Anexo de textos de apoio

 Capítulo 1 

Reprodução de página da internet.

O que é discurso de ódio

Cada país conta com sua própria legislação, baseada em uma série de elementos culturais e históricos. Ou seja, o limite de onde termina a liberdade de expressão e começa o discurso de ódio varia de acordo com cada lugar. Nos Estados Unidos, por exemplo, há ataques violentos contra minorias que não são encarados pela lei como discurso de ódio. As mesmas declarações, contudo, seriam punidas no Brasil ou em países da Europa Ocidental, por exemplo.

Preocupada com o avanço da intolerância em todo o mundo, a Organização das Nações Unidas lançou, em junho de 2019, um plano de ação sobre o discurso de ódio. Apesar de não haver uma definição aceita globalmente para esse fenômeno, a ônu, no contexto do plano, o entendeu como:

“Qualquer tipo de comunicação falada, escrita ou comportamento que ataca ou usa linguagem pejorativa ou discriminatória com referência a uma pessoa ou grupo com base em quem eles são. Em outras palavras, sua religião, etnia, nacionalidade, raça, cor, descendência, sexo ou outro fator de identidade”, explicam as Nações Unidas.

Para Eloísa Machado de Almeida, professora da éfe gê vê Direito São Paulo e coordenadora do centro de pesquisa Supremo em Pauta, o discurso de ódio é caracterizado como uma fala que promove o fim da igualdade entre as pessoas – a discriminação por raça, gênero, orientação sexual, idade, religião, origem ou condição social. É um discurso que opera a partir da discriminação para a restrição de direitos e até à violência e à aniquilação do grupo discriminado.

Já o Facebook define discurso de ódio como um ataque, como uma generalização degradante ou calúnia, visando a uma “categoria protegida” de pessoas – incluindo sexo, raça, etnia, religião, origem nacional, orientação sexual, identidade de gênero, deficiência ou doença grave. Mas a plataforma também está sujeita à legislação de cada país.

Por mais que proponha que discursos de ódio devem ser combatidos de diversas fórmas, a ônu lembra que, do ponto de vista internacional, o limite utilizado para a proibição é o incitamento à discriminação, à hostilidade e à violência. Ou seja, convocar outras pessoas a causarem mal a um terceiro ou um grupo por ele ser quem é.

E como funcionam os discursos de ódio?

O preconceito e o discurso do ódio avançam, muitas vezes, na falta de empatia. Ou seja, quando a capacidade de nos colocarmos no lugar de outra pessoa para tentarmos entender o seu ponto de vista não é exercitada devidamente.

Como nos explica o professor Pasquale Cipro Neto, neste mundo cada dia mais conectado e polarizado, com uma avalanche de desinformação que não para de crescer, defender a ideia de “empatia” é quase um ato revolucionário. Mas fundamental.

Anexo de textos de apoio

Principalmente, se acreditamos que todos nascem com os mesmos direitos que nós.

Você consegue identificar um discurso de ódio?

O combate ao discurso de ódio não é simples. Há casos em que ele é bem explícito, como nas frases: “Precisamos acabar com esses índios sujos urgentemente porque eles não são civilizados como nós!”, ou “Bichas devem ser mortas porque são aberrações”. Mas, na maioria das vezes, ficamos na dúvida. Como combater esse tipo de discurso sem passar por cima da liberdade de expressão?

Além do mais, alguns ataques se enquadram em outros tipos do Código Penal, como a calúnia (acusar alguém de um crime sabendo que a pessoa não o cometeu), a difamação (espalhar algo que prejudique a reputação da pessoa) e a injúria (dizer algo a uma pessoa que ela considere prejudicial), e não em discurso de ódio. Vale ressaltar que dizer algo com ódio não significa necessariamente discurso de ódio.

Para ajudar a entender, fizemos um breve teste. Escolha suas opções e depois veja as respostas comentadas de Eloísa Machado de Almeida:

1

Em um textão no Facebook, uma pessoa propõe que se crie um grupo para espancar, torturar e linchar gays que frequentam casas noturnas no Centro de São Paulo, pois eles seriam uma abominação. Isso poderia ser considerado como discurso de ódio?

  • Sim
  • Não

2

Um comentarista na internet chama de picareta, incompetente e incapaz um político que você respeita. Isso poderia ser considerado como discurso de ódio?

  • Sim
  • Não

3

Um artista famoso diz em uma entrevista de um programa de tê vê de grande audiência que Deus é mulher e negra. Isso poderia ser considerado como discurso de ódio?

  • Sim
  • Não

4

Uma mensagem em uma lista de discussão convoca as pessoas a perseguirem e assediarem jornalistas. Isso poderia ser considerado como discurso de ódio?

  • Sim
  • Não

5

Alguém afirma que nordestinos são responsáveis pelos problemas de emprego de São Paulo e conclama pela criação de um grupo para dar uma surra neles. Isso poderia ser considerado como discurso de ódio?

  • Sim
  • Não

Estratégias comuns no discurso de ódio

Rodrigo Rátier, um dos coordenadores do Vaza, Falsiane!, organizou 13 estratégias para identificar o discurso de ódio para a revista Nova Escola. Não significa que a mera presença de um desses itens coloca um texto nessa categoria – como vocês já viram, a questão é mais . Mas eles são indicadores para prestarmos atenção se o discurso tem o objetivo de desumanizar o interlocutor. Trazemos aqui os passos para vocês:

1) Ofensas: Palavras que desrespeitam o interlocutor são o sinal mais evidente de ódio: burro, idiota, encostado.

2) Ataque pessoal: O argumentum ad hominem, em latim, é quando se ataca a pessoa, e não o argumento: “Você não é professor; não pode opinar sobre Educação”.

3) Palavras carregadas: Exageros que ressaltam defeitos dos adversários. “O diretor foi humilhado”, “A coordenadora deu chilique”.

4) Estigmatização: Reduzir oponentes a uma característica negativa: empresários “são capitalistas insensíveis”; professores são “militantes travestidos de educadores”.

5) Bode expiatório: Culpar uma pessoa por um problema : “Paulo Freire é o responsável pela má qualidade da Educação”.

6) Neologismo ofensivo: Palavras inventadas para agredir: petralha, coxinha, esquerdopata, reaça, gueizista, feminazireticências

7) Espantalho: Distorção do argumento do adversário para atacá-lo mais facilmente. Exemplo: chamar de “kit gay” o material “Escola sem Homofobia”.

8) Versão editada: Editar um debate que foi equilibrado, entre duas pessoas, colocando apenas os trechos em que um deles mandou bem e, o outro, derrapou.

9) Você também: Do latim tu quoque, significa devolver a acusação: “Na sua escola o idéb também é péssimo”.

10) Falso dilema: É mostrar duas opções opostas como as únicas possíveis (quase sempre, há outras). “Se você não faz piquete, é fura-greve.”

11) Chamado à guerra: Estratégia dos polemistas para seguir em evidência: “Fulano desafia Beltrano para um debate”.

Para combater o ódio é necessário romper o silêncio

Na prática, a estratégia da ônu para combater o discurso de ódio serve para todos nós no dia a dia: primeiro, não se combate ódio com silêncio, mas com muita conversa pacífica. Segundo, a responsabilidade por esse combate é de todo mundo, inclusive de quem pensa que o certo é ficar quieto no seu canto e não se intrometer em nada. Quando as pessoas conscientes se calam, o mundo piora. Terceiro, as pessoas precisam ser capacitadas para reconhecer e rejeitar o discurso de ódio – e é isso o que você está fazendo neste capítulo. E, por último, é preciso conhecimento para agir, ou seja, continuar pesquisando para entender as causas do surgimento do ódio. reticências

Disponível em: https://oeds.link/NONadR. Acesso em: 7 maio 2022.

de textos de apoio

 Capítulo 4 

Reprodução de página da internet.

Guia sobre direitos, leis e a participação social e política de jovens – Educação integral em sexualidade

Você já sentiu falta de poder esclarecer uma dúvida sobre seu corpo, sua sexualidade, sexo ou sobre como se prevenir de uma gravidez e das infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o agá í vê-Aids?

Então, isso é muito importante e é um direito seu ter essas dúvidas e conteúdos sendo trabalhados na escola, no posto de saúde, na família e até mesmo nos projetos e movimentos sociais que você participa. Para isso, é importante que a Educação Integral em Sexualidade aconteça de fato nesses espaços.

Em geral, muitas pessoas se confundem e pensam que Educação Integral em Sexualidade é falar e estimular ao sexo. Isso é um engano porque sexo não é a mesma coisa que sexualidade. Ao falar em sexo, estamos nos referindo ao sexo biológico e também ao ato de ter relações sexuais entre duas pessoas. Mas, falar em sexualidade é algo bem maior, já que a sexualidade faz parte da nossa vida toda e tem a ver com o nosso desenvolvimento, comportamento, emoções, desejos, sentimentos, prazeres, desprazeres e também com nossas relações pessoais e sociais. Então sexualidade não é sinônimo de relação sexual, é muito mais do que isso. A sexualidade se expressa em nosso corpo, na fórma de sentir, de pensar, de atuar e de nos relacionarmos com nós mesmos e com os demais. Por esse motivo é preciso educar-se em sexualidade.

Mas o que é Educação integral em sexualidade?

