UNIDADE TEMÁTICA 4  GINÁSTICAS DE CONDICIONAMENTO FÍSICO

Raio-xis da unidade

Competências da Bê êne cê cê

Competências gerais da Educação Básica: 1, 4, 8, 9 e 10.

Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental: 2, 3 e 6.

Competências específicas de Educação Física para o Ensino Fundamental: 2, 3, 4, 8, 9 e 10.

Habilidades de Educação Física da Unidade Temática

(ê éfe seis sete ê éfe zero oito) Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas, identificando seus tipos (fôrça, velocidade, resistência, flexibilidade) e as sensações corporais provocadas pela sua prática.

(ê éfe seis sete ê éfe zero nove) Construir, coletivamente, procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com o objetivo de promover a saúde.

(ê éfe seis sete ê éfe um zero) Diferenciar exercício físico de atividade física e propor alternativas para a prática de exercícios físicos dentro e fóra do ambiente escolar.

O que veremos nesta unidade

Esta unidade tem como objetivo apresentar as ginásticas de condicionamento físico explicando suas capacidades físicas, a diferença entre atividade física e exercício físico e implicações no estilo de vida das pessoas. Como proposta de vivência, sugerimos um circuito de ginástica funcional.

Propusemos a conexão de saberes com saúde, trazendo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ó dê ésse) e os Temas Contemporâneos Transversais (tê cê tês) Saúde e Processo de envelhecimento e respeito e valorização do idoso, com o trabalho com as Academias ao Ar Livre (á á éle). Em uma proposta interdisciplinar com Ciências, explicamos os sistemas locomotor (esquelético e muscular) e nervoso, pela relevância de ambos na compreensão dos movimentos e exercícios.

A avaliação formativa é proposta por meio de questões que estimulam a reflexão sobre os conceitos da ginástica, sobre as percepções da vivência do circuito de ginástica funcional e também da identificação dos aparelhos da á á éle como alternativa de prática para a promoção da saúde.

Por fim, os estudantes construirão um semanário de práticas para estimular suas capacidades físicas de fórma autônoma e como multiplicadores do conhecimento para sua família. Serão confeccionados também fôlderes com informações para a utilização dos aparelhos da á á éle como fórmas de atuação na comunidade.

DE OLHO NAS IMAGENS

Para iniciar, mostre aos estudantes as imagens desta página ou outras de diferentes tipos de ginástica de condicionamento físico, como crossfit, musculação, ginástica laboral e ginástica funcional.

Levante o conhecimento prévio que eles têm sobre ginásticas de condicionamento físico por meio das perguntas sugeridas a seguir e vá ampliando o roteiro conforme o encaminhamento das reflexões.

  • O que as pessoas mostradas nas imagens estão praticando?
  • Você já conhecia esses tipos de ginástica? Conhece pessoas que os praticam?
  • Você sabe qual é o objetivo desses tipos de ginástica? Conhece outras práticas com o mesmo objetivo?

Após ouvir as respostas dos estudantes, explique a eles que as ginásticas de condicionamento físico são práticas voltadas à melhoria do rendimento, à aquisição e à manutenção da condição física individual ou à modificação da composição corporal. Dê exemplos de outras ginásticas que apresentam o mesmo objetivo, como localizada, step, alongamento, jump, hidroginástica, caminhada, entre outras.

Esse momento é precioso para o planejamento das aulas. É possível ampliar, adequar e aprofundar os temas da ginástica conforme as especificidades de cada turma. Para complementar, proponha uma pesquisa de imagens e vídeos sobre tipos de ginástica de condicionamento físico de interesse dos estudantes. Use os recursos disponíveis, como o celular ou a sala de informática, e anote as escolhas feitas para sistematizar e adequar as próximas aulas desta unidade temática.

Aproveite e reflita sobre sua prática pedagógica: quais são suas dificuldades ao trabalhar essas ginásticas durante as aulas? Na perspectiva de um professor-pesquisador, há medidas que podem ser adotadas para melhorar o seu trabalho com essas práticas, como parceria com professores da escola, academias e personal trainers, entre outras.

A seguir, apresentaremos uma possibilidade de abordar a temática, mas lembrando que existem outras manifestações e estratégias para o ensino dessa prática corporal de movimento que podem ser contempladas conforme o contexto, os recursos e a necessidade da comunidade escolar na qual você e os estudantes estão inseridos.

Fotografia. Homem de cabelo raspado, camiseta branca e bermuda cinza. Ele está se exercitando em uma academia, segurando com as mãos uma barra com pesos.
Fotografia. Pessoas em um escritório em pé com as mãos estendidas para cima e o tronco levemente inclinado para a esquerda.
Exemplos de ginástica de condicionamento físico: brasileiro praticando musculação e um grupo de alemães realizando ginástica laboral. abre colchetesem localfecha colchete, 2010-2020.

Por dentro do tema

As ginásticas podem ser competitivas ou não competitivas. As ginásticas competitivas, como a ginástica artística, a ginástica rítmica e a ginástica de trampolim, são tratadas como esportes de caráter técnico-combinatório pela Bê êne cê cê (BRASIL, 2018).

Nesta unidade, abordaremos as ginásticas de condicionamento físico, que são não competitivas, assim como a ginástica geral, e a de conscientização corporal.

O que é a ginástica de condicionamento físico?

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

Locutor: Capacidades físicas

Voz feminina: Olá! Hoje vamos começar a nossa conversa com algumas perguntas.

Voz masculina: Você sabe o que é capacidade física?

Voz feminina: Já ouviu falar em habilidades motoras? 

Voz masculina: Se você respondeu que capacidade física e habilidade motora são a mesma coisa, enganou-se! São conceitos diferentes, embora haja uma grande relação entre eles. 

Voz feminina: Para ficar mais fácil, basta pensar que as habilidades motoras necessitam das capacidades físicas para serem realizadas.

Voz masculina: A partir de agora, vamos ajudar você a entender essa diferença citando alguns exemplos de como esses dois conceitos estão presentes em nosso dia a dia.

