Unidade 1

Capítulo 1

Eu e o outro – a ética nas relações pessoais

Capítulo 2

O mistério dos contos fantásticos

Capítulo 3

Períodos compostos: coordenação e subordinação

Capítulo 1  Eu e o outro – a ética nas relações pessoais

Fotografia em preto e branco. A fotografia mostra um grupo de crianças em uma quadra esportiva escolar. As crianças estão uniformizadas com camisetas brancas com estampa ao centro do peito, calças pretas e tênis claro. No centro da imagem, quatro crianças estão em pé com os braços esquerdos estendidos para frente e os punhos cerrados. Elas olham para uma criança ajoelhada mais à frente, a qual está com as mãos para trás da nuca e com o pescoço levemente inclinado para frente. Ao redor dessa criança, há quatro bolas de basquete espalhadas. Ao lado do grupo de quatro crianças em pé, há uma que se aproxima do grupo, caminhando. Ao fundo, há um cesto de basquete e paredes com janelas de diversos tamanho. Na parte inferior esquerda, em tamanho pequeno, há um texto em inglês e a logo da Unicef.
Cartaz para campanha do unicéfi criado em 2015. UMA FOTO BASTA. Cyberbullying representa uma das principais causas de depressão e suicídio entre crianças na escola. Se você tem um smartphone, use-o de maneira inteligente, não mate a autoestima de alguém.

Converse com a turma

Leia o cartaz que faz parte da campanha do unicéfi. Depois, discuta com seus colegas:

  1. Qual é o objetivo do cartaz?
  2. Na sua opinião, quem seria o público do cartaz? Explique.
  3. Você acredita que cartazes como o que acabou de ler são importantes? Por quê?
Orientações e sugestões didáticas

CAPÍTULO 1

Competências gerais da Educação Básica: 1, 4, 5, 7, 9 e 10.

Competências específicas de Linguagens: 1, 2, 3, 4 e 6.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 1, 2, 3, 5, 6, 7 e 10.

HABILIDADES Bê êne cê cê

(ê éfe zero oito éle pê zero dois), (ê éfe zero oito éle pê um zero, (ê éfe zero oito éle pê um três), (ê éfe zero oito éle pê um quatro), (ê éfe zero oito éle pê um seis), (ê éfe seis nove éle pê zero dois), (ê éfe seis nove éle pê zero quatro), (ê éfe seis nove éle pê zero três), (ê éfe seis nove éle pê zero sete), (ê éfe seis nove éle pê zero oito), (ê éfe seis nove éle pê um um), (ê éfe seis nove éle pê um três), (ê éfe seis nove éle pê um dois), (ê éfe seis nove éle pê um quatro), (ê éfe seis nove éle pê um cinco), (ê éfe seis nove éle pê um seis), (ê éfe seis nove éle pê um oito), (ê éfe seis nove éle pê um nove), (ê éfe seis nove éle pê dois quatro), (ê éfe seis nove éle pê dois cinco), (ê éfe seis nove éle pê dois seis), (ê éfe seis nove éle pê cinco seis), (ê éfe oito nove éle pê zero um), (ê éfe oito nove éle pê zero dois), (ê éfe oito nove éle pê zero três), (ê éfe oito nove éle pê zero quatro), (ê éfe oito nove éle pê um zero), (ê éfe oito nove éle pê um um), (ê éfe oito nove éle pê um dois), (ê éfe oito nove éle pê um quatro), (ê éfe oito nove éle pê um cinco), (ê éfe oito nove éle pê um seis), (ê éfe oito nove éle pê um sete), (ê éfe oito nove éle pê dois zero), (ê éfe oito nove éle pê dois três), (), (ê éfe oito nove éle pê dois sete), (ê éfe oito nove éle pê três zero)

No Capítulo 1, vamos desenvolver uma discussão em torno da prática conhecida como bullying. Entre as reflexões propostas, também será objeto de discussão quais atitudes a comunidade escolar deve tomar em caso de intimidação sistemática (bullying) em ambiente escolar. O trabalho proposto para o capítulo, portanto, contribui para favorecer a cultura da paz e promove prioritariamente o desenvolvimento da Competência 9, visto que favorece o exercício da empatia, da resolução de conflitos e cooperação em defesa dos direitos humanos e da valorização da diversidade. Nesse sentido, também colabora com o tê cê tê Cidadania e civismo – Educação em direitos humanos e Direitos da Criança e do Adolescente.

Abertura do capítulo

Na abertura do capítulo, apresentamos uma fotografia que faz parte da campanha do Unicef. O texto original está em inglês (One shot is enough) e pode ser traduzido livremente por “Um disparo basta” ou como “Um clique basta” em remissão ao clique ou “disparo” do botão, para tirar uma foto. Durante a exploração do cartaz, vale a pena fazer referência a essa livre tradução e contrapô-la à tradução oficial pela qual se optou, problematizando a escolha e avaliando os diferentes efeitos de sentido e seus impactos no leitor.

Nos exercícios a seguir, trabalharemos os atores sociais do bullying representados no cartaz, sobretudo a postura violenta das agressoras.

Por meio dessa imagem e da discussão proposta com base nela, o objetivo é ativar os conhecimentos prévios dôs ou dás estudantes sobre o tema debatido no capítulo: a prática do bullying.

Converse com a turma

HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê zero dois, ê éfe seis nove éle pê zero quatro, ê éfe oito nove éle pê dois sete).

  1. O objetivo do cartaz é problematizar a prática do bullying e, principalmente, a do cyberbullying, proveniente da publicação de fotos, comentários etcétera em redes sociais com o intuito de humilhar alguém.
  2. Espera-se que os ou as estudantes considerem que o cartaz seja, de maneira geral, dirigido a jovens e crianças e à comunidade escolar (pais, professores, diretores, funcionários etcétera).
  3. Espera-se que os ou asestudantes respondam que sim, porque esse cartaz faz parte de uma campanha desenvolvida pelo Unicef que busca conscientizar a comunidade escolar contra o bullying. Essa prática nociva, como apontam essa e outras campanhas similares, é uma das principais causas de depressão e suicídio entre jovens e crianças em idade escolar.
  1. Quais recursos visuais foram usados pelo fotógrafo para dar ênfase às informações verbais que compõem o cartaz? Observe na página anterior, na lupa, o texto que acompanha o cartaz e sua tradução.
  2. As personagens que compõem a cena estão representando três papéis possíveis de viver em uma situação como esta: o papel de quem faz algo, o de quem sofre algo e o de quem vê/assiste acontecer.
    • Com base nessa afirmação, explique esses papéis vividos na cena.
  3. Na tradução do texto do cartaz, temos a frase: Uma foto basta. Ela pode ser relacionada com que informação visual da peça? Qual o sentido dessa frase, nesse contexto?
  4. O que você pensa sobre situações como essa?
  5. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (United Nations Children’s Fund), unicéfi, tem o objetivo de promover a defesa dos direitos das crianças e garantir condições ideais para que esses direitos sejam cumpridos, contribuindo para o desenvolvimento delas.
    • Você diria que essa campanha atende a esse objetivo? Explique.

O que você poderá aprender

  1. O que são bullying e cyberbullying?
  2. Que consequências essas práticas podem trazer para quem é vítima?
  3. Como combater essas práticas na escola?
  4. Quem pratica o bullying deve ser punido?
  5. Quais podem ser as reações de quem assiste a uma prática de bullying?
  6. O que é possível fazer para combater essa prática?
  7. Você sabe o que é a cultura do cancelamento? Ela pode ser uma opção ao enfrentamento do bullying?
  8. É importante debater esse tema?

O que você verá neste capítulo

Você conhecerá informações e opiniões sobre o bullying e o cyberbullying. Também recordará o que sabe sobre o gênero debate, discutindo soluções para evitar esse comportamento na escola.