A Educação Integral em Sexualidade (êis) é um processo educativo contínuo e sistematizado sobre a sexualidade e seu exercício responsável, com base nos valores universais, direitos humanos, equidade de gêneros, respeito às diversidades e conhecimento científico. Esse processo educativo, que visa a formação integral de crianças e adolescentes como cidadãos e cidadãs, deverá promover o empoderamento pessoal e social e a construção de projetos de vida mais saudáveis. E, portanto, deverá considerar:

  • Os valores universais de respeito, justiça, paz, liberdade, igualdade, ética, dignidade e solidariedade;
  • A autoestima;
  • A tomada de decisões e suas consequências e responsabilidades;
  • Conteúdos com base em evidências científicas, que contribuam para a diminuição das vulnerabilidades, de acordo com a idade e desenvolvimento (exemplo corpo e sexualidade; prevenção da gravidez e -Aids; violências e drogas);
  • Integração entre todos os setores que se relacionam com crianças, adolescentes e jovens (família, escola, saúde, assistência social e outros).

reticências

Marcos legais que respaldam o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos

Leis e os direitos sexuais e os direitos reprodutivos

Existem leis nacionais, estaduais e municipais que estão diretamente relacionadas aos Direitos Sexuais e Reprodutivos. Nossa integridade física e psicológica, do nosso corpo, da nossa mente e a promoção de relações sadias, é protegida pela legislação, independentemente de nosso sexo, identidade de gênero e orientação sexual. Conhecer as leis é uma das fórmas importantes para termos nossos direitos respeitados e garantidos.

Essas leis devem ser respeitadas, caso você ou alguém conhecido sejam vítimas de desrespeito de seus direitos, busque os canais de denúncia e de resolução de conflitos apresentados neste guia.

Vamos conhecer algumas dessas leis:

Estatuto da criança e do adolescente – éca

O éca foi elaborado para garantia e defesa dos direitos das pessoas entre 12 e 18 anos de idade. Neste momento, vamos apresentar alguns artigos fundamentais do éca e que, em alguma medida, se relacionam com a garantia dos Direitos Sexuais e Reprodutivos.

Toda a sociedade, a comunidade, família e o Estado são responsáveis pelas crianças e adolescentes e pela garantia da realização de seus direitos, tais como o direito à vida, à saúde, à educação, ao lazer, à dignidade, ao respeito e à liberdade.

Artigo 4o É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

O éca e a autonomia de crianças e adolescentes:

As crianças e adolescentes devem ser preservados ou preservadas em sua integridade física, psíquica e moral, preservação da sua imagem, identidade, ideias e crenças e em sua autonomia.

A autonomia de jovens e adolescentes em desenvolver e viver de fórma responsável sua vida afetivo-sexual está garantida, bem como sua integridade e sua dignidade, rejeitando qualquer tipo de assédio, abuso e exploração física, psíquica, moral e sexual, conforme mostram os artigos a seguir.

Artigo 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

Artigo 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

de textos de apoio

Direitos Sexuais e Reprodutivos garantidos a adolescentes:

  • Educação sexual;
  • Anticoncepção/planejamento familiar;
  • Prevenção e tratamento a Infecções Sexualmente Transmissíveis e agá í vê;
  • Acompanhamento do pré-natal, gravidez, parto e atendimento pós-parto.

Direito ao sigilo, privacidade, confidencialidade e autonomia em relação aos serviços relacionados aos Direitos Sexuais e Reprodutivos.

Infelizmente, ainda é frequente o não respeito nos serviços públicos, sobretudo de saúde, ao que o éca garante, em relação aos direitos de adolescentes como o respeito à privacidade, confidencialidade e autonomia citados no Artigo 17o do éca.

Complementando o respeito ao sigilo e privacidade, ainda temos o artigo 74o do Código de Ética Médica, prevendo que o sigilo do ou da adolescente só pode ser quebrado em situações especiais, como por exemplo: gravidez, agá í vê, que coloque a sua própria vida em risco, ou de outra pessoa, na recusa de tratamento ou no caso de vício em drogas.

Ainda no Código de Ética da Enfermagem, o sigilo profissional e da equipe está garantido no Artigo 82, parágrafo 4o “o segredo profissional referente ao menor de idade deverá ser mantido, mesmo quando a revelação for solicitada por pais ou responsáveis reticências”. Ou seja, os adolescentes têm assegurado seu acesso ao serviço de saúde, com sigilo e dignidade, mas infelizmente ainda temos muitos relatos de desrespeito às leis, como por exemplo, nos casos de: 3nota de rodapé

reticências

  • Recusa em fornecer anticoncepção de emergência (A Ê);
  • Impedimento de atendimento ou mesmo marcação de consulta de adolescentes quando desacompanhados;
  • Não garantia de privacidade, autonomia e confidencialidade;
  • Críticas, julgamentos da atividade sexual na adolescência;
  • Quebra de sigilo na consulta;
  • Adolescentes que desejam informação contraceptiva e lhes é negado; reticências

No caso de você passar por algum desses problemas, fale ao ou à atendente do serviço público ou ao ou à profissional de saúde sobre o seu conhecimento da autonomia e da privacidade do/a adolescente de acordo com o ê cê á e, se ainda assim a questão não for resolvida, entre em contato com o Conselho Tutelar, ou veja outros canais de denúncia e resolução de conflitos aqui no guia.

Conheça mais sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente:

https://oeds.link/0kvefI

https://oeds.link/RaHt8h

Disponível em: https://oeds.link/dszLWu. Acesso em: 12 julho 2022.

 Capítulo 7 

Texto 1

Reprodução de página da internet.

A corrupção e a violação aos direitos humanos fundamentais

Por Marco Antonio Pedroso Cravo

Nos dicionários, a corrupção é o ato ou efeito de corromper, estragar, tornar podre, ou seja, é uma alteração no estado natural das coisas. Assim, no âmbito do relacionamento humano, podemos afirmar que se trata do desvirtuamento do homem.

Normalmente, a corrupção só é analisada do ponto de vista econômico, causando debates a respeito dos prejuízos financeiros que ela acarreta. Contudo, se nos aprofundarmos um pouco no tema, concluiremos que os direitos humanos também são afetados por este mal.

O Título dois de nossa Constituição Federal (artigos 5o ao 17) nos apresenta os direitos e garantias fundamentais e, dentre eles, no Capítulo um, os direitos e deveres individuais e coletivos (artigo 5o) e, no Capítulo dois, os direitos sociais (artigos 6o ao 11).

Destacam-se os seguintes direitos sociais: educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância (artigo 6o da cê érre éfe bê).

A corrupção priva as pessoas de alcançarem seus direitos sociais, pois não há como se falar neles quando as verbas destinadas para tal fim são desviadas, beneficiando somente o corrupto e o corruptor. Com isso, os direitos fundamentais individuais – vida, liberdade, igualdade, propriedade (artigo 5o da cê érre éfe bê) – também são afetados.

Não há como ter direito à vida (entende-se dignidade para viver adequadamente e não apenas o fato de estar vivo) se a pessoa não tem educação, saúde, alimentação e trabalho adequados. Não há que se falar em liberdade se não houver segurança; em propriedade, sem moradia. Ou seja, é uma consequência destrutiva originada pela corrupção.

Será que a situação de nosso país e até do mundo não seria diferente se todo o dinheiro público desviado fosse aplicado corretamente? Não teríamos mais segurança e igualdade se a educação, saúde e trabalho fossem adequados e disponíveis a todos?

O assunto, de tão relevante, levou a Organização das Nações Unidas (ônu) a realizar uma conferência no México, na qual a Convenção de Mérida foi assinada em 09 de dezembro de 2003. Também conhecida como Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, tal norma foi promulgada no Brasil por meio do Decreto Presidencial 5 687 de 31 de janeiro de 2006, visa a prevenir e combater os atos de corrupção no sistema global de proteção aos direitos humanos.

Anexo de textos de apoio

Já no sistema regional de proteção, temos a Convenção Interamericana Contra a Corrupção, instituída pela Organização dos Estados Americanos (ô ê á). Também conhecida como Convenção de Caracas, foi adotada na Venezuela em 29 de março de 1996 e promulgada no Brasil pelo Decreto Presidencial 4 410 de 07 de outubro de 2002, tendo como objetivo detectar e punir os atos de corrupção nas Américas.

Importante mencionar que essas convenções não conceituam o termo corrupção, mas descrevem um rol de atos que a configuram, entre os quais se destacam:

  1. Solicitação ou aceitação direta ou indireta, por funcionário público ou pessoa que exerça tal função, de qualquer objeto de valor ou benefícios, como favores em troca de realização ou omissão de qualquer ato no exercício de suas funções;
  2. A oferta ou outorga direta ou indireta a um funcionário público ou pessoa que exerça tal função de qualquer objeto de valor ou benefícios, como favores em troca de realização ou omissão de qualquer ato no exercício de suas funções;
  3. A realização, por parte de um funcionário público ou pessoa que exerça tal função, de qualquer ato ou omissão no exercício de suas funções, a fim de obter ilicitamente benefícios para si mesmo ou para um terceiro;
  4. O aproveitamento doloso ou a ocultação de bens provenientes de qualquer dos atos acima, além da participação como autor, coautor, cúmplice, acobertador ou mediante qualquer modo de perpetração ou tentativa das condutas mencionadas.

Vale lembrar que os países signatários dessas convenções se comprometem a elaborar mecanismos para prevenir e combater atos de corrupção em seu território. Nessa sistemática, os Estados que não tiverem tipificados como delitos os atos de corrupção deverão adotar medidas necessárias legislativas ou de outra natureza, para fazê-lo.

