MP085

Introdução da Unidade 3. A paisagem e a arte na cidade

Objetivos da unidade

Conhecer a possibilidade de observar e de representar um local de diferentes pontos de vista. Reconhecer e criar notações de diferentes sons de uma paisagem sonora. Estudar trabalhos de artistas feitos com o propósito de serem públicos e criar com essa mesma intenção.

Objetivos dos capítulos

Imagem: Ilustração. Página do livro com imagens e textos. Fim da imagem.

Capítulo 1 – Pontos de vista

Reconhecer e representar diferentes pontos de vista de um local específico por meio de imagens. Explorar a relação entre imagem e elementos textuais em cartões-postais e criar um cartão-postal.

Imagem: Ilustração. Página do livro com imagens e textos. Fim da imagem.

Capítulo 2 – A paisagem sonora

Conhecer diferentes fontes de som presentes na paisagem sonora e saber criar representações para elas.

Imagem: Ilustração. Página do livro com imagens e textos. Fim da imagem.

Capítulo 3 – Arte e comunidade

Conhecer a ação de uma artista que criou um espaço dedicado à arte para a comunidade da periferia da cidade de São Paulo. Pensar em como levar arte à comunidade e aprender a pintar com estêncil.

Imagem: Ilustração. Página do livro com imagens e textos. Fim da imagem.

Capítulo 4 – Arte nas ruas

Conhecer artistas que realizam e mostram seus trabalhos nos espaços públicos da cidade e desenhar planejando uma grafitagem. Refletir sobre a relação entre a cidade e as esculturas de um artista representativo do Barroco brasileiro.

MP086

UNIDADE 3. A paisagem e a arte na cidade

Imagem: Fotografia. Um muro pintado de verde. No centro, a palavra “VERACIDADE” e acima da palavra há algumas casas amarelas. À esquerda, rosto de uma jovem olhando para cima, onde há uma placa com a informação: VIADUTO TUTOIA – ZONA SUL. Ao lado há uma avenida e na frente, árvores. Fim da imagem.

LEGENDA: Veracidade, 2016. Mauro Neri. Grafite na Avenida 23 de Maio, São Paulo (SP). FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Objetivos da unidade

Conhecer a possibilidade de ver e representar um lugar de diferentes pontos de vista. Reconhecer e criar notações de diferentes sons de uma paisagem sonora. Estudar trabalhos de artistas feitos com o propósito de serem públicos e criar com essa mesma intenção.

Fim do complemento.

Orientações didáticas

A partir da apreciação da imagem da obra de Mauro Neri com os estudantes, inicie uma roda de conversa a respeito do que pensam sobre os locais onde moram e de como a arte está ou não presente nesses lugares.

Sugerimos que pergunte:

  • Como vocês falariam de sua cidade para alguém que não a conhece?
  • Vocês recomendariam a um visitante conhecer alguma manifestação artística do local onde vivem?

    (Respostas pessoais.)

MP087

Boxe complementar:

Primeiros contatos

Observe o grafite realizado por Mauro Neri em uma das avenidas mais movimentadas da cidade de São Paulo. Esse grafite já foi apagado, pintado de cinza.

  • O que você vê nessa imagem?
  • O que pensa sobre a palavra escrita nela?
  • Você deixaria essa parede cinza ou proporia algo diferente para ela?
    PROFESSOR Respostas pessoais.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Para sua informação

Ver a cidade é uma frase que aparece em muitos trabalhos de Mauro Neri (1981). A obra do artista, na avenida 23 de Maio, uma região próxima ao centro da cidade de São Paulo, é um exemplo interessante para mobilizar a discussão sobre a grafitagem no espaço urbano.

A pintura mural foi realizada em 2016, numa época em que ações como essa eram bem acolhidas pelas autoridades municipais, mas foi coberta com tinta cinza em 2017, em razão da mudança de atitude da nova gestão da prefeitura em relação ao grafite.

Fim do complemento.

MP088

1. Pontos de vista

Um mesmo lugar pode ser observado de diferentes pontos de vista. Se você olhar de frente, terá uma vista frontal. Se olhar de cima, como se estivesse em um avião, vai ter uma vista aérea.

Por exemplo, observe quatro diferentes pontos de vista de um mesmo local, o Teatro Amazonas. O teatro é um ponto turístico de destaque na cidade, tema de diversos cartões-postais. É um símbolo da prosperidade conquistada com a exploração do látex da seringueira. Foi tombado como Patrimônio Histórico Nacional em 1966.

Imagem: Fotografia 1. Construção com três andares, colunas e janelas brancas e parede rosa. No topo há uma abóboda verde e amarela. Ao fundo, árvores e construções. Fotografia 2. Vista lateral da construção. Em volta há carros e plantas. Fotografia 3. Vista de baixo da fachada da construção. Na frente há uma escadaria.  Fotografia 4. Vista de cima da construção. Em volta há carros em ruas, árvores e mais construções.  Fim da imagem.

LEGENDA: Teatro Amazonas, em Manaus (AM), visto de: frente (1); trás (2); lado (3); cima (4). Fotos de 2015 (1), 2014 (3) e 2010 (2 e 4). FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Reconhecer e representar diferentes pontos de vista de um lugar específico por meio de imagens. Explorar a relação entre imagem e elementos textuais em cartões-postais e criar um cartão-postal com uma paisagem feita pelo estudante.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

  • Para avaliar (EF15AR01), leia as respostas dos estudantes e anote em seu diário como eles cultivaram a percepção ao apreciar as imagens da obra arquitetônica.
  • Para avaliar (EF15AR05) e (EF15AR06), observe os livros dos estudantes e verifique, ao trocarem os livros entre eles, como alcançaram sentidos plurais e ampliados sobre o espaço da escola.
  • Para avaliar (EF15AR23), anote em seu diário observações sobre as relações processuais verificadas entre as imagens fotográficas captadas ou trazidas pelos estudantes e a criada para o cartão-postal.
  • Para avaliar (EF15AR26), consulte seus registros e anotações para verificar como os estudantes exploraram os recursos da fotografia no processo de criação artística.
  • Objetos de conhecimento: Contextos e práticas (Artes visuais); Processos de criação (Artes visuais); Processos de criação (Artes integradas) e Arte e tecnologia (Artes integradas).
  • Preencha os itens 1 e 2 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

    As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e na leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: Observação de diferentes pontos de vista; Cartão-postal: texto e imagem e Paisagem de cartão-postal.

  • Para avaliar alfabetização e literacia verifique se os estudantes exercitam com propriedade a escrita de texto nas atividades de resposta a perguntas sobre o recebimento de um cartão-postal e se demostraram a fluência na atividade de leitura dos textos dos cartões-postais para falar das imagens.
  • Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 1 (1ª e 2ª semanas).

    Fim do complemento.

    Orientações didáticas

    A questão do ponto de vista é muito importante nas artes visuais. Para que os estudantes aprendam a refletir sobre o ponto de vista com base no qual os artistas observam as paisagens que representam, converse com eles sobre os diferentes pontos de vista das imagens do edifício que podem observar na página.

MP089

Boxe complementar:

Veja tudo por outro lado!

  • Desenhe um mesmo lugar de sua escola observado de dois pontos de vista diferentes. Escolha um local e vá até ele fazer seus desenhos.
    PROFESSOR Atenção professor: Desenho pessoal. Fim da observação.
  • Depois, troque seu livro com alguns colegas e veja que locais foram desenhados e quais pontos de vista foram usados.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

O edifício apresentado nas imagens da página anterior é o Teatro Amazonas. Ele foi construído em Manaus, no auge da prosperidade conquistada pela região durante o ciclo da borracha.

A construção, iniciada em 1884 e inaugurada em 1896, é uma sala de espetáculos ativa até os dias de hoje.

É considerado um dos edifícios mais significativos do patrimônio arquitetônico do estado do Amazonas.

Pergunte aos estudantes:

  • O que vocês podem perceber melhor em uma imagem que não aparece nos outros pontos de vista?

    (Respostas pessoais.)

    Proponha aos estudantes que realizem primeiro a atividade sugerida a seguir, pois ela pode facilitar o exercício proposto no livro, de desenhar um lugar da escola observado por diferentes pontos de vista.

