Capítulo 3 – Traduzir saberes

Enxergar é com x ou cê agá? O que quer dizer imunológico? Que termo é sinônimo de gentil? E seu antônimo? São perguntas a que geralmente respondemos usando um dicionário. Esse tipo de livro apresenta uma lista total ou parcial das palavras da língua e uma série de informações sobre elas.

Leitura 1 VERBETE DE DICIONÁRIO

  1. Você consulta dicionários com frequência? Em que situações recorre a eles?
  2. Quais acepções (sentidos) da palavra cara você esperaria encontrar em um dicionário?

Leia o verbete e observe sua fórma e seu conteúdo. Nas caixas que acompanham o texto, você encontrará o sentido das abreviações e dos símbolos usados no verbete.

cara (ca.ra) s.f. 1 parte anterior da cabeça, composta pela testa, olhos, nariz, boca, queixo e bochechas; face, rosto 2 expressão facial; fisionomia, semblante <c. risonha> 3 aparência, aspecto <esse bolo está com uma c. ótima> 4 lado da moeda que tem uma efígie 

cê éfe. coroa ■ s.m. ínfrm.glossário 5 indivíduo, pessoa qualquer <aquele c. está te chamando>  gram/uso glossário aum.irreg.: caraça, carão 

 c. a c. de frente (um para o outro); frente a frente, face a face <sentaram-se c. a c.> c. de tacho ínfrm. expressão encabulada ou confusa, diante de um fato inesperado e/ou desagradável <levou um fóra e ficou com c. de tacho>  amarrar ou fechar a c. demonstrar desagrado ou irritação <não gostou do que ouviu e fechou a c.> com a c. e a coragem B ínfrm. 1 sem nada possuir; sem recursos <partiu em peregrínação com a c. e a coragem> 2 sem medo; com ousadia <vamos enfrentá-los com a c. e a coragem> dar as c. ínfrm. comparecer a um lugar, compromisso, evento etcétera <por aqui ele nunca deu as c.> dar de c. com ínfrm. encontrar inesperadamente ou repentinamente (alguém ou algo) • de c. ínfrm. logo no início, de saída <tomamos um gol logo de c.> encher a c. beber muito; embriagar-se • estar na c. ser evidente, óbvio <está na c. que ele não vem> livrar a c. de declarar inocente; inocentar <fez tudo para livrar a c. do amigo> meter a c. em ínfrm. empenhar-se em <meter a c. nos estudos> quebrar a c. não alcançar o objetivo; frustrar-se • ser a c. de ínfrm. ser muito parecido com <o filho é a c. do pai>

INSTITUTO ANTÔNIO Uáis DE LEXICOGRAFIA (organizador). Pequeno dicionário Uáisda língua portuguesa. Antônio Uáis, Mauro de Salles Villar, Francisco Manoel de Mello Franco. primeira edição São Paulo: Moderna, 2015. página 180.

[

]: Sugestão para que o leitor consulte outra palavra.

[s.m.]: Substantivo masculino.

[ínfrm.]: Linguagem informal.

[◉ gram/uso]: Introduz informações gramaticais; no caso, como se forma o aumentativo da palavra.

[B ]: Regionalismo; no caso, indicando que o termo é usado no Brasil.

De quem é o texto?

Instituto Antônio Uáis

O instituto foi criado em 1997 para elaborar um dicionário completo da língua portuguesa. Mais de duzentas pessoas (brasileiros, portugueses, angolanos e timorenses) envolveram-se na produção desse livro. Antônio Uáis (1915-1999) foi o estudioso que idealizou o projeto, mas faleceu antes da publicação da obra.

DESVENDANDO O TEXTO

  1. Examine o aspecto visual do verbete.
    1. Como são destacadas a entrada (palavra que serve como título) e as locuções formadas com ela?
    2. Como são separados os vários sentidos da entrada?
  2. A entrada do verbete que você leu é cara. Existem as expressões a cara e o cara.
    1. Quantas acepções são apresentadas para a expressão a cara?
    2. Quantas acepções explicam a expressão o cara?
    3. Que informação gramatical ajudou você a perceber que uma parte das informações se referia à expressão a cara, e outra, à expressão o cara?
  3. Releia as explicações referentes à expressão a cara.
    1. A primeira explicação de a cara pode ser sintetizada (resumida) na palavra rosto, que é um sinônimo. É possível indicar um ­sinônimo para o sentido 4?
    2. Na quarta acepção, após a explicação de a cara, sugere-se que seja conferida a palavra coroa. Por que isso seria útil?

Lembra?

Sinônimos são palavras com sentido muito semelhante e que, por isso, podem ser trocadas em determinados contextos. Exemplos: casa e residência; medo e receio.

  1. A palavra cara pode formar locuções.
    1. Como deve ser lida a locução c. a c.?
    2. Levante uma hipótese: por que ela foi escrita dessa maneira?

Dica de professor

O sentido de uma locução não é dado pelo significado isolado de cada uma das palavras que a compõem. O conjunto fórma o sentido.

  1. No verbete cara há vários exemplos.
    1. Que símbolos indicam o início e o final de um exemplo?
    2. Para que servem os exemplos?

Desafio da linguagem

O verbete que você leu foi retirado de um dicionário escolar, que é adaptado à faixa etária dos estudantes. Algumas expressões não foram mencionadas, como as que aparecem a seguir.

a) c. de pau

b) com a c. no chão

c) ir com a c. de

d) ter duas c.

Escolha uma delas para formular a acepção. Siga o roteiro.

  • Escreva o significado da ­expressão.
  • Escreva uma frase curta como exemplo de uso da expressão.
  • Empregue, se for ­conveniente, as abreviaturas e os sinais ­usados no verbete em estudo.
Ilustração. Menino sentado no degrau da escada. Com uma mão ele segura um livro. Ele está com o dedo indicador da outra mão perto da boca. À frente dele, no degrau de baixo, uma mochila. Ele pensa em uma pessoa com uma tábua de madeira no lugar do pescoço e da cabeça.

COMO FUNCIONA UM VERBETE?

  1. Algumas informações costumam aparecer logo após a entrada de um verbete.
    1. Que informação é expressa em (ca.ra)?
    2. Veja, agora, a reprodução da entrada colhér, que aparece duas vezes no dicionário, e as informações que a seguem: .colhér (co.lher) .colhêr (co.lher) /ê/ .Qual é a diferença de sentido entre as palavras?
    3. O que significa o /ê/ que aparece na segunda entrada?
    4. Qual é a importância da informação /ê/ para quem consulta o dicionário à procura do sentido de colhêr?
  2. Os verbetes são publicados em dicionários. Como as pessoas usam os dicionários? Eles podem ser lidos como se fossem romances ou contos? Explique.
  3. Suponha que você precise de dados sobre sapatos.
    1. Que tipo de informação poderia ser encontrado no mesmo dicionário em que está o verbete cara?
    2. Que dados ficam fóra de um dicionário como esse?

Da observação para a teoria

O gênero textual verbete tem função informativa e é usado para consulta. No caso dos verbetes linguísticos, o foco é a palavra: suas acepções, o sentido de locuções, informações gramaticais (pronúncia, classe gramatical, gênero, formação do plural etcétera), uso social (formal, informal, regionalismo etcétera) e, em alguns casos, mudanças da palavra ao longo do tempo. Os verbetes enciclopédicos apresentam informações relativas à “coisa” designada pela palavra: descrição, contextualização histórica, relação com um campo de conhecimento (física, dança, culinária etcétera), entre outras.

Investigue

Além dos dicionários que explicam o sentido das palavras de uma língua, há outros tipos de dicionários voltados a públicos e finalidades específicos, como os dicionários bilíngues, que oferecem a tradução de palavras e expressões de uma língua para outra, e os dicionários de termos técnicos, que oferecem o significado de jargões, ou seja, termos técnicos de um campo do conhecimento, conforme o exemplo a seguir.

Albufeira s.f. Pequena lagoa litorânea formada pelas enchentes da água do mar, separada da praia por um cordão de sedimentação marítima, comunicando-se, às vezes, com o oceano por estreita passagem. O m.q.glossário laguna.

CHERQUES, Sérgio. Dicionário do mar. São Paulo: Globo, 1999. página 38.

Capa de livro. A foto principal que preenche toda a capa é do mar. No centro, um recorte com o título, autor e outras informações.

O que caracteriza um dicionário etimológico? E um dicionário de regionalismos? Pesquise essas informações e anote um exemplo de verbete de cada um desses dicionários.

Falando sobre a NOSSA LÍNGUA

Variação linguística

Como você estudou, os verbetes são textos que divulgam conhecimento. Quase sempre sua linguagem é formal, como nos dicionários e nas enciclopédias, mas existem versões de verbetes produzidas, por exemplo, com o objetivo de explicar uma ­palavra a partir de uma perspectiva poética, as quais abrem espaço para uma linguagem mais descontraída. Essa linguagem também aparece em outros gêneros textuais que divulgam conhecimento, como alguns pódikests com conteúdo científico ou revistas de divulgação científica que se comunicam com o público mais jovem.

A variação da linguagem será estudada na seção que começa agora.

COMEÇANDO A INVESTIGAÇÃO

Releia uma das acepções do verbete cara.

cara (ca.ra) s.f. reticências s.m. ínfrm. 5 indivíduo, pessoa qualquer <aquele c. está te chamando>

  1. Essa acepção da palavra cara costuma ser utilizada em situações informais. Como o verbete registra esse uso?
  2. Na linguagem informal, muitas vezes usa-se cara como um chamamento, como em: E aí, cara, tudo bem?. Que outras palavras poderiam ser usadas no lugar de cara, mantendo a informalidade?
  3. Leia o verbete a seguir.

zoar

(zo.ar)

v.

  1. Produzir (certos insetos, como mosca, besouro etcétera) som fino, penetrante [int.]
  2. Produzir som semelhante ao de insetos quando voam; ZUMBIR [int.: A flecha passou zoando pela mínha orelha]
  3. Produzir barulho forte e indistinto [int.]
  4. Bras. Gír. Divertir-se sem compromisso com nada [int.: Saíram à tarde só para zoar]
  5. Bras. Gír. Fazer pilhéria, caçoar [td.: A garotada zoava o pobre mendigo: Você está a fim de me zoar, hem?]

ZOAR. ín: AULETE Digital. Disponível em: https://oeds.link/SKfs3p. Acesso em: 28 fevereiro 2022.

[v.]: Verbo.

[int.]: Intransitivo.

[Bras.]: Uso do português brasileiro.

[Gír.]: Gíria.

[td.]: Transitivo direto.

a. Quais das acepções do verbo zoar não são consideradas apropriadas em situações formais?

b. Uma pessoa natural de Portugal e falante, portanto, do português europeu poderia ter dificuldade em compreender alguns significados do verbo zoar? Explique por quê.

Os dicionários da língua portuguesa publicados no Brasil trazem os significados dos termos e das expressões empregados no país. Como se viu, eles sinalizam quando uma acepção tem uso local, e, portanto, não é empregada da mesma fórma pelos falantes da língua portuguesa de outros países. Além disso, registram os usos formais e informais.

Do mesmo modo, um dicionário publicado em Moçambique ­trará, juntamente com as acepções comuns ao português europeu e ao brasileiro, muitas palavras e acepções de palavras usadas localmente. Por exemplo, a palavra malta, em Moçambique, é usada como sinônimo de turma; já no Brasil, é mais usada como coletivo de pessoas de má índole. Esses diferentes usos contribuem para que a língua se diferencie nos dois países, apresentando-se como duas variedades linguísticas do português.

Moçambique é um país da África que, como o Brasil, foi colonizado por Portugal. Os dois países têm o português como língua oficial, mas nossos falares se diferenciaram porque, quando os portugueses chegaram lá e aqui, já havia outros povos nativos em ambos os territórios, e as línguas faladas por eles interagiram com o português, criando variações dele. Além disso, ao longo dos anos, ocorreram contatos com outras línguas, pela presença de estrangeiros ou pelos meios de comunicação, e elas também influenciaram o português local.

