A Base Nacional Comum Curricular – Competências e habilidades

Competências gerais da Educação Básica

  1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
  2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
  3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
  4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
  5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de fórma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
  6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
  7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
  8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
  9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
  10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

  1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como fórmas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
  2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
  3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
  4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
  5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.
  6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de fórma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.

Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.

  1. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como fórma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.
  2. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.
  3. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
  4. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao interlocutor ou aos interlocutores e ao gênero do discurso/gênero textual.
  5. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.
  6. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.
  7. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etcétera).
  8. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como fórmas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.
  9. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expandir as fórmas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.

Habilidades de Língua Portuguesa favorecidas no 9º ano

HABILIDADES

(EF69LP01) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio, posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbrando possibilidades de denúncia quando for o caso.

(EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.

(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente.

(EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos publicitários, relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar práticas de consumo conscientes.

(EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos − tirinhas, charges, memes, gifs etc. −, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc.

(EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural − resenhas e outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc.− e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor.

(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação − os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/ alterando efeitos, ordenamentos etc.

(EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido − notícia, reportagem, resenha, artigo de opinião, dentre outros −, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes semioses, a formatação e uso adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta.

(EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido − cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. −, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc.

(EF69LP10) Produzir notícias para rádios, TV ou vídeos, podcasts noticiosos e de opinião, entrevistas, comentários, vlogs, jornais radiofônicos e televisivos, dentre outros possíveis, relativos a fato e temas de interesse pessoal, local ou global e textos orais de apreciação e opinião − podcasts e vlogs noticiosos, culturais e de opinião, orientando-se por roteiro ou texto, considerando o contexto de produção e demonstrando domínio dos gêneros.

(EF69LP11) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados na escuta de interações polêmicas em entrevistas, discussões e debates (televisivo, em sala de aula, em redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar frente a eles.

(EF69LP12) Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/ redesign (esses três últimos quando não for situação ao vivo) e avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo, considerando sua adequação aos contextos em que foram produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a clareza, progressão temática e variedade linguística empregada, os elementos relacionados à fala, tais como modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos, tais como postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc.

(EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ ou de relevância social.

(EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam analisar partes da qu estão e compartilhá-los com a turma.

(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos.

(EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais e hipermidiáticos no digital, que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos, gravações de áudio etc.), da ordem do argumentar, tais como artigos de opinião e editorial (contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das entrevistas: apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e resposta etc.

(EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao tratamento da informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a morfologia do verbo, em textos noticiosos e argumentativos, reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as formas de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens).

(EF69LP18) Utilizar, na escrita/reescrita de textos argumentativos, recursos linguísticos que marquem as relações de sentido entre parágrafos e enunciados do texto e operadores de conexão adequados aos tipos de argumento e à forma de composição de textos argumentativos, de maneira a garantir a coesão, a coerência e a progressão temática nesses textos (“primeiramente, mas, no entanto, em primeiro/segundo/terceiro lugar, finalmente, em conclusão”etc.).

(EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos de sentido de elementos típicos da modalidade falada, como a pausa, a entonação, o ritmo, a gestualidade e expressão facial, as hesitações etc.

(EF69LP20) Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de organização dos textos normativos e legais, a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e suas partes: parte inicial (título − nome e data − e ementa), blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e parágrafos e incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua implementação) e analisar efeitos de sentido causados pelo uso de vocabulário técnico, pelo uso do imperativo, de palavras e expressões que indicam circunstâncias, como advérbios e locuções adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como alguns pronomes indefinidos, de forma a poder compreender o caráter imperativo, coercitivo e generalista das leis e de outras formas de regulamentação.

(EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos.

(EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão.

(EF69LP23) Contribuir com a escrita de textos normativos, quando houver esse tipo de demanda na escola − regimentos e estatutos de organizações da sociedade civil do âmbito da atuação das crianças e jovens (grêmio livre, clubes de leitura, associações culturais etc.) − e de regras e regulamentos nos vários âmbitos da escola − campeonatos, festivais, regras de convivência etc., levando em conta o contexto de produção e as características dos gêneros em questão.

(EF69LP24) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a artigos, do ECA, do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais − seu vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. -, de maneira a facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita de textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a compreensão do caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo.

(EF69LP25) Posicionar-se de forma consistente e sustentada em uma discussão, assembleia, reuniões de colegiados da escola, de agremiações e outras situações de apresentação de propostas e defesas de opiniões, respeitando as opiniões contrárias e propostas alternativas e fundamentando seus posicionamentos, no tempo de fala previsto, valendo-se de sínteses e propostas claras e justificadas.

(EF69LP26) Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de propostas, reuniões, como forma de documentar o evento e apoiar a própria fala (que pode se dar no momento do evento ou posteriormente, quando, por exemplo, for necessária a retomada dos assuntos tratados em outros contextos públicos, como diante dos representados).

(EF69LP27) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a gêneros normativos/jurídicos e a gêneros da esfera política, tais como propostas, programas políticos (posicionamento quanto a diferentes ações a serem propostas, objetivos, ações previstas etc.), propaganda política (propostas e sua sustentação, posicionamento quanto a temas em discussão) e textos reivindicatórios: cartas de reclamação, petição (proposta, suas justificativas e ações a serem adotadas) e suas marcas linguísticas, de forma a incrementar a compreensão de textos pertencentes a esses gêneros e a possibilitar a produção de textos mais adequados e/ou fundamentados quando isso for requerido.

(EF69LP28) Observar os mecanismos de modalização adequados aos textos jurídicos, as modalidades deônticas, que se referem ao eixo da conduta (obrigatoriedade/permissibilidade) como, por exemplo: Proibição:“Não se deve fumar em recintos fechados.”; Obrigatoriedade:“A vida tem que valer a pena.”; Possibilidade:“É permitido a entrada de menores acompanhados de adultos responsáveis”, e os mecanismos de modalização adequados aos textos políticos e propositivos, as modalidades apreciativas, em que o locutor exprime um juízo de valor (positivo ou negativo) acerca do que enuncia. Por exemplo:“Que belo discurso!”,“Discordo das escolhas de Antônio.”“Felizmente, o buraco ainda não causou acidentes mais graves.”

(EF69LP29) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de divulgação científica − texto didático, artigo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de campo, podcasts e vídeos variados de divulgação científica etc. − e os aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguística características desses gêneros, de forma a ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.

(EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.

(EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas − tais como “em primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito de outro modo”, isto é”, “por exemplo” − para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos.

(EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com ajuda do professor, as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas digitais, em quadros, tabelas ou gráficos.

(EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação científica e retextualizar do discursivo para o esquemático − infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. − e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as características das multissemioses e dos gêneros em questão.

(EF69LP34) Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de leitura, produzir marginálias (ou tomar notas em outro suporte), sínteses organizadas em itens, quadro sinóptico, quadro comparativo, esquema, resumo ou resenha do texto lido (com ou sem comentário/análise), mapa conceitual, dependendo do que for mais adequado, como forma de possibilitar uma maior compreensão do texto, a sistematização de conteúdos e informações e um posicionamento frente aos textos, se esse for o caso.

(EF69LP35) Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração de esquema que considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou de registros de experimentos ou de estudo de campo, produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo de opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia, verbete de enciclopédia digital colaborativa , infográfico, relatório, relato de experimento científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de produção, que podem envolver a disponibilização de informações e conhecimentos em circulação em um formato mais acessível para um público específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas bibliográficas, experimentos científicos e estudos de campo realizados.

(EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e estilos.

(EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos (vlog científico, vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts) para divulgação de conhecimentos científicos e resultados de pesquisa, tendo em vista seu contexto de produção, os elementos e a construção composicional dos roteiros.

(EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala − memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea.

(EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos.

(EF69LP40) Analisar, em gravações de seminários, conferências rápidas, trechos de palestras, dentre outros, a construção composicional dos gêneros de apresentação − abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação do plano de exposição, desenvolvimento dos conteúdos, por meio do encadeamento de temas e subtemas (coesão temática), síntese final e/ou conclusão, encerramento −, os elementos paralinguísticos (tais como: tom e volume da voz, pausas e hesitações − que, em geral, devem ser minimizadas −, modulação de voz e entonação, ritmo, respiração etc.) e cinésicos (tais como: postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato de olho com plateia, modulação de voz e entonação, sincronia da fala com ferramenta de apoio etc.), para melhor performar apresentações orais no campo da divulgação do conhecimento.

(EF69LP41) Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais, escolhendo e usando tipos e tamanhos de fontes que permitam boa visualização, topicalizando e/ou organizando o conteúdo em itens, inserindo de forma adequada imagens, gráficos, tabelas, formas e elementos gráficos, dimensionando a quantidade de texto (e imagem) por slide, usando progressivamente e de forma harmônica recursos mais sofisticados como efeitos de transição, slides mestres, layouts personalizados etc.

(EF69LP42) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros relacionados à divulgação de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos, relações, ou resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos, diagramas, figuras, tabelas, mapas) etc., exposição, contendo definições, descrições, comparações, enumerações, exemplificações e remissões a conceitos e relações por meio de notas de rodapé, boxes ou links; ou título, contextualização do campo, ordenação temporal ou temática por tema ou subtema, intercalação de trechos verbais com fotos, ilustrações, áudios, vídeos etc. e reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação científica, fazendo uso consciente das estratégias de impessoalização da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de publicação e objetivos assim o demandarem, como em alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3ª pessoa, presente atemporal, recurso à citação, uso de vocabulário técnico/especializado etc., como forma de ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos nesses gêneros.

(EF69LP43) Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no texto − citação literal e sua formatação e paráfrase −, as pistas linguísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor e dos outros autores citados (“Segundo X; De acordo com Y; De minha/nossa parte, penso/ amos que”...) e os elementos de normatização (tais como as regras de inclusão e formatação de citações e paráfrases, de organização de referências bibliográficas) em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como a intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos.

(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.

(EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros como quarta-capa, programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., para selecionar obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, CD´s, DVD´s etc.), diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for o caso.

(EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/ manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs.

(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.

(EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal.

(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor.

(EF69LP50) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de romances, contos, mitos, narrativas de enigma e de aventura, novelas, biografias romanceadas, crônicas, dentre outros, indicando as rubricas para caracterização do cenário, do espaço, do tempo; explicitando a caracterização física e psicológica dos personagens e dos seus modos de ação; reconfigurando a inserção do discurso direto e dos tipos de narrador; explicitando as marcas de variação linguística (dialetos, registros e jargões) e retextualizando o tratamento da temática.

(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção − o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. − e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário.

(EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, considerando, na caracterização dos personagens, os aspectos linguísticos e paralinguísticos das falas (timbre e tom de voz, pausas e hesitações, entonação e expressividade, variedades e registros linguísticos), os gestos e os deslocamentos no espaço cênico, o figurino e a maquiagem e elaborando as rubricas indicadas pelo autor por meio do cenário, da trilha sonora e da exploração dos modos de interpretação.

(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos − como contos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infantojuvenil, − contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita, expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros recursos gráficoeditoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão.

(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a gestualidade,
na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.

(EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.

(EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma-padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser usada.

(EF89LP01) Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os efeitos das novas tecnologias no campo e as condições que fazem da informação uma mercadoria, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos.

(EF89LP02) Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar, comentar, curar etc.) e textos pertencentes a diferentes gêneros da cultura digital (meme, gif, comentário, charge digital etc.) envolvidos no trato com a informação e opinião, de forma a possibilitar uma presença mais crítica e ética nas redes.

(EF89LP03) Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de leitores, comentários, posts de blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados a esses textos.

(EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos argumentativos do campo (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), posicionando-se frente à questão controversa de forma sustentada.

(EF89LP05) Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de recurso a formas de apropriação textual (paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou indireto livre).

(EF89LP06) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e seus efeitos de sentido.

(EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em várias mídias, os efeitos de sentido devidos ao tratamento e à composição dos elementos nas imagens em movimento, à performance, à montagem feita (ritmo, duração e sincronização entre as linguagens − complementaridades, interferências etc.) e ao ritmo, melodia, instrumentos e sampleamentos das músicas e efeitos sonoros.

(EF89LP08) Planejar reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou TV/vídeo, sites), tendo em vista as condições de produção do texto − objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. − a partir da escolha do fato a ser aprofundado ou do tema
a ser focado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato ou tema − que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes diversas, análise de documentos, cobertura de eventos etc. −, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc., da produção de infográficos, quando for o caso, e da organização hipertextual (no caso a publicação em
sites ou blogs noticiosos ou mesmo de jornais impressos, por meio de boxes variados).

(EF89LP09) Produzir reportagem impressa, com título, linha fina (optativa), organização composicional (expositiva, interpretativa e/ou opinativa), progressão temática e uso de recursos linguísticos compatíveis com as escolhas feitas e reportagens multimidiáticas, tendo em vista as condições de produção, as características do gênero, os recursos e mídias disponíveis, sua organização hipertextual e o manejo adequado de recursos de captação e edição de áudio e imagem e adequação à norma-padrão.

(EF89LP10) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de produção do texto − objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. −, a partir da escolha do tema ou questão a ser discutido(a), da relevância para a turma, escola ou comunidade, do levantamento de dados e informações sobre a questão, de argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição − o que pode envolver consultas a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise de textos, organização esquemática das informações e argumentos − dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende utilizar para convencer os leitores.

(EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, envolvendo o uso articulado e complementar de diferentes peças publicitárias: cartaz, banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de jornal/revista, para internet, spot, propaganda de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa significativa para a escola e/ou a comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão produzidas, das estratégias de persuasão e convencimento que serão utilizadas.

(EF89LP12) Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema previamente definido, de interesse coletivo, com regras acordadas e planejar, em grupo, participação em debate a partir do levantamento de informações e argumentos que possam sustentar o posicionamento a ser defendido (o que pode envolver entrevistas com especialistas, consultas a fontes diversas, o registro das informações e dados obtidos etc.), tendo em vista as condições de produção do debate − perfil dos ouvintes e demais participantes, objetivos do debate, motivações para sua realização, argumentos e estratégias de convencimento mais eficazes etc. e participar de debates regrados, na condição de membro de uma equipe de debatedor, apresentador/mediador, espectador (com ou sem direito a perguntas), e/ou de juiz/avaliador, como forma de compreender o funcionamento do debate, e poder participar de forma convincente, ética, respeitosa e crítica e desenvolver uma atitude de respeito e diálogo para com as ideias divergentes.

(EF89LP13) Planejar entrevistas orais com pessoas ligadas ao fato noticiado, especialistas etc., como forma de obter dados e informações sobre os fatos cobertos sobre o tema ou questão discutida ou temáticas em estudo, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, partindo do levantamento de informações sobre o entrevistado e sobre a temática e da elaboração de um roteiro de perguntas, garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática, realizar entrevista e fazer edição em áudio ou vídeo, incluindo uma contextualização inicial e uma fala de encerramento para publicação da entrevista isoladamente ou como parte integrante de reportagem multimidiática, adequando-a a seu contexto de publicação e garantindo a relevância das informações mantidas e a continuidade temática.

(EF89LP14) Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os movimentos argumentativos de sustentação, refutação e negociação e os tipos de argumentos, avaliando a força/tipo dos argumentos utilizados.

(EF89LP15) Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a defesa de ideia e de diálogo com a tese do outro: concordo, discordo, concordo parcialmente, do meu ponto de vista, na perspectiva aqui assumida etc.

(EF89LP16) Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e argumentativos, por meio das modalidades apreciativas, viabilizadas por classes e estruturas gramaticais como adjetivos, locuções adjetivas, advérbios, locuções adverbiais, orações adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas e explicativas etc., de maneira a perceber a apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou as posições implícitas ou assumidas.

(EF89LP17) Relacionar textos e documentos legais e normativos de importância universal, nacional ou local que envolvam direitos, em especial, de crianças, adolescentes e jovens − tais como a Declaração dos Direitos Humanos, a Constituição Brasileira, o ECA −, e a regulamentação da organização escolar − por exemplo, regimento escolar −, a seus contextos de produção, reconhecendo e analisando possíveis motivações, finalidades e sua vinculação com experiências humanas e fatos históricos e sociais, como forma de ampliar a compreensão dos direitos e deveres, de fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela ética da responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho).

