Unidade 1

Capítulo 1

A diversidade cultural nas preferências musicais

Capítulo 2

Vida à vista – leitura e apreciação de reprodução de pintura, canção e crônica

Capítulo 3

Verbos: emprego e sentido dos tempos e modos verbais

Capítulo 1

A diversidade cultural nas preferências musicais

Observe os gráficos a seguir.

Ilustração. Dois gráficos de barras na horizontal, com fundo verde e desenhos de claves de sol, com o título HÁBITOS DE MÚSICA Fundo verde com imagens de clave de sol. Primeiro gráfico, título: Com que frequência ouve música Barras de cima para baixo: Todos os dias, o dia todo: vinte e seus por cento Todos os dias, a maior parte do tempo: vinte e quatro por cento Todos os dias, um pouco: vinte e nove por cento Vários dias por semana: dez por cento Poucos dias por semana: oito por cento Menos de uma vez por semana: três por cento O segundo gráfico apresenta uma linha horizontal na parte inferior com marcas equidistantes iniciadas com zero, e na sequência: dez, vinte, trinta, quarenta e cinquenta. Título: Dez estilos musicais preferidos. Pop: quarenta e oito por cento Sertanejo: quarenta e sete por cento MPB: quarenta e seis por cento Rock: quarenta e três por cento Cristão/Gospel: trinta e oito por cento Eletrônica: trinta por cento Pagode: vinte e nove por cento Samba: vinte e quatro por cento Clássico: vinte e três por cento Funk: vinte por cento.
Gráfico. Gráfico em barras com o título: RELAÇÃO COM A MÚSICA
Na vertical, dados diversos e na horizontal, dados de porcentagem que iniciam em zero por cento e apresentam na sequência: vinte por cento, quarenta por cento, sessenta por cento, oitenta por cento, cem por cento.
Não vivo sem música:
Azul-escuro: vinte e três por cento
Azul-claro: dez por cento
Verde-claro: vinte e três por cento
Laranja: cinco por cento
Vermelho: trinta e nove por cento
Música interfere diretamente no meu humor:
Azul-escuro: vinte e um por cento
Azul-claro: oito por cento
Verde-claro: vinte e oito por cento
Laranja: quatro por cento
Vermelho: trinta e nove por cento
Quando descubro uma música que gosto, ouço até cansar:
Azul-escuro: dezenove por cento
Azul-claro: sete por cento
Verde-claro: vinte e quatro por cento
Laranja: dois por cento
Vermelho: quarenta e oito por cento
Quando descubro uma música que gosto, compartilho com meus amigos:
Azul-escuro: vinte e cinco por cento
Azul-claro: onze por cento
Verde-claro: vinte e cinco por cento
Laranja: cinco por cento
Vermelho: trinta e quatro por cento
Acho que CDs e outras mídias físicas vão acabar em breve:
Azul-escuro: vinte e três por cento
Azul-claro: doze por cento
Verde-claro: vinte e cinco por cento
Laranja: seis por cento
Vermelho: trinta e quatro por cento
Fonte: MUSIQUE, Paula. O comportamento do consumidor de música no Brasil. 9 fevereiro. 2020. Disponível em: https://oeds.link/S4eGgq. Acesso em: 14 março 2022.
Orientações e sugestões didáticas

CAPÍTULO 1

Competências gerais da Educação Básica: 1, 4, 5, 7, 9 e 10.

Competências específicas de Linguagens: 1, 2, 3, 4 e 6.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 1, 2, 3, 5, 6, 7 e 10.

HABILIDADES Bê êne cê cê

(ê éfe seis sete éle pê zero um), (ê éfe seis sete éle pê zero seis), (ê éfe seis sete éle pê zero oito), (ê éfe seis sete éle pê dois zero), (ê éfe seis nove éle pê zero três), (ê éfe zero sete éle pê um zero), (ê éfe zero sete éle pê um quatro), (ê éfe seis sete éle pê um dois), (ê éfe seis sete éle pê dois um), (ê éfe seis nove éle pê zero seis), (ê éfe seis nove éle pê zero sete), (ê éfe seis nove éle pê um sete), (ê éfe seis nove éle pê dois três), (ê éfe seis nove éle pê zero oito), (ê éfe seis nove éle pê três três), (ê éfe seis nove éle pê três cinco), (ê éfe seis nove éle pê três seis), (ê éfe seis nove éle pê quatro três), (ê éfe oito nove éle pê zero oito), (ê éfe oito nove éle pê zero nove), (ê éfe oito nove éle pê um três), (ê éfe seis nove éle pê um zero), (ê éfe seis nove éle pê um dois), (ê éfe zero sete éle pê zero seis), (ê éfe zero sete éle pê um dois), (ê éfe zero sete éle pê um três), (ê éfe zero sete éle pê um quatro), (ê éfe seis sete éle pê dois três), (ê éfe seis sete éle pê três dois), (ê éfe seis sete éle pê três três), (ê éfe seis nove éle pê um seis), (ê éfe seis nove éle pê um sete), (ê éfe seis nove éle pê três sete), (ê éfe seis nove éle pê três nove), (ê éfe seis nove éle pê quatro zero), (ê éfe seis nove éle pê três três), (ê éfe seis sete éle pê três oito)

Neste capítulo, vamos abordar as práticas de leitura e produção de textos jornalísticos, com destaque para a produção de uma reportagem. As discussões devem acontecer em torno dos gêneros e preferências musicais e possibilitará abordar a diversidade cultural, levando os ou as estudantes a se posicionarem diante da necessidade e importância de promover um ambiente cultural diverso e múltiplo, por meio da empatia, do respeito ao outro, fundamentais para o estabelecimento de uma cultura da paz. Nesse sentido o capítulo contempla os temas contemporâneos transversais relacionados ao tema multiculturalismo.

Na seção de produção, a sequência de atividades propõe a elaboração de reportagens, para abordar os gêneros musicais da preferência dos jovens da escola. os ou as estudantes deverão então realizar breves entrevistas e/ou enquetes para levantar as informações necessárias. O fato de envolver a pesquisa, seja por meio de entrevistas, seja pela consulta a material específico sobre o gênero escolhido, possibilita articular os campos jornalístico/midiático e de práticas de estudo e pesquisa e promover um trabalho interdisciplinar com Arte.

Abertura de capítulo

Na abertura do capítulo, propomos o trabalho com um gráfico, com a finalidade de ativar conhecimentos prévios sobre o tema que será discutido: os diferentes ritmos musicais e a necessidade e importância de promover um ambiente cultural diverso e múltiplo.

Esclareça que os gráficos foram retirados de um artigo opinativo que discute a importância de mais pesquisas como essa para entender melhor o perfil do consumidor de música no Brasil. Certamente, os gráficos usados pela autora do artigo foi retirado de um relatório gerado para organizar e divulgar os resultados.

Em sua mediação da conversa, procure saber com os ou as estudantes o que já conhecem sobre o tema, seus gostos e preferências. incentive-os ou incentive-as a compartilharem informações sobre ritmos e grupos musicais.

Em seu planejamento, você poderá avaliar a possibilidade de, após essa abertura, trabalhar com algum dos seguintes materiais:

MADE FOR MINDS. Serviços de streaming limitam o gosto musical? Disponível em: https://oeds.link/S5s68W. Acesso em: 14 março 2022.

NEXO JORNAL. Podcast – Por que sertanejo é a música pop do Brasil atual?. Disponível em: https://oeds.link/lpfutG. Acesso em: 14 março 2022.

Converse com a turma

Os gráficos que você leu apresentam dados da pesquisa on-line “Comportamento do Consumidor: MÚSICA”, realizada em 2019 pela plataforma Opinion Box. Responderam à pesquisa 2.040 pessoas de todas as regiões do Brasil: 48% do sexo masculino e 52% do feminino.

  1. De acôrdo com as informações apresentadas no gráfico Faixa etária, relacionado ao Perfil da amostra, as pessoas mais jovens entrevistadas estão em que faixa? Elas representam quantos por cento do total de entrevistados?
  2. Que faixa etária de público foi mais investigada?
  3. De acôrdo com os dados apresentados no gráfico Relação com a música, para qual dos grupos etários a música assume maior importância?
  4. Para quantos por cento do grupo mais jovem entrevistado a música interfere no humor?
  5. Se você fosse um dos entrevistados, como responderia às questões que estão explícitas e implícitas nos gráficos?
  6. Você conhece todos os estilos musicais citados? Compartilhe com os ou as colegas o nome de alguns artistas que representam os estilos musicais com os quais você mais se identifica.
  7. Você vê algum problema em gostar de uma música, um estilo ou uma banda que não sejam apreciados pela turma? Explique.
  8. O que você faz para conhecer novos estilos, músicas e/ou bandas? Você acha isso importante? Por quê?

O que você poderá aprender

  1. Que estilos e gostos musicais fazem parte da cultura local?
  2. Quais são os gostos musicais que circulam na nossa turma?
  3. Como podemos pesquisar sobre os gostos musicais? Como lidar com os dados de uma pesquisa para apresentá-los em uma reportagem?
  4. Como produzir uma reportagem sobre estilos e gostos musicais?

O que você verá neste capítulo

Neste capítulo, vamos abordar as práticas de leitura e de produção de reportagens. Vamos ler, conhecer e discutir a diversidade de estilos musicais e os que são mais apreciados e as relações que estabelecemos por meio da música. Para saber mais sobre esses assuntos e sobre as preferências da turma, você vai realizar pesquisas e entrevistas para produzir uma reportagem.

Orientações e sugestões didáticas

Avalie também a possibilidade de os ou as estudantes comporem uma playlist (lista de reprodução) com as músicas ouvidas pela turma. Você pode explorar os seguintes links:

VAGALUME. Estilos Musicais. Disponível em: https://oeds.link/SPpiA3. Acesso em: 14 março 2022.

AS MAIS OUVIDAS. Disponível em: https://oeds.link/YAJn8g. Acesso em: 14 março 2022.

Converse com a turma

HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis nove éle pê três três)

  1. Estão na faixa etária de 16 a 24 anos e representam 19% dos entrevistados.
  2. A faixa etária de 30 a 39 anos, representando 29% dos entrevistados.
  3. Para a faixa de 50 anos ou mais. Chame a atenção especialmente para a primeira categoria de resposta: “Não vivo sem a música”.
  4. Para 21% dos entrevistados na faixa de 16 a 24 anos.
  5. Resposta pessoal. Ajude os ou as estudantes a perceberem as perguntas que foram respondidas pelos entrevistados em cada gráfico. Chame a atenção para o título (Hábitos de música) e os subtítulos, que “contêm” as perguntas que foram feitas aos entrevistados: “Com que frequência ouve música” e “10 estilos musicais preferidos”. No último gráfico, destaque os tipos de respostas dadas à pergunta implícita no título: Qual a sua relação com a música? Avalie a pertinência de aproveitar esse momento para fazer um levantamento das respostas para cada pergunta, com registro coletivo, de modo que você possa simular com eles ou elas os resultados em números inteiros que a pesquisa obteria se entrevistasse o público da faixa etária dôs ou dás estudantes. Assim, esse momento pode se tornar preparatório para a investigação que farão na seção de produção de textos. Dê espaço para que os ou as estudantes compartilhem suas experiências e gostos pessoais. Problematize as reações de intolerância ao gosto do outro, caso aconteçam, enfatizando a importância de respeitarem a opinião e a preferência dôs ou dás colegas, promovendo um espaço onde todos ou todas possam compartilhar e atuar como um grupo diverso e rico culturalmente.
  6. Resposta pessoal. Nesse momento, dê espaço para que os ou as estudantes compartilhem suas experiências e gostos pessoais, citando os ritmos e os grupos que conhecem.
  7. Incentive os ou as estudantes a discutirem sobre como, de alguma fórma, a música pode ser usada para nos unir e levar a conhecer pessoas e novas realidades, mas também pode, infelizmente, ser objeto de discriminação. Problematize esse fenômeno com os ou as estudantes. Peça para darem exemplos de ritmos que sofrem discriminação (tanto em um âmbito maior como dentro do próprio grupo). Aponte possíveis motivos para isso acontecer.
  8. Resposta pessoal. Incentive os ou as estudantes a compartilharem o que pensam sobre a importância da música e dos diferentes ritmos musicais nas nossas vidas. Por exemplo, como, de alguma fórma, nos relacionamos, nos conhecemos, mantemos amizades e formamos nossas identidades por meio da música.

Leitura

Atividade 1: Preferências musicais e personalidade

Antecipando a leitura com a turma

1. Antes de ler integralmente o infográfico a seguir, observe apenas as imagens que o compõem e converse com os colegas. O que elas sugerem?

Vamos lembrar

Um infográfico utiliza recursos gráficos e visuais (fotos, ilustrações, diagramas etcétera) para explicar ou resumir informações sobre determinado assunto. Ele amplia e complementa as informações dos textos que acompanha.