O que determina a variação linguística

A diferença no emprego da língua portuguesa, no entanto, não ocorre apenas entre os falantes de países distintos. Mesmo dentro do território brasileiro, podemos perceber variações: há diferenças em parte das palavras que escolhemos usar, na maneira como as pronunciamos e na própria construção das frases. O português falado em Pernambuco não é exatamente o mesmo daquele falado em Minas Gerais; e em Minas Gerais há diferenças entre os falares de algumas regiões, por exemplo, entre as áreas urbanas e rurais.

A origem do falante é apenas um dos fatores que determinam diferenças na língua que usa. A idade, a escolaridade, a situação de comunicação em que está envolvido, entre outros fatores, também interferem. Como você viu no verbete, há palavras e expressões que são próprias da linguagem informal. Elas serão empregadas em situações mais descontraídas, em que se utiliza uma linguagem mais espontânea, como é o caso de uma conversa com um amigo. Diferentemente, situações formais, como uma exposição oral em um compromisso profissional, exigirão uma linguagem mais monitorada, isto é, em que ocorre maior atenção à escolha das palavras, à formulação das frases, às regras gramaticais etcétera

Fala aí!

É muito comum reconhecermos particularidades na fala de moradores de outras regiões. Você conseguiria reproduzir o falar de uma região distante da sua? E de sua própria região? Quando alguém reproduz o falar de uma pessoa da região em que você mora, que palavras ou sotaque usa?

Observe as particularidades de uso da língua nas várias situações de comunicação que envolvem o personagem nas ilustrações a seguir.

Ilustração. Quadrinho 1: Homem negro de camisa verde sentado ao volante. Uma das mãos segura a porta do carro aberta e com a outra ele segura o celular na orelha. Ele diz: TÔ APERREADO MAINHA! NÃO DEIXEI ELA AÍ? NÃO ACHO ESSA CARTEIRA. Quadrinho 2: O homem encontra outro homem de camisa na porta de um estabelecimento. Ele diz: FALA, PEDRO! BOM DIA! TUDO TRANQUILO? Quadrinho 3: O homem de camisa verde está sentado atrás de uma mesa. Sobre ela um note book aberto e uma folha. Uma pessoa se aproxima e ele diz: BOM DIA! SENTE-SE POR FAVOR! Quadrinho 4: Destaque para o e-mail que ele escreve no note book. CARO Sr. NELSON, ENVIO-LHE O DOCUMENTO CONFORME ACORDADO. Quadrinho 5: Ele está em pé, perto da mesa posta em que uma mulher está sentada. Ele diz: OI, AMOR. DESCULPE O ATRASO. CHEGOU UM CARA QUANDO EU JÁ TAVA SAINDO. Quadrinho 6: Ele escreve em uma folha: PROVA. A TAXA DE JUROS É UM ÍNDICE EMPREGADO NA MEDIDA DE RENTABILIDADE DAS POUPANÇAS OU QUE SE INCORPORA AO VALOR DE UM CRÉDITO.

MENDONÇA, Vicente. Criado especialmente para esta obra.

A variação linguística é um fenômeno que ocorre em todas as línguas. A língua sofre mudanças conforme o tempo passa e em razão do contato com outras línguas. As particularidades de cada falante, como sua idade e nível de escolaridade, também fazem com que a língua não seja sempre a mesma. Além disso, a língua é empregada de modo diferente em situações que exigem maior ou menor formalidade.

Preconceito linguístico

Leia esta tirinha.

Tirinha. Um escorpião de olhos arregalados conversa com um ratinho azul. Quadrinho 3: O escorpião diz: POR GENTILEZA! POSSO PICÁ-LO E VER MEU VENENO AGIR ATÉ A SUA MORTE? O ratinho está sentado, olha para trás, na direção do escorpião e diz: CLARO QUE NÃO!! Quadrinho 3: O escorpião então complementa: AINDA ASSIM EU AGRADEÇO! DESCULPE O INCÔMODO! Quadrinho 3: Olhando o escorpião abordar outro ratinho, o ratinho azul diz:  ESSE ESCORPIÃO VAI SOFRER MUITO NA VIDA! Ao fundo, em uma colina o escorpião diz:  POR GENTILEZA.... O outro ratinho responde: NÃO!

GONSALES, Fernando. Níquel Náusea: siga seus instintos. 2013. uma tirinha.

O humor da tirinha resulta de uma inadequação: a fala do escorpião, além de não ser conveniente para seu objetivo, revela um excesso de formalidade, que não se justifica na situação de comunicação ­apresentada na tira.

Como você já viu, os falantes precisam adequar sua linguagem à ­situação comunicativa. Desde que começamos a falar, fomos aprendendo as palavras e o contexto de seu uso, assim como as principais regras de seleção e combinação delas para formar frases em nossa língua. Fomos nos familiarizando também com as características dos vários gêneros textuais e aprendendo várias “línguas” dentro da nossa língua para dar conta das exigências de cada situação.

À escola, no entanto, cabe um papel muito especial nesse processo: ampliar o uso que fazemos da língua nos apresentando algumas variedades importantes para continuarmos estudando, porque são usadas nos materiais de estudo e pesquisa e nas produções acadêmicas; para desempenharmos funções profissionais que exigem comunicação formal; para participarmos de determinadas atividades culturais; para compreendermos os textos das leis, entre outros objetivos.

Essas variedades são chamadas de variedades urbanas de prestígio. Os falantes que as empregam também as adaptam às situações de comunicação, mas, em geral, aproximam-se mais da norma-padrão.

Isso não significa, porém, que apenas tais variedades devem ser vistas como “certas”. Como você já sabe, a língua varia; não existe um modo único de uso dela e, por isso, não é correto desvalorizar as variedades usadas por outros grupos. Considerá-las “erradas” revela incompreensão de como funciona a língua e resulta em preconceito linguístico.

Você já ouviu falar de norma-padrão? Essa expressão identifica um modelo de uso da língua descrito nas gramáticas e nos dicionários. Ela é apenas uma referência, já que, no uso cotidiano da língua, ninguém segue rigorosamente todas as orientações gramaticais. Até mesmo os falantes das variedades urbanas de prestígio, que têm mais contato com essa norma, optam por outras construções em situações informais.

INVESTIGANDO MAIS

1. Veja um anúncio de creme dental divulgado nos anos 1940. Ele exemplifica a variação histórica da língua, ou seja, as mudanças que ocorrem com a passagem do tempo.

Reprodução de anúncio publicitário. No centro a imagem de uma mulher sorridente, com dentes largos. Ela tem o cabelo castanho e ondulado. Acima dela a palavra KOLYNOS. Abaixo da imagem as informações: O DENTIFRICIO DE CONFIANÇA-ECONOMICO. APENAS 1 CENTÍMETRO NA ESCOVA SECCA LIMA E DÁ BRILHO AOS DENTES. Abaixo a imagem do tubo da pasta de dente dentro da embalagem. Ambos são amarelos e a marca está escrita em verde.
Reprodução de anúncio publicado na revista O Cruzeiro, em 1941.
  1. Que termo usado naquela época para no­mear o creme dental está hoje em desuso?
  2. Várias palavras eram escritas com letra dobrada, como . Quais letras aparecem dobradas atualmente?
  3. Que qualidades do produto foram ­destacadas?
  4. Esse anúncio revela que a passagem do tempo não altera apenas a língua. Que outros aspectos também sofreram mudança?

2. Leia uma letra de canção que também foi escrita há bastante tempo, na década de 1960. Ela usa a linguagem de um grupo social jovem.

brôto legal

Ô que brôto legal

Garota fenomenal

Fez um sucesso total

E abafou no festival

Eu logo que entrei

O brôto focalizei

Ela olhou eu pisquei

E pra dançar logo tirei

O brôto então se revelou

Mostrou ser maioral

A turma toda até parou

E no rock and roll nós dois

demos um show

Puxei o brôto pra cá

Virei o brôto pra lá

A turma toda gritou

Rock and roll

E o rock continuou

[repete a letra toda até aqui]

E o rock terminou

E o rock terminou

BROTO legal (I’m in love). Intérprete: Sérgio Murilo. Compositores: H. ãrrn-rard/Renato côrte Real (versão). ín: brôto legal. Intérprete: Sérgio Murilo. São Paulo: Editora Importadora Musical Fermata Brasil, 1976. 1 éle pê vinil, compacto, 45 .

Fotografia em preto e branco. Pessoas dançando. Estão com os joelhos flexionados e os braços esticados.
Jovens dançando twist no clube Régine, em Paris, França, década de 1960.

Biblioteca cultural

Procure na internet e ouça essa canção na voz de Celly Campello.

Fala !

Se o sentido das palavras e das locuções é criado pela comunidade de falantes e muda conforme o tempo e o lugar, qual é, então, a responsabilidade dos especialistas que escrevem os verbetes linguísticos? Reú­nam-se em grupos e formulem uma resposta a ser apresentada oralmente.

  1. A letra da canção trata de um evento envolvendo jovens. Qual é ele?
  2. No contexto dessa canção, a palavra brôto é uma gíria. O que ela significa?
  3. Qual é o sentido comum de brôto? Existe alguma semelhança entre esse sentido e o da gíria?
  4. A gíria brôto, que já foi muito utilizada pelos jovens, hoje está em desuso. Que outra gíria tem sido usada no lugar dela?

As gírias pertencem ao vocabulário típico de certos grupos, como os surfistas ou os roqueiros. Como ocorre com as demais palavras, o conjunto de gírias se altera com o passar do tempo. Nos anos 1960, por exemplo, uma turma era chamada de patota, e um sujeito legal, de batuta, termos que hoje provocariam estranhamento.

3. Leia um trecho do romance Muito mais que o acaso. No fragmento, Victor, o narrador, relata como foi recebido no primeiro dia de aula em sua nova escola, um colégio particular que lhe ofereceu uma bolsa de estudos devido a seu talento para o futebol.

– Ah, você deve ser o Victor. Tive uma reunião com sua mãe ontem. Sou a coordenadora. Meu nome é Hellen. Seja bem-vindo! Estamos muito empolgados em ter você entre nossos alunos.

Matheus me olha com curiosidade e o sinal toca enquanto, sem saber o que dizer, estendo para Hellen os papéis que ficaram faltando para a minha transferência.

– Será que você pode levar o Victor até a sala sem se meter em encrenca no meio do caminho, Matheus? – ela pergunta, remexendo as folhas que ­entreguei. – Vocês estão na mesma turma.

– Claro! – Ele parece querer sair dali o mais rápido possível.

– Ainda vamos conversar sobre isso, garoto. Não pense que vou esquecer.

– Demorô, demorô – ele diz, saindo da secretaria.

Assim que fecha a porta ele estende a mão, me cumprimentando.

– E aí? Então você é “o cara”?

– Como assim?

– Ah, o astro do futebol que trouxeram de outra escola.

– Sou só um cara que joga futebol. – Dou de ombros.

– É modesto. Bacana. Mas cuidado, se for muito mole, os caras daqui vão te engolir. Eles são meio idiotas com novatos.

– Você não parece idiota.

– É que eu sou demais, sabe? – Ele me empurra de leve. – E sou meio exagerado também. Não tem que se preocupar com todo mundo, não. No geral o povo é de boa .

Ilustração. Dois meninos de uniforme igual se cumprimentam com um aperto de mãos. Um deles está com a mochila nas costas.

BRIONES, Athos. Muito mais que o acaso. São Paulo: Gutembergue, 2016. página 10.

Versão adaptada acessível

Atividade 3, item b.

Releia a fala de Matheus e a de Victor, respectivamente, e observe as expressões "o cara" e "um cara".

