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Referências bibliográficas comentadas
ASSMAN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. Campinas: Ed. da Unicamp, 2011.
Essa obra aborda as mudanças no conceito de memória e as ligações entre memória e história e discute a importância dos aspectos culturais na constituição das memórias coletivas e individuais. Segundo a autora, não são apenas os indivíduos que constituem uma memória para si, a fim de estabelecer identidades; o mesmo ocorre em âmbito coletivo.
BACICH, Lilian; MORAN, José (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
Os artigos desse livro apresentam reflexões teóricas e relatos de experiência de trabalho em sala de aula em torno das ideias de “sala de aula invertida”, “ensino personalizado”, “espaços de criação digital”, “rotação de estações” e “ensino híbrido”. Nesse sentido, essa obra funciona como uma interessante introdução às metodologias ativas aplicada à inovação dos processos de ensino e aprendizagem.
BITTENCOURT, Circe M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2018.
Essa obra aborda questões essenciais do ensino e da aprendizagem de História, como: as mudanças curriculares ao longo do tempo, os critérios de seleção de conteúdos para cada segmento, os conceitos fundamentais do componente curricular, as noções de tempo, espaço e representação social, a interdisciplinaridade e o trabalho com as fontes, com destaque para as metodologias específicas de análise dos documentos não escritos.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
Na parte introdutória da obra, a autora propõe uma reflexão teórica sobre os elementos que constituem a memória coletiva. Na segunda parte, apresenta depoimentos, principalmente de paulistanos nascidos há cerca de cem anos, com o intuito de discutir as mudanças vivenciadas pelos moradores da cidade e também as memórias afetivas familiares. Por fim, a autora realiza uma conclusão, relacionando as duas partes anteriores.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: MEC; SEB, 2018.
Esse documento constitui o principal norteador da educação brasileira atualmente. Para a área de Ciências Humanas no Ensino Fundamental, apresenta os fundamentos teóricos e pedagógicos com destaque para o ensino e a aprendizagem mediados pela abordagem das “Competências Gerais da Educação Básica”, das “Competências Específicas de Ciências Humanas” e, por fim, das “Competências Específicas de História para o Ensino Fundamental”, essas últimas acompanhadas de unidades temáticas, de objetos de conhecimento e de habilidades indicadas para cada ano.
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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília: MEC; Sealf, 2019.
O documento oficial aborda o tema da alfabetização, fundamental para o trabalho com alunos do 1º ao 5ᵒ ano. São apresentadas análises de relatórios sobre alfabetização no Brasil e no mundo, bem como marcos históricos e normativos desse processo. Além disso, esse documento discute alguns pressupostos teóricos sobre alfabetização e apresenta planos e metas de trabalho, reforçando a importância de um compromisso de todos os componentes curriculares no processo de alfabetização.
BRASIL. Ministério da Educação. Temas contemporâneos transversais na BNCC: propostas de práticas de implementação 2019. Brasília: MEC; SEB, 2019.
Nesse documento, os temas contemporâneos, apresentados inicialmente na Base Nacional Comum Curricular, foram reorganizados em torno de seis eixos, como: “Meio ambiente”, “Economia”, “Saúde”, “Cidadania e Civismo”, “Multiculturalismo” e “Ciência e Tecnologia”. Também são apresentadas sugestões de implementação dos temas contemporâneos transversais, com exemplos de trabalho em alguns anos do Ensino Fundamental.
CARDOSO, Ciro Flamarion. Sete olhares sobre a Antiguidade. Brasília: Ed. da UnB, 1998.
Essa obra analisa as condições ambientais e o estabelecimento das primeiras civilizações no Oriente e no Ocidente. Em seguida, aborda as mudanças nas formas de organização política no Egito e em outros povos. Por fim, discute as questões culturais e a religiosidade entre os povos da Antiguidade.
DONATO, Hernani. História do calendário. São Paulo: Melhoramentos, 1976.
