Sugestões de sites

Capítulo 1

Página 13: ifãn. Disponível em: https://oeds.link/U1Pz5C. Acesso em: 10 fevereiro 2022.

Site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão governamental que cuida da preservação de bens culturais materiais ou imateriais do nosso país.

unêsco. Disponível em: https://oeds.link/VTYcu8. Acesso em: 10 fevereiro 2022.

A sigla unêsco se refere à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que se dedica à preservação do patrimônio cultural da humanidade em diversos países, incluindo o Brasil.

Página 15: LUME TEATRO. Disponível em: https://oeds.link/2RBfMn. Acesso em: 10 fevereiro 2022.

O Lume Teatro foi fundado em 1985 e faz parte de um núcleo de pesquisa vinculado à Universidade Estadual de Campinas (unicâmpi). Em seus trabalhos, desenvolveu um repertório bastante diversificado, incluindo espetáculos de dança, palhaços e apresentações ao ar livre com a participação da comunidade.

CLIPE Café com queijo – Lume Teatro. 2009. 1 vídeo (cêrca de 2 minutos). Publicado pelo canal lumeteatro. Disponível em: https://oeds.link/XhAm4h. Acesso em: 10 fevereiro 2022.

Videoclipe do espetáculo Café com queijo, do Lume Teatro. O espetáculo foi criado em 1999 e já passou por várias cidades do país, além de ter participado de diversos festivais nacionais de teatro.

Página 17: inaicíra FALCÃO. Disponível em: https://oeds.link/r7Yn5C. Acesso em: 9 fevereiro 2022.

O sáite apresenta a história e a obra de inaicíra Falcão, educadora, pesquisadora, cantora lírica ligada à cultura iorubá. Nele podem ser apreciados vídeos e fotos, além da biografia da artista.

Página 19: etenhiritipá – Cantos da Tradição Xavante. 2017. 1 vídeo (cêrca de 48 minutos). Disponível em: https://oeds.link/YtvwA7. Acesso em: 18 fevereiro 2022.

Vídeo com cantos da tradição do povo Xavante, com explicações sobre os significados dos cantos.

Capítulo 2

Página 26: VATICANO. Basílica de São Pedro. Disponível em: https://oeds.link/w4NKOO. Acesso em: 7 fevereiro 2022.

Acessando o site oficial (em inglês e italiano), é possível consultar o calendário com as celebrações do mês, conhecer a história, ver imagens e fazer um tour virtual pelos vários ambientes da Basílica, localizada no Vaticano.

Capítulo 3

Página 45: URBE. Disponível em: https://oeds.link/3hHZJu. Acesso em: 31 maio 2022.

O canal faz parte do projeto URBE, da Universidade Federal de São João del-Rey. Nele é possível acessar vídeos sobre as festas populares e religiosas que compõem a vida cultural da cidade, incluindo o toque dos sinos das igrejas.

Capítulo 5

Página 83: NÚCLEO Luis Ferron – Sapatos Brancos. 2013. 1 vídeo (cêrca de 12 minutos). Publicado no site Conectedance. Disponível em: https://oeds.link/J5Jzo4. Acesso em: 10 junho 2022.

Nesse site, é possível acompanhar a entrevista de Luis Ferron sobre a pesquisa e a criação do espetáculo Sapatos brancos.

Página 87: CLYDE MORGAN conta sua trajetória artística. 2017. 1 vídeo (cêrca de 3 minutos). Publicado no site Edgardigital (úfiba). Disponível em: https://oeds.link/N6lLNq. Acesso em: 9 fevereiro 2022.

O bailarino e coreógrafo Clyde Morgan conta um pouco de sua experiência como professor na Universidade Federal da Bahia.

Capítulo 6

Página 101: PAIDEIA ASSOCIAÇÃO CULTURAL. Disponível em: https://oeds.link/kg9AXw. Acesso em: 9 fevereiro 2022.

A Associação Cultural Paideia tem como foco realizar eventos culturais, como espetáculos teatrais e de dança, oficinas, debates e cursos voltados para a infância e juventude. Para conhecer mais sobre o trabalho, basta acessar o site.

Página 102: FRAGMENTOS de libertad 200 años Trailer (em espanhol). 2010. 1 vídeo (cêrca de 4 minutos). Publicado pelo canal T. Varasanta. Disponível em: https://oeds.link/PBIeSA. Acesso em: 23 março 2022.

Acessando o link, é possível assistir a um pequeno trecho desse espetáculo, apresentado no Teatro Varasanta, em Bogotá, Colômbia.

Página 103: NAQQĀLI, Iranian dramatic story-telling. 2011. 1 vídeo (cêrca de 10 minutos). Publicado no canal unêsco. Disponível em: https://oeds.link/5zg1oX. Acesso em: 23 março 2022.

Um vídeo (em inglês) sobre a arte dos nacali, que faz parte de um minidocumentário da unêsco, pode ser assistido nesse site.