  1. Agora, leia o título e a linha fina do infográfico: Que relação pode ser estabelecida entre a imagem e essas informações depois do título?
  2. Leia o restante do infográfico e continue a discussão, a partir das questões apresentadas logo depois dele.
Infográfico. Quadro horizontal com fundo cinza e imagem centralizada de uma pessoa vista de lado dos ombros para cima, para a direita, cabelos curtos castanhos, olhos fechados e veste camisa bege.  Dentro da cabeça, destaque para ilustração dos contornos do cérebro em tons de rosa e amarelo, do cérebro saem  notas musicais em tons de azul, verde, amarelo e preto para a esquerda. Título: Eclética Subtítulo: A musicoterapia é utilizada para se endereçar às necessidades físicas, cognitivas e emocionais individuais Textos: A prática está entre uma das mais antigas terapias de que se tem notícia: Em 400 a.C., Hipócrates usava música para acalmar pacientes de transtornos mentais Depois da Segunda Guerra Mundial, foi reconhecida formalmente, quando começou a ser utilizada para tratar traumas físicos e emocionais de soldados Pode ser usada para tratar sintomas de: Audição Depressão Estresse Autismo Transtorno de estresse pós-traumático Alzheimer e outras demências Traumas físicos Câncer O melhor gênero A musicoterapia é uma experiência altamente personalizada. Os terapeutas ajustam as sessões baseados nos gostos e no estado de espírito dos pacientes. Pessoas com ansiedade podem se beneficiar de músicas mais suaves, enquanto deprimidos, de algo mais energético. Porém, só o profissional pode avaliar. O que a música faz para o cérebro humano Um estudo revelou que as pessoas interpretam expressões faciais neurais de estranhos como felizes ou tristes dependendo do tipo de música que elas estejam escutando; A música também pode ajudar a compreender as emoções complexas sem sucumbir a elas, o que permite aos indivíduos examinarem suas próprias emoções e as em redor deles de forma mais objetiva; Música de fundo força o cérebro a trabalhar mais duro para se focar em uma tarefa. Esse desafio leva a soluções mais criativas; Pessoas com treinamento musical têm melhores habilidades analíticas, motoras e de vocabulário; Em um estudo, pacientes que se submeteram a cirurgias receberam tanto medicação quanto musicoterapia. Aqueles que ouviram música apresentam menor grau de ansiedade. Como a música pode ajudar Isolamento: ajuda indivíduos a se conectarem com outros e a constituírem relações Autoestima: permite às pessoas aprenderem habilidades de liderança Estresse: promove sensação de relaxamento Dor: pode retirar o foco da dor física Fontes: Associação Norte-americana de Musicoterapia; Internacional Revier of the Aesthetics and Sociology of Music; Journal of General Psycology; National Center for Biotechnology Information; National Institute of Mental Health; Temple.edu

CORREIO Braziliense. Sincronia cerebral entre terapeuta e paciente é confirmada em pesquisa. 4 agosto. 2019. Disponível em: https://oeds.link/mxjNmZ. Acesso em: 14 março. 2022.

  1. O que você entendeu sobre o significado de musicoterapia?
  2. No infográfico, há um trecho que relaciona o tipo de música ao estado de espírito. O que você entendeu dêsse trecho?
Orientações e sugestões didáticas

Atividade 1

Este momento propõe antecipar aspectos do texto fornecido para leitura, o que possibilitará a reflexão sobre o tema em discussão no capítulo. Sugerimos que, mesmo que a leitura seja proposta de fórma individual e silenciosa, o conteúdo deste boxe seja sempre tratado coletivamente, visando à promoção de uma discussão prévia oral que ocasione tanto a ativação e o compartilhamento de conhecimentos prévios relevantes para a leitura quanto a antecipação do que será objeto de discussão no texto.

Antecipando a leitura com a turma

HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis nove éle pê três três)

  1. Oriente os ou as estudantes a observarem a expressão facial da figura humana em cores vivas e quentes, que remetem a uma situação de conforto emocional, e os símbolos usados para representar notas musicais que podem estar “entrando ou saindo” do cérebro. Tais elementos sinalizam para as reações que a música pode provocar no cérebro.
  2. A informação verbal reitera a informação não verbal, sinalizando para o sentido de bem-estar que a música pode provocar em nós.

3a. Espera-se que os ou as estudantes cheguem à compreensão de que musicoterapia é um tipo de tratamento/terapia realizado com o auxílio de música.

3b. Durante a discussão, garanta que os ou as estudantes identifiquem que se trata do tópico “O melhor gênero”, no qual é destacado que na musicoterapia o tratamento é planejado considerando o gosto musical dos pacientes e seus estados de espírito.

  1. Você considerou alguma informação surpreendente? Comente sua resposta.
  2. Você acredita que a música que ouvimos pode ter relação com o nosso jeito de ser? Ou seja, que alguém mais introvertido tende a gostar de um estilo de música e uma pessoa que é mais extrovertida tende a gostar de outro estilo?

Leia, agora, uma notícia que divulga resultados de uma pesquisa internacional sobre esse assunto.

Texto

Reprodução de página da internet.

Qual seu estilo musical? Estudo mostra que personalidade afeta preferências

18/02/2022 às 10:00

3 minuto de leitura

Seja no Brasil ou no Reino Unido, músicas alegres e dançantes como Shivers, de éd shíran, tendem a ser mais atraentes para pessoas extrovertidas; por outro lado, é improvável que alguém com perfil de ordem e obediência goste de músicas mais agressivas e com temas subversivos, como as da banda de rock estadunidense Rage Against the Machine.

As conclusões são de um estudo da Universidade de Cambridge, publicado no dia 8 de fevereiro no Journal of Personality and Social Psychology. Pesquisadores analisaram dados relativos à personalidade e gostos musicais de mais de trezentas e cinquenta mil pessoas, espalhadas por 53 países e 6 continentes, e constataram que relações entre estes dois fatores se mantêm constantes ao redor do mundo.

Fotografia. Captura de tela de um canal de vídeos, no centro da imagem uma seta branca sobre um quadro vermelho para indicar play. Na imagem, homem com terno azul, camisa branca e sapatos sentado no chão com as pernas esticadas e torso apoiado em uma parede branca. O rosto é visto parcialmente,  ele tem cristais espalhado pelas suas pernas e lustre caído do seu lado esquerdo.
Música Shivers, de éd shíran, foi citada no texto de divulgação do estudo como exemplo de música alegre e dançante, preferência comum de pessoas extrovertidas.

Pessoas mais curiosas, imaginativas e criativas tendem a preferir músicas sofisticadas, com características complexas e intelectuais; já quem tem personalidade voltada à agradabilidade, que envolve cooperação, simpatia e confiança, pode gostar mais de canções como a romântica Shallow, cantada por Leidi Gágá e Brédilei Cuper no filme Nasce Uma Estrela.

Orientações e sugestões didáticas

3c. Resposta pessoal. Incentive os ou as estudantes a comentarem suas respostas. Pergunte-lhes se o infográfico apresentou informações novas a eles ou elas e se há alguma informação que não compreenderam, para discutirem com a turma e negociarem sentidos para o texto.

3d. Resposta pessoal. Esta questão antecipa o assunto do texto a seguir.

Fotografia. Captura de tela de um canal de vídeos. No centro da imagem, há uma seta branca sobre um quadro preto para indicar play. Na imagem, mulher de rosto fino, vista do ombro para cima, com cabelos compridos e castanhos e olhos também castanhos, ela está com a boca ligeiramente aberta e à frente do queixo há um microfone, ela olha para a esquerda.
Shallow, performada por Leidi Gágá e Brédilei Cuper no filme Nasce Uma Estrela, foi citada como exemplo de música suave, com temas sobre amor e relacionamentos.

Músicas intensas são comumente preferidas por pessoas neuróticas, o que surpreendeu os pesquisadores. “Pensamos que o neurótico provavelmente seguiria um de dois caminhos, ou preferindo música triste para expressar sua solidão, ou preferindo música alegre para mudar seu humor. Na verdade, em média, eles parecem preferir estilos musicais mais intensos, o que talvez reflita raiva e frustração interior”, explica o autor principal do estudo, Dêvi Grimbergui.

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Gênero e localização também afetam preferências

Homens preferiram músicas intensas; mulheres priorizaram as suaves. A localização também impactou os resultados, com a associação entre ser extrovertido e gostar de músicas contemporâneas, alegres e dançantes, mais forte ao redor do Equador, especialmente na América Central e do Sul.

Mas, independentemente do país analisado, as relações entre gostos musicais e personalidade se mantiveram constantes. “As pessoas podem estar divididas por geografia, língua e cultura, mas se um introvertido em uma parte do mundo gosta da mesma música que um introvertido em outro lugar, isso sugere que a música pode ser uma ponte muito poderosa. A música ajuda as pessoas a se entenderem umas às outras e a encontrarem pontos em comum”, afirma grínbergue.

O estudo tem limitações: a baixa participação de países africanos; todos os participantes serem falantes de língua inglesa; os dados serem referentes apenas a pessoas com acesso à internet, já que a pesquisa estava disponível on-line; os estilos musicais analisados serem provenientes predominantemente de culturas ocidentais; e o fato da exposição anterior a músicas influenciar preferências — apesar de o estudo ter usado músicas desconhecidas, todas ainda estavam no âmbito de gêneros e estilos musicais ocidentais.

Orientações e sugestões didáticas

Primeiras impressões

professor ou professora, é muito importante que as questões desta seção sejam discutidas oralmente, com o coletivo da sala. O objetivo dela é favorecer uma primeira troca de impressões sobre o texto lido, de modo que os ou as estudantes possam compartilhar suas compreensões globais sobre o que leram e checar possíveis hipóteses levantadas antes e durante a leitura. Dado o caráter da seção Primeiras impressões, ela sempre favorecerá o desenvolvimento da habilidade (ê éfe seis sete éle pê dois três).

Sugerimos que os ou as estudantes trabalhem em duplas na discussão e na resolução dessas questões que tratam de aspectos da textualidade, e que depois haja um momento de discussão coletiva. oriente-os ou oriente-asa retomar e reler passagens do texto, para que analisem o que se pede na seção O texto em construção.

1. A finalidade da notícia é divulgar os dados de uma pesquisa realizada pela Universidade de Cambridge, publicada no dia 8 de fevereiro de 2022 no Journal of Personality and Social Psychology.

Além disso, preferências musicais mudam, e a personalidade não é tão limitada. grínbergue destaca que o estudo serve como ponto de partida a novas descobertas: “As preferências musicais mudam e se transformam, não são estabelecidas em pedra. E não estamos sugerindo que alguém seja apenas extrovertido ou apenas aberto, todos nós temos combinações de traços de personalidade e combinações de preferências musicais de diferentes pontos fortes. Nossas descobertas são baseadas em médias e temos que iniciar em algum lugar para começar a ver e entender as conexões”, conclui o pesquisador.

TECMUNDO. Disponível em: https://oeds.link/spjUln. Acesso em: 14 março. 2022.

Primeiras impressões

  1. Qual é a finalidade da notícia que você leu?
  2. Você conhece algumas das personalidades citadas? Conhece os estilos musicais que elas representam?
  3. O que você achou da pesquisa? Você se encaixa em alguma das categorias de personalidade citadas na notícia?
  4. A notícia sinaliza que há restrições à pesquisa. Quais são elas?
  5. Qual é o valor atribuído à música, de acôrdo com a pesquisa?
  6. Que relação há entre as informações apresentadas na notícia e as apresentadas no infográfico que você leu anteriormente?
  7. Você tende a concordar ou discordar com as informações do infográfico e da pesquisa divulgada na notícia?

O texto em construção

  1. Os dados da pesquisa divulgados na notícia foram obtidos de que modo?
  2. Observe, na notícia, o subtítulo e os destaques em negrito no início de alguns parágrafos. Qual é a finalidade deles?
Versão adaptada acessível

Atividade 2.

O subtítulo da notícia “Gênero e localização também afetam preferências” e alguns trechos em começo de parágrafo: “Homens preferiram músicas intensas; mulheres priorizaram as suaves”, “O estudo tem limitações”, “preferências musicais mudam, e a personalidade não é tão limitada”, “Nossas descobertas são baseadas em médias” estão destacados em negrito. Qual é a finalidade deles?

