Anexo de textos de apoio

 Capítulo 1 

Reprodução de página da internet.

10 dicas para produzir boletins de rádio

por bit uitchi

30, 2018 em Jornalismo multimídia

Criar um boletim de notícias de rádio é como servir uma boa refeição que nutre e prepara o público para o dia. Não se trata de fazer você soar bem. Tem que ser focado, digerível, fácil de ouvir e segurar a atenção do ouvinte.

Compilando seu boletim

1: Lembre-se de quem está ouvindo e transmita para eles

Pense no público-alvo. Você precisa saber quem está em sintonia com a informação que você está oferecendo e o que eles precisam saber. Um público nacional não é o mesmo que um público internacional. Foque em notícias e informações que são relevantes para o público-alvo da sua rádio.

Suas matérias principais não são necessariamente as maiores histórias, mas serão aquelas que têm o maior impacto sobre a vida de seu público-alvo. Essas histórias principais vão definir a proximidade da sua organização de notícia com esse público.

A audiência irá ouvir as informações que podem usar. Suas matérias principais devem compor a dieta básica de informação que seus ouvintes devem saber.

A escolha das notícias vai fortalecer a sua credibilidade como fornecedor de informações relevantes nas mentes da sua audiência.

Colocar as notícias principais primeiro garante também que os ouvintes ouçam as notícias mais relevantes, mesmo quando não podem ouvir o boletim inteiro.

Pense no público-alvo e saiba quem são seus ouvintes e o que eles precisam saber.

2: Variedade é o tempero da vida

Ofereça uma mistura de informações. As notícias tendem a ser multicoloridas e multifacetadas, como a vida real é. Se você está cobrindo política, deve mostrar como as questãos impactam a vida de seu público e não ficar preso a política por si só (a menos que esteja trabalhando para uma emissora de rádio muito específica).

Tente sempre incluir a voz das pessoas afetadas por qualquer que seja o que a matéria esteja destacando.

Se você está cobrindo uma matéria de corrupção, é importante que fale com as vítimas e com o homem e a mulher na rua.

Anexo de textos de apoio

Seu público terá uma ampla gama de interesses e preocupações, incluindo saúde, educação, empregos, casa, ciência e tecnologia, cultura, desenvolvimento social, esporte, etcétera

Na maioria das vezes, isso significa fornecer uma mistura de notícias, atualidade e outros elementos da informação.

Ofereça uma mistura de notícias, atualidade e outros elementos de informação.

Apresentação e formato

3: Você gostaria de ouvir a si mesmo?

Uma voz que agrada é importante para garantir o retorno do público. Tente gravar alguns de seus boletins e ouvi-los. Você gostaria de acordar todos os dias ouvindo isso? Se não, faça algo a respeito.

Áudio cria emoções. Uma voz atraente que chama a atenção do público é importante. A última coisa que você quer é uma voz irritante que faça as pessoas desligarem o rádio.

Evite uma voz que toque a mesma melodia em cada frase, subindo e descendo de tom no final da frase, independentemente do que está sendo dito.

E nunca dê a impressão de que você acha que sabe mais do que o público-alvo. Sempre há um ouvinte que sabe muito mais do que você. Nunca seja condenscendente.

A última coisa que você quer é uma voz irritante que faça as pessoas desligarem.

4: O pequeno pode ser belo

O grande não é necessariamente melhor. Um boletim de notícias de 7 minutos não vai ser melhor que um de 5 minutos se os 2 minutos a mais são feitos de material de encher linguiça ou se você não chegar ao ponto.

Tente imaginar-se no lugar dos ouvintes e pensar nas pressões que eles podem sofrer. Provavelmente vão estar fazendo outras coisas enquanto escutam o programa. Você está pedindo o tempo deles.

Tenha certeza de deixar claro o que compõe as três matérias principais e busque transmitir essas histórias com a maior clareza e afinação possível.

É melhor ter um boletim curto que as pessoas possam se lembrar do que um boletim longo que deixa o público confuso ou, pior, faça-o mudar de estação.

5: Diminua a velocidade, você não está em uma corrida

Não se apresse. Tenha certeza que seu público pode compreender o que está dizendo. Ler muito rapidamente pode resultar em sua audiência não entender o que você está dizendo e não ser capaz de absorver as informações. Você acaba tornando-se barulho de fundo.

Locutores de notícias muitas vezes leem rápido quando estão nervosos ou quando sabem que estão prestes a pronunciar um nome difícil. Se você sabe que há um nome estrangeiro no boletim, destaque-o e pratique até ter certeza. Em seguida, aborde-o lentamente, pausando e pronunciando claramente.

Não se apresse. Tenha certeza que seu público consegue compreender o que está dizendo.

6: Não sirva notícia velha

Seu boletim é fresco, dinâmico e estimulante? Reescrever é essencial. Muitas pessoas vão ouvir vários boletins durante o dia.

É importante que não recebam notícia velha que não foi reformulada. Se você não atualizar o boletim, seu público pode pensar que você não quer fazer o seu trabalho jornalístico corretamente ou é preguiçoso.

Ao sair do estúdio depois de ler o último boletim, considere sentar e reescrever todas as principais notícias, refrescando os pontos-chave. Não basta colocar o boletim novamente e esperar que seja transmitido uma hora depois intocado e imutável.

Se você tiver um boletim de notícias em cima da hora e notícias a cada meia hora, as manchetes não podem ser apenas versões mais curtas do boletim principal.

Você vai ter que refazer os boletins e criar uma manchete forte que fale mais da história em poucas palavras. Você também pode querer usar o boletim de meia hora para adicionar matérias que não pôde ou não quis incluir no boletim principal. No entanto, se você escolher esse formato de apresentação, certifique-se de manter esse padrão para que o público saiba o que esperar.

Não mude seu formato aleatoriamente pois isso irá confundir o seu público. A audiência confusa pode mudar de estação para uma emissora onde há menos confusão.

Revigore, regrave e atualize o seu boletim durante o dia.

7: Rádio é sobre sons, não apenas voz

Segmentos de som são importantes. Um boletim de notícias se torna muito mais atraente para o público se você incluir trechos curtos de efeito. Isso pode ser um clipe de 5 ou 10 segundos de áudio de uma entrevista ou sons da cena do incidente. Tais segmentos podem tornar o seu boletim mais fácil de ouvir, mais direto, mais credível e mais interessante para o ouvinte.

No entanto, todos os sons têm que ter uma razão editorial para estarem lá. Você não deve encher de clipes de som que distraem porque não se relacionam com o essencial da informação que você está entregando.

Todos os segmentos de som em seu boletim devem ter uma razão editorial para estarem lá.

Anexo de textos de apoio

Estilo de escrita

8: Conte uma história curta

Escreva notícias como se estivesse contando a história a um amigo. Isto significa: frases curtas, simples e diretas. Lembre-se de que, ao contrário de um jornal, o público não pode voltar e verificar o que você disse 10 segundos atrás. Bem, eles podem se decidir gravar ou escutar on-line, mas a maioria estará ouvindo na hora e não será capaz de rebobinar o boletim.

Você precisa ser claro, focado e memorável. Compor informações complexas em uma simples frase é uma habilidade. Não obscureça os fatos essenciais com palavreados.

Escreva notícias como se estivesse contando a história a um amigo. Isto significa: frases curtas, simples e diretas.

9: Embalagem pequena e eficaz

O boletim é uma compilação de histórias curtas mas poderosas. Isso torna muito mais fácil para as pessoas compreenderem as informações.

Escrever para o rádio é uma das disciplinas mais difíceis do jornalismo. Frases longas e pesadas podem funcionar para a imprensa, mas não funcionam para as audiências de rádio.

Lembre-se de sujeito, verbo, objeto. Não tente ser inteligente com as palavras.