Orientações e sugestões didáticas
  1. Espera-se que os ou as estudantes reconheçam a fórma como a cena foi construída: com as três figuras representadas que caracterizam o bullying (o agressor, a vítima e a testemunha da agressão); o aspecto envelhecido da foto e o modelo antigo do figurino contrastando com a tecnologia dos celulares. professor ou professora, explique para a turma que o texto original pode ser traduzido como “Um clique basta”. Enfatize que as agressoras têm uma postura marcadamente violenta, comportando-se como um batalhão de fuzilamento, enquanto o menino agredido, com as mãos atrás da cabeça, está em posição de submissão ao receber a foto/tiro dôs ou dás colegas. Destaque ainda: a foto em preto e branco dá maior dramaticidade à cena; a roupa dos meninos é de uma época mais antiga, ou seja, a escolha do figurino contribui para a reflexão (embora os agressores façam uso de uma nova tecnologia, o bullying é recorrente em outras épocas, mas deve ser combatido).
  2. Espera-se que os ou as estudantes reconheçam a presença de três figuras recorrentes em casos de bullying, representadas no cartaz: o agressor (quatro garotos fotografando outro garoto); o agredido ou a vítima (menino ajoelhado na quadra, sendo fotografado); e o público ou a testemunha da agressão (menino com mochila, ao fundo, que só observa e não reage ao ato de violência diante de si).
  3. Apoie os ou as estudantes no processo de compreensão da relação entre o clicar para tirar uma foto com o celular e um disparo ou um tiro, considerando a livre tradução de One shot is enough. Pergunte-lhes: O que poderia acontecer logo depois desse momento que a fotografia retrata? Quais as consequências, para a vítima, de expor uma foto como essa na internet? Espera-se que percebam que o ato fere a vítima: ela se sente humilhada, o que pode levá-la, como informa o texto, à depressão e ao suicídio.
  4. Resposta pessoal. Este é um momento importante para observar as percepções que circulam na sala sobre o tema, possibilitando diagnosticar o grau de intervenção necessário para a promoção da cultura da paz e do respeito ao outro.
  5. Espera-se que os ou as estudantes considerem que o objetivo da campanha aponta para a intenção de promover a conscientização sobre a gravidade do problema, reconhecendo a violência do ato que fere o direito das crianças e adolescentes ao respeito, à não discriminação e à segurança. Caso julgue adequado, sugerimos a leitura de trechos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ê cê á) que façam remissão ao direito das crianças e dos adolescentes à proteção e à não discriminação. O documento está disponível em: https://oeds.link/0kvefI. Acesso: 22 abril 2022.

Leitura

Atividade 1 – Por que existe o bullying e como lidar com ele?

Antecipando a leitura com a turma

  1. Dê uma olhada geral no texto antes de iniciar a leitura: observe o título, a linha fina, a imagem. Ele abordará um tema relacionado ao bullying. Como você acredita que será essa abordagem?
  2. Você já vivenciou alguma situação de bullying em sua escola? Se quiser, conte como isso aconteceu, seguindo as orientações do professor ou da professora.
  3. Em sua opinião, o que leva uma pessoa a praticar o bullying?
  4. Qual é o limite entre brincadeira e agressão?
Vinheta de seção. Contorno de um clipe.

Clipe

No dia 15 de maio de 2018, foi publicada no Diário Oficial a Lei .13663, que altera o artigo 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A atualização na lei inclui a responsabilidade das escolas em promover medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying e a outros tipos de violência, além de implementar ações para a promoção da cultura de paz.

Reprodução de página de internet.

Manual do bullying: por que existe e como lidar?

As brincadeiras e apelidos foram longe demais? Isso é sério!

Por Sofia Duarte 05/03/2018

Fotografia. Uma menina vista da cintura para cima, com o corpo para levemente inclinado para a esquerda da imagem. Ela está com a mão direita sobre o rosto, tampando os olhos e, na mão esquerda, segura um celular. Ela tem cabelos castanhos até os ombros, veste camisa xadrez em tons de azul. Ao fundo, cenário desfocado, composto de galhos de árvores com folhagens verdes.
Orientações e sugestões didáticas

Atividade 1

Antecipando a leitura com a turma

HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe oito nove éle pê dois sete)

professor ou professora, este momento tem como objetivo antecipar aspectos do texto fornecido para leitura e possibilitar uma reflexão: seja da perspectiva dos gêneros priorizados para a leitura e produção, seja da perspectiva da temática abordada. Sugerimos que, mesmo que a leitura seja proposta de fórma individual e silenciosa, o conteúdo do boxe Antecipando a leitura com a turma seja sempre tratado coletivamente, visando à promoção de uma discussão prévia oral que promova tanto a ativação e o compartilhamento de conhecimentos prévios relevantes para a leitura quanto a antecipação do que será objeto de discussão no texto.

Acessar a notícia na internet possibilitaria um exercício de navegação pelos links sugeridos na página. Caso isso não seja possível, chame atenção para as marcas do texto que indicam ter sido retirado do ambiente virtual e ser hipertextual: o link para as redes sociais, para compartilhar o texto; o acesso ao vídeo.

  1. HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis nove éle pê zero três) Respostas pessoais. professor ou professora, converse com a turma sobre a possível relação existente entre os termos que compõem o título manual, bullying e como lidar. Pergunte se cada um desses termos está claro. Caso julgue necessário, questione a turma sobre o que seria um manual de bullying: O que é um manual?; Quando lemos um?; Será que o texto que vão ler ensina como fazer bullying ou como lidar com ele?
  2. Respostas pessoais. professor ou professora, o assunto deve ser discutido, porém sem gerar constrangimento ou expor os ou as estudantes. O relato pode ser de quem sofreu, agrediu ou “assistiu” ao bullying. Oriente a turma a não citar nomes, preservando a identidade de todos os envolvidos. Caso julgue adequado, amplie essa discussão sobre o quanto o bullying é nocivo e prejudica a autoimagem e o desenvolvimento de uma autoestima saudável.
  3. Resposta pessoal.
  4. Resposta pessoal.

Sabe aquele apelido que você odeia? Ou qualquer tipo de “brincadeira” que seja engraçado pra geral, menos pra você, e segue sendo repetida? Tudo isso pode ser classificado como bullying, que vai além e envolve até agressão física. Sim, é sério. Sem contar o cyberbullying, miga, com proporções ainda maiores. Essas atitudes fazem qualquer um se sentir diminuído, acabam com a autoestimaglossário e fica difícil ver uma saída. Mas ela existe, viu! E a gente está aqui pra ajudar com um manual do bullying para você entender como agir em uma situação dessas.

Por que existe bullying, afinal?

A resposta é simples: falta muita empatiaglossário e respeito ao próximo. “Quem faz bullying tem questões de inseguranças e acaba utilizando outra pessoa como válvula de escapeglossário para as próprias frustrações”, explica a psicóloga Deborah Moss. Ou seja, enquanto existir aqueles que precisam pisar nos outros pra se sentir bem, vai rolar bullying. Mas não deve ficar por isso mesmo... Ah, não!

Brincadeira?

Muitas vezes, o bullying começa com algum tipo de brincadeira, que é engraçada para algumas pessoas (quem faz, claro), mas incomoda outras (as vítimas). Porém, existe um limite pra isso. Uma brincadeira só é legal quando todos riem, sacou? Segundo a orientadora Patrícia Góes, “é caracterizado bullying quando há repetição e intenção”. Se você está em uma turma onde isso acontece, fique atenta e siga nossa dica: sempre se coloque no lugar de quem está sofrendo o bullying. O passo número dois é mostrar que essa pessoa não está sozinha.

A gente consegue vencer o bullying?

Sim. Mas é um trabalho que envolve a vítima, os amigos, a escola, o próprio valentão e as famílias: “Tem um agressor que também pode estar sofrendo, ou seja, é preciso chamar os pais pra entender tudo o que há por trás da situação”, conta Deborah.

Olha que ação massa!

Imagina uma escola fazendo integração entre alunos novos com os veteranos, para ninguém se sentir deslocado? Isso rola em São Paulo reticências. “Este projeto cuida da integração e do relacionamento entre os estudantes, visando acolher os novos alunos”, conta Sandra Braga, orientadora educacional reticências Que tal sugerir ações do tipo na sua escola? É para o bem da geral! reticências

Texto e entrevista: Mariana Scherma. Consultorias: Deborah Moss, neuropsicóloga, mestre em psicologia do desenvolvimento humano; Patrícia Mara de Abreu Góes, orientadora educacional do Colégio Salesiano Santa Teresinha, e José Milagre, advogado especialista em crimes digitais.

TODA Teen. Disponível em: https://oeds.link/fcbd1x. Acesso em: 23 abril 2022.

Primeiras impressões

  1. A imagem que faz parte do texto causou algum tipo de sentimento ou reação em você? O que achou do uso dela para ilustrar o texto?
  2. A leitura desse texto acrescentou algo a você em relação ao assunto tratado?
  3. Observando a linguagem utilizada pela jornalista, responda:
    1. Que linguagem predomina nele: formal ou informal? Justifique com exemplos retirados do texto.
    2. Como você pode explicar a opção por esse tipo de linguagem?
  4. Que relação o texto estabelece entre o bullying e a brincadeira?
  5. E para você, existe algum limite nas brincadeiras? Na sua opinião, o que faz algo ser uma brincadeira ou ser considerado bullying?

