Unidade 1

Capítulo 1

A diversidade cultural nas preferências musicais

Capítulo 2

Vida à vista – leitura e apreciação de reprodução de pintura, canção e crônica

Capítulo 3

Verbos: emprego e sentido dos tempos e modos verbais

Capítulo 1

A diversidade cultural nas preferências musicais

Observe os gráficos a seguir.

Ilustração. Dois gráficos de barras na horizontal, com fundo verde e desenhos de claves de sol, com o título HÁBITOS DE MÚSICA Fundo verde com imagens de clave de sol. Primeiro gráfico, título: Com que frequência ouve música Barras de cima para baixo: Todos os dias, o dia todo: vinte e seus por cento Todos os dias, a maior parte do tempo: vinte e quatro por cento Todos os dias, um pouco: vinte e nove por cento Vários dias por semana: dez por cento Poucos dias por semana: oito por cento Menos de uma vez por semana: três por cento O segundo gráfico apresenta uma linha horizontal na parte inferior com marcas equidistantes iniciadas com zero, e na sequência: dez, vinte, trinta, quarenta e cinquenta. Título: Dez estilos musicais preferidos. Pop: quarenta e oito por cento Sertanejo: quarenta e sete por cento MPB: quarenta e seis por cento Rock: quarenta e três por cento Cristão/Gospel: trinta e oito por cento Eletrônica: trinta por cento Pagode: vinte e nove por cento Samba: vinte e quatro por cento Clássico: vinte e três por cento Funk: vinte por cento.
Gráfico. Gráfico em barras com o título: RELAÇÃO COM A MÚSICA
Na vertical, dados diversos e na horizontal, dados de porcentagem que iniciam em zero por cento e apresentam na sequência: vinte por cento, quarenta por cento, sessenta por cento, oitenta por cento, cem por cento.
Não vivo sem música:
Azul-escuro: vinte e três por cento
Azul-claro: dez por cento
Verde-claro: vinte e três por cento
Laranja: cinco por cento
Vermelho: trinta e nove por cento
Música interfere diretamente no meu humor:
Azul-escuro: vinte e um por cento
Azul-claro: oito por cento
Verde-claro: vinte e oito por cento
Laranja: quatro por cento
Vermelho: trinta e nove por cento
Quando descubro uma música que gosto, ouço até cansar:
Azul-escuro: dezenove por cento
Azul-claro: sete por cento
Verde-claro: vinte e quatro por cento
Laranja: dois por cento
Vermelho: quarenta e oito por cento
Quando descubro uma música que gosto, compartilho com meus amigos:
Azul-escuro: vinte e cinco por cento
Azul-claro: onze por cento
Verde-claro: vinte e cinco por cento
Laranja: cinco por cento
Vermelho: trinta e quatro por cento
Acho que CDs e outras mídias físicas vão acabar em breve:
Azul-escuro: vinte e três por cento
Azul-claro: doze por cento
Verde-claro: vinte e cinco por cento
Laranja: seis por cento
Vermelho: trinta e quatro por cento
Fonte: MUSIQUE, Paula. O comportamento do consumidor de música no Brasil. 9 fevereiro. 2020. Disponível em: https://oeds.link/S4eGgq. Acesso em: 14 março 2022.

Converse com a turma

Os gráficos que você leu apresentam dados da pesquisa on-line “Comportamento do Consumidor: MÚSICA”, realizada em 2019 pela plataforma Opinion Box. Responderam à pesquisa 2.040 pessoas de todas as regiões do Brasil: 48% do sexo masculino e 52% do feminino.

  1. De acôrdo com as informações apresentadas no gráfico Faixa etária, relacionado ao Perfil da amostra, as pessoas mais jovens entrevistadas estão em que faixa? Elas representam quantos por cento do total de entrevistados?
  2. Que faixa etária de público foi mais investigada?
  3. De acôrdo com os dados apresentados no gráfico Relação com a música, para qual dos grupos etários a música assume maior importância?
  4. Para quantos por cento do grupo mais jovem entrevistado a música interfere no humor?
  5. Se você fosse um dos entrevistados, como responderia às questões que estão explícitas e implícitas nos gráficos?
  6. Você conhece todos os estilos musicais citados? Compartilhe com os ou as colegas o nome de alguns artistas que representam os estilos musicais com os quais você mais se identifica.
  7. Você vê algum problema em gostar de uma música, um estilo ou uma banda que não sejam apreciados pela turma? Explique.
  8. O que você faz para conhecer novos estilos, músicas e/ou bandas? Você acha isso importante? Por quê?

O que você poderá aprender

  1. Que estilos e gostos musicais fazem parte da cultura local?
  2. Quais são os gostos musicais que circulam na nossa turma?
  3. Como podemos pesquisar sobre os gostos musicais? Como lidar com os dados de uma pesquisa para apresentá-los em uma reportagem?
  4. Como produzir uma reportagem sobre estilos e gostos musicais?

O que você verá neste capítulo

Neste capítulo, vamos abordar as práticas de leitura e de produção de reportagens. Vamos ler, conhecer e discutir a diversidade de estilos musicais e os que são mais apreciados e as relações que estabelecemos por meio da música. Para saber mais sobre esses assuntos e sobre as preferências da turma, você vai realizar pesquisas e entrevistas para produzir uma reportagem.

Leitura

Atividade 1: Preferências musicais e personalidade

Antecipando a leitura com a turma

1. Antes de ler integralmente o infográfico a seguir, observe apenas as imagens que o compõem e converse com os colegas. O que elas sugerem?

Vamos lembrar

Um infográfico utiliza recursos gráficos e visuais (fotos, ilustrações, diagramas etcétera) para explicar ou resumir informações sobre determinado assunto. Ele amplia e complementa as informações dos textos que acompanha.

  1. Agora, leia o título e a linha fina do infográfico: Que relação pode ser estabelecida entre a imagem e essas informações depois do título?
  2. Leia o restante do infográfico e continue a discussão, a partir das questões apresentadas logo depois dele.
Infográfico. Quadro horizontal com fundo cinza e imagem centralizada de uma pessoa vista de lado dos ombros para cima, para a direita, cabelos curtos castanhos, olhos fechados e veste camisa bege.  Dentro da cabeça, destaque para ilustração dos contornos do cérebro em tons de rosa e amarelo, do cérebro saem  notas musicais em tons de azul, verde, amarelo e preto para a esquerda. Título: Eclética Subtítulo: A musicoterapia é utilizada para se endereçar às necessidades físicas, cognitivas e emocionais individuais Textos: A prática está entre uma das mais antigas terapias de que se tem notícia: Em 400 a.C., Hipócrates usava música para acalmar pacientes de transtornos mentais Depois da Segunda Guerra Mundial, foi reconhecida formalmente, quando começou a ser utilizada para tratar traumas físicos e emocionais de soldados Pode ser usada para tratar sintomas de: Audição Depressão Estresse Autismo Transtorno de estresse pós-traumático Alzheimer e outras demências Traumas físicos Câncer O melhor gênero A musicoterapia é uma experiência altamente personalizada. Os terapeutas ajustam as sessões baseados nos gostos e no estado de espírito dos pacientes. Pessoas com ansiedade podem se beneficiar de músicas mais suaves, enquanto deprimidos, de algo mais energético. Porém, só o profissional pode avaliar. O que a música faz para o cérebro humano Um estudo revelou que as pessoas interpretam expressões faciais neurais de estranhos como felizes ou tristes dependendo do tipo de música que elas estejam escutando; A música também pode ajudar a compreender as emoções complexas sem sucumbir a elas, o que permite aos indivíduos examinarem suas próprias emoções e as em redor deles de forma mais objetiva; Música de fundo força o cérebro a trabalhar mais duro para se focar em uma tarefa. Esse desafio leva a soluções mais criativas; Pessoas com treinamento musical têm melhores habilidades analíticas, motoras e de vocabulário; Em um estudo, pacientes que se submeteram a cirurgias receberam tanto medicação quanto musicoterapia. Aqueles que ouviram música apresentam menor grau de ansiedade. Como a música pode ajudar Isolamento: ajuda indivíduos a se conectarem com outros e a constituírem relações Autoestima: permite às pessoas aprenderem habilidades de liderança Estresse: promove sensação de relaxamento Dor: pode retirar o foco da dor física Fontes: Associação Norte-americana de Musicoterapia; Internacional Revier of the Aesthetics and Sociology of Music; Journal of General Psycology; National Center for Biotechnology Information; National Institute of Mental Health; Temple.edu

