UNIDADE TEMÁTICA 5 AVENTURAS NA NATUREZA E INCLUSÃO
Raio- xis da unidade
Competências da Bê êne cê cê
Competências gerais da Educação Básica: 1, 2, 4, 6, 9 e 10.
Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental: 1, 2, 3, 4 e 6.
Competências específicas de Educação Física para o Ensino Fundamental: 2, 3, 6, 7, 8, 9 e 10.
Habilidades de Educação Física da Unidade Temática
( ê éfe oito nove ê éfe um nove) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura na natureza, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais, respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos de degradação ambiental.
( ê éfe oito nove ê éfe dois zero) Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança para erar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza.
( ê éfe oito nove ê éfe dois um) Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos, indumentária, organização) das práticas corporais de aventura na natureza, bem como suas transformações históricas.
O que veremos nesta unidade
Nesta unidade, vamos apresentar a prática corporal de aventura na natureza chamada stand up paddle, tendo como enfoque o processo histórico, as medidas de segurança necessárias e os equipamentos utilizados para vivenciá-la. Além disso, mostraremos que essa atividade pode funcionar como agente de inclusão social para pessoas com deficiência, pois há soluções e adaptações que possibilitam a todos desfrutar essa experiência.
Vamos também propor uma reflexão sôbre a importância de se respeitar os espaços em que ocorrem as atividades, de modo a evitar a degradação do meio ambiente.
Com o objetivo de que os estudantes estabeleçam conexões entre os saberes dos diferentes componentes curriculares, sugerimos propostas pedagógicas que trabalham a interdisciplinaridade com Língua Portuguesa, Ciências e Arte, além dos Temas Contemporâneos Transversais ( tê cê tês): Educação ambiental, destacando a sustentabilidade; e Educação em direitos humanos.
Você pode também incluir outras propostas se considerá-las importantes para o contexto da comunidade a que atende, assim como adaptar as atividades para que estudantes com deficiência possam participar de maneira efetiva.
De ôlho nas imagens
Orientação para acessibilidade
Caso haja estudantes cegos na turma, é necessário que as imagens sejam descritas oralmente. Se houver possibilidade, utilize o recurso de audiodescrição.
Apresente as imagens aos estudantes e discutam sôbre as seguintes questões:
- As atividades apresentadas nas imagens representam práticas corporais de aventura ( pê cê á). Você as conhece? Comente o que sabe sôbre elas e classifique-as como pê cê á urbana ou pê cê á na natureza.
- Cite nomes de outras práticas corporais de aventura urbanas e na natureza que você conhece.
- Na sua opinião, as pessoas com deficiência podem experimentar as pê cê á na natureza? Comente sua resposta, mencionando argumentos para as respostas positivas e negativas.
Em roda de conversa, estimule os estudantes a dialogar sôbre as respostas às questões. A primeira imagem representa a escalada, uma pê cê á que pode ser realizada tanto na natureza como em ambiente urbano. A segunda imagem representa o stand up paddle, uma pê cê á na natureza.
Todas as práticas corporais podem ser usufruídas por pessoas com deficiência, desde que sejam adaptadas e levem em consideração a segurança dos praticantes.
Após o debate sôbre as imagens, exiba vídeos sôbre o stand up paddle encontrados nas plataformas digitais.
rréchitégui (cerquilha, sustenido)FiqueLigado
Para saber mais sôbre stand up paddle, sugerimos:
• SILVA, R. Q.; ANDRADE, L. C. de; LIMA, I. N. de; COSTA, K. dos S. O ensino das práticas de aventura e a contextualização da determinação social da saúde. Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon, volume 19, número 3, página 199-204, 2021.
O objetivo do trabalho é apresentar o caminho teórico-metodológico do ensino das práticas corporais de aventura considerando as possibilidades de usufruto e vivência em meio urbano, mais especificamente nos parques da cidade de Goiânia.
Por dentro do tema
Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.
Transcrição do áudio
Locutor: O surfe
Ceci: Tom, com certeza você já ouviu falar em surfe, certo? Você sabia que ele é considerado uma prática de aventura na natureza?
