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O QUE EU JÁ SEI?
Alguns conhecimentos do mundo da arte podem apoiar suas aprendizagens do 4º ano, por isso, antes de dar início a este livro, queremos avaliar o que você já sabe.
- Com linhas você pode desenhar muitas coisas.
- O que desenharia com linhas retas?
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- E com linhas curvas?
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- O que desenharia com linhas retas?
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- Encontrou algumas formas geométricas nos desenhos que criou ao responder a atividade 1? Escreva os nomes dessas formas nas linhas a seguir.
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- Um artista pode criar sua arte com base em objetos que já existem? Você conhece um(a) artista que trabalha assim?
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- As moradias dos bichos são diferentes de um iglu, habitação construída pelos inuítes. Você pode escrever aqui a respeito dos materiais utilizados nesses diferentes tipos de casa?
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UNIDADE 1. Tradições do Brasil
LEGENDA: O Bumba meu boi aquece as ruas de São Luís (MA). Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.
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Boxe complementar:
Primeiros contatos
O Brasil é um país rico em festas populares, como a representada nesta imagem. O Bumba meu boi é uma festa baseada em uma lenda, uma história tradicional contada pelo povo.
- Você já esteve em alguma festa popular?
- Conhece alguma lenda? Qual?
Fim do complemento.
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1. A festa do boi
O Bumba meu boi é uma festa popular brasileira que conta a história do roubo de um boi muito bonito. É festejado com representações, músicas e danças. Suas personagens são retratadas por artistas brasileiros, como o gravurista J. Borges e o ceramista Manuel Eudócio Rodrigues.
LEGENDA: Bumba meu boi, década de 1990. J. Borges. Xilogravura, 66 x 48 cm. Memorial J. Borges, Pernambuco, Brasil. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Cavalo-marinho e boi (do conjunto do Bumba meu boi), sem data. Manuel Eudócio Rodrigues. Cerâmica policromada, altura: 19 e 24 cm. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.
Ao receber orientação de seu professor, leia o texto a seguir com os colegas em voz alta.
Conta a lenda que um rico fazendeiro tinha um boi que, além de ser muito bonito, sabia dançar. Na fazenda dele, havia muitos trabalhadores, entre eles Pai Chico, que era casado com Catirina.
Certo dia, Catirina, que estava grávida, sentiu desejo de comer a língua do boi dançarino e Pai Chico raptou o animal. Mas o fazendeiro sentiu falta dele e mandou os vaqueiros da fazenda procurarem por ele.
Quando encontraram o boi, ele estava doente. O fazendeiro chamou, então, uma rezadeira para tentar curá-lo.
Depois de muitas rezas, o boi afinal ficou bom e o fazendeiro, ao saber do motivo de ele ter sido raptado, perdoou Pai Chico e Catirina e deu uma grande festa para comemorar sua cura.
Fonte: Texto especialmente escrito para esta edição pelos autores, 2020.
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- Reconte a um adulto com quem você convive o texto lido na página anterior sobre o Bumba meu boi e façam juntos um desenho sobre o tema para compartilharem em sala de aula, se possível em um mural.
Observe a imagem do Bumba meu boi feita pelo artista brasileiro Candido Portinari.
LEGENDA: Bumba meu boi, 1959. Candido Portinari. Óleo sobre madeira, 32,5 x 32,5 cm. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.
- Você encontra nela alguma das personagens mencionadas no texto da página anterior?
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Observe a imagem do Bumba meu boi criada pelo gravurista brasileiro Airton Marinho.
LEGENDA: Cazumbá, 2009. Airton Marinho. Xilogravura, sem dimensões. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.
O artista destacou em primeiro plano a figura do boi e a do homem com uma borboleta bordada na roupa.
- Quem você acha que é a figura principal? Por quê?
- Repare nas roupas das personagens. Como são os desenhos delas?
- Na imagem, alguém está vestido de boi? Como será a postura do corpo dessa pessoa dentro da fantasia?
- Você pode representar com seu corpo essa postura?
LEGENDA: O gravurista Airton Marinho imprime uma de suas obras. Foto sem data. FIM DA LEGENDA.
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Além das roupas coloridas, enfeitadas com fitas e miçangas, a música é outro elemento importante no Bumba meu boi. Os instrumentos mais usados para acompanhar o canto dos participantes são os pandeiros, as matracas, os tambores e as zabumbas. Alguns grupos de Bumba meu boi também fazem uso de outros instrumentos, como clarinetas e trombones.
