CAPÍTULO 4 Improvisação: experimentando corpo e som

Fotografia. À esquerda, um menino com camiseta azul e short marrom, saltando. Ao lado, um menino e uma menina sentados sobre os pés e com as mãos para cima. Do lado direito deles,  uma mulher com as mãos em um piano de calda. Ao fundo, cadeiras alinhadas em meio círculo.
Educação musical pelo método dalcrôze promovida pela dalcrôze sossáiti ov américa, de Nova iórque, Estados Unidos. Fotografia de 2016.
Orientações e sugestões didáticas

Sobre o capítulo

Este capítulo, “Improvisação: experimentando corpo e som”, relaciona-se às Unidades temáticas da Bê êne cê cê: Dança; Música; Artes integradas.

Objetivos

De acordo com as Competências específicas do Componente Curricular Arte, os conteúdos trabalhados neste capítulo buscam levar os estudantes a:

1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades.

2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada linguagem e nas suas articulações.

4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.

8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.

Sobre a imagem

A imagem apresentada é de uma aula de educação musical baseada no método desenvolvido pelo pedagogo musical austro-suíço Émile Jaques-dalcrôze (1865-1950). Ela serve como introdução, estímulo e referência visual para a atividade sugerida, que visa provocar percepções e reflexões sobre possibilidades de interação das linguagens de Dança e Música a partir da improvisação. O método dalcrôze, que explora atividades de improvisação e já influenciou também estudos na área de dança, pode ser uma base para você desenvolver outras atividades.

1. Você já ouviu uma música e sentiu vontade de mexer o corpo no ritmo do som? Se for o caso, em que ocasiões isso aconteceu? Compartilhe sua experiência com os colegas e com o professor.

A imagem da abertura do capítulo mostra um momento de uma aula na qual as crianças estão realizando movimentações corporais estimuladas pelo som de uma música. Esse tipo de experimentação pode ser um ponto de partida para aprendizados em dança, música e improvisação nessas linguagens artísticas.

Que tal fazer algo parecido?

2. Quando as músicas começarem a tocar, cada um deve ficar atento ao que está sentindo e, consciente do quanto já conhece de si mesmo, deve dançar de acordo com essa sensação, explorando os movimentos em que se sente confiante e procurando fórmas de interagir com a música que está ouvindo.

Improvisar movimentações corporais ao som de uma música envolve sensações, sentimentos e emoções. Esteja atento a isso. Dançar também é um modo de ativar o pensamento e de estimular a formação de conhecimento sobre si e sobre o espaço onde você está.

Faça no caderno.

PARA REFLETIR

Reflita sobre as seguintes questões e compartilhe suas respostas com os colegas e com o professor.

  1. Quais foram as sensações despertadas em você nessa proposta de improvisação?
  2. Na experiência de dançar ao som de uma música, como podemos descrever a interação entre corpo e som?
  3. Você já assistiu a alguma improvisação artística? Já participou de alguma? Se sim, conte sua experiência aos colegas.
Orientações e sugestões didáticas

Justificativa

Neste capítulo, é apresentada a noção de improvisação nas linguagens artísticas de Dança e de Música, com base em uma abordagem que incentiva a realização de atividades práticas. A intenção é trabalhar a improvisação como uma possibilidade didática, mas ela também pode seguir se desenvolvendo ao longo de toda a trajetória de aprendizado de dança e música e como possibilidade de aprofundamento da consciên­cia corporal e das percepções dos elementos da música.

Para todas as questões propostas no capítulo serão dadas “Respostas pessoais.”.

Sobre a atividade

2. Prepare previamente algumas músicas, variando os ritmos, e um espaço para a realização da atividade. O contraste entre músicas agitadas e lentas pode ser estimulante em atividades que explorem diferentes formas de movimentação corporal. A cada música, pergunte: “Que movimentos esta música sugere para vocês?”.

Sugestão para o professor

Para conhecer mais sobre o método dalcrôze, você pode consultar:

MANTOVANI, Michele. O movimento corporal na educação musical: influências de Emíle Jáqui Dalcrôze. 2009. Dissertação (Mestrado em Música) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Artes, 2009. Este trabalho acadêmico analisa a importância do movimento corporal na educação musical, de acordo com a teoria do educador musical Dalcroze.

FONTERRADA, Marisa T. O. Tramando os fios da educação musical: os métodos ativos. In: De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora Unésp, 2005. página 107-190. A autora considera que a educação musical decorre de hábitos, valores, condutas e visões de mundo da sociedade de cada época. A música faz parte da cultura humana e por isso deve estar presente no ambiente escolar.

Sobre a atividade: Para refletir

2. Você pode estimular a reflexão com algumas ideias, comentando que determinadas músicas são capazes de fazer com que a gente queira se mexer e comece a sentir um balanço. Mesmo que a gente não queira dançar, aquele balanço, acompanhando a música, já começa a ser uma dança.

SOBREVOO

Diferentes modos de improvisação

Fotografia. Grupo de pessoas com os braços estendidos em um pátio. Nas laterais, mesas, estantes com livros e pessoas olhando na direção do pátio.
ESPIRAALADOS. Flash mob. Concepção e coordenação: Andrea Drigo. Realização: O Caminho do Canto. São Paulo São Paulo, 2014.

Faça no caderno.

Faça no caderno.

1. Observe essa imagem. Você já tinha imaginado que uma ação como essa pode ser considerada uma manifestação artística? Conhece alguma outra parecida?

Essa ação, concebida e coordenada pela musicista Andrea Drigo, com participação dos artistas do núcleo de pesquisa vocal O Caminho do Canto, chama-se Espiraalados e foi realizada em 2014, na cidade de São Paulo São Paulo.

Iniciativas artísticas como essa são chamadas de flash mobglossário . O canto foi improvisado, uma vez que o grupo que se reuniu não tinha uma música predefinida para cantar. O que aconteceu nesse flash mob foi uma exploração sonora coletiva, acompanhada de movimentações corporais.

Orientações e sugestões didáticas

Esta seção apresenta exemplos de práticas de improvisação. São apresentadas atividades que envolvem esse modo de criação artística a partir das linguagens da Dança e da Música.

Unidades temáticas da Bê êne cê cê

Dança; Música.

Objetos de conhecimento

Contextos e práticas; Elementos da linguagem; Materialidades; Patrimônio cultural; Arte e tecnologia.

Habilidades em foco nesta seção

(ê éfe seis nove á érre zero nove) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.

(ê éfe seis nove á érre um zero) Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do movimento dançado, abordando, criticamente, o desenvolvimento das formas da dança em sua história tradicional e contemporânea.

(ê éfe seis nove á érre um seis) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(ê éfe seis nove á érre um nove) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética musical.

