Unidade 2 - O DIA A DIA DAS CRIANÇAS

Orientar na observação da imagem identificando os elementos que compõem a paisagem. No primeiro plano, crianças uniformizadas correndo no pátio da escola; no segundo, a construção onde se pode observar dois banheiros e uma área que parece ser destinada para refeições; e, no terceiro plano, a presença de mata, denotando que essa escola está situada na zona rural do município de Rio de Piracicaba, no estado de Minas Gerais.

A infância, as outras gerações e as instituições compõem, organizam e reproduzem os variados tempos e espaços sociais a partir das práticas sociais. Se uma criança nascesse conhecedora das normas e das convenções que organizam a vida diária, não haveria rupturas e interdições, e sua atuação sobre as coisas e as palavras seria destituída de história. Mas, na medida em que a criança precisa entrar na vida cotidiana, aprender a usar os artefatos culturais, compreender as regras, os valores, os costumes, as linguagens e os contextos, ela passa a atuar sobre a cultura, a natureza e a história. É nesse sentido que a infância é imprescindível para a vida cotidiana e para a sociedade.

GOMES, Lisandra Ogg. O cotidiano, as crianças, suas infâncias e a mídia: imagens concatenadas. Pro-Posições , v. 19, n. 3 (57), p. 175-178, set.-dez. 2008. Disponível em: http://fdnc.io/fJC. Acesso em: 26 jun. 2021.

Explorar os conhecimentos prévios dos alunos sobre as atividades que realizam ao longo do ano, bem como sobre as responsabilidades deles e dos adultos presentes nos locais onde realizam essas atividades. Para tanto, propor questões mediadoras como as seguintes: Quais atividades vocês realizam cotidianamente nos períodos da manhã, da tarde e da noite? Essas atividades são as mesmas todos os dias da semana e em todos os meses do ano? Onde vocês realizam essas atividades? Quais são as responsabilidades dos adultos na moradia e na escola? E vocês, quais são as suas responsabilidades? O que podem fazer para garantir um bom convívio nesses ambientes e nos demais espaços da comunidade?

Capítulo 5

Considerando que todas as habilidades definidas pela BNCC para o 1o ano são mobilizadas neste volume, neste capítulo as atividades trabalham temas complementares, permitindo aos alunos identificar os períodos do dia, os meses do ano e as relações com as ações humanas nesses períodos, explorando o assunto da passagem do tempo e das atividades humanas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo mobiliza as Competências Específicas 5 e 7 de Ciências Humanas ao propor atividades com múltiplas linguagens, orais, gráficas e iconográficas, para o desenvolvimento de noções temporais por meio da reflexão sobre as diferentes atividades ocorridas ao longo do dia.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios deles a respeito do tema para que possam ser retomados na conclusão do módulo.

Noções temporais: anterioridade e posterioridade

As atividades propostas nesta seção permitem trabalhar as noções temporais – a anterioridade e a posterioridade. Orientar os alunos na leitura compartilhada do texto introdutório, destacando os três períodos que compõem o dia.

Realizar a leitura do enunciado da atividade, esclarecendo eventuais dúvidas com relação à realização da atividade. Discutir coletivamente quais são as principais atividades realizadas pelos alunos em cada período do dia e anotar na lousa.

Solicitar a eles que compartilhem os desenhos uns com os outros verificando quais são as semelhanças e as diferenças entre os desenhos produzidos.

Realizar a leitura do título e do texto introdutório, comentando que diferentes crianças podem realizar atividades distintas em um mesmo período do dia.

Orientar os alunos a observar as imagens destacando a divisão em colunas verticais: uma para Beatriz e outra para Paulo. Expor que as colunas estão divididas por períodos do dia, apresentando atividades distintas.

Solicitar aos alunos que exponham o que as crianças representadas nas fotos estão fazendo.

Boxe complementar:

Fato de relevância nacional

Ao abordar as diferenças no cotidiano dos alunos, nestas e nas próximas páginas, pode-se abordar o fato de relevância nacional os direitos da criança que são exemplificados nas imagens e textos explorados por meio das atividades.

Fim do complemento.

Seis da tarde ou seis da noite?