    Peça aos estudantes que desenhem elementos da paisagem imaginando como seriam observados de pontos de vista diferentes. Por exemplo: uma árvore vista de baixo para cima; uma cidade vista da janela de um avião; bichos vistos de lado em um campo etc. Esses são alguns exemplos de propostas que podem ser feitas para que os estudantes realizem e discutam a respeito da representação de imagens de diferentes pontos de vista.

    Para obter resultados distintos na realização da atividade Veja tudo por outro lado!, que mobilizem a discussão sobre os trabalhos, recomende aos estudantes que se distribuam por diferentes espaços da escola.

    Painel visual de palavras usadas em Arte

    Proponha aos estudantes que, no decorrer do estudo desta unidade, escolham três palavras usadas em Arte e tragam imagens representativas delas para o painel visual da classe.

    Atividade complementar

    Observar um colega

    Uma proposta que pode envolver os estudantes é o exercício de observação do corpo de diferentes pontos de vista. Um estudante fica na frente do grupo e outro vai girando ao seu redor, descrevendo aos demais o que muda naquilo que pode ver de cada ponto de vista. Uma cadeira pode servir para um estudante observar outro de cima, em vista aérea.

MP090

Imagem: Ícone: Atividade escrita. Fim da imagem.

Postar significa enviar algo, tradicionalmente pelo correio, como um cartão-postal.

Imagem: Ilustração. Parte da frente de um cartão-postal com a foto do Pão de Açúcar.  Fim da imagem.
Imagem: Parte de trás do cartão-postal com as informações: BRASIL, Rio de Janeiro - Morro do Pão de Açúcar, Avenida Pasteur, 520. Urca, Rio de Janeiro, RJ. Foto: Ricardo Azoury. Ao lado, espaço para o selo e abaixo, linhas em branco. Fim da imagem.

Resposta pessoal.

Imagem: Ícone: Tarefa de casa. Fim da imagem.

Peça a um adulto de sua convivência ajuda para trazer um cartão-postal que tenha recebido para a sala de aula.

MANUAL DO PROFESSOR

Um cartão-postal com paisagem pode favorecer conversas a respeito da diversidade cultural e da percepção do potencial da cidade como espaço educador. Podemos ter nas paisagens, nos edifícios arquitetônicos, nos monumentos e em outros símbolos representativos de uma região ou cidade marcos de estudo e formação cultural dos estudantes e das pessoas que vivem nessas regiões.

Vamos estudar com os estudantes o Pão de Açúcar, um dos símbolos da cidade do Rio de Janeiro, que atrai uma infinidade de visitantes e turistas.

Apreciar a bela paisagem da Baía de Guanabara motiva os curiosos a escalar o Morro do Pão de Açúcar desde o final do século XIX. Em 1912, foi inaugurado o bondinho, sistema teleférico que já transportou milhões de pessoas a essa atração turística emblemática da cidade do Rio de Janeiro.

Os estudantes podem escrever orientados pelo enunciado do livro, que propõe uma viagem imaginária ao Rio de Janeiro e o envio de um cartão-postal dessa cidade a um conhecido.

Caso sua escola fique no Rio de Janeiro, os estudantes podem imaginar que estão enviando o cartão a um parente ou amigo que mora em outro estado ou país.

Boxe complementar:

Dica de site

  • Conheça mais sobre a história do Pão de Açúcar e de seu bondinho. Disponível em: http://fdnc.io/f5E. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Fim do complemento.

MP091

Boxe complementar:

Invente um cartão-postal

Agora, cada um deve escolher um lugar especial de sua cidade ou de uma cidade próxima, que já visitou, para ser o tema de um cartão-postal.

Antes de desenhar e escrever para alguém de sua classe, pense: “Qual será a paisagem do lugar onde moro? Como vou representar isso em um cartão-postal?”.

Imagem: Ilustração 1. Uma mão está segurando um pedaço de papelão e outra mão está segurando uma tesoura. Ao fundo, uma mesa e sobre ela: lápis coloridos, potes de tinta, uma bandeja, uma caixa, uma caneta e um lápis. Fim da imagem.

Escolha um papel grosso para poder desenhar ou pintar na frente e depois escrever no verso. Recorte-o no tamanho adequado.

Imagem: Ilustração 2. Uma mão está segurando o papelão recortado e outra mão está segurando um lápis. Ao fundo, revistas com paisagens. Fim da imagem.

Você pode desenhar o local escolhido de memória ou com base em referências, como fotos, imagens da internet, de revistas ou jornais.

Planeje como será o espaço reservado para escrever atrás de seu cartão-postal.

Faça a paisagem na frente e escreva sua mensagem no verso.

Troque o cartão com um colega.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  • Que tal ler os textos dos cartões e falar sobre suas imagens?

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Na atividade Invente um cartão-postal, os estudantes devem primeiro escolher que local da cidade onde moram querem apresentar. Lembre a eles a disposição da imagem e da escrita nos cartões que observou.

Uma câmera fotográfica ou um telefone celular podem servir para registrar diferentes pontos de vista de um mesmo local. As imagens das fotos podem ser passadas para o computador ou observadas na própria máquina ou no celular.

Fotos ou imagens de jornais, revistas ou da família nas localidades onde moram podem apoiar os estudantes na escolha do lugar. É importante planejar a diagramação do cartão-postal.

O texto do cartão-postal é um tipo de comunicação específica, porque o remetente é alguém que está viajando e escreve a outra pessoa para contar em palavras e ilustrar com a imagem do cartão aspectos da viagem. O destinatário, em geral, é alguém que ficou no lugar onde mora o viajante.

Se puder, peça aos estudantes que tragam para a sala de aula cartões-postais que seus familiares guardam em casa. Você também pode levar cartões que coletar para expandir o contato com vários modelos e ampliar o estudo desse gênero textual.

MP092

2. A paisagem sonora

Você já percebeu que os sons também fazem parte da paisagem?

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Observe a imagem a seguir e conte aos colegas os sons que você ouve indo para a escola ou voltando para casa.

Imagem: Ícone: Atividade escrita. Fim da imagem.

Ao nosso redor, diferentes tipos de som são gerados o tempo todo.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Conhecer diferentes fontes de som presentes na paisagem sonora e saber criar representações para elas.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

  • Para avaliar (EF15AR15), observe os registros dos estudantes ou fotografe a atividade e anote em seu diário como eles exploraram as diversas fontes sonoras ao imaginar e escutar sons.
  • Para avaliar (EF15AR16), consulte seus registros ou os livros dos estudantes e verifique como eles exploraram formas não convencionais de representação gráfica dos sons.
  • Objetos de conhecimento: Materialidades (Música) e Notação musical (Música).
  • Preencha os itens 3 e 4 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

    As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas com base em seus registros e na leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: Paisagem sonora; Reconhecimento de sons da rua e Representação dos sons.

  • Para avaliar alfabetização e literacia verifique se os estudantes desenvolveram o vocabulário com o termo paisagem sonora e compreenderam o texto analisando e avaliando conteúdos e elementos textuais na leitura do enunciado da atividade Os sons de sua escola.
  • Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 2 (3ª e 4ª semanas).

    Fim do complemento.

    Orientações didáticas

    Oriente os estudantes a fechar os olhos e prestar atenção aos sons à sua volta, tentando identificá-los.

    Depois, peça que comentem os diferentes sons que perceberam. Anotá-los na lousa pode facilitar a conversa. No cotidiano, muitas vezes ouvimos os sons que nos cercam de maneira desatenta, sem realmente prestar atenção. Nesta atividade, é importante trabalhar com os estudantes a diferença entre o ouvir desatento e o escutar com cuidado os diversos sons que compõem a paisagem sonora de um local. Por exemplo, pergunte se conseguiram identificar sons que parecem mais próximos ou mais distantes. Levante com eles as qualidades dos sons que permitiram identificar essas diferenças.

MP093

Boxe complementar:

Os sons de sua escola

Imagem: Ícone: Atividade em dupla. Fim da imagem.

Em dupla, escolham um lugar da escola para irem escutar com atenção os sons desse espaço. Trabalhem na tabela abaixo.

Imagem: Ícone: Atividade escrita. Fim da imagem.

  • Na primeira coluna, escrevam os diferentes tipos de som que perceberem.
  • Na segunda, representem cada som combinando diferentes tipos de linhas desenhadas a lápis: retas, curvas, pequenas, grandes, fortes, fracas...