LEGENDA: Matracas do Maranhão. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Pandeirão. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Tambor de onça. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Trombone. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Zabumba. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Clarineta. FIM DA LEGENDA.
Boxe complementar:
A voz também é um instrumento
Cada instrumento musical tem um som próprio característico.
- Você conhece o som dos instrumentos citados no texto acima?
Nossas vozes também têm sua identidade: cada um fala e canta de maneira pessoal.
- Vamos falar e ouvir como os outros falam ou cantam? Escolha uma frase de um texto ou de uma canção que você aprecia e fale ou cante para os colegas!
Fim do complemento.
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2. A tradição da argila
A argila é um material de uso tradicional em diversas culturas.
É usada há séculos para produzir figuras e objetos utilitários de cerâmica, resultado da queima de peças de argila em fornos.
LEGENDA: Vasos de argila. Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Forno com peças de argila sendo queimadas. Foto de 2013. FIM DA LEGENDA.
Por suas esculturas em argila, Manuel Eudócio Rodrigues recebeu o título de Patrimônio Vivo do estado de Pernambuco.
Ele começou, ainda criança, criando figuras de animais de barro para brincar. Aos 17 anos, reparou nas peças vendidas na feira por figureiros do Nordeste brasileiro e decidiu viver desse trabalho.
Observe a imagem do artista modelando.
Observação:
Palavras destacadas no glossário: figureiro; artista
Fim da observação.
LEGENDA: Manuel Eudócio Rodrigues modelando peça em argila. Caruaru (PE). Foto de 2012. FIM DA LEGENDA.
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Observe as imagens de duas obras de Manuel Eudócio Rodrigues.
Essas figuras parecem participar de cenas de histórias que ainda não terminaram.
LEGENDA: Manicure, sem data. Manuel Eudócio Rodrigues. Barro cozido, 13 cm de altura. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ninho, sem data. Manuel Eudócio Rodrigues. Cerâmica, 24 cm de altura. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.
Boxe complementar:
Desenhe o que vai acontecer!
Desenhe o que você imagina que vai acontecer com as personagens de uma das peças acima depois do momento registrado pelo ceramista.
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Fim do complemento.
18
Boxe complementar:
Que tal fazer uma argilogravura?
O nome argilogravura vem da união das palavras argila e gravura.
Para a impressão, a placa de argila sulcada recebe tinta apenas nas partes altas. Os desenhos e as cores passarão à imagem impressa no papel.
Que tal criar uma imagem com pelo menos duas personagens?
Você pode começar fazendo um desenho para pensar como será a sua argilogravura.
Prepare a placa de argila em uma mesa forrada com jornal; bata a argila para eliminar as bolhas de ar.
Coloque a argila batida entre duas ripas de madeira e passe um rolo de macarrão até obter uma placa reta e lisa da altura das ripas.
Sulque seu desenho na placa usando um palito de madeira ou a ponta de um lápis.
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Aplique cada cor passando a tinta guache na placa com rolinho ou pincel. Ela não deve entrar nos sulcos.
Observe os cortes da placa antes e depois de passar a tinta. Ao imprimir, as linhas sulcadas na argila ficarão da cor do papel.
Pressione uma folha de papel sobre a placa usando a mão ou uma colher de madeira.
Retire a cópia com cuidado. Para fazer outras, passe tinta na placa novamente.
Coloque suas cópias para secar.
Fim do complemento.
20
O QUE EU APRENDI?
- O que você sabe sobre a festa do boi e seus personagens?
_____
- Desenhe elementos característicos das vestimentas das personagens do Bumba meu boi.
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- O que você sabe sobre a música, a dança, os instrumentos e o canto na festa do boi?
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- O que você sabe sobre a obra do ceramista brasileiro Manuel Eudócio Rodrigues?
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- Escreva o que sabe sobre a construção de uma cena teatral a partir da imagem de uma escultura.
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- Escreva o que você sabe sobre o uso sustentável de materiais para fazer uma argilogravura.
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Tabela: equivalente textual a seguir.