[...] A noite é definida pelo momento do dia em que o Sol se põe [...]. Como o horário do pôr do Sol varia entre as regiões do Brasil e mesmo entre estações do ano, é difícil definir com exatidão quando a noite começa e a tarde termina.

Assim, pode-se considerar que tanto fica correto usar “às seis da tarde” quanto “às seis da noite”.

BRASIL. Senado Federal. Manual de Comunicação da Secom . Disponível em: http://fdnc.io/foj. Acesso em: 23 jul. 2021.

Orientar a realização da atividade 1, retomando as imagens da página anterior a cada item lido. Desse modo, os alunos terão a oportunidade de retomar o que as crianças representadas nas fotos estão fazendo em cada período para que os itens sejam classificados corretamente.

Destacar que tanto Beatriz como Paulo fazem as mesmas atividades durante o dia, ou seja, brincam, estudam e dormem, porém realizam as primeiras atividades em períodos diferentes.

Perguntar aos alunos se conhecem alguém que brinca e estuda em períodos diferentes dos deles.

Solicitar a eles que comparem as atividades que representaram por meio de desenhos na página 39 com o cotidiano de Beatriz e de Paulo. Pedir que mencionem com qual dos dois o cotidiano deles se parece mais.

Propor a leitura do texto da seção Você sabia?. Dividir o texto entre alguns alunos para que leiam em voz alta. É importante que cada um fique com um trecho curto. Caso apresentem dificuldade durante a leitura, auxilie-os perguntando sobre a formação das sílabas e pedindo que retomem a leitura da palavra integralmente depois de lerem sílaba por sílaba. Evitar ler as palavras que parecerem difíceis para eles, incentivando-os a realizar a leitura da melhor forma possível. Essa atividade auxiliará o desenvolvimento da fluência em leitura oral.

Caso julgue necessário, leia o texto integralmente para garantir que a mensagem seja compreendida.

A importância da leitura

[...] as crianças com mais dificuldades em leitura no início do processo de alfabetização tendem a continuar a ter dificuldades ao longo da vida escolar. A consequência disso é que a distância entre os bons leitores e os maus leitores vai aumentando com o tempo: enquanto os bons leitores se sentem motivados a ler, e por isso leem mais, os maus leitores tendem a considerar a leitura algo tedioso e penoso, e, portanto, leem menos. Para aqueles a leitura vai-se tornando mais fácil, para estes mais difícil, agravando as desigualdades na trajetória escolar.

BRASIL. Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica. PNA Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização . Brasília: MEC, Sealf, 2019. p. 22.

Ler, pausadamente, o texto introdutório com os alunos, destacando que, em algumas escolas, as crianças ficam mais de um período realizando atividades além das aulas regulares.

Verificar se esse é o caso deles e se eles conhecem alguém que estuda nesse tipo de escola. Questionar o que acham da proposta e as possíveis vantagens e desvantagens desse modelo.

Orientar na leitura do texto “Projeto Mais Educação”. Explicar para os alunos o significado dos termos “atividades culturais”, “atividades esportivas” e “atividades de lazer”.

Orientar na realização das atividades, solicitando aos alunos que interpretem as imagens e selecionem aquelas que representam as atividades preferidas dos estudantes do projeto.

Solicitar aos alunos que respondam se a escola em que estudam oferece ou não atividades extraclasse e quais são as atividades que eles gostariam de fazer na escola.

Orientar os alunos na leitura e na interpretação da história em quadrinhos. Analisar com eles o primeiro quadrinho destacando a presença do cachorro na cama, a fala e os aspectos gráficos que denotam o descontentamento da mãe do Franjinha. Analisar coletivamente o segundo quadrinho, destacando também o local em que o cachorro está dormindo e o semblante e a fala da personagem.

Solicitar aos alunos que façam as atividades propostas indicando o período do dia em que se passa a história e a ação que seria realizada pelo Franjinha e seu cachorro.

Deixar que os alunos comentem se possuem ou não animais de estimação. Essa é uma excelente oportunidade para abordar hábitos de higiene e de cuidado com esses animais.