CORREIO Braziliense. Sincronia cerebral entre terapeuta e paciente é confirmada em pesquisa. 4 agosto. 2019. Disponível em: https://oeds.link/mxjNmZ. Acesso em: 14 março. 2022.

  1. O que você entendeu sobre o significado de musicoterapia?
  2. No infográfico, há um trecho que relaciona o tipo de música ao estado de espírito. O que você entendeu dêsse trecho?
  1. Você considerou alguma informação surpreendente? Comente sua resposta.
  2. Você acredita que a música que ouvimos pode ter relação com o nosso jeito de ser? Ou seja, que alguém mais introvertido tende a gostar de um estilo de música e uma pessoa que é mais extrovertida tende a gostar de outro estilo?

Leia, agora, uma notícia que divulga resultados de uma pesquisa internacional sobre esse assunto.

Texto

Reprodução de página da internet.

Qual seu estilo musical? Estudo mostra que personalidade afeta preferências

18/02/2022 às 10:00

3 minuto de leitura

Seja no Brasil ou no Reino Unido, músicas alegres e dançantes como Shivers, de éd shíran, tendem a ser mais atraentes para pessoas extrovertidas; por outro lado, é improvável que alguém com perfil de ordem e obediência goste de músicas mais agressivas e com temas subversivos, como as da banda de rock estadunidense Rage Against the Machine.

As conclusões são de um estudo da Universidade de Cambridge, publicado no dia 8 de fevereiro no Journal of Personality and Social Psychology. Pesquisadores analisaram dados relativos à personalidade e gostos musicais de mais de trezentas e cinquenta mil pessoas, espalhadas por 53 países e 6 continentes, e constataram que relações entre estes dois fatores se mantêm constantes ao redor do mundo.

Fotografia. Captura de tela de um canal de vídeos, no centro da imagem uma seta branca sobre um quadro vermelho para indicar play. Na imagem, homem com terno azul, camisa branca e sapatos sentado no chão com as pernas esticadas e torso apoiado em uma parede branca. O rosto é visto parcialmente,  ele tem cristais espalhado pelas suas pernas e lustre caído do seu lado esquerdo.
Música Shivers, de éd shíran, foi citada no texto de divulgação do estudo como exemplo de música alegre e dançante, preferência comum de pessoas extrovertidas.

Pessoas mais curiosas, imaginativas e criativas tendem a preferir músicas sofisticadas, com características complexas e intelectuais; já quem tem personalidade voltada à agradabilidade, que envolve cooperação, simpatia e confiança, pode gostar mais de canções como a romântica Shallow, cantada por Leidi Gágá e Brédilei Cuper no filme Nasce Uma Estrela.

Fotografia. Captura de tela de um canal de vídeos. No centro da imagem, há uma seta branca sobre um quadro preto para indicar play. Na imagem, mulher de rosto fino, vista do ombro para cima, com cabelos compridos e castanhos e olhos também castanhos, ela está com a boca ligeiramente aberta e à frente do queixo há um microfone, ela olha para a esquerda.
Shallow, performada por Leidi Gágá e Brédilei Cuper no filme Nasce Uma Estrela, foi citada como exemplo de música suave, com temas sobre amor e relacionamentos.

Músicas intensas são comumente preferidas por pessoas neuróticas, o que surpreendeu os pesquisadores. “Pensamos que o neurótico provavelmente seguiria um de dois caminhos, ou preferindo música triste para expressar sua solidão, ou preferindo música alegre para mudar seu humor. Na verdade, em média, eles parecem preferir estilos musicais mais intensos, o que talvez reflita raiva e frustração interior”, explica o autor principal do estudo, Dêvi Grimbergui.

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Gênero e localização também afetam preferências

Homens preferiram músicas intensas; mulheres priorizaram as suaves. A localização também impactou os resultados, com a associação entre ser extrovertido e gostar de músicas contemporâneas, alegres e dançantes, mais forte ao redor do Equador, especialmente na América Central e do Sul.

Mas, independentemente do país analisado, as relações entre gostos musicais e personalidade se mantiveram constantes. “As pessoas podem estar divididas por geografia, língua e cultura, mas se um introvertido em uma parte do mundo gosta da mesma música que um introvertido em outro lugar, isso sugere que a música pode ser uma ponte muito poderosa. A música ajuda as pessoas a se entenderem umas às outras e a encontrarem pontos em comum”, afirma grínbergue.

O estudo tem limitações: a baixa participação de países africanos; todos os participantes serem falantes de língua inglesa; os dados serem referentes apenas a pessoas com acesso à internet, já que a pesquisa estava disponível on-line; os estilos musicais analisados serem provenientes predominantemente de culturas ocidentais; e o fato da exposição anterior a músicas influenciar preferências — apesar de o estudo ter usado músicas desconhecidas, todas ainda estavam no âmbito de gêneros e estilos musicais ocidentais.

Além disso, preferências musicais mudam, e a personalidade não é tão limitada. grínbergue destaca que o estudo serve como ponto de partida a novas descobertas: “As preferências musicais mudam e se transformam, não são estabelecidas em pedra. E não estamos sugerindo que alguém seja apenas extrovertido ou apenas aberto, todos nós temos combinações de traços de personalidade e combinações de preferências musicais de diferentes pontos fortes. Nossas descobertas são baseadas em médias e temos que iniciar em algum lugar para começar a ver e entender as conexões”, conclui o pesquisador.

TECMUNDO. Disponível em: https://oeds.link/spjUln. Acesso em: 14 março. 2022.

Primeiras impressões

  1. Qual é a finalidade da notícia que você leu?
  2. Você conhece algumas das personalidades citadas? Conhece os estilos musicais que elas representam?
  3. O que você achou da pesquisa? Você se encaixa em alguma das categorias de personalidade citadas na notícia?
  4. A notícia sinaliza que há restrições à pesquisa. Quais são elas?
  5. Qual é o valor atribuído à música, de acôrdo com a pesquisa?
  6. Que relação há entre as informações apresentadas na notícia e as apresentadas no infográfico que você leu anteriormente?
  7. Você tende a concordar ou discordar com as informações do infográfico e da pesquisa divulgada na notícia?

O texto em construção

  1. Os dados da pesquisa divulgados na notícia foram obtidos de que modo?
  2. Observe, na notícia, o subtítulo e os destaques em negrito no início de alguns parágrafos. Qual é a finalidade deles?
Versão adaptada acessível

Atividade 2.