(EF89LP18) Explorar e analisar instâncias e canais de participação disponíveis na escola (conselho de escola, outros colegiados, grêmio livre), na comunidade (associações, coletivos, movimentos, etc.), no munícipio ou no país, incluindo formas de participação digital, como canais e plataformas de participação (como portal e-cidadania), serviços, portais e ferramentas de acompanhamentos do trabalho de políticos e de tramitação de leis, canais de educação política, bem como de propostas e proposições que circulam nesses canais, de forma a participar do debate de ideias e propostas na esfera social e a engajar-se com a busca de soluções para problemas ou questões que envolvam a vida da escola e da comunidade.

(EF89LP19) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas abertas, abaixo-assinados e petições on-line (identificação dos signatários, explicitação da reivindicação feita, acompanhada ou não de uma breve apresentação da problemática e/ou de justificativas que visam sustentar a reivindicação) e a proposição, discussão e aprovação de propostas políticas ou de soluções para problemas de interesse público, apresentadas ou lidas nos canais digitais de participação, identificando suas marcas linguísticas, como forma de possibilitar a escrita ou subscrição consciente de abaixo-assinados e textos dessa natureza e poder se posicionar de forma crítica e fundamentada frente às propostas.

(EF89LP20) Comparar propostas políticas e de solução de problemas, identificando o que se pretende fazer/implementar, por que (motivações, justificativas), para que (objetivos, benefícios e consequências esperados), como (ações e passos), quando etc. e a forma de avaliar a eficácia da proposta/solução, contrastando dados e informações de diferentes fontes, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder compreender e posicionar-se criticamente sobre os dados e informações usados em fundamentação de propostas e analisar a coerência entre os elementos, de forma a tomar decisões fundamentadas.

(EF89LP21) Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma a levantar prioridades, problemas a resolver ou propostas que possam contribuir para melhoria da escola ou da comunidade, caracterizar demanda/necessidade, documentando-a de diferentes maneiras por meio de diferentes procedimentos, gêneros e mídias e, quando for o caso, selecionar informações e dados relevantes de fontes pertinentes diversas (sites, impressos, vídeos etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, que possam servir de contextualização e fundamentação de propostas, de forma a justificar a proposição de propostas, projetos culturais e ações de intervenção.

(EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo em uma discussão ou apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do que está sendo proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a interesses coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar.

(EF89LP23) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e propositivos, os movimentos argumentativos utilizados (sustentação, refutação e negociação), avaliando a força dos argumentos utilizados.

(EF89LP24) Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes abertas e confiáveis.

(EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação científica, vlogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc.

(EF89LP26) Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o manejo adequado das vozes envolvidas (do resenhador, do autor da obra e, se for o caso, também dos autores citados na obra resenhada), por meio do uso de paráfrases, marcas do discurso reportado e citações.

(EF89LP27) Tecer considerações e formular problematizações pertinentes, em momentos oportunos, em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.

(EF89LP28) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais, apresentações multimídias, vídeos de divulgação científica, documentários e afins, identificando, em função dos objetivos, informações principais para apoio ao estudo e realizando, quando necessário, uma síntese final que destaque e reorganize os pontos ou conceitos centrais e suas relações e que, em alguns casos, seja acompanhada de reflexões pessoais, que podem conter dúvidas, questionamentos, considerações etc.

(EF89LP29) Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais como retomadas anafóricas (“que, cujo, onde”, pronomes do caso reto e oblíquos, pronomes demonstrativos, nomes correferentes etc.), catáforas (remetendo para adiante ao invés de retomar o já dito), uso de organizadores textuais, de coesivos etc., e analisar os mecanismos de reformulação e paráfrase utilizados nos textos de divulgação do conhecimento.

(EF89LP30) Analisar a estrutura de hipertexto e hiperlinks em textos de divulgação científica que circulam na Web e proceder à remissão a conceitos e relações por meio de links.

(EF89LP31) Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos de indicar uma avaliação sobre o valor de verdade e as condições de verdade de uma proposição, tais como os asseverativos − quando se concorda com (“realmente, evidentemente, naturalmente, efetivamente, claro, certo, lógico, sem dúvida” etc.) ou discorda de (“de jeito nenhum, de forma alguma”) uma ideia; e os quase-asseverativos, que indicam que se considera o conteúdo como quase certo (“talvez, assim, possivelmente, provavelmente, eventualmente”).

(EF89LP32) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de intertextualidade (referências, alusões, retomadas) entre os textos literários, entre esses textos literários e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, artes visuais e midiáticas, música), quanto aos temas, personagens, estilos, autores etc., e entre o texto original e paródias, paráfrases, pastiches, trailer honesto, vídeos-minuto, vidding, dentre outros.

(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, e compreender − selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes − romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.

(EF89LP34) Analisar a organização de texto dramático apresentado em teatro, televisão, cinema, identificando e percebendo os sentidos decorrentes dos recursos linguísticos e semióticos que sustentam sua realização como peça teatral, novela, filme etc.

(EF89LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa.

(EF89LP36) Parodiar poemas conhecidos da literatura e criar textos em versos (como poemas concretos, ciberpoemas, haicais, liras, microrroteiros, lambe-lambes e outros tipos de poemas), explorando o uso de recursos sonoros e semânticos (como figuras de linguagem e jogos de palavras) e visuais (como relações entre imagem e texto verbal e distribuição da mancha gráfica), de forma a propiciar diferentes efeitos de sentido.

(EF09LP01) Analisar o fenômeno da disseminação de notícias falsas nas redes sociais e desenvolver estratégias para reconhecê-las, a partir da verificação/avaliação do veículo, fonte, data e local da publicação, autoria, URL, da análise da formatação, da comparação de diferentes fontes, da consulta a sites de curadoria que atestam a fidedignidade do relato dos fatos e denunciam boatos etc.

(EF09LP02) Analisar e comentar a cobertura da imprensa sobre fatos de relevância social, comparando diferentes enfoques por meio do uso de ferramentas de curadoria.

(EF09LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, assumindo posição diante de tema polêmico, argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de texto e utilizando diferentes tipos de argumentos − de autoridade, comprovação, exemplificação princípio etc.

(EF09LP04) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com estruturas sintáticas complexas no nível da oração e do período.

(EF09LP05) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações com a estrutura sujeito-verbo de ligação-predicativo.

(EF09LP06) Diferenciar, em textos lidos e em produções próprias, o efeito de sentido do uso dos verbos de ligação “ser”, “estar”, “ficar”, “parecer” e “permanecer”.

(EF09LP07) Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-padrão com seu uso no português brasileiro coloquial oral.

(EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação que conjunções (e locuções conjuntivas) coordenativas e subordinativas estabelecem entre as orações que conectam.

(EF09LP09) Identificar efeitos de sentido do uso de orações adjetivas restritivas e explicativas em um período composto.

(EF09LP10) Comparar as regras de colocação pronominal na norma-padrão com o seu uso no português brasileiro coloquial.

(EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e articuladores textuais).

(EF09LP12) Identificar estrangeirismos, caracterizando-os segundo a conservação, ou não, de sua forma gráfica de origem, avaliando a pertinência, ou não, de seu uso.

Instrumento de apoio ao planejamento

cê gê – Competências gerais da Educação Básica

cê éle – Competências específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

cê éle pê – Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental

9º ANO

1º SEMESTRE

1º TRIMESTRE

1º BIMESTRE

Capítulo 1 – A verdade e a mentira no jornalismo científico em tempos de fake news

Leitura e produção

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Articulação de práticas de leitura e análise de textos dos campos jornalístico-midiático, da vida pública e de estudos e pesquisa. Leitura de artigos e reportagens de divulgação científica e discussão sobre fake news (notícias falsas). Planejamento e produção de uma reportagem para divulgar um fato ou uma explicação científica sobre um fenômeno.

Discutir, pesquisar e produzir reportagem de divulgação científica que combata opiniões controversas que tenham impactos nocivos na população em geral e sejam baseadas em fake news (notícias falsas).

Ao discutir o conceito de “pós-verdade”, produção e divulgação de fake news (notícias falsas), os(as) estudantes vão desenvolver pesquisas cujos resultados obtidos serão apresentados em uma reportagem de divulgação científica que possa combater opiniões controversas baseadas em boatos espalhados.

Competências e habilidades BNCC
CG:
1, 2, 4, 5, 7, 9 e 10. CL: 1, 2, 3, 4 e 6. CLP: 1, 2, 3, 5, 6, 7 e 10.
Habilidades: (EF09LP01), (EF09LP02), (EF09LP04), (EF09LP12), (EF08LP02), (EF08LP10), (EF08LP14), (EF08LP15), (EF89LP01), (EF89LP02), (EF89LP03), (EF89LP04), (EF89LP05), (EF89LP06), (EF89LP08), (EF89LP09), (EF89LP14), (EF89LP16), (EF89LP22), (EF89LP23), (EF89LP25), (EF89LP26), (EF89LP27), (EF89LP28), (EF89LP29), (EF89LP31), (EF89LP32), (EF89LP37), (EF69LP01), (EF69LP03), (EF69LP05), (EF69LP06), (EF69LP07), (EF69LP08), (EF69LP16), (EF69LP17), (EF69LP29), (EF69LP30), (EF69LP33), (EF69LP34), (EF69LP35), (EF69LP36), (EF69LP42), (EF69LP43).

Instrumento de apoio à produção/revisão textual: consultar Ficha de apoio às p. LXXV-LXXVI deste Manual.

Temas contemporâneos transversais:
1. Cidadania e Civismo – Vida Familiar e Social; 2. Cidadania e Civismo – Direitos Humanos; 3. Ciência e Tecnologia; 4. Economia – Trabalho.

Interdisciplinaridade:
O capítulo dialoga com o objeto de conhecimento de História sobre os conflitos do século XXI e a questão do terrorismo. A partir do trabalho com o conceito de fake news (notícias falsas), propor aos(às) estudantes que realizem pesquisas para, em seguida, analisar de que modo as fake news ampliam os estereótipos em meio ao choque entre diferentes grupos e culturas, fomentando discursos de ódio. Analisar os aspectos relacionados ao fenômeno do terrorismo na contemporaneidade, trabalhando a habilidade (EF09HI35).

Capítulo 2 – Práticas com romance juvenil da literatura portuguesa contemporânea

Práticas no campo artístico-literário

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Leitura de prólogo. Apreciação de fotografia de intervenção artística. Leitura de capítulo de romance juvenil português. Relações de intertextualidade.

Promover a leitura de trechos de um romance contemporâneo (Meia hora para mudar a minha vida), escrito especialmente para jovens pela autora portuguesa Alice Vieira, oferecendo aos(às) estudantes a oportunidade de refletir sobre temas contemporâneos e de identificar a influência da cultura portuguesa em nossa cultura.

A leitura de trechos do romance de Alice Vieira possibilita discussões sobre conflitos familiares, namoro, gravidez precoce e, notadamente, o protagonismo em escolhas centrais para a realização pessoal. E, ao propor relações de intertextualidade e de interdiscursividade, as atividades propiciam que os(as) estudantes percebam as diferentes linguagens, os recursos expressivos e, muito especialmente, as diferentes perspectivas críticas que os fazeres artísticos e literários podem provocar. O contato com a literatura em língua portuguesa feita por escritores de Portugal pode oportunizar também que os(as) estudantes discutam sobre a influência da cultura portuguesa, juntamente com a africana e a indígena, em nosso processo de formação e os contornos distintos que a língua foi ganhando.

Competências e habilidades BNCC
CG:
3, 4 e 5. CL: 2, 3, 5 e 6. CLP: 1, 2, 3, 7, 8 e 9.
Habilidades: (EF08LP15), (EF08LP16), (EF67LP23), (EF89LP32), (EF89LP33), (EF89LP34), (EF89LP37), (EF69LP12), (EF69LP44), (EF69LP45), (EF69LP46), (EF69LP47), (EF69LP49), (EF69LP54).

1º SEMESTRE

1º TRIMESTRE

1º BIMESTRE

Competências e habilidades BNCC
CG:
3, 4 e 5. CL: 2, 3, 5 e 6. CLP: 1, 2, 3, 7, 8 e 9.
Habilidades: (EF67LP23), (EF67LP37), (EF89LP32), (EF89LP33), (EF89LP34), (EF89LP37), (EF69LP21), (EF69LP32), (EF69LP44), (EF69LP45), (EF69LP46), (EF69LP47), (EF69LP49), (EF69LP53), (EF69LP54).

Temas contemporâneos transversais:
1. Multiculturalismo; 2. Ciência e Tecnologia; 3. Economia – Trabalho.

Interdisciplinaridade:
O capítulo pode dialogar com o objeto de conhecimento das Ciências da Natureza sobre fontes e tipos de energia. É possível propor aos(às) estudantes a questão de investigação: Como ocorre a transformação de energia elétrica em sonora?, de modo que sejam capazes de identificar e usar com conhecimento equipamentos elétricos na captação de sons para a produção de paisagens sonoras, desenvolvendo também a habilidade (EF08CI03).

Capítulo 3 – Períodos compostos: coordenação e subordinação

Estudos linguísticos e gramaticais

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Período simples e período composto. Período composto por coordenação I (orações coordenadas sindéticas aditivas e adversativas).

Ajudar o(a) estudante a revisar como, em um enunciado, as orações se organizam em períodos simples ou compostos, bem como levá-lo(a) a perceber a relação de dependência (subordinação) ou não (coordenação) entre as orações do período composto. Além disso, trabalhar as noções de oração coordenada assindética e oração coordenada sindética (aditivas e adversativas).

Ao estudar períodos, os(as) estudantes aprendem a identificar sua constituição, ou seja, se por uma ou mais orações, e, portanto, sua classificação. Desse modo, é possível refletir sobre a função de cada tipo de período nos textos e compreender melhor de que maneira podem contribuir com a lógica, a coesão e a coerência do enunciado.

Competências e habilidades BNCC
CG:
1 e 2. CL: 1. CLP: 2.
Habilidades: (EF06LP07), (EF08LP06), (EF08LP11), (EF08LP12), (EF08LP13), (EF08LP14), (EF08LP16), (EF89LP32), (EF89LP37), (EF69LP03), (EF69LP05), (EF69LP44), (EF69LP47).

1º SEMESTRE

1º TRIMESTRE

2º BIMESTRE

Capítulo 4 – Retratos de adolescências

Leitura e produção

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Articulação de práticas de leitura e a análise de textos dos campos jornalístico-midiático, da vida pública e de divulgação científica para discutir as culturas juvenis: infográficos, reportagens escritas e multimodais, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Realização de rodas de leitura e de conversas. Planejamento e produção de uma pesquisa do retrato dos adolescentes locais com divulgação por meio de infográficos.

Ler, conhecer e discutir os hábitos de consumo e hábitos culturais de diferentes gerações e sua relação com a identidade dentro das culturas juvenis. Conhecer, reconhecer e se envolver em práticas de leitura/escuta e produção de infográfico.

Ao conhecer, refletir e discutir os hábitos culturais e de consumo de diferentes gerações e sua relação com a identidade nas culturas juvenis, os(as) estudantes devem desenvolver pesquisas, cujos dados obtidos serão tabulados e analisados, e os resultados serão apresentados em um infográfico. Trata-se de um importante tema de estudo e pesquisa, tendo em vista que as culturas juvenis são práticas cotidianas e modos de vida específicos por meio dos quais os jovens expressam valores e significados.

Competências e habilidades BNCC
CG:
1, 4, 5, 7, 9 e 10. CL: 1, 2, 3, 4 e 6. CLP: 1, 2, 3, 5, 6, 7 e 10.
Habilidades: (EF08LP04), (EF67LP23), (EF89LP01), (EF89LP02), (EF89LP17), (EF89LP24), (EF89LP25), (EF89LP27), (EF89LP30), (EF69LP02), (EF69LP03), (EF69LP06), (EF69LP07), (EF69LP08), (EF69LP24), (EF69LP29), (EF69LP30), (EF69LP33), (EF69LP34), (EF69LP35), (EF69LP36), (EF69LP42), (EF69LP43), (EF69LP44), (EF69LP56).
Instrumento de apoio à produção/revisão textual: consultar Ficha de apoio às p. LXXIX-LXXX deste Manual.

Instrumento de apoio à produção/revisão textual: consultar Ficha de apoio às p. LXXIX-LXXX deste Manual.

Temas contemporâneos transversais:
1. Cidadania e Civismo – Direitos da Criança e do Adolescente; 2. Meio Ambiente – Educação para o Consumo; 3. Ciência e Tecnologia.