  1. Agora, observe as imagens que compõem o texto.
    1. Qual a finalidade delas e das legendas que as acompanham?
    2. As imagens que aparecem originalmente nessa notícia publicada na internet são de frames (cenas) de vídeos das canções citadas na legenda. Ao clicar sobre elas, os leitores têm acesso aos clipes dessas canções.
      • Você diria que ter esse recurso na notícia é importante para o leitor compreender melhor o texto? Por quê?
Orientações e sugestões didáticas
  1. Resposta pessoal.
  2. Resposta pessoal.
  3. Releia os dois últimos parágrafos da notícia com os ou as estudantes e ajude-os ou ajude-as a observarem que, neste trecho, são apontadas restrições à pesquisa que sinalizam para a pouca representatividade dela no que se refere à realidade dos países africanos, dos países que falam outras línguas que não o inglês, das pessoas que não acessam a internet e à limitação dos estilos de músicas analisados – voltados predominantemente para as culturas ocidentais, entre outras. ajude-os ou ajude-as a compreenderem que, no último parágrafo, o próprio responsável pela pesquisa comenta que as preferências musicais mudam com o tempo e que, portanto, estudo deve ser entendido como um ponto de partida para compreender o tipo de relação entre os gostos musicais e as personalidades.
  4. Nas palavras de um dos responsáveis pela pesquisa, Dêvi Grimbergui, “a música pode ser uma ponte muito poderosa. A música ajuda as pessoas a se entenderem umas às outras e a encontrarem pontos em comum”, visto que, de acôrdo com os dados, pessoas com marcas de personalidade comuns tendem a preferir estilos musicais similares.
  5. O infográfico aponta para os benefícios da musicoterapia, destacando, por exemplo, a possibilidade de utilizar diferentes gêneros musicais, considerando os gostos do paciente e dependendo do seu “estado do espírito” e da reação que se deseja provocar. professor ou professora, enfatize que o infográfico aponta para o uso da música como terapia, enquanto a pesquisa noticiada destaca a relação da preferência musical com a personalidade da pessoa.
  6. Resposta pessoal.

O texto em construção

  1. Espera­‑se que os ou as estudantes percebam que as informações foram coletadas por pesquisadores que analisaram dados relativos à personalidade e gostos musicais de mais de 350 mil pessoas, espalhadas por 53 países e 6 continentes.
  2. HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis sete éle pê zero seis) Espera­‑se que os ou as estudantes percebam que o subtítulo tem por finalidade informar o principal tópico de cada bloco de texto. O uso do negrito no início dos parágrafos chama a atenção para dados da pesquisa (Homens preferiram músicas intensas; mulheres priorizaram as suaves) ou para conclusões sobre ela (O estudo tem limitações / preferências musicais mudam, e a personalidade não é tão limitada). Ambos os recursos são uma fórma de atrair a pessoa para a leitura.
  3. HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis sete éle pê zero oito)

3a. As imagens em questão são recortes de cenas (frames) de videoclipes e músicas e artistas citados na reportagem. Elas auxiliam na visualização do leitor a respeito dos estilos de música que representam.

3b. Espera-se que os ou as estudantes concluam que, seja como vídeo na página da internet, seja como imagem do vídeo, em uma versão impressa, esses recursos complementam o texto verbal, uma vez que possibilitam conhecer ou visualizar os exemplos citados.

4. Releia este trecho da notícia.

“Nossas descobertas são baseadas em médias e temos que iniciar em algum lugar para começar a ver e entender as conexões”, conclui o pesquisador.

a) A palavra destacada se refere a quem?

b) Releia a notícia e identifique outras fórmas usadas no texto para se referir ao pesquisador.

c) Por que a jornalista não usou a mesma palavra em todas as ocasiões?

5. Agora releia este trecho.

“Pesquisadores analisaram dados relativos à personalidade e gostos musicais de mais de 350 mil pessoas, espalhadas por 53 países e 6 continentes, e constataram que relações entre estes dois fatores se mantêm constantes ao redor do mundo.”

O termo destacado se refere a quê?

Ilustração. Garoto em pé, de olhos fechados, cabelos escuros, com blusa de mangas compridas em vermelho, uma estampa com o formato de uma nota musical, calça azul e sapatos em vermelho. Ele está com as mãos no bolso e usa um fone de ouvido sobre as orelhas.  Na ponta da esquerda, uma folha na vertical em azul-escuro.
Atividade 2 – Leitura de textos jornalísticos e de divulgação e roda de conversa

Agora, a turma será dividida em grupos e cada um fará a leitura de um dos textos jornalísticos a seguir, que abordam ritmos e gostos musicais no Brasil e no mundo. Ao final da leitura, vocês participarão de uma roda de conversa com o objetivo de compartilhar com os outros grupos o que leram e discutir a respeito. Portanto, durante a leitura, anote os principais pontos levantados e destaque algumas informações para discutir com os ou as colegas. Para apoiar os grupos nessa atividade, seguem os roteiros. Lembre-se: como os demais grupos não vão ler o seu texto, as perguntas a seguir são apenas para ajudar o seu grupo a fazer as anotações de aspectos importantes do texto para serem compartilhados. Caberá ao grupo decidir que outras informações quer compartilhar.

Grupo 1: Leitura da reportagem “Pluralidade cultural do Recife é exemplo de tolerância às diferenças”

Durante a leitura, tome nota das seguintes informações.

a) Que assunto é tratado na matéria e quem são os envolvidos?

b) O que a Zona Norte do Recife tem de especial com relação a ritmos musicais?

c) Qual é a proposta da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério?

d) É possível identificar as fontes que o jornalista usou na investigação do assunto?

e) Qual é a importância de promover o multiculturalismo?

Grupo 2: Leitura do roteiro turístico “Conheça 15 capitais musicais ao redor do mundo”

Durante a leitura, tome nota das seguintes informações.

a) Que assunto é tratado no texto e quem são as pessoas envolvidas?

Orientações e sugestões didáticas

HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe zero sete éle pê um dois, ê éfe zero sete éle pê um três)

4a. Dêvi Grimbergui.

4b. Autor principal do estudo, David Greenberg; Greenberg.

4c. Para evitar repetição.

5. À personalidade e aos gostos musicais.

Atividade 2

HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê zero três), (ê éfe seis sete éle pê dois três)

A proposta desta atividade é possibilitar que os ou as estudantes vivenciem a leitura de textos jornalísticos, didáticos e publicitários. Nesta atividade serão propostos os gêneros reportagem (texto 1) e roteiro turístico (texto 2).

Profes­sor(a), em tempos de tantas mudanças no modo de produzir e fazer circular os textos, os gêneros também têm sofrido alterações, especialmente aqueles que circulam em contextos digitais, dadas as diferentes linguagens e mídias que podem entrar em jogo na sua construção. Por essa razão, cabe um esclarecimento quanto à classificação do texto 1 como reportagem. À primeira vista, ele poderia ser referido como notícia pelo fato de não ter indicação de autoria de um jornalista específico (é assinado pela instituição – G1 pê ê) e fazer referência a um evento – uma aula de Filosofia, cujo tema foi multiculturalismo, no contexto do Projeto Educação de pê ê (um produto da tê vê Globo Nordeste destinado à preparação para o vestibular), que aconteceu em 25/10/2011. Entretanto, a aula em si e o que aconteceu nela não são mais citados. O foco do texto é o multiculturalismo de Recife, especialmente na zona norte da cidade. Ele não se configura como uma notícia, visto que não está centralizado em um fato, mas em um assunto (o que já é uma das marcas da reportagem). Soma­‑se a essa análise o fato de o texto ser acompanhado de uma reportagem em vídeo – a qual, como podemos conferir na apresentação, foi produzida para a aula citada. Esse contexto de produção da reportagem dá a ela um caráter mais didático, visto que está vinculada a atividades escolares/acadêmicas.

Grupo 1

a. A matéria aborda a diversidade de gêneros e ritmos musicais que convivem na zona norte de Recife, que é vista como exemplo de pluralidade cultural, para facilitar a discussão sobre multiculturalismo.

b. Espera-se que os estudantes citem o multiculturalismo.

c. A proposta é unir composições eruditas e populares e trazer o frevo, ritmo essencialmente pernambucano, para o cenário pop do Brasil.

d. Alguns nomes são citados e podem ser entrevistados, servindo como fonte para a composição da matéria: Maestro Forró, o músico Cannibal, Ramos Silva e o professor de Filosofia (como citado no vídeo) e Sociologia (como citado no texto impresso) Fábio Medeiros. Se for possível, exiba o vídeo que faz parte da reportagem, que apresenta uma discussão muito produtiva sobre pluralidade, multiculturalismo e hibridismo (mistura) de ritmos, os quais geram novos ritmos musicais.

e. Profes­sor(a), durante a discussão desta questão, enfatize o valor positivo atribuído à coexistência de diferentes gêneros musicais – do erudito ao popular, que resulta em riqueza cultural que deve ser valorizada e respeitada, conforme defendem os entrevistados. Destaque, ainda, o contexto em que esse texto foi produzido e sua finalidade, conforme já comentado em orientação nas observações sobre o gênero.

  1. Quais são os gêneros musicais, os artistas e as capitais citados? O que cada um tem de particular?
  2. É possível identificar as fontes que o jornalista usou na investigação do assunto?
  3. Quais cidades brasileiras foram citadas? O que elas têm de particular? Você acrescentaria outros gêneros musicais e cidades brasileiras na lista? Se sim, quais? Explique.
  4. Ficou com vontade de visitar alguma cidade? Você conhece todos os ritmos musicais citados? De quais mais gosta e menos gosta? Por quê?

Texto para o grupo 1

Reprodução de página da internet.

Pluralidade cultural do Recife é exemplo de tolerância às diferenças

Multiculturalismo foi tema da aula de filosofia do Projeto Educação. Diferentes ritmos convivem harmoniosamente na Zona Norte da cidade

Samba, frevo, hardcore, punk, pagode e muitos outros ritmos convivem, harmoniosamente, na Zona Norte do Recife, a área mais populosa da cidade, com 18 bairros. Semelhanças e diferenças se transformam em riqueza artística, que dá origem ao multiculturalismo – assunto da aula de filosofia do Projeto Educação desta terça-feira (25).

O Maestro Forró comanda a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (ó pê bê agá), que é formada por moradores da comunidade de Bomba do Hemetério, no bairro de Água Fria. A proposta é unir composições eruditas e populares e trazer o frevo, ritmo essencialmente pernambucano, para o cenário pop do Brasil.

Um dos convidados do dêvedê do Maestro Forró é o músico Cannibal, que vive na comunidade vizinha, o Alto José do Pinho. Cannibal é vocalista e baixista da banda de hardcore Devotos. Apesar de tão distantes, no palco esses dois ritmos entram em cena para exaltar a diversidade musical, no dêvedê do Maestro Forró chamado “Jorrando Cultura”.

“A gente anda na comunidade e ouve vários estilos de música diferentes. E todo mundo se respeitando. A gente consegue colocar todo mundo no mesmo caldeirão, mas cada um curtindo o que gosta. Estamos todos juntos, alegres. Essa é a razão de se fazer música”, conta Cannibal.

Na Zona Norte do Recife, samba também é tradição. Ramos Silva, por exemplo, tem 30 anos de carreira e uma vida dedicada à paixão por esse gênero musical. O grupo Cadência também surgiu para mostrar que o samba não vai morrer tão cedo. “Não só resgatando o samba puro, mas também unindo frevo e maracatu no repertório”, conta o músico Dito do Pandeiro.

Para o professor de sociologia Fábio Medeiros, promover o multiculturalismo é provocar a interação entre os gêneros e, principalmente, gerar a tolerância e o respeito na sociedade. “Cada um tem um estilo muito próprio. Mas essa interação foi o que os aproximou. É uma mistura maravilhosa que vai gerando outras misturas e vencendo as diferenças”, afirma.

G1 pê ê. Pluralidade cultural do Recife é exemplo de tolerância às diferenças. Disponível em: https://oeds.link/uyxhly. Acesso em: 14 março. 2022.

Orientações e sugestões didáticas

Grupo 2

  1. O texto apresenta um roteiro das principais cidades que são pontos turísticos por serem cenário para diferentes gêneros e/ou grandes nomes da música mundial, como: Londres (Rock), Nova Orleans, Estados Unidos (Jazz), Memphis, Estados Unidos (Blues/Rockabilly) etcétera
  2. Londres, Inglaterra (Rock); Nova Orleans, Estados Unidos (Jazz); Memphis, Estados Unidos (Blues/Rockabilly); Nova York, Estados Unidos (Punk); Rio de Janeiro (Samba); Buenos Aires, Argentina (Tango); Salvador (Axé).
  3. Não foram mencionadas fontes para o levantamento dos dados/informações apresentados.
  4. Rio de Janeiro é citada como referência do samba. Salvador, como do axé. Respostas pessoais.
  5. Respostas pessoais.

professor ou professora, procuramos apresentar textos e recortes com tamanhos similares, considerando que você definirá um tempo comum para a leitura dos textos pelos ou pelas estudantes. Entretanto, avalie se é o caso de distribuir textos menores para aqueles ou aquelas com menos fluência leitora. Em caso de haver estudantes que necessitem de mais apoio para a leitura, defina parcerias de trabalho entre leitores ou leitoreamais e menos fluentes, de modo a garantir que todos ou todas tenham acesso à leitura do texto, mesmo que mais apoiados ou apoiadasna escuta. A conversa sobre os textos, visando à mobilização, ao desenvolvimento e aprimoramento das capacidades de leitura, independe da fluência da leitura, desde que todos ou todas tenham acesso ao conteúdo dos textos, mesmo que seja apenas pela escuta.