Voz feminina: Vamos falar de quatro capacidades físicas: força, velocidade, resistência e flexibilidade.

Voz masculina: A velocidade é a capacidade de realizar movimentos rápidos no menor tempo possível, geralmente com intervalos entre eles.

Por exemplo... Quando estamos caminhando em direção ao ponto de ônibus e decidimos aumentar a velocidade, transformamos a caminhada em uma corrida para não perder o ônibus, certo?

E se temos a capacidade de aumentar ainda mais a velocidade, a corrida pode ficar vigorosa, com passos largos e fazendo com que nossos músculos, principalmente os dos membros inferiores, como glúteos, coxas, pernas e pés, trabalhem ainda mais.

Voz feminina: Ou seja: quanto mais usamos a nossa capacidade física velocidade, menos tempo demoramos para realizar uma atividade.

Voz masculina: Exatamente! Porém, essa capacidade física não é exclusiva dos músculos dos membros inferiores. Ela se manifesta no corpo todo.

Voz feminina: Como assim?

Voz masculina: Por exemplo... Se eu aumentar a velocidade de contração dos músculos da boca e da língua, olha o que acontece... [aumenta a velocidade da fala] Começo a falar muito mais rápido. Será que você está entendendo o que eu digo?

Voz feminina: [risos] Sim, estou! Quer dizer, mais ou menos... [risos]

Voz feminina: Já a força é a capacidade de vencer determinada resistência por meio da contração dos músculos. 

Essa resistência pode ser um peso que eu quero levantar na academia ou uma mochila que preciso carregar.

Voz masculina: Se eu tiver que levantar uma caixa cheia de livros e mantê-la suspensa por um tempo, preciso da força dos meus músculos.

Voz feminina: E se eu quiser simplesmente me levantar de uma cadeira ou empurrar um sofá, também preciso da força dos meus músculos.

Voz masculina: Em todas essas situações usamos os nossos músculos para vencer uma resistência, às vezes com grande esforço, outras vezes nem tanto, mas a capacidade de força está sempre presente. 

Voz feminina: E por falar nisso, resistência também é uma capacidade física, certo?

Voz masculina: Sim! Resistência é a capacidade de suportar algo ou manter uma atividade por um tempo prolongado. Nadar muitos quilômetros, dançar por diversos minutos ou mesmo pedalar por horas.

Voz feminina: Permanecer de pé em uma fila por muito tempo, percorrer um trajeto longo carregando uma mala nos braços...

Essas são algumas situações que todos já vivemos ou observamos ao nosso redor. Nelas, a capacidade física de resistência é essencial!

Voz masculina: Mas... E a flexibilidade?

Voz feminina: Ah... Boa pergunta! O próprio nome nos dá algumas dicas. Flexibilidade lembra flexível, algo que não é duro nem rígido. Então pode ser um elástico, uma borracha...

Voz masculina: Uma contorcionista...

Voz feminina: Verdade! A flexibilidade nos permite realizar movimentos amplos com nossas articulações, sem que isso nos machuque. Flexionar bem os joelhos, cruzar os braços à frente do tronco e tocar as costas com as mãos, afastar as pernas realizando espacate, manter os joelhos bem estendidos enquanto encostamos as mãos nos pés.

Voz masculina: Inclusive, os exercícios de alongamento, quando feitos com regularidade, nos ajudam a desenvolver essa capacidade física.

Voz masculina: É importante lembrar que as capacidades físicas têm muito a ver com a genética. Às vezes, herdamos características dos nossos pais que nos permitem ser naturalmente fortes, resistentes, flexíveis ou velozes.

Voz feminina: É verdade, mas não podemos contar apenas com aquilo que vêm dos nossos pais, afinal, as capacidades físicas são treináveis. Elas necessitam de exercícios para serem estimuladas e desenvolvidas.

Voz masculina: Bem lembrado! Elas são aprimoradas ao longo da vida por meio das atividades que realizamos. 

Desenvolvemos as capacidades físicas quando nos exercitamos, quando treinamos ou quando nos colocamos em situações nas quais elas são exigidas. 

Voz feminina: E isso permite que qualquer pessoa possa atingir níveis muito altos de capacidades físicas. O que é muito legal!

Voz masculina: Com tudo isso bem explicado, agora fica fácil entender a diferença entre capacidade física e habilidade motora. Quer ver?

Voz feminina: As habilidades motoras usam as capacidades físicas combinadas para a realização de tarefas.

Por exemplo... Força, velocidade e flexibilidade são capacidades físicas, e todas elas, de forma combinada, são utilizadas no momento de arremessar uma bola de basquete ou chutar uma bola de futebol.

Voz masculina: Neste caso, arremessar e chutar seriam as habilidades motoras; enquanto força, velocidade e flexibilidade seriam as capacidades físicas.

Voz feminina: Outro exemplo é quando andamos de bicicleta, uma habilidade motora que usa todas as capacidades físicas que comentamos.

Na subida, usa mais força. Se quisermos alcançar um colega à nossa frente, usamos a velocidade. Quando a pedalada é longa, dá-lhe resistência! A cada flexão e extensão dos joelhos durante as pedaladas, lá está a flexibilidade.

Se começarmos a reparar em cada atividade ou tarefa que realizamos no dia a dia, descobriremos quanto as capacidades e as habilidades são acionadas a todo momento.

Voz masculina: Huuummm... Isso me deu vontade de ligar a TV para assistir a um jogo de voleibol e ficar só observando as capacidades e habilidades dos jogadores.

Voz feminina: Eu também quero fazer alguma coisa, mas prefiro ir a algum parque para caminhar e ver as crianças brincando. Estou precisando andar um pouco!

Voz masculina: Tá legal, vai... Eu acompanho você!

Ambos: Vamos nessa?

Locutor: Créditos: Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound e da Incompetech.

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018), as ginásticas de condicionamento físico se caracterizam pela exercitação corporal voltada às finalidades elencadas a seguir.