Capítulo 7

Página 120: catacáli Performance - queralá. 2009. 1 vídeo (cêrca de 2 minutos). Publicado pelo canal indiavideo.org. Disponível em: https://oeds.link/X6kPU0. Acesso em: 23 março 2022.

O vídeo apresenta uma cena do espetáculo de dança catacáli.

Página 127: KAZUO OHNO DANCE STUDIO (em inglês). Disponível em: https://oeds.link/pcZBK4. Acesso em: 9 fevereiro 2022.

Site oficial dedicado à memória do artista, com a cronologia dos trabalhos de cazúo ônu, sua biografia, os projetos que realizou e a criação do estúdio de dança com seu nome.

Capítulo 8

Página 135: agá dê| rréchitégui (cerquilha, sustenido)Círio2017 - Clipes Marianos: Vós sois o Lírio Mimoso (1). 2017. 1 vídeo (cêrca de 2 minutos). Publicado pelo canal José Carlos Vieira. Disponível em: https://oeds.link/NjZrPv. Acesso em: 15 julho 2022.

Vinheta contendo a gravação do hino à Nossa Senhora de Nazaré, em preparação ao Círio de Nazaré de 2017. Essa festa ocorre há mais de 120 anos e faz parte do patrimônio imaterial do Brasil.

Página 139: DÍA DE LOS MUERTOS. 2014. 1 vídeo (cêrca de 4 minutos). Publicado pelo canal Film School Shorts. Disponível em: https://oeds.link/5a5eLs. Acesso em: 9 fevereiro 2022.

Animação sobre o Dia dos Mortos, celebração de origem indígena mexicana. Segundo a tradição, no dia 2 de novembro, os mortos têm autorização para voltar e rever seus familiares. São montados altares com flores e comidas típicas, além de serem realizadas festas de rua com danças e músicas.

Referências bibliográficas comentadas

ALMEIDA, Efrain. Efrain Almeida: primeira pessoa. Itaú Cultural, 27 abril 2009. 1 vídeo (3 minutos). Entrevista concedida ao projeto Primeira Pessoa do Itaú Cultural (novembro. 2006-janeiro 2007). Disponível em: https://oeds.link/CzyHuF. Acesso em: 10 fevereiro 2022.

Entrevista gravada pelo Itaú Cultural com o artista Efrain Almeida a respeito de sua exposição no evento Primeira Pessoa, realizado entre novembro de 2006 e janeiro de 2007, tematizando as memórias e as reflexões de artistas variados em biografias e autobiografias.

BARBA, Eugenio; SAVARESE, Nicola. A arte secreta do ator: dicionário de antropologia teatral. São Paulo: Hucitec, 1995.

Livro que se propõe a ensinar os comportamentos dos atores em cena nas mais diferentes tradições teatrais do mundo, com diversas curiosidades e ilustrações que buscam colaborar para a compreensão da performance teatral.

BARCELOS NETO, Aristóteles. apá pá a tái: rituais de máscaras no Alto Xingu. São Paulo: Edusp, 2008.

Obra em que o museólogo e antropólogo Aristóteles Barcelos Neto apresenta uma etnografia atualizada da região do Alto Xingu, utilizando as discussões teóricas mais recentes da antropologia para dar visibilidade às práticas culturais de cura e aos ritos fúnebres dos povos indígenas que vivem no Xingu.

Bênet Rói. Uma breve história da música. Tradução de Maria Teresa Resende Costa. Rio de Janeiro: Jorge zarrár, 1986. (Coleção Cadernos de Música da Universidade de Cambridge).

Parte de uma coleção de livros didáticos direcionada aos estudantes da música, essa obra presenta a história da música no Ocidente a partir do século nove e seus diversos períodos, apresentados em quadros que informam os tipos de música, o local e o momento em que surgiram, e os principais compositores da época.

BERNAT, Isaac. Encontros com o griot Sôtiguí Cuiátê. São Paulo: Pallas, 2013.

Livro que expõe a pesquisa do ator, diretor e doutor em Teatro Isac Berná a respeito da prática artística de Sôtiguí Cuiátê, um griot (“mestre da palavra”) da tradição mali, abordando sua relação com a globalização e os desafios que ela apresenta para a preservação da singularidade presente nessa cultura.

Bertold Margô. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2000.

Livro abrangente que apresenta um acervo de textos e imagens que retratam a história da dramaturgia e do espetáculo, bem como uma análise estética e crítica das tendências e correntes artísticas que fizeram parte dos períodos mais representativos da história do teatro.

BORGO, Érico. A música de O Senhor dos Anéis. Omelete, 2 outubro 2001. Disponível em: https://oeds.link/wl0iPc. Acesso em: 25 fevereiro 2022.

