Bibliografia comentada

AZEREDO, José Carlos de. Gramática Uáis da língua portuguesa. segunda edição São Paulo: publifôlha, 2008.

Nessa gramática, o autor propõe um debate acerca da contribuição da atividade comunicativa na constituição da língua, tendo como eixo central de sua análise o português em uso no Brasil.

Banho, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2012. 

Nessa obra, Banho vai além de examinar e descrever o funcionamento do português brasileiro: defende o que chama de democracia linguística e propõe a aceitação das regras gramaticais contemporâneas em uso pelos falantes da língua.

Banho, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. quinquagésima edição São Paulo: Loyola, 2008. 

A obra apresenta os mitos que geram o preconceito linguístico assim como suas implicações sociais e nos convida a olhar para os aspectos da gramática considerando a evolução linguística.

michil bactín. Os gêneros do discurso. ín: michil bactín. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. páginas duzentos e setenta e sete a trezentos e vinte e seis.

O ensaio apresenta a noção de gênero discursivo elaborada por Báquitin e propõe uma reflexão sobre como os enunciados são moldados conforme o contexto da comunicação verbal.

BALTAR, Marcos êti áli. O interacionismo sociodiscursivo na formação dos professores: o perigo da gramaticalização dos gêneros textuais. síguinum: Estudos da Linguagem. Londrina, volume 8, número 1, páginas cento e cinquenta e nove a cento e setenta e dois, junho 2005.

Fruto de uma pesquisa-ação realizada com professores da Rede Pública Municipal de Ensino Fundamental de Caxias do Sul (Rio Grande do Sul), este trabalho acadêmico tem o intuito de questionar algumas práticas do ensino da língua materna e sugerir novas propostas pedagógicas.

BECHARA, Evanildo. Gramática escolar da língua portuguesa. segunda edição Ampliada e atualizada pelo novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.

Nessa obra, Bechara não se restringe à gramática normativa, pois considera também seus aspectos sociais, esclarece muitos questionamentos comuns aos falantes do português brasileiro e ainda propõe atividades após cada parte teórica.

BRASIL. Lei norteº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, Distrito Federal: Presidência da República, 1996. Disponível em: https://oeds.link/Ub5WML Acesso em: 20 maio 2022.

Lei que reconhece a importância da educação escolar e assegura a toda a população o direito de acesso à educação gratuita de qualidade. É responsável por nortear o trabalho das instituições de ensino no país, garantindo o pluralismo de ideias pedagógicas.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, Distrito Federal: Ministério da Educação, 2018. Disponível em: https://oeds.link/yYyrSx Acesso em: 20 maio 2022. 

O documento estabelece as aprendizagens essenciais adquiridas por meio do desenvolvimento de compe­tências e habilidades que escolas públicas e privadas devem oferecer aos estudantes ao longo das etapas da Educação Básica.

brêtôn fílipe. A argumentação na comunicação. Bauru, São Paulo: 1999.

O autor diferencia a argumentação de outros métodos de convencimento, como a sedução, a demonstração e a manipulação psicológica, e convida o leitor a ter um olhar mais crítico acerca de textos e discursos que visam convencer.

CASTILHO, Ataliba T. de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 1998.

O livro instiga os docentes a adotar a conversação como ponto de partida das aulas de Língua Portuguesa. Com linguagem acessível e sugestões práticas, sugere contemplar as possibilidades de comunicação e considerar o dinamismo da linguagem.

COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2009. 

Em um momento em que as novas tecnologias tomam cada vez mais o espaço da leitura dos livros, essa obra traz uma importante contribuição ao apresentar propostas concretas que consideram toda a força humanizadora da literatura e promovem um aprendizado crítico.

FONSECA, Vitor da. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem: abordagem neuropsicológica e psicopedagógica. Petrópolis: Vozes, 2007. 

Com base na educação cognitiva, que considera o estudante um ser aprendente, o autor vê o ambiente escolar como um local de desenvolvimento do pensamento crítico e propõe otimizar a aprendizagem por meio do fortalecimento da autoimagem dos estudantes.

Juv, Vançan. A leitura. Tradução brigite êrvôt. São Paulo: Unésp, 2002. 