(ê éfe seis nove á érre dois zero) Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etcétera), por meio de recursos tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais.

(ê éfe seis nove á érre dois um) Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de composição/criação, execução e apreciação musical, reconhecendo timbres e características de instrumentos musicais diversos.

(ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

(ê éfe seis nove á érre três cinco) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

2. O termo Espiraalados parece conter mais de uma palavra em sua formação. Você consegue identificá-las? Quais são? Que relações você vê entre essas palavras e a improvisação que a obra propõe?

Para experimentar

Vamos espiralar?

  1. Escolha algum lugar na sala para realizar a atividade. Lembre-se das ações corporais vistas no capítulo anterior. Agora você vai se concentrar somente na ação de torcer.
  2. Ao som da música, comece a improvisar com a ação de torcer o corpo todo ou partes dele. Experimente a diferença entre ser uma espiral e desenhar uma espiral com o próprio corpo no espaço.
  3. Repita a etapa anterior, experimentando criar sons de vogais – como “oi!”, “eia!”, “êêêê” – acompanhando as espirais que você cria.
  4. Na sua improvisação, cante ao mesmo tempo que passa do movimento de desenhar a espiral para ser a espiral.
  5. Em seguida, forme uma roda com seus colegas para dançar e, ao mesmo tempo, aprender uma canção sugerida pelo professor. Dois ou três participantes entram na roda e, cantando e dançando, improvisam ao mesmo tempo, recriando tudo o que foi explorado nas etapas anteriores.
  6. Para concluir, reflita sobre as seguintes questões e compartilhe suas respostas com os colegas e com o professor.
  1. Como você se sentiu ao cantar e dançar, ou só cantar e só dançar?
  2. Experimentar simultaneamente voz e movimento modificou sua percepção do espaço e da passagem do tempo? Por quê?
Orientações e sugestões didáticas

Sobre a atividade

2. O fundamental é ouvir as interpretações e reflexões pessoais a partir das perguntas. Mas anotamos aqui também algumas possibilidades: do nome Espiraalados podemos deduzir espira, que pode remeter tanto a “espirar” (respirar ou exalar) como a “expirar” (expelir o ar dos pulmões); “alados”, que remete a asas e pode sugerir movimentos com os braços, semelhantes aos executados na imagem pelos personagens; e, mais evidentemente, “espiral” ou “espiralado”, que ganham destaque na atividade sugerida na sequência. Outra possibilidade poderia ser “espira a lados”. Enfim, todas essas expressões podem, de algum modo, ser relacionadas à obra comentada e também ser lembradas como estímulo para acrescentar movimentos na atividade seguinte Vamos espiralar?.

Orientações: Para experimentar

Nesta seção, apresentamos uma proposta de improvisação que envolve movimento de corpo e voz. O objetivo é perceber a produção do som em relação com a produção de movimento, contemplando as habilidades (ê éfe seis nove á érre um zero) e (ê éfe seis nove á érre dois zero) da Bê êne cê cê. O tema do corpo, explorado nos capítulos 2 e 3 deste volume, é retomado nesta atividade.

Prepare previamente as músicas e o espaço para a realização da atividade. Caso você e a turma tenham interesse, poderão transformar a etapa 5 em um flash mob, usando as instruções apresentadas para estudar, ensaiar e criar a proposta. Considere a possibilidade de dividir a turma em dois grupos para que um seja plateia do outro.

Durante a improvisação, incentive os estudantes a mover-se em trajetória curva e espiralada, perto e longe do chão, e a explorar diferentes sons com a voz, acompanhando os sons da música.

Instrumentos e voz

Observe esta imagem. À esquerda, está o baixista camaronês Bona Pinder iailmaialolo (1967-), mais conhecido como Richard Bona. À direita, bóbi méquiférin (1950-), cantor estadunidense e um reconhecido improvisador vocal.

Fotografia. À esquerda, Richard Bona, um homem negro com camisa e calças brancas, sentado em um banco,  segurando uma guitarra. Diante dele, um microfone. Ao seu lado, Bobbu McFerrim, um homem negro, cabelos compridos com tranças, usando uma camiseta vermelha e calça jeans. Ele está sentado, segurando um microfone com a mão direita e sorri. Ao fundo, plateia com algumas pessoas sentadas.
Richard Bona e bóbi méquiférin apresentando-se no Festival Internacional de diéz de Montreal, no Canadá, 2003.

bóbi méquiférin tem facilidade para imitar instrumentos musicais e uma grande extensão vocal, ou seja, em suas improvisações consegue alcançar tanto sons muito gravesglossário (ou baixos) quanto sons muito agudosglossário  (ou altos) com a voz. Em uma improvisação como a da imagem, os músicos ficam muito atentos às variações nos sons que o parceiro produz, reparando, por exemplo, se são mais agudos, mais graves, mais fracos ou mais fortes.

3. Escute exemplos de sons graves.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

4. Escute exemplos de sons agudos.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

No show que reuniu os dois artistas no palco, além de explorarem a sonoridade entre as notas do contrabaixo e as da voz, eles não se limitaram aos sons comumente feitos com esses instrumentos. Bona também usou seu baixo, que é um instrumento de cordas, como instrumento de percussão, fazendo um ritmo com as mãos, e bóbi méquiférin colocou o microfone entre as pernas enquanto batucava no peito com as mãos.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Nas atividades 3 e 4, o objetivo é que a turma ouça os sons, percebendo a diferença entre sons mais agudos e mais graves, além de conhecer a sonoridade de diferentes instrumentos, contemplando a habilidade (ê éfe seis nove á érre dois zero) da Bê êne cê cê.

Nesta página, apresentamos a atenção dada pelos músicos aos sons produzidos sem fazer qualquer referência a noções como escala ou tonalidade – fundamentais também nesse tipo de improvisação –, já que esses elementos não foram explicados aqui. Sendo assim, a proposta é tratar, de modo mais geral, dos aspectos dos sons – como altura e intensidade – envolvidos nessa atenção e cuidados dos músicos ao improvisarem juntos. No entanto, se você possui conhecimentos musicais ou tem estudantes que tocam algum instrumento, pode também explicar e fazer demonstrações práticas referentes a esses elementos, como ampliação do que está no livro.

Estabelecendo uma relação com o capítulo 2, você pode perguntar aos estudantes se eles se lembram da utilização de instrumentos e objetos de forma não convencional nos trabalhos musicais de Naná Vasconcelos, Badi Assad, Barbatuques e Pato Fu.

