UNIDADE 2 Ritmo e identidade

As propostas desta unidade do seu livro foram desenvolvidas em quatro etapas, que se complementam:

Pintura. Pintura com técnica mista representando o trânsito entre a abstração e a figuração. Há um predomínio de cores vivas. Destaque para um rosto sem traços físicos, apenas um vazio bege; o cabelo é branco com linhas onduladas azuis; a camisa é composta por formas geométricas em tons de rosa, laranja e vermelho. Ao fundo, uma parede com formatos triangulares que se repetem em tons de laranja e bege.

eu SEI

Que pessoa eu sou?

Identificar a identidade e reconhecer que ela é uma construção pela cultura e pelo ambiente de vivência.

Fotografia. Um homem de nariz e lábios largos, usando boné cinza, regata branca, calça jeans, está no alto com as pernas esticadas, os braços flexionados para o lado e sorrindo.

eu vou APRENDER

Capítulo 1 – Identidade e autorretrato

identificar e explorar esse gênero da arte em diferentes perspectivas.

Capítulo 2 – Ritmo nas artes

identificar e explorar o ritmo, a pulsação e o movimento de diferentes expressões artísticas.

Fotografia. Uma menina de cabelo castanho penteado para o lado, de olhos puxados, nariz e lábios finos, usando blusa xadrez aberta e camiseta rosa, está tirando selfie com o celular, fazendo pose e sorrindo.

eu APRENDI

Desenvolver atividades de verificação, sistematização, reflexão e ampliação da aprendizagem.

Pintura. Pintura com linhas pretas finas e onduladas retratando uma mulher de cabelo curto e preto, usando vestido rosa com bolinhas, uma bolsa azul nas costas e segurando um cabo com uma trouxa branca. Ela está voando com os braços abertos. Ao fundo, há nuvens e partes de uma vegetação verde.

vamos COMPARTILHAR

Retratando pessoas

Desenvolver projeto de construção e compartilhamento de retratos de figuras humanas que se destacam na vida dos estudantes, partindo de caracterização dos aspectos da identidade e dos ritmos pessoais.

OBJETIVOS GERAIS

Possibilitar o reconhecimento do ritmo e da identidade em diferentes manifestações artísticas e identificar, construir e compartilhar retratos de figuras humanas que se destacam na vida dos estudantes.

eu SEI

Que pessoa eu sou?

Todas as pessoas são diferentes, mesmo que pertençam a uma mesma comunidade. Cada pessoa tem preferências, hábitos, ritmos, desejos e sonhos muito particulares. A identidade de cada pessoa é única, e a construção dela é influenciada pela cultura, pelas pessoas e pelo ambiente onde vivemos.

Cristina Canale nasceu em 1961 e se formou em desenho e pintura pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, na cidade do Rio de Janeiro em 1983. Na pintura Ideias e Conceitos, a artista criou um trabalho de composição utilizando as cores contrastantes e fórmas para elaborar o registro visual de uma pessoa.

  1. Com a orientação do professor, observe a imagem e, no caderno, descreva como a artista utilizou na obra:
    1. as cores;
    2. as fórmas.
  2. Com base na observação das cores e das fórmas, utilize a sua imaginação e elabore uma frase apresentando a pessoa retratada na pintura. Descreva, por exemplo:
    1. quem é ela;
    2. onde ela vive;
    3. que atividades ela pratica;
    4. quais são seus gostos e preferências.
Ícone de atividade em grupo.
Ícone de atividade oral.
  1. Com a orientação do professor, você e os colegas deverão compartilhar as frases e identificar as semelhanças e as diferenças entre as descrições elaboradas na atividade 2.
  2. Para finalizar, copie no caderno o quadro e complete com as seguintes informações:
Ícone modelo.

Cores que você utilizaria para se retratar, assim como alguns aspectos da sua personalidade.

Formas que você utilizaria para se retratar, assim como alguns aspectos da sua personalidade.

Pintura. Pintura com técnica mista representando o trânsito entre a abstração e a figuração. Há um predomínio de cores vivas. Destaque para um rosto sem traços físicos, apenas um vazio bege; o cabelo é branco com linhas onduladas azuis; a camisa é composta por formas geométricas em tons de rosa, laranja e vermelho. Ao fundo, uma parede com formatos triangulares que se repetem em tons de laranja e bege.
Ideias e conceitos, de Cristina Canale, 2014. Técnica mista sôbre tela, 100 centímetros por 80 centímetros.

eu vou APRENDER Capítulo 1

Identidade e autorretrato

Para o conjunto de características que distinguem uma pessoa da outra, dá-se o nome de identidade, e a construção dela é um processo que ocorre desde o nosso nascimento, perdurando durante toda a nossa vida.

A identidade de cada um é única, e o conceito consiste na ideia de distinção e nas diferenças que existem entre as pessoas. O nome, a história pessoal, as características físicas e o modo de pensar e de agir evidenciam a nossa identidade.

Ao longo do tempo, o retrato e o autorretrato foram utilizados como recursos importantes para a construção da memória das pessoas. Eles desempenham um importante papel na compreensão dos processos de representação e identificação das pessoas, individualmente ou em grupo.

Presente na pintura e na fotografia, o retrato é um registro individual ou em grupo elaborado com base na memória, em documentos, em fotografias ou até em modelos vivos.

A pintura de retratos no passado representava com frequência pessoas poderosas e ricas e se constituía uma importante fonte de renda para os artistas, como demonstra a obra a seguir.