No Brasil, temos a Lei 12 846 de 1 de agosto de 2013, que dispõe sobre a responsabilização civil e administrativa de pessoas jurídicas pela prática de atos de corrupção contra a administração pública nacional e estrangeira.

No âmbito criminal, o nosso Código Penal prevê, em seu Título onze, os crimes contra a administração pública (artigos 312 ao 359-H). Além dessas, existem outras normas internas que versam sobre o tema, mas vale destacar o Projeto de Lei Anticrime, em trâmite no Congresso Nacional, o qual visa a alterar ao menos 14 leis de nosso ordenamento jurídico, especialmente ao estabelecer medidas contra a corrupção e o crime organizado.

Conclusão: já existem mecanismos legais suficientes para combater a corrupção; basta apenas aplicá-los na prática. Lembrando que mais importante do que punir os responsáveis é conseguir o bloqueio e a devolução dos bens que foram extraviados, para que possam ser aplicados corretamente em benefício público.

Deve-se mudar também a fórma de pensar da população, pois o problema da corrupção em nosso país muitas das vezes é cultural. O dito cidadão respeitável que se diz indignado com tanta corrupção é o mesmo que dá um “presentinho” para o funcionário público na esperança de que ele aplique o famoso “jeitinho brasileiro” em seu benefício e ainda afirma que essa prática não causará prejuízos a ninguém, já que foi só uma “ajudinha” de nada. Esse mesmo sujeito, quando se torna um funcionário público, se deixa corromper afirmando que todo mundo faz isso e nada acontece.

Muitas pessoas de bem pensam que não podem mudar essa situação, que já está arraigada há tanto tempo em nossa pátria, e que é impossível mudar o país sozinho. Para elas, cito os pensamentos do grande Marrátma Gândi:

Seja a mudança que você quer ver no mundo.

E finalizando:

Se você pensa que é muito pequeno para fazer a diferença, tente dormir em um quarto fechado com uma mosca.

Canal Ciências Criminais. Disponível em: https://oeds.link/oMxgF1. Acesso em: 19 julho 2022.

Texto 2

Reprodução de página da internet.

28 fórmas de exercer a cidadania além do voto

Por Luiz Fernando Iozzi

Publicado em: 18/09/2021

Atualizado em: 18/09/2021

O voto é apenas o primeiro passo da atuação de um cidadão engajado. Existem diferentes fórmas de exercer a cidadania além do voto. Além das maneiras tradicionais de participação na política partidária (como candidatar-se a um cargo eletivo, filiar-se ou apoiar um partido político), é possível se engajar em um conjunto de espaços de participação social garantidos por lei, ou até mesmo criar novas fórmas e estratégias para influenciar as políticas e decisões públicas.

Vamos conhecer outras fórmas de participação cidadã? reticências

Abaixo estão listadas 28 fórmas de exercer a cidadania em nível municipal, que é a instância mais próxima para exercitarmos a chamada democracia participativa. São apenas algumas possibilidades para se consagrar como um cidadão protagonista, ativo no contrôle social e na participação nas decisões públicas municipais. reticências

  1. Conhecer mais sobre os Conselhos temáticos da cidade e participar de algum deles, como o Conselho da Saúde, da Educação, do Meio Ambiente, entre outros.
  2. Participar das reuniões do Orçamento Participativo (ó pê) para propor que as necessidades coletivas da minha região possam, de fato, entrar no orçamento público municipal. Caso não exista um ó pê em minha cidade, uma opção é ir à Câmara de Vereadores para propor a sua criação.

de textos de apoio

  1. Acompanhar as Audiências Públicas de sua cidade, seja para discussão do orçamento público, para definições do planejamento urbano municipal, para licenças ambientais ou tantas outras questões relevantes. Quando houver outros assuntos de relevância social, propor a realização de mais audiências junto à Câmara de Vereadores.
  2. Montar um grupo de acompanhamento das sessões legislativas que monitore de perto todo o trabalho realizado pelos vereadores – assim como faz o pessoal do Voto Consciente (de São Paulo ou Jundiaí, por exemplo), que possuem inclusive uma cartilha explicando o método utilizado. Ou simplesmente adotar um vereador para monitorar seu desempenho.
  3. Ficar de olho nos Portais da Transparência (da Prefeitura, da Câmara de Vereadores e de Autarquias municipais), tanto para acompanhar as licitações, os gastos e as receitas, quanto para ver se as informações contidas estão de acordo com a Lei de Acesso à Informação (para municípios com até 10 mil habitantes).
  4. Solicitar ao Serviço de Informação ao Cidadão as informações públicas que desejar receber para minha atuação cidadã. Este canal de comunicação entre governo e sociedade civil – que deve funcionar nos municípios brasileiros – tem a obrigação de disponibilizar dados públicos a todos os cidadãos interessados: tudo de acordo com a Lei de Acesso à informação.
  5. Organizar um “observatório cidadão” que possa acompanhar as metas municipais determinadas pela Prefeitura e monitorar as políticas públicas da cidade – algo inspirado nas iniciativas da Rede Cidades por Territórios Justos, Democráticos e Sustentáveis, tais como: a Rede Nossa São Paulo, o Instituto Nossa Ilhéus, Ilhabela Sustentável etcétera
  6. Fomentar a organização de um grupo específico do Observatório Social do Brasil em minha cidade, cujo foco é o acompanhamento das compras e licitações públicas – a exemplo do que fazem várias cidades no país organizadas nesta rede.
  7. Solicitar o compromisso do Prefeito e dos Vereadores com o Programa Cidades Sustentáveis, que realizem a elaboração de metas municipais associadas a um conjunto de indicadores que, juntos, contribuem para uma gestão pública municipal mais sistêmica e efetiva.
  8. Participar das Conferências temáticas que ocorrerão na cidade. Estas possuem o objetivo de debater e elaborar propostas de políticas públicas, em áreas como: direitos humanos, educação, idosos, saúde, mulheres, segurança, meio ambiente, assistência social etcétera É preciso estar atento ao calendário, pois costumam ocorrer a cada dois anos.
  9. Articular uma rede de mobilização local, com cidadãos ativos em realizar o contrôle social na cidade, aos moldes do que fazem as iniciativas da rede Nossas Cidades (como o Minha Sampa, Minha Porto Alegre etcétera) ou a Plataforma Engajados.
  10. Adaptar ferramentas digitais já existentes (com licenças livres e códigos abertos disponíveis) para que passem a conter informações específicas sobre minha cidade e auxiliem no contrôle social, tal como o Login Cidadão ou o De Olho nas Metas.
  1. Utilizar alguns aplicativos cívicos e aproveitar a tecnologia a favor da participação e do contrôle social. Alguns exemplos de apps são: Colab, Poder do Voto etcétera
  2. Articular ou engajar-se em coletivos, organizações ou movimentos sociais com os quais se identifique e, assim, provocar melhorias na cidade. Você pode fazer doações financeiras a essas causas, mas também pode doar seu tempo como voluntário.
  3. Provocar ações ativistas, vinculadas ou não a movimentos sociais, também são maneiras de buscar uma maior participação nas decisões públicas e na construção daquilo que é coletivo. A Escola de Ativismo, por exemplo, pode ajudar nessa inspiração.
  4. Articular uma iniciativa coletiva em prol da fiscalização municipal, como o trabalho de contrôle social realizado pela Transparência Brasil.
  5. Realizar um concurso municipal que vise desenvolver e premiar soluções colaborativas para problemas municipais. Uma ação como essa pode ser viabilizada, por exemplo, por meio da plataforma Cidade Democrática.
  6. Propor a criação de fóruns que discutam políticas públicas da cidade acerca de temas como, por exemplo: “resíduos sólidos”, “mobilidade urbana”, “habitação”, “transporte público”.
  7. Utilizar a ouvidoria pública do governo municipal como um canal de denúncias ou sugestões de melhorias para a cidade.
  8. Articular um grupo de estudos para monitorar alguma área/política pública da cidade (como o Transporte Público, por exemplo) e divulgar boletins para a população. Um exemplo é o trabalho do Observatório Cidadão de Piracicaba.
  9. Organizar ou participar de campanhas de abaixo-assinado no Avaaz, Change.org, ou no Panela de Pressão, com a consciência de que são ferramentas importantes, mas que é possível complementá-las com outras fórmas de participação social.
  10. Estudar um pouco mais sobre Política e Cidadania e buscar formações especializadas (como este curso de Ciência Política on-line, oferecido de fórma gratuita pela úspi) e também utilizar plataformas de educação política como o Meu Município ou o próprio Politize!.
  11. Levar educação política para minha cidade! Você pode, por exemplo, procurar o Instituto Terroá, o Fast Food da Política e o programa de embaixadores do Politize!.
  12. Se alistar, ou atender ao convite, para ser um mesário ou mesária voluntária ou voluntário nas eleições! É uma maneira muito importante de ser parte ativa do processo eleitoral, garantindo que centenas de pessoas possam exercer sua cidadania através do voto em sua localidade.
  13. Opinar em projetos de lei, consultas públicas e matérias legislativas através dos portais digitais oficiais do governo. Você pode acessar o e-cidadania do Senado Federal, e também o portal da Câmara dos deputados.

de textos de apoio

  1. Participar em manifestações e protestos democráticos como fórma de exercer sua liberdade de expressão e opinião sobre assuntos públicos e políticos.
  2. Na escola ou universidade, participar da liderança estudantil: seja como representante ou líder de classe, engajar-se em diretórios acadêmicos ou grêmios estudantis, por exemplo.
  3. Filiar-se a um partido político! Sim, independente da sua ideologia ou preferência partidária, ser parte de um partido significa opinar sobre as pessoas que vão ser candidatas em eleições, bem como participar dos debates sobre alianças partidárias e planos de governo do partido. Além disso, quem sabe se você depois não se interessa em lançar a sua candidatura como vereador ou vereadora em sua cidade? É possível!