Atividade complementar

Verifique se algum dos estudantes toca algum instrumento, faz beat box ou tem habilidade para criar ritmos com percussão corporal etcéteraSe esse for o caso, convide-o ou convide-os a produzir sons para que os colegas da turma criem movimentos a partir deles. Assim, por exemplo, os estudantes procurariam formas de representar, com seus movimentos, um som longo e, em seguida, um som curto; um grave e um agudo; um som contínuo e um descontínuo, e assim por diante. Depois converse com eles sobre as relações entre os “músicos” e os “dançarinos”. A música comandava a dança ou o contrário? Que tipo de movimento foi criado a partir do som longo? E do som curto? Crie outras perguntas buscando expandir a percepção corporal, a percepção dos sons e a relação dos estudantes entre si.

Improvisando dança e música

bóbi méquiférin também colaborou com a bailarina e improvisadora estadunidense téndi bíal (1948-) no duo de voz e movimento chamado Voice/dance improvisation [Voz/dança improvisação], em que improvisavam juntos no palco.

bóbi méquiférin improvisava com a voz e outros sons corporais, enquanto téndi bíal dançava realizando diferentes posturas, gestos e alterando a velocidade dos seus movimentos de acordo com os sons. Eles faziam um jogo de improviso de fórma tão sincronizada e simultânea que o público não conseguia identificar quem guiava quem. Improvisação é um exercício que exige confiança, principalmente quando se atua com outra pessoa. Para os artistas, é um modo de estar alerta e desenvolver a capacidade de responder ao outro no momento da ação.

Fotografia em preto e branco. Apresentação de duas pessoas no palco. À esquerda, um homem com blusa e calça, olhando para cima. Ao lado, uma mulher usando macacão claro. Ela está se movimentando, com a perna esquerda para trás, o joelho flexionado, o braço esquerdo estendido para o lado, olhando para cima, sorrindo. No ar e ao redor, diversas bexigas claras e escuras.
VOICE/DANCE improvisation [Voz/dança improvisação]. Direção: Bruce franquíni e máicou ismúin. Intérpretes:bóbi méquiférine Tandy Beal dêns cômpani. 1987.
Orientações e sugestões didáticas

Sobre Voice/Dance improvisation

Este é um jogo em que, entre o músico e a bailarina, não há um que comanda e outro que obedece. Ao contrário, estabelece-se uma conversa por meio de sons e movimentos. Para que os estudantes possam fruir esta obra, você pode mostrar a eles o trecho do vídeo no sáite indicado na página 146. O estudante pode ser convidado a fazer uma reflexão sobre as regras que regem o jogo da improvisação.

Sobre Tandy Beal

Bailarina estadunidense que dançou com o Alwin Nikolais Dance Theatre, no circuito off-Broadway, e trabalhou, entre outros, com Atlanta Ballet, Momix, Remy Charlip, Murray Louis, Oakland Ballet ekérolin cálson. Foi diretora artística do Pickle Family Circus por mais de dez anos. Com Bobby McFerrin, teve uma colaboração de mais de 30 anos, que se iniciou no departamento de dança moderna da Universidade de Utah, onde o músico trabalhou como pianista para aulas de dança moderna. A Tandy Beal & Company foi fundada com o músico Jon Scoville em 1974 e segue atuando. Em seus espetáculos, a companhia integra dança, circo, teatro e música. téndi bíal transita, com uma obra diversificada, por diversos meios de produção artística, tanto nos meios acadêmicos como nos comerciais, sem deixar de lado a pesquisa artística.

Sugestão para o estudante

Site de Tandy Beal & Company (em inglês). Disponível em: https://oeds.link/U9wHdu. Acesso em: 7 abril2022.

Para pesquisar

Improvisando com videogames

Outra maneira de unir dança e música é por meio de jogos de videogame que funcionam integrados às movimentações do corpo. Você já jogou ou viu alguém interagindo com jogos desse tipo?

Os equipamentos têm sensores capazes de captar os movimentos dos corpos dos jogadores, e os participantes devem imitar as ações que aparecem na tela, reproduzindo o mesmo desenho no espaço, a mesma velocidade e a mesma direção do movimento. Em alguns desses jogos, há momentos em que o jogador pode fazer a própria coreografia, o chamado free style [estilo livre], ou criá-la para compartilhar em redes virtuais.

  1. Faça uma pesquisa sobre os jogos de videogueime de música e dança. Você pode entrevistar colegas e familiares ou pesquisar na internet (podcasts, blogs, sites), em revistas ou jornais. Procure vídeos sobre o assunto, bem como artigos ou relatos de jogadores. Cite as referências bibliográficas da sua pesquisa.
  2. Atente-se ao fato de que alguns artigos ou vídeos on-line podem ser patrocinados e, em vez de priorizarem discussões reais sobre o assunto, podem ser tendenciosos ao atender os interesses de determinada empresa.
  3. As perguntas a seguir podem orientar seu trabalho. Anote em seu diário de bordo as informações que coletar e, em uma aula posterior, compartilhe-as com os colegas e com o professor.
    1. Qual é o papel da música nesses jogos? Eles estimulam uma escuta musical atenta?
    2. Até que ponto cada um desses jogos é mais voltado para a automatização e repetição de movimentos ou para a criação e improvisação?
    3. Imitar pode ser um estímulo interessante para o aprendizado de música e dança? Em que situações?

Para experimentar

Siga o mestre

  1. Reúna-se com os colegas em um grupo de seis integrantes e formem uma fila.
  2. O primeiro da fila será o mestre e, ao som de uma música, fará alguns movimentos, os quais serão seguidos pelos colegas de trás.
  3. Ao sinal do professor, o primeiro da fila irá para o final dela; o colega que estava atrás dele passará a ser o novo mestre.
  4. A atividade seguirá essa sequência até que todos da fila tenham sido o mestre.
  5. Para concluir, converse com os colegas e com o professor a respeito das estratégias que você utilizou para fazer os movimentos e seguir os colegas durante a atividade.
Orientações e sugestões didáticas

Orientações: Para pesquisar

Nesta atividade os procedimentos de pesquisa poderão ser desenvolvidos de diferentes maneiras. Aos que escolherem a entrevista, lembre as ações indicadas no capítulo.

  1. No caso de pesquisa em outras fontes, note que, ainda que sem direcionar muito as ações, a atividade sensibiliza para análise do discurso; para o estudo de recepção de um produto da indústria cultural e tomada de nota para construção de relatório. Seja qual for o caminho de pesquisa escolhido, estimule os estudantes a refletir sobre a diferença entre copiar e criar um movimento e, com base nessa reflexão, a rever o uso de jogos eletrônicos em seu cotidiano.
  2. A problematização acerca da relevância das informações presentes nos diferentes textos pesquisados visa estimular os estudantes a estarem atentos e aptos a identificar textos tendenciosos, propagandistas, as fake news e diferentes formas de falácias que podem aparecer tanto em forma de texto quanto de imagens.