Organograma. PRINCIPAIS FINALIDADES DAS GINÁSTICAS DE CONDICIONAMENTO FÍSICO. Na parte superior, dentro de um boxe, o texto:  Ginásticas de condicionamento físico. Abaixo, três boxes, um ao lado do outro, com os textos: 
Melhoria do rendimento. 
Obtenção e manutenção da condição física individual. Aperfeiçoamento da composição corporal.

Esquema elaborado com base na BNCC (BRASIL, 2018).

As ginásticas de condicionamento físico englobam ampla variedade de exercícios físicos que proporcionam um desempenho adequado das funções orgânicas e boa condição física, colaborando com a saúde do indivíduo. Além disso, auxiliam no conhecimento das possibilidades e dos limites do próprio corpo por meio do aprimoramento das capacidades físicas.

Amplamente utilizadas na preparação física de atletas e artistas (de circo, bailarinos, entre outros) e na reabilitação de diversos tipos de pacientes, essas práticas podem ser usadas, também, para fins estéticos e de emagrecimento, já que contribuem para a melhoria da composição corporal se houver acompanhamentos profissionais de médico e de nutricionista, aliando, assim, as práticas corporais com as práticas alimentares saudáveis.

As ginásticas de condicionamento físico devem observar os seguintes princípios do treinamento (TUBINO, 1984; DANTAS, 1995):

  • Individualidade biológica: cada pessoa tem uma estrutura e formações física e psíquica particulares, e o treinamento deve observar e obedecer às características e às necessidades do indivíduo para atingir melhores resultados.
  • Adaptação: quando o organismo é estimulado, imediatamente surgem mecanismos de compensação para responder a um aumento de necessidades fisiológicas. Os estímulos de níveis médios para fortes são considerados os ideais para provocar adaptações, tendo em vista as alterações dos órgãos e sistemas funcionais, que surgem em decorrência das atividades propostas.
  • Sobrecarga: a evolução no treinamento se dá pelo aumento progressivo dos estímulos aplicados, considerando a carga aplicada e o tempo de recuperação ideal.
  • Continuidade: a manutenção e o aprimoramento do condicionamento físico ocorrem quando não há interrupções sucessivas e prolongadas dos exercícios. Por isso, devem-se respeitar as sessões planejadas de movimentos repetidos, com frequência e intensidade estabelecidas.
  • Interdependência volume versus intensidade: ajuste cuidadoso entre a quantidade total de trabalho realizado e a carga aplicada durante os treinamentos.
  • Reversibilidade: caso os princípios de continuidade e de sobrecarga não sejam aplicados adequadamente, as adaptações e os benefícios do treinamento serão perdidos.

São considerados exemplos de ginásticas de condicionamento físico a musculação, a hidroginástica, a ginástica localizada, o alongamento e a ginástica funcional. Atualmente, a tecnologia propicia a vivência da ginástica por meio de games e aplicativos que propõem exercícios que estimulam as capacidades físicas.

#FiqueLigado

Pesquise na internet o vídeo sugerido a seguir e apresente-o aos estudantes.

FIT – Aerobics - basic step abre colchetesem localfecha colchete, 2017. 1 vídeo (3 minutos 48 segundos). Publicado pelo canal Ziploc 13.

Simulação de aula de step (para iniciantes e avançados). Esse jogo está relacionado à ginástica de condicionamento físico. Assista ao vídeo e tente acompanhar os movimentos.

Atividade física ou exercício físico?

O ato de se movimentar envolve o exercício físico, as práticas corporais e as atividades físicas. É fundamental que os estudantes saibam diferenciar atividade física de exercício físico.

Atividade física é conceituada como todo movimento corporal voluntário que promove um gasto energético maior do que os níveis de repouso. Esse dispêndio energético equivalente à atividade física do cotidiano pode ser proveniente de cinco categorias (GUEDES; ARAÚJO; ARAÚJO, 2021), a saber:

a) deslocamento ativo;

b) ocupação profissional;

c) tarefas domésticas;

d) atividades de lazer e de tempo livre;

e) prática de esporte e em programas de condicionamento físico.

São exemplos de atividades físicas: arrumar o quarto, andar até o mercado, limpar a casa, dançar, entre outros. Ressalte a importância de incluir algumas atividades desse tipo no cotidiano dos estudantes a fim de estimular um estilo de vida ativo.

O conceito de exercício físico é mais restrito do que o de atividade física. Exercícios físicos são atividades físicas planejadas, estruturadas e repetidas, cujo objetivo é melhorar a saúde geral, aprimorando um ou mais componentes do condicionamento físico.

Fotografia. Em primeiro plano, mulher de meia-idade com tranças no cabelo castanho, sentada em uma esteira na grama. Ela está com os joelhos flexionados, com o pé direito apoiado no chão, na frente da perna esquerda. A mão direita está sobre a perna direita e a mão esquerda, apoiada no chão. Atrás, outra mulher, também de meia-idade, de cabelo grisalho, sentada na mesma posição. Ao fundo, árvores floridas.
Mulheres realizando exercício físico ao ar livre, visando um estilo de vida saudável. abre colchetesem localfecha colchete, 2020.

Mapa mental – Capacidades físicas

Mapa mental com o título "Capacidades físicas".  Em um quadro, há recados coloridos presos por tachinhas, com os textos: Velocidade: é a capacidade de realizar ações vigorosas em curto espaço de tempo, geralmente com intervalo entre elas.  
Resistência: é a qualidade de manter esforço físico pelo maior espaço de tempo possível, superando a fadiga eficientemente e dela se recuperando. 
Força: corresponde a vencer determinada resistência por meio de contrações musculares. É graças à força que conseguimos nos levantar da cadeira ou pegar um objeto no chão. 
Agilidade: é responsável pelas mudanças de direção repentinas. É dependente da velocidade e da força. É muito utilizada nos esportes coletivos e nas brincadeiras de pegar e fugir. 
Flexibilidade: é o atributo de realizar movimentos articulares na maior amplitude possível sem prejuízo às articulações.

Mapa mental elaborado para esta obra.

Esse condicionamento é composto das capacidades físicas, que são velocidade, fôrça, resistência, flexibilidade e agilidade (MARQUES; OLIVEIRA, 2001).