Use palavras que fazem mais sentido e podem ser entendidas por todos e apresente-as em frases curtas e claras.

10: Resumindo os pontos principais

Se você está montando um boletim maior (por exemplo, 7 minutos ou mais), pode querer concluir o boletim com uma breve recapitulação das matérias principais. Isso pode ajudar o público a recordar as matérias principais e ou ou outras informações relevantes.

E você deve manter a credibilidade em todos os momentos; o seu boletim é apenas tão bom quanto as notícias que você compilou.

Se você não acreditar no que escreve e no que diz, seu público também não vai acreditar; e mais, não vai respeitá-lo se difundir informações que qualquer pessoa com inteligência acima da média não engula. Certifique-se de descrever situações e acontecimentos com honestidade e sem sensacionalismo. Seu público vai saber quando você está exagerando e a sua credibilidade e integridade serão danificadas se o fizer.

Se você não acreditar no que escreve e no que diz, seu público também não vai acreditar.

Ilustração. Homem sentado atrás de uma mesa cinza, corpo virado para direita. Ele tem cabelos loiros, nariz comprido, está sorrindo com as duas mãos levantadas na lateral do corpo, ele veste camiseta vermelho com o número sete e fone de ouvido vermelho. A frente dele um microfone suspenso e folhas de papel na mesa. Fundo em cinza.

, bíti. – Rede de jornalistas internacionais. outubro 2018. Disponível em: https://oeds.link/mOL4c6. Acesso em: 12 junho 2022.

 Capítulo 7 

Texto 1

Cartaz. Formato horizontal. Na parte superior o texto: CUIDADO PARA O SEDENTARISMO NÃO PEGAR VOCÊ! Na parte inferior o texto sobre tarja amarela: Campanha para combate ao sedentarismo infantil.
No centro ilustração de um menino e uma menina sentadas em um sofá cinza virado para a direita em frente a uma televisão sobre um móvel marrom. O menino à direita no sofá tem os cabelos curtos e veste camiseta laranja de manga comprida e segura um controle de videogame. A menina está de camiseta verde de manga comprida com calça azul e segura um celular nas mãos.
Anúncio elaborado para fins didáticos.

Texto 2

Guia para escrever carta ao Conar

Reprodução de página da internet.

CABEÇALHO

Coloque o local onde você mora e a data, alinhados à direita

Escreva o nome completo e o cargo do destinatário que, neste caso, é o diretor do Conar. Você acha essas informações no site na seção “Quem somos”. Logo abaixo, escreva o endereço completo do destinatário (veja no site do Conar).

Comece sua carta com uma saudação.

Faça uma breve apresentação de si

Apresente o motivo da sua carta: descreva a campanha, o produto e o local onde você viu o anúncio do qual está reclamando.

Explique por que você está reclamando, usando argumentos construí-dos com a análise sistemática feita da propaganda. Use termos técnicos que foram estudados, tais como apelo, uso de signos, resposta da audiência etcétera

Relacione a análise com trechos do código de ética do Conar, explicando por que acha que a propaganda fere determinados aspectos do código.

Finalize a carta agradecendo a atenção e deixe claro que aguarda um retorno do conselho.

Esse término costuma ser alinhar à direita, como mostrado aqui.

Assine sua carta.

Disponível em: https://oeds.link/W3t61Y. Acesso em: 19 maio 2022.

Anexo de textos de apoio

 Capítulo 10 

Reprodução de página da internet.

Como proteger crianças e adolescentes na internet

Cyberbullying captura de dados, assédio, fake news Com o uso da internet ainda mais amplificado na pandemia, especialistas falam sobre os riscos para jovens online e como evitá-los

Leonardo Neiva

21 de Outubro de 2021

Se toda criança ama um brinquedo, que tal presenteá-la com um Share Bear, o ursinho de pelúcia que “quer saber a sua cor favorita, o seu melhor amigo, os seus padrões de sono”, assim como “todos os outros pontos de dados que podem ser explorados para fins lucrativos”?

Ou então a Luz Noturna Wakey Wakey que requer sua atenção horas por dia, um dispositivo “totalmente viciante e algoritmicamente projetado para te atualizar sobre tudo o que você não precisa saber”?

Esses brinquedos nada convidativos, é claro, não são reais, mas fazem parte de uma campanha da organização britânica5Rights Foundation. Ela alerta para práticas na internet que podem afetar a vida de crianças e adolescentes, como o uso indevido de dados pessoais, o cyberbullying e a indução ao vício em telas.

Com a pandemia e a transferência de ainda mais atividades para ambientes online como as aulas diárias e o contato com colegas e professores, esses problemas vêm se tornando mais claros e urgentes.

Por outro lado, a internet e as redes sociais representam uma gama cada vez maior de possibilidades e oportunidades. Hoje, elas oferecem acesso à informação e à educação, permitindo fórmas de interação importantes que antes não existiam e dando voz a grupos que não tinham muitos meios de se expressar. Portanto, a palavra-chave para lidar com os problemas, como alertam especialistas no ramo, não é proibir, mas sim educar.

Mas qual a melhor fórma de pais, responsáveis e educadores lidarem com esses desafios tão presentes no cotidiano dos jovens? O que se pode fazer para educá-los para agir de fórma mais segura na internet? E como responsabilizar empresas e aplicativos que vêm coletando esses dados, em muitos casos de fórma ilegal?

Traduzida no Brasil pelo Instituto Alana, a Twisted Toys, da 5Rights Foundation, é uma das campanhas que buscam alertar pais e responsáveis para o problema e reivindicar um ambiente online mais seguro para os jovens. Para entender a situação atual, Gama conversou com psicólogos, pesquisadores e especialistas em educação, que apontam quais são os maiores riscos hoje para crianças e adolescentes na internet e alguns dos melhores caminhos para chegar a um uso seguro da rede.

As influências online e o vício

Uma das consequências desse avanço das redes sociais e do uso da internet, especialmente num contexto de pandemia, é que o tempo online aumentou e o que se costuma passar com a família vem caindo, de acôrdo com a psicanalista iaél gotliébi, que trabalha com crianças há mais de 30 anos. Segundo ela, isso faz com que algumas crianças e adolescentes passem a se espelhar mais em influenciadores do que nos próprios pais. O que pode ser um risco enorme, pois na internet essas pessoas são personagens, diz a especialista.

“Acabei de receber uma moça viciada em videogame. Ela me disse: lá sou personagem, consigo o que quiser. É muito mais legal ser poderosa do que viver no mundo real.” O que não significa que os jovens não sabem diferenciar o que é real do que não é. “Eles sabem que é mentira, mas vivem como se não fosse.”

E, se antes havia uma preocupação com o tempo excessivo que as crianças gastavam na internet, com a pandemia se tornou quase impossível contornar o problema, já que até ir à escola se tornou sinônimo de ligar a tela do computador. “Hoje é muito difícil voltar ao que era antes, reduzir o online na vida deles”, admite a psicóloga Ceres Alves de Araújo, especialista em crianças e adolescentes. “Para muitos jovens, criar personagens nas redes sociais se tornou um verdadeiro ritual de entrada na adolescência, para o bem e para o mal.”

Então ajudá-las a evitar o vício e a lidar com o nível de exposição nas redes é uma tarefa fundamental para pais e responsáveis, evitando episódios como os do cada vez mais recorrentes cyberbullying

O que dizem as pesquisas

Responsável por monitorar a adoção de tecnologias de informação e comunicação no Brasil, o Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) realiza a pesquisa tícKids Online, que registra esses indicadores relacionados a crianças e adolescentes.

Embora tenha sido feita em março de 2020, pouco antes do início da pandemia, a última pesquisa apresenta informações importantes, algumas delas apenas intensificadas pela necessidade de isolamento e o aumento das relações à distância.