Pintura. Pintura realista representando uma família real. Em primeiro plano, treze integrantes da família real representados de forma altiva e pomposa, com destaque para Maria Luísa de Parma e o rei Carlos IV ao centro. Essas pessoas da realeza são representadas com suntuosidade, pois vestem  trajes de sedas e bordados a ouro e prata. As mulheres usam joias e os homens possuem insígnias. No canto esquerdo e ao fundo, há um pintor diante de um quadro. Ao fundo da cena, há dois quadros na parede: o da esquerda é visto de forma sombreada e o da direita é visto com pontos de luz.
A Família Real de Carlos quarto, de Francisco de Goya, 1800-1801. Óleo sôbre tela, 280 centímetros por 336 centímetros.

O GÊNERO AUTORRETRATO

O autorretrato se popularizou durante o Renascimentoglossário , momento em que o ser humano se tornou o centro das preocupações. Como a fotografia só seria inventada no século dezenove, pintores eram contratados para realizar retratos das pessoas importantes.

De acordo com a artista, professora e pesquisadora Katia Canton, os artistas passaram a pintar seus próprios rostos porque desejavam que suas imagens ficassem gravadas para o futuro; gostavam de expressar aquilo que sentiam ou pensavam, por meio de suas pinturas; almejavam ser valorizados tanto como artistas, profissionais, quanto como seres humanos; e, por fim, necessitavam de um pretexto para elaborar obras de arte, treinar misturas de cores, pinceladas, contornos, texturas etc.

O primeiro artista do Renascimento a realizar uma série de autorretratos foi o alemão Albrechi Durrár (1471-1528). Seu primeiro autorretrato foi realizado em 1484. Um de seus mais famosos trabalhos é a obra Autorretrato com casaco de peles, mostrada a seguir, realizada em 1500. Nela, o artista aparece de barba e cabelos longos.

Pintura. Autorretrato realístico de Albrecht Dürer. Há pontos de luz no rosto e nas mãos. Ele usa barba e tem cabelos longos até os ombros. As sobrancelhas são finas, o nariz é comprido e os lábios são finos. Há tons em preto e marrom no fundo da imagem, nos cabelos e na vestimenta.
Autorretrato com casaco de peles, de Albrechi Durrár, 1500. Óleo sôbre madeira, 67,1 por 48,9 centímetros.
Ícone de atividade em dupla. Silhueta de duas pessoas e um balão de fala rosa.
Ícone de atividade oral.

1. Observe a obra de Albrechi Durrár. Converse com os colegas e responda: com quais outros personagens ou pessoas o autorretrato do artista se parece?

Os autorretratos de Rêmbrânt

O pintor, gravador e desenhista rembrã rármenzôn van rin (1606-1669) nasceu na Holanda e foi um artista de sucesso que marcou a história da pintura na Europa com suas obras.

O autorretrato, como vimos, é uma fórma que alguns artistas utilizaram para retratar a si mesmos. Utilizada na pintura, na literatura ou na escultura e em muitas situações, não representa a imagem real, mas como o artista se vê.

O artista holandês pintou cêrca de cem autorretratos em diferentes fases da vida, da juventude até a velhice. Dizia ele: “Quererão saber que espécie de pessoa fui eu”.

Em seus autorretratos é interessante perceber que não foi só a imagem do modêlo, ou seja, do próprio Rêmbrânt, que mudou, mas também seu modo de pintar foi se transformando.

Pintura. Um dos autorretratos realísticos de Rembrandt van Rijn. Em tons escuros de marrom e bege, destaque para um homem em plano médio de cabelo encaracolado na altura do pescoço, de sobrancelhas finas, nariz e lábios pequenos; ele está de frente com o rosto inclinado para o lado e sorrindo.
Autorretrato quando jovem, de rembrã van rin, 1628. Óleo sôbre painel, 15,5 centímetros por 12,7 centímetros.
Pintura. Um dos autorretratos realísticos de Rembrandt van Rijn. Em tons escuros de marrom e bege, destaque para um homem em plano médio de cabelo liso na altura do pescoço, de sobrancelhas finas, nariz e lábios pequenos; ele está de frente com o rosto inclinado para o lado e sorrindo.
Rêmbrânt rindo, de rembrã van rin, cêrca de 1629. Óleo sôbre cobre, 22,2 centímetros por 17,1 centímetros.
Pintura. Um dos autorretratos realísticos de Rembrandt van Rijn. Em tons de preto, marrom e bege, um homem em plano médio apresenta cabelo encaracolado e curto, de bigode curto, sobrancelhas finas, nariz redondo e lábios finos. Ele usa chapéu e roupa escura.
Autorretrato com chapéu e duas correntes, de rembrã van rin, 1642. Óleo sôbre tela, 72 centímetros por 54,8 centímetros.
Pintura. Um dos autorretratos realísticos de Rembrandt van Rijn. Em tons de preto, marrom, bege e cinza, um homem em plano médio apresenta cabelo ondulado e grisalho, de sobrancelhas finas, nariz redondo e lábios finos, usando chapéu e casaco. Seu rosto está levemente inclinado para a direita.
Autorretrato, de rembrã van rin, 1669. Óleo sôbre tela, 65,4 centímetros por 60,2 centímetros.

Os trabalhos iniciais apresentam detalhes realistas e minuciosos, feitos com pinceladas finas e precisas. Já no seu autorretrato de 1669, notamos pinceladas mais soltas e grossas. Veja os dois últimos autorretratos do pintor. Eles foram feitos em períodos diferentes da vida de Rêmbrânt, um quando o artista tinha 31 anos e outro realizado no ano de sua morte, aos 63 anos.