Ficha de autoavaliação mensal |
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Sim |
Não |
Às vezes |
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Participo das aulas com interesse e gosto pelos trabalhos. |
_____. |
_____. |
_____. |
Peço ajuda aos professores e colegas quando preciso ou sou solicitado. |
_____. |
_____. |
_____. |
Participo das aulas falando, lendo e escrevendo sobre minhas ideias. |
_____. |
_____. |
_____. |
Comentários: _____. |
Nestes dois capítulos do livro, o que mais gostei de aprender foi _____ porque _____.
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3. Cantando e brincando
Você já reparou que a música faz parte de muitas brincadeiras e jogos? Já brincou assim? Qual foi a brincadeira?
Boxe complementar:
Vamos jogar com música?
Forme uma roda com seus colegas e sigam as instruções para os quatro jogos musicais a seguir.
O jogo da intensidade
- Um colega deve sair da sala por um instante: ele fará o papel de “detetive”!
- Todos da roda devem decidir quem vai esconder uma bola de papel no bolso da roupa.
- Para ajudar o detetive, combinem de cantar uma música e mudar a intensidade do canto quando ele estiver “quente” (perto de quem esconde a bola de papel) ou “frio” (longe de quem esconde a bola). Quanto mais perto ele estiver, mais forte cantarão.
- Chamem o detetive de volta para a sala, expliquem o combinado e peçam que ande bem devagar em volta da roda até descobrir com quem está a bola de papel.
- Prestem atenção para dar as dicas certas para o “detetive”.
CRÉDITO: LENINHA LACERDA
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O jogo do silêncio
- Combinem de cantar uma música.
- Enquanto cantam, passem uma bola de papel (ou outro objeto) de mão em mão pela roda, seguindo a música.
- Qualquer colega pode parar a bola por menos de um minuto; então, todos devem interromper o canto e fazer silêncio até que ele(a) resolva colocar a bola novamente em movimento.
- Para não errar, todo mundo
deve
estar atento ao movimento da bola.
O jogo da repetição
- Para esse jogo, é importante escolher um líder, que ficará no centro da roda. O líder fará diferentes combinações, misturando:
- bater o pé no chão;
- bater as mãos;
- estalar os dedos.
- Todo o grupo precisa repetir igualzinho, e quem errar deve sentar e assistir!
- Quem acertar os movimentos até o final vai para o centro da roda, e a brincadeira recomeça.
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O jogo do timbre de voz
- Uma dupla deve ficar no centro da roda com os olhos vendados.
- Cantem uma música conhecida por todos da roda (por exemplo, “Escravos de Jó”).
- Após cantar uma vez a canção, apontem dois colegas para cantarem sozinhos.
- Quem estiver no centro da roda e de olhos vendados deve adivinhar pelo timbre das vozes quem está cantando a música. Não vale tentar mudar a voz!
- Se adivinharem, a dupla de
olhos
vendados marca um ponto. Os colegas que estavam cantando vão para o centro da roda para a próxima rodada!
Fim do complemento.
25
4. O Carnaval
O Carnaval é comemorado com diferentes tipos de dança nas várias regiões do Brasil. Observe os exemplos nas imagens a seguir.
LEGENDA: Passistas de frevo no Carnaval de rua de Recife (PE). Foto de 2012. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Bloco de Carnaval de rua Cordão do Boitatá no centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foto de 2013. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Bloco de Carnaval em rua da cidade de São Paulo (SP). Foto de 2017. FIM DA LEGENDA.
LEGENDA: Ala da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, no Rio de Janeiro (RJ). Foto de 2020. FIM DA LEGENDA.
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A música é um elemento importante na comemoração do Carnaval.
No Brasil, as marchinhas estão entre as canções mais cantadas na festa. Receberam esse nome por terem o ritmo parecido com o das marchas militares. As letras divertidas e fáceis de lembrar contribuíram para sua popularidade.
“Ó abre alas”, a primeira marchinha de Carnaval, foi composta por Chiquinha Gonzaga em 1899 para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. Repare como a letra da canção é simples; as frases são repetidas para enfatizar a mensagem.
Ó abre alas
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira , não posso negar
Eu sou da lira, não posso negar
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Observação:
Palavras destacadas no glossário: sou da lira
Fim da observação.
Fonte: Letra e música de Chiquinha Gonzaga, 1899. Canção em domínio público.
LEGENDA: Francisca Edwiges Neves Gonzaga tornou-se conhecida como Chiquinha Gonzaga. Compositora e pianista, foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Foto de 1886. FIM DA LEGENDA.