A sugestão é organizar a turma em pequenos grupos e propor que escolham um dos dois textos para leitura. Um mesmo texto poderá ser lido por mais de um grupo, mas é preciso que todos os textos sejam lidos por algum grupo, de modo que, no momento de compartilharem suas leituras, durante a roda de conversa, todos ou todas tomem conhecimento dos textos propostos por meio das questões norteadoras. As temáticas dos textos da seção de leitura e também da seção de produção possibilitam, ainda, conhecer ou reconhecer diferentes contextos culturais que podem favorecer boas discussões sobre diversidade cultural. Aqui, apresentaremos apenas as respostas, com as informações básicas do texto (assunto tratado e envolvidos) e as fontes consultadas pelos jornalistas. Durante a conversa sobre cada texto, chame a atenção da turma para as imagens que os acompanham e aproveite para compará­‑las com as da primeira notícia lida.

Para esses textos, não apresentamos glossário. Oriente os ou as estudantes a consultarem o dicionário sempre que necessário, ou seja, sempre que considerarem que um termo desconhecido é essencial para a compreensão do trecho/texto lido e não foi possível inferir seus sentidos pelo contexto.

Texto para o grupo 2

Reprodução de página da internet.

Conheça 15 capitais musicais ao redor do mundo

Do punk ao samba, veja as cidades que serviram de cenário para gêneros e grandes nomes da música

Fotografia. Fachada de lojas em Londres. À esquerda uma loja com detalhes em vermelho e vitrines; à direita uma loja amarela, com vitrine com artigos relacionados à música, como miniaturas e camisetas, na vitrine um adesivo à direita de uma ilustração de uma boca com a língua para fora, símbolo da banda inglesa, Rolling Stones.
B. Famous, em Londres, Reino Unido, 2013 – loja com artigos destinados ao público que gosta de rock and roll.

Imagine conhecer a cidade onde seu estilo musical predileto nasceu ou visitar locais que inspiraram composições clássicas. Ou ainda: ver de perto os lugares em que grandes estrelas começaram suas carreiras. Para inspirá-lo na hora da escolha do próximo destino de viagem, confira a seguir 15 cidades marcadas pela música.

Londres, Inglaterra (Rock)

Rolling Stones, The Clash, Sex Pistols, The Who, Led Zeppelin, Queen, Motörhead, Iron Maiden, David Bowie. Qual outra cidade foi berço de artistas e bandas tão boas e diversas? Por isso mesmo, não é nenhum exagero chamá-la de capital mundial do rock. Entre as atrações para os amantes do estilo estão o British Music Experience, museu que conta a rica história local dessa arte, e o Abbey Road Studios, onde os Beatles gravaram muitos dos seus discos e posaram para a famosa capa do disco que levou o mesmo nome do estúdio.

Nova Orleans, Estados Unidos (Jazz)

Graças à junção das culturas americana, francesa, africana e caribenha, Nova Orleans tornou-se uma das principais capitais do mundo quando o assunto é música. Terra natal do jazz e de artistas do quilate de Louis Armstrong, a cidade é um verdadeiro palco a céu aberto, com músicos se apresentando nas ruas. Não deixe de visitar a Bourbon Street e o French Quarter, que reúnem inúmeros bares e clubes do estilo. Se puder, conheça a cidade em fevereiro, quando ocorre o famoso Mardi Gras, uma espécie de Carnaval embalado pelo som do jazz.

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Memphis, Estados Unidos (Blues/Rockabilly)

Uma das cidades mais importantes para a música norte-americana, Memphis foi lar de astros como Elvis Prelsey e bí bí quingue. Outros artistas, como Jerry Lee Lewis, iniciaram suas carreiras no Sun Studio, uma das principais atrações turísticas locais. Outro destino imperdível é a mansão Graceland, que foi casa do Rei do Rock. Para completar, dê uma passada no Delta Blues Museum, que conta com relíquias de Muddy Waters.

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Nova York, Estados Unidos (Punk)

É difícil definir um ritmo que caracterize uma cidade tão rica e diversa culturalmente quanto Nova York. Porém, se voltarmos alguns anos no tempo, não há como negar que bandas como Blondie, Television, Talking Heads, New York Dolls e Remones botaram o mundo da música de cabeça para baixo nos anos de 1970. O punk nasceu em uma pequena casa de shows da cidade, chamada cê bê gê bê, cuja história virou filme em 2013. O local foi fechado em 2009 e, em seu lugar, funciona hoje uma loja do estilista John Varvatos. Mas o número 315 da Bowery segue cultuado pelos amantes do gênero, sem falar que vários clássicos do punk fazem referência à cidade. Um passeio por suas ruas ajuda a conhecer melhor o movimento.

Rio de Janeiro (Samba)

Quem gosta de samba não tem destino melhor para ir do que o Rio de Janeiro. A cidade conta com um amplo roteiro de rodas de samba, muitas delas gratuitas. Nas semanas que antecedem o Carnaval, é possível acompanhar os ensaios de sua escola preferida. Mas a grande atração para os amantes do estilo é mesmo o desfile na Sapucaí, que reúne milhares de pessoas para uma festa cheia de cores e animação.

reticências

Buenos Aires, Argentina (Tango)

A bela capital argentina fica ainda mais charmosa graças ao tango. Por isso, é praticamente impossível visitá-la sem assistir a um espetáculo do gênero. As opções mais tradicionais são o Café Tortoni, o mais clássico dos cafés portenhos, e o Centro Cultural Borges. Mas também é possível acompanhar manifestações populares do estilo, com as chamadas milongas, tanto em casas noturnas quanto nas ruas da cidade.

Salvador (Axé)

Quem gosta de trio elétrico, micareta e música animada precisa urgentemente visitar a capital do axé. A cidade reúne milhões de pessoas todos os anos para curtir o Carnaval, mas a folia segue firme mesmo depois da Quarta-Feira de Cinzas, com um calendário repleto de festas durante o ano.

reticências

Fonte: Passo Avanti. Terra. Conheça 15 capitais musicais ao redor do mundo. Disponível em: https://oeds.link/UlzpL4. Acesso em: 16 agosto 2022.

Ilustração. Saxofone e trompete amarelo e laranja. Entre eles, ornamentos florais em diversas cores, como azul, verde e vermelho, acima e um pouco à esquerda notas musicais em laranja, rosa e verde.
Vinheta de seção. Contorno de um clipe.

Clipe

Este texto foi publicado no Portal Terra, no caderno “Estilo de vida”, seção de Turismo. Trata-se de um roteiro de lugares turísticos para conhecer gêneros musicais e seus artistas mais representativos. Observe que o texto não aparece assinado por uma pessoa específica, mas ao final há referência a uma fonte: Passo Avanti, empresa de assessoria com experiência em vários veículos de comunicação, como os portais uól e Terra, as empresas jornalísticas Folha de São Paulo e cê bê êne e a revista Exame. A empresa é a responsável pelas informações que compõem o roteiro.

Orientações e sugestões didáticas

Profes­sor(a), leve jornais e revistas e peça a cada grupo que identifique textos dos dois gêneros abordados – reportagem e roteiro turístico –, verificando e fixando as características de cada um.

Fechando a rodareticências

Entre os dois textos lidos, publicados em jornais, temos os gêneros reportagem e roteiro turístico. Copie e complete a tabela a seguir no caderno, de acôrdo com o que você observou no texto lido por seu grupo e com as informações que obteve sobre os outros textos, por meio dos outros grupos.

Ícone. Modelo.

O que você observou:

Texto 1

Texto 2

1. É abordado um assunto ou um fato?

2. Qual é o assunto ou fato?

3. Ele é assinado por uma pessoa ou pela instituição jornalística?

4. Foi escrito para que tipo de público?

5. Considerando seu conteúdo e o modo como foi escrito, qual é a finalidade dele?

6. As informações apresentadas parecem confiáveis? Por quê?

7. A linguagem usada é formal, seguindo as normas da língua considerada culta, ou é informal, fazendo uso de variedades que não seguem as normas da língua culta?

Vinheta de boxe com imagem de seta curva.

Anexo

No anexo Textos de apoio deste capítulo, você poderá ler e discutir com os colegas o texto “Qual a principal influência da música no Brasil?”, que fala sobre os diferentes ritmos que influenciaram e influenciam a música brasileira.

Produção de texto

Conhecendo o gênero: reportagem

A reportagem, assim como a notícia e outros gêneros jornalísticos, tem o objetivo de informar o leitor sobre um fato ou um assunto de interesse para um público amplo. Porém, a reportagem procura aprofundar o fato, que se torna algo a ser analisado, o que significa que ela exige maior pesquisa, pois envolve a consulta a fontes mais especializadas e preferencialmente variadas. E diferentemente da notícia, que se espera que seja imparcial, a reportagem é um gênero no qual o jornalista pode deixar transparecer o que pensa sobre o assunto tratado.

Nesta seção, você vai estudar um pouco mais sobre esse gênero para se preparar para a produção.

Atividade 1 – Por dentro da reportagem: a voz do repórter e a seleção das fontes das informações

A esta altura de nosso percurso, você já deve ter percebido que os ritmos musicais são tão diversos quanto nós e nossa cultura. Que tal ampliar um pouco mais seu repertório com mais um exemplo da nossa diversidade cultural?

Você vai ler uma última reportagem que apresenta um cenário musical muito rico e uma banda de rap muito especial, os Brô MC’s.

Orientações e sugestões didáticas

Fechando a roda...

professor ou professora, propomos que esta atividade seja realizada coletivamente, com o apontamento dôs ou dás estudantes sobre o que observaram.

O objetivo é chegar a algumas sistematizações em relação ao que foi possível observar sobre as características dos gêneros lidos.

  1. Texto 1: assunto. Texto 2: assunto.
  2. Texto 1: Multiculturalismo no Recife. Texto 2: Lista de cidades a serem visitadas, onde nasceram determinados gêneros musicais.
  3. Texto 1: Pela instituição jornalística. Texto 2: Pela instituição jornalística.
  4. Texto 1: Pessoas interessadas em prestar vestibular e público em geral, especialmente moradores de Pernambuco, já que o texto foi veiculado no portal G1 Pernambuco. Texto 2: Pessoas interessadas em turismo e cultura.
  5. Texto 1: Divulgar informações sobre o multiculturalismo no Recife. Texto 2: Sugerir roteiros de visitação para quem quer unir turismo e cultura.
  6. Texto 1: Sim, porque foram entrevistadas várias pessoas – artistas e especialista em Sociologia/Filosofia e consultadas diversas fontes para a produção da reportagem. Texto 2: Parece que sim, porque foi produzido por uma empresa (a Passo Avanti) especializada em desenvolver conteúdo para sites jornalísticos.
  7. Nos dois casos, língua culta.

Atividade 1

professor ou professora, o ideal é que os ou as estudantes acessem a reportagem na internet, de modo que tenham acesso aos clipes e também a outros links que levam para outras matérias jornalísticas sobre o grupo. Caso não seja possível, você pode considerar a possibilidade de baixar os vídeos previamente e apresentar um ou outro durante a conversa coletiva sobre a reportagem.

Para introduzir a leitura e, antes de apresentar seu título e tema, é possível questionar os ou as estudantes sobre qual imagem eles ou elastêm do povo indígena e como acreditam que sejam os ou as jovens das diversas aldeias brasileiras. Questione, por exemplo, como seria o dia a dia desses(as) jovens e de que tipo de atividades sociais e culturais eles ou elas possivelmente participam.

Apoie a participação dôs ou dás estudantes e conduza as discussões para que possam desenvolver uma noção de cultura plural. Explore com eles ou elas o princípio de respeito às diferenças. leve-os ou leve-as a identificarem manifestações culturais de minorias étnicas brasileiras de maneira dinâmica, como resultado de processo histórico e discursivo e não como um conjunto de atributos essencializados, imutáveis e unívocos. Trabalhe comeles ou elaso conceito de cultura como processo de construção de significados de representações e ações que orientam formas de agir diante do mundo e dos acontecimentos. Uma cultura não forma um todo homogêneo, integrado e, necessariamente, coerente. questione-os ou questione-as sobre o que representa “querer” que um determinado povo se mantenha culturalmente inalterado e essencializado. Como essa visão de cultura pode revelar em nós o desejo de que determinada cultura seja isolada e não possa, ativamente, inserir­‑se em uma dinâmica de trocas simbólicas e de valores culturais. Para isso, você pode ampliar as discussões em momento propício e pedir aos ou às estudantes que desenvolvam pesquisa sobre a questão dos povos indígenas no Brasil e em outras regiões. Peça que tragam exemplos de jornais e revistas para que promovam uma discussão sobre os pontos de tensão culturais vividos pelos povos indígenas principalmente, diante de uma dinâmica de poder e conflitos sobre suas terras, que fundamentam discursos e políticas públicas.

