UNIDADE 4. Texto e imagem fazem arte

Boxe complementar:

Objetivo da unidade

Estudar o trabalho de artistas contemporâneos que vivem ou viveram no Brasil e usam texto e imagem em suas obras.

Fim do complemento.

Orientações didáticas

O procedimento de criar obras de arte com texto e imagem é antigo na História da Arte. A situação mais frequente é que um assuma posição secundária em relação ao outro. Já nas propostas de diversos artistas contemporâneos, há muitos exemplos em que o texto e a imagem participam com igual importância na construção da forma e do sentido do trabalho.

Diferentes perguntas podem ser suscitadas pela leitura de imagem da obra apresentada nesta abertura de unidade. Oriente os estudantes a ler as palavras escritas nos pregadores e a observar a imagem para responder às questões do livro.

Em Você me dá a sua palavra?, Elida Tessler cria uma aproximação entre arte e vida cotidiana em função dos materiais usados. Entretanto, os pregadores com diferentes palavras escritas nos levam além da visualidade do pregador e queremos compreender o sentido criado pela artista nesta instalação. Peça aos estudantes que observem as palavras de cada pregador, discorram sobre o sentido do conjunto e concluam sobre a forma como as palavras e a imagem dos pregadores se integram. Para isso, faça aos estudantes algumas perguntas, como:

• Por que estas palavras foram reunidas pela artista?
• Os pregadores teriam o mesmo significado sem incluir nenhuma palavra?
• E as palavras teriam o mesmo significado se apresentadas escritas em outro suporte?

  (Respostas pessoais.)

Boxe complementar:

Objetivo do capítulo

Conhecer arte contemporânea brasileira que usa objetos encontrados no cotidiano como material para sua arte e trabalha com texto escrito em suas superfícies.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidade destacada

• Para avaliar (EF15AR06), consulte seus registros e verifique como os estudantes experimentaram o trabalho coletivo e se dialogaram com os colegas expandindo os significados da proposta, alcançando sentidos plurais na atividade Vocês nos dão suas palavras?
• Objeto de conhecimento: Processos de criação (Artes visuais).
• Preencha os itens 1 e 2 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

  A habilidade acima está relacionada às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e da leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: arte e objetos encontrados no cotidiano; instalação com participação do público e varal de formatos variados.

• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se os estudantes desenvolveram o vocabulário e o expandiram com a expressão objetos do cotidiano e se manifestaram fluência oral durante a atividade Vocês nos dão suas palavras?.
• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 1 (1ª e 2ª semanas).

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  Siga com os estudantes a leitura e a realização das atividades propostas no livro, abrindo espaço para questionamentos caso eles tenham alguma dúvida, para que possam realizar plenamente o percurso didático proposto.

Proponha aos estudantes uma leitura conjunta e em voz alta do texto apresentado. Depois, questione o entendimento da turma sobre a frase “Este trabalho deverá ser continuado infinitamente.”, promovendo uma roda de conversa para que todos compartilhem suas ideias.

Boxe complementar:

Para sua informação

Elida Tessler nasceu em 1961 na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A artista teve muitas participações na arte contemporânea e na linguagem das Artes Visuais. Além de artista, é professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Os trabalhos artísticos e de pesquisa de sua autoria versam sobre as relações entre a arte e a literatura e as interações da palavra escrita com a imagem.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Dica de site

• Visite o site de Elida Tessler para conhecer mais sobre seus textos e participações artísticas. Disponível em: http://fdnc.io/f1U. Acesso em: 27 maio 2021.

  Fim do complemento.

  Boxe complementar:

  Para sua leitura

  Leia o catálogo da exposição Gramática intuitiva, de Elida Tessler. Disponível em: http://fdnc.io/f1V. Acesso em: 27 maio 2021.

  Fim do complemento.