Interdisciplinaridade:
O capítulo pode favorecer um diálogo com Ciências da Natureza, na mobilização da habilidade EF08CI16, que envolve discutir iniciativas para favorecer o restabelecimento do equilíbrio ambiental perturbado pelas intervenções humanas. É possível propor um trabalho no qual os(as) estudantes analisem os resultados das pesquisas para compor os retratos dos adolescentes, no que se refere ao consumo, com a finalidade de avaliar qual é o impacto que o consumo dos jovens pode causar ao meio ambiente e como, localmente, podem promover ações de conscientização para o consumo, como iniciativas em prol do meio ambiente.

1º SEMESTRE

2º TRIMESTRE

2º BIMESTRE

Capítulo 5 – Práticas de leitura com romance juvenil

Práticas no campo artístico-literário

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Apreciação de capítulo de romance juvenil. Oficina de criação de contos inspirados no romance. Planejamento e organização de antologia de contos. Discussão e planejamento das formas de circulação das produções para outros(as) leitores(as).

Explorar os recursos narrativos por meio da leitura de novos trechos do romance Meia hora para mudar minha vida, de Alice Vieira, e da produção de conto.

Ao avançar na leitura de novos trechos do romance Meia hora para mudar minha vida, de Alice Vieira, com foco na análise de recursos explorados em seu estilo narrativo, os(as) estudantes podem perceber particularidades no estilo da autora, ao mesmo tempo que fazem a apreciação de questões éticas e estéticas suscitadas pelas leituras. A partir da leitura, da apreciação e da análise, os(as) estudantes são convidados(as) a produzir, em coautoria, um conto inspirado no estilo narrativo da autora.

Competências e habilidades BNCC
CG:
3, 4, 5 e 9. CL: 2, 3, 5 e 6. CLP: 1, 2, 3, 7, 8 e 9.
Habilidades: (EF09LP04), (EF09LP10), (EF89LP32), (EF89LP33), (EF89LP35), (EF89LP37), (EF69LP21), (EF69LP32), (EF69LP44), (EF69LP45), (EF69LP46), (EF69LP47), (EF69LP49), (EF69LP51), (EF69LP54), (EF69LP56).

Instrumento de apoio à produção/revisão textual: consultar Ficha de apoio às p. LXXIX-LXXX deste Manual.

Temas contemporâneos transversais:
1. Multiculturalismo; 2. Ciência e Tecnologia.

Interdisciplinaridade:
O capítulo dialoga com o objeto de conhecimento de Geografia, de manifestações culturais na formação popular, e de História, sobre os processos de descolonização na África e na Ásia. A partir dos conhecimentos construídos e das discussões propostas, os(as) estudantes poderão identificar manifestações culturais nos diferentes países africanos que têm a língua portuguesa como língua oficial, bem como avaliar e relacionar essas manifestações com os processos de descolonização, trabalhando as habilidades (EF09GE03) e (EF09HI31).

Capítulo 6 – Períodos compostos por subordinação II

Estudos linguísticos e gramaticais

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Orações subordinadas adjetivas. Orações subordinadas adverbiais (condicionais, proporcionais, temporais).

Compreender o que é uma oração subordinada adjetiva (e suas classificações) e introduzir a noção de oração subordinada adverbial, especificamente as classificadas como condicional, proporcional e temporal.

Equivalentes sintaticamente a adjetivos, as orações subordinadas adjetivas constituem, assim como eles, um importante recurso de modalização, ao permitir que o enunciador insira, no texto, seu ponto de vista sobre os fatos declarados. Ao estudar esse tipo de oração, os(as) estudantes desenvolvem, portanto, suas competências de leitura/ escuta e produção textual. O estudo das orações subordinadas adverbiais é igualmente importante devido às relações lógicas que elas estabelecem entre as ideias dos textos.

Competências e habilidades BNCC
CG:
1 e 2. CL: 1. CLP: 2.
Habilidades: (EF09LP04), (EF09LP08), (EF09LP09), (EF09LP11), (EF89LP29), (EF69LP03), (EF69LP05), (EF69LP54).

2º SEMESTRE

3º BIMESTRE

Capítulo 7 – Corrupção: o que é e como se combate?

Leitura e produção

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Articulação de práticas de leitura e análise de textos dos campos jornalístico-midiático e de estudo e pesquisa. Leitura e reflexão sobre questões que envolvem a noção de ética nas esferas pública e privada. Planejamento e produção de um artigo de opinião.

Refletir sobre os conceitos de ética e moral e como eles norteiam nossas condutas, tanto na esfera privada como na pública, além de analisar as condições de produção e as características do gênero artigo de opinião.

A partir da reflexão sobre o conceito de ética, tanto na esfera privada, no que diz respeito a pequenas ações do dia a dia, como na esfera pública, em dimensões que vão desde os escândalos na política até o uso de animais em testes científicos, os(as) estudantes lerão um trecho do livro Ética para meu filho, ensaio do filósofo Fernando Savater, e, depois, diversos artigos de opinião, na íntegra ou em fragmentos, analisando as características desse gênero textual para terminar com a produção de artigos de opinião que podem ser reunidos em um livreto e ficar disponíveis na biblioteca da escola ou podem ser divulgados no site ou blog da escola.

2º SEMESTRE

2º TRIMESTRE

3º BIMESTRE

Competências e habilidades BNCC
CG:
1, 4, 7, 9 e 10. CL: 2, 3 e 4. CLP: 2, 3, 5, 6 e 7.
Habilidades: (EF09LP01), (EF09LP02), (EF09LP03), (EF09LP08), (EF09LP11), (EF89LP01), (EF89LP03), (EF89LP04), (EF89LP05), (EF89LP06), (EF89LP10), (EF89LP11), (EF89LP12), (EF89LP14), (EF89LP16), (EF89LP18), (EF89LP19), (EF89LP20), (EF89LP22), (EF89LP23), (EF89LP27), (EF89LP37), (EF69LP03), (EF69LP05), (EF69LP06), (EF69LP07), (EF69LP08), (EF69LP09), (EF69LP11), (EF69LP13), (EF69LP15), (EF69LP16), (EF69LP17), (EF69LP18), (EF69LP22), (EF69LP29), (EF69LP32), (EF69LP34).

Instrumento de apoio à produção/revisão textual: consultar Ficha de apoio à p. LXXXI deste Manual.

Temas contemporâneos transversais:
1. Cidadania e Civismo – Educação em Direitos Humanos; 2. Cidadania e Civismo – Vida Familiar e Social.

Interdisciplinaridade:
O capítulo dialoga com o objeto de conhecimento de planejamento e execução de pesquisa amostral e apresentação de relatório de Matemática. A partir das reflexões sobre os conceitos de ética e moral, os(as) estudantes poderão planejar e executar pesquisa amostral envolvendo o tema discutido e comunicar os resultados por meio de um relatório. Esse relatório deverá conter a avaliação de medidas de tendência central e da amplitude, bem como tabelas e gráficos adequados, construídos com o apoio de planilhas eletrônicas, conforme a habilidade (EF09MA23).

Capítulo 8 – Africanidades, poesia e ritmo na música brasileira

Práticas no campo artístico-literário

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Práticas de investigação e pesquisa acerca do conceito de africanidade. Apreciação de canções. Produção e circulação de programa radiofônico.

Promover a construção do conceito de africanidades e a identificação de sua presença nas práticas de linguagem.

Ao construir o conceito de africanidades, os(as) estudantes podem refletir sobre a presença delas em práticas de linguagem da esfera artístico-literária na cultura brasileira, ampliar o conhecimento sobre a poesia e o ritmo que expressam africanidades na música brasileira, pesquisar e conhecer propostas musicais com essa temática e produzir, colaborativamente, um programa de rádio, difundindo com protagonismo a cultura musical afro-brasileira.

Competências e habilidades BNCC
CG:
3, 4 e 5. CL: 2, 3, 5 e 6. CLP: 1, 2, 3, 7, 8 e 9.
Habilidades: (EF08LP09), (EF09LP04), (EF09LP07), (EF09LP11), (EF67LP23), (EF89LP24), (EF89LP26), (EF89LP27), (EF89LP28), (EF89LP32), (EF89LP33), (EF89LP37), (EF69LP09), (EF69LP21), (EF69LP29), (EF69LP32), (EF69LP37), (EF69LP44), (EF69LP45), (EF69LP46), (EF69LP48), (EF69LP49), (EF69LP51), (EF69LP53), (EF69LP54), (EF69LP55), (EF69LP56).

Instrumento de apoio à produção/revisão textual: consultar Ficha de apoio às p. LXXXII-LXXXIII deste Manual.

Temas contemporâneos transversais:
1. Multiculturalismo; 2. Ciência e Tecnologia; 3. Cidadania e Civismo – Vida Familiar e Social.

Interdisciplinaridade:
O capítulo dialoga com a unidade de lutas do componente Educação Física. A partir das leituras e discussões sobre o conceito de africanidades, é possível propor aos(às) estudantes que pesquisem e discutam as transformações históricas, o processo de esportivização e a midiatização da capoeira, valorizando e respeitando as culturas de origem; essa atividade permite o desenvolvimento da habilidade (EF89EF18).

3º TRIMESTRE

Capítulo 9 – Períodos compostos por subordinação III

Estudos linguísticos e gramaticais

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Orações subordinadas adverbiais (comparativas, consecutivas, causais, concessivas, finais e conformativas). Orações subordinadas adverbiais reduzidas.

Ampliar o conhecimento dos(as) estudantes em relação às orações subordinadas adverbiais. Analisar as adverbiais comparativas, consecutivas, causais, concessivas, finais e conformativas, bem como identificar enunciados em que há orações subordinadas adverbais reduzidas.

Sendo as orações subordinadas adverbiais importantes recursos para a construção da coesão sequencial e do estabelecimento de nexos lógicos entre as frases de um texto, seu estudo é fundamental para ampliar os conhecimentos linguísticos dos(as) estudantes. Reconhecer enunciados em que essas orações se apresentam na forma reduzida também contribui para que eles(as) se apropriem do sistema linguístico que organiza o português brasileiro.

Competências e habilidades BNCC
CG:
1 e 2. CL: 1. CLP: 2.
Habilidades: (EF09LP04), (EF09LP05), (EF09LP08), (EF09LP11), (EF89LP03), (EF89LP37), (EF69LP03), (EF69LP05), (EF69LP18).

2º SEMESTRE

3º TRIMESTRE

4º BIMESTRE

Capítulo 10 – Final do Ensino Fundamental − o que sabemos e queremos do Ensino Médio!

Leitura e produção

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Articulação de práticas dos campos jornalístico-midiático e de estudos e pesquisa com leituras e rodas de leitura sobre dados, informações e opiniões sobre as experiências e os desafios do Ensino Médio no Brasil. Levantamento das expectativas sobre o segmento e as possibilidades oferecidas. Divulgação das descobertas por meio da produção de podcasts.

Promover o aprofundamento e a difusão de conhecimentos acerca do Ensino Médio no Brasil e em suas localidades, a fim de que os(as) estudantes comecem a refletir sobre o que esperam dessa etapa de escolarização, relacionando-a com seus projetos de vida e, assim, fortalecendo as identidades estudantis em tempo para decisões mais seguras acerca da continuidade dos estudos.

A falta de sentido do Ensino Médio para os(as) jovens é um dos problemas mais prementes da educação contemporânea, gerando exclusões e sentimentos de fracasso. Oferecer aos(às) estudantes possibilidades de desenvolver visão crítica acerca das contradições dessa fase de escolarização, por meio da leitura e da produção de podcasts nos formatos sugeridos, é dar a eles(as) condições de inserir-se nessa fase de modo mais consciente e como autores(as) de mudanças. Os textos jornalísticos oferecidos na seção de leitura, alguns com caráter de divulgação de pesquisas, serão fonte para alimentar as discussões iniciais sobre o Ensino Médio. As leituras e rodas de conversa são sobre a evasão e sobre a opção pelo Ensino Médio profissionalizante ou pelo Ensino Médio regular, com o objetivo de possibilitar que os(as) estudantes comecem a analisar desafios e possibilidades para suas vidas futuras.

Competências e habilidades BNCC
CG:
1, 4, 5, 6 e 9. CL: 2, 3 e 6. CLP: 3, 5, 6, 7 e 10.
Habilidades: (EF09LP02), (EF09LP11), (EF09LP12), (EF08LP01), (EF69LP03), (EF69LP06), (EF69LP07), (EF69LP08), (EF69LP09), (EF69LP10), (EF69LP12), (EF69LP13), (EF69LP17), (EF69LP25), (EF69LP26), (EF69LP28), (EF69LP29), (EF69LP31), (EF69LP32), (EF69LP33), (EF69LP34), (EF69LP36), (EF69LP37), (EF69LP38), (EF69LP39), (EF69LP40), (EF69LP41), (EF69LP42), (EF69LP43), (EF69LP55), (EF89LP03), (EF89LP04), (EF89LP05), (EF89LP06), (EF89LP07), (EF89LP08), (EF89LP09), (EF89LP13), (EF89LP17), (EF89LP21), (EF89LP22), (EF89LP24), (EF89LP25), (EF89LP27), (EF89LP28), (EF89LP31)

Instrumento de apoio à produção/revisão textual: consultar Ficha de apoio às p. LXXXIV-LXXXV deste Manual.

Temas contemporâneos transversais:
1. Cidadania e Civismo – Educação em Direitos Humanos. 2. Cidadania e Civismo – Vida Familiar e Social; 3. Ciência e Tecnologia. 4. Multiculturalismo.

Interdisciplinaridade:
O capítulo dialoga com a unidade temática de Geografia sobre formas de representação e pensamento espacial e com os objetos de conhecimento de leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas. A partir das discussões acerca do Ensino Médio, pode-se propor aos(às) estudantes que realizem uma pesquisa com a elaboração e a interpretação de gráficos de barras e mapas temáticos sobre a diversidade e as desigualdades sociopolíticas e geopolíticas do Ensino Médio no mundo, trabalhando a habilidade (EF09GE14).

Capítulo 11 – Novos leitores na barca medieval: práticas com Auto da barca do inferno

Práticas no campo artístico-literário

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Leitura e apreciação de trechos de Auto da barca do inferno, de Gil Vicente. Realização de pesquisa e curadoria de vídeos com propostas de encenação, com foco na apreciação de recursos cênicos. Análise da cobertura da imprensa sobre acontecimentos nacionais e locais, para identificar personalidades, ações e falas que rendem a criação de personagens “tipos”. Oficina de produção de esquetes inspiradas em autos vicentinos.

Ler e analisar trechos de Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, para identificação de suas particularidades. Identificar e criar personagens “tipos”. Elaborar esquetes.

Tendo como objeto de estudo os autos vicentinos, os(as) estudantes são convidados a trabalhar uma proposta que parte da leitura, apreciação e análise de um auto (texto dramático) e relacionar essa leitura às diferentes formas de encenação a partir do reconhecimento e da criação de personagens “tipos”, que podem ser identificados nos acontecimentos nacionais e locais veiculados pela imprensa.

2º SEMESTRE

3º TRIMESTRE

4º BIMESTRE

Competências e habilidades BNCC
CG:
3, 4, 5 e 9. CL: 2, 3, 5 e 6. CLP: 1, 2, 3, 7, 8 e 9.
Habilidades: (EF08LP09), (EF08LP14), (EF09LP04), (EF09LP11), (EF67LP23), (EF89LP32), (EF89LP33), (EF89LP34), (EF89LP36), (EF89LP37), (EF69LP03), (EF69LP44), (EF69LP45), (EF69LP46), (EF69LP49), (EF69LP50), (EF69LP51), (EF69LP52), (EF69LP53), (EF69LP54), (EF69LP56).

Instrumento de apoio à produção/revisão textual: consultar Ficha de apoio às p. LXXXVI-LXXXVII deste Manual.

Temas contemporâneos transversais:
1. Multiculturalismo; Ciência e Tecnologia (2).

Interdisciplinaridade:
O capítulo dialoga com os objetos de conhecimento de teatro sobre processos de criação, no componente Arte. Sugerimos propor aos(às) estudantes que pesquisem formas de dramaturgias a partir da criação de personagens “tipos”. Desse modo, é possível ampliar os conhecimentos e dar mais sentido ao processo de criação por meio da experimentação da gestualidade e das construções corporais e vocais de maneira imaginativa nos jogos cênicos, trabalhando as habilidades (EF69AR27) e (EF69AR29).