  1. No trecho, três personagens interagem: a coordenadora Hellen e os ­alunos Victor e Matheus. Qual deles utiliza uma linguagem mais espontânea e informal? Justifique sua resposta.
  2. Releia a fala de Matheus e a de Victor, respectivamente, e observe as palavras destacadas:

– E aí? Então você é “o cara?

– Sou só um cara que joga futebol. – Dou de ombros.

Em ambas as falas, a palavra cara tem o mesmo significado? Nesse contexto, a linguagem utilizada pelos jovens é formal ou informal? Explique sua resposta.

c. Agora, observe a fala da coordenadora e a de Matheus, respectivamente.

– Será que você pode levar o Victor até a sala sem se meter em encrenca no meio do caminho, Matheus? – ela pergunta, remexendo as folhas que entreguei. – Vocês estão na mesma turma.

reticências

– Demorô, demorô – ele diz, saindo da secretaria.

Quais fatores podem explicar o modo diferente como os personagens usam a língua?

4. Leia uma tirinha do Urbanoide (o personagem de barbicha). Essa tira evidencia a variação regional do português usado no Brasil ao brincar com as diferenças entre as linguagens empregadas por paulistanos e cariocas.

Tirinha. Urbanoide, homem com a cabeça pontuda, pouco cabelo, nariz grande e barbicha. Ele usa óculos escuros e está conversando com um homem de cabeça comprida, nariz grande, regata e óculos escuros. Quadrinho 1: O homem de regata diz para urbanoide: AÍ, PAULIXTA! ME EXPLICA UMA COISA, MERMÃO... Quadrinho 2: com as mãos levantadas ele continua: POR QUE VOCÊS COLOCAM PURÊ DE BATATA NO HOT-DOG? Quadrinho 3: Urbanoide responde: NÃO SEI, DEVE SER PELO MESMO MOTIVO QUE VOCÊS COLCAM CATCHUP NA PIZZA...

SALLES, Diogo. Urbanoide. 2012. uma tirinha. Disponível em: https://oeds.link/a6NcI6. Acesso em: 19 julho 2022.

  1. Por que a palavra paulista foi escrita com x (paulixta), e não com s?
  2. Por que essa fórma de escrever a palavra paulista é fundamental para que o leitor entenda a tira?
  3. Que outras palavras usadas pelo mesmo falante também marcam a ­variedade regional da cidade do Rio de Janeiro?
  4. Além da língua, que outro aspecto cultural é citado para diferenciar os moradores das duas regiões? Explique.
  5. As tiras do Urbanoide são publicadas em jornais da cidade de São Paulo. Que diferença haveria se essa tira circulasse em um jornal carioca?

5. Leia a transcrição de um trecho de debate sobre o tema: A Língua Portuguesa tem futuro ou está condenada? No trecho transcrito, o ator português Ricardo Pereira dá seu parecer sobre as varie­dades linguísticas.

Leonete Botelho [mediadora]:

Olá! Bem-vindos ao Global ao vivo, um programa que vai ao encontro dos portugueses espalhados pelo mundo e que tem um papel ativo nas comunidades onde vivem. No mês em que assinalamos o Dia Mundial da Língua Portuguesa olhamos para o Brasilreticências inevitavelmente, o país do mundo com mais falantes de português. São 213 milhões, a esmagadora maioria doscêrca de 270 milhões de portuguêsreticências que falam portuguêsreticências de pessoas que falam português em todo o planeta. Temos conosco três ilustres convidados, a quem já desde já agradeço a sua presença: o embaixador Luís Faro Ramos, a professora Madalena Vaz Pinto e o ator Ricardo Pereira. Juntos vamos olhar para a língua a partir de diferentes perspectivas e tentar perceber se é tão grande aquilo que nos une como aquilo que nos separa.

reticências

Bem, todos conhecem o ator Ricardo Pereira, que divide sua vida entre Lisboa e Rio de Janeiro, como se as duas cidades fossem quase uma só. Talvez poucos saibam é que [ele] é Conselheiro da Diáspora e, como tal, também é o representante da comunidade portuguesa no Brasil. Ricardo, essa questão da língua faz sentido para sireticências para sua vida profissionalreticências do lado de lá do oceano? Como é que tens geridoglossário a pronúncia das vogais?

Ricardo Pereira: Olhareticências antes de mais [risos]reticências antes de mais, obrigado pelo convite, por estar presente e dar também boas-vindas a todosreticências a todos os convidados e conhecê-los também nesta nova fórma e neste novo mundo virtual, não é? Espero presencialmente estar também pertoreticências brevemente. Mas, sim, a questão da língua na minha profissão eu já levo dezessete anos sensivelmente de Brasilreticências e a gente ter começado por aqui, de facto, digamos um tronco comum, há uma língua e, depois, há várias, digamosreticências ramificações diferentes e até mesmo dentro do próprio português falado no Brasil, dentro do Brasil, há várias outras ramificações.

Reprodução de um quadro do vídeo. Tela com quatro pessoas em uma vídeo chamada. Em destaque, Ricardo Pereira, ator. À direita, em tamanho menor as três outras pessoas que estão na chamada com ele.
Reprodução de um quadro do vídeo, mostrando os participantes do debate.

Na minha área, naturalmentereticências a língua é preponderante, neste caso, pela minha atuação, pelo meu trabalho no Brasil e, para não cingirglossário a determinados personagens, eu tive que aprender o português falado no Brasilreticências que tem fórmas diferentes de ser falado, fórmas diferentes de construir uma frase; portanto, é quase como se eu tivesse que aprender dentro da língua portuguesa uma outra língua.

Isso PRA MIMreticências a nível do trabalho do atorreticências é fantástico, a nível do trabalho artístico é fantástico. É um grau de exigência muito grande, mas, ao mesmo tempo, é um desafio e é ótimo, não é? Mas realmente há quase como se fossem, dentro da mesma língua, várias línguas usadas em lugares diferentes, em geografias diferentes, com todas as tradições – e o peso também desses lugares – imbuídas no jeito como as pessoas falam. E eu acho isso, eu acho isso fantástico essa diversidade da nossa própria língua. Éreticências é maravilhoso.

A LÍNGUA Portuguesa tem futuro ou está condenada? Público, 25 maio 2021. (1 vídeo) 26 segundos a 1 minuto 11 3 minutos 20 segundos a 5 minutos 36 segundos. Disponível em: https://oeds.link/ledv1n. Acesso em: 28 fevereiro 2022.

Sabia?

Em Portugal, existe o Conselho da Diáspora Portuguesa, associação sem fins lucrativos que tem por finalidade aproximar as relações entre Portugal e a sua diáspora, ou seja, os portugueses e descendentes de portugueses que moram fóra do país.  

  1. A mediadora inicia sua participação contextualizando o debate. Por que o tema é especialmente relevante naquele momento? O que justifica o foco colocado no Brasil?
  2. Esse debate tem como objetivo contribuir para a compreensão da variação linguística. Relacione os convidados escolhidos ao objetivo de divulgar conhecimento.
  3. Como o ator responde à pergunta: “como é que tens gerido a pronúncia das vogais?”?
  4. A fala do ator pode ser dividida em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. De que maneira ele introduz sua fala?
  5. No desenvolvimento, ele comenta alguns aspectos sobre as variedades linguísticas. Quais são eles?
  6. Esse trecho corresponde à fala introdutória do ator. Que recurso ele emprega para finalizar essa primeira participação?

Desafio da linguagem

Você acha correta a exposição sobre o português brasileiro feita pelo ator Ricardo Pereira? No caderno, escreva um ­comentário explicitando sua opinião sobre o depoimento do ator. Siga o roteiro:

  • No primeiro período, apresente, resumidamente, a exposição feita pelo ator e a situação em que foi apresentado (o debate).
  • No segundo período, informe se você acha correta ou não a exposição e justifique sua posição, considerando o conhecimento que você tem sobre a língua.
  • Avalie se é preciso acrescentar um ou dois períodos para completar sua exposição.

Biblioteca cultural

O Secretário Geral das Nações Unidas, o português António Guterres, homenageou a língua portuguesa em um pronunciamento sobre o Dia Mundial da Língua Portuguesa, em 2021. Além de comentários relevantes sobre nosso idioma, é uma oportunidade de ouvir o português europeu. Assista em: https://oeds.link/LNXg9g. Acesso em: 7 março 2022.

Leitura 2 VERBETE DE ENCICLOPÉDIA

A seguir, você lerá um verbete enciclopédico extraído da uiquipédia, uma conhecida enciclopédia on láine.

Reprodução de página da internet.

Sapato

Índice [esconder]

1 Origem

2 O sapato no Brasil

3 Referências

4 Ver também

Origem: uiquipédia, a enciclopédia livre.

Boxe. Ilustração de um livro aberto. Texto: Esta página cita fontes, mas estas não cobrem todo o conteúdo. Ajude a inserir referências. Conteúdo não verificável poderá ser removido. — Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)
(Setembro de 2014)

Sapato é a peça do vestuário que tem a finalidade de proteger os pés. Nos países frios, o mocassim e as botas servem como protetores e aquecedores para os pés, ao passo que, nos países mais quentes, usa-se mais a sandália e o chinelo, protegendo o pé, mas sem o abafar.

Fotografia. Par de sapatos com salto alto feminino. Os sapatos são pretos, de bico fino.
Sapato feminino de salto alto.
Fotografia. Par de sapatos social masculino preto. Os sapatos têm salto largo e baixo e cadarço.
Sapato masculino.

Hoje, esta peça transcendeu sua finalidade inicial e serve de adorno e acessório de moda, tendo também uma função social.

Origem

Muitos atribuem aos egípcios a arte de curtir couro e fabricar sapatos; porém, existem evidências de que os sapatos foram inventados muito antes, no final do Período Paleolítico.

Existem evidências [de] que a história do sapato começa a partir de 10 mil antes de Cristo, ou seja, no final do Paleolítico, pois pinturas desta época, em cavernas na Espanha e no sul da França, fazem referência ao calçado.

Reprodução de página da internet.

Entre os utensílios de pedra dos homens das cavernas existem vários que serviam para raspar as peles, o que indica que a arte de curtir é muito antiga. Nos hipogeus egípcios, que eram câmaras subterrâneas usadas para enterros e que têm idade entre seis e sete mil anos, foram descobertas pinturas que representavam os diversos estados do preparo do couro e dos calçados.

Fotografia. Sapato antigo, feito com tiras de couro. Tem cortes nas laterais.
Sapato de couro de 800 a 400 antes de Cristo no Museu rólstét, na Áustria.

No Antigo Egito, as sandálias eram feitas de palha, papiro ou de fibra de palmeira e era comum as pessoas andarem descalças, carregando as sandálias e usando-as apenas quando necessário. Sabe-se que apenas os nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um faraó como Tutancâmon usava sandálias e sapatos de couro simples, apesar dos enfeites de ouro.

Na Mesopotâmia eram comuns os sapatos de couro cru, amarrados aos pés por tiras do mesmo material. Os coturnos eram símbolos de alta posição social.

Na Grécia Antiga, os gregos chegaram a lançar moda, como a de modelos diferentes para os pés direito e esquerdo.

Na Roma Antiga, o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons presos por quatro fitas pretas de couro atadas a dois nós, e o calçado tradicional das legiões era a bota de cano curto que descobria os dedos.

Na Idade Média, tanto homens como mulheres usavam sapatos de couro abertos que tinham uma fórma semelhante à das sapatilhas. Os homens também usavam botas altas e baixas, atadas à frente e ao lado. O material mais corrente era a pele de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas de pele de cabra.

A padronização da numeração é de origem inglesa. O rei Eduardo primeiro foi quem uniformizou as medidas. A primeira referência conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642, quando tomas pendolton forneceu quatro mil pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército. As campanhas militares desta época iniciaram uma demanda substancial por botas e sapatos.