Você pode convidar os estudantes a pensar sobre objetos do cotidiano com os quais poderiam fazer uma instalação, além de pregadores. Para isso, levante questões sobre o tipo de material dos pregadores usados pela artista, questionando-os se conhecem pregadores de outros materiais e se poderiam escrever em suas superfícies. É importante instigá-los a refletir sobre os procedimentos da artista, para que descubram que a seleção de materiais não é arbitrária e está intrinsecamente associada àquilo que moveu a criação. Assim, há pistas para perceber o que ocorre com os artistas no ato de criação.

A criação coletiva de uma proposta como esta é uma oportunidade para trabalhar com os estudantes as formas de interação em grupo. É importante criar um ambiente em que todos se percebam capazes de dialogar e de contribuir à sua maneira no planejamento e na construção da proposta.

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Conhecer objetos criados por Rubens Gerchman; fazer esculturas com palavras; conhecer o músico e artista visual Arnaldo Antunes; escrever um poema visual.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

• Para avaliar (EF15AR01) e (EF15AR06), observe no Livro do Estudante e em seus registros no diário, em áudio ou em vídeo como, nas atividades de leitura e de reflexão e na proposta de criar uma escultura com palavras, os estudantes apreenderam aspectos da arte contemporânea e como dialogaram sobre suas criações com os colegas.
• Para avaliar (EF15AR21), observe em seus registros como os estudantes experimentaram o lugar do outro ao comporem a postura corporal de Arnaldo Antunes na leitura de imagem.
• Objetos de conhecimento: Contextos e práticas (Artes visuais); Processos de criação Artes visuais e Processos de criação (Teatro).
• Preencha os itens 3 e 4 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

  As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e da leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudantes: poesia visual; performance e um artista que é músico, compositor e cantor.

• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se os estudantes escreveram com propriedade o texto da atividade Localizem, na poesia de Arnaldo Antunes acima, algumas palavras e escrevam-nas nestas linhas, e se analisaram e avaliaram conteúdos e elementos textuais na atividade Leia a definição de poesia visual dada pela artista brasileira Lenora de Barros.
• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do Capítulo 2 (3ª e 4ª semanas).

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  Na poesia visual, o significado das palavras é associado à forma como elas compõem um trabalho de arte visual. Nesse sentido, o texto escrito funciona como um desenho. A poesia visual ordena-se pelos princípios dos códigos da linguagem visual: composição das formas das letras e palavras, tamanho, cor etc.

  Depois de ler com os estudantes o texto sobre Gerchman, instigue-os a refletir sobre a afirmação de Lenora de Barros sobre poesia visual.

  Peça aos estudantes que observem as imagens dos trabalhos de Gerchman, Ar e Air, e tentem definir oralmente poesia visual. Anote as falas deles na lousa.

Pergunte aos estudantes:

• Qual sensação você tem ao olhar para este trabalho feito com a palavra Ar?
• Um trabalho parecido foi feito com a palavra ar em inglês, Air. No que eles diferem?
• Qual palavra você escolheria para fazer um trabalho a ser instalado em uma praia? Por quê?
• E no alto de um prédio? Por quê?

  (Respostas pessoais.)Arnaldo Antunes é um artista que atua em muitas frentes; além de cantor e compositor, escreve poesias e faz performances . Ao assistir a um show de música do artista, observa-se como a movimentação do corpo e a gestualidade são elementos importantes da cena cantada. Pode-se dizer que o artista combina teatro, música, dança e canto em seus shows, o que nos leva a dizer que são performances .

  Informe aos estudantes que as imagens desta página são fotos de Arnaldo Antunes em duas épocas diferentes. A do show Cabeça Dinossauro, de 1986, é da época em que ele ainda integrava o grupo Titãs. Iê Iê Iê, de 2009, é um show de sua carreira solo. Pergunte:

• O que mais chama sua atenção nessas fotografias?
• Como é a postura corporal de Arnaldo Antunes em cada imagem? Para onde ele parece estar olhando? Como ele está movimentando suas mãos?
• Você pode imitar as duas posturas do artista com seu corpo?

  (Respostas pessoais.)