Ao sofrer algum tipo de violência na internet, a maioria dos jovens – as meninas ainda são as principais vítimas – não reporta o problema para professores ou pais, mas sim para colegas da mesma idade. “Essas crianças e adolescentes acabam se ajudando tanto no desenvolvimento de habilidades online quanto de interações sociais”, afirma a coordenadora da pesquisa, Luísa Adib Dino.

Além disso, as pesquisas identificam que conhecer o ambiente online é essencial para que pais e responsáveis consigam orientar os jovens a navegar de fórma mais segura – um aspecto que acaba remetendo às desigualdades sociais e às condições financeiras das famílias, já que muitas não tiveram nenhum tipo de educação digital.

reticências

Anexo de textos de apoio

Bullying digital

De acôrdo com a psicóloga e diretora da Safernét Brasil, Juliana Cunha, o maior medo dos pais quanto à segurança dos jovens na internet ainda está ligado a questões como aliciamento sexual e pedofilia. Por outro lado, a maior parte dos relatos que a instituição recebe é de cyberbullying geralmente praticado por outros jovens. “Qualquer ação que envolve assédio sexual de menores é muito grave, mas verificamos que boa parte dos jovens já sabe lidar melhor com a situação e entende os riscos de conversar com estranhos”, explica a diretora da associação, que tem como foco a promoção dos direitos humanos na internet.

O cyberbullying costuma trazer preocupação para o cotidiano deles, principalmente porque existe uma dificuldade de saber como agir nesses casos. “Eles têm medo de quebrar o silêncio e o agressor piorar a violência, ou de serem excluídos de determinados grupos”, conta a especialista.

“Em casos de violência no ambiente escolar, quando sai dali, a pessoa deixa de ser alvo. Na internet, ela está exposta em qualquer lugar, então muitas vezes precisa mudar de escola, de endereço e até de aparência para fugir daquilo. Por isso é importante não subestimar o problema na internet, que tem maiores chances de se potencializar.”

Quem usa os dados

É preciso lembrar que a missão é proteger as crianças na internet, e não da internet, diz Pedro diretor de políticas e direitos da infância do Instituto Alana. Afinal, mais do que nunca, a internet é um ambiente fundamental para o acesso à informação e à educação. E que pode ser um instrumento para promover os direitos humanos e de expressão, diz

Segundo ele, a internet é menos uma praça pública, onde tudo vale, como boa parte das pessoas ainda imagina, e mais uma espécie de shopping Dentro dessa lógica, sites e aplicativos seriam as lojas. A diferença é que, em vez de dar dinheiro ou passar um cartão, você paga pelo serviço que eles oferecem ao entregar seus dados pessoais de bandeja.

“Muitos aproveitam a alta presença de crianças e adolescentes online e estimulam o uso constante com técnicas de design persuasivo”, afirma Pedro. “Isso acaba engajando especialmente indivíduos que não têm contrôle inibitório, porque ainda estão em desenvolvimento e se relacionam com esses ambientes de fórma diferente dos adultos.”

Ao citar esse tipo específico de design, ele se refere a apps gratuitos que usam recursos como cores, musiquinhas, notificações e compartilhamento constante em redes sociais como ferramentas de atração, a exemplo de um grande cassino digital. Com isso, vão coletando dados dos usuários de fórma contínua, que mais tarde são usados para fins comerciais. Trata-se, aliás, de uma prática ilegal, que entra em confronto com o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente sobre a publicidade infantil.

reticências

NEIVA, Leonardo. Gama. Disponível em: https://oeds.link/X1qnAQ Acesso em: 19 maio 2022.

Anexo de conhecimentos linguísticos

 Ortografia e pontuação 

O que é ortografia?

1. Veja o texto que aparece em uma placa afixada em uma igreja do início do século vinte.

Reprodução de texto de placa. Texto: É proibido colocar cartazes e anuncios em todo o edificio desta ordem. 
Proibido está escrito com h depois do primeiro o.
Colocar está escrito com dois éles.
Anúncios está escrito com dois ênes e sem acento.
Edifício está escrito sem acento.
Desta ordem está escrito como D'esta ordem, com apóstrofo.

a. Faça um quadro em seu caderno, completando cada coluna com as informações solicitadas.

ícone modelo

Palavra com grafia diferente da dos dias de hoje

Como a palavra é grafada atualmente

Diferença da grafia atual para a grafia anterior

b. Você tem alguma hipótese que explicaria a razão das diferenças anotadas na pergunta a?

A palavra “ortografia” é originada das palavras gregas órto (“correto”) e (“escrita”). Então, ela pode ser entendida como a parte da gramática que trata da escrita correta das palavras.

Certamente, você já deve ter quebrado a cabeça pensando em como escrever algumas palavras! Saber escrever de acôrdo com as regras sempre foi considerado muito importante em nossa sociedade.

Mas é preciso saber que as normas da ortografia mudam com o passar do tempo. Por exemplo, antes do acôrdo Ortográfico de 1990 (veja o boxe a seguir), que entrou em vigor no Brasil no início de 2009, a fórma correta de se escrever micro-organismo era microorganismo. Atualmente, as fórmas consideradas corretas são micro-organismo ou microrganismo.

A partir de agora vamos estudar algumas das atuais regras da ortografia da língua portuguesa. Você vai descobrir ou relembrar que elas podem ajudá-lo a decidir sobre a escrita de palavras.

Vamos lembrar

Você sabia que a ortografia da língua portuguesa é determinada por um decreto? Trata-se do acôrdo Ortográfico de 1990, em vigor no Brasil desde 1º de janeiro de 2009.

Esse acôrdo foi assinado pelo Brasil e pelos demais países lusófonos, isto é, que falam a língua portuguesa. São eles: Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Anexo de conhecimentos linguísticos

Grafia das palavras: com r ou rr?

O uso de r ou rr depende do contexto em que o som representado por essas letras ocorre nas palavras. Observe o quadro a seguir, em que são apresentados os contextos e os usos de r ou rr.

Usa-se r

Usa-se rr

No meio de duas vogais, com som “fraco”

No meio da palavra, entre uma consoante e uma vogal, com som “forte”

No meio da palavra, com som “fraco”

No início das palavras, sempre com som “forte”

No meio de duas vogais, com som “forte”

Arara

Enrolado

Crescimento

Relva

Cachorro

História

Honra

Geografia

Rei

Terra

Original

Tenro

Cristal

Rápido

Erro

Editora

Henrique

Porque

Roxo

Surra

Carolina

Guelra

Pergunta

Ríspido

Arrasado

O som “forte” a que nos referimos na tabela é sempre um som que sai “raspando” pela garganta. Já o som “fraco” pode ser feito quando a ponta da língua toca levemente nos dentes.

Existe ainda outra ocorrência de r, quando ele está no final de verbos. Nesse caso, o verbo está em sua fórma infinitiva: bocejar, comer, dormir. Essa é a fórma do verbo encontrada em dicionários. Geralmente, não pronunciamos esse r na fala mais informal, mas, na escrita, ele deve sempre aparecer.

  1. Você consegue pensar em mais exemplos para preencher o quadro apresentado? Vamos lá. Em seu caderno, complete cada coluna com pelo menos mais cinco palavras.
  2. Você sabe o que é um trava-língua? Conhece algum? A seguir, encontrará um que brinca com a sonoridade do r “fraco” e do r “forte”. Copie o texto no caderno e substitua o símbolo espaço para resposta por r ou rr, prestando atenção ao som e ao sentido das palavras no texto. Depois, tente pronunciar o trava-língua rapidamente.

Se a aespaço para respostaanha aespaço para respostaanha a espaço para respostaã,

se a espaço para respostaã aespaço para respostaanha a aespaço para respostaanha,

como a aespaço para respostaanha aespaço para respostaanha a espaço para respostaã?

Como a espaço para respostaã aespaço para respostaanha a aespaço para respostaanha?