  1. Mencione pêlo menos duas diferenças que você percebe entre os autorretratos de Rêmbrânt.
  2. Com base nas pinturas, você acredita que Rêmbrânt mudou muito no decorrer dos anos?
  3. Pense em seus pais e avós. Se possível, observe fotografias deles mais jovens e identifique as mudanças que mais chamam a sua atenção. Se não houver fotografias disponíveis, converse com eles e peça que mencionem as mudanças mais importantes que eles percebem em seu aspecto físico.
Autorretrato e emoções

Além de refletir a imagem externa do artista, o autorretrato também pode expressar diferentes emoções, expressões e sensibilidades. Veja este outro autorretrato de Rêmbrânt, que foi desenhado a partir do reflexo dele em um espêlho.

Ícone de atividade em dupla.

5. Observem e descrevam a expressão transmitida na imagem retratada.

Ícone de atividade oral.

6. Expliquem as respostas citando elementos da pintura que levaram vocês a identificar as expressões evidenciadas.

Gravura. Gravura feita em linhas pretas, finas e onduladas retratando um homem de cabelos encaracolados e curtos, de sobrancelhas finas, nariz redondo, boca entreaberta, olhos arregalados e sobrancelhas arqueadas.
Rêmbrânt de olhos arregalados, de rembrã van rin, 1630. Gravura, 50 milímetros por 45 milímetros.
Autorretrato de Frida Kahlo

O autorretrato também pode expressar elementos da cultura do país ou região em que o artista vive, como o autorretrato da artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954), cujos elementos formam a interpretação da artista sôbre sua própria cultura.

Ícone de atividade oral.

7. Em seu diário, Frida escreveu que cada cor usada em seus quadros tem um significado. Faça como a artista, escolha três cores e descreva o significado de cada uma delas para você.

Muitos autorretratos podem ser observados na vasta obra de Frida. Ela registrou momentos difíceis de sua vida, como as consequências de um grave acidente sofrido aos 18 anos e os vários meses em que ela passou em repouso para se recuperar das lesões. Sua mãe pendurou um espêlho acima de sua cama e Frida passou a pintar a si mesma olhando-se no espêlho.

Apesar das tragédias que marcaram sua vida e das adversidades que a artista enfrentou, ela foi uma mulher dinâmica, ativa e engajada cultural e politicamente. 

Pintura. Autorretrato de Frida Kahlo. No centro de uma moldura vermelha, destaque para o busto de mulher de cabelo preto penteado para trás com um enfeite amarelo em cima. Ela tem monocelha grossa, lábios vermelhos. Usa blusa verde em detalhes brancos e é vista de frente. Ao redor, há flores lilases, vermelhas e asas amarelas.
A moldura (autorretrato), de Frida Kahlo, 1938. Óleo sôbre alumínio e vidro, 28,5 centímetros por 20,7 centímetros.
  1. Com a orientação do professor, investigue em livros, revistas ou na internet exemplos das obras de Frida Kahlo nas quais ela retrata:
    1. as dores e os sofrimentos ocasionados pêlo grave acidente de que foi vítima;
    2. a forte personalidade e o ativismo cultural e político dela.

VAMOS FAZER

Desenhando um autorretrato

Ao ficar impossibilitada de levantar-se da cama, Frida Kahlo passou a usar um espêlho para realizar autorretratos. Assim como Frida, faça um autorretrato utilizando um espêlho. Depois de o desenho estar pronto, pinte e caraterize seu retrato para ficar bem colorido como a obra de Frida. Você poderá também criar um fundo para o seu autorretrato destacando uma paisagem do lugar onde você vive ou outra do território brasileiro.

Ilustração. Destaque para uma mão segurando um espelho com formato de coração; no reflexo do espelho há um rosto com cabelo ondulado preto, sobrancelhas finas, nariz comprido e lábios finos.

Material

  • Lápis grafite.
  • Lápis de côr.
  • Canetas hidrocor de cores variadas.
  • Giz de cera de cores variadas.
  • Tesoura com pontas arredondadas.
  • Cola branca.
  • Folhas de papel sulfite ou vergê.
  • Pedaços de papéis coloridos.
  • espêlho médio.

Continua

Continuação

Como fazer

  1. Inicie a atividade planejando na folha a elaboração do seu autorretrato. Para isso, selecione o espaço onde você pretende desenhar o autorretrato e o fundo da imagem.
  2. Olhe-se no espêlho com bastante atenção. Repare no formato do seu rosto, nos seus cabelos, no desenho do seu nariz, no seu olhar, na côr da sua pele.
  3. Agora, comece a se desenhar. Primeiro, faça um desenho com o formato do seu rosto. Adicione os olhos, o nariz, a boca, as orelhas e o cabelo. Observe a sequência de desenhos com algumas dicas.
Ilustração. Da esquerda para a direita quatro imagens de esboço do busto de um menino, nas quais gradativamente os olhos, o nariz, e a boca são desenhados. Ao final, há imagem do menino finalizada e colorizada. Ilustração. Da esquerda para a direita quatro imagens de esboço do busto de uma menina, nas quais gradativamente os olhos, o nariz, e a boca são desenhados. Ao final, há imagem da menina finalizada e colorizada.
  1. Pinte seu autorretrato com os materiais que você tiver disponíveis.
  2. Elabore o fundo com os materiais artísticos ou faça uma colagem de papéis bem colorida. Outra sugestão é desenhar no fundo do retrato. Você pode se desenhar em qualquer lugar, ou seja, por meio do desenho poderá estar em qualquer lugar que desejar.
  3. Por fim, com a turma toda, organize uma exposição dos autorretratos e convide colegas de outras turmas para apreciarem os trabalhos.
Autorretrato no decorrer do século vinte

Com o desenvolvimento de diferentes movimentos artísticos no decorrer do século vinte, os artistas desprenderam-se da ideia de representar a realidade tal como observada e encontraram mais liberdade para realizar seus autorretratos. A arte propiciou outras possibilidades de expressão. Para fazer seu autorretrato, o artista alemão cal chimít rótluf (1884-1976) foi buscar inspiração na arte africana. Observe que o rosto do artista foi trabalhado de maneira a ressaltar seus ângulos e detalhes marcantes do rosto.