As fórmas e estratégias de participação, cidadania e contrôle social são infinitas. E é importante que estejam sempre conectadas àquilo que é coletivo. Isto é, a participação social, no campo democrático, precisa estar associada à ampliação de direitos, ao acesso à cidade e à inclusão social.

Então, essa é a hora de abrir a caixa da criatividade política e arregaçar as mangas para uma aproximação cada vez maior entre a sociedade civil e a gestão pública.

Diga aí nos comentários: como você pretende exercer sua cidadania para além do voto? Você tem mais ideias? Vamos atualizar a lista com mais fórmas!

Publicado originalmente em 1 de novembro de 2016. Atualizado em 18 de setembro de 2021.

28 fórmas de exercer a cidadania além do voto. Politize!. Disponível em: https://oeds.link/s0lypk. Acesso em: 18 julho 2022.

 Capítulo 10 

Reprodução de página da internet.

Mundo podcast pauta: como criar e guiar seu podcast

9 março 2013 / Leonardo Tremeschin / pódiquestiando

O que é pauta

Em uma ideia geral, enquanto a produção de um filme pode ser dividida em pré-produção, produção, e pós-produção, um podcast também pode ser levado desta maneira. Em ambos, a produção será a gravação e a pós será a edição, e se em uma produção cinematográfica a pré é a criação do roteiro, em um podcast é a criação da pauta, que não deixa de ser um roteiro para o podcast.

Para isso venho mostrar a importância, dicas e tipos de pautas para quem está começando seu podcast.

Se alguém ainda não entendeu, pauta é o texto que os podcasters (pelo menos o host) usarão para guiar a gravação.

Em primeiro lugar, deixo claro que tipos diferentes de podcasts terão tipos diferentes de pautas, e cada um deve fazer a pauta da fórma que mais lhe for confortável. Havendo várias fórmas de pautas, divido aqui em cinco tipos:

Sem pauta

Se um podcast é muitas vezes chamado de uma conversa de bar gravada, esse é o sentido mais puro dessa expressão. Ninguém escreve nem prepara nada, apenas define um tema e começa-se a conversa. Não conheço podcasts que façam dessa fórma, e acho que se tiver serão poucos, pois dificilmente será algo informativo e muito organizado. Mas se todos os integrantes tiverem uma boa química pode sim ter algo legal aí, pois nada impede que seja um episódio divertido e engraçado. Mas cuidado, pois é praticamente impossível prever o resultado de uma gravação assim.

Pauta-guia

Ok eu sei que toda pauta seria um guia, mas essa seria apenas isso. Formada apenas por tópicos do que você quer abordar no episódio, sem informação, ela serve para controlar a ordem dos assuntos dentro do tema, pode ser feita em poucas linhas, dentro mesmo da conversa do Skype. Por exemplo:

  • Apresentação dos integrantes
  • Apresentação do tema
  • Subtemas específicos
  • Curiosidades
  • Opiniões dos participantes
  • Jabá e contato do convidado
  • Finalização

De certa fórma essa é a pauta mínima que um podcast deve ter, mesmo em gravações que não sejam informativas, que contenha mais opiniões e histórias pessoais, esse tipo será de grande ajuda para não se perderem na gravação, os participantes terão uma noção de qual momento falar o quê, e assim o ritmo sai muito melhor.

As próximas pautas seriam uma evolução dessa, por assim dizer, a pauta-guia é praticamente um esqueleto de qualquer pauta.

Pauta-lembrete

Seguindo o estilo da anterior, mas com algumas pequenas informações e curiosidades em poucas linhas em alguns tópicos. Esse formato ajuda principalmente o host, pois além de guiá-lo, faz com que não se esqueça de certos detalhes sobre o tema. Ideal para não se esquecer de datas, nomes, links etcétera Considerando as participações que já fiz em outros podcasts acredito que esse seja o formato mais usado atualmente.

Pauta informativa

Vou abrir o jogo e dizer, esse é o tipo de pauta que uso no Papo lendário. Ideal para casts técnicos, didáticos e que tenham muito conteúdo para passar. Essa seria uma pauta-lembrete com muito mais conteúdo. Por ser o tipo mais complexo é o que pode variar mais de podcast para podcast. Mas sua ideia é basicamente ser dividida em tópicos e subtópicos e cada um contendo informações precisas e detalhadas sobre o mesmo.

de textos de apoio

Pauta transcrita

Um tipo bem peculiar de pauta, onde essa é exatamente o podcast em si. Sendo possível apenas em casts com uma única pessoa, pois o podcast será uma leitura da pauta. Sei que a ideia de um monólogo-cast pode parecer mais um monótono-cast. Mas se formos pegar alguns exemplos como Escriba Café e Café Brasil, que possuem apenas um integrante, vê-se que pode sair algo de alta qualidade, mas para isso é preciso ter uma ótima fonética, conhecimento da língua e interpretação.

Dicas

Pauta é uma ferramenta, e não um obstáculo

A pauta deve servir para ajudar, e não atrapalhar, para isso você não pode se prender totalmente à pauta. Ela deve ser usada para mostrar o caminho do assunto, e caso haja alguma saída deste você poderá voltar. No entanto às vezes o assunto pode render mais do que estava previsto na pauta, com informações e ideias que não estavam lá, na verdade isso é o mais comum. Portanto, aprenda a não fechar seu podcast à pauta em si, principalmente na pauta informativa, que por possuir mais conteúdo parece ter uma aparência de algo fechado como se não fosse possível ir além.

Pauta informativa + pauta-lembrete

Mais uma dica voltada para o que defini de pauta-informativa, uma porque é a que uso, e outra porque é a mais complexa.

Essa dica serve para não assustar os convidados. A pauta-informativa às vezes pode conter várias páginas, agora imagina você convidar alguém e lhe passar um arquivo com várias páginas para ele ler em poucos minutos antes de gravar, pode ser desconfortável, não é mesmo? Para isso o host pode ter uma pauta bem detalhada para ele, enquanto os convidados ficam com uma pauta simples, no estilo da pauta-lembrete, para que eles tenham noção do que está sendo falado no momento.

Mais conhecimento, menos pauta

Quanto mais você e os outros participantes tiverem domínio de um assunto menos conteúdo será preciso ter na pauta. A pauta serve para ajudar, guiar e lembrar, mas se é um tema que você já conhece bem, a ponto de não precisar ler muita coisa, então não precisa detalhar a pauta. Por esse motivo disse que os casts com opiniões e histórias pessoais são ótimos para a pauta-guia. Obviamente, todo mundo conhece bem sua própria história de vida e opinião.

Exemplo: Se for fazer um episódio sobre psicologia e tiver um psicólogo no episódio, ele mesmo irá trazer muita informação que assim não seria tão preciso estar na pauta, para isso digo novamente para não se prender na pauta e deixar a conversa fluir. Por outro lado, o contrário também vale. Caso você não domine o assunto e tenha pesquisado apenas para o episódio em si, detalhe a pauta, mesmo que seja apenas para você, host, pois senão com certeza se esquecerá de informações importantes sobre o assunto.

Resumo das informações

Caso você faça uma pauta com bastante conteúdo, coloque as informações resumidas com suas próprias palavras. Na hora da dinâmica da gravação, ler um texto próprio flui melhor, caso contrário você terá que ler a informação e torná-la em suas palavras no momento em que fala. Se for feito desta fórma, é provável que fique claro que você está lendo algo e não apenas falando, e isso é chato.

Coletando conteúdo

Falar de qualquer assunto necessita conhecimento, caso contrário você cometerá muitos erros. Pesquise bastante sobre o tema. E assim fica óbvio o fato de que só vale a pena fazer um podcast de algo que você realmente gosta de aprender, de pesquisar e de falar.

Convidados

Mesmo que você tenha chamado especialistas sobre o assunto do episódio, estude sobre isso. Pois senão você ficará perdido no que o convidado estiver falando, e muitas vezes não saberá o que comentar ou perguntar a ele. Mostre, claro, que você não domina o tema, mas mesmo assim deve estar por dentro do assunto.

As fontes

A internet é uma grande fonte de informação para qualquer tema, mas cuidado, muita porcaria se encontra ali. Analise tudo o que você encontrar sobre o assunto, não utilize apenas um site como referência, e mesmo se usar mais de um, verifique se um não é basicamente cópia do outro.

Não se prenda apenas à internet, leia livros, veja documentários etcétera Se for algo realmente informativo, sua pauta pode levar meses para ser feita, mas poderá gerar um episódio que será motivo de orgulho.

MUNDO Podcast. Disponível em: https://oeds.link/1tq76E. Acesso em: 12 julho 2022.

Anexo de conhecimentos linguísticos

 Conteúdos complementares 

Capítulos 3 e 6

Regência verbal e nominal

Você já estudou que, na gramática, damos o nome de regência à relação de dependência entre os termos de uma oração, na qual um termo completa o sentido do outro. Essa dependência existe, por exemplo, entre um verbo transitivo e seu complemento (complemento verbal) ou entre um nome transitivo e seu complemento (complemento nominal). Veja:

Esquema. Frase: A escola precisa de mais professores. Seta de De mais de professores para A escola precisa: O complemento verbal (objeto indireto) completa o sentido do verbo precisar. Esquema.
Esquema. Frase: Todos têm direito à educação. Seta de à educação para direito: O complemento nominal completa o sentido do substantivo direito.