Atividade complementar

Para ampliar, você pode propor o seguinte jogo de tabuleiro:

Em um tapete com 4 fileiras de círculos de 4 cores diferentes (azul, verde, amarelo e vermelho), que servirá de tabuleiro, 4 jogadores devem seguir as mesmas indicações.

Em um saquinho, coloque papéis com o nome de diferentes partes do corpo (mão, pé, cotovelo, joelho); em outro saquinho, coloque papéis com o nome das 4 cores escolhidas.

A cada jogada, retire um papel de cada saquinho. Os jogadores devem pôr uma parte do corpo em um dos círculos coloridos, seguindo as indicações dos papéis sorteados. Sai do jogo quem não conseguir cumprir a tarefa e ganha o jogador que restar no tabuleiro.

Esta seção contempla as habilidades (ê éfe seis nove á érre dois zero) e (ê éfe seis nove á érre três cinco) da Bê êne cê cê.

Sugestão para o professor

Para ampliação desse assunto, consulte: BAITELLO JÚNIOR, Norval. O pensamento sentado: sobre glúteos, cadeiras e imagens. Porto Alegre: Unisinos, 2012. O livro procura compreender as razões do sedentarismo em nossa civilização e propõe movimentos de interação e comunicação entre um corpo e vários outros corpos.

Sobre a atividade: Para experimentar

Prepare previamente o espaço e faça uma lista de músicas para reproduzir na sala de aula. Durante o jogo, sugira aos estudantes que façam movimentos com velocidades diferentes e então parem. A pausa pode ser breve ou longa. Incentive-os a saltar, agachar e girar. O desafio do jogo é o grupo todo executar os movimentos ao mesmo tempo. Na reflexão final, retome com a turma a pergunta 3.b da seção Para pesquisar presente na mesma página, sobre repetição e automatismo.

Sugestão para o professor

Para aprofundar os temas da seção Para experimentar, veja:

Loné, Isabelle. Laban ou a experiência da dança. In: PEREIRA, Roberto (organizador). Lições de dança um. Rio de Janeiro: UniverCidade, 1999. página 73-88.

Improvisando versos

Capa de LP. Na parte superior, o texto: REPENTISTAS - OS GIGANTES DO IMPROVISO. Na parte inferior, o texto: OTACILIO BATISTA E DINIZ VITORINO. No meio, fotografia de um homem com camisa vermelha segurando um violão; ao lado, um homem com cabelos pretos e bigode, usando uma camisa estampada, segurando um violão.
REPENTISTAS: os gigantes do improviso. Intérpretes: Otacilio Batista e Diniz Vitorino. Rio de Janeiro: Tropicana, 1973. 1 disco sonoro. Capa de éle pê.

5. Observe a fotografia. Nessa capa, os artistas são anunciados como “Os gigantes do improviso”. Que tipo de improvisação você acha que eles fazem?

Nessa capa do álbum Repentistas: os gigantes do improviso, aparecem Otacilio Batista (1923-2003) e Diniz Vitorino (1940-2010), artistas da região Nordeste, onde os cantores improvisadores são chamados de repentistas.

Diferentemente dos exemplos já vistos neste capítulo, a improvisação nesse caso é toda feita com palavras cantadas: versos falando de temas predefinidos e seguindo uma estrutura textual específica para cada tipo de canto. A quantidade de versos, a extensão e a acentuação das frases, a localização das rimas, tudo é definido pelo tipo de canto entoado.

Orientações e sugestões didáticas

Sobre a atividade

5. A atividade convida os estudantes a conversar entre si sobre o que cada um conhece ou ouviu falar sobre a arte dos repentistas. O objetivo é identificar e conhecer melhor o estilo musical em questão e valorizar o patrimônio cultural brasileiro, contemplando, assim, as habilidades (ê éfe seis nove á érre um nove) e (ê éfe seis nove á érre três quatro) da Bê êne cê cê.

Atividade complementar

A proposta aqui é uma variação da brincadeira Siga o mestre, sugerida na página anterior. Ela também pode ser chamada de “Quem inicia o movimento?”.

Nesta proposta, um estudante, a partir de sua observação, terá de adivinhar quem é o mestre de movimentos. A atividade pode ser conduzida da seguinte maneira:

  • Os estudantes formam uma roda.
  • Um deles é escolhido ou se voluntaria para descobrir quem iniciará os movimentos.
  • Ele sai da sala e só voltará quando os integrantes da roda já estiverem fazendo movimentos.
  • Alguém inicia um movimento, e todos reproduzem imediatamente, o mais junto possível, para que seja difícil perceber quem está comandando.
  • O estudante que estava fora volta à sala.
  • Alguém muda o movimento e todos mudam junto, e assim por diante, até que o voluntário aponte quem ele acha que iniciou o movimento. Então conferem se acertou.
  • O estudante apontado corretamente será o próximo observador.

O acompanhamento desses cantos geralmente é feito com violas, enquanto os dois cantadores disputam entre si. Cada um responde ou comenta o que o outro cantou antes ou lança novos desafios e provocações.

Um dos tipos de canto dos repentistas é o martelo agalopado. Nele, cada repentista, à sua vez, canta dez versos.

6. Leia a seguir o trecho inicial de uma improvisação do canto em martelo agalopado, em que Otacilio Batista e Diniz Vitorino falam de si e do lugar onde nasceram.

(Otacilio Batista:)

Eu nasci lá no velho Pajeú,

São José do Egito é minha cidade

Comecei com dezessete de idade

Imitando a voz do uirapuru

Nesta hora canto eu e cantas tu,

que a minha cantiga nada afeta

É preciso ter uma ideia completa

Que o povo entende o que é cantoria

E se um poeta vencer-me em poesia,

Não direi a ninguém que fui poeta


(Diniz Vitorino:)

Paraíba do Norte é o estado

Rico de amor, de elegância

Testemunha ocular da minha infância

Dos meus dias românticos do passado

Onde eu corri muito atrás de gado

Barbatões, vacas brabas e garrotes

O cavalo suado a dar pinotes

Mas eu que na sela tinha apoio

Abria a garganta e dava aboio

Que abalava os angicos do serrote

CANTORIA 1 [1973]. Intérpretes: Otacilio Batista e Diniz Vitorino. Compositores: Otacilio Batista e Diniz Vitorino. ín: A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes – Otacilio Batista e Diniz Vitorino. Intérpretes: Otacilio Batista e Diniz Vitorino. São Paulo: Sésqui São Paulo, 2001. 1 cedê. Faixa 1.