  Boxe complementar:

  Dica de site

• Mais informações sobre Rubens Gerchman podem ser obtidas buscando por seu nome na Enciclopédia de Artes visuais do Itaú Cultural, que pode ser consultada pela internet em: http://fdnc.io/f1X. Acesso em: 27 maio 2021.

  Fim do complemento.

Para introduzir o trabalho de leitura da poesia de Arnaldo Antunes, destaque aos estudantes como o artista escreve e desenha ao mesmo tempo.

Promova a leitura coletiva do texto sobre o trabalho do artista no Livro do Estudante.

Ao propor a leitura da imagem, pergunte:

• Qual é o caminho que seu olhar segue ao ler essa imagem?
• Quantas palavras diferentes você consegue identificar?
• Quantas cores o artista usou?

  (Respostas pessoais.)

  Informe aos estudantes que caligrafia é a escrita à mão. Peça a eles que tentem imitar com a ponta do dedo os movimentos realizados pelo artista para “caligrafar”. Depois, pergunte:

• Que outras formas de escrever você conhece?

  (Respostas pessoais.)

  Para realizar a atividade de escrita proposta no Livro do Estudante, oriente-os a ler de forma autônoma a imagem Instante 1, de Arnaldo Antunes. Depois, retome com eles, oralmente, as palavras que escreveram. Você pode registrá-las em um quadro ou um painel de papel.

  As crianças e os jovens costumam gostar muito do trabalho de Arnaldo Antunes, pois o tema de algumas canções parece ter sido orientado para esse público.

  Pesquise e leve para os estudantes canções na voz do compositor e peça a eles que identifiquem se a voz do artista tem características regionais, urbanas ou rurais.

  Proponha a eles cantar a canção Cultura. Depois, peça que escolham uma das frases e experimentem escrevê-la usando diferentes cores, variando o tamanho das letras e sua disposição no papel.

  Boxe complementar:

  Dica de site

• Conheça alguns dos poemas visuais de Arnaldo Antunes em seu site: http://fdnc.io/f1Y. Acesso em: 27 maio 2021.

  Fim do complemento.

Diga aos estudantes que é a vez deles de construir uma escultura com palavras, isto é, uma poesia visual tridimensional.

Siga as orientações do Livro do Estudante e destaque a importância de pensarem na relação entre o(s) sentido(s) da palavra escolhida e a forma da escultura.

Boxe complementar:

Para sua leitura

• MAGALHÃES, Fabio. Rubens Gerchman. São Paulo: Lazuli/Companhia Editora Nacional, 2006.

Esse livro trata da vida e da obra de Rubens Gerchman, trazendo algumas de suas obras e uma entrevista com o artista.

Fim do complemento.

Avaliação processual do bimestre

As duas avaliações processuais da unidade, realizadas ao término de cada dois capítulos, referem-se às oito semanas trabalhadas e colaboram com o acompanhamento das aprendizagens, melhorando os resultados da Avaliação final do 3º ano.

Avaliação das competências trabalhadas no bimestre

A serem preenchidas na Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

Os itens de 1 a 8 referem-se às aprendizagens do papel de estudante no componente Arte. Consulte os apontamentos a cada capítulo.

O item 9 refere-se à aprendizagem das habilidades do bimestre, que podem ser registradas a cada capítulo.

Os itens 10, 11 e 12 referem-se às competências trabalhadas no bimestre. Para preenchê-los, reflita com base em seus registros que trazem a memória das atividades do bimestre:

• No item 10, considere as Competências gerais da BNCC 1, 4, 5 e 10.
• No item 11, as Competências específicas de Linguagens 2 e 3.
• No item 12, as Competências específicas de Arte 2, 4, 5 e 8.

  Para avaliar as aprendizagens de Arte, consulte as respostas dos estudantes na seção O que eu aprendi?, relativa a cada capítulo, e preencha:

• No item 13, as Aprendizagens de Arte a cada capítulo do bimestre.
• Nos itens 14, 15, 16 e 17, as aprendizagens de alfabetização e literacia ; consulte seus registros e apontamentos ao longo dos capítulos.

