula terras de diversas cores para realizar a atividade. Nessa proposta, o instrumental ajuda muito. Pode-se, por exemplo, martelar tijolo para obter pó de terra e peneirar para afiná-lo.

As etapas de preparação e organização ensinam os estudantes sobre aspectos importantes do trabalho artístico: a disciplina e a organização.

A exposição das garrafas com camadas de terra coloridas pode ser feita em um espaço da escola. Por exemplo, pode-se pendurar as garrafas com fios de barbante e deixá-las suspensas. Se não for possível, qualquer superfície pode servir de base para as criações.

As diferentes soluções podem ser discutidas com os estudantes, que tomarão decisões sobre como organizar uma mostra de seus trabalhos. É importante que os autores sejam identificados pelo nome, anotado ao lado ou mesmo em uma etiqueta pendurada em sua obra. Peça aos estudantes que cuidem para que a etiqueta não interfira na visualidade de cada objeto criado. Proponha a eles, ainda, que convidem os familiares, amigos e colegas de outras turmas para visitarem a exposição.

Avaliação processual do bimestre

As duas avaliações processuais da unidade, realizadas ao término de cada dois capítulos, referem-se às oito semanas trabalhadas e colaboram com o acompanhamento das aprendizagens, melhorando os resultados da Avaliação final do 2º ano.

Avaliação das competências trabalhadas no bimestre

A serem preenchidas na Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

Os itens de 1 a 8 referem-se às aprendizagens do papel de estudante no componente Arte. Consulte os apontamentos a cada capítulo.

O item 9 refere-se à aprendizagem das habilidades do bimestre, que podem ser registradas a cada capítulo.

Os itens 10, 11, 12 referem-se às competências trabalhadas no bimestre. Para preenchê-los, reflita com base em seus registros que trazem a memória das atividades do bimestre:

• No item 10, considere as Competências gerais da BNCC 3 e 9.
• No item 11, as Competências específicas de Linguagens 2 e 5.
• No item 12, as Competências específicas de Arte 1, 4, 8 e 9.

16. Para avaliar as aprendizagens de Arte, consulte as respostas dos estudantes na seção O que eu aprendi?, relativa a cada capítulo, e preencha:
    • No item 13, as Aprendizagens de Arte a cada capítulo do bimestre.
    • Nos itens 14, 15, 16 e 17, as aprendizagens de alfabetização e literacia, consulte seus registros e apontamentos ao longo dos capítulos.

      As habilidades destacadas neste bimestre são indicadas neste livro, a cada capítulo, por seu código ou numeração. As habilidades, para que sejam aprendidas, estão associadas aos Objetos de conhecimento e às aprendizagens de Arte. A aprendizagem das habilidades leva ao desenvolvimento das Competências.

      As aprendizagens de Arte e os Objetos de conhecimento podem ser encontrados em sequência à descrição das habilidades destacadas para cada capítulo.

      As Habilidades, os Objetos de conhecimento, as Competências e as Aprendizagens de Arte também podem ser consultados na íntegra no texto Orientações gerais do livro de Arte.

Atividades para retomada de conhecimentos

Analise os resultados para ter ciência do conhecimento dos estudantes e de suas dificuldades. Com base neles, planeje intervenções específicas para retomar as questões (em pequenos grupos ou duplas, considerando a heterogeneidade dos saberes), e retome individualmente com os estudantes com dificuldade em um assunto ou em responder a alguma das questões, a fim de proporcionar oportunidades de se manifestarem. Esta ação também propicia que, posteriormente, esses estudantes possam contribuir nas conversas, atividades diversas e leituras de imagens.

1. Caso os estudantes demonstrem dificuldade em listar as coisas do mundo que não estão presentes no desenho, promova uma roda de conversa em grupo.

2. Caso os estudantes apresentem dificuldade em recolorir as imagens de esculturas do artista Anish Kapoor e em justificar a escolha das cores, proponha a eles que se reúnam em pequenos grupos para realizar essa atividade, de modo que trabalhem de forma colaborativa e aprendam uns com os outros.