Tom: Sim, e é o esporte radical de que mais gosto!
Ceci: Conta a história que os nativos da Polinésia, há mais de mil anos, utilizavam tábuas de madeira para voltar do barco à terra firme após a pesca, ou deslizavam tábuas de madeira sobre as águas como forma de oferenda aos deuses.
Tom: Que legal! Mas eu conheço outra história sobre a origem do surfe, já que evidências também apontam a existência dessa prática no litoral do Peru, muito antes dos primeiros europeus pisarem em terras sul-americanas.
Ceci: Verdade! Quando o navegador inglês djeimes cúqui esteve pela primeira vez no Havaí, em 1778, ele relatou a presença de surfistas nas ilhas.
Tom: E foi justamente do Havaí que o esporte, tal como o conhecemos hoje, se espalhou pelo mundo, graças a um salva-vidas havaiano chamado , considerado o pai do surfe moderno. diuk carranamôcu
Ceci: Em 1912, nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, na Suécia, Dúqui ganhou duas medalhas na natação, incluindo uma de ouro na modalidade de 100 metros livres. Com a fama, ele aproveitou para disseminar o surfe para além das praias havaianas.
Tom: No Brasil, o surfe é praticado desde a década de 1930, tendo iniciado na cidade de Santos, onde meus avós nasceram. Em 1938, foi construída a primeira prancha brasileira, produzida em madeira.
Ceci: E nas Olimpíadas de 2021, em Tóquio, no Japão, Ítalo Ferreira conquistou a medalha de ouro.
O primeiro brasileiro a vencer um mundial de surfe foi Gabriel Medina. Ele tem duas conquistas da competição: em 2014 e, mais recentemente, em 2018.
Tom: Ah! E no surfe feminino, a brasileira Maya Gabeira estabeleceu um novo recorde mundial para a maior onda já surfada por uma mulher, em Nazaré, Portugal.
Ceci: Muito legal, né? Isso mostra o empoderamento da mulher. Silvana Lima e Tatiana representam o Brasil no surfe feminino. uéstom uébi
Tom: Vale lembrar também que o surfe traz muitos benefícios para a nossa saúde. Ele é um ótimo exercício cardiorrespiratório, trabalha todos os grupos musculares do corpo humano e ainda melhora nosso equilíbrio e coordenação motora.
Ceci: É verdade! Sem falar que o contato com o mar favorece a conexão com a natureza, aliviando o estresse e a ansiedade.
Tom: Embora haja essa relação entre o surfe e a natureza, o esporte ainda gera um impacto ambiental que tem preocupado os seus praticantes. O protetor solar, cuja composição química prejudica os corais, e o material à base de petróleo, usado na fabricação das pranchas e das roupas de mergulho, têm sido criticados por surfistas engajados nas causas ambientais.
Ceci: Devido ao intenso contato com praias de todo o mundo, a comunidade do surfe é uma das primeiras a identificar alterações nas correntes aquáticas e na vida marinha ocasionadas pela ação do homem.
Tom: Em muitos locais, moradores e atletas se unem para atuar em prol da conservação do meio ambiente, fazendo melhorias na infraestrutura e lutando pela proteção legal das ondas.
É isso mesmo que você ouviu! Em Lobitos, por exemplo, uma pequena cidade na costa do Peru, as ondas são protegidas por lei desde 2014. Qualquer atividade que possa prejudicar a natureza local, como extração de petróleo e gás, é supervisionada e restringida.
Ceci: Poxa, Tom, essa conversa me deu vontade de ir à praia!
Tom: Ótima ideia, Ceci! O litoral brasileiro é extenso e encantador. Então, para curtir o surfe, basta escolher uma praia favorável à prática do esporte, utilizar equipamentos adequados, respeitar as regras locais e, claro, cuidar muito da natureza. Aí, é só começar a praticar!
Ceci: Adorei as dicas! Vamos lá?
Locutor: Crédito: Os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound, Incompetech e Pixabay.