  1. O que mais chama a sua atenção nos versos que acabou de ler? Você consegue identificar como as rimas estão organizadas?
  2. Que tal tentar escrever versos seguindo essa mesma ordem de rimas?
Orientações e sugestões didáticas

Sobre a atividade

6. Você também pode chamar a atenção para o fato de os versos da música citarem lugares, paisagens e elementos da fauna e flora do Sertão nordestino, como a região do Pajeú – onde corre o rio do mesmo nome –, no estado de Pernambuco, o pássaro uirapuru ou a árvore angico, entre outros. Note que a palavra serrote, nesse contexto, se refere a um pequeno grupo de montanhas, uma pequena serra, ou pequena colina, e não à ferramenta de corte. Outro elemento interessante a ser destacado é o aboio, que pode ser descrito como um tipo de canto sem letra, melodias vocais entoadas pelos vaqueiros ao conduzirem o gado. Esses elementos, que relacionam as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social e cultural, trabalham o tê cê tê Multiculturalismo – Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras e a habilidade (ê éfe seis nove á érre um seis) da Bê êne cê cê e podem servir como temas para pesquisas de aprofundamento a ser desenvolvidas pelos estudantes, ou para trabalhos que integrem os componentes curriculares Ciências e Geografia.

Considere a possibilidade de desenvolver atividades interdisciplinares em parceria com o professor de Língua Portuguesa para, com base em cantos de repentistas, trabalhar a percepção auditiva e textual de aspectos ligados à métrica e ritmo, que aproximam poesia e música.

Sugestão para o estudante

Uma ótima fonte para ouvir cantos de repentistas é o álbum A arte da cantoria volume 2 – Regras da cantoria. São Paulo: Funarte/Atração Fonográfica/Instituto Itaú Cultural, 1984.

Sobre as atividades

  1. Lendo juntos, os estudantes podem facilmente notar que as rimas ocorrem no final dos versos 1-4-5; 2-3; 6-7-10; 8-9.
  2. A atividade de escrever novas rimas, a partir da estrutura identificada na atividade 7, pode ser proposta para ser realizada individualmente, em duplas ou em grupos maiores, com temas livres.
Ícone. Tema contemporâneo transversal: Multiculturalismo.

Foco na História

Duelos de versos desde a Antiguidade

Vimos neste Sobrevoo exemplos de improvisação, alguns recentes, outros de décadas atrás. Você vai conhecer agora algumas características de manifestações artísticas mais antigas, nas quais se percebem semelhanças com os cantos de improvisação atuais.

Há registros de que na Grécia antiga já havia disputas de improvisação de versos entre pastores de rebanhos de animais. Um pastor cantava como pergunta e outro cantava como resposta, e ambos tinham de cantar com o mesmo número de versos.

Esse tipo de canto voltou a ser praticado e documentado na Europa da Idade Média por cantores conhecidos como trovadores. Em seus cantos, eles contavam histórias, falavam de amor e também duelavam em improvisações. Um instrumento musical utilizado para acompanhar esses improvisos era o alaúde, que tinha cordas feitas de tripas de animais e pode ser considerado um dos ancestrais dos violões e das violas de hoje.

Vou fazer-lhe uma pergunta,

Seu cabeça de urupemaglossário :

Quero que você me diga

Quantos ovos põe a ema?


[resposta]

Quantos ovos põe a ema?

A ema nunca põe só:

Põe a mãe e põe a filha

Põe a neta e põe a avó…

CASCUDO, Luís da Câmara. Vaqueiros e cantadores. São Paulo: Global, 2005. página 181.

Uma característica de um gênero de canto trovadoresco, chamado canson redonda, é a repetição, ao início da resposta de um cantador, do último verso que seu adversário cantou. Isso pode ser notado ainda hoje em alguns cantos de desafio de repentistas no Brasil. Veja um exemplo no boxe.

Além das disputas entre os repentistas da região Nordeste, existem duelos de cantadores em outras regiões, como o cururu, presente no sul do estado de Minas Gerais e no interior do estado de São Paulo, e o calango, observado principalmente no norte do estado do Rio de Janeiro e na Zona da Mata do estado de Minas Gerais. O instrumento mais presente para acompanhar essas improvisações é a viola, mas há também locais onde se usa o pandeiro ou o violão.

Disputas de improvisação de versos são comuns também em outros países do continente americano. Por exemplo, as chamadas pallada, palla ou contrapunto no Chile; payada ou payada de contrapunto na Argentina e no Uruguai; e, ainda, o corrido no México, na Venezuela, Colômbia e Bolívia. Nos Estados Unidos, bem como em grandes centros urbanos do Brasil e de outros países, os duelos de improvisação em versos mais conhecidos são os de rap, que agregam heranças culturais africanas.

Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Pergunte aos estudantes se já assistiram a algum duelo de improvisação ao vivo e, se alguém na turma já teve essa experiência, peça que conte aos colegas.

Conhecer práticas de improvisação antigas, das quais ainda há reflexos em práticas atuais, permite relacioná-las com dinâmicas de interações sociais e com transformações históricas, contextualizando no tempo e no espaço os estilos musicais em questão, exercitando a capacidade de apreciação da estética musical, de acordo com a habilidade (ê éfe seis nove á érre um nove) da Bê êne cê cê. Neste caso específico, relações entre a arte dos trovadores medievais e a dos repentistas nordestinos permitem abordar elementos do patrimônio cultural brasileiro, materiais e imateriais, de matrizes europeias, bem como a contribuição dos artistas brasileiros no desenvolvimento dessa forma musical, contemplando, assim, as habilidades (ê éfe seis nove á érre três quatro) e (ê éfe seis nove á érre um oito) da Bê êne cê cê.

O conteúdo desenvolvido desde a página 69 até aqui evidencia aspectos da cultura musical brasileira que remetem à formação da cultura de nosso país e também se relacionam com a história e cultura de outros países, contemplando o tê cê tê Multiculturalismo – Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras.

Atividade complementar

Você pode sugerir a análise da disposição das rimas e do tamanho dos versos das duas quadras transcritas no quadro em destaque na seção Foco na História. Com base nesse conteúdo, proponha a criação de quadras semelhantes, considerando também a relação de pergunta e resposta, que enriquece ainda mais o trabalho criativo.