Em situações comunicativas formais, convém seguir as regras que a gramática normativa estabelece sobre a regência verbal (relação do verbo com seus complementos) e a regência nominal (relação de substantivos, adjetivos e advérbios com seus complementos). Essas regras dizem respeito, basicamente, ao emprego adequado da preposição que introduz tais complementos. A seguir, você vai conhecer ou recordar algumas dessas regras e praticar sua aplicação.

Regência e orações subordinadas substantivas

1. Leia estas duas manchetes.

Reprodução de página da internet.

INSS: benefício só será cortado se houver certeza de que pessoa morreu

Disponível em: https://oeds.link/sMfK4y. Acesso em: 15 junho 2022.

Reprodução de página da internet.

Mulher procura por marido desaparecido em Petrópolis e afirma: “tenho certeza de que está vivo”

Disponível em: https://oeds.link/9OPQpd. Acesso em: 15 junhoponto 2022.

Versão adaptada acessível

Atividade 1, item a.

Explique por que as orações "de que pessoa morreu" e "de que está vivo" são classificadas como orações subordinadas substantivas completivas nominais.

  1. Explique por que as duas orações destacadas são classificadas como orações subordinadas substantivas completivas nominais.
  2. Qual é a diferença na fórma como cada oração subordinada se liga à oração principal?
  1. Junte-se a um colega. Leiam em voz alta os dois títulos da questão anterior e discutam:
    1. Qual das construções soa mais formal? Com ou sem a preposição?
    2. Por que, em cada título, o jornalista optou por um grau de formalidade diferente?

Regência e orações subordinadas substantivas

Como você observou, o uso da preposição antes das orações subordinadas substantivas completivas nominais confere maior formalidade ao enunciado. Assim, em situações formais, quando se exige obediência às regras da gramática normativa, é recomendável utilizar a preposição. Observe:

Os moradores têm esperança de que a obra seja concluída este ano. (mais formal)

Os moradores têm esperança que a obra seja concluída este ano. (menos formal)

Já no caso das orações subordinadas substantivas objetivas indiretas, a preposição é omitida com maior frequência, mesmo na escrita formal. Veja, por exemplo, estes títulos de notícia, nos quais a preposição de foi omitida:

“Mercado de petróleo duvida [de] que ôpép+ consiga elevar produção” (Infománei, 1o fevereiro 2022)

“Mulher não precisa [de] que marido autorize laqueadura, decide Câmara” (O Estado de São Paulo, 9 março 2022)

Contudo, também existem muitos casos em que a preposição exigida pelo verbo é mantida, como se vê nestes outros exemplos:

Estados Unidos da América confiam em que a Alemanha não ativará gasoduto reticências” (Isto É Dinheiro, 27 janeiro 2022)

“A opinião pública, então, convenceu-se de que era possível vencer a Aids.” (Superinteressante, 16 dezembro 2021)

Para praticar a escrita formal de estruturas sintáticas complexas, forme, no caderno, períodos compostos com as orações indicadas a seguir. Empregue, em cada caso, a preposição exigida pelas regras da gramática normativa. Siga o modelo.

Havia rumores entre os moradores / a criminalidade estava aumentando.

Havia rumores entre os moradores de que a criminalidade estava aumentando.

Anexo de conhecimentos linguísticos

  1. Ministre o medicamento ao animal e assegure-se / ele o ingeriu completamente.
  2. O conceito de escola inclusiva consiste / todos os estudantes devem aprender juntos.
  3. Existem indícios concretos / um grupo de raquers invadiu o site do hospital.
  4. A população desalojada torce / as novas moradias sejam construídas rapidamente.
  5. Os jurados chegaram à conclusão / o réu era inocente.
  6. Autoridades apuraram a denúncia / havia favorecimento a alguns candidatos.

Regência e orações subordinadas adjetivas

O dono de gárfild, Jon, vive tentando paquerar, sem sucesso, a veterinária do gato, a doutora Liz. Leia uma tirinha em que essas personagens interagem.

JIM dêivis/gárfild

Tirinha. Tirinha composta por três quadros na horizontal. Apresenta como personagens: Jon, homem de cabelos castanhos encaracolados, usando camisa de mangas compridas azul e calça preta. Liz, mulher de cabelos curtos pretos penteados para o lado, com regata listrada em tons de rosa e calça preta. Garfield, gato de pelos laranjas e manchas pretas. Quadro 1 – Jon e Liz estão em pé olhando um para o outro. Entre eles, está Garfield olhando para Liz. Ela fala para Jon: SÉRIO, JON, QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE VOCÊ USOU O ASPIRADOR DE PÓ? Quadro 2 – Garfield continua ao centro de Jon e Liz. Enquanto Garfield olha para Jon, Liz e Jon olham para o gato. Quadro 3 – Garfield está com as pálpebras abaixadas, olha para Liz e pensa: O QUE É ESSE TAL DE “ASPIRADOR” DO QUAL VOCÊ FALA?

dêivis, Jim. gárfild.

  1. Onde as personagens provavelmente estão? E qual é o provável motivo para Liz ter feito a pergunta do primeiro quadrinho?
  2. O pensamento de gárfild revela o motivo pelo qual ele e seu dono se entreolham no segundo quadrinho, e essa revelação produz humor na tirinha. Explique como isso ocorre.
  3. Releia o pensamento de gárfild: “O que é esse tal de ‘aspirador’ do qual você fala?”.
    1. Nessa frase, que termo é retomado pelo pronome relativo do qual?
    2. Quando empregado com o sentido que tem nessa frase, o verbo falar é intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto? Por quê?

4. Compare a redação original do pensamento de Garfield com uma possível reescrita:

“O que é esse tal de ‘aspirador’ do qual você fala?”

O que é esse tal de “aspirador” que você fala?

  1. Em sua opinião, qual dessas frases seria mais provavelmente utilizada em uma conversa espontânea e informal?
  2. Você diria, portanto, que a construção escolhida é a mais adequada para a tirinha?

Regência e orações subordinadas adjetivas

Em situações comunicativas menos formais, sobretudo na oralidade, é muito comum que os falantes utilizem apenas o pronome relativo que, sem a preposição exigida pelo nome ou pelo verbo ao qual a oração subordinada adjetiva se relaciona: O que é esse aspirador que você fala?

Contudo, em situações mais formais, quando é necessário seguir as regras da gramática normativa, convém inserir a preposição: O que é esse aspirador do qual você fala? (Você fala de um aspirador). Veja estes outros exemplos:

Mais formal

Menos formal

As pessoas em quem confio são poucas.

As pessoas que confio são poucas.

A conclusão a que os estudantes chegaram não foi a mesma do livro didático.

A conclusão que os estudantes chegaram não foi a mesma do livro didático.

O público admirava a habilidade com que o artista manejava os instrumentos.

O público admirava a habilidade que o artista manejava os instrumentos.

O pintor ao qual a professora fez referência é famoso no mundo todo.

O pintor que a professora fez referência é famoso no mundo todo.

No caderno, forme períodos compostos com as orações a seguir. Utilize o pronome relativo, faça todas as adaptações necessárias e insira a preposição exigida pelas regras da gramática normativa. Siga o modelo.

A peça é excelente. Assisti à peça ontem.

A peça à qual assisti ontem é excelente.

Vamos lembrar

Na língua portuguesa, o acento grave (`) sobre a letra a indica a crase (fusão) entre duas vogais a. Essas vogais correspondem à preposição a e o artigo a ou à letra inicial dos pronomes demonstrativos aquele ou aqueles, aquela ou aquelas, aquilo: A peça à qual assisti é boa. (assisti a peça + a peça é boa). Assisti àquele filme de que falamos na aula. (assisti ao filme + aquele filme de que falamos).

Anexo de conhecimentos linguísticos

  1. Comprei o livro. O professor se referiu a esse livro.
  2. Viajamos de ônibus. O ônibus não estava bem conservado.
  3. Você está familiarizado com algumas tarefas. Comece por essas tarefas.
  4. O portão está fechado. Os estudantes têm acesso a esse portão.
  5. Meu pai prestou serviços a uma empresa. Essa empresa não existe mais.
  6. O homem se livrou de dívidas. Essas dívidas somavam quase 100 mil reais.

Colocação pronominal

Na língua portuguesa, o pronome oblíquo pode ocupar três posições em relação à fórma verbal à qual está ligado. Conforme a posição que ele ocupa, dizemos que ocorre próclise, ênclise ou mesóclise. Veja:

  • Próclise: ocorre quando o pronome oblíquo aparece antes da fórma verbal: Não me sinto bem. Assim que se abriram, as flores exalaram um delicioso perfume.
  • Ênclise: nesse caso, o pronome oblíquo aparece depois da fórma verbal: Esqueceu-se de trancar a porta. Retire-se imediatamente.
  • Mesóclise: nessa construção, bastante rara no português atual, o pronome oblíquo aparece no meio da fórma verbal. Ela só ocorre com verbos no futuro do presente ou do pretérito: Um dia vê-lo-ei pagar por seus pecados. (= Um dia eu o verei pagar por seus pecados.) Socorrer-te-ia, se estivesse ao meu alcance. (= Eu te socorreria, se estivesse ao meu alcance.)