3. Se os estudantes demonstrarem dificuldade em criar um projeto de desenho com areia colorida em uma garrafa, retome as imagens dos trabalhos feitos com areia colorida em garrafas.

4. Caso os estudantes tenham dificuldade em indicar quais desenhos devem ser expostos, justificando a resposta, promova uma roda de conversa em grupo.

   Ficha de autoavaliação mensal

   A autoavaliação é importante para que o estudante pense sobre seu processo de aprendizagem e, progressivamente, desenvolva seu papel de estudante. Consolida-se como mais uma situação de aprendizagem. Apoie os estudantes, se necessário, sem conduzir o que devem assinalar e escrever, pois, por vezes, eles precisam realizar a tarefa com sua ajuda para entender o que está sendo pedido ou para ler e escrever os comentários na ficha. Tente garantir o máximo de autonomia a eles nesse preenchimento.

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Conhecer o trabalho da artista Francina Ndimande (1940-), da África do Sul, que cria sem planejamento prévio padrões coloridos usando formas geométricas, corrigindo-os à mão à medida que os pinta; criar uma composição com formas e cores inspiradas nas da artista.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

• Para avaliar (EF15AR07), verifique e anote em seu caderno, ao longo das atividades do capítulo, como os estudantes reconheceram a categoria artista.
• Para avaliar (EF15AR09), registre em seu diário ou em vídeo os movimentos dançados que criaram a partir da leitura da imagem do corpo da artista ao pintar. Verifique também como estabeleceram as relações entre as partes do corpo e o seu todo.
• Objetos de conhecimento: Sistemas da linguagem (Artes visuais) e Elementos da linguagem (Dança).
• Preencha os itens 5 e 6 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

  As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e da leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: Padrões geométricos na pintura de Francina Ndimande; Linhas grossas e Contorno das formas.

• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se os estudantes desenvolveram o vocabulário com a expressão contornos das formas e se desenvolveram fluência oral na resposta à pergunta “Quais são as cores que ela aplica depois?”.
• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 3 (5ª e 6ª semanas).

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  Inicie a leitura da imagem representando Francina Ndimande durante um processo de criação. Proponha uma roda de conversa inicial e faça alguns questionamentos, como:

• O que ela traz na cabeça? (Respostas pessoais.)
• O que cobre seu corpo? É um pano comum?
• Descreva as formas e cores desse pano. Parece que foram estampadas ou pintadas à mão?
• As pulseiras parecem com as usadas no Brasil em forma e quantidade?
• O colar combina com alguma pulseira?
• Descreva a pintura que a artista está fazendo na parede.
• Você já teve vontade de pintar em uma parede? Qual parede escolheria? O que desenharia?

Tematize a questão da postura corporal da artista ao pintar. Pergunte:

• Como é a postura corporal da artista pintando?
• Você pode imitá-la com seu corpo imaginando como ela se movimenta ao pintar? (Faça os movimentos lentamente, caracterizando-os como uma dança, ao mesmo tempo, com todos os colegas.)

  (Respostas pessoais.)

  Peça a todos que criem simultaneamente um movimento dançado de modo a relacionar as partes do corpo para executar a pintura. Oriente-os a fazer os movimentos inicialmente mais rápidos e, depois, mais lentos para que possam perceber a dinâmica de relações corporais entre as partes do corpo e o todo.

  Boxe complementar:

  Para sua leitura

• MARTIN, Jean Hubert. O estranhamento do outro e a perversão das influências ocidentais. Disponível em: http://fdnc.io/eUE. Acesso em: 27 maio 2021.

  Fim do complemento.