    Tabela: equivalente textual a seguir.

    Sons

    Linhas representando os sons

    _____.

    PROFESSORRespostas de acordo com o local escolhido pelos alunos.

    _____.

    _____.

    _____.

    _____.

    _____.

    _____.

    _____.

    Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

  • Ao retornar à sala de aula, comparem suas anotações com as dos colegas e conversem.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Para sua leitura

  • SCHAFER, R. M. O ouvido pensante. 2. ed. São Paulo: Unesp, 2011.

    Compositor e autor canadense, Murray Schafer desenvolve nesse livro a noção de paisagem sonora ( soundscape ). Trata-se de dar relevância ao chamado ambiente sônico que nos envolve como fenômeno musical, ambiente cuja paleta é composta de sonoridades que vão do ruído estridente das metrópoles aos sons dos elementos primordiais – terra, fogo, água e ar. Dessa forma, abre-se um novo domínio compreensivo da música, que não deixa de dar lugar aos sons antigos já perdidos e ao silêncio dos lugares distantes e esquecidos.

    A proposta de Schafer é particularmente possível para o Brasil. Não se trata de uma proposta dirigida a estudantes especialmente dotados, mas a toda a população, independentemente de talento, faixa etária ou classe social. Além disso, Schafer preocupa-se em particular com os elementos mais simples, com as observações mais corriqueiras: De quantos modos diferentes se pode fazer soar uma folha de papel? Ou as cadeiras de uma sala de aula? Como sonorizar uma história de modo a torná-la reconhecível apenas pelos seus sons? Como construir uma estrutura sonora?

    Disponível em: http://fdnc.io/f5F. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Fim do complemento.

    Boxe complementar:

    Dica de vídeo

  • O filme Listen (“Escute”), de David New, de 2009, com duração de 6 minutos, apresenta as principais ideias do compositor M. Schafer. Se não entender inglês, peça a alguém que compreenda a língua para assistir com você. Disponível em: http://fdnc.io/f5G. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Fim do complemento.

    Na atividade Os sons de sua escola, oriente os estudantes a desenhar as diferentes linhas que eles associarem a cada som como simples registros, sem tentar criar símbolos para outras pessoas imaginarem a fonte sonora. Por exemplo: se anotarem latido na coluna de sons, na coluna desenho de sons farão anotações gráficas como pontos e linhas com diversas formas e intensidades, mas não desenharão um cão. Reproduza na lousa a tabela como referência para os estudantes realizarem a atividade.

    Na escolha do lugar em que vão escutar e registrar os sons, é importante que os estudantes selecionem locais onde percebam diferentes tipos de sons, para poderem anotar muitas fontes sonoras e criar para elas representações ou notações variadas.

    Os estudantes podem também gravar os sons de diferentes locais da escola e voltar a ouvi-los em sala de aula, propondo aos demais colegas que identifiquem suas origens e características.

MP094

O QUE EU APRENDI?

  1. Observar um edifício de diferentes pontos de vista nos dá uma ideia mais completa de sua arquitetura. Por quê?

    _____

    Resposta pessoal que se aproxime de: Porque podemos visualizar todas as faces do edifício e sua vista aérea, conhecendo-o por inteiro.

  1. Complete a frase:

    Em um cartão-postal, a paisagem de uma cidade representa _____.

    Resposta pessoal que se aproxime de: Um símbolo característico do lugar.

  1. Quem recebe um cartão-postal? Quais os motivos para seu envio?

    _____

    Resposta pessoal que se aproxime de: O cartão-postal é enviado a alguém que mora em outro local, cidade ou país por diversos motivos; por exemplo, como uma lembrança, uma manifestação de saudades de quem está distante ou uma forma de apresentar algo novo.

  1. Qual é a diferença entre a imagem da paisagem de um cartão-postal e a paisagem sonora?

    _____

    Resposta pessoal que se aproxime de: A paisagem do cartão-postal é um registro visual e a paisagem sonora é um conjunto de sons.

  1. Você reconheceu diferentes sons enquanto caminhava dentro de sua casa. Agora, escreva quatro dos sons que escutou.

    _____

    Resposta pessoal.

MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação processual do bimestre

As avaliações processuais realizadas ao término de cada unidade referem-se às oito semanas trabalhadas, duas a cada capítulo, elas colaboram com o acompanhamento das aprendizagens, melhorando os resultados da avaliação final do 5ᵒ ano.

Avaliação das competências trabalhadas no bimestre

A serem preenchidas na Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

Os itens de 1 a 8 referem-se às aprendizagens do papel de estudante no componente Arte. Consulte os apontamentos a cada capítulo.

O item 9 refere-se à aprendizagem das habilidades do bimestre, que podem ser registradas a cada capítulo.

Os itens 10, 11, 12 referem-se às competências trabalhadas no bimestre.

Para preenchê-los, reflita com base em seus registros que trazem a memória das atividades do bimestre:

  • No item 10, considere as Competências Gerais da BNCC 1 e 3.
  • No item 11, as Competências Específicas de Linguagens 1 e 3.
  • No item 12, as Competências Específicas de Arte 6, 8 e 9.

    Para avaliar as aprendizagens de Arte, consulte as respostas dos estudantes na seção O que eu aprendi?, relativa a cada capítulo, e preencha:

  • No item 13, as aprendizagens de Arte a cada capítulo do bimestre.
  • Nos itens 14, 15, 16 e 17 as aprendizagens de alfabetização e literacia, consulte seus registros e apontamentos ao longo dos capítulos.

    As habilidades destacadas neste bimestre são indicadas neste livro, a cada capítulo, por seu código ou numeração. As habilidades, para que sejam aprendidas, estão associadas aos objetos de conhecimento e às aprendizagens de Arte. A aprendizagem das habilidades leva ao desenvolvimento das Competências.

    As aprendizagens de Arte e os Objetos de conhecimento podem ser encontrados em sequência à descrição das habilidades destacadas para cada capítulo.

    As Habilidades, os Objetos de conhecimento, as Competências e as aprendizagens de Arte também podem ser consultados na íntegra no texto Orientações gerais do livro de Arte.

MP095

  1. Represente no espaço a seguir, por meio de um desenho, o som de uma panela de pressão.

    _____

    Resposta pessoal. O desenho do aluno deve tentar a representação do som de uma panela de pressão, não a imagem de uma panela.

    Tabela: equivalente textual a seguir.

Ficha de autoavaliação mensal

Respostas pessoais.

Sim

Não

Às vezes

Participo das aulas com interesse e gosto pelos trabalhos.

_____.

_____.

_____.

Peço ajuda aos professores e colegas quando preciso ou sou solicitado.

_____.

_____.

_____.

Participo das aulas falando, lendo e escrevendo sobre minhas ideias.

_____.

_____.

_____.

Comentários: _____.

Nestes dois capítulos do livro, o que mais gostei de aprender foi _____ porque _____.

Resposta pessoal.

MANUAL DO PROFESSOR

Atividades para retomada de conhecimentos

Analise os resultados para ter ciência do conhecimento dos estudantes e de suas dificuldades. Com base nisso, planeje intervenções específicas para retomar as questões (em pequenos grupos ou duplas, considerando a heterogeneidade dos saberes) e retome individualmente com os estudantes com dificuldade em um assunto ou em responder alguma das questões, a fim de proporcionar oportunidades de se manifestarem. Esta ação também propicia que, posteriormente, esses estudantes possam contribuir para conversas, atividades diversas e leituras de imagens.

  1. Um passeio para observar o prédio da escola pode auxiliar os estudantes que encontraram dificuldade em reconhecer que diferentes pontos de vista de um objeto oferecem uma visão mais completa dele.
  1. Criar alguns cartões-postais sobre a cidade pode auxiliar os estudantes que apresentarem dificuldade em identificar a fotografia de uma paisagem neste suporte como representativa de um símbolo característico do lugar.
  1. Pode-se propor a troca de cartões-postais entre diferentes classes caso alguns dos estudantes apresentem dificuldade em refletir sobre a função de um cartão-postal.
  1. Caso os estudantes tenham apresentado dificuldade em distinguir paisagem visual de paisagem sonora, proponha um jogo de adivinhação utilizando imagem e som.
  1. Uma roda de conversa em grupo pode ser interessante para que os estudantes com dificuldade de listar os sons identificados no ambiente doméstico se manifestem oralmente.
  1. Caso alguns estudantes demonstrem dificuldade em registrar os sons por meio de desenhos, proponha alguns exercícios em duplas.

