UNIDADE 2. Retratos e danças

Boxe complementar:

Objetivos da unidade

Estudar a diversidade de tipos de retrato. Explorar relações entre texto e imagem; reconhecer o potencial expressivo do corpo humano ao conhecer a profissão de dançarino; e investigar e trabalhar seus próprios movimentos ao dançar.

Fim do complemento.

Orientações didáticas

A imagem escolhida para esta abertura permite iniciar com os estudantes uma conversa a respeito do conceito de retrato, profundamente associado à maneira como nos percebemos e como apreciamos os outros.

Esse diálogo possibilita abordar com os estudantes temas relacionados à sua autoimagem, à autoestima e à capacidade de olhar as diferenças dos outros sem preconceitos, cultivando uma atitude de respeito. Essa é uma discussão especialmente importante num momento em que as redes sociais estabelecidas na internet promoveram um crescimento sem precedentes da quantidade de retratos que registramos, exibimos e apreciamos.

A imagem apresentada nesta abertura faz parte de uma série criada por Alinne Volpato para a exposição Balance, em 2019, com suas fotos de estudantes da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.

A fotógrafa, que estudou balé, explorou nessa exposição o conceito de equilíbrio e harmonia em cena, fatores que aprecia tanto na dança como na fotografia. Em depoimento aos autores deste livro, ela informa que nessas fotos pensou em combinar um pouco do tema dos grandes ballets de repertório do Bolshoi, técnicas de fotografia, cores e movimento. A foto retrata uma parte da coreografia do ballet Quebra Nozes, em que a bailarina faz uma sequência de movimentos na diagonal. O rastro de luz formado é o movimento original executado pela bailarina, trazendo ao observador a ideia de como se construiu a beleza que se vê no palco.

Boxe complementar:

Para sua informação

Escola do Teatro Bolshoi no Brasil

Instalada na cidade de Joinville, em Santa Catarina, desde março de 2000, a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil tem o propósito de levar a arte para as pessoas e fomentar a dança no Brasil. É a única extensão da escola russa de bailarinos do Teatro Bolshoi no mundo. Seus formandos brasileiros já trabalham em diferentes países, como Estados Unidos, Alemanha, Áustria, Espanha, Argentina e Uruguai.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Dica de sites

• Conheça o trabalho da fotógrafa Alinne Volpato visitando seu site. Disponível em: http://fdnc.io/f28. Acesso em: 9 abr. 2021.
• Mais informações a respeito da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil podem ser obtidas no site da instituição. Disponível em: http://fdnc.io/f29. Acesso em: 9 abr. 2021.

  Fim do complemento.

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Distinguir diferentes maneiras de realizar um retrato. Usar o texto como registro de observação. Estudar e escrever a respeito de diferentes autorretratos de um mesmo artista.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

• Para avaliar (EF15AR01) e (EF15AR04), observe, fotografe ou grave em vídeo a atividade e anote em seu diário como, na leitura das imagens de foto e de pintura, os estudantes fruíram o gênero retrato e se expressaram oralmente com fluência.
• Preencha os itens 1 e 2 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.
• Objetos de conhecimento: Contextos e práticas (Artes visuais); Materialidades (Artes visuais); Processos de criação (Artes integradas).

1. As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e na leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: Retrato; Autorretrato; Diferenças entre Pintura e Fotografia.
   • Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se, nas leituras em voz alta dos textos dos estudantes na atividade O que podemos descobrir sobre alguém em um retrato, eles demonstraram fluência na leitura oral e adequação na escrita do texto da carta.
   • Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 1 (1ª e 2ª semanas).

     Fim do complemento.

     Orientações didáticas

     A leitura de imagem dos retratos do escritor brasileiro Mário de Andrade (1893-1945) possibilita conversar com os estudantes a respeito das linguagens da pintura e da fotografia e dos diferentes aspectos da personalidade de uma pessoa que elas permitem representar.

     Com a invenção da fotografia, a pintura foi superada na função de representar a realidade e passou a afirmar-se como linguagem expressiva. Muitos pintores começaram a usar fotos como base de seus trabalhos. Elas abriram novas perspectivas de observação da luz e do movimento dos corpos no espaço, alimentando novas possibilidades de olhar. Pintores e fotógrafos sempre incorporam valores e pontos de vista em suas obras, sejam elas figurativas ou próximas da abstração. Você pode explorar o retrato como um dos gêneros pictóricos, apoiando-se na leitura de imagens que retratam as mesmas pessoas por meio da pintura e da fotografia.

     Converse com os estudantes procurando levantar em que aspectos as pinturas são semelhantes ou diferentes das fotos e esculturas.

A natureza-morta refere-se a imagens de coisas que podem ser oriundas do mundo natural, como frutas, legumes etc., ou a imagens de objetos criados pelo ser humano, como garrafas, copos, jarras etc.

Um retrato refere-se à representação de alguém; também pode ser semelhante ao modelo ou muito transformado pelo artista. A fotografia, a pintura, o desenho e a escultura são alguns dos procedimentos utilizados para fazer um retrato. Observação, memória e imaginação estarão presentes em sua feitura, associadas ou separadas.

O retrato é um gênero na arte, assim como a paisagem. A paisagem costuma representar um espaço externo que destaca elementos do mundo natural. Um elemento frequente nelas é a linha do horizonte, na qual o céu e a terra se encontram. Há muitas modalidades de paisagem. Pinturas tradicionais costumam apresentar um primeiro plano, um plano intermediário e um plano de fundo. A cena apresentada em uma paisagem indica o lugar de onde foi vista pelo artista, ou seja, o ponto de vista a partir do qual foi representada. Uma paisagem pode ser real ou totalmente concebida pelo artista a partir de um lugar imaginário ou, ainda, feita de memória.