Stand up paddle
O stand up paddle, também chamado de , é um esporte que teve origem no surfe e na canoagem. Para praticá-lo, é necessário ficar de pé em cima de uma prancha, dentro da água, e usar um remo para impulsionar o movimento (PEREIRA, 2014).
Segundo Perin (2020), essa prática já era adotada pelos nativos peruanos, que usavam como meio de transporte caballitos de totora, isto é, pequenos barcos individuais semelhantes a uma canoa, mas sem o espaço para o navegante se encaixar. Há registros de utilização de embarcações a remo em vários povos, como os egípcios e os maias.
O stand up paddle começou a se popularizar no comêço da década de 1960, no Havaí, quando os instrutores de surfe Dúqui e lerói, conhecidos como beach boys, passaram a usar grandes pranchas de surfe e remos para acompanhar e fotografar as pessoas que estavam começando a surfar ( flôuter, 2013).
A modalidade chamou a atenção principalmente das crianças, em virtude da facilidade de locomoção.
No Brasil, o esporte se popularizou quando Osmar Gonçalves e Juá rráfers, grandes difusores do surfe em terras brasileiras, passaram a usar a embarcação para treinar e manter o condicionamento físico.
É mais fácil e seguro quando comparado ao surfe. Apesar de ser praticado, na maioria das vezes, em um lago ou em uma praia calma e sem ondas, é possível aumentar a intensidade de sua prática no mar com ondas mais agitadas ou em um rio com correntezas, como mostram as imagens a seguir.
Essa prática esportiva é dividida em várias modalidades ( cê bê, 2014). Observe-as a seguir.
• Race: o objetivo dessa modalidade é completar o percurso da prova no menor tempo possível. A prancha utilizada é a de tamanho grande, e sua parte frontal se assemelha ao desenho de uma canoa, o que permite maior estabilidade ao atleta para se manter em linha reta. A pá dos remos é maior para garantir mais velocidade.
• Wave: nessa modalidade, o objetivo é unir a prática do surfe clássico ao uso do remo. O praticante surfa utilizando o remo para fazer as manobras.
• Freestyle: essa é a modalidade de stand up paddle mais praticada. O objetivo do atleta é testar seu equilíbrio realizando manobras com a ajuda do corpo e do remo.
• Rafting: modalidade praticada em corredeiras de rios e cachoeiras.
• (ou polo): trata-se de um jôgo disputado por dois times com três jogadores, cada um sôbre uma prancha. A disputa é realizada em uma área determinada em que a bola somente poderá ser tocada e/ou arremessada com o uso de remos. Vence a equipe que fizer mais gols.
• Downwind: essa prática pode ser considerada uma maratona. É realizada a favor do vento, assim o atleta pode surfar as ondulações criadas pêlo vento em uma distância que varia de 30 quilômetros a 50 quilômetros.
Além das modalidades citadas, existe a pesca com stand up paddle, conhecida como fishing. Para essa prática, são necessários equipamentos específicos para a pesca e uma prancha. O Iôga, oferecido em algumas praias do Brasil, é a prática de ioga em pé na água sôbre uma prancha de surfe.
Para cada modalidade, foram desenvolvidas pranchas de diferentes tipos. Quanto maior for o pêso do praticante, maiores devem ser o comprimento e a largura da prancha. Se for para uso no mar, a prancha deve ter o fundo mais curvado e a ponta mais alta, o que vai impedi-la de erguer a ponta (embicar) na onda. As pranchas para rios e lagos devem ter o fundo reto, o que facilita a remada.
O tamanho ideal do remo para stand up paddle varia de acôrdo com a altura do praticante e o tipo de uso. Na modalidade wave, usam-se remos menores; na modalidade race, remos maiores. Quando os remos são grandes demais, forçam a articulação do ombro; remos pequenos forçam a coluna lombar. O ideal é iniciar com um remo que tenha 15 centímetros a mais que a altura do praticante.
É importante utilizar um colête salva-vidas e o leash (corda que amarra o pé à prancha). Para temperaturas muito frias, é necessário usar roupa, luvas, botas ou sapatilhas de borracha.