  As habilidades destacadas neste bimestre são indicadas neste livro, a cada capítulo, por seu código ou numeração. As habilidades, para que sejam aprendidas, estão associadas aos Objetos de conhecimento e às aprendizagens de Arte. A aprendizagem das habilidades leva ao desenvolvimento das Competências.

  As aprendizagens de Arte e os Objetos de conhecimento podem ser encontrados em sequência à descrição das habilidades destacadas para cada capítulo.

  As Habilidades, os Objetos de conhecimento, as Competências e as Aprendizagens de Arte também podem ser consultados na íntegra no texto Orientações gerais do livro de Arte.

Atividades para retomada de conhecimentos

Analise os resultados para ter ciência do conhecimento dos estudantes e de suas dificuldades. Com base neles, planeje intervenções específicas para retomar as questões (em pequenos grupos ou duplas, considerando a heterogeneidade dos saberes), e retome individualmente com os estudantes com dificuldade em um assunto ou em responder alguma das questões, a fim de proporcionar oportunidades de se manifestarem. Esta ação também propicia que, posteriormente, esses estudantes possam contribuir nas conversas, atividades diversas e leituras de imagens.

1. Caso algum estudante encontre dificuldade em ordenar as palavras propostas no enunciado e justificar sua escolha, pode-se propor fazer isso oralmente.

2. Organizar os estudantes em pequenos grupos é uma boa estratégia para que aqueles que apresentam dificuldade consigam listar seis palavras que remetem à ideia de respeito e cuidado com o meio ambiente.

3. Caso algum estudante apresente dificuldade em descrever o conceito de poesia visual, pode-se propor retomar o conteúdo do Livro do Estudante.

4. Caso algum estudante apresente dificuldade em desenhar um poema visual considerando as palavras propostas no enunciado, pode-se organizar duplas de trabalho.

   Ficha de autoavaliação mensal

   A autoavaliação é importante para que o estudante pense sobre seu processo de aprendizagem e, progressivamente, desenvolva seu papel de estudante. Consolida-se como mais uma situação de aprendizagem. Apoie os estudantes, se necessário, sem conduzir o que devem assinalar e escrever, pois, por vezes, eles precisam realizar a tarefa com sua ajuda para entender o que está sendo pedido ou para ler e escrever os comentários na ficha. Tente garantir o máximo de autonomia a eles nesse preenchimento.

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Conhecer instalações da artista Laura Vinci; criar trabalhos com texto em relevo em uma parede.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidade destacada

• Para avaliar (EF15AR05), fotografe ou grave em vídeo o trabalho dos estudantes na atividade de criação em Artes visuais e observe se trabalharam de modo coletivo e colaborativo.
• Objeto de conhecimento: Processos de criação (Artes visuais).
• Preencha os itens 5 e 6 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

  As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e da leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: instalação; arte e texto; letras congeladas.

• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se os estudantes desenvolveram o vocabulário com a palavra instalação e escreveram com propriedade as letras e as palavras na atividade Vamos escrever em relevo em uma parede?
• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do Capítulo 3 (5ª e 6ª semanas).

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  O conceito de instalação passou a fazer parte do vocabulário sobre arte na década de 1970. Ao fazer um trabalho de instalação para uma exposição, a artista criou um espaço em que se entra para viver a obra.

  Nessa obra de Laura, as palavras escavadas na superfície da parede compõem um texto que ambienta sua instalação. Entrar nesse lugar é ter contato com as paredes e as palavras nelas escritas.

  A obra de Laura Vinci, de 2005, chama-se Parede palavra e nela está escrito:

  No gesso se molda

  Na água forte cai

  Na imaginação pode

  Vem na espuma do mar

  Luz em leite derrama

  Cor calma de chumbo

  Na cal extinta finda

  Amplie o texto em um painel ou no quadro de giz para os estudantes lerem e pergunte-lhes o significado que o texto e sua exposição na parede têm para eles.