Pintura. Autorretrato em xilogravura. Imagem em preto e branco com linhas verticais, horizontais e inclinadas, destaque para o busto um homem de cabelo curto, sobrancelhas finas, nariz comprido, orelhas redondas, lábios grossos e queixo grande.
Autorretrato, de cal chimít rótluf, 1914. Xilogravura sôbre papel, 36 centímetros por 29,5 centímetros.
Pintura. A pintura apresenta pinceladas de formas geométricas e tons coloridos de laranja, amarelo, azul, preto, vermelho. Em plano médio, um homem idoso de cabelo curto penteado para cima, de sobrancelhas grossas, nariz comprido, boca fina; abaixo há duas mãos e, na esquerda, há um pincel com tinta.
Autorretrato, de Flávio de Carvalho, 1965. Óleo sôbre tela, 90 centímetros por 67 centímetros.

Na contemporaneidade, os artistas passaram a fazer autorretratos das fórmas mais diferentes possíveis e até “brincar” com a própria imagem. Agora, observe o autorretrato realizado pêlo artista brasileiro Flávio de Carvalho (1899-1973). A pintura não parece uma fotografia ou um retrato convencional, como os autorretratos de Rêmbrânt que vimos anteriormente, mas busca capturar e expressar, entre outras coisas, traços da identidade e da personalidade do artista.

Para fazer seu autorretrato, o artista brasileiro Alex Flemin (1954-) utilizou a fotografia em vidro e a pintura e colagem sôbre tela. Na imagem 1, ele está vestindo terno e gravata e parece muito sério. Para complementar o autorretrato, flêmin recobriu sua imagem com um poema escrito pêlo poeta, jornalista e teatrólogo Gonçalves Dias (1823-1864). Na imagem 2, o artista utilizou novamente a imagem dele e textos em seu trabalho.

Fotografia. Destaque para uma fotografia em vidro retratando um homem em plano médio. A imagem foi recoberta com um poema de Gonçalves Dias. O homem retratado tem cabelo curto penteado para cima e usa camisa branca, gravata e terno escuros.
Autorretrato, de Alex Flemin, 1998. Fotografia em vidro, 175 centímetros por 152 centímetros.
Pintura. Acrílica e colagem de cartões de plástico coloridos sobre tela. Quatro quadrados são divididos por uma moldura marrom com letras coloridas; nos centros dos quadrados, há um desenho com linhas finas de um rosto de homem de cabelo curto, sobrancelhas finas, nariz redondo e lábios finos. O fundo dos quadrados é laranja, azul, roxo e amarelo.
dê uôrold óv américan ecsprés (O mundo do Expresso Americano), de Alex Flemin, 2001. Acrílica e colagem de cartões de plástico sôbre tela, 90 centímetros pôr 90 centímetros.
Observe novamente os autorretratos reproduzidos ao longo deste capítulo.

1. Escolha um deles (pode ser o autorretrato de que você mais gostou ou do qual não gostou muito) e pense em motivos para justificar sua escolha.

Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em dupla.

2. Depois, reúna-se em grupo com os colegas. Discutam suas escolhas e troquem ideias, explicando suas opiniões a respeito das obras. Lembrem-se de sempre respeitar a opinião dos colegas.

ARTE E HISTÓRIA

Fotografia e autorretrato

Como vimos, o autorretrato é um exercício em que o artista busca se descobrir ou se identificar. Para isso, diferentes técnicas são utilizadas na elaboração dessas imagens. Leia o texto sôbre as primeiras técnicas empregadas e as fotografias que retrataram figuras humanas.

reticências

Antes da consolidação do retrato como algo popular, o homem obtinha acesso à própria imagem apenas através do espêlho ou da pintura, recurso limitado aos aristocratas. Seu domínio público se dá no século 19. Em 1838, Luí Daguérre capturava com seu daguerreótipo a primeira imagem humana (um homem tendo seus sapatos engraxados), na famosa fotografia do bulevár du tâmple, em Paris.

Fotografia. Imagem em preto e branco em formato quadrado retratando a primeira imagem humana em fotografia. Vista de cima de uma rua larga com árvores e postes nas laterais; ao redor há alguns edifícios baixos. Destaque em zoom para a silhueta de um homem com o corpo inclinado e de outra pessoa à sua frente.
Luí Daguérre tirou de sua sacada o que provavelmente é o primeiro registro de seres humanos em fotografia. A imagem mostra silhuetas de homem com o corpo inclinado e de outra pessoa que provavelmente engraxava os sapatos dele.

Continua

Continuação

No ano seguinte, outro pioneiro da fotografia, o químico norte-americano Robert Cornelius, fotografava a própria imagem através de um daguerreótipo aperfeiçoado. O feito originou o primeiro retrato bem-sucedido de um ser humano, na América. Para reduzir o tempo de exposição, Cornelius optou por fotografar do lado de fóra de sua casa, com luz natural. Depois, colocou a câmera num suporte firme e removeu a tampa da lente, permaneceu parado por alguns minutos, e depois a colocou de volta. A obra, que hoje faz parte da coleção da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, é reconhecida como o primeiro autorretrato fotográfico – a primeira céufí – e o ato foi reproduzido ao longo dos anos, tanto pelos grandes nomes da fotografia contemporânea como pelos anônimos.

reticências

SOUZA, Olívia de. Imagem: do autorretrato às céufis. Continente/Arquivo, 1º fevereiro 2015. Disponível em: https://oeds.link/bbL2FG. Acesso em: 29 abril 2022.