Matéria a respeito da produção e da gravação da trilha sonora de O Senhor dos Anéis, liderada por ráuard chór com uma equipe de 96 membros da Orquestra Sinfônica da Nova Zelândia.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Base Nacional Comum Curricular (Bê êne cê cê). Brasília: Méqui: cê êne Ê, 2018. Disponível em: https://oeds.link/yYyrSx. Acesso em: 25 fevereiro 2022.

Documento que norteia os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do sistema e das redes de ensino público e as propostas pedagógicas das escolas públicas e privadas do Brasil.

Búlfinqui, Tômas. O livro de ouro da mitologia: histórias de deuses e heróis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

Coletânea das mais importantes histórias e mitos das culturas grega e romana, nos quais aparecem as figuras centrais dos heróis, dos deuses e da criaturas fantásticas que sobreviveram a mais de 2 000 anos de história.

CAMPOS, Helio (Mestre Xaréu). Capoeira regional: a escola de Mestre Bimba. Salvador: editora da universidade federal da Bahia, 2009.

Livro que apresenta um estudo da capoeira como fórma de conhecer a sociedade baiana de maneira mais ampla, considerada, mais do que uma prática tradicional, uma área do conhecimento da Educação Física.

tiáina cûltiur.ORG. Site sobre história, cultura, política e economia chinesas. Disponível em: https://oeds.link/nYIJVv. Acesso em: 10 fevereiro 2022.

sáite que divulga notícias culturais sobre a atualidade da China, com informações a respeito da história, da política e da economia do país, produzido sob a orientação do Ministério de Cultura e Turismo desde 2003.

COELHO, Beatriz. Devoção e arte: imaginária religiosa em Minas Gerais. São Paulo: êduspi, 2005.

Obra que reúne quatro ensaios de diferentes autores e autoras, acompanhados de 247 imagens de obras de arte sacra da região de Minas Gerais produzidas nos séculos dezoito e dezenove, com o intuito de favorecer a implantação de programas de preservação do patrimônio histórico e artístico da região.

COSTA, Felisberto Sabino da. A máscara e a formação do ator. Móin-Móin: Revista de Estudos sobre Teatro de fórmas Animadas, Jaraguá do Sul: Scar; udésqui, ano 1, volume 1, página 26-51, 2005.

Artigo que trata da presença da máscara nas culturas humanas como uma fórma de contato com o lado primitivo do ser humano e sua utilização pelo ator para se relacionar com o mundo por meio da animação desse objeto.

córtnei, Ríchard. Jogo, teatro e pensamento: as bases intelectuais do teatro na educação. São Paulo: Perspectiva, 2003.

Ríchard córtnei é ator e professor do Ontario Institute for Studies in Education. Nessa obra instrumental, ele propõe fórmas de introduzir o teatro nos currículos escolares e defende sua importância como possibilidade de criar significados para a existência.

dângelo, Helô. Mulher-Maravilha: uma biografia não autorizada. Superinteressante, São Paulo, 29 julho 2016. Disponível em: https://oeds.link/zZ1jZI. Acesso em: 10 fevereiro 2022.

Matéria a respeito da personagem fictícia da DC Comics, a Mulher Maravilha, com uma abordagem histórica, relacionando a criação da personagem e o papel da mulher na sociedade, principalmente a entrada no mercado de trabalho.

FERRACINI, Renato. Café com queijo: corpos em criação. São Paulo: Hucitec, 2006.

Livro que propõe uma reflexão acerca do processo de criação do espetáculo teatral Café com queijo, assim como uma discussão a respeito da mimese corpórea, prática desenvolvida pelo grupo de teatro Lume.

franquíni, Ademilson S. As melhores histórias das mitologias asteca, maia e inca. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2014.

Livro que apresenta a mitologia religiosa de três povos da América espanhola, com enfoque na radicalidade das práticas ritualísticas dos astecas, dos maias e dos incas, apresentando seus motivos religiosos, assim como os deuses que eram cultuados por esses povos.

gotiê, gái. O documentário: um outro cinema. Tradução de Eloisa A. Ribeiro. Campinas: Papirus, 2011. (Coleção Campo Imagético).

Obra que investiga o cinema documentário, partindo da criação da câmera e do avanço das técnicas de filmagem que possibilitaram o desenvolvimento do documentário de criação como gênero que colaborou substancialmente para o desenvolvimento da linguagem cinematográfica.

gramôn, Guiomar de. Aleijadinho e o aeroplano: o paraíso barroco e a construção do herói colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

Biografia de “Aleijadinho” que investiga as personalidades presentes na narrativa construída a respeito desse artista e demonstra as inverdades reforçadas ao longo do tempo.

HARDING, Rachel Elizabéti. Você tem direito à árvore da vida: spirituals afro-americanas e religiões da diáspora. Tradução de cristíne jota Eida e Mariana Gadelha. In: REIS, Isabel Cristina F. dos; ROCHA, Solange P. Diáspora africana nas Américas. Cruz das Almas: EDUFRB; Belo Horizonte: Fino Traço, 2016. (Coleção Uniafro, 5).