Nem a aespaço para respostaanha aespaço para respostaanha a espaço para respostaã.

Nem a espaço para respostaã aespaço para respostaanha a aespaço para respostaanha.

Domínio público.

  1. Copie as frases a seguir em seu caderno selecionando a fórma correta do verbo, infinitiva ou conjugada. Atenção ao uso do r no final dos verbos no infinitivo.
    1. Você estar/está bem?
    2. Você precisa ler/lê o que escreve.
    3. Se aí estar/está confuso, imagine aqui.
    4. Não dar/dá para dividir a casa com aquele mentiroso.
    5. Antes de você dormir/dormi, apague as luzes.

Grafia das palavras: -ão ou -am no final de verbos

Quando conjugamos verbos na 3ª pessoa do plural, usamos as fórmas -ão ou -am em seu final. A fórma -ão é utilizada somente no futuro do presente. Nos outros casos, usamos -am. Veja os verbos conjugados a seguir:

Modo

Tempo

Exemplo

Indicativo

Presente

Eles sentam nesta fileira.

Pretérito

Perfeito

As meninas saíram há alguns minutos.

Imperfeito

Meus filhos jogavam bola naquela rua.

Mais-que-perfeito

Eles comeram antes de dormir.

Futuro

Do presente

Todos começarão a prova juntos.

Do pretérito

Alguns falariam que isso é mentira.

Como pronunciamos essas fórmas (-ão e -am) de modo semelhante, às vezes temos dúvidas. No entanto, há uma maneira de deixar claro, na fala, quando se trata de -ão: a sílaba tônica (pronunciada de modo mais “forte”) é a sílaba que contém -ão. Faça o teste! Pronuncie as palavras ficaram e ficarão. Qual é a sílaba tônica em cada uma? E em comeram e comerão?

  1. Copie as frases a seguir em seu caderno completando-as com as fórmas -ão ou -am.

Os cientistas realizarespaço para resposta vários experimentos ao longo do ano passado e acreditespaço para resposta que, ainda este mês, apresentarespaço para resposta uma solução para a despoluição do rio.

Anexo de conhecimentos linguísticos

b.

No século vinte, várias cidades brasileiras passarespaço para resposta por uma acelerada ampliação. Muitas vezes, porém, os bairros e as vias de acesso não foram planejados adequadamente. Agora os urbanistas precisespaço para resposta encontrar soluções para melhorar a mobilidade urbana.

c.

A partir de março, os ônibus intermunicipais somente transportarespaço para resposta cachorros com atestado de saúde emitido por médico veterinário. Os passageiros que tiverem dúvida deverespaço para resposta contatar o serviço de atendimento ao cliente.

d.

No mês passado, os alunos de teatro apresentarespaço para resposta uma tragédia. No próximo mês, atenderespaço para resposta aos pedidos do público e apresentarespaço para resposta uma comédia.

e.

Os pioneiros sonharespaço para resposta muitas coisas para a nossa região. Com o passar do tempo, algumas se concretizarespaço para resposta, mas outras só poderespaço para resposta ser conquistadas no futuro.

Grafia das palavras: com s ou z? As terminações -ês/-esa e -ez/-eza

As palavras que terminam com os sons /ez/ e /eza/ nos causam muitas dúvidas, porque podemos grafá-las usando as letras s ou z. Mas há algumas regras que podem ser seguidas para diminuir nossas incertezas. Veja nos quadros a seguir.

Regra: usamos -ez/-eza em substantivos que terminam com os sons /ez/ e / eza/ quando são derivados de adjetivos.

Adjetivo

Substantivo

Áspero

Aspereza

Certo

Certeza

Frio

Frieza

Forte

Fortaleza

Miúdo

Miudeza ou miudez

Regra: usamos -ês/-esa no final de palavras que indicam algum título de nobreza, quando terminam com os sons /ez/ e /eza/.

Títulos de nobreza

Princesa

Baronesa

Marquês, marquesa

Duquesa

Regra: usamos -ês/-esa no final de adjetivos pátrios, quando terminam com os sons /ez/ e /eza/.

País

Adjetivo pátrio

China

Chinês ou chinesa

Dinamarca

Dinamarquês ou dinamarquesa

Escócia

Escocês ou escocesa

França

Francês ou francesa

1. Leia a manchete a seguir e observe as palavras destacadas.

A princesa japonesa que largou realeza para se casar com namorado de origem humilde

BBC, 26 outubro 2021. Disponível em: https://oeds.link/oZHLKk Acesso em: 30 março 2022.

  1. Tanto princesa quanto japonesa são palavras escritas com a terminação -esa. A regra que explica tal grafia é a mesma para ambas as palavras? Justifique sua resposta.
  2. Escreva em seu caderno três palavras que seguem a regra ortográfica de princesa e três que seguem a regra de japonesa. Você pode escolher palavras no masculino ou no feminino.
  3. Agora, escreva três palavras escritas com -eza ou -ez no final, que seguem a mesma regra ortográfica de realeza.

Acentuação das palavras

Quando pronunciamos palavras com mais de uma sílaba, uma dessas sílabas sempre sai mais forte e prolongada, com mais tonos que as outras. Isso quer dizer que em palavras com duas sílabas ou mais há sempre uma com acento tônico. A essa sílaba damos o nome de sílaba tônica.

Sílaba

Quando falamos uma palavra devagar, podemos perceber que a dividimos em pequenos “pedaços”. Experimente falar a palavra abraço bem devagar... Viu só? A cada vez que você movimentou a boca, saíram um ou mais sons: a-bra-ço. Cada um desses sons ou grupos de sons que sai a cada emissão de voz, quando pronunciamos uma palavra, é chamado de sílaba.

Anexo de conhecimentos linguísticos

As palavras e o número de sílabas

As palavras podem ser divididas em sílabas. Dependendo da quantidade de sílabas, dizemos que uma palavra é polissílaba (quatro ou mais sílabas: a-mi-gá-vel), trissílaba (três sílabas: ca-be-ça), dissílaba (duas sílabas: so-fá) ou monossílaba (apenas uma sílaba: ). Alguns monossílabos são acentuados graficamente: é, chá, , pés, . Essas palavras foram acentuadas porque a única sílaba que as compõe é tônica. A regra para a acentuação dos monossílabos tônicos é igual à regra para a acentuação das oxítonas, que você vai estudar a seguir.

Dependendo da posição que essa sílaba ocupa na palavra, esta pode ser classificada como oxítona, paroxítona ou proparoxítona. Contamos a posição da sílaba do final para o começo: última, penúltima e antepenúltima.

Às vezes, a sílaba tônica recebe acento gráfico e, às vezes, não. O acento gráfico é um sinal que usamos sobre a vogal da sílaba com acento tônico para indicar a sua tonicidade. Há regras para acentuar graficamente as palavras e elas são baseadas, em geral, nas terminações das palavras.

Há três tipos de acento gráfico: o acento circunflexo (^) para acentuar as vogais a, e, o que têm o som mais fechado (trânsito, referência, maiô); o acento agudo (´) para acentuar as vogais a, e, o com som mais aberto (sofá, café, forró); e o acento grave (`), que é usado para indicar a crase (Fui à casa do Pedro). As vogais tônicas i e u sempre recebem apenas o acento agudo: físico, único.

Os sinais acessórios da escrita

Os acentos são sinais acessórios da escrita. Quer dizer: são sinais auxiliares, ajudam a indicar a pronúncia exata da palavra. Além dos acentos, há outros sinais acessórios: o til (~), a cedilha (¸), o apóstrofo (), o trema (¨) e o hífen (-). Portanto, em palavras como mãe, caçarola, d’água, Müller e água-de-colônia, usamos sinais acessórios.