Na atividade O que podemos descobrir sobre alguém em um retrato?, não ofereça antecipadamente aos estudantes mais informações a respeito da menina ou dos artistas; priorize a capacidade deles de observar e imaginar quem seria a personagem retratada.

Após escreverem a carta a um colega, como proposto no Livro do Estudante, a leitura dela em voz alta ou mesmo a troca de livros para leitura entre pares fechará a sequência de atividades deste capítulo.

Terminada a atividade, comente que a pintora Élisabeth Louise Vigée-Le Brun e o escultor Jean-Antoine Houdon, artistas neoclássicos, retrataram a menina Louise Brongniart por encomenda de seu pai, um próspero arquiteto francês. Na época em que foram feitos esses retratos, poucas pessoas tinham recursos para serem retratadas assim.

Atividade complementar

Desenhe seus colegas

O desenho de observação enriquece muito a percepção e a competência desenhista dos estudantes. Se dispuser de tempo extra, neste capítulo e ao longo de toda esta unidade, pode-se propor aos estudantes a realização de desenho de observação dos colegas, com eles sentados em duplas, frente a frente, com lápis e borracha.

Selecionamos dois autorretratos de Rembrandt van Rijn, feitos em momentos diferentes da vida do pintor. Promova a reflexão e a discussão com os estudantes sobre o valor dos autorretratos como imagens carregadas da visão do artista sobre si mesmo.

Como a fotografia foi inventada posteriormente, as primeiras poses para retratos aconteceram em situações de desenho ou pintura. Pergunte:

• Quais são as diferenças entre posar para uma fotografia e para uma pintura?

  (Acolha as respostas coerentes e anote-as na lousa antes de introduzir novas informações sobre o tema. Posar significa ficar parado em uma posição para ser retratado. Pose é um termo que vale tanto para um retrato pintado quanto para um fotografado. O tempo necessário para posar para uma pintura ou um desenho geralmente é mais longo. As primeiras fotografias também exigiam que os retratados ficassem imóveis por um longo tempo, hoje reduzido a frações de segundo. Há pessoas que se dedicam à profissão de posar para artistas como modelos.)

  O autorretrato se popularizou na atualidade por meio das selfies, gênero de fotografia extremamente popular nas redes sociais da internet. Pergunte aos estudantes:

• Como os artistas conseguiam posar para realizar seus autorretrato por meio do desenho ou da pintura antes da invenção da fotografia?

  (Acolha as respostas coerentes e anote-as na lousa; se a ideia não surgir espontaneamente nas falas dos estudantes, mencione a necessidade de um espelho.)

  Atividade complementar

  Ditado de imagem

  Proponha um ditado de imagem:

1. Selecione um autorretrato e leve-o para a sala de aula. Apresentamos como alternativa a imagem de um autorretrato de Albrecht Dürer.

2. Não mostre a imagem aos estudantes.

3. Solicite a um voluntário que vá até sua mesa e descreva minuciosamente o retrato para os colegas.

   

   LEGENDA: Autorretrato aos 13 anos (detalhe), 1484. Albrecht Dürer (1471-1528). Ponta de prata sobre papel, 27,5 x 19,6 cm. Graphische Sammlung Albertina, Viena, Áustria. FIM DA LEGENDA.

4. Os estudantes devem desenhar a imagem enquanto é descrita pelo colega.

5. Depois que terminarem os desenhos, mostre a imagem original para os estudantes.

6. Converse com eles sobre as relações que percebem entre a descrição verbal e seus desenhos. Aproveite para comentar que é natural que cada um tenha criado uma imagem diferente, porque a linguagem oral não dá conta da imagem visual e porque, ao desenharem, fizeram uma interpretação pessoal da descrição efetuada pelo colega.

7. A atividade pode ser repetida com outras imagens e outros estudantes assumindo a função de descrever a imagem. Ela permite aos estudantes reconhecer alcances e limites das linguagens visual e escrita.

   Ao realizar a atividade Perguntas e respostas, com base na leitura das imagens dos autorretratos de Rembrandt, proponha aos estudantes que realizem uma leitura em voz alta. Você pode anotar algumas das falas na lousa para que possam compartilhar as perguntas e as respostas dos colegas.

   Boxe complementar:

   Para sua informação

   Rembrandt van Rijn

   Rembrandt van Rijn (1606-1669) foi um artista holandês que se tornou famoso em vida como pintor de retratos, individuais e em grupo, e obras de arte sacras. Além dos retratos de seus contemporâneos, é reconhecido pela qualidade autobiográfica de seus autorretratos.

   Fim do complemento.

   Boxe complementar:

   Para sua leitura

   • Para mais informações sobre pintura e fotografia no Brasil, recomendamos a leitura do artigo: As relações entre pintura e fotografia no Brasil do século XIX: considerações acerca do álbum “Brasil pitoresco” de Charles Ribeyrolles e Victor Frond. Maria Antonia Couto da Silva. Fênix, n. 4, 2007. Disponível em: http://fdnc.io/f2a. Acesso em: 19 jul. 2020.

     Fim do complemento.

Boxe complementar:

Objetivo do capítulo

Observar aspectos imaginativos do retrato, valorizando a imagem que cria realidades.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

• Para avaliar (EF15AR01), observe as criações dos retratos inventados e verifique se os estudantes se expressaram adequadamente por meio do desenho.
• Para avaliar (EF15AR07) e (EF15AR12), observe ou grave em vídeo ou áudio a atividade e anote em seu diário como eles compreenderam o texto do crítico de arte e perceberam o papel dele em relação ao trabalho do artista. Discutam também, com respeito e sem preconceito, as experiências do exercício dançado, promovendo que usem vocabulários e repertórios próprios da dança.
• Preencha os itens 3 e 4 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.
• Objetos de conhecimento: Contextos e práticas (Artes visuais); Sistemas da linguagem (Artes visuais); Processos de criação (Dança).