    Ficha de autoavaliação mensal

    A autoavaliação é importante para que o aluno pense sobre seu processo de aprendizagem e, progressivamente, desenvolva seu papel de estudante. Consolida-se como mais uma situação de aprendizagem. Apoie os estudantes, se necessário, sem conduzir o que devem assinalar e escrever, pois, por vezes, eles precisam realizar a tarefa com sua ajuda para entender o que está sendo pedido ou para ler e escrever os comentários na ficha. Tente garantir o máximo de autonomia a eles nesse preenchimento.

MP096

3. Arte e comunidade

Muitos artistas contemporâneos criam trabalhos pensando a relação da arte com a comunidade .

A artista brasileira Mônica Nador levou seu trabalho de pintura às paredes da periferia da cidade de São Paulo, trabalhando com a comunidade local.

Observação:

Palavras destacadas no glossário: comunidade; periferia.

Fim da observação.

Beleza nos muros

Com máscaras de plástico e tinta, a artista plástica Mônica Nador transforma paredes sujas e tristes do Jardim Miriam, na zona sul de São Paulo, em alegres pinturas ao ar livre. Mais do que isso, ajuda a desnudar novas perspectivas a moradores do bairro da periferia.

“A periferia não precisa ser feia e suja.” A frase é da artista plástica paulista

Mônica Nador, 51 anos [...] “Comecei esse trabalho há muito tempo, pintando casas em diversos lugares. Já fui até ao México com essa proposta, mas achei que, estando fixa em um lugar, poderia contribuir de maneira mais intensa”, diz Mônica. [...]

Amanda Novaretti. Beleza nos muros : Projeto Generosidade 2006/2007. Revista Casa e Jardim .

Imagem: Fotografia de duas pessoas de costas, segurando papéis sobre uma parede. Nos papéis há desenhos vazados e ela estão imprimindo eles na parede.   Fim da imagem.

LEGENDA: À esquerda, integrante do Jamac pinta mural, ao lado da artista, na 27ª Bienal de São Paulo (SP). Foto de 2006. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Conhecer a ação de uma artista que criou um espaço dedicado à arte para a comunidade da periferia da cidade de São Paulo. Pensar como levar arte à comunidade e aprender a pintar com estêncil.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

  • Para avaliar as habilidades (EF15AR01) e (EF15AR07), registre em vídeo ou fotografe as atividades e anote em seu diário como os estudantes apreciaram as formas de arte apresentadas e como expandiram sua concepção de artista.
  • Objetos de conhecimento: Contextos e práticas (Artes visuais) e Sistemas da linguagem (Artes visuais).
  • Preencha os itens 5 e 6 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

    As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas a partir dos seus registros e na leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: A arte da artista Monica Nador; Arte e comunidade e Estêncil.

  • Para avaliar alfabetização e literacia verifique se os estudantes desenvolveram o vocabulário com a palavra estêncil e recontaram com propriedade o texto Beleza nos muros, lido pelo professor.
  • Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 3 (5ª e 6ª semanas).

    Fim do complemento.

    Orientações didáticas

    As práticas artísticas realizadas no espaço público em situações comunitárias, orientadas pela artista, assumem o caráter de intervenção urbana e planejamento visual de formas e ritmos produzidos por pintura com estêncil. Pela leitura coletiva do texto da reportagem, os estudantes aprenderão sobre arte de rua, participação social, arte e comunidade e a possibilidade de melhorar a qualidade estética do entorno das periferias das grandes cidades.

    Com base na leitura coletiva do texto e na imagem da reportagem Beleza nos muros, do Livro do Estudante, pergunte e discuta:

  • Como a arte está presente no espaço em que vivem?
  • Como a comunidade em que vivem participa e usufrui da arte?
  • Qual é a sua crítica aos modos de produção e circulação da arte na sociedade?
  • Qual é o papel da artista Mônica Nador na promoção do acesso à arte?

    (Respostas pessoais.)

MP097

Observe como o trabalho de Mônica Nador com a comunidade modifica a paisagem do entorno.

LEGENDA: Vista aérea do projeto Paredes Pinturas, do Jamac, da artista Mônica Nador, no Jardim Santo André, em São Paulo (SP). Foto de 2009. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Fachada de casa do projeto Paredes Pinturas, do Jamac, da artista Mônica Nador, no Jardim Santo André, em São Paulo (SP). Foto de 2009. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

MANUAL DO PROFESSOR

A artista Mônica Nador foi além dos espaços tradicionalmente dedicados à arte levando suas propostas de criação às comunidades da periferia de São Paulo. Ela fundou o Jardim Miriam Arte Clube (Jamac), associação na qual os moradores do bairro realizam atividades criativas, como criar com estênceis-padrão nas paredes de suas casas. O clube é um centro de convivência e artes e também forma arte-educadores para ensinar na periferia.

Suas ações de revitalização do espaço urbano possibilitam aos participantes das oficinas transformar a paisagem da região onde moram e elevar sua autoestima.

Peça aos estudantes que procurem, na foto que mostra uma vista mais abrangente do Jardim Santo André, a mesma casa pintada de azul que aparece na foto com o gato em destaque. A casa está localizada na foto por um círculo e uma seta.

Após ler para os estudantes o texto Beleza nos muros, proponha que se reúnam em grupos e combinem como recontar juntos essa informação para alguém que não tenha lido o texto. Procure gravar em áudio ou vídeo a atividade para que os estudantes possam rever e avaliar como podem aperfeiçoar-se neste tipo de performance .

Boxe complementar:

Para sua informação

O projeto Paredes Pinturas é desenvolvido por Mônica Nador desde 1996, quando a artista abandonou gradualmente a pintura em suportes tradicionais para dedicar-se à realização de grandes pinturas em paredes de casas e muros na periferia, envolvendo a comunidade local nessa atividade. A versatilidade da técnica do estêncil permite que, além dos muros, tecidos que dão origem a panos de prato e camisetas, por exemplo, sejam executados.

O Jamac, fundado em 2003, nasceu como uma continuidade da pesquisa de Mônica, respondendo à necessidade de fazer com que o Paredes Pinturas adquirisse autonomia. [...].

ASSUNÇÃO, Thais. O Jamac hoje. Disponível em: http://fdnc.io/f5H. Acesso em: 17 set. 2020.

Fim do complemento.

Converse com a turma sobre as imagens das escolas apresentadas no Livro do Estudante e pergunte o que acham de fazer algo assim em sua escola, usando a técnica da pintura com estêncil.

Boxe complementar:

Dica de vídeo e site

  • Jardim Miriam Arte Clube. Disponível em: http://fdnc.io/f5J. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Fim do complemento.

MP098

Será que um trabalho como o de Mônica Nador poderia ser feito no muro ou nas paredes do pátio de sua escola?

Conheça o resultado de algumas propostas realizadas por alunos e seus parentes em espaços escolares ou comunitários.

LEGENDA: Pinturas feitas por alunos com estênceis . Projeto Paredes Pinturas, do Jamac, na Escola Estadual Leonor Quadros, no Jardim Miriam, em São Paulo (SP). Foto de 2008. FIM DA LEGENDA.

Observação:

Palavra destacada no glossário: estênceis.

Fim da observação.

LEGENDA: Muro do Projeto Guri, grafitado pelos alunos. Foto de 2011. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Conversem com o professor a respeito do lugar onde vocês gostariam de aplicar os desenhos que irão criar com estêncil.

Se for possível a aplicação, façam um planejamento: Como eles serão aplicados? Que cores vão usar no trabalho?

Vocês podem planejar juntos desenhando suas ideias em uma folha de papel grande.

Mãos à obra!

LEGENDA: Ao pintar, é importante tomar cuidado para não respingar tinta nas roupas e no chão. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Na leitura das imagens com os estudantes, peça a eles que observem como o trabalho com estêncil do Jamac, na Escola Estadual Leonor Quadros, tem uma presença forte no corredor, mesmo ocupando apenas a pequena área das colunas. É uma referência interessante para pensarem em alternativas diferentes de locais onde podem apresentar seus trabalhos. Comente com os estudantes que a grafitagem feita no muro do Projeto Guri é realizada com máscaras e que o processo é semelhante ao da pintura com estêncil.