Para experimentar

Improviso com poesia

  1. Reúna-se com os colegas em um grupo de até seis participantes e escolham um poema.
  2. Leiam o poema individualmente em silêncio e, então, novamente, em voz alta.
  3. Em seguida, façam uma leitura coletiva, recriando-o em uma improvisação que explore as sonoridades e as imagens propostas pelo texto. Fornecemos algumas sugestões a seguir:
    1. Alterem a ordem dos versos.
    2. Leiam apenas palavras que considerem mais importantes ou sonoras.
    3. Mantenham-se em silêncio por alguns momentos.
    4. Falem com mais fórça em algumas partes e com menos fórça em outras.
    5. Falem de fórma mais lenta ou mais rápida.
    6. Experimentem também falar ao mesmo tempo, mas continuem se escutando, para não criar poluição sonora.
  4. Em seguida, o grupo pode se posicionar em semicírculo e apresentar sua leitura improvisada para o restante da turma.
  5. Para concluir, reflita sobre as seguintes questões e compartilhe suas impressões com os colegas e com o professor.
    1. Como foi fazer a improvisação?
    2. O que poderia ser melhorado em uma próxima vez?
    3. Essa improvisação lembra alguma das que foram apresentadas neste Sobrevoo? Por quê?

Faça no caderno.

PARA REFLETIR

Reflita sobre as seguintes questões e compartilhe suas respostas com os colegas e com o professor.

  1. Com qual artista ou obra apresentados neste Sobrevoo você mais se identificou? Por quê?
  2. Com base no que conheceu, o que você pensa sobre improvisação em dança e música?
  3. Que novas possibilidades de criação em dança e música você encontrou nas propostas de atividades?
Orientações e sugestões didáticas

Orientações

Na improvisação sugerida na seção Para experimentar, a fonte sonora explorada é a própria voz. Contemplando as habilidades (ê éfe seis nove á érre dois zero) e (ê éfe seis nove á érre dois um) da Bê êne cê cê, podem ser explorados e analisados diferentes timbres, alturas, intensidades, densidades e possibilidades rítmicas na pesquisa de diferentes maneiras de declamar o poema. A intenção é estimular a percepção da musicalidade da fala, explorando variações de timbre, andamento, pausas e acentos. Chame a atenção para a pronúncia de cada palavra. Verifique se os estudantes conhecem todas as palavras e, quando necessário, oriente-os a consultar um dicionário.

É possível também apresentar informações ou estimular pesquisas sobre os poemas trabalhados e seus autores, que podem enriquecer o estudo com aspectos históricos e sociais relacionados ao patrimônio cultural brasileiro, contemplando a habilidade (ê éfe seis nove á érre três quatro) da Bê êne cê cê.

Sugestão para o professor

Para a realização da atividade, sugerimos a segunda parte do poema “Menino do mato”, de Manoel de Barros. In: BARROS, Manoel. Poesia completa: Manoel de Barros. São Paulo: LeYa, 2013.

Você pode escolher outro poema ou pedir aos estudantes que pesquisem no livro de Língua Portuguesa ou em outros livros da biblioteca da escola.

Foco em...

bóbi méquiférin

Fotografia. Apresentação musical: em primeiro plano, homem negro com cabelos longos trançados, usando camiseta preta, calça jeans. Ele está em pé com a mão direita sobre o peito e a mão esquerda segurando um microfone. Em segundo plano, um homem toca um violino, e outro homem toca uma guitarra.
bóbi méquiférin cantando e fazendo percussão corporal no peito em um show em Barcelona, Espanha, 2014.

bóbi méquiférin nasceu nos Estados Unidos em 1950. Durante sua infância, ele teve um convívio muito próximo com o universo musical e cresceu ouvindo compositores clássicos europeus e óperasglossário , uma vez que seu pai, róbert méquiférin (1921-2006), era cantor de ópera. Tudo isso o levou a explorar musicalmente a própria voz, que ele considera seu primeiro instrumento.

Ao ser perguntado sobre o que inspira suas obras, ele respondeu:

“Tudo. Qualquer barulho, qualquer sílaba, qualquer frase, qualquer movimento. O que eu ouço, vejo, sinto ou como. Tudo me inspira. Sabe, eu não teorizo mais. Cresci em uma família musical, aprendi toda a teoria na infância e na juventude. Hoje apenas presto atenção aos sons que encontro.”

Fonte: TURRER, Rodrigo. bóbi méquiférin: “Não gosto de ‘Don’t worry be happy’”. Revista Época, São Paulo, 17julho 2011. Disponível em: https://oeds.link/RBdHpW. Acesso em: 6 junho 2022.

Orientações e sugestões didáticas

O objetivo da seção é introduzir a trajetória de um artista com um trabalho musical relacionado a práticas de improvisação. Dessa trajetória podem-se destacar dimensões sociais, estéticas e éticas – conforme explicitado na habilidade (ê éfe seis nove á érre um seis) da Bê êne cê cê –, além do papel do artista no desenvolvimento de formas e gêneros musicais com os quais está envolvido, contemplando a habilidade (ê éfe seis nove á érre um oito) da Bê êne cê cê, com destaque para sua criatividade em interpretações e improvisações vocais.

Unidades temáticas da Bê êne cê cê

Música; Artes integradas.

Objetos de conhecimento

Contextos e práticas; Elementos da linguagem; Materialidades; Processos de criação.

Habilidades em foco nesta seção

(ê éfe seis nove á érre um seis) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(ê éfe seis nove á érre um oito) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas e gêneros musicais.

(ê éfe seis nove á érre um nove) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética musical.

(ê éfe seis nove á érre dois zero) Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etcétera), por meio de recursos tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais.

(ê éfe seis nove á érre dois um) Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de composição/criação, execução e apreciação musical, reconhecendo timbres e características de instrumentos musicais diversos.

(ê éfe seis nove á érre dois três) Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais, expressando ideias musicais de maneira individual, coletiva e colaborativa.

(ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

bóbi méquiférin mostra que a improvisação está muito ligada à escuta. Ele é um artista que estimula a pensar na improvisação como um encontro no qual, antes de se preocupar com o que é bonito ou feio, as pessoas podem exercitar sua liberdade de se expressar, de criar e de compartilhar e, nesses momentos, cada indivíduo contribui com o melhor de si.

Para experimentar

Improvisar conversando

Assim como na roda de sons corporais que foi proposta no capítulo 2, nesta atividade você vai poder inventar sons ou usar os que aprendeu nas atividades anteriores, mas na fórma de um diálogo. Faça dupla com um colega de turma e siga as etapas.

  1. Um membro da dupla iniciará fazendo uma pergunta musical, ou seja, deve usar a voz ou outros sons corporais, mas sem palavras. Em seguida, o outro participante deve emitir sons para responder ao colega.
  2. Na sequência, quem respondeu deve perguntar, e vice-versa.
  3. Então, depois dessas perguntas e respostas, os dois integrantes da dupla tentarão improvisar juntos, como nas propostas de bóbi méquiférin, ou seja, como uma conversa na qual ambos falam ao mesmo tempo, mas se escutam e se entendem. Um começa, o outro escuta um pouco, com atenção, e então vai encaixando sons na improvisação do colega. Aquele que começou também ficará atento ao que o outro está fazendo para, se preciso, ir adaptando e ajudando a fazer os encaixes sonoros. Nesse momento, experimente fazer sons simples e que se repitam, tentando manter um ritmo.
  4. Para concluir, converse com os colegas e com o professor sobre as seguintes questões.
    1. De qual improvisação você mais gostou? Por quê?
    2. O que poderia ser melhorado?