- No lugar em que você vive, quais canções são cantadas para comemorar o Carnaval?
Vamos cantar juntos uma marchinha!
A jardineira
Ó jardineira por que estás tão triste?
Mas o que foi que te aconteceu?
Foi a camélia que caiu do galho,
Deu dois suspiros e depois morreu.
Vem jardineira, vem, meu amor!
Não fiques triste que este mundo é
[todo teu!
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu!
Fonte: Benedito Lacerda e Humberto Porto. © 1936 by Mangione, Filhos & Cia. Ltda.
LEGENDA: Camélia vermelha, 1833. Gravura a partir de aquarela de Pierre-Joseph Redouté, sem dimensões. Coleção particular. FIM DA LEGENDA.
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Boxe complementar:
Como é o seu Carnaval?
Desenhe de memória como é o Carnaval na sua cidade ou um que já tenha visto na TV, em filmes, revistas...
- Desenhe os instrumentos musicais, as fantasias e outros objetos de que você se lembrar. Você também pode incluir na imagem frases de canções cantadas no Carnaval.
_____
Fim do complemento.
- Descubra mais sobre o Carnaval de antigamente! Siga o roteiro.
- Relate a um adulto que você conhece o que aprendeu na escola a respeito do Carnaval.
- Depois, entreviste-o sobre como brincava o Carnaval quando era criança e quais eram as canções mais populares. Anote ou grave tudo que ele contar.
- Colete, com o auxílio de um adulto, as canções, os depoimentos e as imagens de época que você conseguir.
- Compartilhe a pesquisa em sala de aula numa roda de conversa.
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Boxe complementar:
Vamos fazer um baile de Carnaval?
Preparem suas fantasias
Para inventar suas fantasias, vocês vão trazer à escola roupas e objetos, como pijamas, chapéus ou lenços. Também podem criar acessórios de cartolina, como leques ou bengalas.
Preparem-se para o baile vestindo a fantasia.
No Carnaval, cada um pode pular sozinho ou brincar com os outros em um bloco ou cordão.
Blocos de Carnaval
Para planejar um desfile de blocos, primeiro reúna um grupo e escolham um nome para o bloco.
Vocês podem desfilar tocando instrumentos e cantando uma música de Carnaval. Escolham com seus colegas de bloco qual será a música: pesquisem em casa músicas antigas de Carnaval, pedindo ajuda a seus pais ou a outros parentes; seu professor também pode mostrar algumas músicas tradicionais.
CRÉDITO: ILUSTRAÇÕES: IVAN COUTINHO
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Depois, façam um cartaz com o nome do bloco para carregá-lo na frente quando forem desfilar.
Inventem um desenho para ser símbolo do bloco.
Seu bloco vai desfilar e também assistir ao desfile dos outros blocos da classe.
Desfile em um cordão de Carnaval!
O primeiro da fila vai “puxar” os outros como uma locomotiva de trem. Os demais seguram no ombro do colega da frente e seguem como se fossem os vagões. Cuidado para não se soltar, senão você vai ter que correr!
Vocês podem formar vários cordões na sala de aula e começar a passear por ela. Depois, podem sair pelo espaço da escola, experimentando diferentes maneiras de andar em cordão, por exemplo, fazendo caminhos em zigue-zague ou espirais.
Quando for a hora de terminar, voltem para a sala de aula.
Fim do complemento.
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O QUE EU APRENDI?
- Sobre os diferentes timbres e a intensidade no som.
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- Escreva quais são as etapas do Jogo do timbre de voz.
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- Sobre cantar e brincar. Escreva e faça um desenho!
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- Sobre a festa brasileira do Carnaval.
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- Sobre as músicas, as danças e as fantasias de Carnaval.
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31
- Faça um desenho sobre os instrumentos musicais e outros objetos característicos do Carnaval.
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Tabela: equivalente textual a seguir.
Ficha de autoavaliação mensal |
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Participo das aulas com interesse e gosto pelos trabalhos. |
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Peço ajuda aos professores e colegas quando preciso ou sou solicitado. |
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Participo das aulas falando, lendo e escrevendo sobre minhas ideias. |
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Comentários: _____. |
Nestes dois capítulos do livro, o que mais gostei de aprender foi _____ porque _____.