Se possível, procure organizar com os estudantes visitas a espaços de sua comunidade que tenham sido trabalhados com alguma proposta de arte, como as das imagens de escolas.

Boxe complementar:

Para sua leitura

Como referências de trabalhos com estêncil, leia, consulte e compartilhe com os estudantes algumas das imagens do livro:

  • Mônica Nador. Disponível em: http://fdnc.io/f5K. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Fim do complemento.

MP099

Boxe complementar:

Como fazer um estêncil?

Imagem: Ícone: Atividade em grupo. Fim da imagem.

Reúna-se com quatro colegas para criarem pinturas usando a técnica do estêncil. Façam o estêncil seguindo as instruções.

Faça um desenho simples, com apenas um contorno e sem buracos no meio, como no exemplo acima.

Copie o desenho em um acetato (pode ser uma chapa de radiografia) ou em uma folha plástica.

Com a tesoura, corte a chapa, seguindo os contornos do desenho, transformando-a em molde vazado.

Passe tinta sobre o estêncil usando um pincel, um pedaço de espuma ou um rolinho de pintura.

Faça várias cópias de seu desenho, alterando ou não as cores.

Quando a primeira aplicação de tinta secar, você poderá repetir o processo e sobrepor outra cor.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Procure espaços coletivos da escola ou da comunidade que possam ser trabalhados pelos estudantes nessa atividade. Converse com os responsáveis por esses espaços sobre os projetos dos estudantes, apresentando suas ideias e propondo o trabalho como uma forma de tornar a arte presente em sua comunidade.

Para que comecem a pensar no trabalho mural, oriente os estudantes a medir o espaço disponível nas paredes em que vão trabalhar. Nesse momento, é possível estabelecer relações com a Matemática, referência importante para poderem estudar como vão distribuir as pinturas com estêncil. Peça a eles que, antes de trabalhar nas paredes, façam estudos de como vão dispor nelas as imagens que criaram.

Atividade para o professor

Na realização da atividade Como fazer um estêncil?, recomendamos experimentar fazer um trabalho em estêncil antes de propor a atividade aos estudantes.

Sugerimos também que você use uma tesoura com pontas – objeto que não faz parte do material escolar da série à qual se destina o livro – para auxiliar os estudantes no momento inicial do trabalho de cortar o acetato. Essa ajuda pode ser necessária para perfurar pontos no meio da chapa. Cada desenho poderá ser repetido muitas vezes em uma parede ou sobre um papel grande, afixado à parede.

MP100

4. Arte nas ruas

Diversos artistas trabalham em lugares como ateliês e estúdios; outros preferem trabalhar nos espaços públicos da cidade.

Há músicos, dançarinos, atores e desenhistas que apresentam seus trabalhos em ruas, praças ou parques. Observe alguns nas imagens a seguir.

LEGENDA: Show no Vale do Anhangabaú comemora o aniversário da cidade de São Paulo, em São Paulo (SP). Foto de 2018. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Cia. Artesãos do Corpo em dois momentos da apresentação de dança-teatro Senhor Calvino, em São Paulo (SP). Fotos de 2019. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Objetivos do capítulo

Conhecer artistas que realizam e mostram seus trabalhos nos espaços públicos da cidade e desenhar pensando em uma grafitagem. Refletir sobre a relação entre a cidade e as esculturas de um artista representativo do Barroco brasileiro.

Fim do complemento.

Boxe complementar:

Habilidades destacadas

  • Para avaliar (EF15AR01) e (EF15AR07), registre as atividades em fotos ou vídeo e anote em seu diário como os estudantes apreciaram as diversas formas de arte e expandiram sua concepção sobre a arte de rua.
  • Para avaliar (EF15AR21), fotografe, grave em vídeo ou anote em seu diário a cena teatral criada para verificar como os estudantes exercitaram a imitação e o faz de conta ao criar a cena, ressignificando as esculturas.
  • Para avaliar (EF15AR25), consulte seu registro ou gravação em vídeo da atividade e anote em seu caderno como estabeleceram relações entre as linguagens visual e teatral e como atribuíram valor a esse patrimônio.
  • Objetos de conhecimento: Contextos e práticas (Artes visuais); Sistemas da linguagem (Artes visuais); Processos de criação (Teatro) e Patrimônio cultural (Artes integradas).
  • Preencha os itens 7 e 8 da Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

    As habilidades acima estão relacionadas às seguintes aprendizagens de Arte, que podem ser avaliadas com base em seus registros e na leitura da seção O que eu aprendi? do Livro do Estudante: Teatro ao ar livre; Esculturas de Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho; e Arte e cidade.

  • Para avaliar alfabetização e literacia verifique se os estudantes desenvolveram a fluência oral na conversa sobre as esculturas do artista Aleijadinho e se desenvolveram o vocabulário com o termo pedra-sabão.
  • Preencha a Ficha de avaliação processual bimestral do professor do capítulo 4 (7ª e 8ª semanas).

    Fim do complemento.

    Orientações didáticas

    Na conversa com os estudantes a respeito das diversas linguagens artísticas que podem ser apreciadas nas ruas, destaque o caráter transitório das apresentações associadas à Música, à Dança e ao Teatro. O grafite é diferente por ter uma permanência maior, pois continua a ser visto mesmo depois que o artista termina o trabalho. Ao apresentar seus trabalhos em espaços públicos, os artistas levam arte a um público que não frequenta exposições. É uma forma de ampliar o acesso à arte e também de divulgar suas propostas.

MP101

LEGENDA: Dois momentos da peça de teatro Navegar, do Grupo Esparrama, encenada ao ar livre no Minhocão (Elevado Presidente João Goulart), São Paulo (SP). Fotos de 2018. FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

MANUAL DO PROFESSOR

Boxe complementar:

Dica de site

  • Conheça o site do grupo de dança Cia. Artesãos do Corpo. Disponível em: http://fdnc.io/f5L. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Dica de vídeo

  • Esparrama na Janela transforma viaduto em teatro no centro de São Paulo, por Fernanda Carpegiani. Disponível em: http://fdnc.io/f5M. Acesso em: 28 jun. 2021.

    No meio do viaduto, tinha uma janela. E nessa janela acontecia uma peça de teatro. As pessoas paravam e sentavam na rua (fechada para carros, claro) para assistir ao espetáculo. Assim, o viaduto se transformava em plateia, a janela era o palco e a cidade virava arte. Parece conto de fadas, mas é real. Estamos falando do projeto Esparrama na Janela, do coletivo de teatro Grupo Esparrama. O espetáculo infantil (mas que também agrada os adultos) acontece no Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, no centro de São Paulo. Fui assistir a uma das apresentações do projeto em 2017 e aproveitei para conversar com um dos integrantes do grupo. O resultado foi um vídeo sobre a experiência, participação especial do Felipe, meu irmão-formiga!

    Disponível em: http://fdnc.io/f5N. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Fim do complemento.

    Boxe complementar:

    Para sua leitura

  • Grupo Esparrama: cinco anos de diálogo com a cidade. Disponível em: http://fdnc.io/f5P. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Fim do complemento.

MP102

A arte também está presente nas ruas das cidades por meio das esculturas e da arquitetura.

O escultor brasileiro Antônio Francisco Lisboa foi mais conhecido por seu apelido, Aleijadinho. Na época em que viveu, as igrejas estavam entre as construções mais importantes das cidades, locais onde toda a comunidade se reunia.

Suas obras mais famosas encontram-se no Santuário Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, Minas Gerais. As esculturas ficam do lado de fora da igreja e podem ser avistadas de toda a cidade!

São consideradas Patrimônio da Humanidade, título conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a locais ou manifestações culturais muito importantes para todos os povos do mundo, heranças que precisam ser preservadas. Essa classificação contribui para garantir a atenção e os recursos necessários à sua conservação.

LEGENDA: Conjunto de obras de Antônio Francisco Lisboa, no Santuário Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo (MG). Foto de 2019. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Da esquerda para a direita, fotos das esculturas dos profetas Isaías e Baruc, 1800-1805. Antônio Francisco Lisboa. Esculturas em pedra-sabão, altura: cerca de 1,40 m. Santuário Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo (MG). Fotos de 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Por falta de registros exatos, existem muitas polêmicas em relação à biografia de Aleijadinho.