  As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e na leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: Retrato inventado; Obras do pintor brasileiro Candido Portinari; Personagens retratadas.

• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se nas respostas orais sobre as pinturas de Candido Portinari o estudante expandiu seu vocabulário com a palavra imaginária e se compreendeu os textos das perguntas das atividades de leitura das imagens do artista em questão.
• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 2 (3ª e 4ª semanas).

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  Estudando arte contemporânea, podemos conhecer artistas que realizam retratos de maneiras muito diversas, explorando diferentes técnicas e concepções de retrato. Esta unidade apresenta aos estudantes algumas dessas maneiras. Introduza o tema deste capítulo perguntando o que eles acham da possibilidade de um retrato ser inventado. Proponha-lhes que comparem as duas imagens apresentadas nesta página, de dois meninos com uma pipa ou um papagaio nas mãos. Peça que descrevam, com base no que observarem em cada imagem, como imaginam que cada menino seria.

Analise com os estudantes a obra Menino com carneiro, de Candido Portinari. Fazer as perguntas do Livro do Estudante e pedir a eles que contem o sonho que fantasiam que os faria acordar com o corpo inteiro azul é uma excelente maneira de exercitarem a imaginação com base em uma obra de arte. Lembre que eles já conheceram uma tela do artista no capítulo 1 da unidade 1 deste livro.

Comente com os estudantes que fazer retratos oferece a possibilidade de representar pessoas em situações imaginárias, de transformá-las da maneira que quisermos.

Na primeira atividade da página, espera-se que os estudantes observem o formato, o tamanho e algum sentimento. Na segunda, acolha as respostas coerentes, mesmo que não diretamente ligadas à imagem física registrada na tela.

Boxe complementar:

Para sua informação

A arte dos retratos

Desde tempos imemoriais o homem é fascinado por sua própria imagem e pela de seus semelhantes.

Na Antiguidade, os egípcios retratavam os faraós e seu séquito em pinturas impressionantes nas paredes das sepulturas da realeza. Bustos, medalhões e moedas eram uma forma popular de pintura entre os romanos, em geral extremamente natural, que davam uma boa ideia de como as pessoas retratadas eram na vida real. [...]

A Renascença marcou o início de uma era completamente nova da civilização. Na Idade Média, a expressão artística concentrou-se quase que exclusivamente na celebração da divindade e na relação do homem com Deus; com a Renascença, o próprio homem era o centro do universo – e, em termos artísticos, o retrato tornou-se a expressão natural dessa nova ênfase.

Como na Antiguidade, os retratos eram ainda um grande luxo, apenas permitido a governantes e outros dignitários. Mas esse círculo passou a incluir os novos-ricos […] e dali em diante o mundo das artes foi povoado por uma multidão de novos rostos, alguns muito famosos, que viriam a fazer parte da história, e outros menos conhecidos, ligados ao dia a dia, porém igualmente irresistíveis.

Grandes pintores começaram a se especializar em retratos, que durante os séculos XVI e XVII serviam aos interesses de famílias, de parentes e também às ambições. O retrato era, de forma geral, considerado um símbolo de status , uma expressão de realização pessoal e uma forma de assegurar um lugar na posteridade. [...]

A arte dos retratos . Helen Dore. Tradução de Bázan. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996. p. 5.

Fim do complemento.

Na leitura da imagem da obra de José Roberto Aguilar (1941), além das perguntas do Livro do Estudante, acrescente as seguintes:

• Como José Roberto Aguilar combina texto e imagem nessa pintura?
• Você consegue ler algo?
• Entre as duas figuras que parecem conversar, podem ser vistos desenhos diferentes. O que seriam?
• Quem você imagina que são as figuras criadas pelo artista?
• Tampe uma das personagens com a mão e imagine o que você colocaria na frente dela. Depois faça o mesmo com a outra figura.

  (Respostas pessoais.)

  Boxe complementar:

  Para sua leitura

• Conheça melhor o trabalho de Aguilar lendo 3 óperas de José Roberto Aguilar e algumas referências da arte conceitual dos anos 1970, de Lucila C. J. Meirelles. Disponível em: http://fdnc.io/f2b. Acesso em: 19 jul. 2020.

  Fim do complemento.

  O estudo da obra de Aguilar permite realizar uma proposta de aprendizagem interdisciplinar entre Língua Portuguesa – leitura de texto de Theon Spanudis, do gênero resenha crítica, sobre o artista estudado, ou seja, trecho de crítica de arte publicado em revista – e Artes visuais – atividade de leitura de imagem do artista em questão. Essa e outras propostas deste livro foram planejadas para ensinar sobre o sistema da arte, uma temática retomada ao longo das unidades. Do sistema da arte, participam diferentes profissionais, além dos artistas, nesse caso o crítico de arte; em outras propostas interdisciplinares do Livro do Estudante, incluímos o curador, o estilista, o arqueólogo, o cenógrafo, o músico etc.

  Atividade complementar

  Retrato de memória

  O retrato de memória pode ser feito como tarefa de casa com base em um encaminhamento simples: pedir a um adulto que apresente a imagem de uma pessoa retratada e retirá-la em seguida para que os estudantes desenhem o que ficou retido na memória.

  Com o apoio da experiência visual recente, o desenho de memória é um exercício dinâmico, porque, depois de pronto, a imagem inicial pode ser reapresentada aos estudantes com a solicitação de que refaçam detalhes com base na nova observação. Esse vaivém entre observação do modelo, desenho de memória e reconstrução dele com base na nova observação promove sobremaneira a aquisição da linguagem do desenho e o desenvolvimento da percepção.