Capacidades físicas são qualidades físicas que apresentam aspectos inatos e treináveis. Elas são componentes do rendimento físico e necessitam de exercícios para serem estimuladas, desenvolvidas e aprimoradas.

O equilíbrio, entendido como a capacidade de sustentação estática ou dinâmica do corpo por determinado período de tempo, e a coordenação motora, compreendida como a qualidade de utilização de órgãos e sistemas com outros segmentos corporais, permitindo a execução de tarefas motoras com suavidade e precisão, são exemplos de capacidades coordenativas.

Elas também podem ser aprimoradas e estimuladas por meio da prática de exercícios físicos. Veja no #FiqueLigado sugestão de leitura para o professor.

#FiqueLigado

GUEDES, Dartanham P. êti ól Atividade física e exercício físico na promoção da saúde. Londrina: Editora , 2021.

O autor apresenta conceitos e pressupostos adotados mais recentemente como referência na proposição de ações direcionadas à promoção da saúde.

Conectando saberes

Saúde.

Esta seção propõe um trabalho interdisciplinar com Ciências, desenvolvendo as habilidades (ê éfe zero seis cê ih zero seis), (ê éfe zero seis cê ih zero sete) e (ê éfe zero seis cê ih zero nove). O objetivo é mostrar, por meio de modelos digitais, que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos animais resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso e que este último é responsável pela coordenação das ações motoras e sensoriais do corpo.

Integração dos sistemas locomotor e nervoso

Ao falar de atividade física, exercício físico e ginástica de condicionamento físico, é fundamental comentar com os estudantes que o sistema responsável pela realização dos diversos movimentos do corpo e pela locomoção é o sistema locomotor.

Em integração com o componente curricular Ciências, esclareça que o sistema locomotor é composto de outros dois sistemas que atuam em conjunto: o muscular e o esquelético. Explique a integração entre eles.

Já o sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo e é formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que tem a função de captar as mensagens e os estímulos do ambiente, interpretá-los e arquivá-los. Depois, o sistema nervoso elabora respostas, que podem ser dadas na fórma de movimentos, sensações ou constatações. Assim, podemos deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimentação das pessoas resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso.

Mostre aos estudantes a relação dos sistemas do corpo com as capacidades físicas.

  • fôrça e resistência muscular estimulam a coordenação neuromuscular (sistemas nervoso e muscular) e o aumento de fibras musculares.
  • Flexibilidade ativa os sistemas muscular e esquelético, aumentando a amplitude articular.
  • Agilidade e velocidade necessitam da ativação do sistema nervoso para o estímulo adequado tanto para os movimentos musculares rápidos como para o deslocamento em diferentes direções e sentidos.

Apresente aos estudantes imagens e/ou vídeos para demonstrar como são esses sistemas. Veja as sugestões no #FiqueLigado.

#FiqueLigado

Pesquise na internet os vídeos sugeridos a seguir e apresente-os aos estudantes.

SISTEMA locomotor | Corpo humano para crianças | Sistema ósseo e sistema muscular. abre colchetesem localfecha colchete, 2019. 1 vídeo (5 minutos 8 segundos). Publicado pelo canal Smile and Learn.

Vídeo educativo sobre o sistema ósseo e o sistema muscular, mostrando os principais ossos e músculos do corpo humano e os respectivos nomes e explicando como os músculos trabalham e, em conjunto com os ossos, formam o sistema locomotor.

SISTEMA nervoso – Corpo humano para crianças. abre colchetesem localfecha colchete, 2019. 1 vídeo (1 minuto 30 segundos). Publicado pelo canal Smile and Learn.

Vídeo educativo sobre o sistema nervoso que explica as funções desse sistema e como ele é formado.

Estilo de vida ativo versus Estilo de vida sedentário

O estado de saúde das pessoas está relacionado ao modo como vivem e interagem com as condições de vida que elas têm. Atualmente, ao mesmo tempo que notamos a proliferação de academias e outras instituições espalhadas em muitos locais, contraditoriamente algumas sociedades têm se tornado cada vez menos ativas e mais sedentárias.

Apresente aos estudantes o conceito de sedentarismo como a falta ou a redução de atividades físicas e exercícios físicos em pessoas de qualquer faixa etária. O sedentarismo ocorre quando essas atividades e exercícios não são feitos com regularidade ou quando são insuficientes para atender às necessidades do organismo.

Leve-os a refletir sobre as consequências de um estilo de vida sedentário – cansaço, obesidade, má postura, pressão alta, doenças cardiovasculares, maior nível de estresse, dores nas articulações, perda de massa muscular, dores musculares após esforços etcétera

Assista com a turma ao vídeo indicado no #FiqueLigado e, em pequenos grupos, registrem as dicas para a promoção da mudança do estilo de vida sedentário para o ativo.

Visando à saúde e ao bem-estar, a Organização Mundial da Saúde (ó ême ésse, 2020) recomenda que crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, façam por dia pelo menos 60 minutos de atividade física, de moderada a intensa. Afirma também que a maior parte dessa atividade física seja aeróbica, como subir e descer escadas, caminhar, correr, pular corda, andar de bicicleta, dançar.

Estimule os estudantes a terem uma vida ativa e oriente-os a verificar se estão cumprindo, de maneira saudável, a regularidade necessária para uma atividade ser considerada exercício físico, dando-lhes as dicas a seguir.

#FiqueLigado

Pesquise na internet o vídeo sugerido a seguir e apresente-o aos estudantes.

SETE dicas para sair do sedentarismo. [Rio de Janeiro], 2021. 1 vídeo (6 minutos). Publicado pelo canal Doutor Alexandre Carvalho.

O vídeo apresenta dicas do médico esportivo Alexandre Carvalho para sair do sedentarismo, ter maior qualidade de vida e combater o estresse.

Como medir a intensidade dos exercícios físicos?