Em situações de maior formalidade, convém observar as regras que a gramática normativa estabelece para a colocação pronominal. Leia as principais delas a seguir.

Colocação pronominal – uso formal

PRÓCLISE

ÊNCLISE

Deve ser evitada:
• no início da frase;
• após vírgula, ponto e vírgula e dois-pontos.

Deve ser utilizada:
• no início da frase;
• após vírgula, ponto e vírgula e dois-pontos;
• na ausência de palavras atrativas.

Deve ser utilizada após as chamadas palavras atrativas:
• palavras com sentido negativo (
não, nunca);
• pronomes relativos;
• conjunções subordinativas;
• advérbios;
• pronomes indefinidos.
A próclise também é preferível em frases exclamativas, interrogativas e que exprimem desejo.

Observe o título deste filme brasileiro.

Cartaz de filme.  Ilustração composta de dez quadros retangulares e quadriculados, contendo cenas diversas ou objetos em destaque, como pessoa falando ao telefone, tecla N de um teclado, mão com esmalte vermelho, camiseta branca com estampa, rosto de mulher loira, chuveiro e batata frita. Entre as cenas, destaque para o texto em fundo vermelho e letras brancas: ME SINTO BEM COM VOCÊ, UM FILME DE MATHEUS SOUZA.

1. Compare a redação original do título do filme e uma possível reescrita.

Me sinto bem com você.

Sinto-me bem com você.

  1. Em qual das versões ocorre próclise e em qual ocorre ênclise do pronome oblíquo?
  2. Consulte o quadro de regras apresentado anteriormente e responda: a redação original do título está de acordo com as regras da gramática normativa? Por quê?
  3. Em sua opinião, por que os produtores do filme utilizaram essa colocação pronominal?
  1. Em cada uma das orações a seguir, um pronome oblíquo foi colocado em uma posição que não está de acordo com as regras da gramática normativa. Reescreva a frase no caderno colocando o pronome na posição correta e explique o porquê da correção.
    1. Nos encontramos com os colegas da outra escola e seguimos todos juntos para a assembleia.
    2. Não tenho certeza se cumprimentei-as.
    3. Nunca consideraram-no um possível aliado.
    4. Com a mudança na lei, se garante uma importante proteção ao meio ambiente.
    5. O vírus geralmente penetra em um nervo do paciente, onde aloja-se e fica latente.

Anexo de conhecimentos linguísticos

Esquemas

Linguagem

Esquema. Organizado na horizontal. A palavra que dá início ao esquema é LINGUAGENS. Dela, parte um fio na linha abaixo indicando são, depois, uma seta para ‘FORMAS DE COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO ENTRE AS PESSOAS’. Outro fio conecta essa informação a CLASSIFICAM-SE EM: Aqui, há duas ramificações em duas linhas com as seguintes informações. LINHA 1:  Linguagem não verbal: Existem vários tipos, e cada um usa diferentes recursos, como sons, traços, cores, movimentos... LINHA 2: Linguagem verbal: É a língua. Utiliza como recursos os sons, na fala, e as letras, na escrita, que se juntam e formam as palavras. Duas setas, uma de cada linha, indicam a informação: 'Sistemas de signos que usamos para construir sentidos.'

Língua

Esquema organizado na horizontal. Começa com a expressão LÍNGUA, depois, um fio para É, e uma seta para UM SISTEMA DE SIGNOS FORMADO POR PALAVRAS QUE SE COMBINAM EM FRASES, FORMAM ENUNCIADOS, DE ACORDO COM DETERMINADAS REGRAS. Aqui, há um fio para a informação 'Com a língua'. Dela, há duas setas. SETA 1: APRENDEMOS E CAPTAMOS O MUNDO. SETA 2: INTERAGIMOS COM AS PESSOAS.

Enunciado, discurso, intencionalidade e sentido

Esquema vertical. Primeiro nível: DISCURSO; seta para o segundo nível: Os interlocutores sempre têm intenções muito específicas ao construí-lo. Fio para o terceiro nível: A essas intenções, damos o nome de: Seta para o quarto nível: INTENCIONALIDADE DISCURSIVA; seta para o último nível: Se um interlocutor não entende plenamente as intenções do discurso do outro, ocorre um mal-entendido. 
Esquema vertical. Primeiro nível: ENUNCIADOS. Seta para o segundo nível: Acontecem sempre que dois ou mais interlocutores se envolvem em uma situação de comunicação, usando a língua. Do segundo nível, há três setas para o terceiro nível: SETA 1: Têm objetivos muito específicos. SETA 2: São destinados a alguém. SETA 3: Acontecem em determinado momento e lugar. No quarto nível, há um círculo com a informação: Quando os enunciados acontecem. Dele, partem setas para os textos do terceiro e do quinto nível. No quinto nível, há dois textos: 1: atribuímos sentido ao que lemos ou ouvimos. 2: Produzimos discursos.

Variedades linguísticas

Esquema. Em primeiro nível, A LÍNGUA VARIA... Duas setas ramificam as informações: Na primeira seta, temos a seguinte informação: Nível 2: 'em um mesmo momento do tempo:'; nível 3 ramificado em três setas: SETA 1: 'conforme a classe social (maior ou menor contato com a escola e os livros)'; SETA 2: 'conforme o grupo social (ex.: adolescentes/adultos)'; SETA 3: 'conforme a região'; no nível 4, apenas a expressão VARIEDADES LINGUÍSTICAS, de onde ramificam cinco setas para o nível 5: SETA 1: Todas têm um registro (modo de falar e escrever) mais formal ou informal.'; SETA 2: 'Entre elas, há as normas urbanas de prestígio, assim chamadas por serem faladas pelas elites sociais.'; SETA 3: 'Todas possuem regras e normas internas.' (daqui uma seta para o sexto nível, indicando 'São utilizadas na maior parte dos documentos, livros, jornais e revistas, palestras, programas de TV e rádio.'); SETA 4: 'Todas as variedades têm o mesmo valor para seus falantes e todas se prestam à comunicação.'; SETA 5: 'Todas as línguas têm variedades.'. A segunda seta do primeiro nível indica: 'AO LONGO DO TEMPO: VARIAÇÃO HISTÓRICA'.

Sinonímia e antonímia

Esquema horizontal. Primeiro nível: 'Relações de sentido entre as palavras'. Daqui, ramificam-se três setas indicando: SETA 1: 'SINONÍMIA = SENTIDO SIMILAR'; SETA 2: "As relações não são sempre as mesmas. Dependem do contexto.'; SETA 3: ANTONÍMIA = SENTIDO OPOSTO. Na seta 1 do nível 2, abre outra em mesmo nível, mas com quadro acima: "A escolha dos sinônimos é influenciada...'. Dela, ramificam três setas para o nível três: SETA 1: ' - pela época e pela idade do falante. Exemplo: namorar/cortejar.'; SETA 2: '- pelas diferenças regionais. Exemplo: tangerina/mexerica.'; SETA 3: '- pela situação de comunicação e o efeito de sentido que se pretende. Exemplo: dinheiro/bufunfa.' Na seta 3 do nível 2, abre outra em mesmo nível, mas com quadro abaixo: ' Os pares de antônimos podem ser formados...'. Dela, ramificam três setas para o nível três: SETA 1: '- por palavras de radical distinto. Exemplo: feio × bonito.'; SETA 2: '- por palavras com o mesmo radical, recebendo uma delas o prefixo de-/des- ou in-/im-: puro × impuro; leal × desleal.'; SETA 3: '- pelo acréscimo do advérbio não antes da palavra: marcado × não marcado.'

Polissemia

Esquema horizontal. No primeiro nível: POLISSEMIA. Dele, ramificam-se três setas: SETA 1: 'Mesma palavra, outro sentido e contexto.'; SETA 2: ‘Os sentidos guardam alguma relação entre si.'; SETA 3: 'Contribui para a economia linguística (são necessárias menos palavras para falar das coisas do mundo).'. Da segunda seta, para outra indicando em terceiro nível: '- Exemplo: letra – pode ser letra do alfabeto ou letra de canção.'

Anexo de conhecimentos linguísticos

Figuras de linguagem um: metáfora e metonímia

Esquema. Primeiro nível: FIGURAS DE LINGUAGEM. Duas setas para segundo nível: SETA 1: Metonímia; SETA: Metáfora.   De METONÍMIA, ramificam-se duas setas em terceiro nível: SETA 1:  'Pode ser de vários tipos; por exemplo:'; SETA 2: 'Uso de um termo no lugar de outro, por haver, entre ambos, uma relação de proximidade, pertencimento, dependência.'. Da primeira seta do nível três, há quatro ramificações: SETA 1: 'Parte pelo todo. Ganharás o pão com o suor do teu rosto. (= alimento)"; SETA 2: 'Marca pelo produto. Você comprou danone? (= iogurte)"; SETA 3: 'Continente pelo conteúdo. Adoro este refrigerante! Tomei a garrafa toda. (= o conteúdo da garrafa)'; SETA 4: 'Efeito pela causa. Ganharás o pão com o suor do teu rosto. (= efeito do trabalho)'. De METÁFORA, ramificam-se duas setas: SETA 1: 'Resulta de uma comparação que não está explícita nem marcada no texto.'; SETA 2: "Uso de palavras para aproximar seres ou elementos que, em um primeiro momento, não têm relação entre si.'. Da seta 2, abre a informação no terceiro nível: 'Exemplo: Este menino é um doce.'