Capítulo 12 – Figuras de linguagem

Estudos linguísticos e gramaticais

Práticas e gêneros em destaque e conteúdos

Objetivos

Justificativas

Aliteração e seus efeitos de sentido. Assonância e seus efeitos de sentido. Paronomásia e seus efeitos de sentido.

Trabalhar figuras fônicas que exploram a expressividade e os sentidos que podemos produzir por meio do estudo da sonoridade das palavras da língua (os fonemas): aliteração, assonância e paronomásia.

Ao estudar as figuras de linguagem como recursos estilísticos e expressivos na construção de um texto, os(as) estudantes tornam-se capazes de ler/ouvir um texto de forma mais sofisticada e, ao mesmo tempo, de elaborar textos autorais mais expressivos e significativos.

Competências e habilidades BNCC
CG:
1 e 2. CL: 1. CLP: 2.
Habilidades: (EF89LP37), (EF69LP04), (EF69LP17), (EF69LP48), (EF69LP54).

Ao longo de todo o ano

ANEXO DE TEXTOS DE APOIO
Habilidades da BNCC:
(EF69LP01), (EF69LP13), (EF69LP20), (EF69LP24), (EF69LP27), (EF69LP28), (EF89LP17), (EF89LP18).
ANEXO DE CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS
Conteúdos:
Regência verbal e nominal. Colocação pronominal.
Habilidades da BNCC: (EF09LP04), (EF09LP07), (EF09LP08), (EF09LP10), (EF09LP11), (EF89LP29), (EF69LP55), (EF69LP56).

Itens de avaliação da compreensão leitora

Além das fichas de apoio à produção e revisão textual que oferecemos a partir da página as quais pretendem auxiliá-lo ou auxiliá-la no acompanhamento da aprendizagem de suas turmas em uma perspectiva de avaliação formativa, propomos, a seguir, alguns itens de avaliação que buscam preparar ) estudantes para exames de larga escala, como Saeb, Pisa e outros. Como sugestão, esses itens estão organizados em duas avaliações, uma a ser aplicada ao final do primeiro semestre, e a outra ao final do segundo semestre. Ficará a seu critério seguir essa distribuição ou outras que lhe pareçam mais adequadas ao contexto das aprendizagens de sua turma.

1º semestre

1.

Ilustração. Uma esfera azul com partes em marrom para os países. Dentro, corte frontal com quatro camadas. Da externa para dentro, saem fios com as palavras e expressões: Pós-Verdade; Manto; Núcleo externo e Núcleo.

ITURRUSGARAI, Adão. Um Brasil, 5 julho 2017. Disponível em: https://oeds.link/4l5x5F. Acesso em: 18 agosto 2022.

O termo “pós-verdade” refere-se a uma conjuntura sociopolítica em que as crenças e paixões são mais valorizadas do que os fatos. Nessa charge, o artista usou uma comparação visual para criticar a pós-verdade como um fenômeno que

  1. conduz o público à falsa teoria da terra plana.
  2. leva a uma interpretação superficial dos fatos.
  3. desvia a atenção das pessoas dos problemas globais.
  4. impede que se reconheça a gravidade da crise climática.

Texto para as questões de 2 a 7.

A máquina de crenças e a Ciência

Um homem sábio faz com que sua crença seja proporcional à evidência.

Dêivid Ume

Diariamente somos bombardeados por informações científicas. Do entretenimento ao autoconhecimento, passando por questões ligadas a alimentação, suplementos alimentares e medicamentos para manter a saúde e curar doenças. Você já deve até mesmo ter assistido a documentários na televisão que tratam de assuntos intrigantes, como óvnis, o pé-grande ou alienígenas que viveram no passado. Esses programas trazem pessoas que se apresentam como cientistas interessados em desvendar esse tipo de mistério. Em geral, as evidências que esses pesquisadores mostram para provar suas teses são relatos de testemunhas de pretensos discos voadores, vídeos borrados de uma figura humanoide com mais de dois metros de altura e esculturas milenares enormes que não poderiam ter sido movimentadas com a tecnologia ancestral. Você já parou para pensar se, de fato, tais evidências podem ser consideradas científicas?

reticências

Há outros assuntos relevantes para nossa vida que também são apresentados como científicos. As pessoas que nos vendem produtos e serviços, muitas vezes, apresentam argumentos que envolvem concepções científicas. Quem nunca recebeu uma ligação de um serviço de telemarketing dizendo sobre a capacidade preventiva do ômega 3? Tal capacidade foi descoberta por pesquisadores de uma conceituada universidade, é o que, em geral, nos dizem seus vendedores. Tendo esse tipo de argumento como pano de fundo, o vendedor fala das propriedades do ômega 3 para a redução dos radicais livres e antioxidantes, responsáveis pelo envelhecimento precoce e pelo surgimento de inúmeras doenças. O fato de o vendedor informar que há conhecimento científico sobre ômega 3 é relevante para sua decisão de comprar as cápsulas? Se para você não é, julga que seria para outras pessoas?

O argumento de que se trata de conhecimento científico também é utilizado para abordar outros temas. Tomo como exemplo a “teoria da Terra plana”, que virou uma febre de discussões na internet, em redes sociais e vídeos. Alguns argumentos utilizados pelos defensores da alegada “teoria” asseveram que existem muitos cientistas que investigam a possibilidade de que a Terra seja plana. Seus defensores afirmam que o verdadeiro motivo que leva a maioria a argumentar que a Terra é uma esfera é o interesse escusoglossário de corporações que lucram com isso. É interessante notar como as justificativas para defesa de uma tese como essa, da Terra plana, são colocadas com um emaranhado de negações e interpretações equivocadas de informações científicas. E tudo somado com alegações de que os cientistas começam a se interessar pelo assunto. Isso posto, pergunto: para você, esses argumentos aumentam a credibilidade das alegações de que a Terra é plana? Você julga que isso funcionaria para outras pessoas?

Situações corriqueiras como essas têm importância para todos nós, em diferentes contextos e situações. O discurso do conhecimento científico é utilizado de inúmeras fórmas, sendo presente em nossa vida, seja como estratégia para atrair atenção em um programa de entretenimento, para persuadir a comprar um livro, ou para fornecer ferramentas profissionais. O mundo está abarrotado de informações relativas ou atribuídas à ciência. Por isso é importante conceituar de fórma simples e clara o que ela realmente é. É essencial saber o que caracteriza um conhecimento para que possamos chamá-lo de científico.

reticências

PILATI, Ronaldo. Ciência e pseudociência: por que acreditamos naquilo em que queremos acreditar. São Paulo: Contexto, 2018. página 9-12. (Fragmento).

  1. Qual é a principal tese defendida pelo autor nesse fragmento?
    1. Argumentos científicos às vezes são usados para vender produtos ou atrair a atenção para programas de tê vê.
    2. Cápsulas de ômega 3, a teoria da Terra plana e programas sobre óvnis não têm embasamento científico.
    3. É essencial saber identificar o conhecimento científico para não se deixar enganar pela pseudociência.
    4. O conhecimento científico é tão mal utilizado na sociedade que deveria ficar restrito a pesquisadores.
  2. “Esses programas trazem pessoas que se apresentam como cientistas interessados em desvendar esse tipo de mistério.” A oração destacada qualifica as pessoas entrevistadas nos programas de tê vê de que trata o primeiro parágrafo do texto. Pode-se afirmar que essa oração representa tais pessoas
    1. de fórma positiva, ao confirmar que são cientistas interessados nos fenômenos.
    2. de fórma neutra, ao informar que se qualificam como cientistas.
    3. de fórma ambígua, ao descrevê-las como cientistas interessados em mistérios.
    4. de fórma negativa, ao sugerir que podem não ser cientistas propriamente ditos.
  3. Isso posto, pergunto: para você, esses argumentos aumentam a credibilidade das alegações de que a Terra é plana?”. A expressão destacada articula as frases que compõem o terceiro parágrafo do fragmento. Por qual das expressões a seguir ela poderia ser substituída, sem grande prejuízo para o sentido geral do trecho?
    1. Dito isso.
    2. Apesar disso.
    3. Por isso.
    4. Além disso.
  4. “Quem nunca recebeu uma ligação de um serviço de telemarketing dizendo sobre a capacidade preventiva do ômega 3? Tal capacidade foi descoberta por pesquisadores de uma conceituada universidade, é o que, em geral, nos dizem seus vendedores.” 

É correto afirmar que, nesse trecho, o autor:

  1. cita pesquisas que comprovam a capacidade do ômega 3 para prevenir doenças e o envelhecimento.
  2. busca mostrar como o discurso do conhecimento científico é às vezes usado com interesses comerciais.
  3. desobedece aos padrões da divulgação científica, ao deixar de utilizar aspas em uma citação direta.
  4. alerta que os argumentos dos vendedores de produtos naturais nem sempre têm embasamento científico.

6. “Em geral, as evidências que esses pesquisadores mostram para provar suas teses são relatos de testemunhas de pretensos discos voadores, vídeos borrados de uma figura humanoide com mais de dois metros de altura e esculturas milenares enormes que não poderiam ter sido movimentadas com a tecnologia ancestral.”

Adjetivos são importantes recursos de modalização ao permitir que o enunciador insira, no texto, seu ponto de vista sobre os fatos declarados. Nesse trecho, são exemplos de adjetivos empregados para diminuir a credibilidade das evidências:

  1. pretensos e borrados.
  2. pretensos e enormes.
  3. milenares e enormes.
  4. enormes e ancestral.
  1. “Alguns argumentos utilizados pelos defensores da alegada ‘teoria’ asseveram que existem muitos cientistas que investigam a possibilidade de que a Terra seja plana. Seus defensores afirmam que o verdadeiro motivo que leva a maioria a argumentar que a Terra é uma esfera é o interesse escuso de corporações que lucram com isso.” As orações destacadas completam o sentido dos verbos de elocução asseverar, afirmar, argumentar. Construções desse tipo são comuns em textos de divulgação científica porque esses textos
    1. explicam conceitos científicos ao público leigo.
    2. incorporam vozes de cientistas e outras fontes.
    3. buscam atrair a atenção do público não cientista.
    4. levam conhecimentos para fóra dos círculos científicos.
  2. — Tu deves ser tu — disse ela.

Foi então que eu percebi que estava diante de um génio. Olhei-a de alto a baixo, mais baixo que alto, devo dizer, que aquilo nem chegava a metro e meio. E como a inteligência dos génios é contagiosa, respondi:

— Acertaste em cheio: eu sou eu. E, pelos vistos, tu também deves ser tu.

Confesso que, por momentos, ainda alimentei a secreta esperança de a ouvir responder:

— Estás enganada: sou a rainha do Sabá. Ou então:

— Que ideia! Não se está mesmo a ver que sou o Mário Soares?

Senhora Felipe Gonzalez, qual quer destes teria igualmente servido — que os meus conhecimentos políticos não iam mais longe.)

Mas não. Limitou-se a encolher os ombros e a dar de novo provas do seu quêí de rebentar a escala, fazendo sair da boca esta tirada de ficar na história:

— Pois.

Ia ser um ano maravilhoso. Agora, mais do que nunca, eu estava certa disso. Com aquela Supermulher atrás de mim, a toda a hora, a dormir no mesmo quarto — meu Deus, quando terei um quarto só para mim? —, a sair e a entrar para a mesma escola, a conhecer as minhas amigas e inimigas, a dar graxa às professoras (tinha mesmo ar disso, graxista é bicho que se conhece pelo cheiro). Ia ser o ano de todas as maravilhas.

VIEIRA, Alice. Úrsula, a Maior. Alfragide: Caminho, 1997. E-book)

Nesse fragmento inicial do romance Úrsula, a Maior, da escritora portuguesa Alice Vieira, evidencia-se o espírito irônico da narradora-protagonista. Para produzir um efeito humorístico no texto, a narradora constantemente declara coisas opostas ou diferentes daquilo que pretende dar a entender. Isso ocorre em todos os trechos reproduzidos a seguir, exceto em:

  1. “Foi então que eu percebi que estava diante de um génio.” ( 02)
  2. “Limitou-se a reticências dar de novo provas do seu quêí de rebentar a escala.” ( 15)
  3. “Ia ser um ano maravilhoso.” ( 19)
  4. reticências meu Deus, quando terei um quarto só para mim? reticências” ( 21)

Gabarito: 1. a. 2. c. 3. d. 4. a. 5. b. 6. a. 7. b. 8. d.

2º semestre

Texto para as questões 1 a 3.

Chá com porrada

Se “Quarta-Feira, Sem Falta, Lá em Casa” tivesse sido escrito em inglês, já teria sido montado no mundo inteiro e virado um filme que renderia indicações ao Oscar a Judi Dênchi e mégui Ismíf. Como é um texto brasileiro, esta é apenas sua segunda montagem importante. A primeira, em 2002, tinha Beatriz Segall e Myrian Pires, fez um sucesso enorme e eu tive a manha de perder. Esta agora tem Eva Wilma e Suely Franco, e tudo para repetir o mesmo sucesso. Porque a história das duas amigas que há anos se encontram toda semana para tomar chá tem apelo universal, produção simples e a necessidade de duas grandes atrizes, para nos dar a impressão de que estamos vendo duas tias da nossa família conversando. Só que esta conversa evolui para a revelação de um segredo e uma monumental lavagem de roupa. Uma porrada emocional, dessas que revigoram o prazer de ir ao teatro.

Góes, Toni. Raindrops on Roses and Whiskers on Kittens. Disponível em: https://oeds.link/DuprkX. Acesso em: 15 agosto 2022.

  1. Observando o vocabulário empregado e as referências a determinadas personalidades públicas, compreendemos que o tema do texto é:
    1. um filme inglês estrelado por Judi Dênchi e
    2. um filme brasileiro estrelado por Beatriz Segall e Myrian Pires.
    3. uma peça de teatro chamada “Quarta-Feira, Sem Falta, Lá em Casa”.
    4. uma adaptação cinematográfica da peça “Quarta-Feira, Sem Falta, Lá em Casa”.
  2. O título do texto, “Chá com porrada”, vale-se de uma figura de linguagem para tornar-se mais original e atrair a atenção do leitor. Essa figura de linguagem é
    1. a aliteração, que consiste na repetição de sons consonantais.
    2. a paronomásia, que joga com palavras de sonoridade semelhante.
    3. a assonância, que consiste na repetição de sons vocálicos.
    4. o paradoxo, que busca a construção de enunciados contrários à lógica.
  3. Como é um texto brasileiro, esta é apenas sua segunda montagem importante.” Considerando-se o trecho em que este período está incluído, pode-se compreender que a conjunção como estabelece, entre as ideias que articula, uma relação de
    1. causa-consequência.
    2. proporção.
    3. conformidade.
    4. comparação.

Texto para as questões 4 a 6.

Vem um Corregedorglossário , carregado de manuscritos, e, chegando à barca do inferno, com sua vara na mão, diz:

CORREGEDOR

Ó da barca!

DIABO

Que quereis?

CORREGEDOR

Está aqui o senhor juiz?

DIABO

Oh amante de perdiz,

Que gentil carga trazeis!

CORREGEDOR

Pela minha aparência percebereis

Que não é ela do meu jeito. (que não costumo levar carga)

DIABO

Como vai lá o direito?

CORREGEDOR

Nestes autos, o vereis.

DIABO

Ora, pois, entrai. Veremos,

O que diz aí nesse papel...

CORREGEDOR

E onde vai o batelglossário ?

DIABO

No inferno vos poremos.

CORREGEDOR

Como? À terra dos demos,

Há de ir um corregedor?

DIABO

Santo descorregedor,

Embarcai, e remaremos!

reticências

Estando o Corregedor nesta conversa com o Arraisglossário infernal chegou um Procurador, carregado de livros, e diz o Corregedor ao Procurador:

CORREGEDOR

Ó senhor Procurador!

PROCURADOR

Beijo-vos as mãos, Juiz!

Que diz este barqueiro? Que diz?

DIABO

Que sereis bom remador.

Entrai, bacharel doutor reticências

reticências

CORREGEDOR

Confessastes-vos, doutor?

PROCURADOR

Bacharel sou. Não tive tempo!

Não pensei que era preciso,

Nem de morte a minha dor.

E vós, senhor Corregedor?

CORREGEDOR

Eu muito bem me confessei,

Mas tudo quanto roubei

Encobri ao confessor...

PROCURADOR

Porque, se o não tornaisglossário ,

Não vos querem absolver,

E é muito mau devolver

Depois que o apanhais.

reticências

VICENTE, Gil. Auto da barca do inferno. Disponível em: https://oeds.link/zPLNzE. Acesso em: 10 agosto 2022. (Fragmento).