  Na atividade proposta, oriente os estudantes a identificar as formas que pertencem à obra da artista, que estão misturadas a outras. Visualmente, percebem-se semelhanças de formas e cores. Os estudantes podem analisar cada peça, uma a uma, e compará-las à obra da artista. Conforme identificarem elementos destacados da obra, podem marcar a lápis, como uma forma de distinção entre o que é de fato de Ndimande e o que é apenas parecido. As respostas podem ser conferidas em duplas e, depois, coletivamente.

Nessa atividade, os estudantes criarão uma composição com formas e cores inspiradas na artista. Oriente-os a trabalhar na página dupla do livro, considerando que há uma dobra entre as páginas e pensando nas relações que vão estabelecer entre o que desenham em cada uma.

Peça aos estudantes que planejem o trabalho realizando um rascunho em uma folha avulsa e testando diversas alternativas de composição antes de decidirem qual será feita. Nesses estudos, eles podem registrar com anotações a lápis os contornos geométricos das formas e as cores que planejam usar. O estudo preferido será transposto para o livro e finalizado.

A observação dos trabalhos dos colegas promove a aprendizagem por meio da leitura da diversidade das produções e soluções. Por isso, peça aos estudantes que, ao final da atividade, troquem os livros para que um conheça e aprecie o trabalho do outro.

Atividade complementar

Desenho em faixas

Retome com a turma a imagem da pintura de Francina Ndimande apresentada na página anterior do livro. Nela, a composição das formas geométricas e das cores está estruturada em planos paralelos.

Peça aos estudantes que dobrem uma folha de papel sulfite, na posição vertical, em quatro partes iguais, dobrando o papel duas vezes sobre si mesmo de modo a criar vincos.

Aberto o papel, proponha aos estudantes que desenhem formas e cores nas quatro faixas entre os vincos, repetindo o motivo de forma e cor.

Finalizada essa parte da atividade, reúna grupos de quatro integrantes para recortar e trocar as faixas desenhadas entre si. Depois que trocarem as faixas, oriente-os a compô-las na ordem que quiserem em uma nova folha de sulfite.

Os resultados podem ser pendurados lado a lado em um varal de barbante, na sala de aula, para que todos possam ver a diversidade das ordenações.

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Conhecer a arte do artista australiano John Mawurndjul (1952-), feita com técnicas tradicionais dos povos aborígenes; desenhar com diferentes tipos de linhas; realizar uma leitura comparativa entre a obra de Francina Ndimande e a de John Mawurndjul.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidade destacada

• Para avaliar (EF15AR02), verifique, nos registros em seu diário de leitura das imagens do trabalho do artista e nos resultados da atividade de desenho propostas no livro, como os estudantes reconheceram linha e forma como elementos constitutivos das artes visuais.
• Objetos de conhecimento: Elementos da Linguagem (Artes visuais).
• Preencha os itens 7 e 8 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

  A habilidade acima está relacionada às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e da leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: Pintura em casca de árvore; Linhas onduladas e linhas retas e Inventando onde vou pintar.

• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se os estudantes interpretaram e relacionaram ideias e informações na leitura do texto da atividade Vamos desenhar destacando as linhas! e se escreveram com propriedade as respostas das atividades do tópico Como os artistas podem trabalhar de maneiras diferentes!.
• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 4 (7ª e 8ª semanas).

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  Siga a orientação deste manual para fazer a leitura de imagem do trabalho do artista aborígene John Mawurndjul, feito com linhas pintadas sobre casca de árvore.

  O povo aborígene manteve viva a tradição da arte rupestre e da pintura corporal até a chegada dos colonizadores europeus, quando começaram a pintar em casca de árvores, papel e tela. Converse com os estudantes sobre as diferenças entre o uso de suportes naturais e o dos fabricados pelo ser humano. Pergunte:

• Quais exemplos de suportes fabricados vocês conhecem?
• Sobre quais suportes naturais podemos desenhar?
• O que acontece com a árvore se tirarmos sua casca para desenhar? Será que ela continua a viver?

  (Respostas pessoais.)