Atividade 2 – Qual é a diferença entre bullying e deboche?

Agora, leia a entrevista a seguir com o psicólogo Antônio Carlos Amador Pereira e compare com o texto Manual do bullying: por que existe e como lidar?

Reprodução de página de internet.

Existe diferença entre debocheglossário e bullying?

André Cabette Fábio 28 outubro 2017 (atualizado 28/outubro horas)

reticências

O Nexo conversou sobre a prática do bullying com o psicólogo Antônio Carlos Amador Pereira, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e autor do livro Viver pode ser mais fácil, lançado em 2017 pela Editora Harbra.

Pereira recomenda cautelaglossário ao chamar qualquer caso de deboche de bullying e afirma que escolas devem ficar atentas para casos de perseguição sistemáticaglossário a alunos. E que é possível desarmar essas situações.

O que é bullying?

ANTÔNIO CARLOS AMADOR PEREIRA Quando o termo bullying apareceu ele descrevia a intimidaçãoglossário sistemática e contínua que ocorria principalmente às escondidas nas escolas. Alunos que tinham algumas características que chamavam atenção sofriam com o que se chamava de bullying.

Aparece de tudo na tradução em português, como valentão, por exemplo. Mas intimidação é o termo que mais se aproxima do significado. A pessoa que sofre bullying é intimidada por outra pessoa ou por um grupo, de uma fórma que pode ser física ou verbal. Um ponto é importante: essa intimidação é frequente.

Orientações e sugestões didáticas

Primeiras impressões

professor ou professora, é muito importante que essas questões sejam discutidas oralmente, com o coletivo da sala. O objetivo é favorecer uma primeira troca de impressões sobre o texto lido, de modo que os ou as estudantes possam compartilhar suas compreensões globais sobre o que leram e checar possíveis hipóteses levantadas antes e durante a leitura.

HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê zero três, ê éfe seis nove éle pê dois cinco, ê éfe oito nove éle pê dois sete)

  1. Respostas pessoais. , converse sobre as imagens usadas para ilustrar o texto “Manual do bullying: por que existe e como lidar?”. Peça aos ou às estudantes que comentem como cada uma delas se relaciona com o tema, inferindo que a primeira imagem retrata alguém com vergonha (retratado cobre o rosto) por algum conteúdo (provavelmente, resultado de bullying) publicado na internet (o retratado segura um celular). Na segunda imagem, vemos a agressão e a opressão de quem pratica e a humilhação de quem sofre bullying.
  2. Respostas pessoais. , busque retomar a discussão sobre a importância de se enfrentar e desencorajar a prática do bullying na escola.

3a. Espera-se que os ou as estudantes respondam que o texto apresenta um tom mais informal que pode ser observado pelo uso de algumas palavras (como “miga”, “pra”, “rolar”, “geral” etcétera) simulando interação na internet. Essa característica mais informal pode decorrer da revista querer criar um diálogo mais próximo com o seu público jovem.

3b. Oriente os estudantes a observarem as referências do texto, de modo que percebam se tratar de uma publicação destinada ao público adolescente e jovem.

A escolha de um registro de linguagem mais informal, com uso de expressões utilizadas também por esse público, é um modo de se aproximar mais dele.

  1. Espera-se que os ou as estudantes respondam que o texto defende que existe um limite para brincadeira. Segundo o texto que leram, “Uma brincadeira só é legal quando todos riem”.
  2. Respostas pessoais. , peça aos ou às estudantes que justifiquem suas respostas e levantem exemplos quando for o caso. Anote a participação da turma para que possa ser retomada e discutida em outro momento.

Atividade 2

, o psicólogo Antônio Carlos Amador Pereira cita o caso do menino de Goiânia. Caso julgue adequado, você pode ampliar as discussões sobre casos de bullying desenvolvendo atividade de escuta do episódio 15 do programa de podcast Debate de Bolso, disponível em: https://oeds.link/fcbd1x Acesso em: 23 abril 2022. Se desenvolver atividade de escuta, inicie a escuta a partir de 3:40 e proponha as seguintes questões para serem debatidas: O que foi o caso de Goiânia?; Como os debatedores definem bullying?; O que diferencia usar a palavra bullying de outras palavras como deboche, zoeira etcétera?; Qual é a atitude da escola, segundo o debatedor do podcast, em caso de bullying?

Por exemplo: conheci uma pessoa que ficou oito anos na escola sofrendo intimidações e gozações porque era gorda. Por que o bullying acontece muito na escola? Porque o indivíduo é obrigado a ir todos os dias, mesmo se alguém cismaglossário com ele porque é gordo, usa óculos, tem algum problema de fala etcétera

Quando a pessoa é obrigada a frequentar o ambiente em que isso acontece, ela é massacrada, e sua vida começa a ficar insuportável.

Hoje eu vejo uma tendência de pôr tudo no mesmo balaioglossário , qualquer caso de gozação e deboche é chamado de bullying. Mas isso é algo que existe onde há seres humanos, e com adolescentes é muito frequente. Se é uma brincadeira ocasional, que acontece um dia ou outro eu classificaria de fórma diferente.

As pessoas usam a palavra pelo impacto que ela produz, tem políticos que chegaram a dizer que sofrem “bullying político”, mas não é bem assim. Se tudo é bullying, nada é bullying. Se você usa demais o termo, ele perde sua fórça.

Se você usa óculos, é careca e a pessoa cisma em falar disso, isso ainda não é bullying. Se vou num campo de futebol em que poderiam debochar de mim por ser careca, posso colocar um boné. Mas se você conviver todo dia com pessoas que ficam marcando esse aspecto, aí vira bullying. É um problema porque produz um estresse constante.

Por que as pessoas fazem bullying?

ANTÔNIO CARLOS AMADOR PEREIRA Na psicologia, a maior parte das coisas é multideterminadaglossário . Há estudos que dizem que a pessoa que faz o bullying tem que ser estudada e pode precisar de cuidados porque tem problemas psicológicos. Isso não acontece sempre, mas [ocorre em] muitos casos de intimidadores que têm problemas pessoais.

Uma criança que sofre abuso, é espancada, vítima de violência, muitas vezes tende a reproduzir isso com outras. Muitas vezes a escola não consegue enxergar o que acontece, mas alguém que gasta tanta energia para oprimir alguém, que vira o líder de um grupo de intimidação, precisa ser tratado na maior parte dos casos, porque tem problemas psicológicos. Hoje também tem esse elemento em alguns grupos, de se orgulhar de ser estúpido.

Quais são as consequências para a criança e para a sua vida adulta?

ANTÔNIO CARLOS AMADOR PEREIRA Os problemas maiores são quando a pessoa se sente acuadaglossário , desesperada, com muita raiva. Vemos muitas vezes um comportamento antissocial porque a pessoa deixa de confiar nos outros.

Uma vez eu lidei com uma situação em que o menino não queria ir para a escola de jeito nenhum. Nem a família nem a escola conseguiam entender o que estava acontecendo. Trouxeram ele para conversar comigo, e ele contou que era gordinho e os colegas meninos queriam colocar um sutiã nele. O bullying tem muito esse elemento de humilhação.

Ilustração. Em primeiro plano, um menino em pé, com a cabeça para baixo e olhar ao longe. Ele tem cabelos castanhos, de camiseta e calça em tons de azul e sapatos marrons. Atrás dele, três silhuetas de garotos maiores em tons de azul com partes sombreadas, os quais estão rindo com os olhos fechados.

Também conheci pessoas que sofreram bullying em toda a vida escolar e na vida adulta não confiavam em pessoa alguma, se sentiam completamente fóra do mundo.

Tem uma tendência que começou nos Estados Unidos de atribuir casos de homicídio em massa ao bullying. reticências

Não é todo mundo que sofre bullying que comete homicídio, isso depende muito da personalidade, da formação da pessoa. Tem que ter um exame mais profundo de por que ele escolheu essa solução, que prejudica muito a vida dele.

Qual é o papel da escola sobre casos de bullying?

ANTÔNIO CARLOS AMADOR PEREIRA A escola tem que acompanhar. Isso pode ser difícil, porque, quando é dentro da sala de aula, é velado. A vítima não conta o que está acontecendo, mas há alterações de comportamento, é possível perceber que um aluno está mais isolado.