  1. Nesse trecho de O auto da barca do inferno, de Gil Vicente, o Corregedor e o Procurador representam pessoas corrompidas, de pouca consciência moral. Uma evidência disso é que, para livrarem-se da condenação ao inferno, eles apresentam como argumentos
    1. suas qualidades e virtudes.
    2. o fato de terem se confessado.
    3. sua devoção religiosa.
    4. sua posição social.
  2. Nas duas últimas falas reproduzidas, o Corregedor e o Procurador conversam entre si. Da leitura dessas falas, depreende-se que
    1. o Procurador era honesto, mas o Corregedor era corrupto.
    2. o Corregedor era honesto, mas o Procurador era corrupto.
    3. nem o Procurador nem o Corregedor viam imoralidade no roubo.
    4. tanto o Procurador como o Corregedor faziam falsas confissões na igreja.
  3. “Santo descorregedor,

Embarcai, e remaremos!”

Nessa fala do Diabo, observa-se o neologismo (palavra criada) descorregedor. O uso desse neologismo indica

  1. que o Diabo não conhece nem respeita a profissão da outra personagem.
  2. uma crítica à outra personagem, pois o prefixo “des-” indica negação.
  3. uma mistura humorística entre as palavras corregedor e descer.
  4. um contraste com a palavra “santo”, que denota respeito pelo Corregedor.

7. “‘Me disseram que eu tinha morrido’: as histórias da primeira vacinada contra covid no Brasil.”

Biêrnati, André. BBC News Brasil, 16 janeiro 2022. Disponível em: https://oeds.link/sPtlzB. Acesso em: 15 agosto 2022.

Quanto à colocação do pronome oblíquo átono me no início dessa frase, é correto dizer que se trata de um uso

  1. que está de acordo com a norma-padrão, mas é pouco usual na fala.
  2. que ocorre apenas no português oral, sendo inadmissível em textos escritos.
  3. característico de classes sociais desfavorecidas, com baixa escolarização.
  4. habitual no português brasileiro, mas que contraria a gramática normativa.

8. Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaiaglossário nas frondes da carnaúbaglossário ;

Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do Sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros;

Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vagaglossário impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.

ALENCAR, José de. Iracema. Disponível em: www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/literatura/obras_completas_literatura_brasileira_e_portuguesa/JOSE_ALENCAR/IRACEMA/01.HTML. Acesso em: 10 ago. 2022. (Fragmento).

Jandaia
: ave de plumagem predominantemente amarela, encontrada em várias regiões do Brasil.
Voltar para o texto
Carnaúba
: palmeira de grande porte, nativa do Nordeste do Brasil.
Voltar para o texto
Vaga
: onda.
Voltar para o texto

Nesse fragmento inicial do romance Iracema, de José de Alencar, observa-se uma exploração intencional da camada sonora das palavras. Ocorre, em particular, a aliteração, que consiste na repetição expressiva de um fonema consonantal, nesse caso, o fonema /s/. No trecho, a repetição desse fonema provoca como efeito de sentido:

  1. a evocação da sonoridade do mar, atribuindo exuberância e fôrça à paisagem.
  2. a criação de uma atmosfera assustadora, na qual os mares bravios ameaçam os barcos.
  3. a atribuição de um caráter maligno ao mar, que parece querer virar as embarcações.
  4. a imitação do canto da jandaia, reforçando o papel central da ave nesse trecho.

Gabarito: 1. c. 2. b. 3. a. 4. d. 5. c. 6. b. 7. d. 8. a.

Fichas de apoio

Capítulos de práticas de leitura e produção de texto

 Unidade 1 – Capítulo 1 – A verdade e a mentira no jornalismo científico em tempos de fake news

Nome dô ou dá estudante:                norteº:    Turma:

FICHA DE APOIO À PRODUÇÃO E À AVALIAÇÃO DA REPORTAGEM DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

O TEXTO ATENDEU AOS CRITÉRIOS DE:

SIM

EM PARTE

NÃO

1. Adequação à proposta

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• A reportagem produzida atende às condições descritas na proposta da atividade?

2. Adequação às características gerais estudadas do gênero

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) A reportagem está cumprindo o seu principal papel de informar o(a) leitor(a) sobre o fato ou a pesquisa científica?

b) A reportagem se refere a fatos, assuntos e pesquisas que possam interessar ao(à) leitor(a) definido(a)?

c) O título está cumprindo seu objetivo de chamar a atenção, destacando algo sobre o fato noticiado?

d) O lide da reportagem de divulgação introduz o assunto de modo criativo ou impactante para captar a atenção do(a) leitor(a)?

e) Em caso de uso de linha fina e de tópicos para organizar o conteúdo do texto, estão adequados ao conteúdo?

f) A linguagem utilizada na reportagem de divulgação considera o(a) leitor(a) leigo(a) e colabora para aproximá-lo(a) do assunto?

g) Em caso de uso de comparações ou metáforas para explicar fenômenos ou conceitos, elas foram utilizadas adequadamente para facilitar a compreensão?

h) As fotos, imagens e/ou infográficos que compõem a reportagem apresentam informações que esclarecem, ilustram ou complementam o assunto tratado na reportagem de divulgação?

i) A reportagem traz diferentes vozes que evidenciam a consulta de variadas fontes de pesquisa?

3. Construção da coesão/coerência do texto (textualidade)

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) As informações são apresentadas seguindo um determinado ponto de vista
ou ângulo?

b) O texto apresenta dados que procuram contestar/explicar boato difundido por meio de fake news?

c) As vozes foram introduzidas no texto de modo adequado, variando o discurso direto e indireto e o uso dos verbos de elocução?

d) O texto está bem construído, com os parágrafos bem “costurados” entre si,
com uso adequado de recursos coesivos da língua, de modo a facilitar a compreensão?

4. Uso das normas e convenções da norma culta escrita

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• O texto segue as regras de concordância nominal e verbal da norma culta escrita?

5. Ortografia, pontuação e construção de sentidos

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) As palavras foram escritas de acordo com a ortografia corrente?

b) Houve uso adequado e intencional de sinais, contribuindo para os sentidos do texto, com especial atenção para interrogação, exclamação, aspas e parênteses?

E* Espaço destinado ao ou à estudante

P** Espaço destinado ao professor ou à professora

Lembrete para )dois pontos

Achei difícil:

Lembretes para ô á estudante (1ª revisão):

1. Você não pode mais errar: Você não pode mais errar:

2. É preciso melhorar: É preciso melhorar:

Avaliação final do professor ou da professora:

 Unidade 2 – Capítulo 4 – Adolescência e saúde sexual

Nome dô ou dá estudante:                norteº:    Turma:

FICHA DE APOIO À PRODUÇÃO E À AVALIAÇÃO DO SEMINÁRIO

O SEMINÁRIO ATENDEU AOS CRITÉRIOS DE:

SIM

EM PARTE

NÃO

1. Adequação à proposta

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) A apresentação se manteve no tema proposto?

b) O grupo se organizou definindo o tempo de cada apresentador?

2. Adequação às características gerais estudadas do gênero

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) Obedeceram aos três momentos que compõem os seminários acadêmicos: exposição (momento em que os assuntos são apresentados oralmente pelos participantes); discussão (participação ativa do público, momento em que os ouvintes fazem perguntas aos palestrantes para aprofundarem mais os assuntos abordados); conclusão (fase final em que todos devem reunir as informações discutidas anteriormente)?

b) A exposição foi feita de modo organizado, com apresentação do assunto, desenvolvimento e encerramento?

c) A apresentação foi feita em tom de voz adequado e com boa dicção?

d) O apresentador manteve boa postura e bom contato visual com o público?

e) O apresentador usou material escrito apenas como apoio à sua fala, sem ficar lendo o texto?

f) Foram usados recursos para tornar a apresentação dinâmica (uso de exemplo para ilustrar ou explicar; de material visual; de perguntas direcionadas à interação com o público)?

g) O material de apoio estava bem apresentado, em fonte e tamanho que possibilitaram ao público boa leitura?

3. Construção da coesão/coerência do texto (textualidade)

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) Os exemplos ilustraram/ampliaram o conteúdo do assunto tratado?

b) Foram usadas as expressões estudadas que ajudam a organizar a fala?

4. Uso da linguagem na situação oral pública

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• Os apresentadores evitaram o uso de gírias?

5. Avaliação do trabalho de pesquisa e da colaboração no grupo

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) Colaborei para o trabalho de pesquisa e para o preparo e a realização do seminário?

b) Houve colaboração entre todos os participantes do grupo?

c) As questões foram pensadas coletivamente para serem aplicadas dentro da escola?

d) A pesquisa foi realizada por meio de enquete composta de questões abertas e fechadas que buscam os hábitos de lazer, gostos e preferências da turma?

E* Espaço destinado ao ou à estudante

P** Espaço destinado ao professor ou à professora

Lembrete para o professor ou a professoradois pontos

Achei difícil:

Lembretes para ô á estudante (1ª revisão):

1. Você não pode mais errar: Você não pode mais errar:

2. É preciso melhorar: É preciso melhorar:

Avaliação final )):

 Unidade 2 – Capítulo 5 – Práticas de leitura com romance juvenil

Nome dô ou dá estudante:                norteº:    Turma:

FICHA DE APOIO À PRODUÇÃO E À AVALIAÇÃO DO CONTO

O TEXTO ATENDEU AOS CRITÉRIOS DE:

SIM

EM PARTE

NÃO

1. Adequação à proposta

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• O texto é um conto inspirado no estilo de Alice Vieira?

2. Atenção às características estudadas do gênero e ao trabalho de linguagem feito nele

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• O conto é uma narrativa (30 a 50 linhas) que desenvolve uma das situações sugeridas?

3. Construção da coesão/coerência do texto (textualidade)

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) O texto se organiza em trechos narrativos e falas de personagens?

b) As falas das personagens, quando “internas” às personagens, são apresentadas por discurso indireto livre?

c) No conjunto, as falas caracterizam diálogos complicados, que não se completam ou são pouco amigáveis?

d) Quando apresentadas por discurso direto são marcadas pelo travessão e seguidas de comentários do narrador, como se fossem escritas para o teatro?

e) Houve uso intencional e significativo de figuras de linguagem, como a sinestesia e a anáfora?

4. Uso das normas e convenções da norma-padrão escrita e de outras variedades da Língua Portuguesa

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) O texto está escrito de acordo com as regras da norma-padrão, em situação de escrita?

b) Na fala das personagens houve uso intencional e coerente de marcas de uma variedade linguística?

5. Ortografia, pontuação, espaçamento de palavras e construção de sentidos

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) A pontuação foi usada de forma significativa, especialmente para marcar incompletude de falas?

b) Houve uso diferenciado de espaçamento de palavras no texto para sugerir ritmo para ações de uma personagem?

6. Colaboração e comunicação na negociação de como será a antologia

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• Buscamos nos entender de modo respeitoso e interessado na aprendizagem colaborativa, ouvindo uns(umas) aos(às) outros(as) com interesse e abertura para a opinião alheia?

E* Espaço destinado ao ou à estudante

P** Espaço destinado ao professor ou à professora

Lembrete para o professor ou a professoradois pontos

Achei difícil:

Lembretes para ô á estudante (1ª revisão):

1. Você não pode mais errar: Você não pode mais errar:

2. É preciso melhorar: É preciso melhorar:

Avaliação final do professor ou da professora:

 Unidade 3 – Capítulo 7 – Corrupção: o que é e como se combate?

Nome dô ou dá estudante:                norteº:    Turma:

FICHA DE APOIO À PRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DO ARTIGO DE OPINIÃO

O TEXTO DE OPINIÃO ATENDEU AOS CRITÉRIOS DE:

SIM

EM PARTE

NÃO

1. Adequação à proposta

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• O artigo toma uma posição diante de uma das questões polêmicas propostas?

2. Adequação às características estudadas do gênero

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) O artigo contextualiza o tema abordado, apresenta claramente seu ponto de vista (tese), desenvolve-o com argumentos e traz uma conclusão coerente?

b) Foi apresentado mais de um argumento?

c) O artigo apoia-se em mais de um tipo de argumento (autoridade, comprovação, princípio, exemplificação, causa/consequência)?

3. Construção da coesão/coerência do texto (textualidade)

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) Foram usadas conjunções e outros conectores que mostram a relação de sentido entre ideias e parágrafos do texto?

b) As palavras (sobretudo adjetivos e advérbios) foram escolhidas a fim de marcar o posicionamento do(a) autor(a)?

4. Uso das regras e convenções da gramática normativa

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) O texto utiliza adequadamente os sinais de pontuação?

b) Foram respeitadas as regras de concordância entre as palavras?

c) O texto está correto em relação à ortografia?

E* Espaço destinado ao ou à estudante

P** Espaço destinado ao professor ou à professora

Lembrete para o professor ou a professoradois pontos

Achei difícil:

Lembretes para ô á estudante (1ª revisão):

1. Você não pode mais errar: Você não pode mais errar:

2. É preciso melhorar: É preciso melhorar:

Avaliação final do professor ou da professora:

 Unidade 3 – Capítulo 8 – Africanidades, poesia e ritmo na música brasileira

Nome dô ou dá estudante:                norteº:    Turma:

FICHA DE APOIO À PRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DO ROTEIRO E DO PROGRAMA DE RÁDIO AFRICANIDADES NA MÚSICA BRASILEIRA

O ROTEIRO ATENDEU AOS CRITÉRIOS DE:

SIM

EM PARTE

NÃO

1. Adequação à proposta

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• Produzimos um roteiro para programa de rádio, apresentando, de modo contextualizado e interessante, faixas de álbum da música brasileira com valorização de africanidades?

2. Atenção às características estudadas do gênero e ao trabalho de linguagem feito nele

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• O texto se organiza em falas de locução, distribuídas por duração de tempo?

3. Construção da coesão/coerência do texto (textualidade)

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• As locuções organizam a audição de acordo com a sequência das informações oferecidas?

4. Relações entre a escrita e a oralidade

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) O texto está escrito em registro coloquial, com frases curtas, linguagem simples, favorecendo a locução?

b) Há respeito às regras da norma-padrão?

c) Houve uso de variação linguística com intencionalidade?

5. Locução

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• A entonação, as pausas e o ritmo contribuíram para mobilizar o interesse de ouvintes?

6. Colaboração no grupo

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) Trabalhamos com escuta atenta, interesse e respeito pela opinião de todos(as)?

b) Fomos responsáveis com as ações assumidas?

c) Estivemos abertos à negociação, pontos de vista e ajustes no processo todo?

E* Espaço destinado ao ou à estudante

P** Espaço destinado ao professor ou à professora

Lembrete para o professor ou a professoradois pontos

Achei difícil:

Lembretes para ô á estudante (1ª revisão):

1. Você não pode mais errar: Você não pode mais errar:

2. É preciso melhorar: É preciso melhorar:

Avaliação final do professor ou da professora:

 Unidade 4 – Capítulo 10 – Final do Ensino Fundamental – O que sabemos e queremos do Ensino Médio!

Nome dô ou dá estudante:                norteº:    Turma:

FICHA DE APOIO À PRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DO PODCAST

A ETAPA DE PRÉ-PRODUÇÃO ATENDEU AOS CRITÉRIOS DE:

SIM

EM PARTE

NÃO

1. Adequação à proposta

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) Definiram bem a abordagem, o ponto de vista de vocês, suas intencionalidades em relação à pauta?

b) Fizeram estudos e pesquisas de acordo com a pauta e a intencionalidade de vocês?

c) Usaram bem esquemas para registrar essas ideias e intencionalidades?

2. Atenção às características estudadas do gênero

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) Selecionaram as fontes, de acordo com a pauta e as intencionalidades de vocês?

b) Elaboraram roteiro de entrevista, com perguntas claras, objetivas e coerentes com o que queriam ouvir das fontes?

c) Durante as entrevistas, o(a) repórter explorou bem recursos da oralidade, trabalhando a entonação da voz com intencionalidade?

d) O(A) repórter valeu-se de variedades da língua e nível de formalidade adequados à situação de interação, considerando os(as) entrevistados(as) e/ou o público final do podcast?

e) As perguntas alcançaram o objetivo de trazer informações relevantes, atendendo às intencionalidades do grupo em relação à pauta?

f) Foram usados recursos sonoros de modo adequado, possibilitando boa escuta das falas participantes do podcast?