Histórias em quadrinhos: os diversos recursos que possibilitam a compreensão

[...] Histórias em quadrinhos tornam o ensino mais prazeroso, pois motivam os estudantes a se interessarem mais pelos conteúdos escolares, tendo em vista que estimulam a curiosidade e incitam o senso crítico considerando a relação existente entre texto e imagem, ampliando assim a possibilidade de entendimento, além de contribuir para a formação de hábitos de leitura e enriquecimento do vocabulário, dentre outras, por seu caráter dinâmico e animado. [...]

PASSOS, Lívia Almeida; VIEIRA, Mauricéia Silva de Paula. A contribuição do gênero história em quadrinhos para o desenvolvimento da leitura . Disponível em: http://fdnc.io/fok. Acesso em: 22 jun. 2021.

Capítulo 6

Considerando que todas as habilidades definidas pela BNCC para o 1º ano são mobilizadas neste volume, para concluir o módulo dos capítulos 5 e 6, continuamos neste capítulo o trabalho com os temas complementares, permitindo aos alunos identificar os períodos do dia, os meses do ano e as relações com as ações humanas nesses períodos, explorando o assunto da passagem do tempo e das atividades humanas.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo mobiliza as Competências Específicas 5 e 7 de Ciências Humanas ao propor que os alunos exercitem a compreensão de noções temporais por meio de atividades que discutem o encadeamento dos acontecimentos mensais ao longo do ano.

Fim do complemento.

Para ampliar o desenvolvimento sobre a organização do tempo no cotidiano, o trabalho com o calendário será retomado com uma nova abordagem. Lembrar aos alunos que eles já exploraram um calendário durante os estudos do primeiro capítulo do livro e que voltarão a trabalhar com ele.

Se possível apresentar um calendário com os doze meses do ano em tamanho ampliado para os alunos. Ler o nome de todos os meses, explicando que alguns acontecimentos se repetem todo ano no mesmo mês.

Ler com eles o texto “Janeiro”, pedir que identifiquem esse mês no calendário apresentado e perguntar se o evento mencionado no texto acontece todo ano no mesmo mês.

Orientar na realização das atividades propostas.

Calendários cristãos

O Calendário Juliano foi proposto por Sosígenes, astrônomo de Alexandria, e introduzido por Julio César em 45 a.C. Foi usado pelas igrejas e países cristãos até o século XVI, quando começou a ser trocado pelo Calendário Gregoriano. [...]

O Calendário Gregoriano foi proposto por Aloysius Lilius, astrônomo de Nápoles, e adotado pelo Papa Gregório XIII, seguindo instruções do Concílio de Trento (1545-1563). O decreto instituindo esse Calendário foi publicado em 24 de fevereiro de 1582. [...]

LAS CASAS, Renato. Calendários. UFMG: Observatório Astronômico Frei Rosário , 26 fev. 2002. Disponível em: http://fdnc.io/kT. Acesso em: 22 jun. 2021.

Orientar os alunos a desenvolver a tarefa de casa dessa página com um adulto da convivência deles. Sugira que utilizem um calendário para a realização da tarefa.

No dia combinado para a entrega da atividade, registrar na lousa as respostas dos alunos, utilizando um calendário para a localização dos meses, relacionando-os aos acontecimentos listados.

A construção da noção de tempo para as crianças acontece por meio da experiência e da percepção de sucessão. Por isso, sempre que possível, usar o calendário como ferramenta para reforçar a percepção e a organização do tempo no cotidiano.

Caso considere conveniente, ao realizar a correção da atividade, comentar que alguns acontecimentos variam, dependendo da região do país. Além disso, de ano para ano, algumas comemorações, como o Carnaval, a Páscoa e o Dia das Mães, podem ocorrer em datas diferentes.

Lei n ᵒ 12.345/2010: critérios para datas comemorativas

Art. 1º A instituição de datas comemorativas que vigorem no território nacional obedecerá ao critério da alta significação para os diferentes segmentos profissionais, políticos, religiosos, culturais e étnicos que compõem a sociedade brasileira.