Eu acho muito positivo ter um psicólogo nas escolas, porque muitas vezes a pessoa que sofre bullying se sente sozinha, desamparada e pode recorrer a ele. Vi casos em que brincadeiras de mau gosto não se tornaram bullying porque o psicólogo interveio, fez uma reunião com os alunos e esvaziou a situação.

A escola precisa estar alerta para identificar o que acontece e não deve simplesmente brigar com o aluno, tem que mostrar a dimensão do que ele está fazendo.

Tem um filme que se chama Escritores da liberdade, em que um aluno faz uma piada com um menino negro sentado na carteira da frente. Ele faz uma caricatura que vai sendo passada de pessoa para pessoa até chegar no aluno negro.

A professora faz uma coisa genial, e começa a mostrar e contar o que os nazistas tinham feito, publicando todos os dias nos jornais caricaturas em que judeus tinham narizes grandes, caras de rato. Depois ela leva os jovens para visitar o Museu do Holocausto, e mostra que aquilo era parecido com o que acontecia na escola.

Qual é o papel da família?

ANTÔNIO CARLOS AMADOR PEREIRA É difícil acompanhar os filhos, principalmente adolescentes. Se você fica patrulhandoglossário , pode ser um desastre. Os pais têm que buscar uma distância ótima: estar perto e ter sensibilidade quando a pessoa precisa de alguma coisa, principalmente se ela pede.

Quando os pais sabem, eles têm que educar os filhos para que sejam capazes de se defender. Se você defende muito, você cria uma pessoa dependente. Se a criança aprende a se defender, e tem segurança de si mesma, tem mais chance de virar o jogo, acabar com o problema assim que surge e não deixar que aquilo se torne uma intimidação constante.

Com isso, não digo se defender fisicamente, mas verbalmente. No começo da adolescência, a agressão é muito verbal.

NEXO Jornal. Disponível em: https://oeds.link/ONsyZP. Acesso em: 23 abril. 2022.

Ilustração. Uma menina sentada em um cadeira marrom com a cabeça para baixo, as mãos segurando a coxa direita e os olhos fechados. Ela tem cabelos castanhos até o peito e franja penteada para o lado. Veste blusa de mangas compridas listrada em azul, calça marrom e sapatos em marrom e azul-claro.

O texto em construção

  1. Releia o texto que apresenta o posicionamento do psicólogo Antônio Carlos sobre bullying.
    1. Quais exemplos de bullying foram dados por Antônio Carlos? Como os fenômenos citados foram tratados pela escola e pelos professores?
    2. Depois de ler a entrevista com Antônio Carlos, você gostaria de alterar ou acrescentar algo às respostas que deu às questões do boxe “Antecipando a leitura” do texto da Atividade 1? Por quê?
  2. Releia o trecho a seguir de uma fala de Antônio Carlos e pense no assunto.

“A escola precisa estar alerta para identificar o que acontece e não deve simplesmente brigar com o aluno, tem que mostrar a dimensão do que ele está fazendo.”

Versão adaptada acessível

Atividade 2, item b.

Explique como a palavra “simplesmente” ajuda o leitor a perceber o valor que o entrevistado dá ao tratamento que em geral o agressor tem.

Vamos lembrar

Em um debate, os participantes precisam sustentar seu posicionamento, mas com respeito e consideração pelas opiniões dos outros. Por isso, há o exercício da contra-argumentação.

Contra-argumentar é analisar argumentos que sustentam uma opinião diferente da sua, explicar por que esses argumentos não convencem e apresentar outros na tentativa de influenciar a opinião do interlocutor.

  1. Neste trecho o entrevistado se posiciona contra o quê?
  2. Explique como a palavra destacada ajuda o leitor a perceber o valor que o entrevistado dá ao tratamento que em geral o agressor tem.
  3. Você concorda ou discorda de Antônio Carlos? Por quê?
  4. Agora, junte-se a um ou uma colega para conhecer a posição dele ou dela sobre a opinião do entrevistado. Em seguida, elabore uma contra-argumentação para a resposta dele ou dela.

3. Leia as frases a seguir.

Versão adaptada acessível

Atividade 3, item a.

Qual é a finalidade das seguintes partes das frases lidas: “Eu concordo” e “Eu não concordo”?

  1. Eu concordo que aquele que pratica bullying deve ser responsabilizado e punido pela escola, mas é preciso lembrar que as famílias têm que ser responsabilizadas, pois muitas delas também praticam bullying, às vezes com os próprios filhos.
  2. Eu não concordo que o bullying deve ser punido, pois vai contra as leis de proteção à infância e à adolescência e contra o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente.
  1. Qual é a finalidade das partes destacadas no texto?
  2. Na frase um, qual palavra sinaliza que outro ponto de vista será apresentado?
  3. Copie no caderno a palavra ou expressão abaixo que poderia ser empregada na frase um no lugar dessa palavra, mantendo-se a mesma relação de sentido.

Porque  Entretanto  Dessa forma

d. Qual palavra introduz, tanto na frase um como na frase dois, uma explicação sobre a afirmação anterior?

Orientações e sugestões didáticas

O texto em construção

HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis nove éle pê um seis)

professor ou professora, sugerimos que os ou as estudantes trabalhem em duplas na discussão e na resolução dessas questões que tratam de aspectos da textualidade, e que depois haja um momento de discussão coletiva delas. oriente-os ou oriente-as a retomarem e a relerem passagens do texto, para que analisem o que se pede na seção O texto em construção. Também considere a possibilidade de ampliar as discussões iniciadas aqui com base na leitura do texto “Precisamos falar da diferença entre racismo e bullying pelo bem dos jovens negros”, disponível em: https://oeds.link/H6RZig. Acesso em: 23 abr. 2022.

1. HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê zero três, ê éfe seis nove éle pê um um, ê éfe oito nove éle pê zero quatro)

1a. Espera-se que os ou as estudantes observem que Antônio Carlos cita casos de intimidações e gozações sofridas por pessoas que são gordas, usam óculos, têm problema de fala. O entrevistado ressalta a importância de haver um psicólogo na escola ou a tentativa de estabelecer um diálogo tanto com a vítima como com o bully (que também pode estar sofrendo algum tipo de violência ou transtorno). Antônio Carlos ainda destaca que a escola precisa estar alerta para identificar o que acontece e não deve simplesmente brigar com ô á estudante, tem que mostrar a dimensão do que ele está fazendo.

1b. Respostas pessoais. , aproveite para retomar a questão debatida durante a abertura deste capítulo. Levante as impressões de cada um e pergunte se gostariam de reformular o que foi respondido durante aquele momento e por quê. Peça aos ou às estudantes que justifiquem suas respostas e levantem exemplos quando for o caso. Anote a participação do grupo para que possa ser retomada e discutida por vocês em outro momento.

2. HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê zero três, ê éfe seis nove éle pê um cinco, ê éfe oito nove éle pê zero três, ê éfe oito nove éle pê zero quatro, ê éfe zero oito éle pê um zero, ê éfe zero oito éle pê um seis)

2a. Antônio Carlos se posiciona contra a postura da escola de só brigar com ô á estudante que pratica bullying ou de só repreendê-lo ou repreendê-la.

2b. Ajude os ou as estudantes a perceberem que o uso do advérbio simplesmente enfatiza a posição do entrevistado sobre a ineficiência da atitude de brigar com o agressor.

2c. Respostas pessoais. , sugerimos que os ou as estudantes trabalhem em grupos. Nesse momento, eles ou elas vão começar a levantar aspectos importantes para o desenvolvimento do debate relacionado às questões propostas: Quem pratica o bullying deve ser punido?; Quais ações devemos tomar contra o bullying? O “cancelamento” é uma possibilidade? Anote as contribuições dos grupos para que possam ser retomadas durante o debate em “Produzindo o texto”.

2d. Respostas pessoais. Oriente a turma a elaborar contra-argumentos como um exercício de argumentação, esclarecendo que, para esse exercício, não importa a posição que efetivamente têm sobre a questão, mas a atividade intelectual que exercem ao se colocarem em determinada posição. O mesmo exercício será proposto na questão 4.

3. HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe zero oito éle pê um três, ê éfe zero oito éle pê um seis, ê éfe oito nove éle pê zero quatro, ê éfe oito nove éle pê um quatro, ê éfe oito nove éle pê um seis, ê éfe oito nove éle pê dois três)

3a. Espera-se que os ou as estudantes observem que as partes destacadas no texto servem para marcar posição diante de outra opinião.

3b. Espera-se que os ou as estudantes observem que, na frase um, a palavra mas sinaliza que outro ponto de vista diferente será apresentado.

e. Copie no caderno a palavra ou expressão a seguir que poderia ser empregada no lugar dessa palavra, mantendo-se a relação de sentido.