3. Construção da coesão/coerência do texto (textualidade)

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) O roteiro de edição estabelece sequência coerente entre as falas do(a) host/ locutor(a) e dos(as) demais participantes, de modo que as falas do(a) host/ locutor(a) ajudem a relacionar as partes?

b) As deixas iniciais e finais do(a) host/locutor(a) garantem a coerência das falas dos(as) entrevistados(as)?

c) Nas locuções há uso adequado de verbos dicendi para citar fontes ou de outros termos com a função de introduzir informações dadas pelas fontes?

d) Na composição de áudio, o material foi bem editado, com cortes bem feitos que não comprometem a compreensão da fala dos(as) participantes?

4. Uso das normas e convenções da variedade da língua culta

E*

P**

E*

P**

E*

P**

• As escolhas de variedade e de formalidade da língua estão adequadas ao público, aos objetivos que se pretendem atender e ao meio de circulação do podcast?

E* Espaço destinado ao ou à estudante

P** Espaço destinado ao professor ou à professora

Lembrete para o professor ou a professoradois pontos

Achei difícil:

Lembretes para ô á estudante (1ª revisão):

1. Você não pode mais errar: Você não pode mais errar:

2. É preciso melhorar: É preciso melhorar:

Avaliação final do professor ou da professora:

 Unidade 4 – Capítulo 11 – Novos leitores na barca medieval: práticas com Auto da barca do inferno

Nome dô ou dá estudante:                norteº:    Turma:

FICHA DE APOIO À PRODUÇÃO E À AVALIAÇÃO DO ROTEIRO E DA ENCENAÇÃO DO ESQUETE

O TEXTO ATENDEU AOS CRITÉRIOS DE:

SIM

EM PARTE

NÃO

1. Adequação à proposta

E*

P**

E*

P**

E*

P**

Produzimos um auto que desenvolve a situação dada, em diálogo com os autos de Gil Vicente?

2. Atenção às características estudadas do gênero e ao trabalho de linguagem feito nele

E*

P**

E*

P**

E*

P**

O texto se organiza em falas de personagens e rubricas?

3. Construção da coesão/coerência do texto (textualidade)

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) As falas das personagens estão coerentes com os tipos que elas representam e com a situação dada?

b) As falas do Diabo estabelecem relações com o texto de Gil Vicente?

4. Uso das normas e convenções da norma culta escrita e de outras variedades da Língua Portuguesa

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) O texto está escrito de acordo com as regras da norma culta?

b) Houve uso intencional de marcas da variação linguística?

5. Encenação

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) Na interpretação das personagens, há uso intencional de recursos da oralidade: entonação, ritmo, pausas coerentes com as sugestões de sentidos do texto e com as intencionalidades do que se queria causar no espectador?

b) A posição dos corpos na cena, movimentação e gestualidade contribuem para os efeitos pretendidos?

c) O figurino contribui para a caracterização do tipo e da alegoria do Diabo?

d) Os recursos de cenografia e sonoplastia estão de acordo com as demais escolhas e contribuem para os efeitos de sentidos pretendidos?

6. Colaboração no grupo

E*

P**

E*

P**

E*

P**

a) Trabalhamos com escuta atenta, interesse e respeito pela opinião de todos(as)?

b) Fomos responsáveis com as ações assumidas?

c) Estivemos abertos à negociação de pontos de vista e ajustes no processo todo?

E* Espaço destinado ao ou à estudante

P** Espaço destinado ao professor ou à professora

Lembrete para o professor ou a professoradois pontos

Achei difícil:

Lembretes para ô á estudante (1ª revisão):

1. Você não pode mais errar: Você não pode mais errar:

2. É preciso melhorar: É preciso melhorar:

Avaliação final do professor ou da professora:

Projeto interdisciplinar

Adolescências no teatro

Temático

Este projeto busca ampliar o repertório dos ou das estudantes com o teatro, em processos de investigação e de criação, possibilitando a eles ou elas se valer dessa linguagem para questionarem, refletirem e expressarem questões das adolescências.

Justificativas

O projeto promove o aprimoramento de competências gerais, especialmente as competências 3, 4, 8 e 9, ao promover o conhecimento de si, a convivência cooperativa e criativa com o outro, no desafio da criação com o teatro. O trabalho específico com as competências e habilidades da área de Linguagens poderá se dar de fórma integrada entre os componentes Arte e Língua Portuguesa, ampliando-se de maneira significativa e contextualizada os multiletramentos estudantis.

Objetivos

O objetivo principal do projeto consiste na aproximação à arte teatral e apropriação da teatralidade por parte dos alunos, bem como na vivência de um processo de criação coletivo e colaborativo, ao longo dos quatro bimestres:

  • Ampliar o conhecimento de si e do outro, com foco em questões das adolescências.
  • Pesquisar materiais e referências que sirvam de base para uma criação coletiva e colaborativa em teatro.
  • Realizar exercícios, jogos e improvisações que estimulem a criação coletiva de cenas.
  • Elaborar um texto dramático em processo de escrita colaborativa.
  • Apresentar o resultado do processo colaborativo: exibição de uma peça ou sequência de cenas curtas.

Interdisciplinaridade

A correlação entre os diferentes componentes curriculares na construção de conhecimentos, sentidos e percepções convida o professor ou a professora a um trabalho colaborativo com professores ou professoras de outros componentes da área, em vista de um maior aproveitamento do conteúdo e desenvolvimento dos ou das estudantes. A integração com a Arte se faz presente do início ao fim do projeto, na condução colaborativa dos processos que serão vivenciados pelos ou pelas estudantes. Além disso, saberes e habilidades de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas serão contempladas na abordagem contextualizada do tema e dentro dos princípios de compreensão da diversidade humana quanto às identidades.

Propostas de avaliação

Para avaliar a execução do projeto, o professor ou a professora poderá fazer considerações sobre a participação e engajamento dos ou das estudantes nas diferentes etapas do processo de produção da peça, considerando ainda o desenvolvimento das habilidades da Base Nacional Comum Curricular citadas.

Também poderão ser propostas autoavaliações aos ou às estudantes ao final de cada etapa sugerida, tendo como base os objetivos específicos de cada uma delas. os ou as estudantes poderão responder a perguntas, como: Quais conhecimentos eu mobilizei nas criações com o coletivo? Quais as maiores dificuldades encontradas nas improvisações e como tentei superá-las? De que fórma colaborei na criação de uma dramaturgia coletiva? Ao final, peça que realizem um relato da experiência vivenciada ao longo do ano.

Competências da Base Nacional Comum Curricular mobilizadas

Competências gerais da Educação Básica 3,4, 8 e 9.

Competências específicas da área de Linguagens: 3, 5.

Competências específicas de Língua Portuguesa: 8, 10.

Competências específicas de Arte: 4, 5, 7, 8.

Competências específicas de Ciências Humanas: 1, 2, 4, 6.

Primeira etapa – 1º bimestre

Pesquisa estética e definição de recorte temático

Habilidades desenvolvidas: Língua Portuguesa (ê éfe seis nove éle pê três dois, ê éfe oito nove éle pê dois quatro, ê éfe oito nove éle pê três quatro); História (ê éfe zero nove agá ih três seis).

Nesta etapa do projeto, os ou as estudantes terão oportunidade de realizar uma pesquisa estética e criar um recorte temático que resulte na criação coletiva e colaborativa de uma peça teatral.

os professores ou as professoras poderão ficar livres para combinar entre si quem será responsável pelo encaminhamento de cada parte da etapa. A fim de valorizar a horizontalidade do processo, sugerimos que todas as dinâmicas ocorram em uma disposição diferente daquela a que estão acostumados na sala de aula tradicional. Uma sugestão é a disposição em círculo, pois favorece as trocas e os olhares entre os ou as estudantes e elimina hierarquias.

1. Pesquisa e levantamento de informações

Neste momento, os professores ou as professoras responsáveis pelos componentes envolvidos vão apresentar o projeto aos ou às estudantes. É importante comentar que, ao longo do ano, os ou as estudantes se envolverão em projetos interdependentes, mas concentrados em pensar e praticar a arte teatral. Em diálogo com os temas discutidos no livro, o tema que costurará os projetos será “Adolescências”, levando em conta as diversidades identitárias concernentes ao tema.

O propósito desses encontros iniciais do 1º bimestre é que os ou as estudantes sejam estimulados ou estimuladas a realizar uma pesquisa com ênfase no desenvolvimento de uma peça teatral.

Para uma produção mais original e criativa, espera-se que sejam valorizadas não apenas as capacidades cognitivas dos ou das estudantes, mas a capacidade de selecionar materiais relevantes, que funcionem como “provocação estética” e convite a experimentações. Desse modo, mais do que trazer materiais que apenas estejam ligados à temática, oriente-os ou oriente-as a buscarem exemplos de estéticas atrativas, na curadoria dos conteúdos.

No primeiro encontro, organize a turma em grupos de mais ou menos quatro integrantes. Solicite que trabalhem juntos no levantamento de materiais que permitam discutir os aspectos temáticos proposto por este projeto: “Adolescências”.

os ou as estudantes poderão se valer dos procedimentos de acesso a textos informativos e de divulgação cientifica que tratem do assunto, mas deverão fazer da pesquisa um passo importante para uma investigação no campo das representações. Por isso, para mobilizar uma pesquisa estética, comece perguntando: “Que livros, filmes, peças teatrais ou obras de arte já foram produzidas sobre o assunto?”.

Peça aos ou às estudantes que iniciem as pesquisas atentando para a seriedade e confiabilidade das fontes. Cada grupo poderá registrar palavras-chave, trechos de textos, nomes de obras, artistas e outras informações que conseguirem em um documento (on-line ou impresso) compartilhado para referência de todos.

2. Compartilhamento e reflexão sobre as informações

Em roda de conversa, promova a troca de informações. Peça aos grupos que apresentem a curadoria que fizeram. Incentive-os a fazer uma apresentação criativa dos conteúdos.

Ao final das apresentações, promova a apreciação compartilhada:

  • Que tipo de material foi mais comum nas apresentações (trecho de filme, obras de arte, trechos de livros, fotografias, músicas etcétera)?
  • Há algum tema que foi comum a todas as apresentações?
  • Por que algumas abordagens da adolescência são recorrentes?
  • O que seria interessante mostrar sobre as adolescências de que o material levantado não deu conta?
  • Há alguma urgência em tratar de um assunto que não foi mencionado? Qual?

3. Mapeamento e recorte temático

Como síntese da discussão anterior, faça um mapa mental com as palavras-chave e proponha ) estudantes que façam um recorte temático dentro do assunto mais amplo “Adolescências”, conforme seus interesses. Esclareça que esse recorte orientará a continuidade do projeto, com investigação, experimentação e criação dramatúrgica.

Segunda etapa – 2º bimestre

Experimentações teatrais

Habilidades desenvolvidas: Língua Portuguesa (ê éfe seis nove éle pê cinco dois); Arte (ê éfe seis nove á érre dois oito, ê éfe seis nove á érre dois nove, ê éfe seis nove á érre três zero).

Neste bimestre, os ou as estudantes deverão, com a mediação realizar atividades práticas que lhes permitam experimentar um pouco da linguagem teatral e atingir um pouco mais de segurança no desenvolvimento de uma criação coletiva no universo da representação.

os professores ou as professoras poderão ficar livres para combinarem entre si quem será responsável pelo encaminhamento de cada encontro da etapa do projeto, bem como para experimentarem diferentes dinâmicas na condução dos jogos e das improvisações, estabelecendo os momentos de investigação de maneira orgânica e tendo em vista as peculiaridades de cada turma.

1. Convite à experimentação

É muito importante destacar que este é um momento de experimentação a ser aproveitado pelos ou pelas estudantes. os professores ou as professoras envolvidos podem ressaltar o convite para os ou as estudantes trabalharem livremente sem a cobrança por um formato ou resultado final.

É importante que seja trabalhada a desinibição dos ou das integrantes, mostrando como a teatralidade pode ser desenvolvida por todos ou todas. Sugerimos que a partir deste momento os encontros sejam mais frequentes ao longo dos bimestres, ou com uma carga horária mais estendida, para que a vivência do fenômeno teatral seja significativa para os ou as estudantes.

2. A importância do espaço

Neste momento, recomenda-se que os ou as estudantes trabalhem no espaço da escola desejado ou recomendado para a apresentação de uma peça. Isso porque essa decisão favorece que os ou as estudantes tenham mais segurança e se apropriem do espaço em que deverá ser realizada a encenação.

3. Jogos teatrais

A noção de “jogo teatral” remete à obra da estadunidense Viola Spolin (1906-1994), considerada um grande nome do teatro improvisacional e uma referência metodológica obrigatória quando o assunto é teatro na escola.

Para saber mais sobre jogos teatrais, recomendamos a consulta ao livro Jogos teatrais na sala de aula (São Paulo: Perspectiva, 2007). Também é possível conhecer mais do legado da autora e dos jogos teatrais no país acessando o dossiê “Jogos teatrais no Brasil: 30 anos”, organizado pela revista acadêmica Fênix: Revista de História e Estudos Culturais. Os artigos estão disponíveis no link: https://oeds.link/c4MgKt (acesso em: 7 julho 2022).

Tomando como base a categorização de Viola Spolin proposta em Jogos teatrais na sala de aula, sugerimos que as atividades incluam técnicas de relaxamento, jogos de concentração e de aquecimento e atividades e jogos que trabalhem a desinibição e a improvisação.

Evidentemente, trata-se de um paradigma de processo – os professores ou as professoras ficarão livres para testar e trabalhar outras metodologias que julgarem adequadas.

Exemplos de atividades:

a. Caminhadas no espaço

São atividades que permitem o reconhecimento de um local e dão segurança aos ou às estudantes nas práticas que ali serão realizadas. os ou as estudantes podem caminhar por todo o espaço, a fim de se familiarizarem com o local, e a atividade pode apresentar variações (caminhar de olhos vendados, caminhar em duplas e desenvolver a confiança no ou na colega, atentar para os modos como se caminha naquele espaço, como o corpo reage à arquitetura etcétera).

b. Jogos de transformação

Servem mais efetivamente à compreensão da teatralidade. Um jogo recomendado é a transformação do invisível em visível ou do objeto imaginário. os ou as estudantes deverão vivenciar e expor situações de relação com um objeto que não está presente em cena e não é mostrado ao público. É por meio da fisicalização que a linguagem do corpo começa a ser desenvolvida. eles ou elas poderão ser convidados ou convidadas a refazer exercícios, pois a repetição contribui para uma fórma mais qualificada de representação.

c. Contação de histórias

A partir dos jogos, permita que sejam construídas pequenas narrativas e solicite improvisações com base nelas. Por exemplo, a turma pode ser dividida em quatro grupos – dois contam uma história e dois improvisam a encenação do que foi contado.

Durante todos esses exercícios, o professor ou a professora poderá oferecer indicações pontuais para qualificar o que foi elaborado.

Além dos livros de Viola Spolin publicados no Brasil, o professor ou a professora pode contar com a internet no momento de procurar por atividades e jogos teatrais. Sugerimos o portal Teatro na Escola, que apresenta algumas propostas no link: https://oeds.link/H7aEHl (acesso em: 7 julho 2022).

Terceira etapa – 3º bimestre

Momento de criação

Habilidades desenvolvidas: Língua Portuguesa (ê éfe seis nove éle pê cinco zero, ê éfe oito nove éle pê três quatro); Arte (ê éfe seis nove á érre dois oito, ê éfe seis nove á érre dois nove).

Neste momento, os ou as estudantes deverão se envolver em práticas de escrita colaborativa tendo em vista a criação de uma dramaturgia coletiva que poderá ser encenada por ) ao final do ano letivo.

A etapa pode ser desenvolvida em conjunto pelos professores ou professoras de Arte e Língua Portuguesa ao longo de um bimestre.

1. Dramaturgia colaborativa

Uma das tendências da arte teatral contemporânea é o entendimento do espetáculo como uma criação coletiva e colaborativa. Desse modo, sai de cena a imagem do diretor autoritário que apenas dá ordens e do ator que apenas decora um texto e entra em cena a figura dos artistas criadores, sintonizados com as demandas de cada aspecto do espetáculo e colaborando com as várias áreas técnicas envolvidas. O texto é, assim, resultado de múltiplos olhares, experiências e linguagens.

Para conhecer um pouco mais desses processos, sugerimos o trecho de um documentário do projeto Por trás da cena a respeito de processos colaborativos no teatro. Disponível em: https://oeds.link/yMQXv6. Acesso em: 7 julho 2022. No Brasil, os processos colaborativos no teatro ganharam espaço principalmente nos anos 1990 com o trabalho de grupos como o Teatro da Vertigem.