Essa obra aborda a criação dos primeiros calendários em diferentes tempos e espaços, bem como as especificidades dos calendários de acordo com as projeções realizadas por povos distintos. Além disso, discute aspectos culturais como as festas e os rituais relacionados à passagem do tempo para cada povo apresentado.
FERMIANO, Maria B.; SANTOS, Adriane S. Ensino de História para o Fundamental 1: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2014.
Nessa obra, as autoras abordam, de forma clara e exemplificada, temas essenciais como: a construção das noções temporais, o trabalho com documentos, o planejamento curricular e os procedimentos didáticos no cotidiano da sala de aula.
FISHER, Steven Roger. História da escrita. São Paulo: Editora Unesp, 2009.
Essa obra discute o desenvolvimento dos diferentes sistemas de escrita e as funções que exerceram nas sociedades de origem. Em seguida, aborda as mudanças na escrita ao longo do tempo e as dinâmicas sociais da transmissão de conhecimento por meio da escrita.
FUNARI, Pedro Paulo; PELEGRINI, Sandra C. A. Patrimônio histórico e cultural. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
Essa obra discute a noção de patrimônio e sua aplicação em diferentes partes do mundo, com destaque para a América Latina e para o Brasil. Além disso, aborda as políticas patrimoniais ao longo da história brasileira e os caminhos da questão patrimonial no país no século XXI.
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HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Essa obra tem como foco a importância do conceito de avaliação formativa e seus desdobramentos nos processos de ensino e aprendizagem. Apresenta também alguns tipos de avaliação e as características de cada uma delas, bem como a importância da autoavaliação.
LINDEN, Marcel Van der. Trabalhadores do mundo: ensaios para uma história global do trabalho. Campinas: Ed. da Unicamp, 2013.
O autor discute as especificidades do conceito de trabalho e de trabalhador para diferentes povos ao longo da história. Para isso, seleciona diversos contextos históricos e problematiza as condições de vida e de trabalho em cada um deles.
MARTINS, Cleto. Patrimônio cultural: da memória ao sentido do lugar. São Paulo: Roca, 2006.
O autor defende um olhar amplo sobre as produções culturais e sua importância para os criadores locais e os visitantes, reforçando ideais de inclusão social, relacionadas com sustentabilidade e responsabilidade ética e segurança. A obra sustenta que é possível defender a sustentabilidade do planeta a partir do resgate das ideias, dos patrimônios naturais e culturais existentes e do direito à memória e à história. Assim, a obra entrelaça os conceitos de patrimônio cultural e natural com os aspectos históricos de sua aplicação prática.
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. (org.). História da cidadania. São Paulo: Contexto: 2003.
Essa obra reúne artigos de diversos pesquisadores que abordam diferentes aspectos da história da cidadania. Propõe uma discussão sobre as origens da noção de cidadania e sua transformação ao longo da história, com ênfase para os fatos e os processos históricos que marcaram a trajetória desse conceito. Destaque para a construção da noção de cidadania na sociedade brasileira.
SCHMIDT, Maria A.; CAINELLI, M. Ensinar História. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 2009.
A proposta desse livro é auxiliar o professor a fazer a ponte entre a teoria do ensino de História e sua realidade. Para isso, são abordados temas como a importância da temporalidade no ensino de História, o trabalho com fontes históricas, o patrimônio histórico e a história oral. A obra oferece muitos textos complementares para leitura e discussão, garantindo o contato com a bibliografia básica sobre o ensino de História.
ZABALA, Antoni; ARNAU, Lais. Métodos para ensinar competências. Porto Alegre: Penso, 2020.
Essa obra apresenta algumas facetas do ensino por competências, perspectiva presente também na Base Nacional Comum Curricular. Os autores apresentam metodologias inovadoras, como a formação de “competências para a vida”, “metodologia de projetos”, os “centros de interesse”, a “aprendizagem baseada em problemas” e as simulações.