O subtítulo da notícia “Gênero e localização também afetam preferências” e alguns trechos em começo de parágrafo: “Homens preferiram músicas intensas; mulheres priorizaram as suaves”, “O estudo tem limitações”, “preferências musicais mudam, e a personalidade não é tão limitada”, “Nossas descobertas são baseadas em médias” estão destacados em negrito. Qual é a finalidade deles?

  1. Agora, observe as imagens que compõem o texto.
    1. Qual a finalidade delas e das legendas que as acompanham?
    2. As imagens que aparecem originalmente nessa notícia publicada na internet são de frames (cenas) de vídeos das canções citadas na legenda. Ao clicar sobre elas, os leitores têm acesso aos clipes dessas canções.
      • Você diria que ter esse recurso na notícia é importante para o leitor compreender melhor o texto? Por quê?

4. Releia este trecho da notícia.

“Nossas descobertas são baseadas em médias e temos que iniciar em algum lugar para começar a ver e entender as conexões”, conclui o pesquisador.

a) A palavra destacada se refere a quem?

b) Releia a notícia e identifique outras fórmas usadas no texto para se referir ao pesquisador.

c) Por que a jornalista não usou a mesma palavra em todas as ocasiões?

5. Agora releia este trecho.

“Pesquisadores analisaram dados relativos à personalidade e gostos musicais de mais de 350 mil pessoas, espalhadas por 53 países e 6 continentes, e constataram que relações entre estes dois fatores se mantêm constantes ao redor do mundo.”

O termo destacado se refere a quê?

Ilustração. Garoto em pé, de olhos fechados, cabelos escuros, com blusa de mangas compridas em vermelho, uma estampa com o formato de uma nota musical, calça azul e sapatos em vermelho. Ele está com as mãos no bolso e usa um fone de ouvido sobre as orelhas.  Na ponta da esquerda, uma folha na vertical em azul-escuro.
Atividade 2 – Leitura de textos jornalísticos e de divulgação e roda de conversa

Agora, a turma será dividida em grupos e cada um fará a leitura de um dos textos jornalísticos a seguir, que abordam ritmos e gostos musicais no Brasil e no mundo. Ao final da leitura, vocês participarão de uma roda de conversa com o objetivo de compartilhar com os outros grupos o que leram e discutir a respeito. Portanto, durante a leitura, anote os principais pontos levantados e destaque algumas informações para discutir com os ou as colegas. Para apoiar os grupos nessa atividade, seguem os roteiros. Lembre-se: como os demais grupos não vão ler o seu texto, as perguntas a seguir são apenas para ajudar o seu grupo a fazer as anotações de aspectos importantes do texto para serem compartilhados. Caberá ao grupo decidir que outras informações quer compartilhar.

Grupo 1: Leitura da reportagem “Pluralidade cultural do Recife é exemplo de tolerância às diferenças”

Durante a leitura, tome nota das seguintes informações.

a) Que assunto é tratado na matéria e quem são os envolvidos?

b) O que a Zona Norte do Recife tem de especial com relação a ritmos musicais?

c) Qual é a proposta da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério?

d) É possível identificar as fontes que o jornalista usou na investigação do assunto?

e) Qual é a importância de promover o multiculturalismo?

Grupo 2: Leitura do roteiro turístico “Conheça 15 capitais musicais ao redor do mundo”

Durante a leitura, tome nota das seguintes informações.

a) Que assunto é tratado no texto e quem são as pessoas envolvidas?

  1. Quais são os gêneros musicais, os artistas e as capitais citados? O que cada um tem de particular?
  2. É possível identificar as fontes que o jornalista usou na investigação do assunto?
  3. Quais cidades brasileiras foram citadas? O que elas têm de particular? Você acrescentaria outros gêneros musicais e cidades brasileiras na lista? Se sim, quais? Explique.
  4. Ficou com vontade de visitar alguma cidade? Você conhece todos os ritmos musicais citados? De quais mais gosta e menos gosta? Por quê?

Texto para o grupo 1

Reprodução de página da internet.

Pluralidade cultural do Recife é exemplo de tolerância às diferenças

Multiculturalismo foi tema da aula de filosofia do Projeto Educação. Diferentes ritmos convivem harmoniosamente na Zona Norte da cidade

Samba, frevo, hardcore, punk, pagode e muitos outros ritmos convivem, harmoniosamente, na Zona Norte do Recife, a área mais populosa da cidade, com 18 bairros. Semelhanças e diferenças se transformam em riqueza artística, que dá origem ao multiculturalismo – assunto da aula de filosofia do Projeto Educação desta terça-feira (25).

O Maestro Forró comanda a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (ó pê bê agá), que é formada por moradores da comunidade de Bomba do Hemetério, no bairro de Água Fria. A proposta é unir composições eruditas e populares e trazer o frevo, ritmo essencialmente pernambucano, para o cenário pop do Brasil.

Um dos convidados do dêvedê do Maestro Forró é o músico Cannibal, que vive na comunidade vizinha, o Alto José do Pinho. Cannibal é vocalista e baixista da banda de hardcore Devotos. Apesar de tão distantes, no palco esses dois ritmos entram em cena para exaltar a diversidade musical, no dêvedê do Maestro Forró chamado “Jorrando Cultura”.

“A gente anda na comunidade e ouve vários estilos de música diferentes. E todo mundo se respeitando. A gente consegue colocar todo mundo no mesmo caldeirão, mas cada um curtindo o que gosta. Estamos todos juntos, alegres. Essa é a razão de se fazer música”, conta Cannibal.

Na Zona Norte do Recife, samba também é tradição. Ramos Silva, por exemplo, tem 30 anos de carreira e uma vida dedicada à paixão por esse gênero musical. O grupo Cadência também surgiu para mostrar que o samba não vai morrer tão cedo. “Não só resgatando o samba puro, mas também unindo frevo e maracatu no repertório”, conta o músico Dito do Pandeiro.

Para o professor de sociologia Fábio Medeiros, promover o multiculturalismo é provocar a interação entre os gêneros e, principalmente, gerar a tolerância e o respeito na sociedade. “Cada um tem um estilo muito próprio. Mas essa interação foi o que os aproximou. É uma mistura maravilhosa que vai gerando outras misturas e vencendo as diferenças”, afirma.

G1 pê ê. Pluralidade cultural do Recife é exemplo de tolerância às diferenças. Disponível em: https://oeds.link/uyxhly. Acesso em: 14 março. 2022.

Texto para o grupo 2

Reprodução de página da internet.

Conheça 15 capitais musicais ao redor do mundo

Do punk ao samba, veja as cidades que serviram de cenário para gêneros e grandes nomes da música

Fotografia. Fachada de lojas em Londres. À esquerda uma loja com detalhes em vermelho e vitrines; à direita uma loja amarela, com vitrine com artigos relacionados à música, como miniaturas e camisetas, na vitrine um adesivo à direita de uma ilustração de uma boca com a língua para fora, símbolo da banda inglesa, Rolling Stones.
B. Famous, em Londres, Reino Unido, 2013 – loja com artigos destinados ao público que gosta de rock and roll.

Imagine conhecer a cidade onde seu estilo musical predileto nasceu ou visitar locais que inspiraram composições clássicas. Ou ainda: ver de perto os lugares em que grandes estrelas começaram suas carreiras. Para inspirá-lo na hora da escolha do próximo destino de viagem, confira a seguir 15 cidades marcadas pela música.