O stand up paddle é uma excelente opção para manter e desenvolver o condicionamento físico, porque fortalece a musculatura dos braços, das pernas e do abdômen, melhora o equilíbrio e a concentração (capacidades relacionadas ao sistema nervoso) e aumenta a capacidade aeróbia, relacionada aos sistemas cardiovascular e respiratório (, 2011; AZEVEDO quêisi , 2017). e outros
Curiosidade
Conheça algumas expressões utilizadas por supistas.
Supista: é como são chamados os praticantes de stand up paddle.
alôrra: saudação comum dos remadores. É como um “Bom dia!”.
Perna de jambu: é usada quando o remador tem dificuldade de se equilibrar e suas pernas tremem.
“Quer moleza? Rema sentado”: usa-se quando uma pessoa prefere uma posição mais confortável, sentando-se na prancha.
Quilhas: a fórma delas é semelhante a uma barbatana; são fixadas na parte traseira e posterior da prancha, dando direção a elas. As pranchas podem receber de uma a quatro quilhas.
Pés: pés e polegadas são medidas de referência do comprimento da prancha. Por exemplo, uma prancha com 6’ 2” (6 pés e duas polegadas) mede 1,88 métros de comprimento.
O cálculo é feito da seguinte fórma:
uma polegada = 2,54 centímetros
1 pé = 30,48 centímetros = 12 polegadas
lógo, uma prancha de 6’ 2” = 6 pés e duas polegadas = 1,88 métros de comprimento.
Vamos à prática!
Orientação para acessibilidade
Caso haja deficientes visuais na turma, verifique a necessidade de uma orientação corporal mais específica e com auxílio do toque.
Ioga no stand up paddle
Uma das modalidades do stand up paddle é o Iôga, uma técnica desenvolvida pêla californiana Séra , que adaptou as posições da ioga sôbre uma prancha de stand up paddle.
As práticas de ioga são compostas de exercícios respiratórios, meditação e posturas que trabalham a consciência corporal. Além de desenvolverem a fôrça, a flexibilidade e o equilíbrio, trazem a sensação de relaxamento e reduzem o estresse. Contribuem ainda para a manutenção da saúde mental do praticante.
Objetivo
• Vivenciar posições da ioga sôbre uma plataforma para trabalhar o equilíbrio.
Materiais
• Fita adesiva grossa, nove garrafas péti de dois litros cheias de água para cada dupla, colchonetes, papelão (caixa desmontada), tapetes de ê vê á, aparêlhu celular e caixa amplificadora
Procedimentos
1. Reúna os estudantes em duplas. Encha as nove garrafas péti com água e tampe bem para evitar vazamentos. Coloque cinco garrafas péti na posição horizontal, uma do lado da outra, e passe a fita adesiva, unindo-as para formar uma base de equilíbrio. Depois, junte as quatro restantes. Una as duas bases de equilíbrio e encaixe o bico das quatro garrafas entre o vão dos bicos das outras cinco garrafas péti. Passe a fita adesiva na região dos bicos para unir as duas bases. Verifique se elas estão bem presas. Caso contrário, passe mais fita adesiva.
Atenção
Nesta vivência, acompanhe as posições de cada dupla. Se vir algum estudante com dificuldade, mostre a posição correta e não se esqueça de verificar a segurança da turma em casos de desequilíbrio ou queda (colega ao lado, colchonetes, tapetes de ê vê áou papelões).
2. Coloque colchonete, papelão ou tapete de ê vê á sôbre a base de garrafa péti construída e solicite a um estudante da dupla que fique em pé sôbre ela, enquanto o outro fica do lado para assegurar que o colega não caia nem se machuque. Durante a atividade, coloque uma música própria para a prática de ioga.
Ilustração elaborada para esta obra.
3. Peça às duplas que realizem a sequência das posições de ioga listadas a seguir sôbre a base de equilíbrio, garantindo que todos os estudantes façam essa prática.
Vamos à prática!