Ensaio sobre as relações entre a tradição espiritual afro-americana e os rituais praticados na África, em Cuba, no Haiti e no Brasil.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Maracatu de baque solto: patrimônio cultural e imaterial do Brasil. Recife: ifãn, 2013. (Dossiê, 2). Disponível em: https://oeds.link/kVmuKB. Acesso em: 25 fevereiro 2022.

Dossiê a respeito do maracatu de baque solto, um tipo de samba de maracatu oriundo do estado de Pernambuco, também conhecido como maracatu rural, que se diferencia de outros tipos por seu ritmo, sua organização e seus personagens.

IPHANGOV.BR. Canal do instituto em site de compartilhamento de vídeos. Disponível em: https://oeds.link/ow5O0m. Acesso em: 10 fevereiro 2022.

Canal no qual são divulgados eventos e produções audiovisuais promovidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, organização pública autônoma vinculada ao Ministério do Turismo.

LAGROU, Els. Arte indígena no Brasil: agência, alteridade e relação. Belo Horizonte: com arte, 2009.

Obra que busca abordar a concepção dos povos ameríndios da Amazônia a respeito da arte, fundamentada não na contemplação estética comum no mundo ocidental, mas na produção subjetiva dos corpos criadores de objetos artísticos.

LIVRO das mil e uma noites. Tradução do árabe: Mamede Mustafa jarúchi. São Paulo: Globo, 2017. 4 volume

Coleção com as histórias presentes na obra Mil e uma noites, traduzidas de fórma inédita diretamente do árabe para o português.

LOPES, Nei. Novo dicionário banto do Brasil. Rio de Janeiro: Pallas, 2012.

Essa obra traz visibilidade à presença dos africanos de origem banto que foram escravizados no período colonial do Brasil e tiveram grande participação na formação da cultura brasileira e no português falado no Brasil, configurando-se como uma referência para o estudo das línguas africanas.

LUISI, Emidio. Kazuo e Yoshito Ohno. São Paulo: Sésqui São Paulo, 2016.

Livro que estabelece uma relação entre a dança butô, criada na década de 1950 por Kazuo e Yoshito Ohno, e as influências da cultura tradicional japonesa, das vanguardas artísticas modernas e da fotografia.

MACHADO, Vinicius Torres. Máscara, figura. Revista Sala Preta, São Paulo, volume 10, página 281-286, 2010.

Estudo sobre a presença da máscara no teatro, levando em conta sua presença no teatro antigo e nas práticas orientais e seu retorno à cena teatral do século dezenove como símbolo de renovação.

MONTEIRO, Marianna. Dança popular: espetáculo e devoção. São Paulo: Terceiro Nome, 2001.

Livro que investiga a formação e os processos presentes na construção das danças populares brasileiras, como o congo e o boi-bumbá.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. Patrimônio Cultural Imaterial ou Intangível. Naqqāli, Iranian dramatic story-telling. Site oficial da Unesco sobre a tradição iraniana dos nacali. Disponível em: https://oeds.link/BsnFgH. Acesso em: 25 fevereiro 2022.

Site que trata da preservação da tradição iraniana do Naqqāli, estilo dramático de contação de histórias próprio da região, no qual as histórias em prosa ou em verso são acompanhadas de uma gestualidade característica.

PICON-VALLIN, Béatrice. O Théâtre du Soleil: os primeiros cinquenta anos. São Paulo: Perspectiva; Sésqui São Paulo, 2017.

Obra de carácter biográfico que retrata a trajetória do grupo teatral Théâtre Du Soleil, que existe até hoje como um dos mais influentes e importantes coletivos de teatro do mundo.

RIBEIRO, Almir. Deuses e marionetes: catacáli, teatro dança clássico da Índia e seus delicados diálogos. Sala Preta, São Paulo, volume 13, número 1, página 83-110, junho 2013.

Artigo que introduz as possíveis reflexões propiciadas pelo catacáli, um estilo masculino de dança teatral oriundo do sudoeste indiano, com raízes milenares e que tem suas práticas reproduzidas até hoje nas manifestações culturais contemporâneas indianas.

ROBATTO, Lia. Dança em processo: a linguagem do indizível. Salvador: Centro Editorial e Didático da úfiba, 1994.

Obra sobre o espetáculo Dança em processo, de 1979, do Grupo Experimental de Dança da úfiba, baseado na pesquisa das expressões do corpo poético, em que o movimento deixou de ser visto exclusivamente como uma fórma de expressão e transformou-se em um objeto da prática poética.

ROCHA, Gilmar. A roupa animada: persona e performance na jornada dos santos reis. Cronos, Natal, volume 15, número 2, página 8-34, julho/dezembro 2014. Disponível em: https://oeds.link/VqdMs3. Acesso em: 25 fevereiro 2022.