  1. O texto cita um equipamento utilizado para produzir imagens fotográficas no passado. Qual é o nome e a história dêsse equipamento? Para responder à pergunta, elabore uma pesquisa em livros, revista ou na internet. Compartilhe os resultados da pesquisa com os colegas de sala.
  2. Agora é a sua vez de fazer um autorretrato fotográfico. Para isso, deverá produzir uma selfie. Você certamente já fez algumas na sua vida, não é mesmo? Porém, desta vez, deverá elaborar uma selfie que apresente elementos que retratem quem é você. Para realizar a atividade, siga as orientações:
    1. pense no recurso necessário para a produção, que pode ser a câmera disponível em um smartphone;
    2. planeje em que lugar você gostaria de estar, usando quais roupas;
    3. capriche na expressão e pôsi e não se esqueça do tema proposto. Planeje a imagem partindo da proposta de se autorretratar; então, exagere na expressão para evidenciar as características que você gostaria de retratar;
    4. aproveite para experimentar diversas pôses, acessórios variados e diferentes ângulos para as imagens e escolha a selfie que mais lhe agradou;
    5. procure motivos que justifiquem sua escolha. Traga a selfie para a sala de aula e compartilhe com os colegas.

eu vou APRENDER Capítulo 2

Ritmo nas artes

Parte de nossa identidade se expressa por meio do ritmo. Cada um de nós apresenta um ritmo próprio. O ritmo está em muitas coisas: na pulsação glossário do coração, na inspiração e na expiração na respiração, no tempo da gestação de um bebê, na sucessão do dia e da noite, nas fases da Lua, no movimento das ondas do mar, entre outras.

A natureza apresenta ciclos, mas quem os reconhece como ritmos é o ser humano. O ser humano pode reconhecer os ritmos na natureza e os reproduzir na pintura.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

No ritmo das artes

Locutor: No ritmo das artes.

Som do coração pulsando

Locutor: Coloque a mão no pulso e tente sentir a batida do seu coração.

Agora inspire, expire e, perceba, o ritmo está aí. Está também na sucessão do dia e da noite, no movimento das ondas do mar.

Som das ondas do mar

Locutor: O ser humano pode reconhecer esses ritmos na natureza, no trabalho que executa, nas tarefas do dia a dia, até nas horas de descanso, aproveitando uma atividade relaxante. E é comum reproduzir esses ritmos nas artes. É o caso, por exemplo, da pintura.

Tente observar a obra A noite estrelada, de Vincent van Gogh, de 1889. Veja como a forma das pinceladas na tela dão sensação de ritmo e de movimento à paisagem. Mais recente, o quadro Zebra, de 1937, do artista plástico Victor Vasarely, considerado precursor da Op Art, dá a sensação de dinamismo, velocidade.

Som de crianças brincando

Locutor: Outro exemplo, agora brasileiro, é a obra Parque das crianças, produzida por Helena Coelho. É possível perceber crianças desenvolvendo diferentes atividades, cada uma no seu ritmo.

Vinheta musical

Locutor: Passemos para a música. Temos a impressão de que o ritmo é algo inato ao ser humano. E não é só uma impressão. O corpo se expressa com movimentos. O caminhar tem um ritmo, uma direção, o olhar também. Na arte musical, ritmo é a organização de sons e silêncios, e o ritmo musical é determinado pela duração das notas musicais e das pausas, que são os intervalos sem som. O ritmo é um arranjo musical que diferencia um estilo musical de outro. Em cada região do Brasil, há diversos ritmos musicais. Encontramos pessoas ouvindo, cantando, dançando ou mesmo tocando canções de matrizes indígenas, africanas, europeias ou estadunidenses, por exemplo. Isso tudo faz parte da construção de nossa identidade cultural.

Você já ouviu falar, por exemplo, da Catira?

Música – Catira com palmas e batidas de pé

Locutor: Na dança, no teatro, no cinema, no circo, percebemos a construção de um ritmo coletivo. Bailarinos afinam suas atuações para que o conjunto da apresentação seja harmonioso e vibrante para chamar a atenção do espectador. No teatro, há o que chamamos de “o tempo da comédia”: as falas seguem um determinado ritmo para que o público seja surpreendido com a piada. No cinema, os ritmos da cena, das falas, da exibição da paisagem, da trilha sonora, de um close estratégico formam a coluna dorsal de um filme.

Quais ritmos fazem parte do seu dia a dia? E nas práticas artísticas?

Que tal experimentar o ritmo das artes na sua escola?

Locutor: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound, exceto o pequeno trecho da música “Gavião Conquistador”, de autoria de Zé Mulato, presente no álbum “Os reis da catira”, de Galvão e Galvãozinho.

pulsação: o batimento constante e regular que se repete ao longo da música.

Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em dupla.

1. Observem a pintura e destaquem os elementos da natureza presentes na obra.

Pintura. Há predominantemente formas curvilíneas e pinceladas espirais ritmadas em tons de verde, azul e amarelo. A imagem apresenta um vilarejo visto durante a noite, com destaque para o céu, as estrelas e a lua. O vilarejo aparece na parte inferior direita do quadro e é composto por linhas retas horizontais, verticais e inclinadas. Ao lado dele, do canto inferior direito da imagem até o topo dela, há um cipreste verde em linhas onduladas, dividindo a cena na vertical. Na parte superior da pintura, destaca-se o céu com linhas espirais em sentido horário. Uma linha ondulada grossa e azul escura, que corta a imagem na horizontal, separa o céu das montanhas e do vilarejo.
A noite estrelada, de víncent van gógui, 1889. Óleo sôbre tela, 73 centímetros por 92 centímetros.