Converse com os estudantes sobre a diferença entre escrever um texto em uma parede e fazer uma instalação que usa uma parede como parte do trabalho de arte.

A questão a ser pensada e aprofundada com essa reflexão é sobre o papel do espaço e do ambiente que se cria intencionalmente em uma instalação para que o espectador interaja.

Pergunte aos estudantes quais diferenças eles percebem entre um trabalho como esse e uma parede escolhida aleatoriamente para se colocar um anúncio.

É importante que eles escutem uns aos outros, esperando o tempo certo para cada um falar sobre o texto lido.

A instalação Estados, de Laura Vinci, traz texto escrito com palavras de gelo. A artista trabalha com outros profissionais que dominam as questões técnicas necessárias à execução de seu trabalho para realizá-lo.

Leia para os estudantes a poesia que compõe a instalação:

O branco do rio passa

passado o líquido rio, volta

aguado de rio, dobra a volta

revolta a água do rio, volta

passada de vento que sopra

em fios de rio molha a água

em gotas largas de brilho prata

de água frio

Promova um diálogo com a classe sobre os significados que eles atribuem ao poema e à sua posição na instalação.

Atividade complementar

Esculturas de gelo

Congele a água em cubinhos de gelo na geladeira da escola. Anilina de bolo pode ser usada para tingir o gelo de cada fôrma com cores diferentes. Forre as mesas com pano e providencie pratos ou vasilhas com certa profundidade, que contenham a água proveniente do gelo ao derreter.

Oriente os estudantes a tirar os cubinhos das fôrmas e empilhar ou agrupar para fazer uma escultura de breve duração. Peça que fotografem ou desenhem o resultado. O registro do trabalho pode ser socializado na parede da sala ou pelo computador.

Na orientação para a construção de instalação em grupo, reforce que os estudantes devem primeiro planejar a instalação e depois fazer os rolinhos. O que vai ser escrito pode ser planejado pelos grupos; podem-se fazer vários projetos de instalações antes de eleger o que vai ser realmente desenvolvido.

A confecção dos rolinhos é um processo de preparação de material para uso coletivo. Todos podem colaborar. O importante é que os rolinhos fiquem bem apertados e colados para, depois, resistirem ao uso como material da escrita em relevo.

O texto pode ser primeiro escrito na parede a lápis. Depois, os rolinhos podem ser colados e cortados no tamanho necessário à cobertura das formas e linhas das letras.

Os trabalhos finais também podem ser feitos em papel kraft (pardo e encorpado) no chão e depois colados em diferentes paredes da escola.

Boxe complementar:

Para sua leitura

• VINCI, Laura. Laura Vinci. Coleção Artistas da USP . São Paulo: Edusp, 2010.

Fim do complemento.

É importante que a leitura das instalações produzidas seja feita por todos.

Cada grupo deve falar de seu processo e intenções poéticas, ou seja, do significado do que fez.

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Conhecer uma proposta de arte realizada como texto distribuído em performance ; criar um texto com uma receita impossível; conhecer calçada criada por artista brasileira; fotografar-se em calçada que projetou.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

• Para avaliar (EF15AR23), anote em seu diário ou registre em vídeo a performance da distribuição das receitas e observe como articularam nela aspectos como escolha de figurinos, interpretações e cantos falados.
• Para avaliar (EF15AR26), observe no Livro do Estudante as imagens feitas sobre a calçada verificando como exploraram a fotografia para se inserirem na imagem junto ao chão escolhido ou transformado.
• Objetos de conhecimento: Processos de criação (Artes integradas) e (Artes integradas) Arte e tecnologia.
• Preencha os itens 7 e 8 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

  As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e da leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: receita de arte brasileira; obra na calçada e a palavra biblioteca em diferentes línguas.

• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se os estudantes foram fluentes na leitura realizada com os colegas do texto Pudim arte brasileir a e como descreveram em suas mensagens as calçadas da artista.
• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do Capítulo 4 (7ª e 8ª semanas).