  • A velocidade e a profundidade da respiração aumentam durante a prática de um exercício físico. Por exemplo, a respiração é feita pela boca quando se atinge cêrca de 60% da frequência cardíaca máxima . Em atividades de alta intensidade, a respiração será profunda e rápida e o suor surgirá depois de apenas alguns minutos.
  • O teste de fala é outra maneira fácil e confiável de medir a intensidade de um exercício físico. Se o estudante consegue falar sem se cansar, está se exercitando em um nível baixo. Mas se ele não é capaz de dizer mais do que duas palavras sem respirar, é provável que esteja se exercitando em uma intensidade elevada.
  • A frequência cardíaca de treino sugerida deve ser de 60% a 80% da éfe cê ême e pode ser descoberta com a fórmula éfe cê ême = 220 menos a idade. Ensine os estudantes a encontrar a própria éfe cê ême. Por exemplo, um estudante de 11 anos terá uma éfe cê ême = 220 menos 11 = 209 batimentos por minuto . Aplicando o cálculo de porcentagem, tem-se: 60% de 209 bê pê ême correspondem, aproximadamente, a 125 bê pê ême; 80%, aproximadamente, a 167 bê pê ême.

Quadro elaborado para esta obra.

Autoavaliação para os estudantes

Proponha aos estudantes as questões a seguir.

  • Você é uma pessoa sedentária ou ativa, conforme as orientações da ó ême ésse?
  • Quantas horas de atividades físicas ou de exercícios físicos você faz por dia?
  • Quantas horas você fica na frente das telas (celular, videogame, computador ou televisão)?
  • Quais são os efeitos do sedentarismo no seu corpo?

Peça que compartilhem as respostas com a turma e as registrem no caderno para serem revisitadas. Ressalte que as aulas de Educação Física contribuem para o aumento dos minutos semanais com a prática de atividade física e com hábitos saudáveis, os quais podem ser adotados ao longo da vida.

Quadro elaborado para esta obra.

Ginástica funcional

É um método com base em movimentos do cotidiano, como levantar, puxar, agachar ou empurrar. Tem como objetivos aprimorar as capacidades físicas necessárias para as atividades da vida diária , desenvolver a performance ocupacional (voltada ao trabalho) e melhorar o desempenho esportivo.

O exercício de prancha, por exemplo, pode auxiliar um trabalhador a manter a boa postura no escritório (funcionalidade ocupacional); os arremessos de bola na parede podem contribuir para fortalecer a musculatura para o gesto de arremesso de um jogador de basquete (funcionalidade esportiva); os agachamentos podem melhorar a capacidade de um idoso levantar-se do sofá (funcionalidade cotidiana).

De acordo com Teotônio . (2013), o treinamento funcional prioriza movimentos funcionais, e não músculos isoladamente, envolvendo, dessa fórma, as capacidades físicas – equilíbrio, fôrça, velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência – de fórma integrada, por meio de movimentos multiarticulares e multiplanares (que envolvem movimentos das articulações nos planos sagital, frontal e transverso).

Uma das diferenças entre a ginástica funcional e a musculação é o uso de poucos acessórios, de maneira que pode ser feita até mesmo em casa ou ao ar livre. Outra distinção é que os aparelhos de academia estimulam áreas isoladas do corpo, enquanto a ginástica funcional prioriza movimentos que utilizam o corpo todo. Esse tipo de ginástica também é muito procurado, pois pode facilmente ser adaptado ao tempo disponível e ao objetivo de cada praticante.

Vamos à prática!

Capacidades físicas no circuito de ginástica funcional

Sugerimos que o circuito seja montado com antecedência, dispondo as estações ao redor de toda a quadra (ou em um espaço amplo e plano), de maneira circular, com distanciamento entre elas. Os materiais e as estações podem ser adaptados à realidade da escola e às necessidades e aos anseios dos estudantes.

Em uma turma com trinta a quarenta estudantes, distribua-os em cinco estações, totalizando de seis a oito estudantes em cada uma delas. Depois, demonstre os exercícios de cada estação, explicando-os detalhadamente (ferramenta pedagógica fundamental para o ensino de novas habilidades). Aproveite para identificar o nome dos acessórios utilizados.

Cada grupo permanecerá por cinco minutos em cada estação; os integrantes do grupo deverão se revezar na execução dos exercícios de acordo com as repetições, tempo ou metragem indicados. Depois, ao seu sinal, deverão seguir para a estação seguinte (1  2  3  4  5  1).

#FiqueLigado

Para aprofundamento do assunto, sugerimos o livro a seguir.

EVANGELISTA, Alexandre Lopes; MONTEIRO, Artur Guerrini. Treinamento funcional: uma abordagem prática. terceira ediçãoSão Paulo: Forte, 2015.

O autor propõe aprofundar seus conhecimentos ou a prática em treinamento funcional.

Atenção

Acompanhe todas as práticas para verificar e garantir a segurança dos estudantes, de modo que não corram riscos de queda ou outro incidente. Verifique se todos estão com tênis e meia e se há colchonetes, toalhas e tapetes de ê vê á para todos.

Incentive a participação dos estudantes na atividade, reforçando a importância das adequações individuais, e envolva-os nos momentos de reflexão, discussão e análise crítica, para que também possam avaliar e contribuir para o próprio processo de aprendizagem.

Vamos à prática!

Durante a atividade, passe por todos os grupos, ofereça ajuda quando necessário, dê dicas e faça registros fotográficos. Promova pausas para que os estudantes possam se hidratar e se restabelecer.

Objetivos

  • Vivenciar um circuito de ginástica funcional, observando as potencialidades e os limites do próprio corpo.
  • Conhecer o nome dos materiais utilizados, bem como o dos exercícios experimentados no circuito.
  • Diferenciar exercício físico de atividade física, valorizando a prática de exercícios físicos no ambiente escolar.

Materiais

Escada de agilidade (agility ladder), que também pode ser desenhada com giz ou feita com fita-crepe; pneus; corda grande de náilon ou sisal (será amarrada nos pneus); colchonetes (tapetes ê vê á, papelão ou toalhas); step ou colchonete dobrado; bola de basquetebol ou medicine ball.