Atividades complementares

Frotagem

A casca de cada tipo de árvore tem uma textura diferente.

Proponha aos estudantes que desenhem com papel colocado diretamente sobre a superfície de uma casca de árvore e também sobre outras superfícies naturais, como pedras, folhas caídas de árvores, superfície de terra ou areia etc.

Esse procedimento é conhecido como frotagem.

Desenhar na lousa

Proponha um exercício de desenho coletivo na lousa. Divida a lousa em oito partes. Peça a um estudante que faça um desenho simples de um animal no primeiro espaço da lousa. Depois, outros sete estudantes devem copiar o desenho do primeiro, modificando alguma característica da linha: forte ou fraca, fina ou grossa, direta ou tortuosa, contínua ou interrompida etc.

No final, oriente-os a refletir sobre os desenhos por meio de perguntas:

• A linha é importante no desenho?

• Como as mudanças de tipo de linha modificaram o animal representado?

(Respostas pessoais.)

Boxe complementar:

Para sua leitura

• Para saber mais sobre o artista estudado, leia o texto “John Mawurndjul”. Disponível em: http://fdnc.io/eUF. Acesso em: 27 maio 2021.

  Fim do complemento.

  Boxe complementar:

  Dica de vídeo

• Para conhecer o processo de criação dos aborígenes australianos, veja o vídeo Aboriginal Rock Art (narrado em inglês). Disponível em: http://fdnc.io/eUG. Acesso em: 27 maio 2021.

  Fim do complemento.

Este é um momento para refletir sobre a diversidade poética e cultural dos artistas estudados nesta unidade. Tal diversidade é ampla e refere-se a muitos aspectos: utilização das cores, temas, intenção, procedimentos, materiais e formas utilizadas. Promova uma roda de conversa com os estudantes sobre isso.

Nesse momento, é importante mostrar que a diversidade existe tanto em um país quanto em uma sala de aula. Por exemplo: nos diferentes modos de desenhar ou nas preferências de cada estudante. Proponha uma discussão entre a turma, perguntando:

• Em sua opinião, o que podemos aprender ao conviver com o diferente?
• Por que é importante conhecer e respeitar as diferenças?

  (Respostas pessoais.)

  Na proposta de observação e análise comparativa entre os trabalhos de Francina Ndimande e John Mawurndjul, os estudantes retomarão conteúdos relativos aos elementos da linguagem visual que cada artista utilizou e poderão refletir sobre eles. Nesse sentido, os textos produzidos podem servir de base para a sua avaliação.

Atividade complementar

Colcha ou painel coletivo

A diversidade é a temática transversal que costura os capítulos da unidade.

Nessa proposta, os estudantes retomarão em atos criativos conteúdos de obras de cada artista estudado, contemplando a diversidade das culturas nas quais geraram seus trabalhos.

Peça à turma que forme pequenos grupos. Cada grupo escolherá um dos artistas estudados e fará uma imagem que represente o seu trabalho.

Sugerimos que as imagens sejam criadas na forma de quadrados medindo aproximadamente 50 cm de lado. Os estudantes podem trabalhar em papel, com tinta guache ou caneta hidrocor, ou mesmo em tecido, usando tinta adequada.

As imagens feitas pelos grupos serão reunidas para formar um grande painel, ou colcha de pano, que pode ser fixado na parede ou colocado no chão.

As partes, se a opção for trabalhar com tecido, poderão ser unidas com linha de costura e agulha grossa, com sua ajuda e apoio dos estudantes. Se as partes forem de cartolina, podem ser unidas pelo verso com fita-crepe.

Avaliação processual do bimestre

As duas avaliações processuais da unidade, realizadas ao término de cada dois capítulos, referem-se às oito semanas trabalhadas e colaboram com o acompanhamento das aprendizagens, melhorando os resultados da Avaliação final do 2º ano.