Artigo que apresenta uma etnografia sobre as Folias de Reis realizada na cidade de Vassouras (Rio de Janeiro), com foco nos significados simbólicos presentes na criação da indumentária utilizada nessa manifestação cultural.

SÁ, Marco Antônio. Por que dobram os sinos? Texto postado no site do fotógrafo. Disponível em: https://oeds.link/wriUiQ. Acesso em: 25 fevereiro 2022.

Texto a respeito da história dos sinos e de sua presença em diferentes culturas e civilizações como sinalização, marcação do tempo religioso, abordando seus usos e sentidos religiosos desde a era do bronze até o budismo e a tradição cristã.

SANTOS, inaicíra Falcão dos. Corpo e ancestralidade: uma proposta pluricultural de dança-arte-educação. São Paulo: Terceira Margem, 2006.

Livro que constrói uma epistemologia a respeito dos estudos realizados na contemporaneidade e em contextos acadêmicos sobre as artes corporais de tradição africana e afro-brasileira.

xáfer reimond mãrei. A afinação do mundo: uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. Tradução de Marisa Fonterrada. São Paulo: Editora Unésp, 1997.

Nessa obra, o educador musical, compositor e ambientalista canadense R. Múri Chêifer explora o conceito de paisagem sonora, elaborando perspectivas de como ela era no passado, analisando criticamente como ela é hoje e criando conjecturas de como ela será no futuro.

tólquin, J. R. R. O Senhor dos Anéis. Tradução de Lenita Maria Rimoli Esteves e Almiro pisêta. segunda edição São Paulo: Martins Fontes, 2000. volume um: A Sociedade do Anel.

Obra de ficção em três volumes que narra a jornada de Frodo e seus companheiros por territórios misteriosos em busca de um anel mágico que pode mudar o curso de uma guerra. jota érre érre tólquin escreveu essa obra durante a Segunda Guerra Mundial.

VERGUEIRO, Waldomiro. Jerry Siegel, djôe chúster e o Super-Homem. Omelete, 26 junho 2006. Disponível em: https://oeds.link/8twPzy. Acesso em: 10 fevereiro 2022.

Matéria sobre a criação do Super-Homem, cuja autoria é atribuída a Jerome Siegel e Joseph Shuster, e que aborda elementos da biografia desses artistas.

Visníqui, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

Livro que propõe o estudo da música com base em três grandes categorias: serial, modal e tonal, presentes em composições do mundo todo e que vão além da música clássica ocidental europeia.

Guia e transcrições de áudios

Capítulo 1

Página 11: Arte e o mundo imaterial na visão de um indígena

Transcrição

[Locutor] Olá, tudo bem com você? Para falar da importância da arte e de como o mundo imaterial está presente na cultura indígena, vamos ouvir o professor Casé Angatu.

[Casé Angatu] Meu nome é Casé Angatu, Casé porque o meu nome de registro de nascimento é Carlos José, corruptela que deu Casé e Angatu, anga é alma e catu, boa. Quer dizer, então seria Casé Alma Boa, que é o meu nome indígena, né? Sou indígena, da família do tronco Xukuru, Tupi, do tronco Tupi, moro aqui em Olivença, Ilhéus, Bahia. Olivença é um distrito de Ilhéus, um antigo aldeamento jesuítico do século 16 e que virou um território indígena. Fiz História na Unesp. Fiz mestrado em História na PUC, em São Paulo. O doutorado eu fiz da FAU-USP. Sou concursado agora na Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, que é onde dou aula. Sou professor também do programa de Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia. E moro na aldeia Guarani Taba Atã. Eu moro numa oca, na tradição, que é feita de pau a pique, de barro, né? A gente vive da água do rio, da pesca, vive da piaçava, que tem que ter piaçava, vive da retirada, algumas pessoas tiram palmito, né? Tira o caju... e o dia a dia da minha comunidade é o plantio da mandioca, que é a principal base, a gente chama de aipim, os paulistas chamam de mandioca. A gente faz a farinha, nas casas de farinha. Vive de artesanato, e esse é o dia a dia. Minha mãe encantou, meu pai encantou, o que que é encantar? Na tradição do não indígena é falecer, morrer, né? A gente não morre e vai para o paraíso ou vai para o inferno. Já está no paraíso, que é a natureza, então a gente encanta, vira um pedaço de rio, um pedaço de folha de uma árvore, um bicho, uma graminha, né? Então a nossa relação com a natureza é extremamente espiritual. Eu costumo dizer que nós somos a natureza, nós somos a terra, por quê? Porque quando nós encantarmos, nós vamos virar a própria natureza. E por isso que quando a gente anda, muita gente pergunta assim: Casé, por que índio quando anda no meio da mata fica olhando para o chão? Porque lá estão os nossos encantados, né? Está nossa espiritualidade. Então numa onda de um mar, um barulho de um rio, o voo de um pássaro ou o canto de um passarinho, na beira de uma árvore, já é a emanação dos encantados da natureza conversando conosco. E quem são esses encantados? São nossos ancestrais. Tem povos que têm pinturas que quase sempre se repetem, né? No nosso caso aqui que é o tupinambá, as pinturas são feitas de acordo com o sentimento do momento. Por exemplo, quando é uma pintura de cura, ela é mais fechada, né? Quando é uma pintura de proteção ela é mais fechada. Quando é uma pintura de festa, ela é mais aberta, tende a ser mais aberta. Então a pintura é uma forma de proteção, de cura, e ao mesmo tempo de comunicação com o mundo externo. A gente não faz arte porque nós somos artistas, né? Nós fazemos a nossa cultura, que tem valor artístico. Nós fazemos o artesanato, que alguns chamam de artesanato, que é a pulseira, que é o colar, que é a pintura, que pode ser considerado como arte. Mas a gente não faz isso como arte, necessariamente, a gente faz isso com uma dimensão espiritual. Então toda a tradição, cultura, musicalidade indígena, ela tem a ver com a ritualidade da nossa relação com a natureza. Isso pode até ser considerado como arte, mas a finalidade não é necessariamente ser uma arte, é a relação que a gente tem com o plano natural, né?