Vinheta de seção. Contorno de um clipe.

Clipe

Diversidade cultural: pode ser compreendida como a multiplicidade de aspectos que constituem o que chamamos de culturas, construídas socialmente pelos seres humanos. No interior delas e por meio delas, produzimos e compartilhamos significados sobre as coisas do mundo e vamos construindo nossas identidades por meio de linguagem, tradições, religião, costumes, modelo de organização familiar, política, entre outras características. Nesse contexto, a música é um elemento muito importante.

Reprodução de página da internet.

Quem são os Brô MC’s, primeiro grupo de rap indígena do Brasil

Das aldeias Jaguapiru e Bororó, que ficam na cidade de Dourados, eles misturam português e guarani para falar de seu cotidiano

BEATRIZ MONTESANTI

16 fevereiro. 2017 (ATUALIZADO EM 17/abril. 18horas02)

Fotografia. Quatro jovens indígenas, vistos da cintura para cima olhando para frente. Da esquerda para a direita: um jovem sem camiseta, cabelos escuros lisos com franja, pintura em preto e laranja nas bochechas e no corpo, ele olha para frente e faz o símbolo de v com o dedo indicador e do meio com a mão direita. À direita, um jovem de cabelos pretos, boné azul sobre a cabeça e regata preta, ele está com a mão direita sobre o queixo e braço esquerdo cruzado à frente do corpo. À direita, jovem de cabelos pretos de camiseta preta, com pinturas em preto e laranja no rosto e mais na ponta, à direita, outro jovem. Este está com os braços cruzados, boné azul sobre a cabeça , pinturas em preto e laranja sobre o rosto. Ao fundo, vegetação em verde e no céu, azul-claro.
Jovens Guarani caiouá que integram o grupo de rap Brô MC’s. Vivem na aldeia Jaguapiru Bororó, em Dourados (Mato Grosso do Sul). Foto de 2017.

Para criar um grupo de rap, quatro indígenas Guarani Kaiowáglossário tiveram que ignorar objeçõesglossário de dois lados: de um, um público estranho à ideia do ritmo ser apropriado pela etniaglossário ; de outro, no interior de seu próprio povoado, com caciquesglossário questionando a empreitada.

Os contratemposglossário foram desfeitos, e os Brô MC’s ganharam repercussão cantando sobre o cotidiano das aldeias Jaguapiru Bororó, localizadas na cidade de Dourados, oeste do Mato Grosso do Sul. Citam, nas letras, a luta pela terra, a questão da identidade indígena, os problemas, como o consumo de drogas e álcool, e os altos índices de suicídio das aldeias.

“Koangagua” (que significa nos dias de hoje), canção cujo clipe foi lançado em 2015 pelo Guateka – canal do YouTube criado para divulgar a cultura indígena –, fala sobre como é fazer rap na comunidade indígena. “Minha fala é forte e está comigo/Falo a verdade, não quero ser que nem você/Canto vários temas e isso que venho mostrando/Voz indígena é a voz de agora”, diz a tradução da letra, cantada em guarani. Os vídeos do canal têm legendas. 

Segundo Bruno Veron, 23, integrante do grupo, o novo disco terá contribuições de cantos tradicionais indígenas sugeridos pelos caciques.

Orientações e sugestões didáticas

Texto para o Grupo 1

Profes­sor(a), chame a atenção para a multimodalidade do texto, expressa aqui na imagem que acompanha o texto escrito, de modo que os ou as estudantes percebam que esta reportagem impressa é também acompanhada de material em audiovisual, que é parte da reportagem. Caso tenha oportunidade, acesse a página e exiba o vídeo.

Peça à turma que identifique as principais características do gênero do texto lido. Liste aquelas citadas no quadro, construindo uma tabela, para que os ou as estudantes possam visualizar e fazer anotações.

Profes­sor(a), após a leitura da reportagem, discuta com a turma o entendimento sobre diversidade cultural. Pergunte em que aspectos os Brô MC’s representam a diversidade cultural. Em seguida, peça que identifiquem, na própria escola e entre colegas, exemplos de diversidade cultural, seja no modo de falar, de se vestir, de usar a linguagem, de se expressar.

O Brô MC’s começou quando Veron frequentava a Escola Municipal Indígena Araporã, em 2006. O diretor, à época, pediu aos ou às estudantes que apresentassem um trabalho falando sobre o meio ambiente, mas num formato diferente, que fugisse aos padrões acadêmicos normais. Foi então que Veron começou a rimar guarani com português no ritmo hip-hop.

Anos mais tarde, em 2009, uniu-se aos colegas Clemersom Batista, Kelvin Peixoto e Charlie Peixoto para montar o grupo. Desde então, gravaram um cedê, planejam o segundo e se apresentaram em diferentes partes do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília — inspirando também a criação de outros grupos de rap, como o Xondaro MC’s, de Pyau, no Parque Estadual do Pico do Jaraguá, em São Paulo.

“[No comêço], trabalhávamos meio que escondidos, por conta das lideranças. Depois que lançamos o cedê, quebramos essa barreira. Meu irmão levou um cedê para apresentar para as lideranças e explicar que nossa música falava da nossa realidade. Hoje eles apoiam nosso trabalho e ajudam com as histórias, com o que querem falar.”

Bruno Veron, integrante do grupo Brô MC’s.

Músicas no Festival de Berlim

A canção “Terra Vermelha” compõe a trilha sonora do curta-metragem “Em Busca da Terra Sem Males”, de Anna Azevedo, apresentado em fevereiro no Festival Internacional de Cinema de Berlim – um dos mais importantes eventos cinematográficos.

A música fala das questões indígenas mais prementes dos últimos tempos: a demarcação e perda de terras. Cita a “tekoha”, conceito da tradição indígena que diz respeito ao retorno ao espaço de origem. O curta Em Busca da Terra Sem Males, por sua vez, mostra o cotidiano da aldeia Ka’aguy Hovy Porã, no município de Maricá (Rio de Janeiro), pela perspectiva das crianças.

O grupo também virou tema da série “Guateka”, aprovada por edital da Ancine e que será exibida em canais públicos nacionais.

“Para nós é uma honra apresentar a voz indígena no Mato Grosso do Sul, da aldeia para fóra, para não indígenas conhecerem. Mostrar como é a nossa visão da nossa aldeia. Aqui é totalmente diferente, o lado da história é bem outro. Não moramos em ocas, não vivemos nus.”

Bruno Veron, integrante do grupo Brô êmi cis.

ESTAVA ERRADO: A primeira versão deste texto não identificava o autor da fotografia, o fotógrafo Goldemberg Fonseca. A informação foi corrigida às 11horas de 17 de fevereiro de 2017.

NEXO Jornal. Disponível em: https://oeds.link/rKK2PU. Acesso em: 21 maio 2022.

Orientações e sugestões didáticas

Produção de texto

professor ou professora, como o foco desta seção de produção é estudar o modo como a reportagem é construída, sugerimos que as perguntas de compreensão global do texto e as apreciações iniciais apresentadas nesta questão 1 da atividade sejam abordadas coletivamente, após a leitura individual feita pelos ou pelas estudantes. Medeie as discussões para que os ou as estudantes percebam que a banda Brô MC’s une as tradições indígenas ao estilo musical hip‑hop. Suas músicas, cantadas em guarani, falam dos índios brasileiros, sem deixar de lado o ritmo e a rima característica do hip‑hop.

Converse com os professores de Ciências Humanas e de Arte sobre a possibilidade de planejarem uma roda de conversa com uma abordagem interdisciplinar do videoclipe Koangagua. BRÔ MC’S. Koangagua. Disponível em: https://oeds.link/nEcmLS. Acesso em: 27 abril 2022. Promova discussões sobre diversidade cultural, valorizando identidades e interculturalidades.

  1. Converse com a turma sobre a compreensão do texto.
    1. E então, o que acharam da reportagem? O gênero musical produzido pelos Brô MC’s pode surpreender as pessoas? Por quê?
    2. Do que se trata as letras da banda?
    3. Como a comunidade Guarani caiouá reagiu ao grupo? Por que você acredita que isso aconteceu?
    4. De que fórma os Brô MC’s superaram as objeções contra a banda?
    5. O que significa Koangagua? Como o significado dessa palavra pode estar relacionado com a visão que os Brô têm da cultura indígena?
  2. Agora, você vai observar as escolhas da jornalista para produzir a reportagem.
    1. Considerando o texto como um todo, você diria que a pesquisa feita por ela resultou em um texto que apresenta ao leitor informações sobre o grupo que são positivas, negativas ou ambas? Explique.
    2. Que fontes a jornalista buscou para escrever o texto? São confiáveis?
    3. Se a repórter pretendesse apresentar uma crítica mais negativa sobre o grupo musical, que outras fontes poderia ter buscado?
    4. Observe que no texto há palavras e expressões marcadas como hiperlinks, um recurso que leva a outros textos relacionados ao assunto da reportagem. Você acredita que podemos considerar esses hiperlinks fontes? Por quê?
Versão adaptada acessível

Atividade 2, item d.

As palavras e expressões “Clipe”, “São Paulo”, “Xondaro MC’s”, “Festival Internacional de Cinema de Berlim’” e “Guateka” estão marcadas como hiperlinks, um recurso que leva a outros textos relacionados ao assunto da reportagem. Você acredita que podemos considerar esses hiperlinks fontes? Por quê?

Pesquisa em foco

Analisar se a abordagem que um jornalista faz do tema ou fato escolhido é positiva ou negativa, observando suas escolhas, é analisar a visão que ele tem sobre o tema ou fato. Esse tipo de análise ajuda a perceber que qualquer texto jornalístico apresenta algum grau de posicionamento de quem escreve.

Atividade 2 – Como as vozes aparecem nos textos jornalísticos

Vamos lembrar

As vozes nos textos jornalísticos

Sabemos que nossos textos estão recheados de muitas vozes. Em uma reportagem, ter essas diferentes vozes bem marcadas é muito importante para dar credibilidade à pesquisa feita pelo jornalista. As vozes que aparecem nesse gênero possibilitam abordar o assunto de perspectivas diferentes e com mais profundidade, como é esperado de uma reportagem.

1. Você vai reler, agora, trechos dos textos jornalísticos lidos, observando as fórmas verbais destacadas em negrito.

Trecho 1 – Qual seu estilo musical? Estudo mostra que personalidade afeta preferências

“Pensamos que o neurótico provavelmente seguiria um de dois caminhos, ou preferindo música triste para expressar sua solidão, ou preferindo música alegre para mudar seu humor. Na verdade, em média, eles parecem preferir estilos musicais mais intensos, o que talvez reflita raiva e frustração interior”, explica o autor principal do estudo, David Greenberg.

Orientações e sugestões didáticas

Atividade 1

1. HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis sete éle pê dois três)

1a. Resposta pessoal. Profes­sor(a), como os Brô MC’s são um grupo de rap formado por indígenas das aldeias Jaguapiru e Boriró, é esperado que os ou as estudantes considerem que esse grupo pode surpreender, visto que esse estilo teve origem nos Estados Unidos e, em suas raízes, está ligado aos grupos de afrodescendentes.

1b. O grupo trata do cotidiano e dos problemas enfrentados, como a luta pela terra, questões de identidade indígena, o consumo de álcool, drogas etcétera.

1c. Resposta pessoal. Profes­sor(a), entre as impressões compartilhadas, é possível que alguns (algumas) estudantes considerem que os Brô MC’s sofreram objeções, tanto internas como externas à comunidade de que fazem parte, talvez por não se esperar (pelas pessoas de fóra e de dentro da etnia) que a cultura indígena pudesse se apropriar do rap para tratar de suas questões e visões de mundo.

1d. As objeções sofridas foram desfeitas quando as lideranças da comunidade compreenderam que os Brô MC’s falavam da realidade vivida por eles.

1e. Koangagua significa “dias de hoje”. Esse significado pode estar relacionado com a necessidade do grupo de criar canções que falem das condições vividas pelos povos indígenas na atualidade: “Voz indígena é a voz de agora”.

2. HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis nove éle pê um sete)

professor ou professora, a partir da questão 2, sugerimos que as atividades sejam realizadas em duplas ou trios para o estudo dos aspectos discursivos, textuais e linguísticos das reportagens, com posterior momento de socialização dos resultados das reflexões das duplas ou dos trios.

2a. Espera­‑se que os ou as estudantes considerem que as informações são positivas, uma vez que se fala sobre os temas abordados pelo grupo que remetem às lutas dos povos indígenas por seus direitos, destacam os desafios vencidos no interior da comunidade indígena, além do espaço que estão ganhando com a participação em trilhas de filmes e documentários.