Em meados do século dezenove começaram a surgir as máquinas para auxiliar na confecção dos calçados, mas só com a máquina de costura o sapato passou a ser mais acessível.

A partir da quarta década do século vinte, grandes mudanças começam a acontecer na indústria calçadista, como a troca do couro pela borracha e pelos materiais sintéticos, principalmente nos calçados femininos e infantis. Atualmente algumas marcas de sapato se constituem enquanto símbolos de státus social; assim, os sapatos deixam de ser apenas uma proteção para os pés.

Até a década de 1920, era comum o uso de sapatos juntamente com as roupas de praia, no lazer feminino[nota de rodapé 1].

Reprodução de página da internet.

O sapato no Brasil

Utilizados somente como proteção dos pés, com a vinda da côrte portuguesa ao Brasil, em 1808, o comércio sofreu um incremento e os costumes europeizaram-se, passando o sapato a fazer parte da moda. Nesta época os escravos eram proibidos de usar sapatos, mas, quando conseguiam a liberdade, compravam um par de calçados como símbolo da nova condição social. Como muitos não se acostumavam a usá-lo, viravam objeto de decoração ou de prestígio, carregando-os, orgulhosamente, nos ombros ou nas mãos.

Fotografia. Sapatos feitos com tecido escuro com algumas partes coloridas. Um dos sapatos é mais baixo. O sapato do meio tem um cano intermediário e o sapato da direita tem o cano alto com franjas nas laterais.
Sapatos de indígenas americanos no Museu Britânico, em Londres. Foto de 2006.

Apesar de existirem várias sapatarias no Rio de Janeiro para atenderem ao mercado da alta sociedade local, o calçado normalmente era importado da Europa. No final do século dezenove o modelo básico do calçado era a botina fechada de camurça, de pelica ou de seda para as mulheres mais abastadas, e os chinelos para o restante da população feminina.

Nas décadas de 1910 e 1920 o modelo de sapato feminino mais usado no Brasil era o borzeguim ou a botina, evitando os pés expostos, mesmo que os vestidos já tivessem subido seu comprimento.

No pós-guerra houve uma mudança muito grande na maneira de vestir e de calçar. A mulher passou a sair às ruas, praticar esportes e cuidar do corpo, sendo o tênis inventado nessa época. Além disso, como os vestidos encurtaram, os sapatos ficaram mais à mostra, aumentando a preocupação com a estética do calçado.

Referências

1. Evolução do Biquíni - 1920

 terra

SCHEMES, Claudia. Pedro Adams Filho: empreendedorismo, indústria calçadista e emancipação de Novo Hamburgo. Tese. PUC-RS. Porto Alegre, 2006.

Ver também

Indústria do calçado

SAPATO. uiquipédia. Disponível em: https://oeds.link/6oL38l. Acesso em: 23 fevereiro 2022.

De quem é o texto?

Ilustração. Logotipo Wikipédia. Peças de quebra cabeça encaixadas. Em cada uma delas um símbolo.

uiquipédia

A uiquipédia é uma enciclopédia on láine colaborativa, isto é, qualquer pessoa pode incluir ou modificar informações em seus textos, desde que siga as regras combinadas. Seu objetivo é disseminar conhecimento, por isso o acesso é gratuito. Há um grupo de editores voluntários responsáveis por verificar se o conteúdo incluído é relevante, confiável e neutro. Está na internet desde janeiro de 2001, em constante modificação.

REFLETINDO SOBRE O TEXTO

1. Antes de responder às questões, faça um esquema com as informações sobre o sapato disponíveis nas partes “Origem” e “O sapato no Brasil”. Veja um exemplo de esquema da parte introdutória.

Esquema. Sapato - proteção - mais aquecimento - mocassim - países frios Sapato - proteção - sem abafar - sandália e chinelo - países quentes Sapato - acessório de moda Sapato - função social
  1. O conteúdo do verbete é dividido em partes com subtítulos.
    1. Qual é a vantagem dessa fórma de apresentar o conteúdo?
    2. Considerando as informações expostas, que outro subtítulo ­poderia substituir “Origem”?
    3. Que critério foi usado para organizar as informações dentro dessa parte? Explique sua resposta.
  2. Nesse verbete, o texto verbal é acompanhado por imagens.
    1. Qual é a finalidade das imagens em um verbete?
    2. Você acha que as quatro imagens usadas no verbete sapato são igualmente importantes para o leitor? Justifique sua resposta.
  3. Algumas palavras do verbete aparecem escritas em azul. São linques que, se clicados, em geral, conduzem o leitor a outra página da ­enciclopédia, em que estão informações sobre a palavra.
    1. Releia os dois primeiros parágrafos do verbete. Você teria clicado em alguma das palavras em azul? Por quê?
    2. Você acha vantajosa essa possibilidade de consulta? Explique.
  4. Releia o comentário que aparece logo no início do verbete.
Boxe. Ilustração de um livro aberto. Texto: Esta página cita fontes, mas estas não cobrem todo o conteúdo. Ajude a inserir referências. Conteúdo não verificável poderá ser removido. — Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)
(Setembro de 2014)
  1. O que significa fonte nesse contexto?
  2. Segundo a própria uiquipédia, o verbete sapato ainda não está perfeito. Por quê?
  3. Copie o trecho do texto que pede a colaboração dos leitores para aprimorar o verbete.
  4. Suponha que uma informação disponível no texto seja fundamental para uma pesquisa que você está desenvolvendo. Como proceder para confirmá-la?

Uma palavra ou expressão pode ter sentidos diferentes dependendo do contexto em que está inserida. Em “Jorra muita água desta fonte”, o sentido de fonte é diferente daquele usado na uiquipédia, porque a palavra, nesse caso, está relacionada ao termo água e ao ato de jorrar.

Fala !

Você já conhecia a uiquipédia? Em sua opinião, quais são os pontos positivos desse projeto? E os negativos?

6. Releia o início do verbete, prestando atenção na linguagem.

Sapato é a peça do vestuário que tem a finalidade de proteger os pés. Nos países frios, o mocassim e as botas servem como protetores e aquecedores para os pés, ao passo que, nos países mais quentes, usa-se mais a sandália e o chinelo, protegendo o pé, mas sem o abafar.

Hoje, esta peça transcendeu sua finalidade inicial e serve como adorno e acessório de moda, tendo também uma função social.

Ilustração. Pernas de uma pessoa em pé. Uma delas está com bermuda e chinelo e a outra com calça e bota.

a) No primeiro parágrafo uma comparação. O que foi comparado?

b) Que locução foi usada para indicar que estava sendo feita uma comparação?

c) Na oração “mas sem o abafar”, que palavra é retomada pelo pronome o?

d) Observe as palavras usadas para formular a explicação. Em seu caderno, forme pares relacionando tais palavras a outras, mais comuns, que ­apresentem o mesmo sentido. Exemplo: fínalidade – objetivo.

I. Vestuário.

II. Transcendeu.

III. Adorno.

e) Conclua: a linguagem usada no texto é formal ou informal? Em sua opinião, por que os produtores de verbetes optam por esse nível de linguagem?

7. Releia o verbete.

Versão adaptada acessível

Atividade 7, item c.

No contexto, qual é o sentido da palavra "inacreditavelmente", que acrescentamos ao trecho?

Nesta época os escravos eram inacreditavelmente proibidos de usar sapatos, mas, quando conseguiam a liberdade, compravam um par de calçados como símbolo da nova condição social.

a) Como os verbetes enciclopédicos contribuem para os estudos e a pesquisa?

b) Nesse verbete, predomina a descrição do objeto, a exposição de conteúdos ou o relato de fatos?

c) No contexto, qual é o sentido da palavra destacada a seguir, que acrescentamos ao trecho?

.Nesta época os escravos eram inacreditavelmente proibidos de usar ­sapatos, mas, quando conseguiam a liberdade, compravam um par de calçados como símbolo da nova condição social.

d) Explique por que a versão original, sem essa nova palavra, é mais adequada.

e) Que diferenças você observa entre o verbete a seguir, de um dicionário infantil, e o da uiquipédia?

Alegria: É a felicidade que se espalha quando conseguimos o que queremos e nos faz bem. Não dá para ficar contente com o que nos faz mal, nem ficar alegre sozinho, por isso a alegria se esparrama, esbanja graça e a todos enlaça.

ROCCO, Adriana. Dicionário psicológico para crianças. Porto Alegre: eidje, 2013. página 12.

Da observação para a teoria

No verbete, predominam sequências descritivas e expositivas e não são expressos sentimentos e opiniões. Em geral, a linguagem é formal. Em situações específicas, como quando se destina ao público infantil ou juvenil, podem-se usar expressões informais e marcas de subjetividade, como estratégia para se aproximar do leitor.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

A enciclopédia no meu tempo

[som de digitação]

Neta: Vamos ver, vamos ver… “cabeça de cuia”... ah, achei!

Avô: Achou o que, minha neta?

Neta: Achei o que significa “cabeça de cuia”. É uma lenda do Nordeste do Brasil sobre um menino que virou monstro e se esconde nos rios.

Avô: Hum… Parece uma história bem curiosa. Mas se você tivesse me perguntado, aposto que eu encontraria alguma coisa sobre essa história nas minhas enciclopédias.

Neta: Mas, vô, as enciclopédias da Internet são muito mais rápidas!

Avô: Enciclopédias da internet... bah! Vocês, jovens...

Neta: Olha, vou te dar um exemplo. Essa aqui que eu tô usando é a Wikipédia. Ela é uma enciclopédia colaborativa, sabe? Quer dizer, nela todo mundo pode escrever sobre algum assunto e deixar o texto disponível para os outros se informarem.

Avô: “Colaborativa”, é? Deixa eu ver, então...

[som de clique no mouse]

Avô: Mas é muito rápida, não é mesmo? Na minha época, a gente tinha que abrir uns livrões de papel e procurar muito até achar o que queria!

Neta: Vô, quem será que teve essa ideia de juntar um monte de assuntos e dar explicações resumidas para eles?

Avô: Ah, essa é uma história muito boa, e eu não preciso nem consultar a Wikipédia para lembrar.

[som de flashback]

Avô: Há uns 300 anos, lá no século XVIII, existiu um pensador francês chamado Denis Diderot, que, assim como muitos escritores de sua época...

Neta: … era rico e famoso.

Avô: Não, na verdade ele era pobre e perseguido.

Neta: Aaah…

Avô: Depois de passar uns meses preso, esse homem, o Diderot, recebeu de um colega o trabalho de traduzir do inglês para o francês a Cyclopaedia, um dicionário de artes e ciências.

Neta: Espera, então já existiam enciclopédias?

Avô: Hu-hummm... O que existia estava mais para um dicionário técnico, como uma espécie de manual de instruções, sabe? Mas a questão é que, quando o Diderot recebeu essa encomenda de tradução, ele teve uma ideia melhor: criar um dicionário que reunisse informações não apenas sobre artes e ciências, mas sobre todo o conhecimento da humanidade!

[som de coral]

Neta: Nossa, todo o conhecimento? Parece um trabalho bastante difícil...

Avô: Ah, mas ele tinha amigos. Muitos, aliás. Mais de 130 pessoas ajudaram a escrever a enciclopédia, que chegou a 28 volumes!

Neta: 130 amigos? Só isso?! Eu tenho mais de mil seguidores...

Avô: Hum-humm… E eles, por acaso, vão te ajudar a escrever um conjunto de 30 volumes, com mais de 20 milhões de palavras e 70 mil verbetes, na tentativa de organizar todo o conhecimento humano, sem nenhuma garantia de pagamento em troca?

Neta: Ah... é... Acho que não. Mas eles curtem quando eu posto uns memes...

Avô: Hum hum hum… E que amigos eram esses que o Diderot tinha! Você já ouviu falar no Voltaire?

Neta: O filósofo?

Avô: Ele mesmo! Na enciclopédia de Diderot, ele escreveu verbetes sobre história e elegância.