Estúdio: Núcleo de criação

 

Página 17: Música “Odana”, de Inaicyra Falcão dos Santos

Transcrição

Dana, dana. 

Odana oloju ogun  

giri giri bode 

Odanurô

Dana, dana. 

Odana oloju ogun  

giri giri bode 

Odanurô

Dana, dana. 

Odana oloju ogun  

giri giri bode 

Odanurô

danurô danurô dana dana anaaaa

danurô danurô dana dana anaaaa 

danurô danurô dana dana anaaaa

danurô danurô dana dana anaaaa

Dana, dana. 

Odana oloju ogun  

giri giri bode 

Odanurô

Dana, dana. 

Odana oloju ogun  

giri giri bode 

Odanurô

Dana, dana. 

Odana oloju ogun  

giri giri bode 

Odanurô

danurô danurô dana dana anaaaa

danurô danurô dana dana anaaaa 

danurô danurô dana dana anaaaa

danurô danurô dana dana anaaaa

Axipá ê Axipá

Axipá ê Axipá

Axipá ê Axipá

Axipá ê Axipá

Axipá ê Axipá

Axipá ê Axipá

Axipá ê Axipá

 

Canção “Odana”, de Inaicyra Falcão dos Santos


Capítulo 3

Página 45: Toque tradicional de sinos de São João del-Rei – Instrumental – Gravação: Thiago Morandi

Página 47: Trecho da canção “Benção de mamãe”, de Gilvan do Vale

Transcrição

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

 

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

Botou guia para me ajudar na copa do meu chapéu

Enfeitando meu chapéu na copa do meu chapéu

E mais força para me dar na copa do meu chapéu

Colega tu me ajuda na copa do meu chapéu

Que eu também vou te ajudar na copa do meu chapéu

 

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

 

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

 

Colega tu vem comigo na copa do meu chapéu

Tu não vai me deixar na copa do meu chapéu

Morena quero te ver na copa do meu chapéu

Entra na roda para brincar na copa do meu chapéu

Enquanto eu canto toada na copa do meu chapéu

Bota a saia para rodar na copa do meu chapéu

Vem andando me ver na copa do meu chapéu

Quem mandou me acompanhar na copa do meu chapéu

O matraca fala alto na copa do meu chapéu

Deixa o tambor grande ganhar na copa do meu chapéu

 

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu


A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

A benção minha Mãe, a benção Papai do Céu!

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu

São Benedito botou guia na copa do meu chapéu (2X)


Na copa do meu chapéu

Na copa do meu chapéu

Na copa do meu chapéu

Trecho da canção "Bênção de mamãe", de Gilvan do Vale

 

Página 55:

Trecho do “Hino a São João Batista”

Transcrição

Ut queant laxis

resonare fibris

Mira gestorum

famuli tuorum,

Solve polluti

labii reatum,

Sancte Iohannes

 

O trecho do "Hino a São João Batista", inserido neste conteúdo, está em domínio público.

• Escala de notas naturais

 

Transcrição

(Instrumental) dó ré mi fá sol lá si dó

(Instrumental) dó si lá sol fá mi ré dó

Estúdio: Marcelo Pacheco

• Escala cromática – Instrumental Estúdio: Marcelo Pacheco

Página 57:

• Cantiga popular “Samba Lelê” –  Instrumental – Estúdio: Marcelo Pacheco

• Cantiga popular “Terezinha de Jesus” – Instrumental – Estúdio: Marcelo Pacheco

• Base rítmico-harmônica de rock-and-roll Instrumental – Estúdio: Núcleo de Criação

Capítulo 4

Página 65: Som do bód râm Instrumental O solo de bodhrán é de Eamon Murray e está disponível no Youtube. 