A obra propõe uma análise profunda e ampla da leitura – que o autor considera um processo complexo e plural – e de seus significados, embasada em diversos teóricos e críticos do assunto.

carvósqui, Acir Mário; gaidequisca, Beatriz; BRITO, Karim zibenaicher (organizador). Gêneros textuais: reflexões e ensino. quarta edição São Paulo: Parábola, 2011.

A publicação reúne reflexões e relatos de práticas realizadas Brasil afora com o intuito de lançar um novo olhar sobre as questões relacionadas aos gêneros textuais. Abrange, ainda, propostas pedagógicas de letramento baseadas em diferentes gêneros.

quêdi, Valter. Morfemas do português. São Paulo: Ática, 1990. (Série Princípios).

Como o próprio título sugere, esse livro discorre sobre as mais relevantes aquisições do estruturalismo no campo da morfologia. Além de sanar dúvidas frequentes sobre o tema, propõe exercícios comentados para consolidar os conceitos apreendidos.

córh, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2010. 

Tomando por base a ideia de que o texto é um espaço de interação entre sujeitos sociais, as autoras apresentam as principais estratégias disponíveis aos leitores para participarem ativamente da construção de sentido de um texto, preenchendo lacunas e levantando hipóteses.

KURY, Adriano da Gama. Novas lições de análise sintática. terceira edição São Paulo: Ática, 1987.

A obra traz as definições de frase, oração e período e discorre sobre os tipos de oração, as vozes verbais, entre outros. Com diversos exemplos, inclusive extraídos de textos literários, inclui ao final modelos de análise sintática, com períodos simples e compostos, e exercícios diversos.

Luquézi, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. décima quarta edição São Paulo: Cortez, 2002.

O livro promove um importante debate sobre a avaliação da aprendizagem escolar, questionando alguns modelos de avaliação e sugerindo a avaliação como um ato inclusivo, construtivo e capaz de gerar transformações positivas.

LUFT, Celso Pedro. Moderna gramática brasileira. São Paulo: Globo, 2003. 

Além de apresentar a norma brasileira da língua em todos os seus aspectos – sintático, morfológico, fonológico e ortográfico –, traz também as exceções e correlaciona os assuntos, de modo a contribuir para o entendimento dos conceitos apresentados.

marcusqui, Beth. Escrevendo na escola para a vida. ín: RANGEL, Egon de Oliveira; ROJO, Roxane (coordenação). Língua portuguesa: Ensino Fundamental. Brasília, Distrito Federal: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica, 2010. páginas sessenta e cinco a oitenta e quatro. (Coleção Explorando o Ensino, volume 19). Disponível em: https://oeds.link/S350zf Acesso em: 20 maio 2022.

Com o intuito de contribuir para a formação de estudantes capazes de escrever materiais possíveis de circular para além da escola, nesse artigo a autora discorre sobre a complexidade da produção textual, que requer planejamento, elaboração, revisão e refacção.

marcusqui, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. ín: DIONÍSIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Raquel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (organizador). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. páginas dezenove a trinta e seis.

Coletânea de ensaios para estudo e consulta sobre diferentes gêneros textuais. Inclui análises de gêneros presentes nos meios digitais e na mídia impressa. Além dos conceitos teóricos, traz sugestões didáticas para o uso dos textos em sala de aula.

marcusqui, Luiz Antônio; XAVIER, Antonio Carlos (organizador). Hipertexto e gêneros digitais: novas fórmas de construção de sentido. terceira edição São Paulo: Cortez, 2010.

Tendo como ponto de partida a constatação de que os avanços tecnológicos trouxeram importantes transformações no campo da linguagem, e em especial da língua, os artigos reunidos nesse livro abordam o tema sob diferentes concepções teóricas.

NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática na escola. . São Paulo: Contexto, 2001.

Após verificar, com base em pesquisas, os principais problemas relativos ao ensino de língua portuguesa, Neves apresenta sua proposta de ensino baseada na observação da língua em uso.

PERRENÔ, Fílipe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999. 

Perrenôu sugere nessa obra o desenvolvimento de competências no sistema educacional, uma abordagem centrada na ação e apoiada em conhecimentos, mas não limitada a eles: que os estudantes os utilizem como recursos para resolver problemas e tomar decisões.

pôssênti, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 1996. 