Art. 2º A definição do critério de alta significação será dada, em cada caso, por meio de consultas e audiências públicas realizadas, devidamente documentadas, com organizações e associações legalmente reconhecidas e vinculadas aos segmentos interessados.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Datas comemorativas e outras datas significativas [recurso eletrônico]. Brasília: Edições Câmara, 2012. Disponível em: http://fdnc.io/fom. Acesso em: 23 jun. 2021.

Solicitar aos alunos que falem sobre acontecimentos em cada mês do ano que envolvem as pessoas com as quais eles convivem. Pode-se começar a atividade identificando o mês do próprio aniversário.

Perguntar a eles se sabem o mês de aniversário das pessoas com quem convivem. Se não souberem, pode-se tentar incentivar a descoberta perguntando sobre eventos próximos, por exemplo, se o aniversário ocorre durante as férias ou em algum dos meses durante as aulas, se é próximo a uma data comemorativa, se há pessoas que comemoram aniversário em datas muito próximas.

Caso considere pertinente, solicitar que a atividade seja completada em casa e orientar na produção dos desenhos propostos. Os alunos podem desenhar cenas ou símbolos para identificar os acontecimentos selecionados.

Acontecimentos e trajetórias de vida

A noção de mudança na própria vida, ou em seu entorno, parte da percepção subjetiva que os indivíduos têm desses acontecimentos e como os valorizam. O modo como cada indivíduo percebe a própria trajetória é singular, diferenciado e influenciado pela cultura regional, crenças e estilos de vida observados na sociedade. Interpretações positivas ou negativas de certos acontecimentos vivenciados resultam de experiências únicas e estendem-se à saúde física, mental e social.

Na vida diária, os acontecimentos previsíveis, como casamento, ou imprevisíveis, como morte de um familiar ou desemprego, podem ter diversos efeitos sobre o bem-estar subjetivo. A força destes efeitos e as suas consequências sobre o indivíduo diferenciam-se de acordo com a valoração que cada um atribui a eles. Logo, as trajetórias individuais são de fundamental importância na maneira como os indivíduos veem as transições em sua jornada de vida e como elas interferem no processo de saúde e doença em diferentes contextos.

SILVA, Luípa Michele et al . Mudanças e acontecimentos ao longo da vida: um estudo comparativo entre grupos de idosos. Revista Latino-Americana de Enfermagem , v. 23, n. 1, jan.-fev. 2015. p. 4. Disponível em: http://fdnc.io/fJE. Acesso em: 23 jun. 2021.

Solicitar aos alunos que compartilhem seus desenhos, em duplas.

Pedir que comentem o que o desenho do mês de janeiro representa. Esse procedimento poderá ser repetido, dependendo do tempo de aula, para verificar os outros meses representados pelos alunos. Anotar, na lousa, os eventos relacionados a cada mês.

Os acontecimentos listados podem ser relacionados por meio de perguntas para identificar: quem faz aniversário antes ou depois; se há eventos listados no mesmo mês, por exemplo, a mãe de um aluno faz aniversário no mesmo mês da irmã de outro etc. Essa atividade favorecerá o desenvolvimento gradativo das noções de anterioridade e posterioridade.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar as atividades realizadas pela manhã, à tarde e à noite.

Espera-se que o aluno leia e interprete o poema, retirando as informações necessárias para fazer a atividade. O aluno deverá identificar a personagem do poema e inferir o período do dia a que ele se refere.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: identificar as atividades realizadas pela manhã, à tarde e à noite.

Ao solicitar que o aluno desenhe o que ele faz à noite, a atividade permite verificar se ele compreendeu a correspondência que existe entre determinadas atividades e o período do dia em que elas ocorrem.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: listar as festas comemorativas de cada mês do ano.

O aluno deverá identificar os meses em que ocorrem determinadas comemorações ao longo do ano.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, permitindo que reflita sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade, não cabe atribuir uma pontuação ou conceito ao aluno.

Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.

A BNCC no capítulo 7

Unidade temática

Mundo pessoal: meu lugar no mundo.

Objeto de conhecimento

• As diferentes formas de organização da família e da comunidade: os vínculos pessoais e as relações de amizade.

Habilidade

• EF01HI03: Descrever e distinguir os seus papéis e responsabilidades relacionados à família, à escola e à comunidade.