1. Copie o esquema a seguir em seu caderno, completando-o adequadamente.

Esquema. Composto por sete quadros. 
Quadro um: Sílaba [Espaço para resposta]: pronunciada com mais força e prolongamento.
Quadro dois: Sílaba tônica sempre tem acento tônico.
Os dois primeiros quadros se ligam ao quadro três: Às vezes, a sílaba tônica recebe acento [Espaço para resposta].
O quadro três se liga ao quadro quatro: Existem três acentos [Espaço para resposta]: [Espaço para resposta] , [Espaço para resposta] e grave (marca somente a crase).
Abaixo do quadro dois, os outros quadros alinhados: 
Quadro cinco: Há palavras oxítonas, quando a tônica é a [Espaço para resposta].
Quadro seis: Há palavras [Espaço para resposta], quando a tônica é a penúltima sílaba..
Quadro sete: Há palavras [Espaço para resposta], quando a tônica é a [Espaço para resposta.][Espaço para resposta].

Acentuação gráfica das oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas

Confira no quadro a seguir algumas regras para acentuação das palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. Não se esqueça de que os monossílabos tônicos seguem as mesmas regras das oxítonas.

Classificação quanto à sílaba tônica

Acentuam-se graficamente as palavras terminadas em...

Exemplos

Oxítonas

-a(s), -e(s), -o(s), -em(ens)

jacarandá, cabrio, purê, cipó, tarô, também, parabéns

Paroxítonas

-l, -n, -r, -i(s), -x, -us, -ã(s), -ão(s), -um(uns), -ps e ditongos

túnel, pólen, caráter, biquíni, vôlei, vórtex, bônus, órfã, órgão, fórum, tríceps, história, imundície, vácuo

Proparoxítonas

todas

mpada, rempago, auntico

As palavras história, imundície e vácuo foram classificadas como paroxítonas terminadas em ditongos e, por isso, são acentuadas. Contudo, de acôrdo com alguns livros de gramática e com o novo acôrdo Ortográfico, essas palavras também podem ser classificadas como proparoxítonas aparentes, porque poderíamos ter a seguinte separação silábica: his-tó-ri-a; i-mun-dí-ci-e; vá-cu-o. De todo modo, mesmo assim essas palavras seriam acentuadas graficamente, porque todas as proparoxítonas recebem acento gráfico.

Hiato e ditongo

Nas palavras sde e herói aparecem duas vogais juntas. Em ambas há um encontro vocálico (encontro de vogais e semivogais). Separando essas palavras em sílabas, teremos: sa-ú-de e he-rói.

Em saúde, as vogais ficaram em sílabas diferentes porque uma não depende da outra para ser pronunciada. A essas ocorrências chamamos de hiato (que significa intervalo, lacuna).

Em herói, pronunciamos os dois sons juntos, porque um som depende do outro. O som /i/ não pode ser separado do som /ó/. Temos uma vogal e uma semivogal que ficam juntas, em uma mesma sílaba. Essa ocorrência é chamada de ditongo.

1. Copie o quadro a seguir em seu caderno e complete-o com pelo menos cinco exemplos de cada situação. Atenção: inclua palavras que não estejam no livro.

ícone modelo

Monossílabo tônico terminado em -a(s), -e(s) ou -o(s)

Oxítona terminada em -a(s), -e(s) ou -o(s)

Paroxítona terminada em ditongo (ou proparoxítona aparente)

Paroxítona terminada em -i(s), -l, -x, -n, -r, -us, -ã(s), -ão(s), -um(-uns) ou -ps

Proparoxítona

Anexo de conhecimentos linguísticos

A organização do texto em frases e os sinais de pontuação

Imagine um texto escrito da seguinte maneira:

Ilustração. Um papel com bordas irregulares na horizontal cinza-claro, com uma etiqueta na horizontal da mesma cor. Sobre o papel, texto em preto: Batatinhaquandonasceesparramapelochão menininhaquandodormepõeamãonocoração.

Até o século três antes de Cristo (há mais de 2.200 anos!) os textos eram escritos assim! Nada de separar as palavras, nada de pontuação. A partir da metade do século três antes de Cristo, a segmentação dos textos começou a ser feita com o uso de alguns sinais. Mas foi só a partir do século treze que isso começou a acontecer com frequência. A maioria dos sinais que conhecemos hoje apareceu entre os séculos catorze e dezessete.

Atualmente, a pontuação é considerada muito importante para a escrita de um bom texto. Aqui, começaremos a verificar algumas regras de uso da pontuação nos textos.

A pontuação em textos que fazem uso do discurso direto e indireto

Discurso direto é aquela fórma de apresentar a fala de uma personagem, ou de uma pessoa, diretamente, tal como foi dita por ela. Discurso indireto é aquela fórma de reproduzir essa fala com outras palavras (no caso, palavras do narrador ou do autor do texto).

Pontuação e literatura

Sem dúvidas, a pontuação é muito importante para a escrita de um bom texto. Mas alguns escritores literários procuram evitá-la em suas obras! Um deles é o escritor português José Saramago, falecido em 2010, que faz pouco uso dos sinais de pontuação, de uma fórma muito criativa. Por aqui, temos a jornalista e escritora Vanúzia Leite Lopes, que escreveu, sem usar pontuação, um livro inteiro de poemas, cujo título é Nem ponto nem vírgula.

No quadro a seguir, você vai ver os sinais de pontuação que podem ser usados nos discursos direto e indireto, bem como suas funções.

Sinal de pontuação

Representação gráfica

Para que é usado

Dois-pontos

:

• Para anunciar as falas das personagens ou de uma pessoa.
• Para introduzir um exemplo em relação ao que foi dito antes.
• Para introduzir explicação de algo anunciado antes.

Travessão

• Para introduzir a fala das personagens ou de uma pessoa.
• Para o narrador fazer algum comentário.
• Para acrescentar informação em relação ao que foi dito antes.

Aspas

“ ”

• Para marcar a fala das personagens ou de uma pessoa.
• Para destacar títulos e nomes.
• Para destacar o significado de uma palavra.
• Para citar trechos de outras fontes.

Parênteses

( )

• Para dar ou acrescentar uma explicação sobre algo que foi citado antes.

    1. dentifique o uso dos sinais de pontuação destacados nos trechos a seguir.
    1. Segundo a revista Superinteressante, tór era um dos deuses mais poderosos e amados pelos víquin.
    2. Depois que o rapaz jantou, exclamou com alegria: Há tempos não comia uma torta tão gostosa!.
    3. Subiram o mais rápido possível considerando o tamanho da carga que levavam.
    4. Durante a briga, gritou furiosamente: Saia já daqui!
    5. Inexplicavelmente confuso: assim foi o discurso de final de ano do reitor.
    6. Quando todos pararam de discutir, o chefe falou calmamente: Nós vamos seguir o que foi planejado no início do ano.
    7. Queria muito ouvir a música Amarelo, do Emicida.
    8. Os víquin acreditavam que Odin inspirava em seus guerreiros um furor tão terrível que eles se convertiam em animais e lutavam como tais. Eram chamados bêrzekir, que significa os que têm aspecto de urso, ou úlfêdnar, os que têm pelo de lobo. (Religiões e culturas. Enciclopédia do Estudante, número 18. São Paulo: Moderna, 2008. página 65).
    9. Estou namorando uma jovem muito inteligente e simpática (além de muito bonita!).
    10. É importante fazer exercícios diariamente: caminhada, musculação, dança etc.

Anexo de conhecimentos linguísticos

2. Leia a história em quadrinhos a seguir, criada pelo desenhista Adão Iturrusgarai para o Folhateen, o suplemento juvenil do jornal Folha de São Paulo.