Em outras unidades, ainda, contemplamos, do sistema da arte, espaços de exibição, criação e documentação: os teatros, os museus, as ruas, os estúdios de criação de animação etc.

Assim, essa perspectiva interdisciplinar assume contornos abrangentes, contextualiza a arte e o sistema que rege sua produção e dá acesso a diferentes tempos e lugares, envolvendo no estudo e na criação dos estudantes os conteúdos artísticos e a formação estética em seus contornos, em sua especificidade e com interseções com as fronteiras de outros componentes curriculares além da Arte.

Na observação da foto de Aguilar, comente como o próprio artista está posando de maneira inusitada em meio a suas obras, com um gesto e uma expressão bem-humorados.

Um exercício dançado com caretas e posturas do corpo exageradas pode preparar os estudantes para verem os outros como não são. Com base nesse exercício preliminar, efetue a atividade de desenho do boxe Invente um retrato diferente! proposta no Livro do Estudante.

Solicite aos estudantes que escrevam um título para o desenho elaborado e, se tiver tempo, faça uma roda de leitura para que eles mostrem e comentem os desenhos.

Atividade para o professor

Professor, desenhe você também em uma folha de papel avulsa um retrato imaginário para exercitar sua capacidade criativa no gênero.

Painel visual de palavras usadas em arte

Retome com os estudantes a proposta de criação de um painel visual na classe, dedicado especialmente a palavras usadas em arte, iniciada na unidade 1 deste livro.

Marque uma data para que tragam exemplos de retrato, autorretrato e diferentes tipos de dança para o painel da classe. Reserve parte de uma aula para a montagem do painel.

Avaliação processual do bimestre

As duas avaliações processuais da unidade, realizadas ao término de cada dois capítulos, referem-se às oito semanas trabalhadas e colaboram com o acompanhamento das aprendizagens, melhorando os resultados da Avaliação final do 4º ano.

Avaliação das competências trabalhadas no bimestre

A serem preenchidas na Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

Os itens 1 a 8 referem-se às aprendizagens do papel de estudante no componente Arte. Consulte os apontamentos a cada capítulo.

O item 9 refere-se à aprendizagem das habilidades do bimestre, que podem ser registradas a cada capítulo.

Os itens 10, 11 e 12 referem-se às competências trabalhadas no bimestre. Para preenchê-los, apoie-se em base em suas anotações e na memória das atividades do bimestre:

• No item 10, considere as Competências Gerais da BNCC 2, 4, 8 e 10.
• No item 11, considere as Competências Específicas de Linguagens 4 e 5.
• No item 12, considere as Competências Específicas de Arte 1, 3, 5, 6 e 8.

  Para avaliar as aprendizagens de Arte, consulte as respostas dos estudantes na seção O que eu Aprendi?, relativa a cada capítulo e preencha:

• No item 13, as Aprendizagens de Arte a cada capítulo do bimestre.
• Nos itens 14, 15, 16 e 17, as aprendizagens de alfabetização e literacia. Consulte seus registros e apontamentos ao longo dos capítulos.

  As habilidades destacadas neste bimestre são indicadas neste livro, a cada capítulo, por seu código ou numeração. As habilidades, para que sejam aprendidas, estão associadas aos Objetos de conhecimento e às aprendizagens em Arte. A aprendizagem das habilidades leva ao desenvolvimento das Competências.

  As aprendizagens de Arte e os Objetos de conhecimento podem ser encontrados em sequência à descrição das habilidades destacadas para cada capítulo.

  As Habilidades, os Objetos de conhecimento, as Competências e as aprendizagens em Arte também podem ser consultados na íntegra no texto Orientações gerais do livro de Arte.

Atividades para retomada de conhecimentos

Analise os resultados para ter ciência do conhecimento dos estudantes e de suas dificuldades. Com base nesses resultados, planeje intervenções específicas para retomar as questões (em pequenos grupos ou duplas, considerando a heterogeneidade dos saberes) e retome individualmente com os estudantes com dificuldade em um assunto ou em responder a alguma das questões, a fim de proporcionar oportunidades de se manifestarem. Essa ação também propicia que, posteriormente, esses estudantes possam contribuir nas conversas, atividades diversas e leituras de imagens.

1. Uma roda de conversa em grupo pode ser uma boa estratégia caso os estudantes apresentem dificuldade em identificar as diversas possibilidades artísticas de retratar uma pessoa.

2. Se algum estudante apresentar dificuldade em reconhecer estratégias para realizar um autorretrato, proponha uma retomada das imagens e conteúdos do Livro do Estudante.

3. Retomar atividades que envolvem fotografia e pintura é uma boa estratégia caso os estudantes apresentem dificuldades em relacionar meios (instrumentos) com procedimentos.

4. Caso algum estudante apresente dificuldade em criar o retrato inventado de um animal, pode-se sugerir que ele o faça oralmente.

5. Jogos corporais são indicados caso os estudantes apresentem dúvidas quanto a identificar postura corporal nas duas imagens de Portinari.

6. Vídeos ou fotos são recursos interessantes caso os estudantes apresentem dificuldade em descrever duas personagens esportistas e suas posturas corporais.

   Ficha de autoavaliação mensal

   A autoavaliação é importante para que o estudante pense sobre seu processo de aprendizagem e, progressivamente, desenvolva seu papel de estudante. Consolida-se como mais uma situação de aprendizagem. Apoie os estudantes, se necessário, sem conduzir o que devem assinalar e escrever, pois, por vezes, eles precisam realizar a tarefa com sua ajuda para entender o que está sendo pedido ou para ler e escrever os comentários na ficha. Tente garantir o máximo de autonomia a eles nesse preenchimento.