Procedimentos

O circuito a seguir será praticado na quadra (pátio ou qualquer espaço amplo e plano):

  • Número de estudantes por estação: seis a oito.
  • Tempo de permanência em cada estação: cinco minutos.
  • Tempo total do circuito, incluindo as trocas e as explicações: aproximadamente 45 minutos (uma aula). Se você utilizar as variações apresentadas, terá mais um circuito de ginástica funcional para a aula seguinte.

Estação 1: Escada de agilidade

Utilizar a escada de agilidade (agility ladder) conforme as sugestões a seguir.

Ilustrações elaboradas para esta obra.

Ilustração. Seis fileiras de quatro quadrados cada, indicando um movimento com os pés.
Fileira 1
1. Os dois pés dentro do quadrado. 2. Os dois pés fora, cada um de um lado do quadrado. 3. Os dois pés dentro do quadrado. 4. Os dois pés fora, cada um de um lado do quadrado.
 
Fileira 2
1. Os dois pés dentro do quadrado. 2. Os dois pés dentro do quadrado. 3. Os dois pés dentro do quadrado. 4. Os dois pés dentro do quadrado. 

Fileira 3
1. À direita, os dois pés fora do quadrado; depois, os dois pés dentro. 2. À esquerda, os dois pés fora do quadrado; depois, os dois pés dentro. 3. À direita, os dois pés fora do quadrado; depois, os dois pés dentro. 4. À esquerda, os dois pés fora do quadrado; depois, os dois pés dentro. 

Fileira 4
1. Os dois pés fora do quadrado, cada um de um lado; depois, os dois pés dentro. 2. Os dois pés fora do quadrado, cada um de um lado; depois, os dois pés dentro. 3. Os dois pés fora do quadrado, cada um de um lado; depois, os dois pés dentro. 4. Quadrado vazio.  

Fileira 5
1. Os dois pés fora do quadrado, cada um de um lado; depois, o pé esquerdo dentro. 2. Os dois pés fora do quadrado, cada um de um lado; depois, o pé direito dentro. 3. Os dois pés fora do quadrado, cada um de um lado; depois, o pé esquerdo dentro. 4. Os dois pés fora do quadrado, cada um de um lado; depois, o pé direito dentro. 

Fileira 6
1. O pé esquerdo dentro do quadrado. 2. O pé direito dentro do quadrado. 3. À esquerda, os dois pés fora do quadrado; depois, o esquerdo dentro. 4. À direita, os dois pés fora do quadrado; depois, o direito dentro. 

Ilustração. Menino uniformizado, de camiseta azul-claro e bermuda verde-escuro, pisando em um quadrado com o pé esquerdo. A outra perna está levantada.
Sugestões de movimentações na escada de agilidade.

Vamos à prática!

Estação 2: Arrastando pneus

Puxar por 10 metros a corda amarrada a um ou dois pneus com a fôrça dos braços e do tronco.

Variação: arrastar o pneu amarrado à cintura, por meio da fôrça das pernas.

Ilustração. Duas crianças uniformizadas, de camiseta azul-claro e bermuda verde-escuro. A menina está com os joelhos flexionados em noventa graus, segurando com as mãos uma corda presa a um pneu. Ao lado, o menino está correndo com uma corda enrolada na cintura presa a um pneu.
Adolescente puxando pneu com as mãos e outro adolescente arrastando pneu amarrado à cintura.

Atenção

Destaque a multiplicidade de padrões de desempenho durante a vivência, proponha a discussão sobre posturas preconceituosas em relação aos mais fracos, mais lentos, etc. e complemente com assuntos sobre estilo de vida saudável, sedentarismo, alimentação saudável e hidratação, padrões de beleza e a mídia, conforme o desejo dos estudantes, trazendo vídeos, imagens, reportagens, charges, artigos científicos, entre outros materiais.

Estação 3: Prancha

Realizar 30 segundos de prancha frontal no colchonete.

Variação: prancha lateral com apoio dos joelhos.

Ilustração. Menina de uniforme azul-claro e verde-escuro com os braços e as mãos apoiados em um colchonete e sobre a ponta dos dedos dos pés, com a coluna reta.
Prancha frontal.
Ilustração. Menina de uniforme azul-claro e verde-escuro com a mão e o braço esquerdos apoiados em um colchonete, mão direita na cintura, pernas juntas e joelhos semiflexionados, com a coluna reta.
Prancha lateral.

Estação 4: Arremesso de bola

Arremessar a bola na parede à frente, após um agachamento wall ball.

Realizar dez repetições.

Variação: arremessar a bola lateralmente na parede, após uma rotação de tronco side throw.

Ilustrações elaboradas para esta obra.

Ilustração. Quatro crianças de uniforme azul-claro e verde-escuro, de costas. À esquerda, uma menina, agachada, segura uma bola com a mão direita. A menina e os dois meninos ao lado, em pé, lançam uma bola para cima. A cada lançamento, a altura que a bola atinge vai aumentando.
Arremesso de bola à frente.
Ilustração. Menino de uniforme azul-claro e verde-escuro segura uma bola em dois movimentos. 1. Ele está segurando a bola, inclina-se para a esquerda e prepara-se para o lançamento. 2. Ele acaba de lançar a bola, que bate numa parede.
Arremesso lateral side throw.

Vamos à prática!

Estação 5: Agachamento

Realizar vinte repetições de agachamento com apoio de um pé no step e outro no solo, seguido de salto lateral.

Variação: agachamento búlgaro.

Ilustração. Menina de uniforme azul-claro e verde-escuro em 3 movimentos. 1. Ela está com a perna esquerda semiflexionada sobre um step. 2. Ela está saltando sobre o step. 3. Ela está com a perna direita  semiflexionada sobre o step.
Agachamento com salto.
Ilustração. Menina de uniforme azul-claro e verde-escuro em 2 movimentos. Ela está com a perna direita sobre o step, com o joelho flexionado, e a perna esquerda semiflexionada.
Agachamento búlgaro.

Ilustrações elaboradas para esta obra.