História em quadrinhos. Composta por quinze quadros. Apresenta como personagens, uma família: o pai, Adão, tem cabelos lisos escuros com franja e usa camiseta cinza e calça azul. A mãe tem cabelos encaracolados em castanho, com blusa e calça rosa. A filha tem cabelos escuros curtos com franja, camiseta e saia verdes. Filho, Camilo, bebê, branco, cabelos escuros, blusa azul e calça amarela. As cenas se passam dentro de casa em cômodos diferentes. 
Quadro um: Texto: Nove horas da manhã 
O pai em pé, de frente para uma mesa onde há duas xícaras em branco e um cesto em marrom. Ele à esquerda, de frente para a mulher, sentada à direita. Ela diz: JÁ VAI LEVANTAR? EU NEM TERMINEI O MEU CAFÉ? O homem olhando para ela, responde: HOJE É UM DIA COMPLICADO! TENHO QUE FAZER A PÁGINA PRO FOLHATEEN!  
Quadro dois:Texto: Nove horas e dois minutos da manhã 
Em outro cômodo, a filha brincando com os joelhos sobre o chão e ao redor dela, brinquedos, boneca, ônibus e ela segura na mão esquerda um brinquedo de um bovino. Ela diz: MUUUUUUUUU! O pai à direita, visto dos ombros para cima, diz: ISSO NÃO É UMA OVELHA! E FAZ MÉÉÉÉÉ! 
Quadro três: Texto: Nove horas e sete minutos da manhã 
O pai está sentado para a esquerda, de frente para escrivaninha, com caixa de lápis aberta, porta lápis e canetas. Perto dele, uma lâmpada acesa, ele segura na mão esquerda um lápis. Sobre a cabeça dele, um balão de pensamento vazio.  
Quadro quatro: Texto: Nove horas e dez minutos da manhã 
O pai sentado de frente para a escrivaninha, com lápis na mão esquerda sobre uma folha e olha para a esquerda, onde há a filha, vista de costas, de frente para ele, mostrando na mão direita, um pato  amarelo de brinquedo. Ela fala: QUÁ! QUÁ QUÁ! O pai responde: QUE LINDO PATINHO! 
Quadro cinco: Texto: onze horas e cinco minutos da manhã
Adão, ainda de frente para a escrivaninha olha para frente, e ouve a mulher que diz para ele: ADÃO! VOCÊ PODE TROCAR A FRALDA DO CAMILO? TÔ OCUPADA COM AS EMPANADAS! Ele diz: Arram... 
Quadro seis: Texto: onze horas e doze minutos da manhã
Adão, no quarto do bebê, de frente para um trocador onde está o bebê deitado, sem roupas. Ele joga com a mão direita a fralda no lixo  ao fundo e diz: E EU QUE PENSEI QUE TROCAR FRALDAS ERA O MAIS DIFÍCIL QUANDO SE TEM FILHOS... Ele aperta com a mão direita o nariz do bebê e diz: TIG  DIG. À direita, em cima do berço, um brinquedo pendurado fazendo barulho musical.  
Quadro sete:Texto: Doze horas e quarenta e cinco minutos da manhã
Adão, o pai, volta para o escritório, de frente para a escrivaninha, desenhando com lápis na mão esquerda e perto dele, uma nuvem de pensamento. Dentro dela, uma lâmpada amarela.  
Quadro oito: Texto: Doze horas e quarenta e seis minutos da manhã 
A mulher dele diz: O ALMOÇO ESTÁ NA MESA! Sobre a cabeça de Adão, de frente para escrivaninha, com lápis na mão esquerda e cenho franzido, uma nuvem de pensamento. Dentro dela, uma lâmpada amarela quebrada fazendo barulho: PUF. 
Quadro nove: Texto: uma hora e trinto e oito minutos da tarde 
Adão sentado no sofá com o bebê no colo, olhando para a direita. À direita, a mulher com a filha pendurada na cintura dela. A mulher pergunta para o marido: VAI TIRAR UMA SIESTITA? Ele a responde: NÃO... VOU APROVEITAR PARA TRABALHAR!  
Quadro dez: Texto: Três horas e quinze minutos da tarde
Adão novamente sentado de frente para a escrivaninha, olhando para o lado com os olhos bem abertos. À esquerda, algo toca: PIII, PIII, PIIII, PIII. Ele segurando um lápis na mão esquerda e diz: DROGA! ESQUECI QUE TENHO DENTISTA!  
Quadro onze: Quatro horas e nove minutos da tarde 
O escritório vazio, sem Adão.  
Quadro doze: Quatro horas e vinte e sete minutos da tarde 
Adão novamente de frente para a escrivaninha, com a lâmpada da luminária acesa e com lápis na mão esquerda escrevendo em folha de papel. Ele diz: AGORA VAI! 
Quadro treze: Cinco horas e trinta e dois minutos da tarde
O bebê chora: BUÁÁÁÁÁÁÁ! Adão olha para frente, com os braços para baixo, pálpebras e boca para baixo.  
Quadro catorze: Sete horas e vinte e três minutos da noite
Adão, de frente para a escrivaninha com o lápis de frente para o rosto, olha para a esquerda, com os olhos bem abertos. À esquerda, a mulher e a filha, uma ao lado da outra, vistas da cintura para cima. A mulher diz: PÔ! CHEGA DE TRABALHAR! VEM DESFRUTAR UM POUCO DA FAMÍLIA. 
Quadro quinze: Texto: Nove horas e  trinta e oito minutos da noite
De frente para a mesa com pratos, talheres, taças e um pote redondo em azul-claro.  
Da esquerda para a direita, a mulher segurando uma folha branca, fala: GOSTEI DA HISTÓRIA, MAS FALTOU COLOCAR UM POUCO DA SUA VIDA SOCIAL! À direita, Adão, colocando liquido roxo na mão direita sobre taça e diz: NÃO SERVE A IDA AO DENTISTA. Na ponta da direita, a filha com cabelos em chuquinha, pegando os talheres e mais à direita, menino dentro de carrinho em azul, dormindo, com um balão de fala onde está escrito: Z.
Texto: FIM.

a.m.glossário     

p.m.glossário    

Siestitaglossário

ITURRUSGARAI, Adão. Folhateen. Folha de São Paulo.

Vamos ver como ficaria a história dessa agá quê narrada na fórma de um pequeno conto. Comece assim, por exemplo:

Às nove horas da manhã, Adão terminou rapidamente de tomar o café da manhã e se levantou da mesa. Sua mulher estranhou tanta pressa e perguntou:

— Já vai levantar? Eu nem terminei o meu café!

Para introduzir a fala das personagens, você pode usar verbos como perguntou, respondeu, disse, interrompeu etcétera de acôrdo com a situação. Além dos dois-pontos e do travessão, use pelo menos uma vez aspas e parênteses, de acôrdo com uma das fórmas estudadas. Talvez você precise mudar um pouco a história para acrescentá-los — use a imaginação!

Substantivos

Principais substantivos coletivos

alcateia

lobos

arquipélago

ilhas

banca

examinadores, advogados, instituições financeiras

banda

músicos

bando

aves, malfeitores

cacho

bananas, uvas

cáfila

camelos

cancioneiro

canções, poesias líricas

caravana

viajantes, peregrinos, estudantes

cardume

peixes

choldra

assassinos, malfeitores

chusma

pessoas

clientela

clientes

constelação

estrelas

cordilheira

montanhas

corja

vadios, tratantes, ladrões

coro

anjos, cantores

elenco

atores

enxame

abelhas ou outros insetos

esquadra

navios de guerra

esquadrilha

aeronaves, pequenas embarcações de guerra

falange

soldados, heróis, guerreiros, espíritos

feixe

lenha, capim

frota

navios mercantes, ônibus, automóveis

Principais substantivos coletivos

horda

povos nômades, desordeiros, invasores

junta

bois, médicos, credores, examinadores

legião

soldados, demônios, anjos

magote

pessoas, coisas

malta

desordeiros

manada

bois, búfalos, elefantes

matilha

cães

molho

chaves, verduras

multidão

pessoas

ninhada

pintos

nuvem

gafanhotos, marimbondos, percevejos

penca

bananas

plêiade

poetas, artistas

quadrilha

ladrões, bandidos

ramalhete

flores

rebanho

ovelhas

récua

bestas de carga

réstia

cebolas, alhos

roda

pessoas

romanceiro

poesias narrativas

saraivada

balas, pedras, setas

séquito

pessoas que acompanham outra por dever ou cortesia

súcia

desonestos, malfeitores

talha

lenha

vara

porcos

Anexo de conhecimentos linguísticos

Flexão de gênero dos substantivos
Em relação à flexão de gênero, os substantivos podem ser classificados como biformes ou uniformes (epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros). Confira neste quadro.