1. tadásana (postura da montanha): de pé, com os pés unidos, estenda os braços acima da cabeça, movimente a cabeça levemente para trás, olhe para as mãos e flexione o tronco levemente para trás.
2. utanásana (postura de alongamento intenso): de pé, pés unidos, flexione o tronco para frente, deixando a coluna reta na posição horizontal (como mostra a imagem). Coloque as mãos abaixo dos joelhos, empine o glúteo para cima. Inspire e expire somente pêlo nariz. Procure respirar de 5 a 8 vezes nessa posição.
3. utanásana (postura da flexão para a frente): de pé e com as pernas unidas, flexione o tronco para a frente, tentando pôr as palmas das mãos no solo.
4. vajrásana (a postura do diamante): sente-se sôbre os calcanhares, olhe para frente e deixe a coluna ereta. Entrelace os dedos atrás do corpo e, ao mesmo tempo, eleve os braços o máximo que conseguir. Permaneça nessa posição por 5 segundos. Relaxe e repita a posição.
- Solicite aos estudantes que prestem atenção no ritmo respiratório: faça uma respiração lenta e profunda, inspire quando estiver contraindo algum segmento corporal e expire quando estiver voltando para a posição inicial, relaxando o corpo.
- Após a atividade, recolha as bases de equilíbrio para usá-las na prática sôbre as manobras do stand up paddle em aulas posteriores.
Após essa prática, apresente as posturas de caranguejo, golfinho, tubarão, flamingo, cobra e sapo, caso algum estudante não as tenha visto no ano anterior ou para relembrá-las.
Conectando saberes
Verifique a possibilidade de realizar um trabalho conjunto com os professores de Arte, Informática e Língua Portuguesa para a elaboração de um projeto interdisciplinar sôbre o subtema Educação em direitos humanos, do tê cê tê Cidadania e civismo.
Práticas corporais de aventura e a pessoa com deficiência
Apresente aos estudantes vídeos sôbre o surfe e o stand up paddle, que podem ser pesquisados nas plataformas digitais.
Após esse momento inicial, peça aos estudantes que observem estas imagens e reflitam sôbre as questões a seguir.
Orientação para acessibilidade
Caso haja estudantes cegos na turma, é necessário que as imagens sejam descritas oralmente. Se houver possibilidade, utilize o recurso de audiodescrição.
Essas imagens mostram exemplos de práticas corporais de aventura na natureza realizadas por pessoas com deficiência.
- O que há de semelhante nas imagens?
- Quais são os benefícios que as práticas corporais de aventura na natureza proporcionam às pessoas com deficiência?
Sabe-se que o exercício proporciona benefícios às pessoas com deficiências físicas, intelectuais, visuais e auditivas. A maioria desses benefícios está relacionada aos aspectos psicológicos: sensação de viver uma vida mais saudável, melhor percepção da imagem corporal, aumento da autoestima, sentimento de que a vida faz mais sentido, redução dos níveis de ansiedade, estresse e depressão, melhora no humor. Mas, sem dúvida, o que mais se destaca é a sensação de pertencimento, de inclusão social, que promove a igualdade entre os indivíduos que habitam determinada sociedade ( wélichãn; SANTOS, 2019).
Permita que os estudantes exponham os pontos de vista sôbre o assunto. Após o debate, solicite-lhes que pesquisem mais informações sôbre as pessoas com deficiência e as práticas corporais de aventura na natureza.
Essa pesquisa pode ser feita em casa ou, se possível, no laboratório de informática da escola em duplas.
- Solicite-lhes que escolham a prática corporal de aventura na natureza de que mais gostam e a deficiência que querem pesquisar.
- Eles devem pesquisar os fatos mais importantes dessa prática no Brasil e no mundo: história, materiais utilizados, campeonatos, entre outras informações que acharem necessárias.
- Solicite-lhes que criem um cartaz e o apresentem à turma.