Londres, Inglaterra (Rock)

Rolling Stones, The Clash, Sex Pistols, The Who, Led Zeppelin, Queen, Motörhead, Iron Maiden, David Bowie. Qual outra cidade foi berço de artistas e bandas tão boas e diversas? Por isso mesmo, não é nenhum exagero chamá-la de capital mundial do rock. Entre as atrações para os amantes do estilo estão o British Music Experience, museu que conta a rica história local dessa arte, e o Abbey Road Studios, onde os Beatles gravaram muitos dos seus discos e posaram para a famosa capa do disco que levou o mesmo nome do estúdio.

Nova Orleans, Estados Unidos (Jazz)

Graças à junção das culturas americana, francesa, africana e caribenha, Nova Orleans tornou-se uma das principais capitais do mundo quando o assunto é música. Terra natal do jazz e de artistas do quilate de Louis Armstrong, a cidade é um verdadeiro palco a céu aberto, com músicos se apresentando nas ruas. Não deixe de visitar a Bourbon Street e o French Quarter, que reúnem inúmeros bares e clubes do estilo. Se puder, conheça a cidade em fevereiro, quando ocorre o famoso Mardi Gras, uma espécie de Carnaval embalado pelo som do jazz.

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Memphis, Estados Unidos (Blues/Rockabilly)

Uma das cidades mais importantes para a música norte-americana, Memphis foi lar de astros como Elvis Prelsey e bí bí quingue. Outros artistas, como Jerry Lee Lewis, iniciaram suas carreiras no Sun Studio, uma das principais atrações turísticas locais. Outro destino imperdível é a mansão Graceland, que foi casa do Rei do Rock. Para completar, dê uma passada no Delta Blues Museum, que conta com relíquias de Muddy Waters.

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Nova York, Estados Unidos (Punk)

É difícil definir um ritmo que caracterize uma cidade tão rica e diversa culturalmente quanto Nova York. Porém, se voltarmos alguns anos no tempo, não há como negar que bandas como Blondie, Television, Talking Heads, New York Dolls e Remones botaram o mundo da música de cabeça para baixo nos anos de 1970. O punk nasceu em uma pequena casa de shows da cidade, chamada cê bê gê bê, cuja história virou filme em 2013. O local foi fechado em 2009 e, em seu lugar, funciona hoje uma loja do estilista John Varvatos. Mas o número 315 da Bowery segue cultuado pelos amantes do gênero, sem falar que vários clássicos do punk fazem referência à cidade. Um passeio por suas ruas ajuda a conhecer melhor o movimento.

Rio de Janeiro (Samba)

Quem gosta de samba não tem destino melhor para ir do que o Rio de Janeiro. A cidade conta com um amplo roteiro de rodas de samba, muitas delas gratuitas. Nas semanas que antecedem o Carnaval, é possível acompanhar os ensaios de sua escola preferida. Mas a grande atração para os amantes do estilo é mesmo o desfile na Sapucaí, que reúne milhares de pessoas para uma festa cheia de cores e animação.

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Buenos Aires, Argentina (Tango)

A bela capital argentina fica ainda mais charmosa graças ao tango. Por isso, é praticamente impossível visitá-la sem assistir a um espetáculo do gênero. As opções mais tradicionais são o Café Tortoni, o mais clássico dos cafés portenhos, e o Centro Cultural Borges. Mas também é possível acompanhar manifestações populares do estilo, com as chamadas milongas, tanto em casas noturnas quanto nas ruas da cidade.

Salvador (Axé)

Quem gosta de trio elétrico, micareta e música animada precisa urgentemente visitar a capital do axé. A cidade reúne milhões de pessoas todos os anos para curtir o Carnaval, mas a folia segue firme mesmo depois da Quarta-Feira de Cinzas, com um calendário repleto de festas durante o ano.

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Fonte: Passo Avanti. Terra. Conheça 15 capitais musicais ao redor do mundo. Disponível em: https://oeds.link/UlzpL4. Acesso em: 16 agosto 2022.

Ilustração. Saxofone e trompete amarelo e laranja. Entre eles, ornamentos florais em diversas cores, como azul, verde e vermelho, acima e um pouco à esquerda notas musicais em laranja, rosa e verde.
Vinheta de seção. Contorno de um clipe.

Clipe

Este texto foi publicado no Portal Terra, no caderno “Estilo de vida”, seção de Turismo. Trata-se de um roteiro de lugares turísticos para conhecer gêneros musicais e seus artistas mais representativos. Observe que o texto não aparece assinado por uma pessoa específica, mas ao final há referência a uma fonte: Passo Avanti, empresa de assessoria com experiência em vários veículos de comunicação, como os portais uól e Terra, as empresas jornalísticas Folha de São Paulo e cê bê êne e a revista Exame. A empresa é a responsável pelas informações que compõem o roteiro.

Fechando a rodareticências

Entre os dois textos lidos, publicados em jornais, temos os gêneros reportagem e roteiro turístico. Copie e complete a tabela a seguir no caderno, de acôrdo com o que você observou no texto lido por seu grupo e com as informações que obteve sobre os outros textos, por meio dos outros grupos.

Ícone. Modelo.

O que você observou:

Texto 1

Texto 2

1. É abordado um assunto ou um fato?

2. Qual é o assunto ou fato?

3. Ele é assinado por uma pessoa ou pela instituição jornalística?

4. Foi escrito para que tipo de público?

5. Considerando seu conteúdo e o modo como foi escrito, qual é a finalidade dele?

6. As informações apresentadas parecem confiáveis? Por quê?

7. A linguagem usada é formal, seguindo as normas da língua considerada culta, ou é informal, fazendo uso de variedades que não seguem as normas da língua culta?

Vinheta de boxe com imagem de seta curva.

Anexo

No anexo Textos de apoio deste capítulo, você poderá ler e discutir com os colegas o texto “Qual a principal influência da música no Brasil?”, que fala sobre os diferentes ritmos que influenciaram e influenciam a música brasileira.

Produção de texto

Conhecendo o gênero: reportagem

A reportagem, assim como a notícia e outros gêneros jornalísticos, tem o objetivo de informar o leitor sobre um fato ou um assunto de interesse para um público amplo. Porém, a reportagem procura aprofundar o fato, que se torna algo a ser analisado, o que significa que ela exige maior pesquisa, pois envolve a consulta a fontes mais especializadas e preferencialmente variadas. E diferentemente da notícia, que se espera que seja imparcial, a reportagem é um gênero no qual o jornalista pode deixar transparecer o que pensa sobre o assunto tratado.

Nesta seção, você vai estudar um pouco mais sobre esse gênero para se preparar para a produção.

Atividade 1 – Por dentro da reportagem: a voz do repórter e a seleção das fontes das informações

A esta altura de nosso percurso, você já deve ter percebido que os ritmos musicais são tão diversos quanto nós e nossa cultura. Que tal ampliar um pouco mais seu repertório com mais um exemplo da nossa diversidade cultural?

Você vai ler uma última reportagem que apresenta um cenário musical muito rico e uma banda de rap muito especial, os Brô MC’s.

Vinheta de seção. Contorno de um clipe.

Clipe

Diversidade cultural: pode ser compreendida como a multiplicidade de aspectos que constituem o que chamamos de culturas, construídas socialmente pelos seres humanos. No interior delas e por meio delas, produzimos e compartilhamos significados sobre as coisas do mundo e vamos construindo nossas identidades por meio de linguagem, tradições, religião, costumes, modelo de organização familiar, política, entre outras características. Nesse contexto, a música é um elemento muito importante.

Reprodução de página da internet.