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Apresentar a dança como profissão; identificar e interpretar movimentos em imagens dos passos do frevo e do break ; pesquisar e escrever sobre as danças presentes no local onde os estudantes vivem.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

• Para avaliar (EF15AR08), observe, fotografe ou grave em vídeo a atividade e anote em seu diário como os estudantes apreciaram aspectos da dança contemporânea brasileira em sua diversidade de contextos e formas e expandiram o repertório corporal.
• Para avaliar (EF15AR09) e (EF15AR24), recorra a seus registros e verifique como os estudantes construíram e experimentaram as partes e o todo do corpo nos movimentos dançados ao dançar diferentes matrizes estéticas e culturais.
• Preencha os itens 5 e 6 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.
• Objetos de conhecimento: Contextos e práticas (Dança); Elementos da linguagem (Dança); Matrizes estéticas e culturais (Artes integradas).

  As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e na leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: Bailarina; Break ; Frevo, dança brasileira.

• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se, na leitura da entrevista da bailarina, o estudante localizou no texto e retirou dele informação explícita e se recontou para você com fluência e ritmo. Verifique se, na escrita da atividade Vamos pesquisar!, executou com propriedade a escrita dos textos.
• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 3 (5ª e 6ª semanas).

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  Para introduzir o tema deste capítulo, pergunte aos estudantes quais são os tipos de dança que eles conhecem e se já foram a uma apresentação de dança.

  Boxe complementar:

  Dica de vídeo

• Para conhecer melhor o trabalho de dança de Juliana Moraes, assista a alguns dos vídeos postados em seu canal oficial. Disponível em: http://fdnc.io/f2c. Acesso em: 19 jul. 2020.

  Fim do complemento.

Comente que, no meio da dança, são usados os termos bailarino e dançarino para se referir aos profissionais de dança. O termo bailarino costuma ser associado à tradição de dança ocidental, consolidada no balé clássico. Dançarino é um termo mais abrangente, que pode ser aplicado também às manifestações de dança contemporânea e às tradições de dança de outras culturas.

O estudo do texto do gênero entrevista possibilita trabalhar relações entre Dança e Língua Portuguesa. Pergunte aos estudantes se já leram alguma entrevista antes e comente o formato, que destaca uma pergunta do entrevistador seguida pela resposta do entrevistado. Organize a leitura em voz alta da entrevista com Juliana Moraes, dando oportunidade a vários estudantes de participar dela. Depois, converse com os estudantes sobre o que aprenderam da profissão de dança lendo esse texto, pedindo que recontem os trechos que consideraram mais interessantes.

Se possível, após a leitura compartilhada da entrevista, aprecie e promova uma conversa a respeito de um dos vídeos de dança de Juliana Moraes com os estudantes.

Com base na leitura da entrevista, é possível destacar alguns dos aspectos comentados por ela e que também são relevantes no aprendizado de outras linguagens artísticas:

• envolvimento pessoal;
• dedicação ao que gosta de fazer;
• respeito aos próprios limites;
• convívio e aprendizado com outras pessoas ligadas à mesma área.

  Esses temas são relacionados ao aprendizado num sentido mais amplo e podem ser retomados com os estudantes no final da avaliação do percurso educativo proposto nesta unidade.

  Boxe complementar:

  Para sua leitura

  • Sensorimemórias: um processo de criação da Companhia Perdida é um e-book de Juliana Moraes sobre o processo de criação da série coreográfica Peças curtas para desesquecer (2012), disponível em: http://fdnc.io/f2d. Acesso em: 19 jul. 2020.

  Fim do complemento.

A leitura das imagens pode ser realizada oralmente ou integrada a movimentos. Para realizar essa segunda opção, proponha aos estudantes que assumam posturas similares às dos diferentes dançarinos e movimentem-se por um minuto da maneira que imaginam como eles estejam dançando.

Um dia da vida de um dançarino

Proponha aos estudantes imaginar um dia da vida de um dançarino ou dançarina – pode ser de frevo ou de qualquer outro estilo. Peça que escrevam em casa um texto de no máximo 10 linhas, incluindo ao menos seis destas palavras: feijão, água, farinha, refrigerante, macarrão, sucos de fruta, batatas fritas, equilíbrio, imitando, comida enlatada, sorvete, rápido, mãos, pesado, leve, ritmo, frutas, diferente, coreografia e apoio. A história pode tratar do mundo real ou ser imaginária e absurda, desde que aborde o cotidiano de um dançarino, incluindo suas refeições, e que seja iniciada com as palavras: Hoje eu acordei... Depois, peça aos estudantes que as leiam em sala de aula em voz alta.

Com base nas respostas dos estudantes, converse com eles a respeito dos temas relacionados à alimentação saudável, como: a necessidade de estabelecer horários e manter a regularidade das refeições; a importância de beber água para manter a hidratação; e o controle da ingestão de guloseimas, salgadinhos e fast food como forma de evitar a obesidade.

Na atividade de pesquisa a ser realizada fora da escola, sobre se os entrevistados gostam de dançar ou se conhecem algum passo que poderiam ensinar, você pode sugerir que passos assim sejam gravados em vídeo, caso os estudantes disponham de um celular que possibilite a gravação. As respostas serão de acordo com a pessoa entrevistada.

Proponha aos estudantes que compartilhem suas descobertas e conversem sobre elas, comentando com a classe como se deram as entrevistas e se aprenderam algum passo de dança. Anote na lousa as diferentes respostas.

A proposta do boxe Vamos pesquisar! objetiva compartilhar os gostos e o repertório de dança que os estudantes conhecem. Na pesquisa dos diferentes tipos de dança, é importante garantir o respeito à diversidade dessas práticas. Nessa atividade, propicie que todos compartilhem sem constrangimentos seus conhecimentos e suas preferências sobre as danças existentes no local onde vivem.