Boxe complementar:

De olho nas competências

Este capítulo procura se aproximar das Competências Gerais 1 e 4 ao propor uma discussão a respeito da divisão desigual de trabalho doméstico entre os adultos e ao convidar os alunos a se responsabilizar, na medida do possível, pela parte deles nesses afazeres. Possibilita também o desenvolvimento da Competência Específica 2 de Ciências Humanas ao propor uma reflexão sobre a historicidade dos papéis desempenhados por homens e mulheres adultos nos afazeres domésticos e ao estimular que os alunos se posicionem com relação a esse tema.

Fim do complemento.

Conversar com os alunos sobre a questão problema da seção Desafio à vista! e registrar os conhecimentos prévios deles a respeito do tema para que possam ser retomados na conclusão do módulo.

Orientar os alunos na leitura do texto introdutório, ressaltando que as famílias podem apresentar diferentes características de composição entre adultos e crianças.

Auxiliar na interpretação da imagem e na resolução da atividade, destacando a atividade realizada por cada integrante da família.

Boxe complementar:

Fato de relevância nacional

No capítulo 7, o fato de relevância nacional direitos da criança pode ser tratado em continuidade com as discussões feitas nos capítulos 3 e 4, uma vez que aborda as responsabilidades da criança no lar. Contudo, é aconselhável esclarecer as diferenças entre tarefas domésticas adequadas à faixa etária e a exploração do trabalho infantil, expondo que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) só permite que jovens trabalhem a partir dos 14 anos na condição de aprendiz.

Fim do complemento.

Orientar os alunos a realizar a tarefa de casa em que devem preencher as fichas com a ajuda de adultos da convivência deles.

Solicitar que, no dia da entrega da atividade, apresentem as respostas oralmente, comentando como são divididas as tarefas na moradia em que residem. Registrar na lousa as respostas de maneira que fique clara a divisão de tarefas na moradia dos alunos. Para isso, organizar um quadro de dupla entrada com a tarefa na linha horizontal (lavar a roupa, arrumar as camas, varrer os cômodos e lavar a louça) e a pessoa responsável na vertical (mãe, irmã, irmão, eu, pai etc.).

Verificar, com base nas informações fornecidas pelos alunos, quem realiza a maior parte das tarefas domésticas. Enfatizar para os alunos a importância de uma divisão equitativa de tarefas entre todos os habitantes de uma moradia.

Boxe complementar:

Temas contemporâneos transversais: vida familiar e social

As atividades propostas nesse capítulo e as discussões sobre os afazeres domésticos possibilitam a reflexão a respeito da organização familiar e das divisões de tarefas, contribuindo para a percepção das próprias responsabilidades em relação ao lar e à família.

Fim do complemento.

Direito à habitação e outros direitos

Artigo 25 §1º Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.

DECLARAÇÃO Universal dos Direitos Humanos. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos . Disponível em: http://fdnc.io/epq. Acesso em: 23 jun. 2021.

Orientar na leitura do texto introdutório frisando a temporalidade trabalhada nessa página.

Organizar a leitura da letra da canção “Minhas lembranças”. Como já sugerido anteriormente, dividir o texto entre alguns alunos para que o leiam em voz alta, incentivando-os a realizar a leitura da melhor forma possível para que desenvolvam fluência em leitura oral.

Destacar que não é necessário ter vergonha ao errar, pois o erro é fundamental para a aprendizagem humana, podendo citar exemplos como: para aprender a andar é normal cair; para aprender a falar é normal pronunciar algumas palavras incorretamente; para aprender a pintar é normal borrar de vez em quando etc. Ou seja, é importante que percebam o erro como algo natural do processo de aprendizagem.

Durante a realização das atividades propostas, conversar sobre a dificuldade no uso de determinados utensílios domésticos anteriores à disseminação da energia elétrica e ao barateamento dos eletrodomésticos, como o fogão a lenha e o ferro a brasa. Mencionar que as atividades domésticas eram essencialmente manuais e muito mais pesadas.

Apresentar o significado do termo “bater a roupa” (bater a roupa para lavá-la).