Neta: Eu estou vendo aqui o artigo da Wikipédia sobre a primeira enciclopédia. Outros famosos contribuíram também: Rousseau, Montesquieu… Foi um trabalho colaborativo, parecido com a Wikipédia.

Avô: O Diderot fez um esforço enorme para controlar todo o trabalho, mas é claro que, naquela época, o conhecimento era mais limitado do que hoje, e também pouco acessível. [risos] Por isso, a enciclopédia tem uns trechos impagáveis!

Neta: Ah, é? Tipo o quê?

Avô: No verbete “baunilha”, por exemplo, você encontra a seguinte definição: “Baunilha. Uma vagem americana que dá força, cheiro e gosto ao chocolate, a bebida que encanta os espanhóis e que eles só não amam mais do que amam a preguiça”.

Neta: Como você consegue se lembrar disso tudo?!

Avô: Eu estou lendo a versão online da primeira edição da enciclopédia do Diderot no meu celular...

Neta: Ah, seu espertinho! E tá escrito aí que eles chamaram os espanhóis de preguiçosos mesmo?

Avô: É... Parece que, mesmo com toda a tentativa de objetividade científica do Iluminismo, algumas opiniões pessoais acabaram escapulindo aqui e ali...

Neta: Acho que o Diderot teve problemas com os espanhóis por causa disso, né?

Avô: Com os espanhóis?! HA HA! Minha pequena, Diderot teve problemas com quase todo mundo por causa dessa enciclopédia...

Neta: Como assim? Achei que ela tivesse sido um sucesso...

Avô: Ah, ela foi mesmo um sucesso! E, para os poderosos da época, por diferentes motivos, isso foi um problema sério: o rei da França proibiu a publicação dela, e o Papa quis que os volumes fossem queimados!

[som de fogueira]

Neta: Uau! Mas eu estou lendo aqui que ele foi bem esperto. Enviou cópias do livro para fora do país antes de ser preso de novo!

Avô: Exatamente! E assim a obra ficou preservada e serviu de base para todas as enciclopédias que vieram depois.

Neta: Olha, vô, a enciclopédia do Diderot tinha até imagens! Mais de 3 mil!

Avô: Eram ilustrações, mas mesmo assim já era algo muito avançado para o tempo dele. Claro que hoje as enciclopédias virtuais têm fotos, vídeos, sons etc., então são mais dinâmicas e informativas.

Neta: É... Pelo jeito, o que não mudou muito desde aquela primeira enciclopédia foi a ideia de verbete, que é o texto que explica cada tópico...

Avô: Isso! Se você quer explicar alguma coisa com texto, pode fazer uma reportagem, um relatório, um artigo científico… O verbete é bom para as enciclopédias porque ele é didático, acessível e apresenta as ideias principais de cada assunto, sempre de forma clara e direta!

Neta: Falando nisso, esse verbete do Diderot aqui na Wikipédia tá muito curtinho. Acho que a gente pode acrescentar algumas coisas...

[sons de clique no mouse e de teclado]

Avô: Então espera aí, que eu vou buscar uma enciclopédia para nos ajudar com isso!

Locutor: Crédito: Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound.

Se eu quiser aprender MAIS

Como dividir as frases

Você já estudou a organização dos parágrafos e viu que eles agrupam frases que se referem ao mesmo tema. Vamos agora pensar na estrutura delas para saber quando uma frase terminou.

1. Releia um dos parágrafos do verbete sapato.

Na Idade Média, tanto homens como mulheres usavam sapatos de couro abertos que tinham uma fórma semelhante à das sapatilhas. Os homens também usavam botas altas e baixas, atadas à frente e ao lado. O material mais corrente era a pele de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas de pele de cabra.

Ilustração. Homem branco de cabelo e barba castanhos. Usa roupas largas com mangas bufantes. Usa meias altas, até o joelho. Está olhando atento para um dos pés que está sobre um caixote. Usa um chapéu com penas. Atrás dele grandes folhas.
  1. Que pontuação foi usada para separar as três frases do parágrafo?
  2. Qual é o tema em comum nas frases desse parágrafo?
  3. Na primeira frase, fala-se de sapato usado por homens e ­mulheres. Qual é a diferença para a segunda?

A segunda frase introduz uma informação nova, diferente da que está na primeira, por isso as frases estão separadas. A relação entre elas, no entanto, poderia ser marcada pela palavra mas, que conectaria as informações. Veja:

Na Idade Média, tanto homens como mulheres usavam sapatos de couro abertos que tinham uma fórma semelhante à das sapatilhas, mas os homens também usavam botas altas e baixas, atadas à frente e ao lado.

Vamos pensar no contrário agora. Na última frase do parágrafo, a palavra mas relaciona informações. Sem ela, deveríamos ter duas frases, já que trazem informações diferentes. Veja:

O material mais corrente era a pele de vaca. As botas de qualidade superior eram feitas de pele de cabra.

  1. Transforme as duas frases de cada item em uma única, usando ­palavras que as relacionem.
    1. A maioria das botas era feita de pele de vaca. A pele de cabra era mais cara.
    2. Os sapatos dos faraós do Egito eram feitos de couro simples. Eram enfeitados com ouro.
    3. Desde o século vinte, os vestidos encurtaram. Há maior ­preocupação em usar sapatos bonitos.

Dica de professor

Para unir as frases, você pode usar palavras como porque, porém, assim etcétera

  1. Copie as frases a seguir no caderno e faça a segmentação correta.
    1. Na Idade Média, as pessoas usavam sapatos de couro abertos eles tinham uma fórma semelhante à das sapatilhas.
    2. No século vinte ocorreram mudanças na indústria houve a troca do couro pela borracha e outros materiais.
    3. Os escravizados eram proibidos de usar sapato no Brasil quando conseguiam a liberdade, compravam um par para mostrar a nova condição social.

As frases são construções com sentido completo e podem ser curtas ou longas. Quando lemos o texto, o final da frase nos leva a uma breve pausa.

4. Leia um fragmento retirado de um sáite de curiosidades. Copie-o no ­caderno e pontue-o corretamente. Use letra maiúscula na primeira palavra de cada frase.

Harpia: 6 curiosidades da mais fascinante ave de rapina do mundo

Você conhece a harpia ela é uma gigante predadora, especialista em capturar serpentes, macacos e preguiças com suas garras de 13 centímetros de comprimento também conhecida como gavião­‑real em algumas regiões, ela é a ave de rapina mais poderosa do mundo encontrada apenas na região amazônica, a ave é considerada a “mãe de todos os pássaros” para os indígenas.

Na mitologia grega, as harpias eram consideradas as mensageiras dos deuses, descendo à Terra para castigar mortais que tivessem cometido crimes é uma das mais raras espécies de aves da fauna latino-americana, e corre sério risco de extinção.

Fotografia. Harpia. Ave grande de penas escuras, peito com penas claras. Na cabeça penas cinza esticadas para trás. Os olhos são escuros. O bico é preto, pontiagudo e curvo para baixo. Ela segura um coelho nas patas.
Harpia.

Harpia: 6 curiosidades da mais fascinante ave de rapina do mundo. Jornal Porto Alegre. [sem local], 17 março 2022. Disponível em: https://oeds.link/hreXiq. Acesso em: 19 julho 2022.

Meu verbete NA PRÁTICA

Alberto Manguel e Gianni Guadalupi fizeram uso particular dos verbetes ­enciclopédicos. Criaram o Dicionário de lugares imaginários, com verbetes sobre localidades fictícias, como o Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato. Veja.

Sítio do Picapau Amarelo. Propriedade rural de não mais de cem alqueires de terra rica em petróleo, situada em lugar bonito do interior do Brasil. Sabe-se que dista légua e meia da vila mais próxima, mas sua localização exata é desconhecida, pois a proprietária, dona Benta Encerrabodes de Oliveira, impede a divulgação do endereço. A séde do sítio, uma casa branca de cômodos espaçosos e frescos, possui quatro quartos: o maior, de dona Benta, o de sua neta Narizinho, o de Pedrinho, primo de Narizinho que lá passa as férias, e o de tia Nastácia, a cozinheira e faz-tudo da casa. Em um canto do escritório, onde ficam três estantes de livros e a mesa de estudo da menina, moram a boneca Emília e o sabugo de milho conhecido como Visconde de Sabugosa. reticências

MANGUEL, Alberto; GUADALUPI, Gianni. Dicionário de lugares imaginários. Tradução Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. página 397.

Elabore um verbete enciclopédico para explicar um lugar imaginário, criado por um autor de ficção. O verbete precisa oferecer informações verdadeiras sobre o lugar. Por exemplo, pode ser o Bairro do Limoeiro, da Turma da Mônica; cripton, o planeta do supermén; o Acampamento Meio-Sangue, de Pârci Diéksân; ou um lugar citado em sua obra de ficção favorita. Seu verbete vai compor o Dicionário de lugares ­fantásticos de minha turma, que será reproduzido e exposto na biblioteca da escola.

MOMENTO DE PRODUZIR

Planejando meu verbete

Veja algumas orientações para sua produção no esquema a seguir.

Esquema. Da teoria para a prática. Teoria:  Os verbetes enciclopédicos oferecem informações amplas sobre um elemento (objeto, lugar etc.). Prática: Pesquise sobre o lugar que você vai descrever, revisitando a(s) obra(s) em que aparece. Onde fica? Quem o frequenta? Como ele é? Como se chega até lá? Que situações são típicas do lugar? Teoria: O autor de um verbete deve considerar o nível de conhecimento dos leitores, possibilitando uma compreensão imediata dos dados. Prática: Quando decidir que tipo de informação será mais ampla e quais serão mais detalhadas, tenha em mente que seus leitores são seus colegas. Teoria: Dicionários e enciclopédias são obras de referência. A comunicação ocorre em uma situação formal. Prática: Tenha como modelos o verbete sapato, da Wikipédia, e o trecho do Dicionário de lugares imaginários. Teoria: A linguagem dos verbetes é objetiva. O foco é o assunto, e não o autor ou a elaboração artística da linguagem. Prática: Não use palavras ou expressões que exprimam sentimentos, impressões ou opiniões.

Elaborando meu verbete

  1. Anote a entrada do verbete, isto é, o nome do lugar imaginário que será apresentado.
  2. Escreva uma breve definição desse lugar, como foi feito na primeira frase do verbete Sítio do Picapau Amarelo.
  3. Desenvolva a informação inicial, detalhando-a e completando-a. Releia o verbete Sítio do Picapau Amarelo, prestando atenção nos detalhes selecionados pelos autores.
  4. Se julgar adequado, divida o verbete em partes e dê um subtítulo para cada uma delas.
  5. Empregue uma linguagem clara, precisa e objetiva, evitando marcas de subjetividade (opiniões, sentimentos etcétera).
  6. Empregue sinônimos e pronomes para evitar a repetição desnecessária de palavras.
  7. Use expressões como isto é ou ou seja para introduzir paráfrases (explicações com outras palavras) de conteúdos.
  8. Faça uma ilustração que esclareça uma informação do texto. Você a produzirá de fórma mais caprichada na etapa de reescrita.

Revisando meu verbete

Releia o texto e verifique se as palavras foram acentuadas corretamente.

Para isso, relembre algumas palavras que devem ser acentuadas.

monossílabas tônicas terminadas em: a(s), e(s), o(s)

más, lê, nós etc.

oxítonas terminadas em: a(s), e(s), (o)s, em/ens

Pará, você, avós, alguém etc.

paroxítonas terminadas em: l, n, r, ps, x, i(s), us, ons, um/uns, ã(s), ão(s)

incrível, hífen, caráter, bíceps, tórax, júri, bônus, elétrons, álbuns, órfã, órgão etc.

proparoxítonas: todas são acentuadas

lâmpada, abóbora, tônica, árvore, bússola etc.