2b. A jornalista teve como principal fonte os próprios participantes do grupo. Uma vez que a reportagem é sobre a trajetória do grupo, ter como entrevistados os seus participantes torna­‑os fontes confiáveis.

2c. Profes­sor(a), ajude os ou as estudantes no levantamento de possibilidades, de modo que percebam que poderiam ter buscado lideranças indígenas, críticos da música e até alguns especialistas como sociólogos que pudessem ter resistência à opção do rap pelo grupo.

2d. HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis sete éle pê zero um) Profes­sor(a), caso não seja possível navegar pela página para ter acesso aos links citados na questão, discuta com os ou as estudantes o princípio do link: levar a outros textos (em diferentes linguagens) que apresentam mais informações sobre o que está sendo abordado na reportagem. É importante que eles considerem que houve aí uma seleção de textos que seriam lincados à reportagem por escolha do jornalista. Portanto, podemos considerá­‑los também fontes que podem ajudar a aprofundar a leitura sobre o assunto da reportagem.

Trecho 2 – Pluralidade cultural do Recife é exemplo de tolerância às diferenças

O grupo Cadência também surgiu para mostrar que o samba não vai morrer tão cedo. “Não só resgatando o samba puro, mas também unindo frevo e maracatu no repertório”, conta o músico Dito do Pandeiro.

Para o professor de sociologia Fábio Medeiros, promover o multiculturalismo é provocar a interação entre os gêneros e, principalmente, gerar a tolerância e o respeito na sociedade. “Cada um tem um estilo muito próprio. Mas essa interação foi o que os aproximou. É uma mistura maravilhosa que vai gerando outras misturas e vencendo as diferenças”, afirma.

a. Essas fórmas verbais referem-se a ações, processos ou estados de que sujeitos? Ou seja, a que pessoa cada uma das fórmas verbais está ligada?

fórmas verbais

São as variações que os verbos assumem quando conjugados em uma oração, ou seja, quando flexionados, indicam número, pessoa, tempo e modo. Veja algumas fórmas verbais do verbo andar, por exemplo: ando, andou, andaremos, andavareticências

b. As fórmas verbais destacadas são chamadas de verbos de elocução.

Verbos de elocução ou verbos dicendi (de dizer)

São os verbos usados para indicar no texto o conteúdo da fala de outra pessoa, de modo direto ou indireto. Eles podem ser declarativos, como falar, contar, conversar, declarar; ou similares, como comentar, argumentar, revelar; ou podem expressar o sentimento, o estado de espírito de quem fala, como sorrir, reclamar, lamentar, choramingar etcétera.

Segundo José, os convidados estavam chegando. (Modo indireto)

Ele denunciou: Foi ele quem roubou seus chinelos. (Modo direto)

Eu não quero ir! – choramingou a menina. (Modo direto)

  1. Faria alguma diferença se os jornalistas tivessem usado sempre uma mesma fórma verbal em todos os casos, sem variar os verbos de elocução?
  2. As falas dos entrevistados introduzidas pelos verbos em destaque foram apresentadas de modo direto (reprodução exata das palavras do entrevistado) ou indireto (incorporação da fala do entrevistado à voz do jornalista)? Explique.
  1. Agora analise esse trecho: Para o professor de sociologia Fábio Medeiros, promover o multiculturalismo é provocar a interação entre os gêneros reticências
    1. Quem é a fonte dessa informação que o jornalista traz para o texto?
    2. Essa fonte foi citada de modo direto ou indireto? Explique.

2. Leia e compare os trechos da reportagem “Quem são os Brô êmi cis, primeiro grupo de rap indígena do Brasil” e observe o modo como são introduzidas as falas dos entrevistados.

Trecho 1

“[No comêço], trabalhávamos meio que escondidos, por conta das lideranças. Depois que lançamos o cedê, quebramos essa barreira. Meu irmão levou um cedê para apresentar para as lideranças e explicar que nossa música falava da nossa realidade. Hoje eles apoiam nosso trabalho e ajudam com as histórias, com o que querem falar.”

Bruno Veron, integrante do grupo Brô MC’s

Orientações e sugestões didáticas

Atividade 2

HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis nove éle pê quatro três)

1a. Referem­‑se a David Greenberg (explica); ao músico Dito do Pandeiro (conta); e a Fábio Medeiros (afirma).

1b.um Espera­‑se que os ou as estudantes observem que sim. Para auxiliá-los(as) a responderem a esta questão, você pode pedir para que substituam as formas verbais empregadas pelo jornalista por falar e observem o efeito que isso causa. Ressalte que percebam também a diferença de sentido que pode ocorrer ao se empregar palavras como falar, dizer, comentar, mencionar, anunciar etcétera como sinônimos. É importante comentar que nos exemplos das reportagens a variedade de verbos de elocução cumpre mais a função de evitar repetições no texto do que de sinalizar o modo como o entrevistado entonou sua fala.

1b.dois Foram introduzidas de modo direto, marcadas pelo uso das aspas.

1c.umO professor de Sociologia Fábio Medeiros.

1c.doisA fonte foi citada de modo indireto. A jornalista introduziu a informação usando Para o professor de Sociologia Fábio Medeiros.

Trecho 2

Segundo Bruno Veron, 23, integrante do grupo, o novo disco terá contribuições de cantos tradicionais indígenas sugeridos pelos caciques.

Trecho 3

“Para nós é uma honra apresentar a voz indígena no Mato Grosso do Sul, da aldeia para fóra, para não indígenas conhecerem. Mostrar como é a nossa visão da nossa aldeia. Aqui é totalmente diferente, o lado da história é bem outro. Não moramos em ocas, não vivemos nus.”

Bruno Veron, integrante do Brô MC’s

  1. Nesses trechos, todas as falas foram introduzidas com verbos de elocução? Explique.
  2. Essas falas foram introduzidas de modo direto ou indireto? Explique.

3. Agora, compare o uso das aspas nos trechos reproduzidos anteriormente e no trecho a seguir.

A canção “Terra Vermelha” compõe a trilha sonora do curta-metragem “Em Busca da Terra Sem Males”, de Anna Azevedo, apresentado em fevereiro no Festival Internacional de Cinema de Berlim – um dos mais importantes eventos cinematográficos.

A música fala das questões indígenas mais prementes dos últimos tempos: a demarcação e perda de terras. Cita a “técoá”, conceito da tradição indígena que diz respeito ao retorno ao espaço de origem.

Nesse trecho, as aspas foram usadas com a mesma finalidade que nos trechos anteriores? Explique.

Ilustração. Notas musicais na vertical em tons de laranja, verde, azul e roxo de formatos diferentes, círculos coloridos espalhados.
  1. Nos trechos 1, 2 e 3 apresentados na questão 2, o jornalista cita informações obtidas dos entrevistados.
    1. Que perguntas podem ter sido feitas para obter as informações apresentadas nos trechos 1 e 2?
    2. Quais teriam sido as perguntas feitas pela repórter para obter as respostas citadas no trecho 3?
    3. Por que você acredita que essas perguntas feitas pelos jornalistas aos entrevistados não aparecem no texto da reportagem?
Orientações e sugestões didáticas

2a. Espera‑se que os ou as estudantes percebam que não foi usado verbo de elocução em nenhuma das falas introduzidas. professor ou professora, ajude a turma a perceber que nos trechos 2 e 3 as falas foram marcadas pelo uso das aspas e o autor da fala foi indicado pela referência direta depois da citação, mostrando a autoria da fala (Trechos 1 e 2: Bruno Veron, integrante do grupo Brô MC’s). Já no trecho 1, foi introduzida pela palavra Se­gundo, em “Segundo Bruno Veron”. Vale a pena chamar a atenção também para as informações que qualificam o autor da voz (o entrevistado), que aparecem após a indicação de seu nome (depois da vírgula), dandoao leitor ou à leitora mais informações sobre ele. Avalie a pertinência de cha­mar atenção para o uso do travessão em outros trechos da reportagem, com a finali­dade de marcar o acréscimo de informação em relação ao que foi dito anteriormente.

2b. De fórma direta nos tre­chos 2 e 3, como pode ser comprovado pelo uso das aspas que marcam a fala do entrevistado; e de fórma indireta no trecho 1, com o uso de Segundo (preposi­ção equivalente a de acôrdo com).

3. professor ou professora, nesse trecho as aspas foram usadas para dar destaque aos títulos de filmes e canções (no primei­ro parágrafo) e também para sinalizar o uso de pala­vra que não pertence ao idioma português – “tekoha”, na língua guarani. Ajude‑os a concluir que as aspas podem ser usadas com diferentes finalidades.

4a. Sugestão: Como as lide­ranças reagiram ao trabalho de vocês? Quais objeções ou contratempos vocês tiveram de enfrentar na aldeia quan­do resolveram se dedicar ao rap?

4b. Sugestões: Trecho 3 – Quais objeções/contratempos vocês tiveram que enfrentar na aldeia quando resolve­ram se dedicar ao rap? Tre­cho 3 – O que significa para vocês levar as questões da aldeia para o rap?

4c. Como se trata de repor­tagem e não de uma entre­vista em si, as questões não precisam ser inseridas dire­tamente no texto, bastando as informações obtidas.

Atividade 3 – Observando os títulos e os modos de iniciar uma reportagem

Observe os trechos iniciais das reportagens a seguir.

Reportagem 1

Reprodução de página da internet.

Pluralidade cultural do Recife é exemplo de tolerância às diferenças

Multiculturalismo foi tema da aula de filosofia do Projeto Educação. Diferentes ritmos convivem harmoniosamente na Zona Norte da cidade.

Samba, frevo, hardcore, punk, pagode e muitos outros ritmos convivem, harmoniosamente, na Zona Norte do Recife, a área mais populosa da cidade, com 18 bairros. Semelhanças e diferenças se transformam em riqueza artística, que dá origem ao multiculturalismo – assunto da aula de filosofia do Projeto Educação desta terça-feira (25).

G1 Pernambuco, 25 outubro 2011. Disponível em: https://oeds.link/RmkBj8. Acesso em: 14 março 2022.

Ilustração. Uma mulher em pé, fazendo passo de dança. Ela tem cabelos longos em castanho, com roupa de mangas curtas em azul-claro, com saia  vermelha, amarela e verde, com a perna esquerda esticada e a perna direita flexionada para trás, segurando na mão esquerda, um guarda-chuva pequeno colorido em azul, vermelho, laranja e roxo. Ela está com os olhos fechados e sorrindo.

Reportagem 2

Reprodução de página da internet.

Até onde a mídia influencia na escolha do gosto musical?

Leilane Andrade

leilanesandradearrobahotmail.com

Uma hora da tarde. Um grupo de dez estudantes discute um tema em comum: a preferência musical. “Eu gosto de escutar forró porque é bom pra dançar”, diz P., 15. “Eu sei a letra também, mas aquelas que têm muito palavrão eu não canto não”, completa. “Essas músicas com palavrão nem deveriam ser tocadas nas rádios. Eu gosto de pop-rock, mas não vejo muito na mídia. Queria que tivesse mais espaço”, afirma Elenildo, 15. “Ah!, mas eles tocam mais forró porque dá mais audiência”, rebate Y., 15. “Nem gosto de tudo o que passa na tê vê, era para ter um programa só de música”, fala outro participante. E assim, a discussão continua...

DANDRADE, Leilane. Jornal O Mossoroense. Mossoró (Rio Grande do Norte), norte. 15908, 30 novembro 2011. Caderno Cotidiano.

Orientações e sugestões didáticas

Atividade 3

1. HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê um seis, ê éfe seis nove éle pê um sete) Profes­sor(a), chame a atenção paro o uso da linha fina. Levante com eles ou elas as características e destaque que a linha fina pode ser caracterizada, como observaram, como um texto curto, normalmente sem ponto final, que aparece logo depois do título e serve para completar o sentido do título e/ou dar breves informações sobre o texto que será lido. A linha fina também pode ser chamada de “ôlho” (nome popular atribuído a ela e aos textos destacados em “caixas” que aparecem no meio da matéria, com trechos retirados do corpo da reportagem ou trazidos com destaque).

2a. Reportagem 1/Reportagem 3.

2b. Reportagem 2.

2c. Reportagem 2.

3a. No tempo presente (do indicativo), na maioria dos casos. Profes­sor(a), ajude os ou as estudantes a localizarem os verbos nos títulos e subtítulos e confira com eles ou elasos tempos verbais que aparecem.