Há exageros, mitos e mesmo os detalhes de sua doença ainda são obscuros. Filho de um português com uma escrava, Antônio Francisco Lisboa aprendeu seu ofício e arte com o pai, um arquiteto. Ganhou o apelido de Aleijadinho após contrair uma doença grave, que atacou e deformou seus dedos dos pés e das mãos. Mesmo assim, não parou de trabalhar: seu ajudante o carregava nas costas para que pudesse continuar a talhar e a criar suas obras.

A fundação do santuário de Bom Jesus de Matosinhos é atribuída ao português Feliciano Mendes, que prometeu, caso ficasse curado de uma grave enfermidade, construir um templo a Bom Jesus, como o que havia em Braga, Portugal, sua terra natal. No santuário de Bom Jesus do Monte, em Braga, também há esculturas dos profetas do lado de fora do prédio da igreja.

Se tiver oportunidade, pesquise imagens na internet para mostrar o templo de Braga e suas esculturas aos estudantes e compará-las às realizadas por Aleijadinho.

Boxe complementar:

Dica de site

  • Para mais informações sobre Aleijadinho, visite o site criado pelo Museu de Ciências da USP na internet. Ele possibilita uma visita virtual em 3D aos 12 profetas de Aleijadinho. Disponível em: http://fdnc.io/f5Q. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Fim do complemento.

    As obras de Aleijadinho foram consideradas pelos modernistas símbolos da vitalidade da arte brasileira.

    [...] O Aleijadinho deixou gravado através do buril, do cinzel e da ressonância de suas marteladas que, para o homem com determinação, vontade e um grande espírito de luta, não existem obstáculos. Francisco Lisboa morreu pobre, em novembro de 1814, mas até hoje suas obras estão vivas, testemunhando o passado, fazendo o presente e acolhendo o futuro.

    Durante muitos anos, seu trabalho ficou esquecido. No início do século XX, os modernistas, um grupo de artistas com ideais nacionalistas, redescobriram e valorizaram sua obra, e Antônio Francisco Lisboa foi considerado, então, o maior representante de nossa arte barroca [...].

    BRAGA, Angela; REGO, Lígia. Antônio Francisco Lisboa : o Aleijadinho . São Paulo: Moderna, 1999. p. 31.

MP103

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

Observe as imagens das esculturas de Antônio Francisco Lisboa. Escolha uma delas e procure ficar um pouco na mesma posição.

Agora, vamos conversar a respeito dessas esculturas.

Profeta Joel.

Profeta Habacuc.

Profeta Daniel.

Profeta Ezequiel.

Profeta Abdias.

Profeta Oseias.

LEGENDA: Profetas, 1800-1805. Antônio Francisco Lisboa. Esculturas em pedra-sabão, altura: cerca de 1,40 m. Santuário Bom Jesus de Matosinhos (MG). Fotos de 2013. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Após a atividade oral de leitura das imagens, solicite uma leitura corporal, na qual cada um pode escolher um profeta para mostrar sua postura. A seguir, peça aos estudantes que montem uma cena teatral em que eles serão esculturas de figuras humanas, diferentes das estudadas: iniciarão parados, mas logo depois vão começar a se mover e a interagir uns com os outros. Pergunte quem escolheram ser e onde se colocariam para que mais pessoas pudessem visualizá-los.

Depois, leia para os estudantes o texto a seguir e discuta com eles o que é patrimônio.

O patrimônio é o legado que recebemos do passado, vivemos no presente e transmitimos às futuras gerações. Nosso patrimônio cultural e natural é fonte insubstituível de vida e inspiração, nossa pedra de toque, nosso ponto de referência, nossa identidade.

[...] Os países reconhecem que os sítios localizados em seu território nacional e inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, sem prejuízo da soberania ou da propriedade nacionais, constituem um patrimônio universal “com cuja proteção a comunidade internacional inteira tem o dever de cooperar”. [...]

Disponível em: http://fdnc.io/f5R. Acesso em: 28 jun. 2021.

Atividade complementar

Esculpir em sabão

Proponha aos estudantes que criem em grupo pequenas esculturas. Cada equipe de cinco ou seis estudantes pode eleger um tema. Os resultados podem ser montados em um cenário adequado, planejado e construído em grupo.

Os estudantes podem esculpir em barras de sabão de lavar roupa, usando as pontas de canetas esferográficas cuja carga já tenha acabado. A seleção do material permite a criação de peças de cores variadas.

É importante ressaltar que as pedras de sabão não são o material pedra-sabão usado por Aleijadinho. Se possível, leve à sala de aula um objeto de pedra-sabão, para que os estudantes conheçam as características do material.

Carlos Drummond de Andrade escreveu sobre os profetas de Aleijadinho:

[...] “Aí onde os pôs a mão genial de Antônio Francisco Lisboa, em perfeita comunhão com o adro, o santuário, a paisagem toda – magníficos, terríveis, graves e ternos – eles falam de coisas do mundo que, na linguagem das escrituras, se vão transformando em símbolo”. A essas considerações, Drummond acrescenta: “Na sua intemporalidade, são sempre atuais os profetas. Em qualquer tempo, em qualquer situação da história, há que recolher-lhe a lição” [...].

ZANINI, Walter (Coord.). História Geral da Arte no Brasil . São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles e Fundação Djalma Guimarães, 1983, v. 1. p. 236.

MP104

O chileno Jorge Selarón, pintor e ceramista autodidata, viveu na cidade do Rio de Janeiro entre 1983 e 2013.

Ele revestiu com azulejos a escadaria do convento de Santa Teresa. Observe as cores e as formas que usou e repare como se relacionam com as edificações e a paisagem.

LEGENDA: Escadaria Selarón também é o nome dado à Escadaria do Convento de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, após ter sido coberta de azulejos pelo artista chileno Selarón. Fotos de 2011 (ao lado) e 2010 (abaixo). FIM DA LEGENDA.

A intervenção artística de Selarón no espaço urbano criou uma nova atração turística para a cidade e contribuiu para torná-la mais interessante para todos!

MANUAL DO PROFESSOR

As questões a seguir podem auxiliar na atividade de leitura das imagens da escadaria de Selarón. Pergunte aos estudantes:

  • Vocês acham que é fácil subir essa escada com uma bicicleta?
  • Vocês repararam na diferença entre o muro à esquerda e o restante da escada? Gostariam que o muro também fosse revestido de azulejos?
  • Qual lugar da região onde moram vocês escolheriam para receber azulejos assim? Vocês gostariam de ajudar a colocá-los?

    (Respostas pessoais.)

    Se tiver tempo de aula disponível, pesquise com os estudantes na internet outras imagens dessa escadaria e promova sua leitura.

    Boxe complementar:

    Para sua informação

    A escadaria do Rio de Janeiro que Jorge Selarón (1947-2013) cobriu de azulejos foi tombada em 2005 pela prefeitura da cidade, e o artista chileno recebeu o título de cidadão honorário do Rio de Janeiro por sua dedicação e pela repercussão de seu trabalho.

    Fim do complemento.

    Boxe complementar:

    Dica de site e vídeos

  • Conheça o projeto Arte Urbana na Escola, do Instituto Choque Cultural. Disponível em: http://fdnc.io/f5S. Acesso em: 28 jun. 2021.
  • Assista com os estudantes ao vídeo Escola é cidade & A cidade é escola, para conhecer a proposta de trabalho com arte urbana na escola, promovida pelo Instituto Choque Cultural. Disponível em: http://fdnc.io/f5T. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Fim do complemento.

MP105

Escrever nos muros e espaços das cidades é algo que as pessoas fazem há muito tempo. Suas intenções variam desde a propaganda até o protesto político.

A palavra grafite é usada desde a década de 1970 para nomear palavras e desenhos mais elaborados, que começaram a tomar paredes e muros nas ruas das grandes cidades.

O artista americano Keith Haring começou a fazer seus trabalhos em espaços públicos grafitando no metrô de Nova York na primeira metade da década de 1980.

LEGENDA: Sem título, 1982. Keith Haring. Grafite, sem dimensões. Muro entre as ruas Houston e Bowery, em Nova York, Estados Unidos. FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Keith Haring grafitando no metrô de Nova York, Estados Unidos. Foto de 1985. FIM DA LEGENDA.