É lógico!

Você pode resolver uma dúvida de acentuação usando padrões. Se você sabe que a palavra jovem não é acentuada, saberá que nuvem e penugem, também ­paroxítonas terminadas em em, não são.

Durante a revisão, considerando que o verbete é um texto que transmite conhecimento e exige maior grau de monitoramento no uso da língua, observe também se a organização dos parágrafos está adequada, se as frases foram ­corretamente segmentadas, se a pontuação foi empregada corretamente e se não há outros desvios gramaticais e ortográficos.

MOMENTO DE REESCREVER

Avaliando meu verbete

Sua produção será avaliada por um colega, com quem você trocará o texto. Vocês devem ler os trabalhos um do outro duas vezes. Na primeira vez, prestem atenção apenas nas ideias. Na segunda, apontem a lápis os problemas de escrita observados (organização em parágrafos, acentuação, entre outros). Depois, anotem na página as letras de A a F maiúsculas e respondam “sim” ou “não” a cada uma das perguntas do quadro a seguir. Para finalizar, reúnam-se para comentar a avaliação feita, justificando-a.

Ilustração. Criança negra de regata e bermuda, sentada no alto de um degrau. Está dando e pegando um caderno de outra criança, ruiva de cabelo amarrado em um rabo de cavalo. Que está em pé, na parte baixa. Ela está na ponta dos pés e com os braços esticados.

A

O texto tem a estrutura de um verbete, isto é, contém entrada e um texto que a explique?

B

O leitor obtém informações completas sobre o lugar de que fala o verbete?

C

Existem termos ou informações que necessitam ser mais bem explicados?

D

A linguagem do texto é objetiva e formal?

E

O vocabulário é variado, com poucas repetições?

F

A ilustração é útil para a compreensão do verbete?

Reescrevendo meu verbete

  1. Verifique se você concorda com os comentários do colega e ajuste seu texto, reescrevendo-o conforme as orientações do professor.
  2. Use um dicionário para resolver dúvidas de ortografia, de acentuação ou de sentido.
  3. Ilustre seu verbete, levando em consideração os aspectos que se destacam na descrição do lugar. Selecione a técnica que usará (desenho, pintura, colagem etcétera).

MOMENTO DE APRESENTAR

Inserindo meu verbete no dicionário

  1. Você e sua turma colocarão os textos em ordem alfabética. Caso uma entrada se repita, coloquem os textos em sequência.
  2. Uma equipe de editores escolhida pela turma finalizará a produção escrevendo uma apresentação do dicionário e uma página final com o nome de todos os autores dos verbetes.
  3. Um ilustrador, também escolhido pela turma, produzirá a capa do dicionário, com o título e uma imagem. Ele deverá utilizar um tipo de papel mais grosso, como cartolina ou papel-cartão.
  4. Se for possível, produzam cópias do material para que mais de um dicionário fique disponível para leitura.

Textos em CONVERSA

Os verbetes exigem a habilidade de definir, de indicar com precisão o sentido de algo. Mas como os verbetes das enciclopédias são feitos? Quem os escreve? Como é feita a pesquisa e a seleção das informações? Veja, nos textos a seguir, como autores de verbetes da uiquipédia devem proceder.

Texto 1

Reprodução de página da internet.

Fontes e referências

Busque fontes para a informação em seu artigo. Para ser incluído na uiquipédia o assunto deve ser suficientemente notável e essa notoriedade deve ser verificável através de referências para fontes confiáveis.

Fontes confiáveis são fontes que exercem contrôle editorial. Fontes impressas (e versões para a internet dessas fontes) tendem a ser as mais confiáveis, apesar de que muitas fontes exclusivas para a uébi também são confiáveis. Exemplos incluem (mas não estão limitados a) livros publicados por grandes editoras, jornais, revistas, revistas acadêmicas, sáites de quaisquer desses exemplos, blogueiros profissionais e outros sáites que se adequam aos mesmos requisitos que uma fonte impressa confiável.

Em geral, fontes sem contrôle editorial não são confiáveis. Essas incluem (mas também não estão limitadas a) livros publicados por editoras pagas para publicar esses livros, revistas autopublicadas, blóguis, fóruns de internet, discussões na usenet, sáites de fãs, sáites que permitem a criação de artigos e outros veículos semelhantes. Se qualquer pessoa pode publicar informação sem alguém verificando então provavelmente não é confiável.

De maneira clara, se há fontes confiáveis (como jornais, revistas acadêmicas ou livros) com informações publicadas por um período extenso sobre um assunto, então o assunto é notável e como parte do processo de criar (ou expandir) o artigo da uiquipédia é necessário citar as devidas fontes. Se não consegue encontrar fontes confiáveis trazendo informações sobre o assunto, então o assunto não é notável ou verificável e quase certamente será deletado. O seu primeiro trabalho é ir encontrar as fontes.

Para formatar as referências, veja uiquipédia:Livro de estilo/Cite as fontes. Apesar disso, não é necessário se preocupar demais em formatá-las propriamente. Seria ótimo se o fizesse, mas é muito mais importante ter as referências, ainda que mal formatadas.

AJUDA: guia de edição/como começar uma página. uiquipédia. Disponível em: https://oeds.link/ZNbflk. Acesso em: 6 março 2022.

  1. Nos dicionários, uma das acepções do vocábulo fonte é “texto que serve de referência para outras obras”.
    1. Por que o texto lido valoriza as fontes e as referências confiáveis para a elaboração dos verbetes?
    2. Segundo o texto, quais fontes seriam confiáveis?
  2. O texto afirma que somente assuntos “notáveis” podem compor a uiquipédia. Em dupla, listem temas que, para vocês, poderiam fazer parte dela.

Texto 2

Reprodução de página da internet.

Fato ou facto

Um Fato ou facto () ou fato () é um actual estado da arte sobre determinado assunto. Dizer-se que uma frase ou uma proposição é verdadeira significa que ela se refere a um facto. No que diz respeito a uma enciclopédia, um facto é uma declaração aceite por consenso pelos especialistas que trabalham num determinado tópico. Note que novas evidências poderão emergir e tornar inaceitável como facto a declaração em causa, nessa altura a enciclopédia deverá ser revista.

Afirme os factos categoricamente, incluso factos sobre opiniões — mas não as opiniões por si só. Por exemplo: que uma pesquisa produziu um determinado resultado publicado, é um facto; que existe um planeta chamado Marte, é um facto; que Platão foi um filósofo, é um facto; que a Terra tem a fórma esferoide, também é um facto. Ninguém disputará seriamente nenhuma destas preposições, então poderão ser afirmadas categoricamente.

Opinião

Uma opinião é um ponto de vista que alguém advoga. O conteúdo desse ponto de vista poderá ser ou não ser verificável. No entanto, afirmar que determinada pessoa ou grupo expressou uma determinada opinião é um facto (isto é, é verdade que a pessoa expressou a opinião) e poderá ser incluída na uiquipédia desde que possa ser verificada; você poderá citar uma fonte confiável que mostre que a pessoa ou grupo expressou a opinião.

FONTES confiáveis. uiquipédia. Disponível em: https://oeds.link/ux959A. Acesso em: 6 março 2022.

Sabia?

No português europeu, algumas palavras são escritas de fórma diferente da usada no português brasileiro. Facto, ­actual, sector e carácter, por exemplo, apresentam a letra c porque seu som é pronunciado pelos portugueses.

  1. Segundo o texto, um fato é o “atual estado da arte sobre determinado assunto”, isto é, o conhecimento atualizado sobre o tema.
    1. Qual é a diferença entre fato e opinião, segundo o texto?
    2. Por que os verbetes devem privilegiar fatos, e não opiniões?
    3. Em quais situações as opiniões poderão ser publicadas na uiquipédia?

Fala !

Em oposição aos fatos, muitos ­textos e imagens publicados nas redes sociais são fêique níus, ou seja, textos ou imagens que trans­- mitem dados falsos ou parcialmente verdadeiros; portanto, não são fontes confiáveis. Como você acha que as fêique níus podem ser evitadas? Em grupo, conversem sobre o tema, formulem perguntas e respostas e exponham as conclusões.

Fora da caixa

Atualização de verbete

O que significa a palavra máscara para quem viveu a pandemia de covid-19? Leia um fragmento do verbete máscara e observe as informações apresentadas.

Ilustração. Logotipo Wikipédia. Peças de quebra cabeça encaixadas. Em cada uma delas um símbolo.
Reprodução de página da internet.

Máscara

Índice [esconder]

1 Símbolos

2 Grécia antiga

3 Referências

4 Ver também

5 Ligações externas

Origem: uiquipédia, a enciclopédia livre.

reticências

Uma máscara é um acessório utilizado para cobrir o rosto. É utilizada para diversos propósitos: lúdicos (como nos bailes de máscaras e no carnaval), religiosos, artísticos ou de natureza prática (máscaras de proteção). A palavra tem, provavelmente, origem no latim mascus ou masca igual “fantasma”, ou no árabe Masrrará igual “palhaço”, “homem disfarçado”. Muitas vezes, tribos africanas usam máscaras em cerimônias de passagem.

Fotografia. Máscara comprida com a parte do queixo mais fina. Tem olhos pequenos e esticados. As sobrancelhas são juntas. O nariz é comprido e a boca pequena. Na parte de cima, adornos.
Máscara africana da Costa do Marfim.

A máscara é possivelmente o mais simbólico elemento de linguagem cênica através de toda história do teatro. Seu uso, provavelmente, remonta à representação de cabeça de animais em rituais primitivos, quando ou o objeto em si ou o personagem que o usava representavam algum misterioso poder.[nota de rodapé 1]

MÁSCARA. uiquipédia. Disponível em: https://oeds.link/JvYwCX. Acesso em: 3 fevereiro 2022.

As enciclopédias são atualizadas conforme novos conhecimentos vão sendo produzidos. Uma enciclopédia do século dezenove não conteria os ­verbetes computador ou nave espacial e estaria hoje, portanto, desatualizada. Do mesmo modo, quando algo é ressignificado, como ocorreu com as máscaras durante a pandemia de covid-19, é preciso que as enciclopédias registrem as mudanças. No caso das enciclopédias on láine, a vantagem de possibilitar que as atualizações ocorram constantemente.

Agora que você sabe de que fórma os verbetes são organizados e como é feita a seleção dos fatos para compor os verbetes, escreva, com seus colegas e professor, uma acepção para o verbete máscara.

Etapa 1 Pesquisando

Para começar, leia os textos a seguir e realize as atividades propostas. Os textos serão as principais fontes de pesquisa da turma, e as atividades vão explorar alguns procedimentos que o ajudarão a saber como ler um texto quando o objetivo principal é levantar dados.

Texto 1

Este é um artigo de divulgação científica, um gênero usado para explicar estudos e pesquisas para um público leigo. Ele “traduz” aquilo que é escrito por especialistas para uma linguagem que é entendida por não especialistas.

Antes de iniciar a leitura do texto, passe os olhos por ele para verificar sua extensão, observar se há subtítulos e perceber se há imagens. Repare que, no final do texto, são mencionadas as fontes de informação, que você já sabe que são fundamentais para a credibilidade do texto.

Agora, candidate-se para fazer a leitura em voz alta ou acompanhe a leitura feita por um colega. Depois, siga as instruções.

Reprodução de página da internet.

Estudos detalham a eficiência das máscaras

Testes revelam como e quanto o uso de diferentes modelos de proteção facial limita a disseminação pelo ar de doenças infecciosas, como a covid-19

Há quase dois anos, um acessório até então restrito a alguns ambientes profissionais específicos, como o hospitalar, o da construção civil e o da mineração, tornou-se obrigatório no cotidiano das pessoas e passou a ser visto nas ruas de todas as cidades do planeta. Em face da gravidade e da longa duração da pandemia da covid-19, as máscaras de proteção respiratória tornaram-se onipresentes e devem continuar sendo usadas por mais algum tempo. Os diferentes modelos de máscara têm sido alvo de pesquisas que buscam avaliar sua importância para conter não apenas a disseminação do Sars-CoV-2glossário , mas também para ajudar a deter outros surtos infecciosos, como a recente onda da gripe agá três êne dois que se espalha por vários estados brasileiros.