A noite estrelada foi pintada por víncent van gógui em 1889. Quem a observa pode sentir-se fascinado por sua coloração intensa, pela lua brilhante ou pelo céu estrelado repleto de movimento. As espirais se destacam neste quadro. As rápidas pinceladas produzidas pelo artista na obra dão a sensação de movimento e ritmo ao céu.

Pintura. Zoom para o céu estrelado e representado com as formas curvilíneas e pinceladas espirais ritmadas em tons de verde, azul e amarelo.
A noite estrelada (1889), óleo sôbre tela, 73 centímetros por 92 centímetros. (detalhe)
  1. Com a orientação do professor:
    1. investiguem em livros, revistas ou na internet outras pinturas que retratem o ritmo da natureza.
    2. registrem no caderno as informações encontradas ou façam outros registros, conforme a orientação do professor;
    3. compartilhem os resultados da investigação com os colegas de sala.

Os movimentos e os ritmos das ações cotidianas podem ser evidenciados em outras manifestações artísticas, como na dança, no teatro ou na música, nas quais o revezamento entre movimento e pausa ou entre som e silêncio é que compõe o ritmo.

O RITMO E O TEMPO

O ritmo de todos os seres vivos se relaciona com o tempo. Existe o tempo natural dos seres humanos de nascer, de crescer, de aprender e se desenvolver e até de morrer.

Pintura. Em destaque, há uma jovem mulher nua, de pele extremamente branca e olhando-se em um espelho. À sua direita, há uma mulher idosa e uma criança. À sua esquerda, um ser esquelético, de cabelos grisalhos segura um véu transparente que passa pelo corpo da jovem e pela criança e segura ainda uma ampulheta vermelha acima da cabeça da jovem. A representação da jovem destaca-se dos demais, pois é a única que apresenta corpo em cor branca; as demais são retratadas em tons de amarelo. Há um contraste entre o corpo da jovem bem delineado e o do ser esquelético com dilacerações na pele.
As três idades da mulher e a morte, de Rans baldung Grien, cêrca de 1510. Óleo sôbre tela, 48 centímetros por 32,5 centímetros.
Pintura. Em um fundo cinza escuro, há dois grupos contrastantes. Do lado esquerdo da pintura, em cores frias e sombrias, há a cabeça de um esqueleto vestindo uma túnica azul estampada com cruzes negras e segurando um cetro vermelho. Em oposição a isso, do outro lado da pintura, há um grupo de pessoas entrelaçadas representadas com tons de cores vivas e vibrantes, formando um conjunto oval. As duas imagens opostas apresentam contornos delineados de forma que, se aproximadas, elas se encaixariam perfeitamente.
A vida e a morte, de gústaf climt, 1916. Óleo sôbre tela, 178 centímetros por 198 centímetros.
Ícone de atividade oral.

3. Observe as duas imagens e descreva as semelhanças que existem entre elas e a relação tempo e ritmo da vida.

O ritmo de cada pessoa

O ritmo é parte de todo ser humano. Nas crianças, o ritmo costuma ser mais ágil e veloz fisicamente. Geralmente, isso vai se modificando no decorrer do tempo, ao longo da vida, até que, na velhice, em geral, as ações se tornam mais lentas.

Todas as pessoas possuem um ritmo, uma pulsação, uma maneira própria de respiração, mesmo que não percebam isso. Cada pessoa tem uma velocidade (rápida ou lenta) característica, contínua no agir, no falar, no pensar.

Numa mesma família podem coexistir muitos ritmos: um membro é mais veloz fisicamente, necessitando de menos repouso; outro é mais lento para resolver certas questões e um terceiro prefere menos ação, e assim por diante.

Composição de ilustração com fotografia. Na horizontal, há a silhueta de um homem representado em oito fases da vida, da infância à velhice. Acima da pessoa idosa há um lápis sobreposto.
  1. Reflita sôbre seu “jeito de ser”, sôbre seu ritmo e responda às questões no caderno.
    1. Você considera seu ritmo lento ou rápido?
    2. Quando você está estudando, precisa fazer poucas ou muitas pausas? Quais pausas acontecem em seu dia a dia?
    3. Se você está descansando, precisa de mais estímulos ou prefere ficar mais imóvel? Quais são os pontos de interêsse que atraem sua atenção e fazem você “se mexer” no dia a dia?
  2. Observe o cotidiano das pessoas com quem você convive. Elas têm os mesmos hábitos de descanso que você? Os seus pontos de interêsse também fazem essas pessoas “se mexerem”?
  3. Com o passar dos anos precisamos de mais ou de menos “pausas” e “estímulos”? Por quê?
Ritmo e identidade

Cada ser humano apresenta um ritmo próprio relacionado com um conjunto de gestos, de pensamentos e de emoções característico. O ritmo pessoal marca a identidade de uma pessoa, que, nos ambientes em que ela frequenta, apresenta distintos comportamentos. O ritmo pessoal está sempre em diálogo com o ritmo de outras pessoas em espaços e situações que envolvem o coletivo.

A pintura naïf é uma manifestação artística popular e espontânea que constantemente apresenta imagens coloridas, com elementos simples que retratam temas do cotidiano e manifestações da cultura popular. Os artistas não possuem uma formação convencional para exercer esse ofício, não tendo frequentado cursos de arte. A pintora Helena Coelho, que nasceu no Rio de Janeiro, retratou crianças em um parque. Na imagem, cada criança está desenvolvendo várias atividades em ritmos diferentes.