3b. professor ou professora, ajude os ou as estudantes a concluírem que os verbos no presente indicam que as ações, os estados ou os processos expressos por eles estão acontecendo no presente, o que produz como efeito a ideia de atualidade do que está sendo tratado ou referido no texto jornalístico. Comente que outro recurso é o uso de frases nominais – frases em que o verbo não está explícito. Você pode sugerir que, com base nos exemplos levantados, reescrevam os títulos aqui em destaque, utilizando frases nominais. exemplo Recife, exemplo de pluralidade cultural; Brô MC’s, primeiro grupo de rap indígena do Brasil.

Reportagem 3

Reprodução de página da internet.

Quem são os Brô MC’s, primeiro grupo de rap indígena do Brasil

Beatriz Montesanti, 16 fevereiro. 2017 (Atualizado em 17 abril. 18horas02)

Das aldeias Jaguapiru e Bororó, que ficam na cidade de Dourados, eles misturam português e guarani para falar de seu cotidiano

Para criar um grupo de rap, quatro indígenas Guarani Kaiowá tiveram que ignorar objeções de dois lados: de um, um público estranho à ideia de o ritmo ser apropriado pela etnia; de outro, no interior de seu próprio povoado, com caciques questionando a empreitada.

NEXO Jornal. Disponível em: https://oeds.link/rKK2PU. Acesso em: 19 abr. 2023.

Ilustração. Aparelho de rádio com tocador de fita cassete na horizontal em tons de laranja, com dois botões um em azul-claro e rosa. Na ponta à esquerda acima do rádio, notas musicais e círculos pequenos coloridos.
  1. O que aparece nos exemplos, entre o título e o início do primeiro parágrafo?
  2. Há diferentes estratégias para iniciar uma reportagem. Veja a seguir algumas delas e indique no caderno em qual cada reportagem se enquadra – pode ser em mais de uma. Atenção: o jornalista pode ter usado mais de uma estratégia, combinando-as.
    1. Cita personalidades ou outros elementos que exemplificam, justificam ou definem a abordagem da reportagem e/ou algo relacionado ao assunto.
    2. Usa trechos de depoimentos que explicam, exemplificam ou justificam algo relacionado ao assunto.
    3. Inicia com o relato de uma situação observada, conhecida ou vivida pelo repórter durante a matéria.
  3. Observe os títulos e subtítulos (linhas finas) dessas reportagens.
    1. Em que tempo (presente, passado, futuro) os verbos foram empregados?
    2. Que informação o uso dêsse tempo verbal dá sobre os fatos ou assuntos tratados?
Atividade 4 – Planejando enquetes e divulgando os dados verbalmente

1. Agora você vai experimentar a produção de uma enquete para fazer um breve levantamento dos gostos musicais que circulam na turma e, em seguida, apresentar esses dados ao restante da comunidade escolar por meio de gráficos, como os que você analisou neste capítulo.

Orientações e sugestões didáticas

Atividade 4

HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis sete éle pê dois zero, ê éfe seis sete éle pê dois um)

professor ou professora, esta atividade visa estimular os ou as estudantes a realizarem reportagens sobre os estilos musicais que mais agradam aos ou às jovens da escola. A ideia é propor que desenvolvam uma pesquisa na própria sala de aula. Destaque que esta pode ser uma ótima oportunidade para conhecerem mais sobre os próprios ou as próprias colegas. Nesse momento, eles ou elas não precisam dar conta de todas as etapas e elementos que compõem um levanta­mento de dados e da pesquisa. Levante com os ou as estudan­tes os gêneros musicais que poderiam aparecer em uma pesquisa, com o objetivo de descobrir os que mais agradam aos ou às jovens da esco­la. Em seguida, desenvolva com eles ou elas uma breve votação sobre os gêneros musicais preferidos da turma.

1a. Espera‑se que os ou as estudantes observem que o rãnquin está dividido nas categorias: cantor, cantora, música e álbum (cenário global e também no nacional).

1b. Os dados foram coletados por meio de uma pesquisa on-line, denominada “Comportamento do Consumidor: MÚSICA”, realizada em 2019, pela plataforma Opinion Box. Retome a discussão dos gráficos e amplie-a, de modo que os ou as estudantes reflitam sobre como a pesquisa foi organizada:eles ou elas devem considerar que os entrevistados responderam a perguntas abertas (com eles fornecendo os estilos) ou fechadas (com várias opções de estilos para serem selecionados). No caso dôs ou dás estudantes, eles poderão fazer enquetes ou entrevistas com diferentes pessoas para levantar dados similares. Professor(a): é importante observar que a coleta e a divulgação de dados por parte de redes sociais têm sido objeto de críticas importantes, principalmente com relação à privacidade dos usuários. Informações sobre preferências e interesses das pessoas podem ser usadas de diferentes formas: para a melhoria do próprio aplicativo, para direcionamento de conteúdo ao usuário, mas também para o envio de propaganda e conteúdos indesejados, inclusive de cunho político.

1c. Os dados podem ser apresentados de diferentes formas: por meio de um relatório, uma playlist comentada em podcast, um site interativo etcétera No caso, dos dados da pesquisa, comente que toda pesquisa como essa gera um relatório com esse objetivo. Relembre os ou as estudantes de que os gráficos também foram divulgados em um artigo opinativo.

2a. HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe zero sete éle pê um quatro, ê éfe seis sete éle pê zero seis)

Espera-se que os ou as estudantes respondam que as palavras e expressões em azul dão informações quantitativas, enquanto as palavras e expressões em laranja dão informações qualitativas.

2b. Espera-se, também, que concluam que os dois tipos de informação são importantes, visto que o texto jornalístico precisa não apenas fornecer os dados factuais ao leitor, mas também ajudá-lo a interpretar, analisar esses dados.

professor ou professora, levante com os ou as estudantes outras expressões e/ou palavras que poderiam ser usadas com o mesmo sentido em cada um dos grupos, levando em consideração a breve pesquisa feita com eles. Por exemplo, quais informações mais se destacaram; o que impressionou; qual ritmo é o mais ouvido pela turma; quem é o número um etcétera

Mas como podemos fazer isso?

• Retome os gráficos Hábitos de música, da abertura do capítulo.

  1. Quais categorias compõem os estilos musicais preferidos?
  2. Como os dados foram “coletados”? Como coletar dados para saber os gostos musicais da turma?
  3. Depois, como posso apresentar os dados coletados?

2. Leia as palavras e expressões em destaque a seguir.

Ritmo mais tocado

Não foram somente os números de Shíran que impressionaram: o hip-hop foi o gênero musical mais ouvido em todo o mundo e, mesmo repetindo a colocação de 2016, apresentou um aumento de ouvintes de 74%. As músicas em espanhol também ganharam destaque no ano que se encerra, com 110% a mais de streams em relação ao período anterior e duas canções que atingiram o número um do Spotify: “Despacito, de Luis Fonsi e Daddy Yankee feat. Justin Bieber, e “Mi Gente”, de J. Balvim e William William.

Vamos lembrar

A escolha das palavras e os efeitos de sentido

Como já vimos, a escolha de palavras dá sinais sobre o que pensamos a respeito do fato ou assunto sobre o qual escrevemos ou falamos.

a. Quais das palavras e expressões destacadas dão informações quantitativas e quais dão informações qualitativas, que interpretam as anteriores?

Versão adaptada acessível

Atividade 2, item a.

“Impressionaram”, “mais ouvido”, “ganharam destaque”, “o número um”. Quais das palavras e expressões dão informações quantitativas e quais dão informações qualitativas, que interpretam as anteriores?

  1. Qual é a importância de ambos os tipos de informação em uma notícia ou reportagem?

3. Levante os dados coletados. Com o resultado em mãos, elabore com a turma um parágrafo com os dados fornecidos a seguir.

Ritmo mais tocado – sertanejo (45 estudantes)

Ritmo menos tocado hip-hop (15 estudantes)

Cantores mais ouvidos

Jorge e Mateus (40 estudantes)

Criolo (10 estudantes)

Henrique e Juliano (5 estudantes)

Emicida (5 estudantes)

Total de alunos – 60 estudantes

Ilustração. Dois violões de cores diferentes. Acima. na vertical, violão em tons de vermelho e laranja e abaixo, violão amarelo-claro inclinado com o braço para direita.

4. Com um colega, agora, formule um parágrafo, usando os dados coletados na turma. Depois, compartilhe a sua produção e compare com a de outros ou outras colegas.

Orientações e sugestões didáticas

3. Profes­sor(a), sugerimos que este parágrafo seja formulado coletivamente para que os ou as estudantes possam colaborar entre si, tendo você como escriba. O objetivo desta atividade é ajudar os ou asestudantes a colocarem em prática o que observaram nas atividades anteriores a respeito de como apresentar, em uma reportagem ou notícia, os resultados de uma pesquisa. A atividade serve, portanto, como preparação para fazer o mesmo procedimento na produção textual que virá em seguida.

3. • Sugestão: (1) O ritmo mais tocado entre os ou as estudantes é o sertanejo, com Jorge e Mateus assumindo disparado o primeiro lugar dos artistas mais ouvidos. O ritmo menos citado entre os pesquisados foi o hip­‑hop. (2) O ritmo mais tocado entre os ou as estudantes é o sertanejo, com Jorge e Mateus assumindo disparado o primeiro lugar dos artistas mais ouvidos. Embora o sertanejo seja o ritmo mais tocado, a segunda posição no ranking dos mais ouvidos ficou com um representante do hip­‑hop, Criolo. A dupla sertaneja Henrique e Juliano e o rapper Emicida ficaram empatados entre os cantores menos ouvidos. (3) O sertanejo é o ritmo ouvido por 66,6% dos entrevistados. Embora o hip­‑hop tenha ocupado a segunda posição, com 34,4%, o artista Criolo alcançou o 2º lugar na categoria dos artistas mais ouvidos. Profes­sor(a), é importante que os ou as estudantes percebam que há diferentes escolhas a serem feitas, dependendo da informação que se deseja priorizar. Nas duas sugestões de redação, aproveite esse momento coletivo para elaborar diferentes parágrafos com os dados, discutindo com a turma essas diferentes escolhas. Também é importante comentar que nem todos os dados precisam ser expressos verbalmente. No texto escrito, pode ser destacado o que se considerar mais relevante, e os dados integrais podem ser apresentados em tabelas ou infográficos, como os estudados.

4. professor ou professora durante a produção do parágrafo em duplas circule pela sala apoiando os ou as estudantes na produção. No momento de compartilharem as produções, coloque em discussão as diferentes redações, discutindo adequações e inadequações e motivando-os ou motivando-as a fazer ajustes quando for o caso.

Produzindo o texto

Condições de produção

O quê?

Você terá como meta escrever uma reportagem que trate dos estilos musicais que mais agradam aos jovens da sua escola. Para isso, deverá realizar algumas entrevistas para obter parte das informações de que precisa para elaborar a reportagem.

Para quem?

A reportagem será destinada a jovens de sua idade (os ou ascolegas de escola) ou a um público mais amplo – seus amigos –, caso a turma ou a escola tenha um blog ou uma página em alguma rede social e seja possível divulgar a reportagem nesse meio.

Pesquisa em foco

Para produzir a reportagem, você terá que realizar uma pesquisa com coleta de dados, envolvendo a elaboração de questionários para entrevista e a consulta de textos de divulgação que falem sobre os estilos musicais.

Essa reportagem, portanto, pode ser considerada uma reportagem de divulgação científica.

Como fazer

1. Conhecendo a proposta

Cada dupla ou trio de trabalho vai escrever uma reportagem sobre um estilo musical. A definição do estilo será feita por meio de uma pesquisa com o público que fará parte da reportagem.

Para essa pesquisa, vocês vão preparar um questionário que será utilizado como uma das fontes nas entrevistas com as pessoas selecionadas.

  1. Preparando as entrevistas
    1. Defina com ô á professor ou professora quem e quantos serão os entrevistados.
    2. Copie no caderno o questionário do quadro a seguir e utilize-o para fazer a entrevista. Você poderá acrescentar perguntas para sua entrevista. Podem ser abertas, para o entrevistado responder livremente, ou fechadas, com opções para o entrevistado assinalar.

Modelo de questionário para a entrevista

Nome do entrevistado:        Idade:

1. Qual o seu tipo de música favorito? (podem ser assinalados mais de um estilo)

rock    rap    forró    metal    funk    sertanejo

techno    samba    axé    clássico    pop    pagode

Outro?