Fotografia. Máscara de proteção facial descartável. Ela tem dois elásticos finos.
Usadas corretamente, as máscaras cirúrgicas reduzem o contágio – embora bem menos que as do tipo pê éfe éfe dois.
Reprodução de página da internet.

reticências

Pesquisadores brasileiros são os autores de uma das investigações mais abrangentes sobre a eficiência das máscaras faciais. Realizado por um grupo do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (-úspi) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (), o trabalho avaliou duzentas e vinte e sete diferentes máscaras – desde as feitas com tecnologia de ponta, como as de padrão pê éfe éfe dois ene noventa e cinco, até as costuradas em casa, passando por máscaras cirúrgicas e por aquelas vendidas no comércio popular, com tecidos sintéticos ou de algodão. Os resultados foram publicados na revista aerosól çains en técnológi em abril de 2021. “No começo da pandemia, a Faculdade de Medicina [éfe ême] da úspi entrou em contato com o professor Vanderley Djón, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica [Poli-USP], dizendo que só tinha máscaras para mais três semanas, tanto no Hospital das Clínicas como no Hospital Universitário. Como o mercado não estava dando conta de atender a alta demanda, a éfe ême-úspi sugeriu a testagem de tecidos alternativos para confecção de máscaras”, lembra o estudante de doutorado do -úspi Fernando Morais, principal autor do estudo.

reticências

A iniciativa se transformou no projeto respire!, liderado por Djón, que procurou colegas do -úspi para testar a filtração dos artefatos. Para isso, o grupo adaptou um equipamento que costuma ser utilizado para verificar a qualidade do ar na região amazônica e em São Paulo, medindo a quantidade de partículas na atmosfera.

reticências

No estudo da úspi/ipên, as pê éfe éfe dois ene noventa e cinco, as cirúrgicas e as de tê êne tê passaram pelo crivoglossário da ó ême ésse, com altos éfe quê [fatores de qualidade] de 13,2, 15,9 e 24,9, respectivamente. Já as máscaras caseiras de algodão, considerando uma média de respirabilidade de 40%, não atingiram o patamar de recomendação, pontuando somente 1,4. “Mesmo que alguns modelos tenham um fator de qualidade muito baixo, é importante lembrar que qualquer máscara é melhor do que não usá-la. Embora dentro do espectro das máscaras haja modelos melhores e piores, eles continuam sendo todos eficientes”, diz o engenheiro biomédico Vitor Mori, membro do Observatório Covid-19 Brasil.

reticências

Reprodução de página da internet.
Reprodução de página da internet. Infográfico. No canto superior esquerdo, o título ESCUDO FACIAL e o texto: Conheça os fatores que fazem uma máscara de proteção conferir mais ou menos segurança contra a transmissão do Sars-Cov-2. Ao lado, silhueta de uma pessoa usando máscara de proteção facial. Na máscara, partículas vermelhas. Em seguida, o texto: "Filtragem: Porcentagem de partículas retidas". Ao lado do texto, seis barras vermelhas. Silhueta de uma pessoa usando máscara de proteção facial. Na máscara, setas indicando entrada e saída de ar. Em seguida, o texto: "Respirabilidade. Diferença de pressão do ar antes e depois de passar pela máscara. Quanto menor o número, mais fácil é a passagem de ar". Ao lado do texto, seis barras azuis. Silhueta de uma pessoa usando máscara de proteção facial. Na máscara, partículas vermelhas e setas indicando entrada e saída de ar. Em seguida, o texto: "Fator de qualidade. Correlação entre a filtragem e a respirabilidade. A OMS recomenda máscaras com eficiência superior a 3". Ao lado do texto, cinco barras verdes. Continuação. Ilustração. Silhuetas de duas pessoas, uma usando máscara PFF2 e outra usando máscara N95. Ambas são largas e cobrem desde o queixo até a região abaixo dos olhos. Elas têm sete camadas. Em uma ampliação de cinquenta vezes, as fibras que compõem cada camada se destacam. A ampliação mostra a aparência de um milímetro de máscara. Ao lado, o texto: 'Usadas em hospitais, canteiros de obra e na mineração, filtram pelos menos 95 por cento de partículas de até 0,3 micrômetro  - 1 micrômetro é a milésima parte do milímetro. As gotículas de saliva com o novo coronavírus medem mais de 1 micrômetro. O nível de proteção se deve, principalmente, a dois fatores: os fios são entrelaçados de forma irregular e a peça sofre a aplicação de uma carga elétrica que aumenta a capacidade de filtragem em dez vezes. Filtragem das máscaras PFF2 e N95: 95 por cento Respirabilidade das máscaras PFF2 e N95: 5,5 Fator de qualidade das máscaras PFF2 e N95: 13,2. Infográfico. Continuação. Ilustração. Silhueta de pessoa usando máscara cirúrgica. É larga e cobre desde o queixo até a região abaixo dos olhos. Ela tem três camadas. Em uma ampliação de cinquenta vezes, as fibras que compõem cada camada se destacam; são formas ovais em meio a filamentos. A ampliação mostra a aparência de um milímetro de máscara. Ao lado, o texto: "As máscaras mais comuns em hospitais são produzidas com materiais leves e altamente filtrantes e respiráveis. Características importantes: podem vir ou não com clipe nasal e contam com alças e/ou elásticos que prendem na orelha, o que, em tese, diminui um pouco a vedação, pois não cola tanto a máscara ao rosto. Filtragem da máscara cirúrgica: 89 por cento Respirabilidade da máscara cirúrgica: 2,24 Fator de qualidade da máscara cirúrgica: 15,9 Infográfico. Continuação. Ilustração. Silhueta de pessoa usando máscara TNT (tecido não tecido). É larga e cobre desde o queixo até a região abaixo dos olhos. Ela tem três camadas. Em uma ampliação de cinquenta vezes, as fibras que compõem cada camada se destacam; é uma rede com pequenos losangos. A ampliação mostra a aparência de um milímetro de máscara. Ao lado, o texto: 'A alta capacidade de filtragem e de respirabilidade desse material gerou maior índice de eficiência dentre os 227 modelos testados pela USP. Assim como nos modelos PFF2/N95, o material filtrante não é feito com fios entrelaçados de forma ordenada. A  trama, composta por polímeros ou fibras de algodão dispostas aleatoriamente e coladas por calor ou pressão, é caótica e densa, gerando uma barreira física mais eficaz. Filtragem da máscara de TNT: 78 por cento Respirabilidade da máscara de TNT: 1,09 Fator de qualidade da máscara de TNT: 24,9. Infográfico. Continuação. Ilustração. Silhueta de pessoa usando máscara de algodão/caseira. É larga e cobre desde o queixo até a região abaixo dos olhos. Ela tem duas camadas. Em uma ampliação de cinquenta vezes, os filamentos que compõem cada camada se destacam. A ampliação mostra a aparência de um milímetro de máscara. Ao lado, o texto: 'Quanto mais grossas forem as linhas do tecido, maior a quantidade de espaços na trama para a passagem de ar  - e de vírus e outros microrganismos, consequentemente. Pesquisadores da USP demonstraram que um dos pontos mais críticos e prejudiciais à vedação das máscaras feitas em casa são as costuras, sobretudo as verticais que unem dois pedaços de tecido. Filtragem das máscaras de algodão/caseiras: 40 por cento Respirabilidade das máscaras de algodão/caseiras: 5,67 Fator de qualidade das máscaras de algodão/caseiras: 1,4.
vedaçãoglossário      polímerosglossário

Polímerosglossário

Vedaçãoglossário

Fonte: úspi/ipên.

Vírus retidos

Outra pesquisa sobre o uso de máscaras feita no país, que utilizou como amostra um grupo de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, revelou um aspecto interessante relacionado ao uso desses itens de proteção: o patógenoglossário foi encontrado apenas na camada interna das máscaras, sugerindo um bloqueio na transmissão. Feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (fiocruz), o estudo analisou 45 peças faciais utilizadas em situações cotidianas por 28 pacientes, sendo 30 delas de tecido de algodão, com duas ou três camadas, e 15 do modelo cirúrgico.

Reprodução de página da internet.

Os resultados, publicados como (artigos ainda não submetidos ao processo formal de revisão por pares) no repositório , sugerem que máscaras variadas dificultam ou impedem que os vírus sejam expelidos com alto grau de eficiência – reforçando a ideia de que proteções respiratórias evitam, antes de tudo, que infectados espalhem doenças.

“Diversos dados indicam que a presença de múltiplas camadas da máscara é um fator importante para a proteção, assim como a porosidade do tecido, que não pode ser excessiva”, destacou Andreza Salvio, doutora em biologia parasitária do Instituto Oswaldo Cruz (i ó cê) da fiocruz e uma das integrantes da equipe responsável pelo estudo, em material divulgado pela instituição. “Além disso, é fundamental perceber que a máscara é só uma entre diversas medidas que devem ser adotadas para conter a disseminação da Covid-19, ao lado, por exemplo, do distanciamento social e da vacinação”, completou.

reticências

Artigos científicos

MORAIS, F. G. êti áliaerosól çains en técnológi. 26 abril 2021.

Rrúlanísmu, B. êti áli . 2 dezembro 2021.

GUARDIEIRO, N. M. êti áli. 16 dezembro 2021.

MELLO, V. M. êti áli. 30 junho 2021.

JOKURA, Tiago. Estudos detalham a eficiência das máscaras. Revista Pesquisa fapésp, número 312, fevereiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/b89nVp. Acesso em: 2 fevereiro 2022.

Dica de professor

Para realizar a atividade, sigam as instruções do professor.Lembrem-se de que o livro não é consumível, por isso você não pode escrever em suas páginas.

  1. Agora que você e a turma já estão familiarizados com o texto, ajudem o professor na tarefa de selecionar as principais informações, sempre considerando seu objetivo: atualizar o verbete.
    • O professor vai projetar o texto e vocês devem reler cuidadosamente cada parágrafo e escolher os trechos mais importantes.
    • Quando estiverem lendo um novo parágrafo, talvez encontrem um trecho mais completo que algum já escolhido. Nesse caso, descartem a seleção anterior. ­Procurem sempre ficar com um conjunto de trechos completos e sem repetições.

2. Durante a leitura, façam juntos as marginálias, isto é, as anotações sobre o texto. As marginálias podem conter o significado de palavras, sínteses de ideias, dúvidas que surgiram durante a leitura e precisam ser sanadas, relações entre informações etcétera

Um exemplo de marginália que poderia aparecer em “Há quase dois anos” é Referência a 2020. É uma observação que nos ajuda a lembrar o contexto em que o texto foi escrito.

  1. Com as principais informações selecionadas e as marginálias feitas, a turma vai montar uma síntese em itens. Leiam, a seguir, dois itens que poderiam ser o início dela. Vocês podem dar continuidade a essa lista ou iniciar uma nova síntese, mais adequada às anotações da turma.
    • Em 2020, a gravidade e a longa duração da pandemia da covid-19 levaram pessoas comuns, e não apenas determinados profissionais, a usar máscaras diariamente.
    • Muitos estudos foram feitos para avaliar a eficácia das máscaras em conter a disseminação do vírus de covid-19 e de outras doenças.
  2. A síntese não pode ignorar o infográfico. Ele precisará ser ­retextualizado, isto é, seu conteúdo precisará ser apresentado exclusivamente por meio da linguagem verbal. Para fazer isso, citem as máscaras comparadas e apresentem as conclusões do estudo.

Lembra?