Biformes: têm formas diferentes para o masculino e o feminino.

Para indicar o feminino, muda-se apenas a terminação.

aluno → aluna
leitor → leitora
galo → galinha
barão → baronesa
anão → anã

Para indicar o feminino, usa-se uma palavra diferente.

bode → cabra
homem → mulher
zangão → abelha
cavalheiro → dama

Uniformes: têm a mesma forma para o masculino
e o feminino.

Epicenos: têm um só gênero gramatical para designar animais de ambos os sexos. Quando é necessário indicar o sexo do animal, usam-se as palavras macho ou fêmea.

a baleia
o besouro
o tigre

a baleia macho
o besouro fêmea
o tigre fêmea

Sobrecomuns: têm um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos.
Quando é necessário indicar o sexo da pessoa, usam-se expressões como “do sexo feminino (ou masculino)”.

a criança
o indivíduo
a vítima

a vítima do sexo masculino

Comuns de dois gêneros: têm uma forma só para os dois gêneros, mas distinguem o masculino e o feminino pelo uso do artigo.

o personagem → a personagem
o estudante →
a estudante
o jornalista →
a jornalista
o selvagem →
a selvagem

Principais substantivos que, ao mudar de gênero, mudam também de significado

Masculino

Significado

Feminino

Significado

o banco

instituição financeira; assento

a banca

mesa em que se expõem mercadorias para venda; conjunto de examinadores, advogados

o cabeça

líder

a cabeça

parte do corpo

o caixa

indivíduo que trabalha na seção de um estabelecimento comercial na qual se fazem pagamentos

a caixa

recipiente com ou sem tampa usado para guardar coisas

o capital

dinheiro, bens

a capital

sede administrativa de um estado ou país

o cisma

separação; divergência

a cisma

inquietação, desconfiança

o cura

padre

a cura

restabelecimento da saúde

o grama

unidade de medida

a grama

relva

o guarda

vigia

a guarda

vigilância; corporação de segurança

o guia

pessoa do sexo masculino que orienta visitantes; publicação com informações turísticas ou de outra natureza

a guia

formulário; meio-fio; pessoa do sexo feminino que orienta visitantes

o moral

estado de espírito

a moral

conjunto de valores

Flexão de número dos substantivos

Substantivos terminados em vogal ou ditongo: formam plural com acréscimo de -s.

Isso inclui substantivos terminados em uma das vogais nasais, representadas na escrita por , -em, -im, -om e -um (nesses quatro últimos casos a terminação do plural será em -ns), ou no ditongo nasal -ãe.

caderno → cadernos
rei → reis
irmã → irmãs
refém → reféns
aipim → aipins
atum → atuns
mãe → mães

Substantivos oxítonos (ou monossílabos tônicos) terminados em -s e todos os substantivos terminados em -z ou -r: formam plural com acréscimo de -es.

Exceção: caráter caracteres.

deus → deuses
luz → luzes
cantor → cantores

Anexo de conhecimentos linguísticos

Casos especiais

Substantivos terminados em -n: acrescenta-se -s (com perda do acento gráfico)

abdômen → abdomens ou abdômenes
dólmen → dolmens ou dólmenes
hífen → hifens ou hífenes

Substantivos terminados em -ão:
a maioria muda para -ões
alguns mudam para -ães
todos os paroxítonos e alguns oxítonos mudam para -ãos
alguns admitem duas formas
alguns admitem três formas

leão → leões
emoção → emoções
pão → pães
capitão → capitães
cidadão → cidadãos
órfão → órfãos
anão → anões ou anãos
ancião → anciões, anciãos ou anciães

Substantivos terminados em -al, -el, -ol, -ul: o -l final é substituído por -is.

Exceções: cônsul → cônsules, aval → avais, real → réis (moeda antiga) ou reais (moeda atual).

jornal → jornais
papel → papéis
anzol → anzóis
paul → pauis

Substantivos terminados em -il: se a sílaba for átona, passa para -eis; se for tônica, passa para -is.

fóssil → fósseis
funil → funis

Substantivos que não possuem marca de número: estão nessa categoria os terminados em -x (com som de /cs/) e os paroxítonos terminados em -s.

o tórax → os tórax
o fax →
os fax (também se admite a forma faxes)
o tênis →
os tênis
o ônibus →
os ônibus

Substantivos que sofrem alteração de timbre na vogal o tônica (metafonia) ao passar para o plural.

caroço (ô) → caroços (ó)
osso (ô) → ossos (ó)
povo (ô) → povos (ó)

Substantivos que só são usados no plural.

anais
arredores
fezes
núpcias

pêsames
víveres

Substantivos que mudam de significado ao passar para o plural.

costa (litoral) → costas (dorso)
letra (sinal gráfico) → letras (literatura)
féria (faturamento diário) → férias (período de descanso)

Plural dos substantivos compostos

Substantivo + substantivo ou adjetivo: os dois variam.

couve-flor → couves-flores
amor-perfeito → amores-perfeitos

Verbo ou palavra invariável + substantivo ou adjetivo: só o segundo varia.

guarda-chuva → guarda-chuvas
abaixo-assinado → abaixo-assinados

Termos ligados por preposição: só o primeiro varia.

água-de-colônia → águas-de-colônia
joão-de-barro → jo
ões-de-barro

O segundo termo é um substantivo que funciona como determinante específico: só o primeiro termo varia
Se o primeiro termo for invariável, a marca de plural fica no artigo.

ideia-chave → ideias-chave
comício-monstro → comício
s-monstro

o sem-terra → os sem-terra

Flexão de grau dos substantivos

Normal

Corresponde à forma primitiva do substantivo.

nariz
barco
forno

Aumentativo

Sintético: forma-se pelo acréscimo de terminações especiais, como -ão, -ona, -aça, -alha, -anzil, -arra, -orra, -ola, -(z) arrão.

narigão
mulherona
barcaça
fornalha
corpanzil
bocarra
cabeçorra
beiçola
homenzarrão

Analítico: forma-se pelo emprego, junto ao substantivo, de uma palavra que indica aumento.

nariz grande
casa enorme
barco gigantesco

Diminutivo

Sintético: forma-se pelo acréscimo de terminações especiais, como -inho, -ito, -eco, -acho, -ote, -im, -elho, -zinho.

narizinho
cabrito
jornaleco
riacho
serrote
flautim
grupelho
cãozinho
florzinha

Analítico: forma-se pelo emprego, junto ao substantivo, de uma palavra que indica diminuição.

nariz pequeno
lápis minúsculo
cão diminuto

Valores afetivos
Tanto o aumentativo quanto o diminutivo podem expressar valores que não se relacionam ao aumento ou diminuição do tamanho. Veja alguns exemplos:

Valores negativos (desprezo, crítica)

Que coisa feia! Abrir a bocarra de sono no meio do discurso do diretor! Não leio este jornaleco! Ele só publica mentiras.

Valores positivos (admiração, carinho)

Que carrão sua mãe comprou, hein? Parabéns!
Encosta a
cabecinha no meu ombro e descansa, querido.