Quem são os Brô MC’s, primeiro grupo de rap indígena do Brasil

Das aldeias Jaguapiru e Bororó, que ficam na cidade de Dourados, eles misturam português e guarani para falar de seu cotidiano

BEATRIZ MONTESANTI

16 fevereiro. 2017 (ATUALIZADO EM 17/abril. 18horas02)

Fotografia. Quatro jovens indígenas, vistos da cintura para cima olhando para frente. Da esquerda para a direita: um jovem sem camiseta, cabelos escuros lisos com franja, pintura em preto e laranja nas bochechas e no corpo, ele olha para frente e faz o símbolo de v com o dedo indicador e do meio com a mão direita. À direita, um jovem de cabelos pretos, boné azul sobre a cabeça e regata preta, ele está com a mão direita sobre o queixo e braço esquerdo cruzado à frente do corpo. À direita, jovem de cabelos pretos de camiseta preta, com pinturas em preto e laranja no rosto e mais na ponta, à direita, outro jovem. Este está com os braços cruzados, boné azul sobre a cabeça , pinturas em preto e laranja sobre o rosto. Ao fundo, vegetação em verde e no céu, azul-claro.
Jovens Guarani caiouá que integram o grupo de rap Brô MC’s. Vivem na aldeia Jaguapiru Bororó, em Dourados (Mato Grosso do Sul). Foto de 2017.

Para criar um grupo de rap, quatro indígenas Guarani Kaiowáglossário tiveram que ignorar objeçõesglossário de dois lados: de um, um público estranho à ideia do ritmo ser apropriado pela etniaglossário ; de outro, no interior de seu próprio povoado, com caciquesglossário questionando a empreitada.

Os contratemposglossário foram desfeitos, e os Brô MC’s ganharam repercussão cantando sobre o cotidiano das aldeias Jaguapiru Bororó, localizadas na cidade de Dourados, oeste do Mato Grosso do Sul. Citam, nas letras, a luta pela terra, a questão da identidade indígena, os problemas, como o consumo de drogas e álcool, e os altos índices de suicídio das aldeias.

“Koangagua” (que significa nos dias de hoje), canção cujo clipe foi lançado em 2015 pelo Guateka – canal do YouTube criado para divulgar a cultura indígena –, fala sobre como é fazer rap na comunidade indígena. “Minha fala é forte e está comigo/Falo a verdade, não quero ser que nem você/Canto vários temas e isso que venho mostrando/Voz indígena é a voz de agora”, diz a tradução da letra, cantada em guarani. Os vídeos do canal têm legendas. 

Segundo Bruno Veron, 23, integrante do grupo, o novo disco terá contribuições de cantos tradicionais indígenas sugeridos pelos caciques.

O Brô MC’s começou quando Veron frequentava a Escola Municipal Indígena Araporã, em 2006. O diretor, à época, pediu aos ou às estudantes que apresentassem um trabalho falando sobre o meio ambiente, mas num formato diferente, que fugisse aos padrões acadêmicos normais. Foi então que Veron começou a rimar guarani com português no ritmo hip-hop.

Anos mais tarde, em 2009, uniu-se aos colegas Clemersom Batista, Kelvin Peixoto e Charlie Peixoto para montar o grupo. Desde então, gravaram um cedê, planejam o segundo e se apresentaram em diferentes partes do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília — inspirando também a criação de outros grupos de rap, como o Xondaro MC’s, de Pyau, no Parque Estadual do Pico do Jaraguá, em São Paulo.

“[No comêço], trabalhávamos meio que escondidos, por conta das lideranças. Depois que lançamos o cedê, quebramos essa barreira. Meu irmão levou um cedê para apresentar para as lideranças e explicar que nossa música falava da nossa realidade. Hoje eles apoiam nosso trabalho e ajudam com as histórias, com o que querem falar.”

Bruno Veron, integrante do grupo Brô MC’s.

Músicas no Festival de Berlim

A canção “Terra Vermelha” compõe a trilha sonora do curta-metragem “Em Busca da Terra Sem Males”, de Anna Azevedo, apresentado em fevereiro no Festival Internacional de Cinema de Berlim – um dos mais importantes eventos cinematográficos.

A música fala das questões indígenas mais prementes dos últimos tempos: a demarcação e perda de terras. Cita a “tekoha”, conceito da tradição indígena que diz respeito ao retorno ao espaço de origem. O curta Em Busca da Terra Sem Males, por sua vez, mostra o cotidiano da aldeia Ka’aguy Hovy Porã, no município de Maricá (Rio de Janeiro), pela perspectiva das crianças.

O grupo também virou tema da série “Guateka”, aprovada por edital da Ancine e que será exibida em canais públicos nacionais.

“Para nós é uma honra apresentar a voz indígena no Mato Grosso do Sul, da aldeia para fóra, para não indígenas conhecerem. Mostrar como é a nossa visão da nossa aldeia. Aqui é totalmente diferente, o lado da história é bem outro. Não moramos em ocas, não vivemos nus.”

Bruno Veron, integrante do grupo Brô êmi cis.

ESTAVA ERRADO: A primeira versão deste texto não identificava o autor da fotografia, o fotógrafo Goldemberg Fonseca. A informação foi corrigida às 11horas de 17 de fevereiro de 2017.

NEXO Jornal. Disponível em: https://oeds.link/rKK2PU. Acesso em: 21 maio 2022.

  1. Converse com a turma sobre a compreensão do texto.
    1. E então, o que acharam da reportagem? O gênero musical produzido pelos Brô MC’s pode surpreender as pessoas? Por quê?
    2. Do que se trata as letras da banda?
    3. Como a comunidade Guarani caiouá reagiu ao grupo? Por que você acredita que isso aconteceu?
    4. De que fórma os Brô MC’s superaram as objeções contra a banda?
    5. O que significa Koangagua? Como o significado dessa palavra pode estar relacionado com a visão que os Brô têm da cultura indígena?
  2. Agora, você vai observar as escolhas da jornalista para produzir a reportagem.
    1. Considerando o texto como um todo, você diria que a pesquisa feita por ela resultou em um texto que apresenta ao leitor informações sobre o grupo que são positivas, negativas ou ambas? Explique.
    2. Que fontes a jornalista buscou para escrever o texto? São confiáveis?
    3. Se a repórter pretendesse apresentar uma crítica mais negativa sobre o grupo musical, que outras fontes poderia ter buscado?
    4. Observe que no texto há palavras e expressões marcadas como hiperlinks, um recurso que leva a outros textos relacionados ao assunto da reportagem. Você acredita que podemos considerar esses hiperlinks fontes? Por quê?
Versão adaptada acessível

Atividade 2, item d.

As palavras e expressões “Clipe”, “São Paulo”, “Xondaro MC’s”, “Festival Internacional de Cinema de Berlim’” e “Guateka” estão marcadas como hiperlinks, um recurso que leva a outros textos relacionados ao assunto da reportagem. Você acredita que podemos considerar esses hiperlinks fontes? Por quê?

Pesquisa em foco

Analisar se a abordagem que um jornalista faz do tema ou fato escolhido é positiva ou negativa, observando suas escolhas, é analisar a visão que ele tem sobre o tema ou fato. Esse tipo de análise ajuda a perceber que qualquer texto jornalístico apresenta algum grau de posicionamento de quem escreve.

Atividade 2 – Como as vozes aparecem nos textos jornalísticos

Vamos lembrar

As vozes nos textos jornalísticos

Sabemos que nossos textos estão recheados de muitas vozes. Em uma reportagem, ter essas diferentes vozes bem marcadas é muito importante para dar credibilidade à pesquisa feita pelo jornalista. As vozes que aparecem nesse gênero possibilitam abordar o assunto de perspectivas diferentes e com mais profundidade, como é esperado de uma reportagem.