A grafitagem no espaço urbano desperta discussões. Há quem considere inadequado fazer arte sem autorização em espaços públicos e privados. Outros a apreciam como uma maneira de levar arte aos habitantes da cidade. Existem por pouco tempo. Atualmente, trabalhos de grafiteiros são exibidos também em museus e galerias.

Observe as imagens dos grafites de Mauro Neri e Alexandre Orion.

LEGENDA: Grafite no Instituto Choque Cultural Projeto Arte Urbana na Escola, 2013. Mauro Neri. Tinta spray sobre muro, sem dimensões. Jardim Paulista, São Paulo (SP). FIM DA LEGENDA.

LEGENDA: Apreensão, 2014. Alexandre Orion. Poluição e base acrílica incolor, 15 x 32 m. Grafite em São Paulo (SP). FIM DA LEGENDA.

Imagem: Ícone: Atividade oral. Fim da imagem.

MANUAL DO PROFESSOR

Leia o texto do Livro do Estudante com a classe, introduzindo o tema do grafite como prática artística que ocorre no espaço urbano. Em 1968, movimentos estudantis usaram esse meio para se expressar, divulgando nos muros de cidades do mundo todo imagens, palavras e frases de ordem política e social.

Essa prática de transgressão que marca os espaços da cidade costuma ser criticada por quem a considera um desrespeito à propriedade alheia, mas também é admirada pelos que apreciam seu caráter estético e poético. Esses trabalhos são vistos por um grande público, propiciando a discussão de temas fundamentais para a transformação da vida na cidade, como a preservação do meio ambiente e o uso inteligente dos recursos da cidade.

Apreciar o trabalho de grafiteiros com os estudantes pode ser uma forma interessante de abordar e discutir temas relacionados à qualidade de vida e ao acesso à arte nas cidades. Faça com os estudantes uma leitura em grupo do texto e das imagens de grafites do livro deles e deixe que troquem ideias sobre cada um dos trabalhos. Com base nessa conversa, informe-os sobre cada artista, fazendo a transposição didática das informações disponíveis nesse capítulo.

As intervenções dos dois grafiteiros brasileiros foram promovidas de maneira integrada à comunidade escolar como parte do projeto Arte Urbana na Escola, promovido pelo Instituto Choque Cultural. Lembre aos estudantes que eles já apreciaram outra obra de Mauro Neri (1981) na abertura desta unidade e comente que alguns elementos se repetem nas duas obras do artista, pedindo que revejam a imagem da abertura. O grafiteiro Orion (1978) usou a poluição da cidade como pigmento da tinta que produziu para fazer sua pintura na escola do bairro Grajaú, em uma região mais periférica da cidade de São Paulo.

Boxe complementar:

Para sua informação

Keith Haring (1958-1990) foi um artista plástico norte-americano que procurou tornar a sua arte pública, expondo seus trabalhos em locais como ruas, estações de metrô e camisetas. Em seus desenhos e pinturas, destacam-se as cores e as linhas de contornos fortes das personagens que criou.

Fim do complemento.

MP106

Os grafiteiros utilizam diversos materiais para criar seus trabalhos, sendo que o preferido é tinta spray. Outros recursos comuns são pincel, carvão e giz.

A artista húngara Edina Tokodi resolveu fazer grafite com um material bem diferente: em lugar de tinta, ela usa musgo !

Observação:

Palavras destacadas no glossário: musgo.

Fim da observação.

Seu trabalho pode ser chamado de grafite ecológico porque a artista escolheu criar suas obras com materiais naturais biodegradáveis, que não agridem o meio ambiente.

LEGENDA: Grafite ecológico, feito com musgo, de Edina Tokodi. Foto de 2007. FIM DA LEGENDA.

Os grafiteiros paulistanos Leonardo Delafuente e Anderson Augusto escolheram o chão como suporte para seus trabalhos, convidando quem passa pelas ruas a olhar para baixo. Observe as imagens de algumas obras feitas ao redor de bueiros.

Imagem: Fotografia. Um bueiro e em volta, desenhos de uma torradeira jogando torradas.  Fotografia. Um bueiro redondo com o desenho de um peixe em cima. Fotografia. Mulher andando sobre um bueiro redondo o desenho de uma tartaruga.  Fotografia. Dois bueiros com o desenho de rostos. À esquerda, rosto com chapéu de mago, segurando uma varinha. À direita, rosto com os olhos arregalados e a língua para fora. Fotografia. Bueiro com formato de cabeça de rato azul e com uma fatia de queijo na frente.  Fim da imagem.

LEGENDA: Imagens de grafites do Projeto 6emeia, dos artistas Leonardo Delafuente e Anderson Augusto. Fotos de 2017. FIM DA LEGENDA.

MANUAL DO PROFESSOR

Discuta com os estudantes sobre os projetos do grupo 6emeia de pintura em bueiros das ruas da cidade de São Paulo.

Os artistas dão uma solução estética bem-humorada a suas pinturas, orientando os transeuntes “distraídos” das ruas da cidade. Em sua proposta, há uma transformação da imagem dos bueiros, simples locais de absorção do excesso de águas das chuvas, que permite que os percebamos como algo que pode ser divertido. Nesse sentido, seu trabalho abre uma nova perspectiva do olhar, voltado aos equipamentos funcionais necessários ao planejamento da circulação da água das chuvas, valorizando sua função e proporcionando uma perspectiva crítica bem-humorada que renova o olhar dos habitantes das cidades.

Pode-se também iniciar uma conversa sobre locais do espaço urbano que poderiam ser usados para fazer grafite e que não foram usados pelos artistas estudados no livro.

Boxe complementar:

Dica de sites

  • Visite a galeria virtual do grupo 6emeia. Disponível em: http://fdnc.io/f5U. Acesso em: 28 jun. 2021.
  • Saiba como fazer grafite com musgo lendo A utilização do grafite de musgo na valorização da paisagem urbana, de Gabriel J. B. de Souza e Jamil M. Pereira. Disponível em: http://fdnc.io/f5V. Acesso em: 28 jun. 2021.

    Fim do complemento.

    Atividade complementar

    Stickers

    Pesquise na internet e apresente aos estudantes imagens de stickers, adesivos que costumam ser usados em pequenas intervenções no espaço urbano (por exemplo, investigue o trabalho do Grupo Arac). Proponha que criem seus próprios trabalhos com propostas poéticas ou questionadoras, definidas conforme a intenção de cada um deles. Podem recortar e colar papéis com suas criações ou trabalhar sobre etiquetas autocolantes em branco. Promova uma conversa com todos, para que comentem os propósitos de seus adesivos, antes de colá-los em um mural coletivo na sala de aula.

MP107

Boxe complementar:

Vamos grafitar!

Desenhe algum lugar da rua onde você mora e invente uma grafitagem especial para ele!

_____

PROFESSOR Resposta pessoal.

Fim do complemento.

MANUAL DO PROFESSOR

Pergunte aos estudantes se já viram muros grafitados na região onde moram, em programas de TV ou em filmes. Levante uma polêmica sobre o que acham do fato de os artistas se apropriarem dos espaços urbanos para fazer sua arte. Discuta com os estudantes:

  • A arte feita no espaço público, acessível a um número grande de pessoas, pode colaborar no combate à poluição visual do meio urbano?
  • Trabalhos artísticos podem contribuir para que a cidade seja mais agradável visualmente? (Respostas pessoais.)

    Atividade complementar

    Arte e meio ambiente

    O trabalho da artista húngara Edina Tokodi pode orientar uma discussão sobre arte e meio ambiente, já que ela usa musgo em vez de produtos industrializados para fazer seus grafites e a temática de suas imagens no Livro do Estudante remete aos animais. Peça que observem as imagens das obras de Edina Tokodi e pergunte:

  • Quais bichos vocês reconhecem na imagem?
  • Como vocês imaginam que a artista fez suas figuras de musgo?
  • Esse trabalho é feito com materiais naturais e por isso se chama ecoarte ou bioarte. Você entende que a arte pode ajudar a preservar o meio ambiente? Como?
  • Quais materiais você usaria e qual tema escolheria para fazer um trabalho de ecoarte ou de bioarte?

    (Respostas pessoais.)