Porém  Assim  Já que

Vamos lembrar

Expressões de concordância e discordância servem para marcar posição diante de outra opinião. O uso de expressões como essas cria um tom amistoso, permitindo que os interlocutores discordem, sem se desrespeitar. No geral, elas aparecem no início da fala, enfatizando o que o outro disse e também antecipando se haverá ou não concordância de pontos de vista.

Operadores argumentativos

Para dar aos enunciados fórça argumentativa, utilizamos operadores argumentativos. O uso desses operadores ajuda o ouvinte ou o leitor a entender o movimento de argumentação que um falante usou em seus enunciados.

Entre os operadores, há palavras de diferentes classes gramaticais, com destaque para as conjunções. Relembre alguns grupos de operadores argumentativos:

Operadores que assinalam a introdução de um argumento mais forte em relação aos usados antes.

Até, mesmo, até mesmo, inclusive.

Operadores que somam, acrescentam argumentos, sem gradação, em favor de uma mesma conclusão.

E, também, ainda, além disso.

Operadores que introduzem uma conclusão referente a argumentos apresentados antes.

Portanto, logo, assim, dessa forma, pois,
em decorrência, consequentemente.

Operadores que contrapõem argumentos orientados para conclusões contrárias.

Mas, porém, contudo, embora, ainda que, posto que, todavia.

Operadores que estabelecem relação de comparação.

Mais que, tão como.

Operadores que introduzem uma justificativa ou explicação.

Porque, pois, que, já que, visto que.

Fonte: córh, inguedór Villaça. A interação pela linguagem. 5. edição. São Paulo: Contexto, 2000.

  1. Reúna-se com um(a) colega e proponham contra-argumentos para as opiniões seguintes. Dicas: usem expressões de concordância e discordância, assim como operadores argumentativos. Aproveitem opiniões e argumentos que já conheceram.
    1. As vítimas de bullying precisam revidar as agressões para que sejam respeitadas.
    2. A mídia tem exagerado no tratamento desse tema: agora tudo é bullying!
    3. Os praticantes de bullying fazem isso porque não há lei para puni-los.
Ilustração. Um menino e uma menina estão em pé conversando. Ele está à esquerda da imagem e com o dedo indicador da mão direita para cima. A menina está à direita da imagem; com os braços flexionados, ela gesticula com a mão direita para a direção do menino. Ele tem cabelos castanhos. Veste camiseta vermelha, calça cinza, sapatos vermelhos e brancos e mochila azul sobre as costas. A menina tem cabelos encaracolados em castanho; ela veste camiseta azul e uma faixa de mesma cor nos cabelos e calça e sapatos marrons.
Orientações e sugestões didáticas

O texto em construção

3c. Espera-se que os ou as estudantes observem que, na frase um, a palavra entretanto poderia ser empregada, mantendo-se a mesma relação de sentido que o termo mas.

3d. Espera-se que os ou as estudantes observem que a palavra pois introduz, tanto na frase I como na frase dois, uma explicação sobre a afirmação anterior.

3e. Espera-se que os ou as estudantes observem que a expressão já que poderia ser empregada, mantendo-se a mesma relação de sentido de pois.

4. HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê um cinco, ê éfe seis nove éle pê um seis, ê éfe seis nove éle pê um oito)

professor ou professora, após a formulação dos contra-argumentos, promove um momento para apresentarem suas produções e discutirem sobre a qualidade deles, avaliando a pertinência, a consistência e o grau de persuasão de cada um, bem como a adequação do uso dos operadores.

4a. Resposta pessoal.

4b. Resposta pessoal.

4c. Resposta pessoal.

Produção de texto

Conhecendo o gênero – debate

Neste capítulo, você vai aprender mais sobre o gênero debate e a construção da argumentação.

Converse com a turma

  1. O que diferencia um debate de uma conversa?
  2. Quais são as funções de um mediador em um debate?
  3. Para que servem os debates?
  4. Onde acontecem os debates?
  5. Que tipos de tema costumam ser debatidos?
  6. Com que possíveis intenções você acha que as pessoas assistem a debates?
  7. Como deve ser a relação entre as pessoas que participam de debates?

Atividade 1 – O que fazer em caso de bullying?

Como vimos, para enfrentarmos o bullying todos nós precisamos estar envolvidos (alunos, pais, mães, professores e professoras, direção da escola etcétera). Desde que foi instituída a lei antibullying, que se configura como Programa de Combate à Intimidação Sistemática, tornou-se responsabilidade e dever das escolas a “prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying)”. Com isso, ultimamente, a sociedade tem discutido muito o que a escola deve fazer em casos de bullying.

1. Leia a seguir o trecho de uma notícia publicada em 2016, sobre pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (í bê gê É) em 2015.

Reprodução de página de internet.

“De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, em 2015, 46,6% dos 13 milhões de jovens entrevistados, entre 13 e 17 anos de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país, disseram já ter sofrido algum tipo de bullying. Em 2012, a porcentagem era de 35,3%. A aparência física está entre os principais motivos para a prática do bullying.”

í bê gê É divulga o crescimento do bullying escolar. CPP, 20 setembro 2016. Disponível em: https://oeds.link/ZPKc0v. Acesso em: 23 abril. 2022.

Em sua opinião, esses dados justificavam, na ocasião, a necessidade de uma lei antibullying? Por quê?

Orientações e sugestões didáticas

Converse com a turma

HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe oito nove éle pê dois sete)
  1. Um debate tem um propósito: discutir uma polêmica, convencer alguém a aceitar um ponto de vista sobre uma questão. Uma conversa pode ter qualquer propósito.
  2. O mediador deve organizar o debate, coordenando os turnos de fala e garantindo que o tempo de cada debatedor e os direitos de réplica e tréplica sejam respeitados.
  3. Os debates podem servir a vários propósitos; por exemplo, em uma eleição, permitem conhecer os pontos de vista dos candidatos a respeito de temas polêmicos. Além disso, podem ajudar a esclarecer diferentes visões de um problema.
  4. Eles podem acontecer na escola, na instituição religiosa, na universidade, na televisão e até em publicações impressas.
  5. Temas que provocam discussão na sociedade, como desarmamento, cotas em universidades, benefícios e malefícios de comer ou não comer carne, maioridade penal etcétera
  6. As pessoas podem assistir a debates para conseguir mais informações para fazerem escolhas, como de um candidato, de uma atitude etcétera
  7. Espera-se que os estudantes respondam que deve ser de respeito aos turnos de fala, à argumentação alheia e haja a percepção de que toda opinião e argumentação é centrada da defesa do ponto de vista e nada é voltado para o lado pessoal.

Atividade 1

HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe oito nove éle pê um sete, ê éfe oito nove éle pê dois zero)

Espera-se que os ou as estudantes considerem que sim, visto que a pesquisa indica aumento de ocorrências de 2012 (35,3%) para 2015 (46,6%). O número de entrevistados (13 milhões) e a indicação de que quase metade deles (46,6%) respondeu que já sofreu bullying evidencia a relevância da lei como fórma de inibir essa prática.

Vinheta de seção. Contorno de um clipe.

Anexo

Para realizar as próximas atividades é essencial que você conheça a lei antibullying. Busque-a no Anexo de Textos de apoio do Capítulo 1.

2. Veja o que um dos incisos do Artigo 4º da lei que trata sobre os objetivos do Programa prescreve sobre isso.

Reprodução de página de internet.

oito– evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil reticências

CÂMARA dos Deputados. Disponível em: https://oeds.link/uYsSZd. Acesso em: 23 abril. 2022.

  • A lei incentiva a punição para os agressores? Use o trecho citado para justificar.
  1. Busque, no Anexo de Textos de apoio deste capítulo, o texto integral da lei nº 13.185/15: Programa de Combate à Intimidação Sistemática. Em parceria com um ou uma colega, leia-o para conhecer e discutir alguns aspectos da lei.
    • Segundo o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, o que a escola deve fazer diante da presença de agressores e em casos de bullying?
  2. Agora, leia o trecho de uma entrevista cujo foco é a lei antibullying e converse com a turma.
Reprodução de página de internet.

Entrevista sobre a lei antibullying com Carlos Kremer, Presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente da ó á bê

“Não é uma lei de punição. Tem caráter pedagógico e dá importância para a vítima.”