Ao entrevistar e registrar por escrito as respostas de dois colegas e de duas pessoas de fora da escola, os estudantes podem, com base em conteúdos da linguagem da dança, estabelecer relações entre Dança e Língua Portuguesa.

Atividades complementares

Apresentações de dança na escola

É importante propiciar ocasiões em que os estudantes possam apreciar ao vivo e com música os estilos de dança que estão estudando.

Se possível, procure organizar uma visita de um grupo de dança break da região à escola para se apresentar. Organize também a visita à escola de um grupo de dança da região que possa apresentar o frevo aos estudantes.

Alimentação saudável

Organize uma roda de conversa com os estudantes sobre os alimentos que ingerem; a alimentação é muito importante para a manutenção da saúde e está vinculada à consciência corporal. Essa conversa pode ser continuada pela proposta de desenharem em folhas de papel avulsas os alimentos que cada um consome em seu dia a dia. Em roda em torno dos desenhos produzidos, pode ser ampliada a discussão sobre alimentação e saúde. A atividade possibilita interdisciplinaridade com Ciências no estudo do que pode ser considerado uma alimentação saudável.

Boxe complementar:

Para sua leitura

• Informe-se para abordar o tema saúde e alimentação: Ligia Amparo da Silva Santos, em seu artigo Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis, ressalta que, para que o brasileiro possa ter melhor preparo para escolher quais alimentos deve comprar, a educação alimentar deve ser trabalhada em todos os espaços educativos. Disponível em: http://fdnc.io/f2e. Acesso em: 19 jul. 2020.
• Política Nacional de Alimentação e Nutrição (2012) é uma publicação do Ministério da Saúde, disponível em: http://fdnc.io/f2f. Acesso em: 19 jul. 2020.

  Fim do complemento.

Ao realizar a atividade Aprenda o top rock , um passo básico do break, sugerimos que, além das imagens do livro, pesquise com os estudantes outras referências sobre esse tipo de dança, como músicas ou vídeos.

Boxe complementar:

Para sua informação

Há diversos sites brasileiros dedicados à divulgação e preservação da cultura hip-hop . No Dança de Rua há tutoriais de dança em vídeo e orientações sobre os cuidados necessários para o iniciante evitar acidentes durante os treinos.

A falta de aquecimento e alongamentos nos treinos são os maiores fatores que contribuem para provocar acidentes nos treinos. Sabemos que a falta dos alongamentos pode contribuir para provocar lesões e fadiga muscular; além disso a falta de alongamentos e aquecimentos pode resultar em movimentos menos precisos e ocasionar menor consciência corporal, deixando assim o bboy com menos coordenação e agilidade para evitar tais acidentes. Consideravelmente, os aquecimentos seguidos de alongamentos têm sua contribuição para atalhar acidentes em seus treinos.

Além de evitar acidentes os alongamentos, quando feitos de maneira adequada, trazem os seguintes benefícios: reduzem as tensões musculares; relaxam o corpo; proporcionam maior consciência corporal; deixam os movimentos mais soltos e leves; previnem as lesões; preparam o corpo para atividades físicas; e ativam a circulação. [...]

Disponível em: http://fdnc.io/f2g. Acesso em: 19 jul. 2020.

Fim do complemento.

A dança break costuma ser associada por seus praticantes a outros aspectos da cultura hip-hop: o DJ ( disc jockey); o MC (mestre de cerimônia); a música rap ; o beatbox ; e o grafite.

Você pode usar as questões propostas no Livro do Estudante para ampliar a capacidade deles de observação dos movimentos realizados em sua presença ou representados em imagens ou vídeos. Se o tempo de aula for suficiente, proponha aos estudantes que também respondam por meio de movimentos o que pensam dessas questões, por exemplo, demonstrando modos diferentes de fazer uma mesma coisa.

Para a atividade Seguindo os passos do frevo, é interessante que você experimente dançar alguns passos dessa dança. Se ainda não conhece esse tipo de dança, procure músicas nesse estilo ou gênero, vídeos que permitam observar o ritmo da movimentação e conhecidos que possam ensinar alguns passos. Lembre-se de que dançar não é aprender passos, mas, ao aprendê-los, cada estudante poderá colocar sua marca expressiva na dança e até transformar ou inventar alguns passos.

Existe também a possibilidade (a ser realizada em aula extra ou como lição de casa) de criar sombrinhas com garrafas PET e revista, conforme instruções do vídeo disponível em: http://fdnc.io/f2h. Acesso em: 19 jul. 2020.

Boxe complementar:

Dica de site

• Visite o site Dança de Rua. Disponível em: http://fdnc.io/f2i. Acesso em: 19 jul. 2020.

  Fim do complemento.

  Boxe complementar:

  Para sua leitura

• Hip-hop: a periferia grita. Mirella Domenich, Patrícia Casseano e Janaína Rocha. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2001.

  Fim do complemento.

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Investigar possibilidades expressivas de movimentação; registrar sequências de movimentos do corpo por meio de desenho e de texto para criar uma coreografia.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

• Para avaliar (EF15AR11), observe ou grave em vídeo as atividades e anote em seu diário como os estudantes dançaram, considerando aspectos expressivos dos movimentos.
• Para avaliar (EF15AR23), observe ou grave em vídeo as atividades e anote em seu diário como, no planejamento e na realização das coreografias dançadas, os estudantes associaram desenho, dança e música.
• Preencha os itens 7 e 8 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.
• Objetos de conhecimento: Processos de criação (Dança); Processos de criação (Artes integradas).

  As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e na leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: Coreógrafa; Movimentos dançados e outros movimentos corporais; Coreografia.

• Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 4 (7ª e 8ª semanas).
• Para avaliar alfabetização e literacia, verifique se, na resposta oral à pergunta O que você pensa dessas imagens? o estudante demonstrou fluência oral e desenvolveu o vocabulário com a palavra coreografia.

  Fim do complemento.

  Orientações didáticas

  Para criar uma coreografia, é importante que se combinem diferentes movimentos. Esses movimentos podem ser baseados em objetos, em animais ou em sentimentos.

  Realize com os estudantes a leitura de imagem das fotos da apresentação de dança da Companhia Artesãos do Corpo. Antes de iniciar a proposta de movimentos circulares sugerida neste capítulo, pense em um local apropriado para que os estudantes efetuem movimentos amplos sem terem risco de esbarrar em algum móvel. Você pode propor que as cadeiras sejam agrupadas no canto da sala de aula ou, então, que os estudantes trabalhem no pátio ou na quadra da escola. Uma área limpa permite que eles explorem movimentos no chão (plano baixo). Como em toda atividade que solicita aos estudantes que se movimentem, lembre-os de ter cuidado com os colegas ao se deslocarem efetuando os movimentos circulares.

  A dança explora os movimentos corporais e não precisa necessariamente ter música; no entanto, acompanhar a atividade com música pode facilitar a integração dos estudantes.

Observe com os estudantes as ilustrações de movimentos apresentadas no livro, conversando sobre como o desenhista representou os movimentos de suas personagens. Comente que, se quiserem, os estudantes podem incorporar alguns desses modos de desenhar como recursos para representar as próprias coreografias na próxima atividade.

Atividade complementar

Desenhar no ar com fitas

Você pode propor aos estudantes um exercício de desenhar círculos imaginários no ar utilizando fitas. Se possível, pesquise na internet e mostre a eles um vídeo de apresentação de ginástica rítmica com fitas.

Para essa atividade de dança na escola, não é necessário ter fitas de ginástica rítmica, montadas em bastões. Use fitas coloridas simples, de comprimento entre 1 e 2 metros. Os estudantes vão segurar uma das pontas da fita nas mãos. Oriente-os a ficar distantes uns dos outros quando começarem a se movimentar com suas fitas, explorando os movimentos que conseguirem transmitir a elas. Assim, terão mais controle das fitas para depois conseguirem movimentar-se com mais liberdade com os colegas.

Boxe complementar:

Para sua leitura

• Saiba mais sobre dança contemporânea lendo o artigo A dança-teatro de Rudolph Laban a Pina Bausch. Disponível em: http://fdnc.io/f2j. Acesso em: 19 jul. 2020.
• Você pode ler diversas reflexões sobre o ensino de dança em Dança na escola: arte e ensino. Disponível em: http://fdnc.io/f2k. Acesso em: 19 jul. 2020.

  Fim do complemento.

  Boxe complementar:

  Dica de filme

• O filme Pina (2011), de Wim Wenders, é um documentário dedicado a Pina Bausch. 106 minutos.

  Fim do complemento.

  Atividade complementar

  Pesquisar coreografias

  Após a criação das coreografias, incentive os estudantes a pesquisar coreografias realizadas por bailarinos de diferentes países e períodos históricos. Muitos trechos de coreografias estão disponíveis na internet. Você pode sugerir uma lista de bailarinos, por exemplo:

• Kurt Jooss (1901-1979): dançarino e coreógrafo alemão que misturava dança com teatro.
• Édouard Lock (1954): dançarino e coreógrafo canadense, fundador do grupo La La La Human Steps.
• Pina Bausch (1940-2009): dançarina e coreógrafa alemã.
• Lu Favoreto: dançarina brasileira que fundou o Estúdio Nova Dança, em São Paulo.

Na leitura das imagens do grupo Lagartixa na Janela, pergunte aos estudantes:

• O que os dançarinos aparentam fazer?
• São movimentos que vocês conseguiriam repetir?
• Que sentido esses movimentos aparentam ter nas cenas?
• Esses movimentos transmitem alguma emoção? Se sim, qual?
• Qual desses espaços vocês acham mais interessante para dançar? Por quê?

  (Respostas pessoais.).

  Atividade complementar

  Explorar sequências de movimentos

  Proponha aos estudantes formarem grupos de até seis participantes para explorarem sequências de movimentos. Cada um escreverá numa folha de papel avulsa a descrição breve de um movimento diferente, que serão numerados de 1 a 6.

  Peça que ordenem os movimentos em sequências coreográficas sorteando os números (por exemplo, podem retirar papéis numerados de um saquinho ou usar um dado). Os movimentos, adaptados às possibilidades de cada um, serão dançados nessa ordem por todos os integrantes do grupo.

  Depois, peça que realizem novo sorteio e dancem os mesmos movimentos em outra ordem. Promova uma roda de conversa sobre a experiência.

  Boxe complementar:

  Dica de vídeos

• Assista ao depoimento de Uxa Xavier, do grupo Lagartixa na Janela, e a trechos da oficina do grupo para crianças. Procure o nome do grupo entre os vídeos da página do evento Dança no espaço urbano, disponível em: http://fdnc.io/5Ke. Acesso em: 19 jul. 2020.
• Assista ao vídeo Lock (2010), de Louise Archambault, no site do National Film Board of Canada, disponível em: http://fdnc.io/f2m. Acesso em: 19 jul. 2020.

  Fim do complemento.

Para introduzir a proposta de criação de uma coreografia, retome as investigações já realizadas nesse percurso educativo sobre as articulações e os apoios. Diversos movimentos de dança, tradicionais ou contemporâneas, inspiram-se em movimentos do cotidiano. Proponha aos estudantes que experimentem realizar alguns movimentos efetuados pelo corpo cotidianamente, como abrir uma porta, e movimentos que não costumam fazer no dia a dia, como andar para trás.