Peça ajuda ao professor de Informática para auxiliar as duplas na pesquisa sôbre pessoas com deficiência e práticas corporais de aventura na natureza. Convide o professor de Língua Portuguesa para assessorar os estudantes sôbre como elaborar um texto comunicativo para um cartaz. Se possível, peça ajuda também ao professor de Arte para orientar os estudantes sôbre como elaborar um cartaz tendo em vista a distribuição de texto e imagem.
Converse com a direção escolar sôbre a possibilidade de expor os trabalhos dos estudantes nos espaços da escola com o objetivo de informar a comunidade escolar sôbre o assunto.
Movimentos essenciais do stand up paddle
Maneira correta de remar
Se você vai remar para a direita, sua mão direita precisa estar em um ponto baixo da haste do remo e a mão esquerda no tôpo do remo. Se for remar para a esquerda, sua mão esquerda precisa estar em um ponto baixo da haste do remo e a mão direita no tôpo dele.
As ilustrações desta seção foram elaboradas para esta obra.
Remar para a frente
Para impulsionar a prancha para a frente, leve a pá nessa direção e puxe-a para trás. Se for remar à direita, posicione a mão direita no meio da haste e a mão esquerda na parte superior da haste (troque as mãos se for remar à esquerda).
Marcha a ré
Para impulsionar a prancha para trás, leve a pá para trás e puxe-a para a frente, certificando-se de que ela esteja totalmente sob a superfície da água.
Varredura
Para girar a prancha enquanto ela estiver parada ou em movimento, flexione os joelhos um pouco mais do que você faria no movimento para a frente e abaixe um pouco os braços de modo que o T da haste fique lógo abaixo da altura do ombro. Com a pá na sua frente e na água, faça um semicírculo até a parte de trás da prancha.
Tração lateral
Para mover a prancha para o lado com o intuito de estacionar ou fazer uma manobra de mudança de rumo, gire o tronco para a lateral em que você queira direcionar a prancha, coloque o remo com a pá paralela à prancha, puxe-a em sua direção, movendo-a no sentido do remo.
Vamos à prática!
Orientação para acessibilidade
Caso haja deficientes visuais na turma, verifique a necessidade de uma orientação corporal mais específica e com auxílio do toque.
Explorando os movimentos na prancha
Verifique a possibilidade de construir uma prancha conforme a indicação a seguir.
• zagári, Thiago. Aula adaptada de stand up paddle com garrafas péti nas aulas de Educação Física. Revista de Gestão e Avaliação Educacional, Santa Maria, volume 4, número 8, página 79-95, julho a dezembro 2015.
Objetivo
• Vivenciar o equilíbrio e a remada do stand up paddle, de acôrdo com a sequência proposta por Pereira (2014).
Materiais
- Bases de garrafa péti construídas para a prática anterior.
- Placas de ê vê á ou colchonetes.
- Cabo de vassoura ou varão com a bola de tênis ou uma garrafa péti de 600 mililitros fixada em uma das extremidades para simular o remo.
Procedimentos
- A atividade será realizada em duplas. Cada dupla pegará o cabo de vassoura ou o varão, dois colchonetes ou duas placas de ê vê á e duas bases de garrafa péti construídas na prática anterior.
- Espalhados pêlo ambiente em que a vivência será realizada, o primeiro integrante da dupla deve colocar no chão as duas bases unidas à sua frente e o colchonete ou a placa de ê vê á sôbre elas.
- Quem estiver realizando a prática deve ajudar o colega nos movimentos a seguir.
- Deitar sôbre a base em decúbito ventral (barriga voltada para baixo) e simular a remada com as mãos.
- Sentar na base e se equilibrar.
- Simular o movimento da remada sentado.
- Ajoelhar-se e simular a remada com as mãos.
- Remar ajoelhado.
- Ficar de pé, flexionar os joelhos para ter maior equilíbrio e estabilidade, flexionando o tronco levemente à frente.
- Remar tanto para o lado direito quanto para o lado esquerdo. Prestar atenção na posição das mãos para realizar a remada. Se for remar para a direita, a mão direita precisa estar em um ponto baixo da haste do remo e a mão esquerda, no tôpo dele. Se for remar para a esquerda, a mão esquerda precisa estar em um ponto baixo da haste do remo e a mão direita, no tôpo dele.