Mercado de trabalho e trabalho doméstico

O nível de instrução é uma das características que contribuem para diferenças na inserção na força de trabalho. Quanto maior o nível de instrução, maior a taxa de participação [...]. Entre as mulheres, o nível de instrução aparece com maior influência do que entre os homens: em 2017, a taxa de participação das mulheres com ensino superior completo era 2,5 vezes maior que a das mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto; já a dos homens mais escolarizados era 1,5 vez maior que a dos menos escolarizados [...].

Se, por um lado, o cenário de crise econômica parece ter contribuído para levar mulheres para a força de trabalho, sua taxa de participação em 2017 permaneceu bem aquém à dos homens, 52,7% e 72,5%, respectivamente [...]. A diferença menos acentuada entre os sexos foi verificada entre as pessoas de 14 a 29 anos de idade e a mais acentuada entre as de 50 a 59 anos [...]. A maior escolaridade das mulheres não é, portanto, suficiente para levá-las à força de trabalho em proporção maior ou similar à dos homens.

As desigualdades entre os sexos são atribuídas tanto a práticas discriminatórias no mercado de trabalho [...], quanto à divisão por gênero das atividades de afazeres domésticos e cuidados. Conforme os resultados para 2017 do módulo da PNAD Contínua sobre outras formas de trabalho, as mulheres dedicavam, em média, 20,9 horas semanais a afazeres domésticos no domicílio ou em domicílio de parente e/ou cuidados de moradores ou de parentes não moradores. Os homens dedicavam, em média, 10,8 horas a essas atividades [...].

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Síntese de indicadores sociais : uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 32. Disponível em: http://fdnc.io/dFp. Acesso em: 23 jun. 2021.

Orientar na leitura do texto introdutório retomando os utensílios domésticos que foram citados na letra da canção.

Solicitar que observem as imagens reproduzidas na atividade 3 e comentar que elas revelam detalhes da rotina das pessoas que viveram no passado. Incentivar a resolução da atividade, orientando os alunos a relacionar corretamente as informações contidas nas duas colunas.

Fonte histórica escrita: jornal

As atividades propostas permitem adensar o trabalho de compreensão de texto através da análise do trecho de uma reportagem jornalística. Informar os alunos que, nesse caso, o conteúdo da reportagem dedica-se a discutir a situação do trabalho doméstico na moradia de Thaynara.

Informar que, principalmente nas residências, as divisões de responsabilidades variam de acordo com a cultura e a época.

Orientar na leitura da reportagem alertando os alunos que o trabalho doméstico na casa de Thaynara se aproxima do ideal, pois as responsabilidades são mais bem divididas entre homens e mulheres. Auxiliar na resolução das atividades propostas.

Retomar com os alunos a última frase do texto, em que é apresentado um depoimento de Thaynara. Questionar os alunos o motivo de as tarefas domésticas gerarem discussões entre homens e mulheres e qual é a solução mais adequada para evitar esse tipo de conflito. Anotar as respostas dos alunos e conduzir o debate construindo a ideia de compartilhamento e de divisão equitativa nas tarefas domésticas.

Leitura crítica de mídia escrita

Certamente, não se trata, apenas, de ensinar os professores a “lerem” os jornais, mas sobretudo de possibilitar a eles, num primeiro momento, uma leitura do mundo para melhor compreenderem, eles próprios, o poder da mídia e o papel ocupado pelos diferentes veículos no espaço público. Só então poderão fazer a leitura crítica da mídia e, consequentemente, ensinar os alunos a pensarem, refletirem sobre os conteúdos noticiosos e, então, desenvolverem formas autônomas de pensar o mundo. [...]

CALDAS, Graça. Mídia, escola e leitura crítica do mundo. Educação e Sociedade , Campinas, v. 27, n. 94, jan./abr. 2006. p. 123. Disponível em: http://fdnc.io/fJF. Acesso em: 24 jun. 2021.

Orientar na leitura do texto introdutório e na observação das imagens apresentadas nessa página.

Solicitar aos alunos que descrevam as duas imagens e mencionem se costumam realizar em sua moradia alguma das tarefas representadas.

Questionar qual é o papel dos alunos na organização do domicílio. Anotar as respostas na lousa e verificar quais são as atividades mais citadas.