Oriente os estudantes a trabalhar primeiro com suas memórias de movimentos cotidianos. Por exemplo: subir uma escada, chutar uma bola, passar manteiga no pão, guardar algo na gaveta etc. Proponha que experimentem executá-los imaginando os objetos ou espaços a que estão associados. Durante o trabalho, você pode caminhar entre os estudantes e propor desafios, como:

• E se um movimento for realizado bem devagar e o outro bem depressa?
• E se um de vocês permanecer parado enquanto o outro se movimenta?

  Na realização da atividade do boxe Vamos coreografar!, incentive os estudantes a registrar suas ideias escrevendo ou desenhando de forma esquemática no caderno ou em folhas de papel avulsas. Um modo organizado de começar pode ser:

1. Primeiro, a dupla escolhe um tema.

2. Cada um dos integrantes cria um ou dois movimentos com base no tema escolhido.

3. Os integrantes da dupla fazem a junção dos movimentos pensando em qual seria a melhor ordem e velocidade e como vai ser a transição entre os movimentos.

4. É importante definir se os dois farão os mesmos movimentos juntos ou se cada um fará movimentos diferentes.

   Acompanhe o trabalho de cada grupo solicitando aos estudantes que pensem como vão aproveitar o espaço durante a apresentação do trabalho. Comente a importância de observarem as apresentações dos demais colegas com o mesmo respeito que desejam que tenham com a deles. Com base na realização de uma primeira composição coreográfica, é possível refletir sobre muitos aspectos do corpo: a velocidade do movimento, a utilização de apoios, a transição entre os movimentos, o tônus do corpo, entre outros.

Avaliação processual do bimestre

As duas avaliações processuais da unidade, realizadas ao término de cada dois capítulos, referem-se às oito semanas trabalhadas e colaboram com o acompanhamento das aprendizagens, melhorando os resultados da Avaliação final do 4º ano.

Avaliação das competências trabalhadas no bimestre

A serem preenchidas na Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

Os itens 1 a 8 referem-se às aprendizagens do papel de estudante no componente Arte. Consulte os apontamentos a cada capítulo.

O item 9 refere-se à aprendizagem das habilidades do bimestre, que podem se registradas a cada capítulo.

Os itens 10, 11 e 12 referem-se às competências trabalhadas no bimestre. Para preenchê-los, apoie-se em suas anotações e na memória das atividades do bimestre:

• No item 10, considere as Competências Gerais da BNCC 2, 4, 8 e 10.
• No item 11, considere as Competências Específicas de Linguagens 4 e 5.
• No item 12, considere as Competências Específicas de Arte 1, 3, 5, 6 e 8.

  Para avaliar as aprendizagens de Arte, consulte as respostas dos estudantes na seção O que eu aprendi?, relativa a cada capítulo e preencha:

• No item 13, as aprendizagens de Arte a cada capítulo do bimestre.
• Nos itens 14, 15, 16 e 17, as aprendizagens de alfabetização e literacia. Consulte seus registros e apontamentos ao longo dos capítulos.

  As habilidades destacadas neste bimestre são indicadas neste livro por seu código ou numeração. Elas podem ser consultadas no texto Orientações gerais do livro de Arte.

  As habilidades, para que sejam aprendidas, estão associadas aos Objetos de conhecimento e às aprendizagens em Arte. A aprendizagem das habilidades leva ao desenvolvimento das Competências.

  As aprendizagens de Arte e os Objetos de conhecimento podem ser encontrados em sequência à descrição das habilidades destacadas para cada capítulo.

  As Habilidades, os Objetos de conhecimento, as Competências e as aprendizagens de Arte também podem ser consultados na íntegra no texto Orientações gerais do livro de Arte.

Atividades para retomada de conhecimentos

Analise os resultados para ter ciência do conhecimento dos estudantes e de suas dificuldades. Com base nesses resultados, planeje intervenções específicas para retomar as questões (em pequenos grupos ou duplas, considerando a heterogeneidade dos saberes) e retome individualmente com os estudantes com dificuldade em um assunto ou em responder a alguma das questões, a fim de proporcionar oportunidades de se manifestarem. Essa ação também propicia que, posteriormente, esses estudantes possam contribuir nas conversas, atividades diversas e leituras de imagens.

1. Vídeos sobre o assunto podem repertoriar os estudantes que apresentarem dificuldade em reconhecer que o corpo precisa de cuidados e de energia.

2. Caso algum estudante apresente dificuldade em identificar o frevo como uma dança presente na região Nordeste do Brasil, sugerimos que retome as imagens presentes no Livro do Estudante.

3. Se os estudantes apresentarem dificuldade em representar com desenho alimentos considerados saudáveis, peça que respondam à atividade oralmente.

4. Os estudantes que demonstrarem dúvidas em descrever ações que compõem o trabalho do coreógrafo, reconhecendo sua importância na criação de uma dança, poderão retomar os conteúdos no Livro do Estudante.

5. Jogos e brincadeiras corporais podem repertoriar os estudantes que apresentarem dificuldade em refletir sobre os diferentes movimentos do corpo em situações específicas.

6. A atividade de reescrever uma palavra da forma correta pode ser realizada em duplas caso os estudantes apresentem dificuldade.

   Ficha de autoavaliação mensal

   A autoavaliação é importante para que o estudante pense sobre seu processo de aprendizagem e, progressivamente, desenvolva seu papel de estudante. Consolida-se como mais uma situação de aprendizagem. Apoie os estudantes, se necessário, sem conduzir o que devem assinalar e escrever, pois, por vezes, eles precisam realizar a tarefa com sua ajuda para entender o que está sendo pedido ou para ler e escrever os comentários na ficha. Tente garantir o máximo de autonomia a eles nesse preenchimento.