Nessa obra, pôssênti defende o ensino da língua, viva e atual, e suas variedades linguísticas, em detrimento da modalidade-padrão, e salienta que o aprendizado é mais efetivo por meio de práticas significativas, que levem em conta o uso real da linguagem.

ROJO, Roxane. Gêneros discursivos do Círculo de Báquitin e multiletramentos. ín: ROJO, Roxane (organizador). Escola conectada: os multiletramentos e as tíquis. São Paulo: Parábola, 2013. páginas treze a trinta e seis. 

Visando dar ênfase à linguagem oral, enraizada em nossas interações sociais, nesse artigo Rojo propõe uma gramática contrastiva, que envolva outras linguagens e mídias, em vez de priorizar a gramática como norma-padrão.

ROJO, Roxane. Pedagogia dos multiletramentos: diversidade cultural e de linguagens na escola. ín: ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (organizador). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012. páginas onze a trinta e um. 

Para adquirir conhecimentos que nos permitam lidar e dominar as novas linguagens, como áudio, vídeo, entre outras, a autora propõe os multiletramentos, defendendo que a escola considere a diversidade de constituições dos textos contemporâneos.

ROLDÃO, Maria do Céu; FERRO, Nuno. O que é avaliar? Reconstrução de práticas e concepções de avaliação. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, volume 26, número 63, , setembro a dezembro 2015. Disponível em: https://oeds.link/yzINFI Acesso em: 20 maio 2022. 

Nesse texto, os autores apresentam um projeto desenvolvido por eles em uma escola portuguesa que busca repensar as fórmas de verificação das aprendizagens, tomando a avaliação como parte do desenvolvimento curricular.

samôiál tífâin. A intertextualidade. Tradução Sandra Nitrini. São Paulo: Aderaldo e rótchildi, 2008. (Coleção Linguagem e Cultura, 40).

Definindo a intertextualidade como a memória que a literatura tem de si mesma, a autora propõe maneiras de pensar esse conceito de fórma unificada. Citação, alusão, referência, paródia são alguns dos tipos de intertextualidade explorados na obra.

chinêuli bernárd; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 2004. 

Nesse livro, os autores diferenciam gêneros textuais de tipos de textos, tratam de seu uso como ferramenta de ensino

e aprendizagem e apresentam propostas para o trabalho em sala de aula. Ressaltam, ainda, a necessidade de considerar o contexto de produção de um texto em seu processo de ensino.

SOARES, Magda Becker. As condições sociais da leitura: uma reflexão em contraponto. ín: ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel Theodoro da (organizador). Leitura: perspectivas interdisciplinares. São Paulo: Ática, 1988. páginas dezoito a vinte e nove.

Ao discutir as barreiras de acesso à leitura, a autora reflete sobre o que seria efetivamente uma escola democrática e ressalta a importância da leitura como prática prazerosa, que contribua para a formação individual e social do indivíduo.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Concepção de gramática: gramática e interação. São Paulo: Cortez, 2005.

Nesse livro, Travaglia propõe à escola não restringir o ensino da língua à modalidade-padrão e apresenta uma proposta voltada para o uso e a reflexão, sem deixar de lado o trabalho com a compreensão e a produção de textos.

vanuá, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. décima terceira edição São Paulo: Martins Fontes, 2008.

O autor diferencia as modalidades da língua escrita e falada e afirma que existem várias “línguas portuguesas”, determinadas pelo ambiente social e cultural. A obra convida ao exercício da produção textual e traz exercícios adaptados ao contexto brasileiro, moldados segundo a nossa realidade cultural.

VILELA, Mário; córh, Ingedore Villaça. Gramática da língua portuguesa: gramática da palavra, gramática da frase, gramática do texto/discurso. Coimbra: Almedina, 2001.

Fruto de uma parceria entre um autor português e uma brasileira, o livro explora as manifestações linguísticas produzidas pelos falantes em situações concretas de comunicação.

Visníqui, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

Nessa obra, Visníqui percorre as manifestações musicais desde o canto gregoriano até a música do século vinte. Descreve os fenômenos sonoros, distingue ruído de som e esmiúça a relação entre música e sociedade.

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: artimédi, 1998.

Contrário ao modelo de transmissão/recepção de ­­conhecimentos, nesse livro Zabala defende a abordagem construtivista para uma aprendizagem mais significativa na escola, que leva em conta a diversidade dos estudantes.