Capítulo 5

Página 94: Pés no ritmo do samba

Transcrição

[Locutora] Nesta proposta, vamos explorar os apoios dos pés. Comece em pé, parado. Preste atenção se os pés, o quadril e a cabeça estão alinhados. Perceba se você pende para trás ou para a frente. Se sente o apoio mais nos dedos dos pés ou no calcanhar. Se sente que seus pés estão virados para dentro ou para fora. Evite corrigir qualquer coisa neste momento. Apenas preste atenção em como você está. Vamos começar a caminhar. Preste atenção em como você toca o pé no chão. Caminhe agora pisando apenas com o calcanhar. [pausa] Caminhe pisando com a parte de fora dos pés. [pausa] Caminhe pisando com a borda interna dos pés. [pausa] Caminhe andando com a ponta do pé. [pausa] Agora vamos experimentar caminhar com um apoio diferente em cada pé. Com o direito, pise com a borda interna e com o esquerdo, com o calcanhar. Direito ponta do pé. Esquerdo calcanhar. Direito borda interna. Esquerdo ponta do pé. Experimente as mudanças de apoio. [pausa] Agora, vamos fazer a cada passo uma mudança de apoio, começando com o pé direito. Escolha um apoio diferente para cada pé. Vamos lá? Mudando o apoio 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. Continue mudando 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. [pausa] Enquanto você muda os apoios, perceba que estamos entrando em um ritmo com esta exploração. Brinque de acelerar e desacelerar o movimento mantendo o ritmo. 1, 2, 1, 2, 1..., 2..., 1..., 2..., 1, 2, 1, 2. Após este áudio, peça ao professor que toque um samba de roda, para que a turma experimente o ritmo do samba com a exploração dos apoios dos pés.

O áudio inserido neste conteúdo é da Freesound.

CAPÍTULO 6

Página 101: Mito e oralidade no trabalho da Companhia Paideia.

Transcrição

[Locutora] Olá, tudo bem? Amauri Falseti é diretor da Companhia Paideia e trabalha há 35 anos com jovens em atividades teatrais. Vamos ouvi-lo agora.

[Amauri Falseti] Sou Amauri. Trabalho com teatro há muitos anos e não tenho uma formação acadêmica nessa área. A minha formação está vinculada à minha própria vida. Comecei este trabalho como jovem, participando de um grupo de teatro e a minha formação eu devo a diversos mestres, que fui encontrando durante a minha vida. E principalmente à minha curiosidade e interesse na área, e até hoje eu ainda continuo buscando essa formação. Eu penso que uma companhia de teatro, você nunca vai encontrar uma igual à outra. Assim como o ser humano. Uma companhia, uma empresa, uma família, ela tem vida própria, ela tem característica própria, tem sonhos diferentes. Então a Companhia Paideia de Teatro, eu vou destacar algumas pequenas questões que eu acredito que difere de outras. É uma companhia que faz teatro para e com crianças. Faz teatro para e com jovens. Essa é a vocação da companhia. Outra questão é que a gente acredita que a ação do teatro na vida da criança e do jovem, principalmente do jovem, colabora sobremaneira para que ele possa entender o mundo de forma bem ampla e através da arte. Aprender através da arte e viver o teatro é uma característica que a Paideia tem.

- Quando a gente estava pensando o nome da nossa Companhia, fui à festa de uma amiga e a festa estava bem chata, e aí eu pedi pra ir na biblioteca. E aí eu peguei, na biblioteca, um livro chamado Paideia. E eu fiquei encantado. O livro chama-se “Paideia, a formação do homem grego”. Aí eu pedi pra Marilia, que era minha amiga, se ela me emprestava. Ela me deu o livro. Levei para ler. E nesse momento, eu descobri que o nome da Paideia deveria ser Paideia, porque o teatro tem a ver com a Grécia, tem a ver com a cultura. E a Paideia é tudo que o homem cria, tudo que o homem produz, tudo em que o homem acredita. E o teatro é exatamente o reflexo da própria vida, da minha, da tua e de uma sociedade. Então a Paideia é a Paideia.