Avaliação das competências trabalhadas no bimestre

A serem preenchidas na Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

Os itens de 1 a 8 referem-se às aprendizagens do papel de estudante no componente Arte. Consulte os apontamentos a cada capítulo.

O item 9 refere-se à aprendizagem das habilidades do bimestre, que podem ser registradas a cada capítulo.

Os itens 10, 11, 12 referem-se às competências trabalhadas no bimestre. Para preenchê-los, reflita com base em seus registros que trazem a memória das atividades do bimestre:

• No item 10, considere as Competências gerais da BNCC 3 e 9.
• No item 11, as Competências específicas de Linguagens 2 e 5.
• No item 12, as Competências específicas de Arte 1, 4, 8 e 9.

  Para avaliar as aprendizagens de Arte, consulte as respostas dos estudantes na seção O que eu aprendi?, relativa a cada capítulo, e preencha:

• No item 13, as Aprendizagens de Arte a cada capítulo do bimestre.
• Nos itens 14, 15, 16 e 17, as aprendizagens de alfabetização e literacia, consulte seus registros e apontamentos ao longo dos capítulos.

  As habilidades destacadas neste bimestre são indicadas neste livro, a cada capítulo, por seu código ou numeração. As habilidades, para que sejam aprendidas, estão associadas aos Objetos de conhecimento e às aprendizagens de Arte. A aprendizagem das habilidades leva ao desenvolvimento das Competências.

  As aprendizagens de Arte e os Objetos de conhecimento podem ser encontrados em sequência à descrição das habilidades destacadas para cada capítulo.

  As Habilidades, os Objetos de conhecimento, as Competências e as aprendizagens de Arte também podem ser consultados na íntegra no texto Orientações gerais do livro de Arte.

Atividades para retomada de conhecimentos

Analise os resultados para ter ciência do conhecimento dos estudantes e de suas dificuldades. Com base neles, planeje intervenções específicas para retomar as questões (em pequenos grupos ou duplas, considerando a heterogeneidade dos saberes), e retome individualmente com os estudantes com dificuldade em um assunto ou em responder a alguma das questões, a fim de dar oportunidade de se manifestarem. Esta ação também propicia que, posteriormente, esses estudantes possam contribuir nas conversas, atividades diversas e leituras de imagens.

1. Caso os estudantes apresentem dificuldade em identificar o procedimento de criação de padrões geométricos na pintura da artista, retome esse conteúdo.

2. Se os estudantes tiverem dificuldade em relacionar a espessura da linha à largura da ferramenta, promova uma oficina de pintura com pincéis de diferentes espessuras para instrumentalizá-los sobre o assunto.

3. Caso os estudantes tenham dificuldade em se posicionar sobre uma questão subjetiva, promova um mural com todos os trabalhos realizados por eles e realize uma conversa sobre preferências pessoais na criação de contornos e no preenchimento de formas na pintura.

4. Caso os estudantes tenham dificuldade em criar uma imagem baseada no procedimento do artista John Mawurndjul, retome as imagens das obras do artista no Livro do Estudante.

5. Se os estudantes tiverem dificuldade para dizer como criariam uma linha ondulada por meio de um barbante em linha reta, proponha uma roda de conversa em grupo para promover o intercâmbio de ideias e auxiliá-los a descrever o procedimento.

6. Caso os estudantes demonstrem dificuldade em exemplificar um elemento da natureza que escolheriam como base de uma pintura, realize a atividade oralmente.

   Ficha de autoavaliação mensal

   A autoavaliação é importante para que o estudante pense sobre seu processo de aprendizagem e, progressivamente, desenvolva seu papel de estudante. Consolida-se como mais uma situação de aprendizagem. Apoie os estudantes, se necessário, sem conduzir o que devem assinalar e escrever, pois, por vezes, eles precisam realizar a tarefa com sua ajuda para entender o que está sendo pedido ou para ler e escrever os comentários na ficha. Tente garantir o máximo de autonomia a eles nesse preenchimento.