Figuras de linguagem dois: hipérbole, personificação, sinestesia e ironia

Esquema vertical. Primeiro nível: FIGURAS DE LINGUAGEM. Ramificam-se quatro setas em segundo nível: SETA 1: HIPERBOLE; SETA 2: PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPÉIA; SETA 3: SINESTESIA; SETA 4: IRONIA. De Hipérbole, abrem duas setas, uma em cada nível: SETA 1: 'Usada para expressar de forma exagerada um fato, uma ideia ou um sentimento, com o objetivo de dar mais ênfase ao que se quer dizer.'; SETA 2: 'Exemplo: Você demora um século no banho!'. De Personificação (ou prosopopeia), abrem duas setas, uma em cada nível: SETA 1: 'Usada para atribuir ações e sentimentos humanos a seres inanimados ou a animais.'; SETA 2: 'Exemplo: A cidade me sorria.'; De Sinestesia, abrem duas setas, uma em cada nível: SETA 1: 'Consiste em mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.'; SETA 2: 'Exemplo: Havia um cheiro cinzento no ar.'. De Ironia, abrem duas setas, uma em cada nível: SETA 1: 'Consiste em dizer o contrário do que se pensa. Normalmente é usada com a intenção de produzir humor e fazer críticas.'; SETA 2: 'Exemplo: Está frio hoje, não? Só 38 graus!'

Figuras de linguagem três: gradação, repetição, antítese e eufemismo

Esquema horizontal. Primeiro nível: FIGURAS DE LINGUAGEM. Dela, ramificam-se quatro setas: SETA 1: 'Gradação: bonito – lindo - (ascendente); Minúsculo – pequeno - (descendente)'; SETA 2: 'Repetição: linda, linda, linda...'; SETA 3: 'Antítese: horrenda – linda'; SETA 4: 'Eufemismo: morreu - Foi desta para melhor. Há um fio que liga GRADAÇÃO, REPETIÇÃO E ANTÍTESE à informação em um quadro: 'Em geral, têm como efeito enfatizar determinada ideia.'

Flexão dos verbos

Esquema vertical. Primeiro nível: VERBOS FLEXIONAM-SE EM... Dele, partem duas setas: SETA 1: 'Número e pessoa:': 1ª pessoa do singular - Eu salto 2ª pessoa do singular -Tu saltas / Você salta 3ª pessoa do singular - Ele salta 1ª pessoa do plural - Nós saltamos 2ª pessoa do plural - Vós saltais / Vocês saltam 3ª pessoa do plural - Eles saltam SETA 2: 'Modo e tempo:' INDICATIVO (certeza): Presente Estou doente Pretérito perfeito Estive doente. Pretérito imperfeito Estava doente. Pretérito mais-que-perfeito Estivera doente. Futuro do presente Estarei doente. Futuro do pretérito Estaria doente. SUBJUNTIVO (hipótese, dúvida) Presente Talvez ele esteja doente. Pretérito imperfeito Talvez ele estivesse doente. Futuro E se ele estiver doente? IMPERATIVO (ordem, conselho, pedido) Afirmativo Fique quieto! Negativo Não fique quieto! Formas nominais (equivalem a nomes) Particípio: Estavam adormecidas. Gerúndio: O bebê estava adormecendo. Infinitivo: Quero adormecer e sonhar.

Anexo de conhecimentos linguísticos

Termos que aparecem na construção da oração: o sujeito e sua relação com o verbo

Esquema. Primeiro nível: SUJEITO. SETA à direita: Termo da oração que indica a pessoa ou a coisa de que afirmamos ou negamos uma ação ou qualidade. Fio abaixo de sujeito: 'Pode ser...' De SUJEITO, ramificam-se duas setas: SETA 1: DETERMINADO Sujeito simples (um núcleo só): Seta de 'começaram' para 'problemas': O verbo concorda com o núcleo: Os problemas da criança começaram no ano anterior. Sujeito composto (dois ou mais núcleos): De "sabiam" para: "mãe e criança": O verbo vai para o plural: A criança e a mãe não sabiam aonde ir. Desinencial (oculto ou elíptico): É identificado pela desinência do verbo: Passeamos no parque. (= Nós) SETA 2: INDETERMINADO (não se quer ou não se pode especificá-lo) É expresso por... Verbo de ligação, intransitivo ou transitivo indireto + se: Vive-se bem aqui. Ou... Verbo na 3ª pessoa do plural: Estão tocando a campainha.

Oração sem sujeito

Esquema. Primeiro nível: ORAÇÃO SEM SUJEITO. Seta pra: 'Traz um verbo impessoal e, portanto, o predicado não se refere a nenhum ser.' De SUJEITO, ramificam-se quadro entradas abaixo: ENTRADA 1: Verbo haver com o sentido de existir. Havia dois gatos parados na esquina. ENTRADA 2: Verbos que indicam fenômenos da natureza. Amanhã, provavelmente choverá. Venta muito lá fora. ENTRADA 3: Verbos fazer e haver, indicando tempo passado. Faz dias que não assisto à televisão. Estou esperando por uma resposta há horas. ENTRADA 4: Verbos ser e estar, indicando tempo ou clima. Era inverno. Aqui dentro está um gelo.

A posição do sujeito na frase

Esquema. Primeiro nível: O SUJEITO PODE FICA... Duas setas: SETA 1: Antes do verbo = ordem direta O vento soprava pela floresta. SETA 2: Depois do verbo = ordem indireta Soprava o vento pela floresta.

Termos que aparecem na construção da oração: o predicado

Esquema. Primeiro nível: TIPOS DE PREDICADO. Há 3 ramificações: 1. Se o verbo é nocional (de ação), o núcleo do predicado é o próprio verbo. O leão devorou o coelho. (predicado: devorou o coelho; núcleo: devorou) 2: Se o verbo é de ligação, o núcleo do predicado é o predicativo do sujeito. O leão estava faminto. (predicado: estava faminto; núcleo: faminto) 3. Se o verbo é nocional e está acompanhado por um predicativo do sujeito, há dois núcleos: o verbo e o predicativo. O leão adormeceu satisfeito (predicado: adormeceu satisfeito; núcleo: adormeceu satisfeito).

Termos que aparecem na construção da oração: complementos verbais

Esquema. Primeiro nível: COMPLEMENTOS VERBAIS. Duas setas em segundo nível: SETA 1: Objeto direto (OD). Liga-se ao verbo sem preposição: A princesa beijou o sapo. SETA 2: Objeto indireto (OI). Liga-se ao verbo por meio de preposição: A princesa simpatizou com o sapo. De OBJETO DIREITO, há uma seta para o terceiro nível: Pode receber um predicativo do objeto: A princesa achou o sapo simpático. (objeto direto: o sapo; predicativo do objeto: simpático).

Anexo de conhecimentos linguísticos

Transitividade dos verbos

Esquema. PRIMEIRA LINHA Primeiro nível: Verbo transitivo direto (VTD) Segundo nível: A princesa beijou o sapo.  VTD: beijo; OD: o sapo. SEGUNDA LINHA Primeiro nível: Verbo transitivo indireto (VTI) Segundo nível: A princesa simpatizou com o sapo. VTI: simpatizou; OI: com o sapo. TERCEIRA LINHA Primeiro nível:Verbo intransitivo (VI) Segundo nível: A princesa dormiu. (não há complemento) QUARTA LINHA Primeiro nível: Verbo transitivo direto e indireto (VTDI) Segundo nível: A princesa devolveu o sapo ao brejo. VTDI: devolveu; OD: o sapo; OI: ao brejo.

Voz passiva × sujeito indeterminado

Esquema. Dois blocos de quadros separados pelo símbolo de 'diferente'. De um lado, as seguintes informações: PRIMEIRO NÍVEL: Verbos transitivos diretos + se; SEGUNDO NÍVEL: Voz passiva sintética ; TERCEIRO NÍVEL: Alugam-se casas. Do outro lado, as seguintes informações: PRIMEIRO NÍVEL: Verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligacao + se; SEGUNDO NÍVEL: Sujeito indeterminado  ; TERCEIRO NÍVEL: Vive-se mal. / Sabe-se de tudo. / Era-se feliz.

Período simples e período composto

Esquema vertical. Em primeiro nível: PERÍODO. Em segundo nível, duas informações, cada uma em um quadro: PRIMEIRO:  Simples = uma só oracão. Exemplo: O espetáculo começou. 2. Composto = mais de uma oracão. Exemplo: O espetáculo começou logo depois que chegamos. De COMPOSTO, parte a informação: 'Suas orações podem estar ligadas por uma conjunção. Existem dois tipos de conjunção:'. Daqui, ramificam-se duas setas: SETA 1: Conjunções coordenativas = relacionam orações sintaticamente independentes. Exemplo: Desligue o celular, que o espetáculo já começou!; SETA 2: Conjunções subordinativas = relacionam orações em que uma funciona como termo da outra. Exemplo: Os artistas pediram que todos na plateia desligassem os celulares. (= pediram o desligamento dos celulares).

Período composto por coordenação

Esquema vertical. Em primeiro nível: ORAÇÕES COORDENADAS. Em segundo nível, dois quadros: QUADRO 1: Assindéticas (justapostas sem conjunção) Ex.: Vim, vi, venci.; QUADRO 2: 'Sindéticas (relacionadas por conjunção)'. O quadro SINDÉTICAS, ramifica-se em cinco quadros: QUADRO 1:  Adversativas Ideia de oposição. Formadas com mas, porém, contudo, entretanto etc.; QUADRO 2: Explicativas Ideia de explicação. Formadas com pois, porque, que etc. Aditivas Ideia de acréscimo. Formadas com e, nem, não só..., mas também etc.; QUADRO 3: Alternativas Ideia de alternância ou exclusão. Formadas com ou, ora.. ora... etc. QUADRO 4: Conclusivas Ideia de conclusão. Formadas com logo, portanto etc.