Na opinião de Carlos Kremer, presidente da Comissão Especial da Criança e do Adolescente da seção gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (ó á bê/Rio Grande do Sul), a lei que institui o programa de combate ao bullying é promissora: privilegia a prevenção, e não as medidas punitivas. Habituado a um trabalho de divulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ê cê á) junto a escolas, o advogado acredita que a disseminação de informações e a capacitação de profissionais para impedir e mediar conflitos são iniciativas de potencial transformador para o combate ao bullying.

“A nova lei traz uma cultura de paz, e não de conflito, de estimular a violência pela violência. Vejo-a com muito bons olhos” – comenta.

Deverá haver um esforço das autoridades da área de ensino, segundo Kremer, para que o projeto seja efetivo:

Orientações e sugestões didáticas
  1. Espera-se que os ou as estudantes respondam que não, pois a lei prescreve para “evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores”.
  2. Espera-se que os ou as estudantes observem que o Programa de Combate à Intimidação Sistemática desaconselha a punição dos agressores. Em contrapartida, sugere que sejam desenvolvidas ações, instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança do comportamento hostil.

“As resistências sempre vão acontecer em um primeiro momento. Há quem vá dizer que não vai funcionar”.

Qual a relevância da nova lei?

Tem caráter pedagógico, que busca orientar. Não é uma lei de punição, não busca a responsabilização, mas não descarta essa possibilidade em casos mais graves. Institui um método alternativo de prevenção de conflitos que não o encaminhamento ao Judiciário, trabalhando de cima para baixo: secretarias de educação, conselhos de educação, escolas. Essa lei vem buscar a construção do indivíduo, fala da empatia. Quem pratica o bullying, quando colocado no lugar do outro, fica conscientizado do malefício que fez. A lei traz uma cultura de paz, conscientização, e não a punição.

Os críticos do texto destacam justamente isso: não há um caráter punitivo. Deveria haver?

É uma mudança de paradigma. Estamos acostumados com a cultura da punição. Qual é a eficácia disso? Com o adulto, funciona? O sistema carcerário funciona para a punição? O indivíduo punido é ressocializado efetivamente ou volta a delinquir, pior do que quando entrou? Esse sistema a que estamos acostumados já não responde às expectativas da sociedade no sentido de reconstruir o indivíduo. Essa lei busca a reconstrução do indivíduo, quer que ele depare com o erro que cometeu e não volte mais a praticá-lo. Há uma eficácia maior.

Como deve funcionar, na prática, para as escolas?

Vai ter de haver investimento em uma série de setores para que a lei seja eficaz. As escolas terão que investir mais em profissionais de psicologia para dar suporte e trabalhar com a vítima e o agressor. Vão ter que trazer os pais para dentro e fazer um trabalho de mediação. A grande novidade é essa: explorar mais a mediação entre o agressor e a vítima. Esta é uma alternativa de resolução de conflitos moderna.

A que estará sujeita a instituição de ensino que não tomar uma iniciativa?

Essa lei é uma carta de intenções. As escolas terão que se aparelhar com os seus conselhos de educação, que vão supervisionar a aplicação da lei e instrumentalizar as escolas, na medida do possível, para que os conflitos sejam prevenidos. Toda escola vai ter que se mexer a partir de agora. Nada funciona sem um suporte técnico qualificado. A lei pela lei, por si só, sem haver estrutura na escola, não vai funcionar. Ela está aí para ser cumprida, existem mecanismos para que seja cumprida. O Ministério Público, como fiscal da lei, poderá tomar uma iniciativa.

Ilustração. Dois homens em pé se cumprimentando com um aperto de mãos e sorrindo. O homem à esquerda tem cabelos castanhos; ele veste blusa azul de mangas compridas, calça e sapatos também azuis, mas em tom mais escuro. À direita, outro homem com cabelos castanhos; ele veste blusa vermelha de mangas compridas, calça e sapatos verdes.

A conscientização e a mudança de comportamento levam tempo. O que fazer com os conflitos mais imediatos?

Temos instrumentos que já conhecemos e são implementados. O bullying não é uma coisa nova. A esfera penal tem ações próprias para combater os crimes contra a honra, como a injúria, a calúnia, a difamação. As famílias que se sentirem lesadas podem agir nesse sentido, mas essa é uma cultura antiga, que no meu modo de ver não é eficaz. A nova lei é uma mudança de paradigma, e sempre há uma resistência num primeiro momento. Demanda tempo até que esse ranço cultural anterior seja modificado. Vemos claramente isso no Estatuto da Criança e do Adolescente, que tem 25 anos e ainda enfrenta muita resistência, até mesmo dos professores. Demora, mas aos pouquinhos vamos conscientizando as pessoas com a informação. A nova lei é um novo caminho, um instrumento que atinge mais a cidadania. No sistema penal comum, quem tem importância é o agressor, se quer punir o agressor. O que a vítima passou não tem muita relevância. A nova lei dá muita importância para a vítima, busca a integração entre o agressor e a vítima. É muito salutar.

Ilustração. Uma menina e um menino estão em pé com os braços estendidos e com as mãos quase se tocando. Eles sorriem. A menina tem cabelos castanhos curtos e com franja; ela veste camiseta com listras na horizontal em verde e branco, jardineira listrada, sapatos em tons de marrom e meias longas em rosa e azul. O menino tem cabelos castanhos; ele veste camiseta com listras horizontais em tons de azul, calça com listras verticais em tons de roxo, sapatos vermelhos e meias curtas em azul e branco.

SILVA, Valeria Rezende da. Bullying Não É Brincadeira, 14 fevereiro. 2016. Disponível em: https://oeds.link/XNoTQx. Acesso em: 23 abril. 2022.

  1. Qual é a posição de Carlos Kremer sobre a nova lei antibullying?
  2. A certa altura, Kremer afirma que “A nova lei traz uma cultura de paz, e não de conflito, de estimular a violência pela violência.”
    • O que se pode entender por “cultura de paz”, considerando o que diz a lei e a posição defendida por ele?
  1. E você, o que pensa? Qual é o seu posicionamento sobre punição em caso de bullying? Exemplifique.
  2. Na sua opinião, quais seriam as medidas que a escola poderia tomar para, segundo a lei antibullying, ofertar “instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento hostil”?

Atividade 2 – Os diferentes tipos de argumento

O exercício da argumentação contribui para que nossas opiniões fiquem mais consistentes e mais válidas. Isso pode fazer com que elas sejam mais bem compreendidas e respeitadas pelos nossos interlocutores. Leia:

Orientações e sugestões didáticas

professor ou professora, ao final da leitura, ainda em conversa coletiva, trabalhe com as questões propostas na seção, entre as quais estão as perguntas para antecipação, ativação de conhecimentos ou levantamento de hipóteses a serem checadas.

4. HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê zero três, ê éfe oito nove éle pê zero três, ê éfe oito nove éle pê zero quatro)

4a. Ele considera que a nova lei é promissora por ser mais preventiva do que punitiva.

4b. Espera-se que os ou as estudantes compreendam como um modo de olhar para as relações entre as pessoas na sociedade. Ajude a perceberem que para uma cultura da paz é necessário assumir um conjunto de valores, atitudes e comportamentos que levam a uma sociedade que respeite a vida e promova práticas de não violência, apostando no diálogo, na negociação de conflitos e na colaboração/cooperação de todos para a construção e a manutenção de uma cultura de paz.

4c. Resposta pessoal.

4d. Resposta pessoal.

Argumentar é mais do que dar uma opinião; é justificá-la, sustentá-la, defendê-la com argumentos, para tentar convencer o ouvinte ou o leitor. Existem diferentes argumentos: fatos que funcionam como exemplos, opiniões de especialistas, dados de pesquisa, apresentação de valores e princípios etcétera.

1. Observe as alternativas e relacione-as em seu caderno com os tipos de argumento descritos no quadro.

Argumento de autoridade: é uma citação da fala de algum especialista no assunto ou de dados de pesquisa.

Argumento de princípio: é uma apresentação de valores ou direitos, garantidos por lei ou fortemente aceitos por um grupo social.

Argumento com relação de causa e conse­quência: é um “efeito”, isto é, a consequência de uma ideia antes apresentada.

Argumento por exemplificação: é um fato que exemplifica, ilustra a ideia defendida.

Argumento por analogia: uso da comparação para validar uma ideia.