Ilustração. Pessoa vista da cintura para cima, lado esquerdo do corpo. Ela tem cabelos castanhos na altura dos ombros, de olhos fechados, com camiseta azul e braços para trás. Sobre a cabeça dela, notas musicais em preto de formatos diferentes
Orientações e sugestões didáticas

Produzindo o texto

HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê zero seis, ê éfe seis nove éle pê zero sete, ê éfe seis nove éle pê zero oito, ê éfe seis nove éle pê três cinco, ê éfe seis nove éle pê três seis, ê éfe seis sete éle pê dois um, ê éfe oito nove éle pê zero oito, ê éfe oito nove éle pê zero nove, ê éfe oito nove éle pê um três)

Depois de estudarem as características comuns da reportagem, defina previamente qual a proposta que a turma deverá realizar ou explique sobre a possibilidade de escolha de qualquer uma das propostas. A proposta 2 exigirá mais planejamento prévio seu, incluindo maior envolvimento da coordenação da escola, mas pode ser também assumida progressivamente como parte da proposta 1, caso julgue adequado ao seu contexto escolar. Cabe esclarecer que, por se tratar de uma reportagem que busca conhecer o perfil dos estudantes e envolve uma pesquisa com coleta de dados e com consulta bibliográfica sobre o estilo musical, entendemos que há o entrecruzamento dos campos jornalístico e de práticas de estudos e pesquisa. Ou seja, a produção dessa reportagem tem como finalidade divulgar uma pesquisa, portanto poderíamos classificá-la como uma reportagem de divulgação. Daí a seleção das habilidades ê éfe seis nove éle pê três cinco, ê éfe seis nove éle pê três seis e ê éfe seis sete éle pê dois um.

Proposta 1

os ou as estudantes deverão compor uma reportagem. Essa reportagem irá tratar dos estilos musicais que mais agradam aos ou às jovens da comunidade escolar. Para isso, organize-os ou organize-as em grupos que deverão realizar algumas entrevistas para conseguirem parte das informações de que precisam para a reportagem.

Em primeiro lugar, os ou as estudantes deverão definir quem será entrevistado e quantos serão. Você pode propor que os ou as estudantes se organizem em grupos de trabalho e dividam-se para coletar informações sobre os professores ou as professoras, colegas de anos diferentes e funcionários ou funcionárias da escola. Se necessário, podem ampliar a pesquisa para os pais e o entorno da escola. Em seguida, eles ou elasdeverão compor o questionário com base no modelo indicado. Após desenvolvida a pesquisa, eles ou elas deverão tabular os dados e compor visualizações e gráficos com os dados obtidos. Para tanto, caso julgue adequado ao seu contexto escolar, você pode sugerir que eles ou elas utilizem ferramentas e formulários on-line. Você pode encontrar alguns dêsses recursos disponíveis gratuitamente, realizando uma pesquisa com palavras­‑chave como: ferramenta; enquete; planilha; on-line; gratuita.

O gênero ou estilo musical eleito para compor a reportagem do grupo será aquele que a maioria dos entrevistados ou das entrevistadas escolheu como favorito.

Portanto, com base no resultado obtido, deverão pesquisar mais sobre ele. Para tanto, apresente aos grupos as possibilidades de pesquisarem em diferentes fontes de informação: livros, revistas, sites e blogs especializados em música em geral ou no estilo específico, profissionais da área (músicos, professores ou professoras de música, admiradores ou admiradorasdo estilo).

Produzindo o texto

  1. O que atrai você nesse(s) estilo(s)?
  2. Você já se sentiu discriminado(a) por causa do seu gosto musical?

Sim   Não

Se você respondeu SIM, indique por quem.

colegas amigos professores pais desconhecidos

  1. Há algum estilo que você não suporta? Se sim, qual? Por quê?
  2. Você já discriminou alguém por causa do estilo de música? Por quê?
Ilustração. Pessoa sentada de pernas cruzadas e mãos sobre os joelhos, com a cabeça para a esquerda e nota musical sobre a cabeça. Ela tem cabelos castanhos com metade superior em coque, veste blusa de mangas compridas com listras em amarelo e vermelho, regata azul por cima, calça azul-escura e sapatos verdes. Ela está com os olhos fechados, usa um pequeno fone sem fio na orelha esquerda.

3. Tabulando os dados das entrevistas

A tabulação serve para reunir e organizar os dados coletados. É hora de tabular os resultados para ter uma ideia geral da pesquisa.

a. Junte todos os questionários respondidos, copie o modelo de tabulação a seguir e, com o(s)a(s) colega ou colegas de atividade, organize os dados, conforme o que se pede. Não se esqueçam de juntar a essa tabela as outras questões, caso vocês as tenham feito. Nesse caso, vocês terão de acrescentar colunas à tabela de modelo e inserir as questões.

Veja um exemplo de tabulação.

Modelo de tabulação dos resultados do questionário sobre estilos musicais

Dados pessoais do entrevistado

1. Estilo de música favorito

2. O que atrai no estilo?

3. Foi discriminado pelo seu estilo musical? (por quem?)

4. Há algum estilo que você não suporta?

5. Já discriminou alguém pelo estilo musical?

Nome: Henrique
Idade: 12.

Rock.

O som das guitarras.

Sim, por colegas.

Não.

Sim.

b. Sintetize os dados de acôrdo com os itens do quadro a seguir.

  • Total de entrevistados:
  • Estilo favorito mais selecionado:
  • Estilo que não suporta mais selecionado:
  • Quantos entrevistados foram discriminados pelo estilo:
  • Quantos entrevistados discriminaram:
Orientações e sugestões didáticas

Discuta com os grupos que enfoque gostariam de dar à reportagem: Explicar o estilo musical eleito? Compará‑lo com outros estilos? Enfatizar o conflito entre o estilo eleito e outro, considerado o seu oposto? Falar sobre a aceitação ou não do estilo musical entre determinados grupos?

Antes da produção das reportagens, alerte os grupos sobre a importância de decidirem sobre o que vai ajudar a compor a reportagem, além do texto verbal. É importante selecionar ao menos uma imagem e preparar a legenda, se houver gráficos ou tabelas.

Por fim, considere comos ou as estudantes a possibilidade de, caso a turma ou a escola possua um blog ou uma página em alguma rede social, divulgarem os dados obtidos.

Proposta 2

HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê um zero, ê éfe seis nove éle pê um dois)

Discuta com a turma a possibilidade de, com base em experiência prévia, dividirem-se em grupos para produzirem episódios de podcast intitulado Os estilos que mais circulam na escola.

Para tanto, explore o exemplo de podcast em: NEXO JORNAL. Por que sertanejo é música pop? Disponível em: https://oeds.link/lpfutG. Acesso em: 14 março 2022.

Durante a escuta do programa, você pode propor as seguintes questões para discussão:

  • Como dividiram o programa? Quais são as seções? Apresentação do programa, do episódio, dados e informações pesquisadas, inserções de exemplos e entrevistas?
  • O que é preciso para compor um podcast: definição do formato, produção de um roteiro, levantamento das músicas (exemplos), produção de questionário para entrevista etcétera

Você poderá, também, explorar o ó ê dê 1 Gosto musical: influências chamando a atenção para o modo como foi “montado” o podcast: a fala do locutor (com ênfase na entonação) articulando as entrevistas feitas; a entonação do locutor, a trilha musical e os efeitos sonoros. os ou as estudantes devem observar também as diferenças entre uma reportagem impressa e uma em áudio, no que se refere à construção e à extensão do texto. Proponha queos ou asestudantes busquem outros exemplos de podcasts em sites de jornais e rádios na internet e os comparem. Também oriente‑os(as) a procurarem modelos de roteiros para planejar a produção do podcast.

  1. Definindo o estilo musical
    1. O estilo eleito será aquele que a maioria dos entrevistados escolheu como favorito.
    2. Entregue ao ou à professor ou professora uma cópia da tabulação dos seus dados e aguarde as instruções para continuar a busca de fontes de pesquisa e a composição da reportagem.
  2. Realizando outras pesquisas
    • Antes de escreverem as reportagens, vocês devem procurar saber mais sobre o estilo musical para escrever sobre ele.
    • Uma estratégia eficaz para planejar a pesquisa é pensar em perguntas que vocês têm a fazer sobre o tema.
    • Perguntem-se: “O que gostaríamos de saber sobrereticências?”.

dêsse modo, vocês poderão estabelecer parâmetros para a sua busca, o que facilitará a seleção das informações relevantes para responder às suas perguntas e eliminar as irrelevantes.

Pesquisa em foco

Para buscar textos na internet, selecione palavras-chave eficazes para filtrar o resultado da pesquisa. Por exemplo, se digitar em um site de buscas a expressão “estilos musicais”, obterá resultados mais precisos do que se digitar música ou estilos.

Lembre-se de que, ao colocar a expressão entre aspas, você solicitará uma busca às ocorrências da expressão, e não das palavras da expressão. O uso das aspas, portanto, ajuda a refinar a pesquisa.

Analise a fonte do texto para verificar se é confiável. Evite blogs de pessoas desconhecidas. Desconfie de informações que aparecem em um único endereço.

Ao encontrar informações que considere úteis, reescreva-as com suas próprias palavras. Ao apresentá-las, indique a fonte da pesquisa.

6. Produzindo o texto

Planejem como as informações coletadas serão ordenadas, pensando desde o estilo escolhido para iniciar a reportagem até a ordem de apresentação das demais informações, das mais relevantes para as menos relevantes.

Decidam o que vai ajudar a compor a reportagem, além do texto verbal. É importante selecionar ao menos uma imagem e preparar a legenda. Pensem se haverá gráficos ou tabelas.

Orientem-se pela Ficha de apoio à produção, apresentada a seguir.

Avaliando

A seguir, você encontra a tabela com os critérios para a produção e revisão da reportagem. Lembre-se de consultá-la durante e depois da escrita da primeira versão do texto.

Ficha de apoio à produção e avaliação da reportagem

O texto atendeu aos critérios de:

1. Adequação à proposta

a) A reportagem trata dos estilos musicais que mais agradam aos jovens da sua escola?

Orientações e sugestões didáticas

Para a produção da reportagem em áudio, discuta com os ou as estudantes a possibilidade de gravarem e editarem por meio do software livre audáciti, disponível em: https://oeds.link/g8E6j7 (acesso em: 14 março 2022.), divulgando a produção em blogs e ou microblogs.

Sugestão de material de apoio:

Como criar podcasts: https://oeds.link/eIjoVW. Acesso em: 14 março 2022.

Avaliando

HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis nove éle pê zero oito)

Produzindo o texto

b) Foram realizadas entrevistas para obter parte das informações de que precisaram para compor a reportagem?

2. Adequação às características gerais estudadas do gênero

a) A reportagem posiciona-se em relação ao tema e aos dados obtidos para compô-la usando palavras e expressões como: nos surpreendeu; destaca-se etc.?

b) A reportagem resulta de pesquisa e levantamento de dados sobre o fato ou assunto em destaque?

c) Apresentam-se diferentes vozes por meio de verbos de elocução?

d) Os dados e informações pesquisados foram tabulados e apresentados adequadamente em gráficos?

3. Construção da coesão/coerência do texto (textualidade)

a) A forma e a linguagem usadas na reportagem estão adequadas ao veículo selecionado para divulgar os dados obtidos em pesquisa e entrevistas sobre estilos musicais que mais agradam aos jovens da sua escola?

b) O texto está organizado de acordo com o tópico tratado?

c) Os dados obtidos em pesquisa e entrevistas foram introduzidos de modo adequado à reportagem?

4. Uso das normas e convenções da norma culta escrita

• O texto segue as regras de concordância nominal e verbal da norma culta escrita?

5. Ortografia, pontuação e construção de sentidos

a) As palavras foram escritas de acordo com a ortografia corrente?

b) Houve uso adequado e intencional de sinais, contribuindo para os sentidos do texto, com especial atenção à interrogação, exclamação, aspas e parênteses?

O que levo de aprendizagens deste capítulo

Para finalizar, vamos retomar as questões propostas no início deste capítulo e fazer um levantamento do que você aprendeu.

  1. O que você descobriu sobre as preferências musicais de amigos e colegas que estão próximos a você?
  2. Há um estilo ou gênero musical que seja típico da região onde você mora e que faça parte da cultura da sua cidade?
  3. As discussões realizadas colaboraram para você ter uma visão diferente sobre a diversidade de gêneros e as preferências musicais das pessoas?
  4. Qual foi a importância da pesquisa de informações em diferentes fontes, incluindo pessoas entrevistadas, para produzir sua reportagem?
  5. O que você aprendeu sobre como planejar e produzir uma reportagem? Ajudou você a escrever melhor?

Glossário

Guarani Kaiowá
: os Caiuás, ou Pai-Tavyterã, como se autodenominam, fazem parte da etnia Guarani e são um dos grupos indígenas de maior população em território brasileiro. No Brasil, estão presentes, principalmente, no sul de Mato Grosso do Sul.
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Objeções
: atos de contestar, refutar, contrapor-se. Significa oposição, réplica, o que se posiciona do lado contrário.
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Etnia
: coletividade que se diferencia por especificidades socioculturais que podem ser refletidas na língua, na religião, nas maneiras de agir etcétera.
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Caciques
: termo usado para designar quem é responsável pela tribo indígena. Chefe político que organiza e cuida de questões variadas, como o modo de vida, os rituais etcétera.
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Contratempos
: situações inesperadas que podem impedir a realização de algo.
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