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  Regina Silveira nasceu em Porto Alegre. Graduada em pintura e desenho, além de atuar como artista, trabalhou como professora. Em suas propostas – apresentadas de diversas maneiras, como fotomontagens, gravuras, vídeos e instalações–, com frequência apropria-se de imagens para realizar trabalhos que brincam com nossa percepção cotidiana da vida e do espaço.

Boxe complementar:

Para sua informação

Em 1978, depois da inauguração da estação Sé do Metrô de São Paulo e da implantação de um Jardim de Esculturas de artistas contemporâneos, na praça e nas galerias internas da estação, decidi distribuir a receita do Pudim Arte Brasileira (1977) na saída da estação, junto às escadas rolantes. [...]

Imprimi umas poucas centenas de fotocópias da receita de Pudim Arte Brasileira em papel cortado pela metade do tamanho A4 e simplesmente fui até a estação, sozinha, para distribuir o folheto. Não fui fotografada e não fotografei – naqueles anos considerava mais importante a distribuição [...] que o registro e a memória da ação. Agora, será preciso acreditar...

Disponível em: http://fdnc.io/f1Z. Acesso em: 27 maio 2021.

Fim do complemento.

Proponha aos estudantes criar coletivamente em grupos uma “receita impossível”. Para que compreendam o jogo simbólico a ser realizado, o professor pode propor um exemplo: Receita de jogador de futebol brasileiro: Samba no pé picadinho; Uma pitada de ousadia; Rodelas finas de agilidade.

Depois da escrita das receitas, você pode propor que sejam copiadas e distribuídas na porta da escola pelos estudantes. Peça que discutam como será feita a performance da distribuição. Pergunte:

• Acontecerá algo diferente nesse momento?

• Como estarão vestidos?

• Como se movimentarão?

• Qual será o canto falado para chamar o público?

(Respostas pessoais.)

Boxe complementar:

Dica de site

• Visite o site oficial da artista. Disponível em: http://fdnc.io/7mz. Acesso em: 27 maio 2021.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Para sua informação

Nunca me considerei gravadora, porque me incomoda a ideia de especialização em um único meio expressivo. [...] Artista é uma especialista em linguagens visuais. Gravura é apenas um dos meios no qual essas linguagens podem ser exercidas. A História da Arte está aí para nos lembrar que os grandes gravadores também foram desenhistas e pintores. Minha postura multimídia se baseia nas possibilidades de construção de algo a partir de imagens gráficas de diferentes origens, nos mais diversos procedimentos gráficos. [...]

Fonte: SILVEIRA, Regina. Pedagogia do traço: entrevista a Angélica de Moraes. In : MORAES, Angélica de (org.). Regina Silveira: cartografias da sombra. São Paulo: Edusp, 1996. p. 92.

Fim do complemento.

Proponha a leitura da obra Paraler, de Regina Silveira, e converse sobre ela com os estudantes. Aproveite e realize uma roda de conversa sobre os hábitos e gostos de leitura que possuem, introduzindo o tema sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência visual no planejamento do espaço público e de bibliotecas. Remeta essa discussão ao espaço da escola.

Boxe complementar:

Para sua leitura

• Paraler – A nova calçada da Biblioteca Municipal Mário de Andrade. São Paulo (SP), 2015. Regina Silveira. Disponível em: http://fdnc.io/f21. Acesso em: 27 maio 2021.

Fim do complemento.

Boxe compementar:

Dica de vídeo

• Assista aos vídeos da artista, disponíveis em: http://fdnc.io/f22. Acesso em: 27 maio 2021.

Fim do complemento.

Converse com os estudantes sobre a parceria fundamental, no caso da obra Paraler, entre a artista e os operários ou trabalhadores que montaram a calçada. Pergunte aos estudantes:

• Vocês consideram que os conhecimentos destes profissionais são tão relevantes quanto os da artista? Justifiquem suas respostas.

  (Resposta pessoal.)