PARA REFLETIR

Reflita sobre a seguinte questão e compartilhe sua resposta com os colegas e com o professor.

1. Quais relações você percebe entre o que foi apresentado sobre bóbi méquiférin neste capítulo e sobre Naná Vasconcelos no capítulo 2?

Orientações e sugestões didáticas

Orientações: Para experimentar

Nesta atividade, destaca-se a importância de ouvir o outro, que serve tanto para atividades de improvisação em dupla como para reflexões sobre outras dimensões da vida social nas quais é preciso dialogar. Esse estímulo à escuta cuidadosa de sons improvisados em dupla também tem o objetivo de chamar a atenção para aspectos musicais como timbre, ritmo, altura, extensão das frases musicais, bem como exercitar a expressão de modo colaborativo – contemplando as habilidades (ê éfe seis nove á érre dois zero) e (ê éfe seis nove á érre dois três) da Bê êne cê cê. Vale destacar também que esse exercício se baseia em improvisações que Bobby McFerrin propõe nas atividades de formação que ministra.

Inicialmente, as duplas experimentam simultaneamente. Depois, cada uma se apresenta diante da turma, o que é importante para que uns observem as improvisações dos outros. Ter pessoas assistindo pode estimular foco e dedicação, mas também gerar timidez. É recomendável que isso seja feito após os estudantes terem experimentado de modo mais solto e se familiarizado com o jogo. Delimite um tempo para as apresentações, de modo que todos possam participar. Combine um gesto ou sinal sonoro para indicar o momento de finalizar, que você poderá usar nos últimos minutos de cada improvisação-conversa.

Sobre a atividade: Para refletir

1. Ambos exploram sons vocais e de outras partes do corpo; fazem imitações de instrumentos com a voz e estimulam a participação do público. Relações subjetivas podem também aparecer nas respostas individuais. Ao comparar a produção dos dois artistas, identificando e analisando seus diferentes estilos e abordagens, contextualizando-os no tempo e no espaço, a atividade explora a habilidade (ê éfe seis nove á érre um nove) da Bê êne cê cê.

Foco no conhecimento

Improvisação

A improvisação, geralmente, é considerada um jeito de dar uma resposta rápida e espontânea a um problema. Por isso, é comum associar o improviso ao que é feito “do jeito que deu”, às pressas, ou que é provisório, ou inclusive mal-acabado. Contudo, essa ideia precisa ser revista e ampliada. Afinal, como você viu ao longo deste capítulo, para improvisar também é preciso estar atento, acionar conhecimentos prévios, organizar ideias e ações.

No momento de improvisar, ativamos a consciência do que já sabemos e fazemos escolhas. Sendo assim, a improvisação é também uma oportunidade de nos conhecermos melhor: o que somos, o que já sabemos, o que descobrimos fazendo.

Para compreender a ideia de improvisação em arte, vamos distinguir esse termo de outros conceitos e palavras também recorrentes nas linguagens de música e dança.

  1. Interpretação: a atuação de um bailarino em uma obra de dança que foi montada e ensaiada previamente, ou a execução, por um músico, de uma música já existente.
  2. Criação prévia: a criação que um artista faz antes de montar e exibir ou compartilhar seu trabalho com outras pessoas. Em música, é comum chamar tais criações de "composição".
  3. Improvisação: a criação que acontece no próprio momento de dançar, tocar ou cantar, com base nos conhecimentos prévios do artista.

Faça no caderno.

PARA REFLETIR

Reflita sobre as seguintes questões e compartilhe as suas respostas com os colegas e com o professor.

  1. Como você descreveria uma improvisação em música ou na dança?
  2. O que você já aprendeu das linguagens de música ou dança que poderia usar no momento de fazer uma improvisação?
Orientações e sugestões didáticas

O objetivo desta seção é esclarecer e fazer uma síntese do tema do capítulo, apresentando a improvisação como uma fórma de expressão em dança e música, de modo a embasar a exploração e a criação em atividades que abordem esse tipo de ação artística, como a que é sugerida na seção Processos de criação.

Comente que a improvisação acontece também no teatro, como exercício, sem público, ou quando atores e atrizes criam ao vivo diálogos, movimentações, pequenas dramaturgias ou cenas.

Unidades temáticas da Bê êne cê cê

Dança; Música.

Objetos de conhecimento

Contextos e práticas; Elementos da linguagem; Processos de criação.

Habilidades em foco nesta seção

(ê éfe seis nove á érre zero nove) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.

(ê éfe seis nove á érre um zero) Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do movimento dançado, abordando, criticamente, o desenvolvimento das formas da dança em sua história tradicional e contemporânea.

(ê éfe seis nove á érre um seis) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(ê éfe seis nove á érre dois três) Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais, expressando ideias musicais de maneira individual, coletiva e colaborativa.

Sobre as atividades: Para refletir

  1. Esta atividade proporciona a oportunidade de avaliar o que os estudantes apreenderam dos exemplos e das explicações apresentadas e, caso necessário, de fazer revisões. É importante estimulá-los a elaborar respostas com base nas próprias impressões e modos de dizer.
  2. As respostas podem ajudar a perceber quanto os estudantes estão estabelecendo relações entre as práticas artísticas propostas no livro e os aprendizados que trazem consigo ou adquirem ao longo do processo.

Processos de criação

Convidamos você a improvisar de fórma mais elaborada, usando o corpo e a voz. Siga as orientações a seguir.

  1. Reúna-se com os colegas em um grupo de oito integrantes. Em cada grupo, serão formadas quatro duplas.
  2. Escutem juntos a música “Cirandeira”, gravada pelo grupo A Barca, e tentem identificar o som de cada instrumento.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

  1. Cada dupla escolherá um instrumento para seguir. Um integrante da dupla vai imitar o instrumento escolhido improvisando sons com a voz. O outro integrante improvisará movimentos.
  2. Primeira rodada de improviso: quando a música começar a tocar, o som de cada instrumento será seguido, simultaneamente, pelas danças e experimentações vocais.
  3. Segunda rodada de improviso: os cantores iniciam em silêncio. Os dançarinos improvisam até a música pausar, quando então pausam também, em estátua. Sem a música, os cantores iniciam a improvisação com base nos instrumentos; simultaneamente, os dançarinos voltam a improvisar.
  4. Os cantores terão a tarefa de propor um final à improvisação do grupo. Enquanto isso, os dançarinos também terão de encontrar modos de parar o movimento. É importante que os integrantes de cada dupla encontrem juntos esse final.
  5. Ao término das apresentações, anote as suas impressões em seu diário de bordo.