- Pôr o remo à frente do corpo, porém na lateral escolhida para iniciar a remada. Imaginar que a pá do remo está na água e fazer uma tração, empurrando a água para trás. Realizar esse movimento tanto para o lado direito como para o lado esquerdo, de modo que a prancha se mantenha em linha reta.
- Repetir a sequência.
- Trocar de lugar com o colega da dupla para realizar a atividade.
- Ao final, proponha à turma um debate sôbre a atividade com base nos seguintes pontos: dificuldades e facilidades na execução dos movimentos, análise das capacidades físicas e motoras presentes nos movimentos.
Protagonismo juvenil: aplicação dos saberes
Representação gráfica das práticas corporais de aventura
Para finalizar esta unidade, proponha aos estudantes um trabalho de construção, por meio de desenhos e escritas, de uma facilitação gráficaglossário que possa representar os conhecimentos que eles adquiriram sôbre práticas corporais de aventura, envolvendo práticas urbanas e na natureza, sustentabilidade, conservação e manutenção do meio ambiente.
Solicite que escolham, entre as modalidades estudadas nesta unidade temática, as de que mais gostaram.
Eles podem desenvolver o trabalho manualmente ou por meio de algum software de design gráfico, individualmente.
Verifique com o professor responsável a disponibilidade de utilização do laboratório de informática e de algum software para a realização do trabalho.
Apresente esse trabalho de facilitação gráfica a professores de outros componentes curriculares e convide-os a participar de algumas propostas interdisciplinares a serem desenvolvidas com os estudantes.
Com o professor de Arte podem ser trabalhadas as habilidades específicas relacionadas aos objetos de conhecimento Materialidades ( ê éfe seis nove á érre zero cinco) e Processos de criação ( ê éfe seis nove á érre zero seis).
Com o professor de Ciências pode-se explorar o objeto do conhecimento Preservação da biodiversidade, visando ao desenvolvimento das habilidades ( ê éfe zero nove cê ih um dois) e ( ê éfe zero nove cê ih um três).
Com o professor de Língua Portuguesa a proposta pode estar voltada ao desenvolvimento da habilidade ( ê éfe oito nove éle pê zero dois).
Essas propostas podem ser relacionadas ao Tema Contemporâneo Transversal ( tê cê tê) Educação em direitos humanos, que tem como objetivo discutir a ocupação dos espaços de fórma coletiva, organizando-se como indivíduo que pertence a uma sociedade e ciente de seus direitos e deveres para com o patrimônio público e sua utilização.
Além disso, podem ser relacionadas ao tê cê tê Educação ambiental, que permite discutir a respeito da preservação da natureza como espaço destinado a muitas das atividades e dependente dos meios naturais (árvores, rios, mares).
Ao término desta proposta, verifique a possibilidade de criar um blogue com os estudantes para publicar todos os trabalhos desenvolvidos no site da escola.
Pode ser proposto um concurso para eleger as três melhores facilitações gráficas. Para isso, converse com os demais docentes para elaborar as regras, a banca examinadora, as premiações e a data da entrega.
Veja a seguir exemplos de facilitações gráficas desenvolvidas pelos professores de Educação Física Fernando Oliveira de Lima e Peterson Amaro da Silva, referentes às práticas corporais do slackline, do skate e do surfe.
rréchitégui (cerquilha, sustenido)FiqueLigado
• SILVA, Peterson Amaro da. O que é parkour? Disponível em: https://oeds.link/uYQUqi Acesso em: 8 maio 2022.
Facilitação gráfica das principais características da prática parkour.
• SILVA, Peterson Amaro da. Skate. Disponível em: https://oeds.link/BERKeC Acesso em: 8 maio 2022.
Facilitação gráfica das principais características da prática skate.
Glossário
- Facilitação gráfica
- : construção de um resumo com textos e figuras de um assunto que está sendo abordado em aula, palestra, reunião etcétera
- Voltar para o texto