Oriente os estudantes a produzir uma mensagem, estruturada como carta, na qual descrevem as calçadas da artista para alguém que não as viu.

Destaque que a linguagem visual das imagens é diferente da escrita e que cada uma dessas formas possui seus limites e suas possibilidades.

Na realização da atividade Registre você pisando em um chão diferente!, o estudante vai fazer uma foto pisando em um chão diferente do comum.

Converse com a classe sobre as ideias de chão sobre as quais pensaram e oriente os estudantes falando sobre a necessidade de a foto demarcar bem dois aspectos: a visualidade da calçada e o estudante posicionado sobre ela. Portanto, eles precisam enquadrar a imagem para que quem vai lê-la possa identificar os dois componentes da imagem.

Consulte os estudantes sobre como pretendem registrar a imagem. Discuta a respeito de como farão essa foto, se conseguirão se fotografar sozinhos ou se precisarão da ajuda de alguém. Caso algum deles não tenha acesso a uma câmera de celular ou fotográfica, promova a cooperação entre os colegas para que compartilhem equipamentos.

A escola também pode ser um espaço de criação de chãos diferentes se você planejar o uso do espaço e dos equipamentos com sua equipe. Próximos à escola, eles poderão fazer isso com seu apoio.

Esta atividade também pode ser realizada pelos estudantes como tarefa de casa, fora da escola. Nesse caso, a imagem será trazida e colada no caderno. Diga aos estudantes que a impressão da imagem pode ser feita no computador sem a necessidade de revelação da foto.

Organize uma roda de leitura das fotos dos cadernos, para que os estudantes possam apreciá-las e conversar sobre as distintas soluções de criações das calçadas e registro deles no local.

Avaliação processual do bimestre

As duas avaliações processuais da unidade, realizadas ao término de cada dois capítulos, referem-se às oito semanas trabalhadas e colaboram com o acompanhamento das aprendizagens, melhorando os resultados da Avaliação final do 3º ano.

Avaliação das competências trabalhadas no bimestre

A serem preenchidas na Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

Os itens de 1 a 8 referem-se às aprendizagens do papel de estudante no componente Arte. Consulte os apontamentos a cada capítulo.

O item 9 refere-se à aprendizagem das habilidades do bimestre, que podem ser registradas a cada capítulo.

Os itens 10, 11 e 12 referem-se às competências trabalhadas no bimestre. Para preenchê-los, reflita com base em seus registros que trazem a memória das atividades do bimestre:

• No item 10, considere as Competências gerais da BNCC 1, 4, 5 e 10.
• No item 11, as Competências específicas de Linguagens 2 e 3.
• No item 12, as Competências específicas de Arte 2, 4, 5 e 8.

  Para avaliar as aprendizagens de Arte, consulte as respostas dos estudantes na seção O que eu aprendi?, relativa a cada capítulo, e preencha:

• No item 13, as Aprendizagens de Arte a cada capítulo do bimestre.
• Nos itens 14, 15, 16 e 17 as aprendizagens de alfabetização e literacia ; consulte seus registros e apontamentos ao longo dos capítulos.

  As habilidades destacadas neste bimestre são indicadas neste livro, a cada capítulo, por seu código ou numeração. As habilidades, para que sejam aprendidas, estão associadas aos Objetos de conhecimento e às aprendizagens de Arte. A aprendizagem das habilidades leva ao desenvolvimento das Competências.

  As aprendizagens de Arte e os Objetos de conhecimento podem ser encontrados em sequência à descrição das habilidades destacadas para cada capítulo.

  As Habilidades, os Objetos de conhecimento, as Competências e as Aprendizagens de Arte também podem ser consultados na íntegra no texto Orientações gerais do livro de Arte.

Atividades para retomada de conhecimentos

Analise os resultados para ter ciência do conhecimento dos estudantes e de suas dificuldades. Com base neles, planeje intervenções específicas para retomar as questões (em pequenos grupos ou duplas, considerando a heterogeneidade dos saberes), e retome individualmente com os estudantes com dificuldade em um assunto ou em responder alguma das questões, a fim de proporcionar oportunidades de se manifestarem. Esta ação também propicia que, posteriormente, esses estudantes possam contribuir nas conversas, atividades diversas e leituras de imagens.