1. Você vai reler, agora, trechos dos textos jornalísticos lidos, observando as fórmas verbais destacadas em negrito.

Trecho 1 – Qual seu estilo musical? Estudo mostra que personalidade afeta preferências

“Pensamos que o neurótico provavelmente seguiria um de dois caminhos, ou preferindo música triste para expressar sua solidão, ou preferindo música alegre para mudar seu humor. Na verdade, em média, eles parecem preferir estilos musicais mais intensos, o que talvez reflita raiva e frustração interior”, explica o autor principal do estudo, David Greenberg.

Trecho 2 – Pluralidade cultural do Recife é exemplo de tolerância às diferenças

O grupo Cadência também surgiu para mostrar que o samba não vai morrer tão cedo. “Não só resgatando o samba puro, mas também unindo frevo e maracatu no repertório”, conta o músico Dito do Pandeiro.

Para o professor de sociologia Fábio Medeiros, promover o multiculturalismo é provocar a interação entre os gêneros e, principalmente, gerar a tolerância e o respeito na sociedade. “Cada um tem um estilo muito próprio. Mas essa interação foi o que os aproximou. É uma mistura maravilhosa que vai gerando outras misturas e vencendo as diferenças”, afirma.

a. Essas fórmas verbais referem-se a ações, processos ou estados de que sujeitos? Ou seja, a que pessoa cada uma das fórmas verbais está ligada?

fórmas verbais

São as variações que os verbos assumem quando conjugados em uma oração, ou seja, quando flexionados, indicam número, pessoa, tempo e modo. Veja algumas fórmas verbais do verbo andar, por exemplo: ando, andou, andaremos, andavareticências

b. As fórmas verbais destacadas são chamadas de verbos de elocução.

Verbos de elocução ou verbos dicendi (de dizer)

São os verbos usados para indicar no texto o conteúdo da fala de outra pessoa, de modo direto ou indireto. Eles podem ser declarativos, como falar, contar, conversar, declarar; ou similares, como comentar, argumentar, revelar; ou podem expressar o sentimento, o estado de espírito de quem fala, como sorrir, reclamar, lamentar, choramingar etcétera.

Segundo José, os convidados estavam chegando. (Modo indireto)

Ele denunciou: Foi ele quem roubou seus chinelos. (Modo direto)

Eu não quero ir! – choramingou a menina. (Modo direto)

  1. Faria alguma diferença se os jornalistas tivessem usado sempre uma mesma fórma verbal em todos os casos, sem variar os verbos de elocução?
  2. As falas dos entrevistados introduzidas pelos verbos em destaque foram apresentadas de modo direto (reprodução exata das palavras do entrevistado) ou indireto (incorporação da fala do entrevistado à voz do jornalista)? Explique.
  1. Agora analise esse trecho: Para o professor de sociologia Fábio Medeiros, promover o multiculturalismo é provocar a interação entre os gêneros reticências
    1. Quem é a fonte dessa informação que o jornalista traz para o texto?
    2. Essa fonte foi citada de modo direto ou indireto? Explique.

2. Leia e compare os trechos da reportagem “Quem são os Brô êmi cis, primeiro grupo de rap indígena do Brasil” e observe o modo como são introduzidas as falas dos entrevistados.

Trecho 1

“[No comêço], trabalhávamos meio que escondidos, por conta das lideranças. Depois que lançamos o cedê, quebramos essa barreira. Meu irmão levou um cedê para apresentar para as lideranças e explicar que nossa música falava da nossa realidade. Hoje eles apoiam nosso trabalho e ajudam com as histórias, com o que querem falar.”

Bruno Veron, integrante do grupo Brô MC’s

Trecho 2

Segundo Bruno Veron, 23, integrante do grupo, o novo disco terá contribuições de cantos tradicionais indígenas sugeridos pelos caciques.

Trecho 3

“Para nós é uma honra apresentar a voz indígena no Mato Grosso do Sul, da aldeia para fóra, para não indígenas conhecerem. Mostrar como é a nossa visão da nossa aldeia. Aqui é totalmente diferente, o lado da história é bem outro. Não moramos em ocas, não vivemos nus.”

Bruno Veron, integrante do Brô MC’s

  1. Nesses trechos, todas as falas foram introduzidas com verbos de elocução? Explique.
  2. Essas falas foram introduzidas de modo direto ou indireto? Explique.

3. Agora, compare o uso das aspas nos trechos reproduzidos anteriormente e no trecho a seguir.

A canção “Terra Vermelha” compõe a trilha sonora do curta-metragem “Em Busca da Terra Sem Males”, de Anna Azevedo, apresentado em fevereiro no Festival Internacional de Cinema de Berlim – um dos mais importantes eventos cinematográficos.

A música fala das questões indígenas mais prementes dos últimos tempos: a demarcação e perda de terras. Cita a “técoá”, conceito da tradição indígena que diz respeito ao retorno ao espaço de origem.

Nesse trecho, as aspas foram usadas com a mesma finalidade que nos trechos anteriores? Explique.

Ilustração. Notas musicais na vertical em tons de laranja, verde, azul e roxo de formatos diferentes, círculos coloridos espalhados.
  1. Nos trechos 1, 2 e 3 apresentados na questão 2, o jornalista cita informações obtidas dos entrevistados.
    1. Que perguntas podem ter sido feitas para obter as informações apresentadas nos trechos 1 e 2?
    2. Quais teriam sido as perguntas feitas pela repórter para obter as respostas citadas no trecho 3?
    3. Por que você acredita que essas perguntas feitas pelos jornalistas aos entrevistados não aparecem no texto da reportagem?
Atividade 3 – Observando os títulos e os modos de iniciar uma reportagem

Observe os trechos iniciais das reportagens a seguir.

Reportagem 1

Reprodução de página da internet.

Pluralidade cultural do Recife é exemplo de tolerância às diferenças

Multiculturalismo foi tema da aula de filosofia do Projeto Educação. Diferentes ritmos convivem harmoniosamente na Zona Norte da cidade.

Samba, frevo, hardcore, punk, pagode e muitos outros ritmos convivem, harmoniosamente, na Zona Norte do Recife, a área mais populosa da cidade, com 18 bairros. Semelhanças e diferenças se transformam em riqueza artística, que dá origem ao multiculturalismo – assunto da aula de filosofia do Projeto Educação desta terça-feira (25).

G1 Pernambuco, 25 outubro 2011. Disponível em: https://oeds.link/RmkBj8. Acesso em: 14 março 2022.

Ilustração. Uma mulher em pé, fazendo passo de dança. Ela tem cabelos longos em castanho, com roupa de mangas curtas em azul-claro, com saia  vermelha, amarela e verde, com a perna esquerda esticada e a perna direita flexionada para trás, segurando na mão esquerda, um guarda-chuva pequeno colorido em azul, vermelho, laranja e roxo. Ela está com os olhos fechados e sorrindo.

Reportagem 2

Reprodução de página da internet.

Até onde a mídia influencia na escolha do gosto musical?