Operadores argumentativos

Esquema. Ao centro, em forma oval, o texto: 'Operadores argumentativos: ajudam a articular as ideias em um texto argumentativo.'. Ao redor desse texto, ramificam-se cinco setas com as informações em quadros retangulares: SETA 1: Acrescentam um argumento a outro: além disso, e, também, ainda, não só... mas também, tanto... como, além do mais, ademais. SETA 2: Explicam argumentos: já que, porque, que, pois. SETA 3: Marcam uma gradação em uma série de argumentos: até mesmo, inclusive, no máximo, no mínimo. SETA 4: Introduzem uma conclusão: portanto, por conseguinte, pois, logo. SETA 5: Contrapõem argumentos: mas, porém, no entanto, todavia, embora, ainda que, mesmo que, apesar de que.

Coesão textual e classes de palavras

Esquema. Ao centro, duas informações em formato oval: 1: Coesão textual e classes de palavras. 2. Estabelecem relações de sentido entre as partes do texto. Dessa informação, há uma seta indicando CONJUNÇÕES. Da primeira informação, há cinco setas: SETA 1: Pronomes; SETA 2: Substantivos; SETA 3: Numerais; SETA 4: Catáfora = antecipação de ideias. Ex.: Ela era uma mulher especial. Dona Madalena encantava a todos. SETA 5: Anáfora = retomada de ideias. Ex.: Dona Madalena encantava a todos. Ela era uma mulher especial.

Anexo de conhecimentos linguísticos

Formação e significação de palavras na nossa língua

Esquema horizontal. Primeiro nível: 'O léxico forma‑se e amplia‑se por meio de...'. Daqui, abrem três setas: SETA 1: ' Estrangeirismos: Vocábulos tomados de empréstimo de outras línguas. Podem ser aportuguesados (abajur, clicar, escâner) ou não (skate, mouse, pizza).'. SETA 2: Neologismos - em terceiro nível: 'Novas palavras criadas com elementos (morfemas) da própria língua. Ex.: chocólatra, internauta. Atribuição de novos sentidos às palavras existentes (muitas vezes são gírias). Ex.: mala (de viagem) mala (chato).' SETA 3: 'outros processos: onomatopeias (zum‑zum, mugir), reduções (foto, DVD).' Em quarto nível, há duas setas DERIVAÇÃO e COMPOSIÇÃO, ambas de ramificam do quadro sobre os morfemas. Em derivação, há cinco subdivisões: Prefixal: rever, descumprir. Sufixal: pedreiro, gostoso. Parassintética: aferventar. Regressiva: perder - perda. Imprópria: Estou cheia de ouvir nãos! Em composição, há duas subdivisões: Por justaposição: beija-flor. Por aglutinação: pernilongo.

Figuras de linguagem fônicas: aliteração, assonância e paronomásia

Esquema. Em primeiro nível, FIGURAS DE LINGUAGEM FÔNICAS. Em segundo nível, dois quadros: 1. Utilizam os sons da língua (fonemas) como material. 2. Em geral, são usadas em jogos sonoros (como nos trava-línguas) e na propaganda ou na literatura para produzir efeitos estéticos e de sentido. Abaixo, ao centro do esquema, a informação 'Podemos construí-las...', que é complementada por três quados: 1. pelo emprego recorrente de fonemas consonantais: aliteração. Ex.: Vim, vi e venci. 2. pelo emprego recorrente de uma mesma vogal tônica: assonância. Ex.: Um sururu de urubus. 3. pela combinação entre palavras ou expressões foneticamente semelhantes, porém distintas quanto ao significado: paronomásia. Ex.: Você é um talento: tá lento...

Período composto por subordinação

Esquema vertical. Em primeiro nível: 'Período composto (duas ou mais orações) por subordinação.' Em segundo nível, duas ramificações: Primeira ramificação. Por coordenação; em terceiro nível: 'Cada oração tem os termos necessários para que seu sentido esteja completo e, assim, não há dependência entre uma e outra. Exemplo: Ele chegou, jantou e foi dormir.' A palavra termo está circulada e indica uma seta para um esquema composto de: Termos da oração (primeiro nível): Essenciais: sujeito e predicado; Integrantes: complementos verbais e nominais; Acessórios: adjuntos, aposto e vocativo Segunda ramificação. Por subordinação; em terceiro nível, 'Em geral, há uma relação de dependência entre as orações, pois a oração subordinada funciona como um dos termos da oração principal. Exemplo: Quero que você chegue mais cedo.' (oração principal - verbo transitivo direto = quero; oração subordinada - objeto direto = que você chegue mais cedo.

Orações subordinadas substantivas

Esquema vertical. Em primeiro nível: 'Orações subordinadas substantivas Cumprem as funções normalmente desempenhadas por um substantivo.'. Abaixo, quatro quadros, com estas informações: 1.  São introduzidas por que, se, quem, quanto, como, onde, quando etc. 2. Podem ser desenvolvidas (com conjunção e verbo no indicativo ou no subjuntivo). Ex.: Fingi que não o vi. 3. Dica: para reconhecê-las, substitua-as por um substantivo ou por isto, isso, aquilo. 4. Podem ser reduzidas (sem conjunção e com verbo no infinitivo). Ex.: Fingi não vê-lo. Abaixo, há seis quadros conectados ao primeiro nível: QUADRO 1: Subjetivas. Funcionam como sujeito da oração principal.  Ex.: É necessário que todos saiam. QUADRO 2: Objetivas diretas. Funcionam como objeto direto da oração principal. Ex.: Pedi que todos saíssem. QUADRO 3: Objetivas indiretas. Funcionam como objeto indireto da oração principal. Ex.: Eles se opuseram a que saíssemos da sala. QUADRO 4: Predicativas. Funcionam como predicativo da oração principal.  Ex.: O ideal é que saiam rápido.  QUADRO 5: Apositivas. Funcionam como aposto da oração principal.  Ex.: Só quero uma coisa: que vocês saiam já. QUADRO 6: Completivas nominais  Funcionam como complemento nominal da oração principal.  Ex.: Tenho dúvida de que possamos sair já.

Anexo de conhecimentos linguísticos

Orações subordinadas adjetivas

Esquema vertical. Primeiro nível: ‘Orações subordinadas adjetivas Cumprem a função normalmente desempenhada por um adjetivo, ou seja, a de adjunto adnominal.’. Do primeiro nível, há quatro quadros, com as informações: 1. São introduzidas por um pronome relativo: que, quem, cujo, onde, o qual etc. 2. Especificam ou caracterizam um termo da oração principal. 3. Podem ser desenvolvidas (com pronome relativo e verbo no indicativo ou no subjuntivo). Ex.: Era um bicho que metia medo. 4. Podem ser reduzidas (sem pronome relativo e com verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio). Ex.: Era um bicho de meter medo. Do primeiro nível, há duas ramificações na parte inferior do esquema, com dois quadros: QUADRO 1: Restritivas. Restringem, delimitam, especificam o sentido de um termo da oração principal. Ex.: Os estudantes que tiraram boas notas receberam um prêmio. (= apenas estudantes receberam o prêmio). QUADRO 2: Explicativas. Explicam o sentido de um termo da oração principal, acrescentando uma informação sobre ele. Ex.: Os estudantes, que tiraram boas notas, receberam um prêmio. (= todos os estudantes receberam o prêmio).

Orações subordinadas adverbiais

Esquema horizontal. Em primeiro nível, a informação: ‘Orações subordinadas adverbiais Cumprem a função normalmente desempenhada por um advérbio, ou seja, a de adjunto adverbial.’. Dele, partem duas outras informações: QUADRO 1: São introduzidas por conjunções que expressam circunstâncias: porque, desde que, embora, conforme, depois, para que, como, à medida que etc. QUADRO 2: Podem ser desenvolvidas (com conjunção e verbo no indicativo ou no subjuntivo) ou reduzidas, isto é, sem conjunção e com verbo no infinitivo (Por ser meu amigo, veio me ajudar), no gerúndio (Chegando à garagem, vi o fusca estacionado) ou no particípio (Acabada a prova, os estudantes saíram correndo). Ligados ao primeiro nível, no final do esquema, há nove quadros, com as informações: QUADRO 1: Condicionais. Se chover, não irei à aula. QUADRO 2: Proporcionais. Quanto mais bebia a poção, mais sedento ficava. QUADRO 3: Comparativas. Pedro fala menos do que faz. QUADRO 4: Temporais. Quando o sol nascer, estaremos a salvo. QUADRO 5: Consecutivas. É tão linda que enjoa. QUADRO 6: Concessivas. Embora saiba nadar, preferiu ir de barco. QUADRO 7: Causais Não telefonei porque não sabia o número. QUADRO 8: Finais. Estendi o lençol para que vocês dormissem melhor. QUADRO 9: Conformativas. Conforme disse a professora, as tarefas são para hoje.
Nota de rodapé
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 Fonte: TAQUETTE, Stella R. Direitos sexuais e reprodutivos na adolescência. . Saúde, Rio de Janeiro, v. 10, suplemento 1, página 72-77, abril 2013.
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