1. Caso algum estudante apresente dificuldade em identificar o conceito de instalação na arte, pode-se retomar o conteúdo no Livro do Estudante.

2. Caso os estudantes demonstrem dificuldade em escrever e justificar a escolha de uma frase para pintar na parede externa de sua casa, pode-se propor a realização da atividade oralmente em roda de conversa.

3. Caso apresentem dúvidas, pode-se sugerir a realização da atividade coletivamente anotando as palavras na lousa.

4. Se apresentarem dificuldade em criar uma receita sobre o tema proposto no enunciado, pode-se realizar essa atividade oralmente e depois realizar a ilustração em duplas.

5. Imaginar um trabalho de arte com palavras ou frases para ser realizado no chão do planeta Marte é uma proposta que, caso os estudantes demonstrem dificuldade em realizar, pode ser desenvolvida em grupo durante uma roda de conversa.

6. Caso os estudantes demonstrem dificuldade em listar palavras relacionadas à palavra ao contexto de uma biblioteca, pode-se propor fazer uma lista coletiva e anotar as palavras na lousa.

   Ficha de autoavaliação mensal

   A autoavaliação é importante para que o estudante pense sobre seu processo de aprendizagem e, progressivamente, desenvolva seu papel de estudante. Consolida-se como mais uma situação de aprendizagem. Apoie os estudantes, se necessário, sem conduzir o que devem assinalar e escrever, pois, por vezes, eles precisam realizar a tarefa com sua ajuda para entender o que está sendo pedido ou para ler e escrever os comentários na ficha. Tente garantir o máximo de autonomia a eles nesse preenchimento.

Avaliação final

A Avaliação processual do estudante foi construída por meio de seu acompanhamento e registro das diferentes aprendizagens ao longo dos capítulos de cada unidade na Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

Isso permitiu que você acompanhasse as aprendizagens de competências, habilidades, aprendizagens de Arte e itens de avaliação da postura do estudante ao longo dos processos de aprendizagem.

Desse modo, a avaliação diagnóstica do início do ano teve como objetivo preparar os estudantes para dar início ao 3ᵒ ano, já a processual permitiu que você, além de avaliar as aprendizagens, as retomasse quando foi preciso aperfeiçoá-las junto a alguns estudantes.

Todas as propostas de avaliação acima referidas funcionam para o estudante como novas situações de aprendizagem.

Para a prática da avaliação da aprendizagem, deverão ser coletados os dados que lhe sejam essenciais, relevantes, significativos. À semelhança do que ocorre na prática científica, a avaliação da aprendizagem não pode assentar-se sobre dados secundários do ensino-aprendizagem, mas apenas sobre os que efetivamente configuram a conduta que cabe ao educador ensinar e ao educando aprender. No caso da aprendizagem, dados essenciais são os que estão definidos no projeto pedagógico e no planejamento do ensino.

(LUCKESI, 2011, p. 281)

A avaliação final do 3º ano perpassará os assuntos tratados ao longo do ano. Nela, o estudante colocará em jogo o que aprendeu sobre o que foi ensinado.

A aprendizagem de cada assunto demandou conhecimentos nos âmbitos enunciados e sintetizados na Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

Portanto, ter avaliado os referidos conhecimentos processualmente, ao longo do ano, retomando os pontos frágeis das aprendizagens para recuperá-los junto aos estudantes que demandaram este trabalho do professor, possibilitou finalizar o percurso do ano letivo nessa avaliação final, que rastreia os temas estudados. Essa é a melhor forma de avaliar o que foi aprendido durante o ano letivo, pois, nos referidos assuntos, todas as intenções didáticas estão representadas, e a avaliação final espelha as diferentes aprendizagens que os estudantes puderam concretizar.