Divisão das tarefas domésticas

O trabalho que gera fonte de renda e sustento para a casa e para a família é de responsabilidade dos adultos, nunca da criança, mas isso não significa que ela não possa ajudar em algumas coisas dentro de casa. Incluir a criança nos afazeres domésticos, escolhendo atividades de acordo com a sua idade, é muito importante para o desenvolvimento dela, desde que isso não a impeça de fazer coisas de criança. [...]

É saudável que as crianças participem com as suas famílias na divisão das tarefas domésticas porque isso fortalece o vínculo afetivo e familiar, o sentimento de solidariedade e de responsabilidade com os outros familiares e com o ambiente em que ela vive.

Entrevista com Ida Regina Moro – Luta contra o trabalho infantil. Pastoral da Criança , 10 jun. 2019. Disponível em: http://fdnc.io/fJH. Acesso em: 23 jun. 2021.

A BNCC no capítulo 8

Unidade temática

Mundo pessoal: meu lugar no mundo.

Objeto de conhecimento

• As diferentes formas de organização da família e da comunidade: os vínculos pessoais e as relações de amizade.

  Habilidade

• EF01HI03: descrever e distinguir os seus papéis e responsabilidades relacionados à família, à escola e à comunidade.

  Boxe complementar:

  De olho nas competências

  Este capítulo mobiliza a Competência Geral 10 ao envolver os alunos na discussão a respeito do cuidado com os espaços comunitários. Aproxima-se também da Competência Específica 3 de Ciências Humanas ao identificar esses espaços, escola e comunidade, e responsabilizar os atores envolvidos, incentivando os alunos a propor ações individuais e coletivas de conservação desses ambientes.

  Fim do complemento.

  Solicitar aos alunos que comentem sobre a sua rotina escolar, desde o momento em que chegam à escola até a hora da saída. Incentivar que se lembrem das responsabilidades das pessoas que exercem diferentes funções na escola, como faxineiros, merendeiros, motoristas, professores etc.

  Ler com eles o texto “Cuidados com a escola” e orientá-los a realizar a atividade proposta.

  Durante a correção coletiva, reler o trecho correspondente a cada item para auxiliá-los na compreensão do texto.

  A constituição das tradições escolares

  A História da Educação ainda é território privilegiado para tomar do passado as pistas que podem nos conduzir à iluminação do presente. Trata-se, sob qualquer hipótese, de investigar, sistematizar e divulgar os movimentos e os deslocamentos pelos quais ritos e tradições escolares são constituídos: por saberes, por valores, por atitudes e por exemplos.

  BOTO, Carlota. A liturgia da escola moderna: saberes, valores, atitudes e exemplos. História da Educação , Santa Maria, v. 18, n. 44, set./dez. 2014. p. 115. Disponível em: http://fdnc.io/foh. Acesso em: 23 jun. 2021.

Solicitar aos alunos que descrevam a organização de alguns ambientes da escola (como é a sala de aula, a quadra, a biblioteca etc.) e anotar na lousa os comentários feitos por eles. Incentivá-los a pensar se mudariam algo para melhorar o ambiente e orientar na realização da atividade proposta.

Boxe complementar:

Temas contemporâneos transversais: direitos da criança e do adolescente

Aproveitar o momento para enfatizar para os alunos que todas as crianças têm direito de frequentar uma escola de qualidade.

Fim do complemento.

Gestão democrática e participativa como garantia do direito à educação

Art. 21 [...]. Parágrafo único. Como sujeito de direitos, o aluno tomará parte ativa na discussão e na implementação das normas que regem as formas de relacionamento na escola, fornecerá indicações relevantes a respeito do que deve ser trabalhado no currículo e será incentivado a participar das organizações estudantis.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução n. 7, 14 dez. 2010. Disponível em: http://fdnc.io/fJJ. Acesso em: 23 jun. 2021.

Orientar na organização das duplas para o compartilhamento de informações sobre os desenhos produzidos.

Solicitar aos alunos que debatam as formas de cuidar do ambiente escolar e que proponham ações individuais responsabilizando-se pelo cuidado do espaço comunitário.

Listar na lousa as principais propostas.