    Peça aos estudantes que escrevam um texto de meia página a respeito do tema arte e meio ambiente.

    No início da atividade Vamos grafitar!, oriente os estudantes a pensar qual será o propósito de seu projeto e qual será sua contribuição para o lugar onde vivem.

    Após finalizarem, socialize os resultados organizando um momento de apresentação dos trabalhos feitos pelos estudantes.

MP108

O QUE EU APRENDI?

  1. Por que a arte da artista Mônica Nador traz melhorias para os locais onde ela mora?

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Resposta reflexiva que se aproxime de: O lugar fica mais bonito, os moradores colaboram e participam fazendo arte, todos valorizam mais o local, entre outras possibilidades. Fim da observação.
  1. Você foi convidado para pintar a porta de uma casa do bairro. Desenhe seu projeto para realizar uma pintura com estêncil.

    _____

    Resposta pessoal. Desenho livre.

  1. Feito seu projeto para pintar a porta, de que materiais você precisa para pintá-la com estêncil?

    _____

    PROFESSOR Atenção professor: Resposta relacionada à listagem de alguns dos materiais usados na atividade Como fazer um estêncil?: acetato, chapa de radiografia ou folha plástica, lápis e papel, tesoura, pincel ou rolinho de espuma e tinta. Fim da observação.
  1. Marque as duas respostas que completam corretamente a frase a seguir.

    O ator que faz teatro ao ar livre pode:

    ( ) mudar o lugar onde realiza suas cenas.

    ( ) fazer sua arte sendo remunerado por ela.

    ( ) convidar o público para entrar no teatro.

    PROFESSOR Resposta: mudar o lugar onde realiza suas cenas; fazer sua arte sendo remunerado por ela.
MANUAL DO PROFESSOR

Avaliação processual do bimestre

As avaliações processuais realizadas ao término de cada unidade referem-se às oito semanas trabalhadas, duas a cada capítulo, elas colaboram com o acompanhamento das aprendizagens, melhorando os resultados da avaliação final do 5ᵒ ano.

Avaliação das competências trabalhadas no bimestre

A serem preenchidas na Ficha de avaliação processual bimestral do professor.

Os itens de 1 a 8 referem-se às aprendizagens do papel de estudante no componente Arte. Consulte os apontamentos a cada capítulo.

O item 9 refere-se à aprendizagem das habilidades do bimestre, que podem ser registradas a cada capítulo.

Os itens 10, 11, 12 referem-se às competências trabalhadas no bimestre. Para preenchê-los, reflita com base em seus registros que trazem a memória das atividades do bimestre.

  • No item 10, considere as Competências Gerais da BNCC 1 e 3.
  • No item 11, as Competências Específicas de Linguagens 1 e 3.
  • No item 12, as Competências Específicas de Arte 6, 8 e 9.

    Para avaliar as aprendizagens de Arte, consulte as respostas dos estudantes na seção O que eu aprendi?, relativa a cada capítulo, e preencha:

  • No item 13, as aprendizagens de Arte a cada capítulo do bimestre.
  • Nos itens 14, 15, 16 e 17 as aprendizagens de alfabetização e literacia, consulte seus registros e apontamentos ao longo dos capítulos.

    As habilidades destacadas neste bimestre são indicadas neste livro, a cada capítulo, por seu código ou numeração. As habilidades, para que sejam aprendidas, estão associadas aos Objetos de conhecimento e às aprendizagens de Arte. A aprendizagem das habilidades leva ao desenvolvimento das Competências.

    As aprendizagens de Arte e os Objetos de conhecimento podem ser encontrados em sequência à descrição das habilidades destacadas para cada capítulo.

    As Habilidades, os Objetos de conhecimento, as Competências e as aprendizagens de Arte também podem ser consultados na íntegra no texto Orientações gerais do livro de Arte.

MP109

  1. As esculturas dos profetas criadas por Antônio Francisco Lisboa, artista brasileiro conhecido como Aleijadinho, ficam no estado de:

    ( ) Sergipe.

    ( ) Minas Gerais.

    ( ) São Paulo.

    PROFESSOR Resposta: Minas Gerais.
  1. Imagine que você foi convidado para pintar uma escadaria de rua em sua cidade. Desenhe no espaço a seguir seu projeto.

    Resposta pessoal.

    • Após desenhar seu projeto, responda: Quais cores escolheu? Por quê?

      Resposta pessoal. A justificativa da escolha das cores deve guardar coerência com os argumentos.

      Tabela: equivalente textual a seguir.

Ficha de autoavaliação mensal

Respostas pessoais.

Sim

Não

Às vezes

Participo das aulas com interesse e gosto pelos trabalhos.

_____.

_____.

_____.

Peço ajuda aos professores e colegas quando preciso ou sou solicitado.

_____.

_____.

_____.

Participo das aulas falando, lendo e escrevendo sobre minhas ideias.

_____.

_____.

_____.

Comentários: _____.

Nestes dois capítulos do livro, o que mais gostei de aprender foi _____ porque _____.

Resposta pessoal.

MANUAL DO PROFESSOR

Atividades para retomada de conhecimentos

Analise os resultados para ter ciência do conhecimento dos estudantes e de suas dificuldades. Com base nisso, planeje intervenções específicas para retomar as questões (em pequenos grupos ou duplas, considerando a heterogeneidade dos saberes) e retome individualmente com os estudantes com dificuldade em um assunto ou em responder alguma das questões, a fim de proporcionar oportunidades de se manifestarem. Esta ação também propicia que, posteriormente, esses estudantes possam contribuir para conversas, atividades diversas e leituras de imagens.

  1. Pesquisar uma entrevista em vídeo com a artista Mônica Nador e moradores do Jardim Miriam pode repertoriar os estudantes para comentar oralmente suas opiniões sobre estas expressões artísticas e ampliar seus conhecimentos sobre os assuntos caso tenham apresentado alguma dificuldade de compreensão do tema.
  1. Criar um novo projeto de pintura, por exemplo um para a fachada da escola, considerando a técnica do estêncil, pode auxiliar os estudantes que manifestaram dificuldade nesse conteúdo.
  1. Listar alguns materiais necessários para a produção desse projeto de pintura com estêncil para a fachada da escola pode ser um recurso interessante de retomar os conteúdos.
  1. Caso algum estudante apresente dificuldade em reconhecer aspectos que caracterizam a ação do ator de teatro ao ar livre, peça que retome esse conteúdo no Livro do Estudante.
  1. Caso os estudantes apresentem dificuldade em identificar a cidade onde se encontram as esculturas dos profetas, criadas por Aleijadinho, retome esse conteúdo no Livro do Estudante.
  1. Sugira a criação de um projeto para a pintura de uma escadaria em uma rua da cidade, caso alguns estudantes apresentem dificuldade com este conteúdo proponha uma roda de conversa para refletirem sobre isso.

    Ficha de autoavaliação mensal

    A autoavaliação é importante para que o aluno pense sobre seu processo de aprendizagem e, progressivamente, desenvolva seu papel de estudante. Consolida-se como mais uma situação de aprendizagem. Apoie os estudantes, se necessário, sem conduzir o que devem assinalar e escrever, pois, por vezes, eles precisam realizar a tarefa com sua ajuda para entender o que está sendo pedido ou para ler e escrever os comentários na ficha. Tente garantir o máximo de autonomia a eles nesse preenchimento.

MP110

Comentários para o professor:

Conclusão

Retome a Ficha de avaliação processual bimestral do professor relativa a esta unidade. Ela registra a avaliação formativa desenvolvida nas oito semanas do bimestre, ao longo da realização das atividades propostas a cada capítulo, e das avaliações processuais realizadas pelos estudantes a cada dois capítulos.

Lembramos que as Habilidades e as Competências destacadas para serem avaliadas neste bimestre são indicadas no início de cada capítulo do livro por seu código ou numeração e podem ser consultadas na íntegra no texto Orientações gerais do livro de Arte, no início deste Manual.

Procure identificar como os principais objetivos de aprendizagem previstos na unidade foram alcançados, considerando a progressão de cada estudante durante o período observado, individualmente e em relação ao grupo. Observe com cuidado suas reflexões de autoavaliação.

Nesta unidade, a avaliação do estudante e da turma se relaciona ao cumprimento dos objetivos de Arte a seguir.