- Se a gente pensar no teatro desde a sua origem, a gente sabe que o teatro sempre vai contar uma história. Então, se você pensar o teatro logo no comecinho, era alguém que se sentava na sua frente e contava uma história. Era uma conversa. Era uma troca de uma experiência que ele teve durante o dia. Provavelmente, eu fico imaginando, dentro da caverna, à noite, depois de eles caçarem, eles contavam como foi a caçada. E isso, no meu modo de ver, foi a primeira peça de teatro do mundo. Então a oralidade, o contar história, para o nosso teatro, que faz teatro para jovem e criança, primeiro, é descobrir que você tem uma história. E se você contar sua história, você está se conhecendo e, na medida que você sabe quem você é, você sabe quem é o outro. Para eu conhecer o outro, eu preciso me conhecer. E a melhor maneira é você contar uma história. Quem é você? Eu nasci, eu tive um pai, eu vivi, pronto. Então o teatro tem esse material como base. Então é impossível você fazer teatro para a criança, jovem, e mesmo pra adulto, se você não conta uma história. Se você não trabalha isso. E é muito comum você ouvir das crianças: eu não tenho história. Pronto, começou a peça. O fato de ele negar a existência da sua história, ele já está contando a história da vida dele. Então é parte do nosso trabalho, desde o primeiro momento, do espetáculo ir para o palco é a gente juntar crianças e contar a história que nós vamos contar.

Estúdio: Núcleo de Criação

Capítulo 8

Página 133: “Até a Lua”, de Ana Maria Carvalho

Transcrição 

Eu já falei com os olhos

Que te amo e você não ouviu

Eu já falei com as mãos

Que te quero e você não sentiu

Eu já fui até a lua pra tentar te convencer

E acabei conquistando a lua

Só não conquistei você

Eu já fui até a lua pra tentar te convencer

E acabei namorando a lua

Só não namorei você.


Eu já falei com os olhos

Que te amo e você não ouviu

Eu já falei com as mãos

Que te quero e você não sentiu

Eu já fui até a lua pra tentar te convencer

E acabei conquistando a lua

Só não conquistei você

Eu já fui até a lua pra tentar te convencer

E acabei namorando a lua

Só não namorei você.

Canção "Até a Lua”, de Ana Maria Carvalho

Página 133: Festas e celebrações

Transcrição

[Locutor] Olá, hoje a nossa entrevista é com a cantora e atriz Ana Maria Carvalho. Seu trabalho autoral tem grande influência do estado onde nasceu, o Maranhão. Um dos destaques é a festa do Bumba Meu Boi.

[Ana Maria Carvalho] Bom dia, eu sou a Ana Maria Carvalho, eu nasci em Cururupu, norte do Maranhão. Eu comecei minha vida profissional na infância, porque, enquanto os adultos trabalhavam, nós brincávamos. Brincávamos de Bumba Boi, de Tambor de Criola, de bordar as pequenas indumentárias dos nossos bois, das brincadeiras de infância do quintal.

[Locutor]  O festejo do Bumba Meu Boi é uma tradição da sua família?

[Ana Maria Carvalho]  O meu pai era amo de boi. E toda família brincava junto, os vizinhos, a família, e meu pai agregava pessoas e, com isso, nós fomos crescendo nesse universo. Nessa cultura familiar, né? Toda vez que a gente vai ao Maranhão, a gente leva algo de novo, que contribui para a cultura lá. Por isso que ele nasce, morre, ressuscita e morre novamente. Porque o ritual da morte do boi é você matar tudo que já foi, que está sobrando e, quando o boi renasce, ele renasce com muita força, com muita luz, com prosperidade. Esse é o renascer do boi. É o renascer para novo momento, para novo ciclo. Para contemplar, para nos alimentar.

[Locutor] As festas são feitas com qual intenção?

[Ana Maria Carvalho]  As festas do boi são feitas, primeiro, em homenagem a São João, né? A partir daí, São João gosta de alegria, de cores, de gente... então essa festa é uma celebração e ao mesmo tempo uma agregação, porque agrega pessoas, grupos diferentes de tambor de criola, de cacuriá, de coco, dança do coco, dança do baralho, dança do nenê, então essa festa é um abraçar, digamos assim.

[Locutor] E como são essas festas?

[Ana Maria Carvalho]  Logo no início do mês de junho, as pessoas se reúnem para fazer os ensaios, para organizar a indumentária, para preparar o alimento para essas pessoas que vão para a festa. E, quando vem mais ou menos, lá pelo dia 15 de junho, as pessoas já se preparam para ir para a área urbana, onde tem os grandes festejos, né? E aí todos os bois da ilha de São Luís vão para a área urbana, para os arraiais, os encontros na igreja de São Pedro. No dia 29 de junho tem um grande encontro da igreja de São Pedro, com ladainhas marítimas. Esse ritual permanece por umas duas semanas direto dentro da cidade de São Luís. Muitos arraiais, muitas festas, muitos grupos diferentes fazem parte desse festejar, né? Então são grupos convidados que vão festejar esse momento. Existem vários ritmos que são chamados de sotaques, não é? Então todos esses grupos têm suas particularidades. Por exemplo, o Boi de Zabumba, o Boi de Costa de Mão, o Boi de Matraca, que é chamado também de Boi de Ilha, o Boi de Orquestra. Cada Boi tem a sua história, o seu ritmo, a sua indumentária diferente, a sua poesia.

Estúdio: Núcleo de Criação