Nos infográficos, algumas informações são transmitidas por meio de textos verbais; outras, por ilustrações, gráficos e outros recursos visuais. A organização das informações contribui para facilitar a leitura.

Fala aí!

Os artigos de divulgação científica se destinam a apresentar um estudo de maneira mais acessível. Você acha que este artigo é compreendido facilmente por estudantes do 6º ano? O destaque de trechos importantes, as marginálias e a síntese ajudaram você a compreender melhor o texto?

Texto 2

Vocês farão, agora, a leitura da segunda fonte de pesquisa. Trata-se de um fôlder digital publicado no sáite oficial do govêrno do Estado de São Paulo em agosto de 2020, seis meses após o início dos primeiros casos de covid-19 no Brasil e um ano e meio antes do artigo que você estudou.

Leiam silenciosamente o texto, observando como a linguagem verbal se articula com as imagens.

Folder. Na parte superior as informações: MÁSCARA É SUA PROTEÇÃO. Usara a peça ajuda a reduzir o risco de contágio e é essencial para proteger você e as pessoas ao seu redor. Várias pessoas usando máscaras. POR QUE O USO É IMPORTANTE? Coronavírus pode ser transmitido por contato físico e também pelo ar, quando alguém fala, espirra ou tosse. É essencial colocar a máscara mesmo se estiver saudável. O uso da peça, combinado com medidas de distanciamento, de isolamento e higiene, reforça sua proteção e a de todos. Mesmo pessoas sem sintomas podem estar como o vírus e contaminar os demais. COMO A MÁSCARA AGE? A peça atua como uma barreira física. Ela ajuda a impedir a propagação do vírus e a reduzir as chances de contágio.
Ilustração. Folder. LEMBRE-SE Uso da máscara é obrigatório em SP. Prefira as peças de pano, com 3 camadas de tecido. A máscara deve cobrir queixo, nariz e ficar justa ao rosto. Lave ou higienize sempre as mãos. Faça a higiene adequada das máscaras. Mantenha o distanciamento social. WWW.SAOPAULO.SP.GOV.BR/CORONAVIRUS/MASCARAS. Fonte: Secretaria de Estado de Saúde, Organização Mundial da Saúde e Center for Disease Control and Prevention. São Paulo. Governo do Estado.
Folder. VEJA A DIFERENÇA EM DUAS SITUAÇÕES QUANDO. Um dos interlocutores tem o coronavírus. Ilustração. Moça com vírus, assintomática conversa com um rapaz. Ambos estão sem máscara. O vírus se dissemina por todo o ambiente. Risco de contaminação MUITO ALTO. Na segunda situação a moça contaminada com o vírus e assintomática está de máscara e o rapaz também. As partículas de vírus ficam apenas perto do rosto dela. Risco de contaminação BAIXO.

govêrno DO ESTADO DE SÃO PAULO. 27 agosto 2020. Disponível em: https://oeds.link/Qx640U. Acesso em: 3 fevereiro 2022.

Sabia?

Observem que o fôlder apresenta suas fontes para garantir a credibilidade das informações. O perío­do da pandemia de covid-19 foi marcado por muita desinformação. Para combater as fêique níus, foi preciso trabalho intenso dos especialistas e dos jornalistas. Nesse contexto, a apresentação de fontes foi ainda mais relevante.

1. Vocês estão diante de sua segunda fonte de pesquisa. A estratégia para lidar com esta é diferente: vocês devem verificar quais dados coincidem com os já obtidos, quais os complementam e quais parecem contradizê-los. Os dados coincidentes não precisam ser anotados; eles indicam que, muito provavel­mente, as informações anteriores estão corretas. Copiem o ­quadro a seguir no caderno e ajudem o professor a preenchê-lo.

Ícone Modelo.

Dados complementares

Dados divergentes

2. Se houver dados divergentes, será preciso checá-los.

Texto 3

Leiam a seguir a transcrição de parte da entrevista dada pelo pesquisador Vitor Mori ao jornalista Bruno , no Café da Manhã, póde kést da Folha de São Paulo, sobre a flexibilização do uso de máscaras em alguns estados brasileiros. É a terceira fonte de pesquisa e vocês já estão chegando a ela munidos de muita informação.

Bruno : Numa situação em que os números voltem a subir ou no caso do surgimento de uma nova variante mais agressiva, convencer a população a voltar a usar máscara pode ser difícil depois dessa flexibilização?

Vitor Mori: Sim, existe essa possibilidadereticências de haver mais resistência e dos desafios pra adesão ao uso da máscara ser um pouquinho maior depois de uma flexibilização. Justamente por isso eu reforço que é muito importante uma boa comunicação do poder público, explicando POR que que a gente consegue flexibilizar agora, ao ar livre, e deixando MUIto claro que a gente talvez tenha que fazer novas intervenções caso o cenário piore, e eu acho que, caso a gente tenha que retomar, eu acho importante também que a gente tenha políticas um pouquinho mais focalizadas, o que a gente viu no curso da pandemia foi basicamente uma mesma regra, muito ampla, que não diferencia espaços abertos e espaços fechados e que não diferencia o tipo de máscara que a gente tá utilizando. Então talvez seja interessante a gente pensar em políticas focalizadas que primeiro foquem em espaços fechados, mal ventilados, e que incentivem e aTÉ distribuam máscaras de melhor qualidade, como máscaras pê éfe éfe dois pra serem usadas nesses ambientes. Acredito que isso tenha o potencial de ser MUIto mais efetivo na contenção da pandemia e muito menos isso disruptivo na vida das pessoas.

Bruno: Em momentos diferentes da pandemia, outros países chegaram a relaxar o uso de máscaras. O que que essas experiências mostraram pra gente?

Vitor: Especialmente as flexibilizações em espaços fechados, muitas delas foram feitas de fórma um pouquinho precoce. Talvez o exemplo mais evidente disso foi o que aconteceu o ano passado, mais ou menos lá entre abril e maio, nos Estados Unidos, quando houve uma flexibilização com relação ao uso das máscaras em espaços internos seguido de uma ampliação na cobertura vacinal dos Estados Unidos. reticências O grande problema é que essa cobertura não era assim tão grande a ponto de permitir esse tipo de flexibilização e a gente tinha o surgimento da variante delta, que gerou uma onda bastante complicada, aqui nos Estados Unidos com um alto número de casos e óbitos. Então essa foi uma experiência que não foi tão bem-sucedida e pouco tempo depois retomaram a medida de utilizar máscara em espaços internos.

A PANDEMIA sem máscaras ao ar livre. Café da Manhã. São Paulo: Folha de São Paulo, 10 março 2022. póde kést. 16 minutos 45 segundos a 19 minutos 25 segundos. Disponível em: https://oeds.link/aM1BIx. Acesso em: 7 julho 2022.

  1. A estratégia que vocês vão utilizar para explorar esse trecho é o resumo. Para elaborá-lo, releiam o texto para identificar suas ideias centrais e sigam o roteiro.
    • Para evidenciar que o texto apresenta ideias de outra ­pessoa, usem expressões como Segundoreticências, De acôrdo comreticências, Conforme, Fulano afirmareticências etcétera Não deixem de identificar o falante pelo nome e função.
    • Completem a frase, apresentando sinteticamente a ideia que defende no primeiro turno de fala.
    • Na segunda frase, apresentem, também de modo sintético, as medidas que julga importantes para minimizar o problema que aponta.
    • Elaborem uma terceira frase para expor o exemplo apresentado pelo especialista no segundo turno de fala, o qual contribui para a sustentação do ponto de vista.
  2. O sentido dos gêneros orais, como uma entrevista, também é construído pelas pausas, entonação, repetições etcétera Releiam a transcrição e vejam se algum desses aspectos comunica algo que pode contribuir para o resumo.

Etapa 2 Curadoria

Para escrever a nova acepção do verbete máscara, será preciso fazer a curadoria das informações levantadas até agora, ou seja, a turma deve selecionar os dados que serão usados na elaboração do texto. Sigam as etapas.

  1. Conversem acerca das informações que vocês consideram importantes e que devem fazer parte da complementação do verbete. Anotem as principais ideias e elaborem um subtítulo para o tópico. Por exemplo: “Máscaras de proteção”.
  2. Releiam a síntese em itens, o quadro comparativo e o resumo. Selecionem as informações que poderão ser utilizadas no verbete. Usem marca-textos ou lápis de cor para destacá-las e anotem-nas no caderno, organizadas em itens, quadro comparativo ou esquema.
  3. Verifiquem se as informações anotadas são fatos ou opiniões. Decidam se vão publicar somente fatos ou também opiniões atribuídas a alguém.
  4. Há alguma informação que o grupo acha importante e que não apareceu nos textos lidos? Nesse caso, é importante buscar novas fontes de pesquisa. Vale assistir a vídeos, ler ou ouvir entrevistas, acessar textos, ouvir pódikests sobre o tema, sempre em fontes confiáveis. Tomem nota do que ouvem e não se esqueçam de anotar dados sobre as fontes consultadas para compor as referências.
  5. Procurem ilustrações que possam contribuir para deixar as explicações mais claras.
  6. Reúnam o material selecionado e verifiquem a necessidade de cortar ou adicionar informações.

Lembra?

Nas enciclopédias, os fatos precisam ser comprovados e provir de fontes confiáveis. Só é possível apresentar algo que não pode ser comprovado se a informação for atribuída a alguém, ou seja, se ficar claro que se trata da opinião de alguém sobre determinado assunto.

Etapa 3 Escrevendo o verbete

Agora é o momento de escrever o tópico que complementará o verbete máscara lido anteriormente. Sigam as etapas.

  1. O professor redigirá o texto seguindo as orientações da turma.
  2. Antes de iniciar a escrita, decidam se o tópico será formado por uma ou mais partes e dê subtítulos a elas.
  3. Elaborem o texto.
  4. Releiam o texto para verificar se a linguagem é formal e se as frases foram construídas de fórma clara. Verifiquem se há necessidade de substituir palavras repetidas e vejam se é preciso empregar palavras para relacionar partes do texto, como mas, porque, portanto etcétera
  5. Editem o verbete, inserindo uma ou mais ilustrações. Escrevam legendas para contextualizá-las.
  6. Listem as fontes consultadas e anotem-nas sob o subtítulo “Referências”.

Etapa 4 Avaliando

Sempre que terminamos uma produção textual, é importante fazermos uma autoavaliação. Isso nos permite corrigir eventuais falhas antes que o material seja acessado por outra pessoa. Leiam o verbete produzido pela turma e verifiquem se as respostas são positivas para todas as questões do quadro a seguir.

A

As informações são fatos verificáveis? As opiniões, se existirem, não se confundem com fatos?

B

As informações ampliam o verbete máscara, incluindo dados relativos a seu uso como instrumento de proteção?

C

A linguagem é formal e objetiva?

D

As palavras foram escritas corretamente?

E

As frases foram organizadas com a pontuação adequada?

F

O vocabulário é variado, com poucas repetições?

G

As ilustrações contribuem para explicar a informação?

H

As fontes consultadas foram citadas?

Se responderam “não” a alguma pergunta, será preciso aprimorar o texto.

Etapa 5 Divulgando

Que tal divulgar o verbete? Vocês podem imprimir os textos e expor em locais de passagem da escola. Podem, ainda, publicá-los no blógui da turma. Se desejarem chegar a um público maior, poderão escolher um dos textos e tentar sua publicação em jornais que divulguem conteúdo produzido por leitores ou publicações municipais que divulguem produções de estudantes.

Glossário

[m.q.]
: Mesmo que.
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Gerido
: administrado.
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Cingir
: restringir-se.
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Vedação
: impedimento da passagem de algo.
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Polímeros
: substâncias compostas de unidades de moléculas menores.
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Sars-CoV-2
: nome do coronavírus causador da covid-19.
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Crivo
: avaliação minuciosa.
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Patógeno
: agente causador de uma doença.
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