Leilane Andrade

leilanesandradearrobahotmail.com

Uma hora da tarde. Um grupo de dez estudantes discute um tema em comum: a preferência musical. “Eu gosto de escutar forró porque é bom pra dançar”, diz P., 15. “Eu sei a letra também, mas aquelas que têm muito palavrão eu não canto não”, completa. “Essas músicas com palavrão nem deveriam ser tocadas nas rádios. Eu gosto de pop-rock, mas não vejo muito na mídia. Queria que tivesse mais espaço”, afirma Elenildo, 15. “Ah!, mas eles tocam mais forró porque dá mais audiência”, rebate Y., 15. “Nem gosto de tudo o que passa na tê vê, era para ter um programa só de música”, fala outro participante. E assim, a discussão continua...

DANDRADE, Leilane. Jornal O Mossoroense. Mossoró (Rio Grande do Norte), norte. 15908, 30 novembro 2011. Caderno Cotidiano.

Reportagem 3

Reprodução de página da internet.

Quem são os Brô MC’s, primeiro grupo de rap indígena do Brasil

Beatriz Montesanti, 16 fevereiro. 2017 (Atualizado em 17 abril. 18horas02)

Das aldeias Jaguapiru e Bororó, que ficam na cidade de Dourados, eles misturam português e guarani para falar de seu cotidiano

Para criar um grupo de rap, quatro indígenas Guarani Kaiowá tiveram que ignorar objeções de dois lados: de um, um público estranho à ideia de o ritmo ser apropriado pela etnia; de outro, no interior de seu próprio povoado, com caciques questionando a empreitada.

NEXO Jornal. Disponível em: https://oeds.link/rKK2PU. Acesso em: 19 abr. 2023.

Ilustração. Aparelho de rádio com tocador de fita cassete na horizontal em tons de laranja, com dois botões um em azul-claro e rosa. Na ponta à esquerda acima do rádio, notas musicais e círculos pequenos coloridos.
  1. O que aparece nos exemplos, entre o título e o início do primeiro parágrafo?
  2. Há diferentes estratégias para iniciar uma reportagem. Veja a seguir algumas delas e indique no caderno em qual cada reportagem se enquadra – pode ser em mais de uma. Atenção: o jornalista pode ter usado mais de uma estratégia, combinando-as.
    1. Cita personalidades ou outros elementos que exemplificam, justificam ou definem a abordagem da reportagem e/ou algo relacionado ao assunto.
    2. Usa trechos de depoimentos que explicam, exemplificam ou justificam algo relacionado ao assunto.
    3. Inicia com o relato de uma situação observada, conhecida ou vivida pelo repórter durante a matéria.
  3. Observe os títulos e subtítulos (linhas finas) dessas reportagens.
    1. Em que tempo (presente, passado, futuro) os verbos foram empregados?
    2. Que informação o uso dêsse tempo verbal dá sobre os fatos ou assuntos tratados?
Atividade 4 – Planejando enquetes e divulgando os dados verbalmente

1. Agora você vai experimentar a produção de uma enquete para fazer um breve levantamento dos gostos musicais que circulam na turma e, em seguida, apresentar esses dados ao restante da comunidade escolar por meio de gráficos, como os que você analisou neste capítulo.

Mas como podemos fazer isso?

• Retome os gráficos Hábitos de música, da abertura do capítulo.

  1. Quais categorias compõem os estilos musicais preferidos?
  2. Como os dados foram “coletados”? Como coletar dados para saber os gostos musicais da turma?
  3. Depois, como posso apresentar os dados coletados?

2. Leia as palavras e expressões em destaque a seguir.

Ritmo mais tocado

Não foram somente os números de Shíran que impressionaram: o hip-hop foi o gênero musical mais ouvido em todo o mundo e, mesmo repetindo a colocação de 2016, apresentou um aumento de ouvintes de 74%. As músicas em espanhol também ganharam destaque no ano que se encerra, com 110% a mais de streams em relação ao período anterior e duas canções que atingiram o número um do Spotify: “Despacito, de Luis Fonsi e Daddy Yankee feat. Justin Bieber, e “Mi Gente”, de J. Balvim e William William.

Vamos lembrar

A escolha das palavras e os efeitos de sentido

Como já vimos, a escolha de palavras dá sinais sobre o que pensamos a respeito do fato ou assunto sobre o qual escrevemos ou falamos.

a. Quais das palavras e expressões destacadas dão informações quantitativas e quais dão informações qualitativas, que interpretam as anteriores?

Versão adaptada acessível

Atividade 2, item a.

“Impressionaram”, “mais ouvido”, “ganharam destaque”, “o número um”. Quais das palavras e expressões dão informações quantitativas e quais dão informações qualitativas, que interpretam as anteriores?

  1. Qual é a importância de ambos os tipos de informação em uma notícia ou reportagem?

3. Levante os dados coletados. Com o resultado em mãos, elabore com a turma um parágrafo com os dados fornecidos a seguir.

Ritmo mais tocado – sertanejo (45 estudantes)

Ritmo menos tocado hip-hop (15 estudantes)

Cantores mais ouvidos

Jorge e Mateus (40 estudantes)

Criolo (10 estudantes)

Henrique e Juliano (5 estudantes)

Emicida (5 estudantes)

Total de alunos – 60 estudantes

Ilustração. Dois violões de cores diferentes. Acima. na vertical, violão em tons de vermelho e laranja e abaixo, violão amarelo-claro inclinado com o braço para direita.

4. Com um colega, agora, formule um parágrafo, usando os dados coletados na turma. Depois, compartilhe a sua produção e compare com a de outros ou outras colegas.

Produzindo o texto

Condições de produção

O quê?

Você terá como meta escrever uma reportagem que trate dos estilos musicais que mais agradam aos jovens da sua escola. Para isso, deverá realizar algumas entrevistas para obter parte das informações de que precisa para elaborar a reportagem.

Para quem?

A reportagem será destinada a jovens de sua idade (os ou ascolegas de escola) ou a um público mais amplo – seus amigos –, caso a turma ou a escola tenha um blog ou uma página em alguma rede social e seja possível divulgar a reportagem nesse meio.

Pesquisa em foco

Para produzir a reportagem, você terá que realizar uma pesquisa com coleta de dados, envolvendo a elaboração de questionários para entrevista e a consulta de textos de divulgação que falem sobre os estilos musicais.

Essa reportagem, portanto, pode ser considerada uma reportagem de divulgação científica.

Como fazer

1. Conhecendo a proposta

Cada dupla ou trio de trabalho vai escrever uma reportagem sobre um estilo musical. A definição do estilo será feita por meio de uma pesquisa com o público que fará parte da reportagem.

Para essa pesquisa, vocês vão preparar um questionário que será utilizado como uma das fontes nas entrevistas com as pessoas selecionadas.

  1. Preparando as entrevistas
    1. Defina com ô á professor ou professora quem e quantos serão os entrevistados.
    2. Copie no caderno o questionário do quadro a seguir e utilize-o para fazer a entrevista. Você poderá acrescentar perguntas para sua entrevista. Podem ser abertas, para o entrevistado responder livremente, ou fechadas, com opções para o entrevistado assinalar.

Modelo de questionário para a entrevista

Nome do entrevistado:        Idade:

1. Qual o seu tipo de música favorito? (podem ser assinalados mais de um estilo)

rock    rap    forró    metal    funk    sertanejo

techno    samba    axé    clássico    pop    pagode

Outro?