Avaliação formativa

Utilize as perguntas a seguir para realizar uma avaliação formativa.

  1. Identifique a capacidade física desenvolvida prioritariamente em cada estação.
  2. Qual é a diferença entre exercício físico (vivenciado no circuito) e atividade física?
  3. O circuito trabalhado despertou em você o interesse pela ginástica de condicionamento físico? Identifique as facilidades e as dificuldades pessoais encontradas na atividade.
  4. Reflita: Que estilo de vida e de envelhecimento você deseja ter?
  5. Desenhe o circuito de ginástica funcional vivenciado em aula, destacando os exercícios realizados, os materiais utilizados e as estações presentes. Depois, pesquise outro exercício físico que poderia ajudar a compor um novo circuito, incluindo-o no registro.

Retome e reforce os conceitos estudados nesta unidade e estimule a turma a se autoavaliar em relação aos seus interesses, bem como ao seu condicionamento físico, à sua saúde e ao seu bem-estar, além de observar as potencialidades e os limites do próprio corpo.

Versão adaptada acessível

Atividade 5.

Represente o circuito de ginástica funcional vivenciado em aula, destacando os exercícios realizados, os materiais utilizados e as estações presentes. Depois, pesquise outro exercício físico que poderia ajudar a compor um novo circuito, incluindo-o no registro.

Conectando saberes

Saúde, envelhecimento, respeito e valorização do idoso

Nesta seção, estabelecemos conexões entre a ginástica de condicionamento físico e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ó dê ésse), destacando as questões de saúde e bem-estar e educação de qualidade. Estimule os estudantes a identificarem e conhecerem suas capacidades, habilidades, limites, possibilidades, estado físico e variadas fórmas de manter um estilo de vida saudável e ativo, para que essas aprendizagens sejam aplicadas ao longo da vida.1nota de rodapé Além disso, são contemplados os temas Saúde e Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso dos Temas Contemporâneos Transversais (tê cê tês).

Cidadania e civismo

Os ó dê ésse foram adotados em 2015, em reunião de chefes de Estado e de Governo na séde da Organização das Nações Unidas , em Nova iórque. Foi uma decisão histórica dos países-membros da ônu para unir fôrças em prol de uma Agenda Mundial de Desenvolvimento Sustentável, que deve ser cumprida até 2030.

Esses objetivos são um apelo global a ações que buscam erradicar a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e prosperidade.

A ginástica de condicionamento físico se conecta principalmente com os seguintes ó dê ésse:

3. Saúde e bem-estar: garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.

4. Educação de qualidade: garantir uma educação de qualidade, inclusiva e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

Para saber mais sobre cada um dos ó dê ésse, acesse:

ó dê ésse/í bê gê É. Secretaria Especial de Articulação Social. Indicadores brasileiros para os objetivos de desenvolvimento sustentável: agenda 2030. Disponível em: https://oeds.link/is4v7R. Acesso em: 22 abril 2022.

Nesse site, ao clicar nos ícones dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ó dê ésse), você terá acesso às informações sobre cada um deles e, ao clicar no ícone Quadro geral dos indicadores, terá acesso a mais informações. Todas essas informações foram levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (í bê gê É), e as notícias publicadas sobre as 17 ó dê ésse são constantemente atualizadas.

Ilustração. Um quadrado com o texto: 3 SAÚDE E BEM-ESTAR. Abaixo, desenho de uma linha em zig-zag e um coração. 

Ilustração. Um quadrado vermelho com o texto: 4 EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. Abaixo, um livro aberto e uma caneta.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ó dê ésse). Disponível em: https://oeds.link/is4v7R. Acesso em: 21 abril 2022.

Academias ao Ar Livre

Tendo em vista questões de saúde e o processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso, pode ser abordada com os estudantes a ginástica de condicionamento físico das Academias ao Ar Livre – aparelhos de musculação e exercícios físicos instalados em espaços públicos, como praças e parques.

Tais instalações, iniciadas em 2005, são parte das ações previstas pela Estratégia Global de Alimentação e Atividade Física, proposta pela ó ême ésse em 2004. Houve a intencionalidade de criar layouts interessantes e duráveis e utilizar cores vibrantes como estratégias para incentivar o uso. Segundo os profissionais da saúde, são eficientes para trabalhar a fôrça muscular e as articulações.

As praças e os parques são lugares estratégicos para a implementação desse projeto, pois as á á éle estão presentes em muitos bairros e são uma oportunidade gratuita para cuidar da saúde.

Destaque que a utilização de espaços públicos ao ar livre para a prática de atividades físicas frequentes também gera benefícios, como a diminuição da incidência de doenças, menor estresse e mais disposição para o cotidiano. Contribui, ainda, para a melhoria da saúde mental, emocional e psíquica, por proporcionar momentos de leveza, lazer, convivência e bem-estar.

Recomendamos, se possível, uma saída pedagógica (devidamente planejada com a direção escolar e autorizada pelos responsáveis por meio de comunicado por escrito e assinado) para uma á á éle perto da unidade escolar, com a finalidade de realizar uma aula prática, uma experimentação im loucou.

Esse tipo de atividade proporciona uma maneira lúdica e interativa de aprendizagem no ambiente visitado. Contribui, ainda, para a inovação da prática pedagógica e promove maior envolvimento dos estudantes na aprendizagem.

Se achar necessário e adequado, divida a turma em grupos; peça a cada grupo que tenha em mãos um caderno e uma caneta para anotar os nomes dos aparelhos da á á éle visitada e as partes do corpo que cada um trabalha.

Registre a saída pedagógica com fotografias, que poderão ser usadas posteriormente na avaliação ou, ainda, na composição de um mural a ser exposto na escola.

Caso não seja possível realizar a saí­da pedagógica, providencie imagens dos aparelhos que em geral compõem uma á á éle e mostre-as aos estudantes. Depois de apresentar a imagem e falar o nome de cada aparelho, pergunte a eles se imaginam quais são os movimentos executados e as partes do corpo trabalhadas pelos respectivos aparelhos.