Faça no caderno.

PARA REFLETIR

Reflita sobre as seguintes questões e compartilhe suas respostas com os colegas e com o professor.

  1. Você conseguiu distinguir o som do instrumento escolhido e segui-lo? E quando a referência era uma voz?
  2. Como você dialogou com seus colegas durante a improvisação?
Orientações e sugestões didáticas

A atividade proposta nesta seção une o estímulo à escuta atenta e a percepção do outro com a invenção, de modo improvisado, de sons vocais e movimentos, tendo como referência básica uma fonte sonora. Assim, possibilita que os estudantes experimentem e analisem os fatores de movimento, bem como exercitem e expressem ideias musicais por meio das improvisações e, também, na apreciação das invenções dos colegas, contemplando as três habilidades da Bê êne cê cê descritas a seguir.

Para acompanhar esta atividade, sugerimos a música “Cirandeira”, do grupo A Barca.

Unidades temáticas da Bê êne cê cê

Dança; Música.

Objetos de conhecimento

Elementos da linguagem; Processos de criação.

Habilidades em foco nesta seção

(ê éfe seis nove á érre um um) Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como elementos que, combinados, geram as ações corporais e o movimento dançado.

(ê éfe seis nove á érre um dois) Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do movimento como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.

(ê éfe seis nove á érre dois três) Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais, expressando ideias musicais de maneira individual, coletiva e colaborativa.

Orientações

  • Os estudantes ficarão atentos à improvisação dos colegas para estabelecer diálogos entre as improvisações vocais e os movimentos e conseguir improvisar juntos.
  • Incentive os que assistem a observar os elementos que os outros exploram.
  • Estimule-os a criar movimentos de acordo com as variações do som: forte ou fraco, agudo ou grave, curto ou longo. Sugira associações entre sons graves e agudos com movimentos em diferentes amplitudes, e entre a duração do som e a velocidade do movimento.

    Variação:

  • Definir quem será o mestre, em um grupo de dançarinos, que seguirá o som de um mesmo instrumento.
  • Pré-combinar a mudança do mestre, ou do instrumento a ser seguido, cada vez que o professor bater palmas ou fizer algum outro sinal sonoro.

Organizando as ideias

Quadro com recortes de 4 fotografias. À esquerda, um menino com camiseta azul e bermuda marrom, saltando. Ao fundo, cadeiras de um auditório. Ao lado, fotografia com vista de cima de pessoas com os braços estendidos em um pátio. Nas laterais, mesas, estantes com livros e pessoas olhando na direção do pátio. Seguindo para direita, fotografia em preto e branco de uma mulher usando macacão claro. Ela está em um palco, fazendo um movimento de dança, com a perna esquerda para trás e o joelho flexionado, o braço esquerdo estendido para o lado, olhando para cima, sorrindo. No ar e ao redor, diversas bexigas claras e escuras. À direita, um homem negro com cabelos longos trançados, de camiseta preta e calça jeans. Ele está em pé, com a mão direita sobre o peito e a mão esquerda segurando um microfone.

Neste capítulo, você foi convidado a vivenciar a exploração de sonoridades com a voz e a exploração de diferentes movimentações corporais, conheceu alguns exemplos de situações de dança e música e foi incentivado a refletir sobre eles. Assim, você descobriu um pouco a respeito da improvisação, um dos modos de fazer música e dança, que é diferente da interpretação e da criação prévia.

Para concluir, reflita sobre as seguintes questões e compartilhe suas respostas com os colegas e com o professor.

Faça no caderno.

  1. Após o percurso por este capítulo, como você explicaria, com as suas palavras, o que é improvisação em dança e música?
  2. Que diferentes modos de improvisar você conheceu?
  3. Você considera que as práticas de improvisação em artes podem contribuir para melhorar as relações entre as pessoas? Comente.
  4. Quais descobertas você fez ao longo deste capítulo? O que você gostaria de continuar aprofundando?
Orientações e sugestões didáticas

Unidade temática

Artes integradas.

Objetos de conhecimento

Contextos e práticas.

Habilidade em foco nesta seção

(ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

Sobre as atividades

1. A ideia é estimular o estudante a formular a própria explicação, com base em seus conhecimentos prévios e no que aprendeu neste capítulo. Esta pergunta se relaciona diretamente à pergunta 1 da seção Para refletir da página 75, em que os estudantes descreveram uma improvisação em dança ou música.

3. É importante que os estudantes explorem de forma autônoma os seus próprios caminhos de reflexão. Se achar necessário, você pode também comentar o fato de que atividades artísticas e diferentes tipos de jogos contribuem para a socialização de pessoas, colocando-as diante de situações nas quais elas têm de aprender a conviver e a interagir.

4. Esta questão pode trazer elementos acerca de curiosidades e intenções de estudos da turma que podem ajudar a definir caminhos e conteúdos para a continuidade ou ampliação dos estudos em Arte.

Glossário

Flash mob
Evento geralmente organizado pelas redes sociais. Nessas ações, pessoas que não necessariamente se conhecem marcam um encontro em um espaço público para realizar uma ação coletiva inusitada e previamente combinada e, em seguida, se dispersam. Pode ser uma dança, uma música, um jogo ou qualquer atividade que seja executada por muitas pessoas ao mesmo tempo.
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Som grave
Tipo de som geralmente qualificado como “grave”, como a buzina de um caminhão, o som de um trovão ou o som do contrabaixo elétrico (instrumento também chamado apenas de baixo).
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Som agudo
Tipo de som geralmente qualificado como “agudo”, como o de um apito de juiz de futebol ou o ranger de uma porta. Em música, essa propriedade sonora chama-se altura. Os sons mais agudos são altos, e os mais graves são baixos. Por isso o instrumento contrabaixo tem esse nome. Os sons que não são nem muito agudos nem muito graves podem ser chamados de médios.
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Urupema
Palavra de origem tupi-guarani que denomina um tipo de peneira, cesta rasa ou o próprio trançado de fibras vegetais que compõe esses objetos. Os objetos com esse nome são usados, entre outras funções, para peneirar a mandioca ralada, passar massa de feijão cozido e escorrer leite de coco ou açaí. O mesmo trançado pode ser usado também para fazer encostos de cadeiras.
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Ópera
Música vocal sempre vinculada a um texto dramático (teatral). Surgiu no período Barroco da história da música europeia (século dezessete até meados do século dezoito). Algumas óperas têm trechos falados, outras são inteiramente cantadas.
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