2. Exercícios de escrita

Esta etapa pode se constituir como um desdobramento dos resultados alcançados com alguns dos jogos de improviso realizados anteriormente. Além de ser um momento propício para retomar o que ) estudantes já sabem sobre o gênero dramático, duas atividades podem facilitar o início dos trabalhos.

a. Escrita automática

Após um exercício que trabalhe sensorialidade e fisicalização, instrua os ou as estudantes a redigir ininterruptamente tudo o que vier à cabeça durante um ou dois minutos. Os textos poderão compor uma caixa de ideias a que eles ou elas poderão voltar posteriormente.

b. Escrita colaborativa sobre os elementos da dramaturgia

os ou as estudantes deverão definir personagens, enredo, tempo e espaço da peça a ser criada. Cada um desses elementos pode surgir de uma criação coletiva. Por exemplo: em um dos encontros, poderá ser proposta uma reflexão sobre onde se passará a história. Em trios, os ou as estudantes poderão apresentar uma sugestão e pequena justificativa. Os resultados são mostrados para o restante da turma e as escolhas são negociadas. O mesmo pode ocorrer com outros elementos da peça (tempo, personagens, desdobramentos do enredo etcétera).

3. O argumento

O próximo passo é organizar as ideias que surgiram até esse ponto do processo e criar um argumento da peça. Ele pode ser desenvolvido em conjunto nos encontros e deverá garantir a unidade da peça.

“Como essa história está estruturada? Como ela pode começar e como ela deve terminar? Quantos e como são os personagens? Eles são todos imprescindíveis para a ação da peça? O que acontece com os personagens? Como eles lidam com as questões próprias impostas pelo tema das adolescências?”. Essas são questões que poderão orientar a criação do argumento. Algumas delas poderão ser resolvidas recorrendo aos aspectos já trabalhados tanto nos jogos e improvisações quanto nos exercícios de escrita automática comentados aqui. Peça aos ou às estudantes que vasculhem a caixa de ideias com trechos já escritos por eles ou elas, por exemplo.

Comente a importância de se criar o resumo de todas as ações e desdobramentos, pois ele facilitará a criação de cenas e de diálogos.

4. Uma peça ou várias pequenas peças?

Uma vez que cada processo poderá resultar em diferentes escolhas e caminhos, verifique se o grupo tem interesse na criação de uma dramaturgia clássica com começo, meio e fim de uma história única, ou se desejam criar algo mais fragmentado – neste caso, sugerimos a criação de uma série de pequenas cenas/esquetes. O importante é que essa série se desenvolva em torno do tema proposto.

5. Unidade e dramaturgia coletiva

A proposta é que a peça possa abarcar as discussões e questões trazidas pelos ou pelas estudantes. Evidentemente, haverá momentos em que será necessário realizar escolhas – alguns temas podem ficar de fóra ou podem não ter fôlego para uma peça inteira. Nesta etapa, todos os sentidos e caminhos pretendidos devem ser negociados.

)) poderá agir no sentido de garantir uma unidade na dramaturgia composta coletivamente propondo reestruturações de cenas, encadeamento de ações etcétera

Faça leituras em roda com os ou as estudantes, afinando os aspectos que precisem ser reestruturados, repensados ou retomados. Por fim, defina com eles ou elas um prazo para a finalização do texto.

Quarta etapa – 4º bimestre

Apresentação

Habilidades desenvolvidas: Língua Portuguesa (ê éfe seis nove éle pê cinco dois, ê éfe oito nove éle pê três quatro); Arte (ê éfe seis nove á érre dois seis, ê éfe seis nove á érre dois oito, ê éfe seis nove á érre dois nove, ê éfe seis nove á érre três zero).

Neste momento, os ou as estudantes serão convidados a apresentar à comunidade escolar uma peça teatral (ou uma sequência de cenas curtas) em que possam mobilizar seus conhecimentos e experimentar a linguagem teatral.

O projeto pode ser conduzido em conjunto pelos professores ou professoras de Arte e Língua Portuguesa. Porém, é importante que se estabeleça um ambiente de maior horizontalidade possível nas relações, de modo que os ou as estudantes possam lidar com uma experiência de autogestão e trabalho criativo e colaborativo. Isso significa que o professor ou a professora muitas vezes deverá abdicar de um lugar de autoridade mais comum nas aulas para atuar como mediador de um processo colaborativo em curso e lidar com as decisões do coletivo – afinal, trata-se de uma oportunidade para que os ou as estudantes se responsabilizem por tarefas.

1. Da página ao palco

A leitura atenta de um texto teatral é condição fundamental para uma boa montagem. Por isso, é importante iniciar o processo separando um momento para conversar um pouco com os ou as estudantes sobre a transposição do texto para o palco. Comente sobre a necessidade de lerem atentamente o texto, bem como suas rubricas, e tentarem visualizar as cenas e interpretar os sentidos das falas e das ações mencionadas na dramaturgia.

Após essa primeira leitura, peça que selecionem uma cena curta para improvisar. A turma poderá ser dividida em grupos de trabalho que deverão, cada um à sua maneira, improvisar uma encenação da cena selecionada. Para esta tarefa, procure estabelecer um tempo não muito longo, pois a intenção é que a turma reconheça as diferentes possibilidades expressivas de uma cena. Para a realização vale improvisar e mobilizar os mais diversos objetos que tenham à mão.

Após as apresentações, faça uma roda de conversa em que possam ser avaliadas as improvisações, com comentários pontuais sobre a criatividade e escolhas de cada grupo. A atividade serve, pois, como motor para que pensem na importância da experimentação e do ensaio: são eles que trazem o domínio do texto e seus sentidos, bem como permitem as trocas de impressões e saberes a partir dos diversos contatos entre os integrantes.

Após esta atividade, combine com a turma um calendário de ensaios, bem como uma divisão das tarefas importantes na execução da peça.

2. Divisão de tarefas

O momento dos ensaios poderá ser propício para que os ou as estudantes investiguem como diferentes áreas contribuem para os sentidos do espetáculo.

Geralmente, quando vamos ao teatro, sentamos em cadeiras e assistimos à encenação, nos encantamos ou não com a história contada, mas nem sempre nos perguntamos sobre os profissionais que estão por trás daquela cena.

No entanto, o teatro não se faz apenas com atores. Há pessoas envolvidas apenas na criação do texto, há profissionais que cuidam da iluminação, da sonoplastia, do figurino e do cenário, e há também o diretor ou a diretora que procura garantir a harmonia entre todas essas áreas e fazer o espetáculo vir a público.

Essas diferentes tarefas poderão ser desempenhadas pela turma. Assim, verifique se há estudantes que não desejam atuar e proponha a eles ou elas o desenvolvimento de tarefas nas áreas técnicas citadas. Desse modo, todos ou todas contribuem para o resultado, sem que fiquem desmotivados ou sobrecarregados. Comente com eles ou elas que, mesmo que haja poucos recursos disponíveis na escola, essas áreas podem ser trabalhadas com muita criatividade, fazendo uso do que têm à mão.

Essas diferentes investigações podem ser sugeridas à turma ao longo do cronograma de ensaio. Uma sugestão de trabalho possível é ensaiar a cada dia e refletir sobre decisões que poderão ser tomadas a respeito de cenário, iluminação, figurino e sonoplastia. Desse modo, os ou as estudantes podem experimentar situações de autogestão e colaboração.

3. Ensaios

Comente com os ou as estudantes que parte da segurança que deverão demonstrar em cena virá da apropriação que tiverem do material ao longo dos ensaios. Por isso, quanto mais ensaiarem, melhor.

Os ensaios também poderão ser realizados em diferentes espaços da escola, para que a turma consiga obter e avaliar as diferentes experiências advindas da apropriação dos espaços da escola.

Caso haja interesse, comente sobre a tendência do teatro atual de fazer uso de diferentes espacialidades a fim de propor sempre uma reflexão sobre o papel do espectador e sua relação com o território ao redor.

É possível ainda que, por se tratar de uma produção coletiva e colaborativa, haja desejos de mudanças em alguns aspectos do texto. Verifique sempre coletivamente esses anseios, compartilhando com a turma a necessidade de resoluções em conjunto.

4. Registros de ensaios

Ao longo dos ensaios, proponha ainda que realizem registros do processo.

Esse registro pode ser feito a cada encontro por meio de fotos e de pequenos vídeos dos ensaios. As imagens poderão ser utilizadas para a criação de um tízer, que pode ser encaminhado por meios digitais e funcionar como o convite para a peça.

5. A festa

A peça deverá ser apresentada para a comunidade escolar. Se possível, solicite aos ou às estudantes que a exibam mais de uma vez ao longo de uma semana, para que mais espectadores tenham contato com o resultado.

No dia da apresentação, garanta um clima agradável entre os ou as estudantes e ressalte a importância do processo que viveram juntos ou juntas. Agora é o momento de aproveitar e se deliciar com o espetáculo!

6. Além dos muros da escola

Proponha para a escola a conexão entre a produção dos ou das estudantes e o entorno da escola. Uma possibilidade é que a criação coletiva seja levada a outros espaços, como aparelhos públicos disponíveis para o uso da comunidade (centros culturais e educacionais, bibliotecas públicas etcétera).

7. Avaliação

Sugerimos que a avaliação leve em consideração o engajamento dos ou das estudantes no desenvolvimento do projeto e que a evolução de sua percepção seja reconhecida e valorizada.

Embora muitas atividades tenham sido realizadas em grupo, é necessário observar o desenvolvimento dos ou das estudantes individualmente no decorrer de cada bimestre, identificando potencialidades específicas e singularidades.

Todas as produções desenvolvidas pelo ou pela estudante ao longo do trabalho poderão ser avaliadas conjuntamente, mas é importante que se avaliem e reconheçam habilidades relacionadas ao seu envolvimento com a criação coletiva.

 1O desafios do Ensino Médio no Brasil para garantir o direito de aprender de adolescentes de 15 a 17 anos

O desafio do Ensino Médio de qualidade

Os adolescentes de 15 a 17 anos são, hoje, o grupo mais atingido pela exclusão: mais de 1,7 milhão deles estão fóra da escola, segundo dados da pê nádi 2011. Entre os que estão matriculados, 35,2% (em torno de 3,1 milhões) ainda frequentam o ensino fundamental. Além disso, 31,1% dos alunos que cursam o ensino médio (cêrca de 2,6 milhões) encontram-se em situação de atraso escolar, de acordo com o Censo Escolar de 2012.

Apesar de, nas duas últimas décadas, os indicadores tanto de acesso quanto de permanência dos adolescentes de 15 a 17 anos na escola terem melhorado, universalizar o ensino médio com qualidade permanece, ainda hoje, um dos principais desafios no campo das políticas educacionais.

O que impede esses garotos e garotas de permanecer na escola e progredir em seus estudos na educação básica na idade certa? Para responder a esta questão, o unicéfi ouviu os próprios adolescentes.

Independentemente do lugar, a relação dos adolescentes com a escola é muito parecida. Os obstáculos também são semelhantes. Alguns deles estão relacionados com o contexto socioeconômico, como o trabalho precoce, a gravidez e a violência familiar e no entorno da escola. Outros estão vinculados a questões ligadas à organização da escola, como os conteúdos distantes da realidade dos alunos; a falta de diálogo entre alunos, professores e a gestão da escola; a desmotivação e as condições de trabalho dos professores; a violência do cotidiano escolar; e a infraestrutura precária dos estabelecimentos.

Ao todo, 250 adolescentes participaram do estudo durante a realização de 25 grupos focais e de 51 entrevistas em profundidade, nas cidades de Belo Horizonte Minas Gerais, Brasília Distrito Federal , Belém Pará, Fortaleza Ceará , São Paulo São Paulo e Santana do Riacho Minas Gerais entre outubro e dezembro de 2012 e entre maio e novembro de 2013.

A pesquisa faz parte de um estudo internacional realizado pelo Unicef em 24 países. No Brasil e em outros três países (Indonésia, México e Turquia), incluiu, além do levantamento quantitativo, utilizando bases de dados locais, a realização de grupos focais e entrevistas em profundidade.

reticências

O adolescente e a escola

Um dos grandes desafios para o Brasil no que diz respeito à garantia dos direitos de seus adolescentes é a educação, em especial a universalização do ensino médio – etapa adequada para a faixa etária de 15 a 17 anos, que se tornou obrigatória a partir da Emenda Constitucional norteº 59, de 2009. Os adolescentes de 15 a 17 anos são, hoje, o grupo mais atingido pela exclusão: mais de 1,7 milhão deles estão fóra da escola.

O Brasil vive hoje o fim de uma situação de bônus demográfico que ocorreu na década passada, quando teve o maior contingente de pessoas na fase da adolescência em sua história. Esse cenário único é fruto de uma tendência demográfica em curso desde os anos 70, de redução acentuada das taxas de fecundidade, que provocou uma desaceleração no ritmo de crescimento da população e mudanças expressivas em sua estrutura etária.

De acordo com análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada , no período de 1950 a 1970, a população brasileira aumentou cêrca de 3% ao ano. Já a estimativa para a década de 2010-2020 é de uma taxa média de crescimento de 0,7% ao ano. Com isso, houve aumento no número de idosos, que passaram a representar 12,1% da população total, ante 4,1% registrados em 1940. Por outro lado, a quantidade de adolescentes está diminuindo em termos absolutos e relativos, tendência que deverá se acentuar nas próximas décadas.

Segundo o estudo do Ipea, essas mudanças na dinâmica demográfica estão ocorrendo no Brasil em velocidade mais acelerada do que na Europa. A partir de 2030, os únicos grupos populacionais que deverão apresentar crescimento positivo serão os com idade superior a 45 anos.

Por isso, este é o momento de o Brasil avançar na garantia dos direitos de seus adolescentes. Esse grupo representa, hoje, uma oportunidade singular. Com sua energia, criatividade e curiosidade, o país pode estabelecer novas prioridades, criar novas relações sociais, avançar em visões inovadoras sobre os desafios dos próximos anos, desenvolver novas fórmas de expressão, ampliar a consciência de seus cidadãos sobre questões ambientais e da diversidade, além de usufruir mais dos avanços nas tecnologias da informação e da comunicação.

Perfil da população de 15 a 17 anos

Como reflexo da queda na taxa de fecundidade no Brasil, o ritmo de crescimento da população de 15 a 17 anos de idade tem diminuído. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios pinád, entre 2009 e 2011, enquanto a população total cresceu 1,78%, esse grupo aumentou 1,74%. Em números absolutos, esse percentual corresponde a 181 mil pessoas. Em 2011, 10,5 milhões de brasileiros tinham de 15 a 17 anos de idade.

De acordo com os dados da pê nádi 2011, 31,3% dos adolescentes de 15 a 17 anos são economicamente ativos, e, desses, 61,6% são homens. Em relação à situação de domicílio, 81,9% dos adolescentes economicamente ativos residem na área urbana. Esses dados revelam que uma parte significativa dos adolescentes brasileiros, em especial os de famílias de baixa renda, ingressa precocemente no mundo do trabalho. A lei brasileira determina que o adolescente pode trabalhar a partir dos 16 anos de idade e, dos 14 aos 15 anos, somente na condição de aprendiz.

Do total de mulheres de 15 a 17 anos (5,1 milhões), trezentas e onze mil tiveram filhos em 2011, o que corresponde ao percentual de 6% dessa faixa etária. Entre as economicamente ativas (24,5% do total), oitenta e uma mil tiveram filhos. Dessas mães, 9,7% eram chefes de família.

Os dados da pê nádi 2011 revelam ainda que os adolescentes são os que trabalham com menos proteção social no país. Um dos indicadores disso é o percentual de ocupados que têm carteira de trabalho assinada e contribuem para a Previdência. Do total de adolescentes de 15 a 17 anos empregados, apenas 30,4% têm carteira assinada. A situação das mulheres é melhor que a dos homens: 35,7% das adolescentes de 15 a 17 anos trabalham com carteira assinada.

A precarização do trabalho dos adolescentes também é evidenciada pelo rendimento mensal. Os dados da pê nádi não fazem um recorte específico para a faixa de 15 a 17 anos nesse indicador, apenas para a de 14 a 17 anos. Entre os adolescentes de 14 a 17 anos ocupados, 14,9% receberam de ¼ até menos de ½ salário mínimo; 18,7% receberam de ½ a um salário mínimo; 24,2% de um a menos de dois salários mínimos; e 29,3% não tiveram rendimento.

reticências

Ocupação e escolarização

Os dados da pê nádi mostram que houve diminuição na taxa de ocupação entre os adolescentes de 15 a 17 anos de 2009 a 2011, que passou de 27,5% para 24,1% no país.