Pintura. Parque para crianças representado com cores quentes e vibrantes. No centro, há uma faixa onde as crianças correm e andam de patinete e bicicleta. Abaixo, há um grupo de crianças brincando de roda, de bambolê, de boneca e de bolinha de gude. Acima da pista, há algumas crianças jogando bola e soltando pipa perto de algumas árvores. Ao fundo, há um rio e, do outro lado, algumas casas.
Parque das crianças, de Helena Coelho, 2009. Acrílico sôbre tela, 30 centímetros por 40 centímetros.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em dupla.
  1. Observem a obra e identifiquem as crianças que, na opinião de vocês, estão desenvolvendo atividades em ritmo mais lento ou mais rápido.
  2. Citem outras possíveis atividades que vocês desenvolveriam em um parque, como o da ilustração, e destaquem também o ritmo que vocês utilizariam para a prática.

Em uma situação de lazer no mesmo local, como a da ilustração, cada pessoa apresenta seu ritmo pessoal. É na relação entre o local, o tempo, o compasso e a velocidade de diferentes pessoas e situações que se gera um ritmo coletivo.

Numa mesma turma, há aqueles que são mais lentos e aqueles mais acelerados, mas são os prazos, o calendário escolar, que ordenam como será o andamento das atividades, quando acontecerão as provas, entre outras propostas coletivas.

O ritmo é também relacionado à origem das pessoas, ao local onde vivem, às atividades que desenvolvem e aos costumes e à cultura. Cada povo ou grupo, em cada região ou lugar, diferencia-se também pelos seus ritmos. Por exemplo, alguém que vive na zona rural tem um ritmo diferente de alguém que vive numa grande cidade.

Pintura. Uma horta representada em plano geral e com tons predominantes de verde, marrom, laranja e vermelho. Dividindo horizontalmente a imagem há uma cerca de madeira com uma abertura no meio. Em primeiro plano, abaixo da cerca, há pessoas cuidando da plantação, organizada em diferentes canteiros, cada um com um tipo de alimento. Próximo à plantação, há uma criança segurando balões coloridos e uma mulher com vestido vermelho. Na parte inferior da tela, abaixo da horta, há flores coloridas. Acima da cerca, em segundo plano, há algumas casas e árvores com folhagens verdes e lilás. Ao fundo, vegetação verde.
Trabalhando na horta, Edna de Araraquara, 2021. Acrílico sôbre tela, 40 centímetros por 60 centímetros.
Pintura. Com linhas predominantemente retas verticais e horizontais, há a vista de um ambiente urbano. Na parte inferior, uma rodovia com carros, caminhões e ônibus; sobre ela, há uma ferrovia por onde passa um trem cinza com janelas azuis. Ao fundo, há prédios retangulares, altos e largos e coloridos.
Caminho do trem, Cristiano Sidoti, 2021. Óleo sôbre tela, 40 centímetros por 60 centímetros.
Ícone de atividade oral.
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9. Observem e elaborem legendas para as pinturas descrevendo como vocês acreditam que é o ritmo de vida nos lugares retratados nelas.

Conviver em família, estudar em uma escola, viver em cidade e frequentar diferentes ambientes ou, simplesmente, ser um habitante no planeta Terra exige a coexistência e o equilíbrio entre um ritmo pessoal e um ritmo coletivo.

RITMO NO TRABALHO

Em uma sociedade ou comunidade, cada integrante contribui com seu ritmo pessoal e também com o ritmo dos trabalhos que exerce. Cada atividade profissional apresenta um ritmo relacionado com o período que ocorre ou até com o tempo necessário para a sua execução.

Muitos profissionais exercem trabalhos que precisam ser realizados em todos os períodos do dia, mesmo durante a noite, enquanto a maioria das pessoas está dormindo, como médicos e enfermeiros, bombeiros, policiais, vigias, entre outros. Boa parte das tarefas praticadas por trabalhadores apresenta um tempo necessário para a sua execução. Algumas pedem um repouso no seu desenrolar, como o tempo dedicado a deixar a pasta que será utilizada pêlo oleiro na elaboração de uma peça de cerâmica.

Para marcar os ritmos de deter­minadas atividades profissionais, foram criados os cantos de trabalho. Presentes na cultura brasileira desde o século 18, são expressões musicais relacionadas às atividades laborais tanto no ambiente rural quanto no urbano.

Na maioria das vezes são práticas coletivas, que podem cumprir funções diferenciadas, de acôrdo com as características dos trabalhos relacionados e com os padrões culturais de cada localidade. Normalmente são utilizados para aliviar o desgaste físico e aumentar a produtividade, mas também podem ser um modo de externar o lamento e a crítica dos trabalhadores.

Fotografia. Destaque para duas mãos manipulando um vaso de cerâmica em produção.
Mãos de ceramista elaborando um vaso, em Cunha. São Paulo, 2021.

Em muitas comunidades ainda perdura o hábito de cantar e dançar durante a execução de trabalhos rítmicos em equipe, como as lavadeiras lavando roupas na beira do rio; quebradeiras de coco; coletores de banana, cana-de-açúcar, mandioca ou cacau; pedreiros num mutirão para construir uma casa. O ritmo coletivo da canção de trabalho se transforma então em complemento ao trabalho, orientando a mútua colaboração, em uma tarefa que só poderia ser feita em equipe.

Fotografia. Sete mulheres em pé, usando camisetas brancas ou amarelas e saias coloridas; algumas seguram machados pequenos; a que aparece em primeiro plano segura um cesto redondo e bege. Ao fundo, há árvores verdes.
Grupo de cantos de trabalho das Quebradeiras de Coco Babaçu. Maranhão, 2016. O grupo é formado por trabalhadoras do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins.
Fotografia. Seis mulheres usando camiseta branca e saias coloridas estão entre uma plantação de folhas marrons; elas estão sorrindo. Ao fundo, há algumas árvores.
Grupo de cantos de trabalho das Cantadeiras do Sisal, em Valente. Bahia, 2015.