  1. Os bullies ou valentões não nascem assim. Muitas famílias adotam postura permissiva demais ou agressiva em demasia, influenciando negativamente o comportamento das crianças.
  2. As escolas têm responsabilidade no combate ao bullying, pois cabe a elas garantir o direito de os alunos se sentirem seguros e protegidos para aprender.
  3. O problema do bullying no Brasil se concentra principalmente em capitais: uma pesquisa realizada em 2010 revelou que as três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
  4. Uma pesquisa realizada em 2010 revelou que o problema do bullying é comum no 5º e no 6º ano, tanto em escolas públicas quanto em particulares.
  5. As vítimas de bullying podem acionar a justiça, pois atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar.
  6. Os atos de bullying são ilícitos, não respeitam a dignidade humana e causam danos à vítima, que pode ser indenizada. Portanto, tais atos ferem princípios constitucionais e também o Código Civil.
  7. O melhor caminho para combater o bullying é o esclarecimento, como exemplifica a Noruega, que conseguiu reduzir pela metade as ocorrências desse comportamento após uma campanha nacional.

2. Releia este trecho, no qual Kremer introduz outro tipo de argumento, conhecido como argumento por comparação.

Orientações e sugestões didáticas

Atividade 2

HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe oito nove éle pê um quatro)

1a. No trecho foi empregado argumento de princípio.

1b. No trecho foi empregado argumento com relação de causa e consequência.

1c. No trecho foi empregado argumento de princípio.

1d. No trecho foi empregado argumento de autoridade.

1e. No trecho foi empregado argumento por exemplificação.

1f. No trecho foi empregado argumento de princípio.

1g. No trecho foi empregado argumento por exemplificação.

“A nova lei é um novo caminho, um instrumento que atinge mais a cidadania. No sistema penal comum, quem tem importância é o agressor, se quer punir o agressor. O que a vítima passou não tem muita relevância. A nova lei dá muita importância para a vítima, busca a integração entre o agressor e a vítima. É muito salutar.”

  1. Para defender sua posição favorável à nova lei, Kremer a compara com que outra lei?
  2. Pela diferença apontada por ele, essa outra lei não defenderia uma cultura da paz. Por quê?
  3. A comparação feita aproximou duas leis para evidenciar o que elas têm de similar ou de diferente? Explique.
Título do Infográfico

Texto do Infográfico

Preenchido dinamicamente
Legenda da imagem
    Imagem meramente ilustrativa

    Gire o seu dispositivo para a posição vertical

    Ilustração. Em destaque na parte superior esquerda, três antebraços vestindo mangas longas em tons de azul e verde estão com os dedos indicadores apontados para a parte inferior da imagem, onde há a silhueta em tons de azul de um homem correndo.

    Atividade 3 – A cultura do cancelamento: um outro lado da moeda

    1. Em razão do aumento da presença de discursos de ódio na internet, tanto na publicação de posts quanto na de comentários ofensivos a pessoas ou a ideias, as plataformas digitais passaram a criar mecanismos de filtragem de mensagens para bloquear esse tipo de conteúdo. Tais bloqueios podem resultar em exclusão de perfis de pessoas que, de acordo com as normas de participação da plataforma, assumiram posições ou praticaram ações consideradas desrespeitosas, antiéticas e até criminosas em relação a algo ou alguém. Veja um exemplo disso, lendo a notícia a seguir:

    Reprodução de página de internet.

    MUNDO   BRASIL   CIÊNCIA E TECNOLOGIA   MALUQUICES   ESPORTES   CULTURA   ENTREVISTAS

    MALUQUICES – 12 DE SETEMBRO DE 2017

    Garoto é banido do Twitter por reclamar de mosquito

    Um japonês foi forçado a sair do Twitter por reclamar de um mosquito em um de seus posts. No dia 26 de agosto, o usuário @DaydreamMatcha postou a seguinte mensagem: “Maldito! Por que você fica me mordendo todo enquanto eu estou tentando relaxar e assistir à televisão? Morra! (Na verdade, você já está morto)”.

    Em seguida, o Twitter mandou para ele um recado dizendo que “a conta dele tinha sido congelada pois havia sido usada para mandar mensagens que continham ameaças” e que tweets contendo ameaças não eram permitidos” na rede social.

    Com isso, DaydreamMatcha não poderá voltar a usar a sua conta.

    Orientações e sugestões didáticas

    2. HABILIDADE FAVORECIDA ()

    2a. Ele cita o sistema penal comum, que tem leis específicas que regem sobre punições a crimes.

    2b. Ajude os ou as estudantes a inferirem que, como o sistema penal comum investe em leis para punir, não há a preocupação em solucionar os conflitos e em apostar na dissolução das tensões entre agressor e vítima.

    2c. Foi usada para identificar diferença: uma defende apenas a punição do crime, enquanto a outra defende a solução do problema pela educação, pela conscientização do direito do outro e pelo respeito a esse direito.

    Para reclamar da decisão, o usuário, então, criou outro perfil, em que escreveu: “Minha conta ficou permanentemente congelada depois que eu disse que mataria mosquitosreticências isso é uma violação?”

    A mensagem que foi enviada a ele não foi feita por uma pessoa, mas sim por um robô, que costuma congelar contas de pessoas que usam palavras de ameaça. Essa medida é tomada para evitar que ocorram casos de bullying na rede social.

    Garoto é banido do Twitter por reclamar de mosquito. Jornal Joca. Disponível em: https://oeds.link/nhjUGr. Acesso em: 23 abril. 2022.

    1. O que levou a plataforma a banir o garoto?
    2. Se considerarmos somente o teor da mensagem do garoto, divulgada na notícia, é possível justificar a decisão da plataforma? Por quê?
    3. Você considera que banir/cancelar/bloquear perfis nas redes sociais é uma medida punitiva válida? Comente.

    2. Observe o nome da seção em que a notícia aparece. Como pode ser justificada a publicação dela nessa seção?

    De olho na imprensa

    Além desse tipo de exclusão feita pelas plataformas, outro tipo tem se tornado cada vez mais comum: o cancelamento. Este, realizado pelo público. O cancelamento consiste na exclusão de uma pessoa que, de acordo com certo grupo social, teve um comportamento reprovável. Esse cancelamento pode se dar por meio de campanhas nas redes, denunciando tal comportamento e, muitas vezes, persuadindo o público a se engajar na campanha, divulgando-a em suas redes e cancelando sua inscrição nos canais de quem está sofrendo o cancelamento.

    Não poucas vezes essas campanhas de cancelamento tornam-se verdadeiros linchamentos virtuais, com punições que podem envolver desde exclusões dos grupos sociais até demissões do trabalho.

    Que tal saber o que está circulando nos canais jornalísticos a respeito desse tema para compreendê-lo melhor e analisar algumas situações que resultaram em cancelamentos?

    1. Busque pela hashtag (palavra-chave) cancelamento e selecione notícias, reportagens, entrevistas em diferentes linguagens (vídeos, podcasts, textos escritos etcétera).
    2. Prepare-se para uma roda de conversa sobre o assunto alimentando-se desse material. Na seleção que fizer, procure alguns exemplos de cancelamentos para discutir com os(as) colegas.
    3. Depois das trocas, discuta com a turma: Cancelar as pessoas é uma medida adequada no combate a preconceitos?
    Orientações e sugestões didáticas

    Atividade 3

    HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê zero um, ê éfe seis nove éle pê zero três)

    1a. Uma postagem que ele fez dizendo que mataria um mosquito que o estava importunando.

    1b. Não, pois o menino não cometeria um crime de acordo com a lei.

    1c. HABILIDADE FAVORECIDA (ê éfe seis nove éle pê dois cinco) Resposta pessoal.

    2. O nome da seção “Maluquices” demonstra um posicionamento do veículo a respeito do fato mencionado na notícia ao publicá-la em uma seção com esse nome. No caso, fica claro que o veículo considera um absurdo o garoto ser banido por dizer que iria matar um mosquito.

    De olho na imprensa

    HABILIDADES FAVORECIDAS (ê éfe seis nove éle pê zero um, ê éfe seis nove éle pê dois cinco)

    Produzindo o texto

    Condições de produção

    O quê?

    Você e sua turma farão um debate. Considerando o que aprenderam desse gênero, vão refletir e formular soluções para estas questões:

    • Quem pratica o bullying e/ou o cyberbullying deve ser punido?
    • Quais ações devemos tomar contra essas práticas de bullying? Para quem?

    O debate é destinado à comunidade escolar, com a finalidade de levantar quais ações podem ser eficazes no combate a essas práticas.

    Como fazer?