Confirme as hipóteses levantadas e estimule-os a corrigir as que não estiverem de acordo com a realidade.

Fotografia. Aparelhos de ginástica de ferros coloridos em uma praça. Atrás, casas e montanhas.
Academia ao Ar Livre em São José do Barreiro São Paulo, 2019. As á á éle podem ser utilizadas por pessoas de diversas faixas etárias, de crianças (desde que supervisionadas) a idosos.

Avaliando em diferentes linguagens

Providencie imagens de alguns aparelhos que compõem uma á á éle (podem ser fotografias tiradas durante a visita pedagógica) e proponha uma atividade avaliativa em que a turma as observe e, por meio delas, identifique os nomes dos aparelhos e as capacidades físicas que cada um estimula. Veja os exemplos a seguir.

Ilustração. 1. Suporte de ferro com apoios dos pés com movimentos para frente e para trás. 2. Suporte de ferro colorido com apoios dos pés com movimentos laterais. 3. Suporte de ferro colorido em formato de bicicleta sem pedal. 4. Suporte de ferro colorido com volantes.  5. Suporte de ferro colorido com dois acentos e levantamento de braço. 6. Cadeira de ferro colorido com um pedal de bicicleta.

Ilustrações elaboradas para esta obra.

  1. Simulador de caminhada: resistência aeróbia e flexibilidade ao realizar movimentos amplos.
  2. Balanço lateral: flexibilidade e agilidade.
  3. Simulador de cavalgada: resistência muscular e fôrça.
  4. Giro diagonal: flexibilidade.
  5. Puxador peitoral: resistência muscular e fôrça.
  6. Bicicleta de cadeira: resistência aeróbia.
Orientação para acessibilidade

Se houver estudantes cegos na turma, é recomendado apresentar as imagens com o uso de ferramentas digitais para garantir sua audiodescrição.

Protagonismo juvenil: aplicação dos saberes

Multiplicadores dos saberes sobre ginástica

A experiência educativa precisa ser reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Por isso, nesta seção, são desenvolvidas as competências gerais 1, 4 e 8.

Assim, propõe-se que os estudantes atuem na comunidade escolar e com os indivíduos afetados por ela, utilizando os conhecimentos aprendidos nesta unidade, testando suas ideias e auxiliando na resolução de um problema (o sedentarismo, por exemplo).

Sugerimos duas propostas de fechamento do trabalho com a unidade, com os objetivos de compartilhar e aplicar os conhecimentos junto à família e à comunidade escolar e ao mesmo tempo avaliar os estudantes.

São oportunidades para desenvolver a empatia e a cooperação, o convívio social com a comunidade escolar e a utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação, produzindo novos conhecimentos e projetos autorais e coletivos.

Além disso, são propostas adequadas para trabalhar com grupos grandes (turmas numerosas) de estudantes que apresentem diferenças significativas de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.

A. Ginástica de condicionamento físico com a família

Oriente a turma a construir um quadro intitulado “Semanário de prática: ginástica de condicionamento físico” (ver o modelo a seguir).

Ícone. Modelo.

NOME: Eduardo Guilherme Ferreira Guimarães da Silva

Ano: 6º ano

SEMANÁRIO DE PRÁTICA: GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO

SEGUNDA-FEIRA

TERÇA-FEIRA

QUARTA-FEIRA

QUINTA-FEIRA

SEXTA-FEIRA

Peça aos estudantes que desenhem ou pesquisem imagens de exercícios de ginástica de condicionamento físico para cada dia da semana.

Estimule a turma a incluir os exercícios de ginástica funcional vivenciados ou a pesquisar outros para compor o semanário personalizado.

Confira se os exercícios estão adequados e se os estudantes compreenderam os conteúdos propostos nesta unidade, garantindo assim a integridade física deles e dos familiares e a segurança na realização das atividades.

Oriente os estudantes a convidarem um ou mais familiares para praticar exercícios físicos com eles durante uma semana, seguindo o “Semanário de prática: ginástica de condicionamento físico”. Os estudantes podem demonstrar como fazer os exercícios, ajudar, dar dicas, além de se divertir ensinando tudo o que aprenderam nas aulas de Educação Física.

Peça a eles que, se possível, registrem por meio de fotografias esse momento com os familiares para compor um mural na escola incentivando a prática de exercícios físicos, a convivência com a família e o respeito às características corporais de cada indivíduo.

B. Confecção de fôlderes sobre a utilização dos aparelhos da Academia ao Ar Livre

Peça aos estudantes que formem trios ou pequenos grupos para confeccionar fôlderes (digitais ou feitos à mão) com orientações para a comunidade sobre o uso dos aparelhos de uma aa éle.

Os fôlderes deverão conter a imagem ou o desenho dos aparelhos, o nome deles e uma breve explicação de como utilizar cada um. Depois de prontos e conferidos, ajude-os a distribuir as produções para a comunidade ou oriente-os a fazê-lo em todas as saídas que realizarem com a família ou os amigos (em praças, na padaria, na porta da escola, por exemplo).

Embora o protagonismo nessas duas atividades deva ser dos estudantes, você deve mediar todo o processo, conferindo os semanários e auxiliando na montagem do mural sobre as práticas de condicionamento físico e na confecção dos fôlderes.

O professor de Informática pode contribuir na confecção do fôlder e o de Língua Portuguesa pode ajudar na correção dos textos, por exemplo, em um trabalho interdisciplinar.

Fotografia. Homem de meia-idade, de cabelo grisalho, em uma praça exercitando-se em aparelho de ferro composto por acento e levantamento de braço. À direita, outro homem, também de meia-idade, de cabelo grisalho, incentiva o amigo.
Homens realizando exercícios físicos em Academia ao Ar Livre , visando a um estilo de vida saudável. abre colchetesem localfecha colchete, 2019.
Nota de rodapé
1
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO . Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Brasília, Distrito Federal: pê êne ú dê, 2022. Como pilar da Agenda 2030, o pê êne ú dê Brasil tem como foco fortalecer o desenvolvimento social em todo o território brasileiro.
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