Anexo de conhecimentos linguísticos

 Concordância nominal 

No capítulo 12, você estudou que os especificadores ou determinantes do substantivo (adjetivos, pronomes, artigos e numerais) concordam com ele em gênero e número. Essa é a regra geral da concordância nominal.

O artigo, o pronome, o numeral e o adjetivo ficam no masculino plural para concordar com o substantivo anjinhos.

Esquema.
Frase: Os meus dois anjinhos bons dizem pra eu tomar banho.
De Os, meus, dois e bons partem setas para anjinhos.

O artigo, o pronome, o numeral e o adjetivo ficam no feminino singular para concordar com o substantivo anjinha.

Esquema.
Frase: A minha primeira anjinha boa diz para eu tomar banho.
De A, minha, primeira e boa partem setas para anjinha.

Conheça agora algumas regras especiais que devemos seguir em situações que exijam obediência à norma-padrão.

Determinante que se refere a mais de um substantivo

Determinante antes dos substantivos

O determinante geralmente concorda com o substantivo mais próximo.

Tenho por minha tia imenso respeito e admiração.
Tenho por minha tia
imensa admiração e respeito.

Determinante depois dos substantivos

Se os substantivos são do mesmo gênero e estão no singular, o determinante pode ficar no singular ou no plural.

O menino estava com a camisa e a calça suja.
O menino estava com a
camisa e a calça sujas.

Se os substantivos são de gêneros diferentes e estão no singular, o determinante fica no singular e concorda com o gênero do mais próximo ou vai para o masculino plural.

O menino estava com o boné e a calça suja.
O menino estava com a
calça e o boné sujo.
O menino estava com o
boné e a calça sujos.

Se os substantivos são do mesmo gênero, mas de número diverso, o determinante normalmente vai para o plural.

O menino estava com os sapatos e o boné sujos.

Se os substantivos são de gêneros diferentes e estão no plural, o determinante pode concordar com o mais próximo ou ir para o masculino plural.

O menino estava com os braços e as pernas machucadas.
O menino estava com os
braços e as pernas machucados.

Se os substantivos são de gêneros e números diferentes, o determinante geralmente vai para o masculino plural.

O menino estava com os braços e a cabeça machucados.

Outros casos especiais

Mesmo, só, meio — quando funcionam como adjetivos, ou seja, quando qualificam um ser, essas palavras concordam normalmente com ele:

Elas mesmas fizeram o almoço. (= próprias)

Mas: Ela é mesmo bacana! (= realmente)

As idosas viviam sós. (= sozinhas)

Mas: Estamos descansando. (= somente)

São duas horas e meia. (= meia hora)

Mas: Estou meio dolorida. (= um pouco)

É proibido, é preciso, é bom, é necessário essas expressões não variam quando se referem ao substantivo de modo genérico:

É proibido entrada.

É preciso coragem.

Laranja é bom para a saúde.

Atividade física é necessário para manutenção da saúde.

Anexo de conhecimentos linguísticos

 Esquemas 

Linguagem

Organograma.  
Linguagens – são – formas de comunicação e interação entre as pessoas. 
Classificam-se em:  
Linguagem não verbal: Existem vários tipos, e cada um usa diferentes recursos, como sons, traços, cores, movimentos... 
Linguagem verbal: É a língua. Utiliza como recursos os sons, na fala, e as letras, na escrita, que se juntam e formam as palavras. 
Sistemas de signos que usamos para construir sentidos.

Língua

Organograma. 
Língua – é – Um sistema de signos formado por palavras que se combinam em frases, formam enunciados, de acordo com determinadas regras. 
Com a língua: Apreendemos e captamos o mundo. 
Interagimos com as pessoas.

Enunciado, discurso, intencionalidade e sentido

Organograma. 
Discurso - Os interlocutores sempre têm intenções muito específicas ao construí-lo. 
A essas intenções, damos o nome de: intencionalidade discursiva 
Se um interlocutor não entende plenamente as intenções do discurso do outro, ocorre um mal-entendido. 
Ilustração. Organograma. 
Enunciados 
Acontecem sempre que dois ou mais interlocutores se envolvem em uma situação de comunicação, usando a língua. 
Têm objetivos muito específicos. 
São destinados a alguém. 
Acontecem em determinado momento e lugar. 
Quando os enunciados acontecem: 
atribuímos sentido ao que lemos ou ouvimos. 
Produzimos discursos

Variedades linguísticas

Organograma. 
A língua varia... 
ao longo do tempo: variação histórica. 
 
A língua varia... 
em um mesmo momento do tempo: 
conforme a classe social (maior ou menor contato com a escola e os livros). 
conforme o grupo social (exemplo: adolescentes/adultos). 
conforme a região. 
Variedades linguísticas 
Variedades linguísticas  
Todas têm um registro (modo de falar e escrever) mais formal ou informal. 
Entre elas, há as normas urbanas de prestígio, assim chamadas por serem faladas pelas elites sociais. 
Todas possuem regras e normas internas. São utilizadas na maior parte dos documentos, livros, jornais e revistas, palestras, programas de TV e rádio. 
Todas as variedades têm o mesmo valor para seus falantes e todas se prestam à comunicação. 
Todas as línguas têm variedades.

Sinonímia e antonímia

Organograma. 
Relações de sentido entre as palavras 
As relações não são sempre as mesmas. Dependem do contexto. 

Sinonímia igual sentido similar.
A escolha dos sinônimos é influenciada... 
- pela época e pela idade do falante. Exemplo: namorar/cortejar. 
- pelas diferenças regionais. Exemplo: tangerina/mexerica. 
- pela situação de comunicação e o efeito de sentido que se pretende. Exemplo: dinheiro/bufunfa. 

Antonímia igual sentido oposto. 
Os pares de antônimos podem ser formados... 
- por palavras de radical distinto. Exemplo: feio versus bonito. 
- por palavras com o mesmo radical, recebendo uma delas o prefixo de-/des- ou in-/im-: puro versus impuro; leal versus desleal. 
- pelo acréscimo do advérbio não antes da palavra: marcado versus não marcado.

Anexo de conhecimentos linguísticos

Polissemia

Organograma.  
Polissemia: 
Mesma palavra, outro sentido e contexto. 
Os sentidos guardam alguma relação entre si. Exemplo: letra – pode ser letra do alfabeto ou letra de canção

Formação e significação de palavras na nossa língua

Organograma. 
O léxico forma-se e amplia-se por meio de... 
outros processos: onomatopeias (zum-zum, mugir), reduções (foto, DVD). 
O léxico forma-se e amplia-se por meio de..
Estrangeirismos 
- Vocábulos tomados de empréstimo de outras línguas. Podem ser aportuguesados (abajur, clicar, escâner) ou não (skate, mouse, pizza). 
O léxico forma-se e amplia-se por meio de..
Neologismos 
- Atribuição de novos sentidos às palavras existentes (muitas vezes são gírias). Exemplo: mala (de viagem) mala (chato). 
- Novas palavras criadas com elementos (morfemas) da própria língua. Exemplo: chocólatra, internauta. 
Derivação prefixal: rever, descumprir. 
Derivação sufixal: pedreiro, gostoso. 
Derivação parassintética: aferventar. 
Derivação regressiva: perder - perda. 
Derivação imprópria: Estou cheia de ouvir nãos! 
Composição  por justaposição: beija-flor. 
Composição por aglutinação: pernilongo.

Glossário

a.m.
: abreviatura da expressão latina anti meridiem, que significa “antes do meio-dia”. Assim, “9:00 frequência de rádio á ême” significa “nove horas da manhã”.
Voltar para o texto
p.m.
: abreviatura da expressão latina pôst , que significa “depois do meio-dia”. Assim, “9:00 pê ême” significa “nove horas da noite”.
Voltar para o texto
Siestita
: palavra do espanhol que significa “pequena sesta”, isto é, um breve repouso após o almoço.
Voltar para o texto