Ao analisar indicadores de escolarização e frequência à escola da população de 14 a 17 anos, verifica-se que os adolescentes ocupados apresentam taxas mais baixas que os não ocupados reticências. Esse dado indica que o trabalho interfere no rendimento e na permanência dos adolescentes na escola.

Os adolescentes de 15 a 17 anos e a educação

Um dos grandes desafios para o Brasil no que diz respeito à garantia dos direitos de seus adolescentes é a educação, em especial a universalização do ensino médio – etapa adequada para a faixa etária de 15 a 17 anos, que se tornou obrigatória a partir da Emenda Constitucional no 59/2009.

cêrca de 1,7 milhão de adolescentes de 15 a 17 anos estão fóra da escola, segundo dados da Pnad 2011, e, entre os que estão matriculados, 35,2% (em torno de 3,1 milhões) ainda frequentam o ensino fundamental – etapa que deveria estar concluída idealmente aos 14 anos de idade completos. Além disso, 31,1% dos alunos que cursam o ensino médio (cêrca de 2,6 milhões) encontram-se em situação de atraso escolar, de acordo com o Censo Escolar de 2012.

Adolescentes de 15 a 17 anos fóra da escola

Do total de adolescentes brasileiros com idade de 15 a 17 anos, 1.722.175 estão fóra da escola (16,3% dessa população), de acordo com a pê nádi 2011. O maior contingente em termos absolutos está na Região Sudeste, com 610.226 adolescentes nessa condição; em seguida vem a Região Nordeste, com 556.366. O menor contingente, 112.316 adolescentes, está na Região Centro-Oeste. Em termos proporcionais, a região com mais adolescentes de 15 a 17 anos fóra da escola é a Sul (17,8%), seguida da Nordeste (16,9%) e da Norte (16,7%).

reticências

Quando se faz um recorte por idade, percebe-se que a exclusão escolar cresce com o tempo. Os adolescentes de 15 anos que não frequentam a escola correspondem a 8% do total dessa população no Brasil (287.601 pessoas); já os de 16 anos excluídos são 14,3% do total (513.368). Na idade de 17 anos, essa taxa quase duplica: 27% deles estão fóra da escola, o que corresponde a 921.206 adolescentes.

Essa tendência se repete em todas as regiões do país, embora haja variação na proporção de adolescentes fóra da escola entre elas. Na faixa dos 15 anos, a região com maior porcentagem de adolescentes que não frequentam a escola é a Norte, com 9,4%; na dos 16 anos é a Nordeste, com 16,3%. Já na dos 17 anos o índice mais alto é o da Região Sul: 29,4%. reticências

No que diz respeito a gênero, os homens estão em desvantagem em relação às mulheres: 914.047 deles não frequentam a escola (16,9%), ante 808.128 delas (15,6%). As regiões com maior número absoluto de adolescentes de 15 a 17 anos do sexo masculino fóra da escola são a Sudeste (334.068) e a Nordeste (288.828). Em termos proporcionais, é a Região Sul (17,9%), seguida pela Nordeste e pela Norte (17,2%). No caso das meninas, a situação é praticamente a mesma: as líderes em números absolutos são as regiões Sudeste (276.158) e Nordeste (267.538), e em termos proporcionais a Sul (17,6%), a Nordeste (16,7%) e a Norte (16,4%). Em relação à idade, o maior grupo fóra da escola é formado pelos adolescentes de 17 anos, tanto entre os meninos quanto entre as meninas: 490.182 (27,4%) e 431.024 (26,7%), respectivamente reticências.

Em relação à raça, os negros estão em situação menos favorável que os brancos. Enquanto 1.042.753 adolescentes negros de 15 a 17 anos estão fóra da escola, 665.135 brancos se encontram na mesma situação reticências. Em termos regionais, a exclusão acompanha a proporção racial da população de 15 a 17 anos. Assim, enquanto entre os brancos a Região Sudeste tem o maior número de adolescentes fóra da escola (282.273), entre os negros o maior contingente está na Nordeste (416.880).

reticências

A questão da renda é um fator importante de exclusão escolar. Os adolescentes de famílias com renda familiar per capita mais baixa (1o quintil de renda) que não frequentam a escola são 508.547 (18,2%). Já os de famílias que se encontram nos estratos mais altos (5o quintil de renda) somam 92.796 (8,3%).

No que diz respeito à localização, a quantidade de adolescentes de 15 a 17 anos fóra da escola na zona urbana é de 1.351.915 (15,6%), enquanto na zona rural são 370.260 (19,4%). O maior grupo de adolescentes fóra da escola na zona rural está na Região Nordeste, que concentra a maior população deste grupo: cento e oitenta e sete mil e quinhentas e sessenta e quatro pessoas reticências.

Do total de adolescentes brasileiros na faixa de 15 a 17 anos que não estudam, 59.853 nunca frequentaram a escola (3,5%). Como nos demais indicadores, os homens são os mais afetados: 38.495 adolescentes de 15 a 17 anos do sexo masculino nunca frequentaram, ante 21.358 do sexo feminino reticências. Em relação à raça, permanecem as diferenças entre a população branca e a negra: 24.555 adolescentes brancos nunca frequentaram a escola, ante 34.332 negros e 966 amarelos e indígenas.

No que diz respeito à renda, as desigualdades são maiores. Enquanto 19.908 adolescentes de famílias com renda familiar per capita mais baixa (1º quintil de renda) nunca frequentaram a escola, apenas 1.153 daqueles com famílias dos estratos mais altos (5º quintil de renda) encontram-se na mesma situação. Em termos de localização, a quantidade de adolescentes de 15 a 17 anos que nunca frequentaram a escola na zona urbana é de 44.072, e na zona rural é de 15.781 reticências.

Os dados da Pnad 2011 mostram ainda que o número de adolescentes de 15 a 17 anos analfabetos é maior do que o da população da mesma faixa etária que nunca frequentou a escola: 142.175 encontram-se nessa situação. Esse número indica que muitos adolescentes, apesar de ter frequentado a escola em algum momento, não conseguiram sequer concluir o processo de alfabetização. Comparando os dados por região, verifica-se que as maiores diferenças encontram-se na Nordeste e na Norte reticências.

Entre os adolescentes de 15 a 17 anos que não estudam, mas já frequentaram a escola em algum momento, 89.813 não conseguiram completar os anos iniciais do ensino fundamental. Outros 124.641 completaram essa etapa, mas não foram além. Os que completaram o ensino fundamental somam 857.179 – o maior contingente de adolescentes que hoje não estudam, mas já frequentaram a escola reticências. Esses dados permitem inferir que a conclusão do ensino fundamental é um momento crítico para a questão do abandono escolar. Muitos adolescentes não conseguem prosseguir nos estudos no ensino médio, como deveriam.

O segundo maior contingente de adolescentes de 15 a 17 anos que hoje não estudam, mas já frequentaram a escola, é formado por aqueles que completaram o ensino médio: 448.514 pessoas. Considerando que essa é a etapa da educação básica adequada para a faixa etária, o número de adolescentes com ensino médio concluído deveria ser muito maior. Em relação ao total da população de 17 anos – idade em que os adolescentes deveriam idealmente ter terminado o ensino médio –, esse número corresponde a apenas 13,2%.

reticências

Perspectivas para o futuro

De acordo com o Resumo Técnico do Censo Escolar da Educação Básica 2012, publicado pelo Inep, considerando o raciocínio de que o aluno potencial do ensino médio regular é o concluinte do ensino fundamental, a estimativa é que o ponto de equilíbrio da matrícula na etapa final da educação básica seja de aproximadamente 10,6 milhões de alunos, que corresponde à população na faixa etária de 15 a 17 anos. Hoje, há 8,3 milhões de alunos matriculados nessa etapa de ensino. Assim, há espaço para a expansão do ensino médio. No entanto, essa expansão só ocorrerá com a melhoria do fluxo escolar no ensino fundamental, etapa que gera demanda para o ensino médio.

De fato, os dados do Censo Escolar apontam que o ensino médio, etapa em que deveriam estar matriculados todos os adolescentes de 15 a 17 anos, tem passado por uma crescente retração, em vez de se expandir. Enquanto entre 1996 e 2001 as matrículas nesse nível de ensino cresceram 47%, passando de aproximadamente 5,7 milhões para 8,4 milhões, no quinquênio seguinte (2002-2006) aumentaram apenas 2,2%. A partir de 2007, as matrículas passaram a decrescer, segundo os dados do Inépi. A retração continua até 2012, atingindo um percentual de -5,9% em relação a 2006 – 8.376.852 matrículas em 2012 ante 8.906.820 em 2006.

A comparação entre o número de concluintes do ensino fundamental (2.532.754) e o número de matrículas no ensino médio em 2012, segundo o Censo Escolar, mostra que há uma demanda reprimida que ainda vem sendo atendida neste nível de ensino. Matricularam-se no primeiro ano do ensino médio, em 2012, 3.410.809 estudantes, o que indica que pessoas que haviam abandonado os estudos ao completar o ensino fundamental ou durante o ensino médio têm voltado à escola

Esse gargalo do ensino médio tem impactos sérios para o país. Segundo os dados da pê nádi 2011, na faixa etária de 18 a 24 anos – que deveria estar cursando o ensino superior –, 16,5 milhões de jovens (69,1%) não estudam. E apenas 9% ingressam no curso superior. Assim, para que o Brasil possa avançar em termos de desenvolvimento social e econômico é necessário investir na oferta de um ensino médio de qualidade para todos os adolescentes do país.

reticências

VOLPI, Mário; SILVA, Maria de Salete; RIBEIRO, Júlia coordenação. 10 desafios do Ensino Médio no Brasil: para garantir o direito de aprender de adolescentes de 15 a 17 anos. primeira edição Brasília, unicéfi, 2014.

 Capítulo 10

Produzindo o texto: Sugestões de pauta

PAUTA 1: RAIO X DO ENSINO MÉDIO EM NOSSA CIDADE

Turma:

Integrantes:

Convidado(s):

Editores(as):

Responsável pela música:

Duração: 05min - 10min

Nome do episódio: Raio X do Ensino Médio em nossa cidade

Conteúdo do episódio:
Levantamento, apresentação e discussão de informações, dados e opiniões sobre o Ensino Médio em nossa cidade, a partir da análise de dados do IDEB.

ABERTURA
Como o programa será aberto?
• Vinheta (se houver)
• Apresentação dos(as) integrantes
• Apresentação do tema
• Provocação sobre o tema

DESENVOLVIMENTO
• O que é o IDEB?
• O que dizem os últimos dados do INEP/MEC sobre a última média de IDEB em escolas de Ensino Médio?
• Alguma escola merece destaque pelo seu IDEB?
• Qual é a média do IDEB em nosso município?
• Como é essa média em comparação com a nacional?
• O que predomina em nossa cidade: A oferta de Ensino Médio Regular ou a de Ensino Médio Profissionalizante? Escolas particulares ou públicas?
• Que escola(s) se destaca(m) em cada uma destas modalidades? Por quê?
• O que vale a pena contar e/ou mostrar desta(s) escola(s)? Por quê?
• Quais são as formas de acesso a essas escolas: prova seletiva, atendimento prioritário aos(às) moradores(as) da localidade, inscrição em regional/diretoria de ensino? Outros?
• Em que época do ano é preciso tomar providências para tentar uma vaga?
Relação das fontes (que poderão ser consultadas ou entrevistadas):
Reportagens sobre resultados de IDEB no Ensino Médio, como por exemplo:
https://oeds.link/rCmzty. Acesso em: 23 ago. 2022.
b) Dados do INEP/MEC sobre a média do IDEB em nosso município ou sobre escolas nele situadas: https://oeds.link/zobZfI. Acesso em: 23 ago. 2022.
c) Entrevista com diretores(as), professores(as), alunos(as) de escola(s) de destaque em nosso município.
d)
Sites e blogs de escola(s).

FECHAMENTO/FINALIZAÇÃO
Como será encerrado o programa?
• Vinheta (se houver)
• (Re)apresentação dos(as) integrantes
• Breve citação do tema que foi debatido
• Despedida

PAUTA 2: O QUE A FAMÍLIA TEM QUE VER COM O ENSINO MÉDIO

Turma:

Integrantes:

Convidado(s):

Editores(as):

Responsável pela música:

Duração: 05min - 10min

Nome do episódio: O que a família tem que ver com o Ensino Médio

Conteúdo do episódio:
Opiniões de especialistas sobre o papel da família no sucesso escolar dos(as) estudantes. Expectativas e opiniões de familiares de estudantes da turma em relação ao Ensino Médio.

ABERTURA
Como o programa será aberto?
• Vinheta (se houver)
• Apresentação dos(as) integrantes
• Apresentação do tema
• Provocação sobre o tema

DESENVOLVIMENTO
Direcionamento da conversa, em caso de o formato ser de mesa de discussão/Direcionamento para a coleta de informação e edição do material em caso de formato de reportagem:
• Como a família pode influenciar positivamente na escolarização dos(as) estudantes?
• Que relações a família deve procurar estabelecer com a escola?
• Nossos(as) familiares passaram pelo Ensino Médio?
• Em caso negativo, por quê?
• Em caso afirmativo, como foi a experiência de escolarização?
• O que eles(as) esperam do Ensino Médio para os(as) estudantes dessa turma? O que acreditam que a escola deve oferecer? (Contemplar diferentes opiniões.)
• Que escola(s) de nossa cidade eles(as) recomendam? Por quê?
Relação das fontes (que serão consultadas ou entrevistadas):
a) Reportagens com opiniões de especialistas sobre a participação da família na escolarização.
b) Entrevistas com representantes de familiares da turma (dois ou três).

FECHAMENTO/FINALIZAÇÃO
Como será encerrado o programa?
• Vinheta (se houver)
• (Re)apresentação dos(as) integrantes
• Breve citação do tema que foi debatido
• Despedida

PAUTA 3: EXPECTATIVAS DA TURMA PARA O ENSINO MÉDIO

Turma:

Integrantes:

Convidado(s) / entrevistados:

Editores(as):

Responsável pela música:

Duração: 05 min − 10min

Nome do episódio: Expectativas da turma para o Ensino Médio

Conteúdo do episódio:
Conhecer a expectativa que os(as) jovens têm para o Ensino Médio, que desafios anteveem e como pretendem superá-los.

Como o programa será aberto?
• Vinheta (se houver)
• Apresentação dos(as) integrantes
• Apresentação do tema
• Provocação sobre o tema

DESENVOLVIMENTO
Direcionamento da conversa, em caso de o formato ser de mesa de discussão/Direcionamento para a coleta de informação e edição do material em caso de formato de reportagem:
• Quantos(as) estudantes pretendem cursar no Ensino Médio o Ensino Regular e quantos pretendem o Ensino Profissionalizante?
• O que se pretende alcançar com isso?
• Quais as escolas mais desejadas pela turma? Por quê?
• Que desafios há para estudar nela? Como é possível superá-los?
• Tendo tido a oportunidade de conhecer os principais desafios do Ensino Médio quanto à quantidade de disciplinas, atividades, leituras, que mudanças os(as) estudantes pretendem pôr em prática na última etapa do Ensino Fundamental, para se prepararem melhor para a transição ao Ensino Médio? Que apoio esperam encontrar dos(as) familiares e da escola para isso?
Relação das fontes (que serão consultadas ou entrevistadas):
a) Reportagens que apresentem opiniões de estudantes sobre a escolarização de Ensino Médio, como por exemplo:
https://oeds.link/vGIngH;
https://oeds.link/G9Q4YE.
b) Enquetes com a turma (combinar, com o apoio do(a) professor(a), a realização de enquetes
on-line, usando ferramentas disponíveis na internet, como https://oeds.link/vdINPd; https://oeds.link/U5LJxC, entre outras).

FECHAMENTO/FINALIZAÇÃO
Como será encerrado o programa?
• Vinheta (se houver)
• (Re)apresentação dos(as) integrantes
• Breve citação do tema que foi debatido
• Despedida

Glossário

Escuso
: escondido, oculto, geralmente porque é ilícito ou antiético.
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Corregedor
: juiz.
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Batel
: embarcação.
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Arrais
: condutor de uma embarcação.
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Tornar
: no contexto, devolver, restituir.
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