Ilustração. Pessoa vista da cintura para cima, lado esquerdo do corpo. Ela tem cabelos castanhos na altura dos ombros, de olhos fechados, com camiseta azul e braços para trás. Sobre a cabeça dela, notas musicais em preto de formatos diferentes

Produzindo o texto

  1. O que atrai você nesse(s) estilo(s)?
  2. Você já se sentiu discriminado(a) por causa do seu gosto musical?

Sim   Não

Se você respondeu SIM, indique por quem.

colegas amigos professores pais desconhecidos

  1. Há algum estilo que você não suporta? Se sim, qual? Por quê?
  2. Você já discriminou alguém por causa do estilo de música? Por quê?
Ilustração. Pessoa sentada de pernas cruzadas e mãos sobre os joelhos, com a cabeça para a esquerda e nota musical sobre a cabeça. Ela tem cabelos castanhos com metade superior em coque, veste blusa de mangas compridas com listras em amarelo e vermelho, regata azul por cima, calça azul-escura e sapatos verdes. Ela está com os olhos fechados, usa um pequeno fone sem fio na orelha esquerda.

3. Tabulando os dados das entrevistas

A tabulação serve para reunir e organizar os dados coletados. É hora de tabular os resultados para ter uma ideia geral da pesquisa.

a. Junte todos os questionários respondidos, copie o modelo de tabulação a seguir e, com o(s)a(s) colega ou colegas de atividade, organize os dados, conforme o que se pede. Não se esqueçam de juntar a essa tabela as outras questões, caso vocês as tenham feito. Nesse caso, vocês terão de acrescentar colunas à tabela de modelo e inserir as questões.

Veja um exemplo de tabulação.

Modelo de tabulação dos resultados do questionário sobre estilos musicais

Dados pessoais do entrevistado

1. Estilo de música favorito

2. O que atrai no estilo?

3. Foi discriminado pelo seu estilo musical? (por quem?)

4. Há algum estilo que você não suporta?

5. Já discriminou alguém pelo estilo musical?

Nome: Henrique
Idade: 12.

Rock.

O som das guitarras.

Sim, por colegas.

Não.

Sim.

b. Sintetize os dados de acôrdo com os itens do quadro a seguir.

  • Total de entrevistados:
  • Estilo favorito mais selecionado:
  • Estilo que não suporta mais selecionado:
  • Quantos entrevistados foram discriminados pelo estilo:
  • Quantos entrevistados discriminaram:
  1. Definindo o estilo musical
    1. O estilo eleito será aquele que a maioria dos entrevistados escolheu como favorito.
    2. Entregue ao ou à professor ou professora uma cópia da tabulação dos seus dados e aguarde as instruções para continuar a busca de fontes de pesquisa e a composição da reportagem.
  2. Realizando outras pesquisas
    • Antes de escreverem as reportagens, vocês devem procurar saber mais sobre o estilo musical para escrever sobre ele.
    • Uma estratégia eficaz para planejar a pesquisa é pensar em perguntas que vocês têm a fazer sobre o tema.
    • Perguntem-se: “O que gostaríamos de saber sobrereticências?”.

dêsse modo, vocês poderão estabelecer parâmetros para a sua busca, o que facilitará a seleção das informações relevantes para responder às suas perguntas e eliminar as irrelevantes.

Pesquisa em foco

Para buscar textos na internet, selecione palavras-chave eficazes para filtrar o resultado da pesquisa. Por exemplo, se digitar em um site de buscas a expressão “estilos musicais”, obterá resultados mais precisos do que se digitar música ou estilos.

Lembre-se de que, ao colocar a expressão entre aspas, você solicitará uma busca às ocorrências da expressão, e não das palavras da expressão. O uso das aspas, portanto, ajuda a refinar a pesquisa.

Analise a fonte do texto para verificar se é confiável. Evite blogs de pessoas desconhecidas. Desconfie de informações que aparecem em um único endereço.

Ao encontrar informações que considere úteis, reescreva-as com suas próprias palavras. Ao apresentá-las, indique a fonte da pesquisa.

6. Produzindo o texto

Planejem como as informações coletadas serão ordenadas, pensando desde o estilo escolhido para iniciar a reportagem até a ordem de apresentação das demais informações, das mais relevantes para as menos relevantes.

Decidam o que vai ajudar a compor a reportagem, além do texto verbal. É importante selecionar ao menos uma imagem e preparar a legenda. Pensem se haverá gráficos ou tabelas.

Orientem-se pela Ficha de apoio à produção, apresentada a seguir.

Avaliando

A seguir, você encontra a tabela com os critérios para a produção e revisão da reportagem. Lembre-se de consultá-la durante e depois da escrita da primeira versão do texto.

Ficha de apoio à produção e avaliação da reportagem

O texto atendeu aos critérios de:

1. Adequação à proposta

a) A reportagem trata dos estilos musicais que mais agradam aos jovens da sua escola?

Produzindo o texto

b) Foram realizadas entrevistas para obter parte das informações de que precisaram para compor a reportagem?

2. Adequação às características gerais estudadas do gênero

a) A reportagem posiciona-se em relação ao tema e aos dados obtidos para compô-la usando palavras e expressões como: nos surpreendeu; destaca-se etc.?

b) A reportagem resulta de pesquisa e levantamento de dados sobre o fato ou assunto em destaque?

c) Apresentam-se diferentes vozes por meio de verbos de elocução?

d) Os dados e informações pesquisados foram tabulados e apresentados adequadamente em gráficos?

3. Construção da coesão/coerência do texto (textualidade)

a) A forma e a linguagem usadas na reportagem estão adequadas ao veículo selecionado para divulgar os dados obtidos em pesquisa e entrevistas sobre estilos musicais que mais agradam aos jovens da sua escola?

b) O texto está organizado de acordo com o tópico tratado?

c) Os dados obtidos em pesquisa e entrevistas foram introduzidos de modo adequado à reportagem?

4. Uso das normas e convenções da norma culta escrita

• O texto segue as regras de concordância nominal e verbal da norma culta escrita?

5. Ortografia, pontuação e construção de sentidos

a) As palavras foram escritas de acordo com a ortografia corrente?

b) Houve uso adequado e intencional de sinais, contribuindo para os sentidos do texto, com especial atenção à interrogação, exclamação, aspas e parênteses?

O que levo de aprendizagens deste capítulo

Para finalizar, vamos retomar as questões propostas no início deste capítulo e fazer um levantamento do que você aprendeu.

  1. O que você descobriu sobre as preferências musicais de amigos e colegas que estão próximos a você?
  2. Há um estilo ou gênero musical que seja típico da região onde você mora e que faça parte da cultura da sua cidade?
  3. As discussões realizadas colaboraram para você ter uma visão diferente sobre a diversidade de gêneros e as preferências musicais das pessoas?
  4. Qual foi a importância da pesquisa de informações em diferentes fontes, incluindo pessoas entrevistadas, para produzir sua reportagem?
  5. O que você aprendeu sobre como planejar e produzir uma reportagem? Ajudou você a escrever melhor?

Glossário

Guarani Kaiowá
: os Caiuás, ou Pai-Tavyterã, como se autodenominam, fazem parte da etnia Guarani e são um dos grupos indígenas de maior população em território brasileiro. No Brasil, estão presentes, principalmente, no sul de Mato Grosso do Sul.
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Objeções
: atos de contestar, refutar, contrapor-se. Significa oposição, réplica, o que se posiciona do lado contrário.
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Etnia
: coletividade que se diferencia por especificidades socioculturais que podem ser refletidas na língua, na religião, nas maneiras de agir etcétera.
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Caciques
: termo usado para designar quem é responsável pela tribo indígena. Chefe político que organiza e cuida de questões variadas, como o modo de vida, os rituais etcétera.
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Contratempos
: situações inesperadas que podem impedir a realização de algo.
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