    1. Organize o debate com o seu grupo. Sigam as orientações:
      • Quanto tempo será destinado ao debate?
      • Como dividir esse tempo entre os grupos?
      • Quantos grupos vão preparar argumentos voltados para crianças e jovens?
      • E quantos grupos vão preparar argumentos voltados para adultos (pais e mães, professores e professoras, direção escolar)?
      • Todos do grupo participarão, ou um ou dois representantes apresentarão a opinião e os argumentos do grupo?
      • O mediador fará perguntas ou só organizará as participações?
      • Onde e quando acontecerá o debate?
    Ilustração. Vista aérea de um grupo de estudantes sentados com as cadeiras dispostas em semicírculo. Há crianças brancas, pardas e pretas. Todas veste uniformes com calças azuis e camisetas verdes. Na parte inferior da imagem, uma criança cadeirante vista de costas está com o braço direito estendido para cima. A maioria dos estudantes segura uma folha. Na lateral direita, há uma mulher adulta vestindo blusa rosa e calça azul; ela também segura uma folha, olhando-a.
    Orientações e sugestões didáticas

    Produzindo o texto

    HABILIDADES FAVORECIDAS

    (ê éfe zero oito éle pê um zero, ê éfe zero oito éle pê um três, ê éfe zero oito éle pê um quatro, ê éfe seis nove éle pê um um, ê éfe seis nove éle pê um três, ê éfe seis nove éle pê um quatro, ê éfe seis nove éle pê um cinco, ê éfe seis nove éle pê dois cinco, ê éfe seis nove éle pê dois seis, ê éfe oito nove éle pê um dois, ê éfe oito nove éle pê um cinco, ê éfe oito nove éle pê dois dois, ê éfe oito nove éle pê dois quatro)

    Esse é o momento da orientação geral para preparar e realizar o debate, visando à discussão sobre a prática de bullying e cyberbullying e sobre a possibilidade de haver ou não punição dos agressores.

    Retome brevemente com a turma as leituras e discussões realizadas até o momento; oriente-a a pesquisar fatos e informações que possam sustentar suas opiniões; converse sobre a importância de perguntas para a pesquisa. Liste com os ou as estudantes fontes e informações que podem ser pesquisadas por eles ou elas ou sugeridas por você, como a pesquisa tíc Kids Online Brasil, promovida pela Cetic para verificar indicadores sobre os usos que crianças e adolescentes de 9 a 17 anos fazem da internet, disponível em: https://oeds.link/m1zkRr (acesso em: 23 abril 2022) e o podcast sobre bullying disponível em: https://oeds.link/xR6nU3 Acesso em: 2 agosto 2022.

    Você pode também discutir com os ou as estudantes o caso particular acontecido em Portugal que suscitou discussão sobre punição ao bullying, conhecido como caso de Almada, cidade portuguesa. Assista com eles ou elas à reportagem sobre o caso de Almada, disponível em: https://oeds.link/hRHZtt Acesso em: 15 agosto 2022. Em seguida, explore as participações na discussão: a opinião do deputado Luís Monteiro, em debate sobre repressão e punição em caso de bullying, disponível em: https://oeds.link/8Y4RhF e a do psicólogo forense Mauro Paulino, em favor da intervenção clínica dos agressores no caso de Almada, disponível em: https://oeds.link/3Vyx2J Acesso em: 2 agosto 2022. Peça-lhes que observem os argumentos levantados e, principalmente, no caso de Luís Monteiro, a entonação e a organização do discurso em debate formal, marcado pela relação direita entre texto escrito e falado; a mediação do debate feita por um presidente da mesa; a apresentação do orador; o agradecimento por parte do orador etcétera

    Para a realização do debate, oriente os ou as estudantes a terem em notas os argumentos que pretendem utilizar e, durante a argumentação dôs ou dás colegas, também anotar o que consideram relevante contra-argumentar, analisando seus próprios argumentos e, inclusive, reformulando alguns, diante das notas elaboradas.

    Leia, com eles ou elas os critérios da Ficha de apoio ao planejamento, realização e avaliação do debate, de modo que possam se orientar por eles para a preparação e a realização do evento.

    1. Preparem-se para o debate. Vocês deverão elaborar argumentos que deem sustentação à opinião apresentada.
      • Para elaborá-los, lembrem-se de recorrer às leituras e discussões feitas no capítulo.
      • Consultem o quadro dos tipos de argumento estudados. Vocês podem optar por preparar ao menos um argumento de cada tipo, buscando em canais jornalísticos notícias sobre outras pesquisas realizadas recentemente.
    2. Durante o debate, fique atento aos argumentos apresentados pelos(as) colegas e se posicione sobre eles – concordando ou discordando em parte ou integralmente e justificando com os argumentos de suas listas que forem mais adequados.
    3. O debate deve acontecer em um clima de respeito às regras de participação definidas e à opinião do outro.

    Avaliando

    A seguir, vocês encontram uma ficha para rever e avaliar o preparo e a organização do debate que fizeram. No caderno, copiem e preencham em grupo essa ficha de avaliação.

    Ficha de apoio ao planejamento, realização e avaliação do debate

    O debate atendeu aos critérios de:

    1. Adequação à proposta

    a) A turma definiu claramente as regras do debate?

    b) O debate aconteceu em torno das questões levantadas?

    2. Adequação às características estudadas do gênero

    a) Os debatedores se posicionaram claramente em relação às questões propostas?

    b) As opiniões foram fundamentadas com argumentos variados?

    c) Durante a realização do debate, os participantes respeitaram os turnos de fala?

    d) O mediador conduziu o debate de acordo com as regras estabelecidas?

    Orientações e sugestões didáticas

    professor ou professora, destaque que a posição assumida não necessariamente precisa representar a opinião do debatedor. Informe que, nesse caso vivenciado por eles, é muito importante haver posições contrárias para que seja possível o exercício significativo da prática do debate.

    Produzindo o texto

    3

    3. Construção da coesão e da coerência dos argumentos e dos diálogos durante o debate

    a) Na apresentação das opiniões e dos argumentos, os operadores argumentativos foram usados adequadamente?

    b) As manifestações de concordância e de discordância foram feitas com expressões adequadas?

    c) Os debatedores apresentaram seus argumentos de modo a dialogar com o argumento apresentado anteriormente?

    4. Uso da norma culta na modalidade oral

    Os participantes empregaram a língua falada em seu registro mais formal, considerando que se trata de uma situação mais formal, evitando o uso de gírias e utilizando as regras de concordância?

    5. Promoção da cultura da paz

    a) O debate aconteceu em um clima de respeito à opinião do outro?

    b) Ele contribuiu para o propósito definido?

    O que levo de aprendizagens deste capítulo

    Agora que finalizou este capítulo, avalie as aprendizagens que as discussões propostas possibilitaram a você sobre os aspectos destacados a seguir.

    1. Como você definiria bullying e cyberbullying?
    2. Quem são os envolvidos nessas práticas e que consequências elas podem trazer para as pessoas envolvidas?
    3. O debate realizado ajudou você a pensar em como combater essas práticas na escola?
    4. A sua opinião sobre o assunto debatido mudou ou se manteve a mesma?
    5. Depois da conversa com colegas, escreva um pequeno texto sintetizando o que você aprendeu neste capítulo e que considera ter sido importante para a compreender melhor o assunto tratado e se engajar em ações de combate às práticas de bullying.

    Glossário

    Autoestima
    : avaliação (positiva ou negativa) que uma pessoa faz, ou tem, de si mesma.
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    Empatia
    : capacidade de identificar-se com outros indivíduos, ou seja, de se colocar no lugar do outro, buscando compreendê-lo com base nas suas próprias experiências, suposições e impressões.
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    Válvula de escape
    : atividade ou objeto que pode contribuir para levar alívio a uma situação, condição de estresse ou determinada realidade vivida.
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    Deboche
    : efeito ou ação de zombar (tirar sarro) de algo ou alguém.
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    Cautela
    : cuidado, prudência; postura decorrente de precaução diante da necessidade de evitar dano, transtorno ou perigo.
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    Perseguição sistemática
    : conjunto de ações repressivas e intimidadoras recorrentes, exercidas por pessoas, instituições e/ou grupo específico sobre outros indiví­duos ou grupo de indivíduos.
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    Intimidação
    : ato violento em que se busca fazer com que um indivíduo ou determinado grupo faça o que se quer, por meio do medo.
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    Cisma
    : ter hostilidade gratuita; ideia fixa; antipatia.
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    Balaio
    : em sentido figurado, classificar itens diferentes de uma forma única.
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    Multideterminada
    : algo ou fenômeno influenciado por múltiplas causas/origens
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    Acuada
    : estado de alguém que se encontra sem ação diante de uma situação ameaçadora ou de perigo.
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    Patrulhando
    : vigiando, observando, rondando.
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