Atividade complementar

Propor aos alunos que formem grupos. Solicitar que mapeiem todos os espaços escolares: salas de aula, pátio, banheiros etc.

Atribuir um espaço por grupo, solicitando a cada um que elabore um cartaz com sugestões de bom uso para o respectivo ambiente. Eles podem utilizar as sugestões listadas na atividade anterior.

Incentivar uma produção criativa para chamar a atenção do público e bem organizada para que a mensagem seja compreendida.

Com autorização prévia da coordenação e/ou direção, organizar a fixação dos cartazes pelo prédio, incentivando a todos o cuidado na organização e na manutenção do espaço escolar.

A consciência de si

[...] Os indivíduos desenvolvem sua percepção de si e do outro em meio a vivências cotidianas, identificando o seu lugar na família, na escola e no espaço em que vivem. O aprendizado, ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, torna-se mais complexo à medida que o sujeito reconhece que existe um “Outro” e que cada um apreende o mundo de forma particular. A percepção da distância entre objeto e pensamento é um passo necessário para a autonomia do sujeito, tomado como produtor de diferentes linguagens. [...]

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular . Brasília: MEC, 2018. p. 401.

Orientar na leitura do texto introdutório e do enunciado da atividade. Incentivar os alunos a identificar cada um dos símbolos presentes na tabela.

Solicitar que realizem a tarefa de casa com o auxílio de um adulto da convivência deles.

Comentar os aspectos que devem ser examinados em cada um dos lugares mencionados e solicitar que preencham a tabela.

Na conferência coletiva dos dados coletados, orientar na resolução dos itens “b” e “c” e socializar as respostas dos alunos.

Boxe complementar:

Para leitura do aluno

O que cabe no meu mundo – Responsabilidade, de Kátia Trindade, da editora Bom Bom Books.

Nesse livro, a autora propõe por meio da literatura uma série de reflexões a respeito da importância das atitudes responsáveis para a construção de um ambiente de convívio agradável.

Fim do complemento.

O bairro, a comunidade, a cidade como extensão da escola

[...] A expressão cultural e a criação artística serão tanto mais intensas quanto maior for a integração da escola com o meio ambiente e com a dinâmica cultural local.

A educação dos jovens para o pleno exercício da cidadania inclui aprender a cidade, aprender a visitar o centro de saúde, o museu, o cinema, o parque, a igreja, a participar da vida social. [...]

XAVIER, Carlos Alberto Ribeiro de. Educação e cultura na escola pública do Brasil. Conferência Regional da América Latina sobre Educação Artística, Bogotá, 28 a 30 nov. 2005. Disponível em: http://fdnc.io/fJK. Acesso em: 23 jun. 2021.

Intencionalidade pedagógica das atividades

Atividade 1 – Objetivo de aprendizagem: identificar a situação da divisão de tarefas nas moradia atuais.

Espera-se que o aluno leia e interprete a planta de uma habitação identificando os quatro cômodos citados na atividade. O aluno deverá classificar as frases relativas aos afazeres domésticos com as letras correspondentes aos ambientes em que essas tarefas ocorrem.

Atividade 2 – Objetivo de aprendizagem: explicar como era a divisão de tarefas domésticas há cem anos.

Ao solicitar que o aluno identifique a maior responsável pelas atividades domésticas no passado, a atividade permite verificar se ele compreendeu o papel desempenhado ou o papel a que as mulheres foram submetidas ao longo do tempo.

Atividade 3 – Objetivo de aprendizagem: listar as ações para conservar as dependências da escola.

O aluno deverá identificar os espaços e seus usos para daí elaborar cartazes com avisos adequados para a manutenção de cada um dos ambientes.

Autoavaliação

A autoavaliação sugerida permite ao aluno revisitar o processo de aprendizagem e sua postura de estudante, permitindo que reflita sobre seus êxitos e dificuldades. Nesse tipo de atividade, não cabe atribuir uma pontuação ou conceito ao aluno.

Essas respostas também podem servir para uma eventual reavaliação do planejamento do professor ou para que se opte por realizar a retomada de alguns dos objetivos de aprendizagem propostos inicialmente que não aparentem estar consolidados.