Um canto de trabalho conhecido por muitos de nós é Escravos de Jó, que já foi gravado por cantores brasileiros como Clementina de Jesus (1901-1987) e Milton Nascimento (1942-). Outro canto de trabalho que merece destaque é Leva eu, saudade, das Destaladeiras de Fumo de Arapiraca (Alagoas), gravado por Renata Rosa (1973-), atriz e cantora brasileira, presente no álbum Manto dos sonhos, de 2008.

Em 2007, a Companhia Cabelo de Maria, de São Paulo (São Paulo),lançou o espetáculo cênico musical e o cedê Cantos de trabalho criando arranjos para os cantos de trabalho tradicionais de vários ofícios, contando com as vozes das cantoras Renata Mattar, Lucilene Silva e Ceumar. Em 2018, houve o lançamento de um segundo álbum, chamado Cantos de trabalho dois.

Fotografia. Cinco mulheres perfiladas e sorrindo; todas estão em pé e quatro delas seguram um cesto redondo cheio de flores. Ao centro, há uma mulher usando vestido branco e sorrindo, enquanto as demais cantam.
Companhia Cabelo de Maria. Cantos de Trabalho em um show na cidade de São Paulo. São Paulo, 2007.

10. Com a orientação do professor, pesquise em livros ou na internet textos, vídeos e imagens que retratem cantos de trabalho e compartilhe com os colegas de sala.

Ícone de atividade oral.

11. Procure identificar nesses cantos algumas características do ritmo do trabalho feito por essas pessoas: É lento? É compassado? É forte? Troque ideias com os colegas a respeito disso.

Para ampliar

Vídeo do Festival Corpo Palavra – Cantos de trabalho dois, com a Companhia Cabelo de Maria. Disponível em: https://oeds.link/rM58pg. Acesso em: 12 junho 2022. O espetáculo, com direção geral de Renata Mattar, é resultado de 20 anos de pesquisa sôbre cantos de trabalho.

O RITMO NAS ARTES VISUAIS

Nas artes visuais, o ritmo pode ser estabelecido pêlas diferentes maneiras de ordenar os elementos de uma composição.

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12. Observem a obra do artista holandês Piête Môndrian (1872-1944) e, na sequência, leiam um texto que descreve a pintura.

Pintura. Pintura abstrata em que predominam as cores quentes. A obra é formada por quadrados amarelos, vermelhos, azuis e brancos que são dispostos em linhas retas horizontais e verticais construindo, assim, formas geométricas ritmadas, como o quadrado e o retângulo.
bróduei búgui uúguí, de Piête Môndrian, 1942-1943. Óleo sôbre tela, 127 centímetros por 127 centímetros.

Fugindo da Europa destroçada pela guerra, môndrian se mudou para Nova iórque em 1940 e, em sua primeira noite ali, foi apresentado à música boogie-woogieglossário da bróduei. Em resposta ele pintou esse quadro, que reflete a malha urbanaglossário de manrátam – sugerindo as ruas, o trânsito movimentado e os luminosos – e a música que ele adorou dançar. reticências

môndrian usou quadrados coloridos para as divisões, criando uma energia que foi diretamente inspirada pela vitalidade que ele descobriu em Nova iórque. A distribuição de quadrados em cores vivas nas áreas limitadas pelas linhas amarelas transmite o ritmo variado da vida na agitação da cidade, e os minúsculos blocos de côr criam um ritmo pulsante, dinâmico – uma vibração ópticaglossário que sugere movimento.

róge, susí. Breve história da arte: um guia de bolso dos principais movimentos, obras, temas e técnicas. São Paulo: Gustavo Gili, 2018. página 39.

Ícone de atividade em grupo.
  1. Após a leitura, com a orientação do professor, citem:
    1. os elementos que se destacam na pintura;
    2. o que motivou o artista a criar a obra.
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14. Para vocês a obra sugere vitalidade e movimento? Expliquem as suas respostas.

Ritmo nas artes e linguagens visuais

Nas artes visuais, o ritmo pode ser utilizado para expressar a sensação de movimento. O ritmo pode ser definido como um padrão de repetição que estabelece a ordenação de elementos, linhas, fórmas, cores, entre outros. Observe a seguir alguns exemplos de como esses ritmos se apresentam em uma composição:

Ritmo regular

O ritmo de uma composição é regular quando apresenta figuras iguais, que se repetem da mesma fórma e com o mesmo intervalo de espaço entre elas, assim como na imagem reproduzida.

Ilustração. 10 quadrados vermelhos dispostos horizontalmente. Entre eles, há um espaço branco.

Ritmo crescente

Na imagem, o ritmo crescente apresenta a mesma figura geométrica, mas com tamanhos diferentes que vão aumentando.

Ilustração. 13 quadrados vermelhos dispostos horizontalmente; eles vão crescendo progressivamente da esquerda para a direita.

Ritmo decrescente

O ritmo é decrescente quando elementos da composição são iguais e se repetem sempre da mesma fórma, mas vão diminuindo de tamanho.

Ilustração. 13 quadrados vermelhos dispostos horizontalmente; eles vão diminuindo progressivamente da esquerda para a direita.

Ritmo progressivo

O ritmo progressivo apresenta um aumento gradual de um ou mais elementos de uma composição.

Ilustração. 9 retângulos vermelhos dispostos horizontalmente; eles vão ficando mais grossos da esquerda para a direita e o espaço branco entre eles também é gradativo.
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15. Observem, a seguir, uma obra em que as figuras geométricas se repetem de maneira ordenada. Dependendo do ponto de vista, cite como o ritmo desta imagem pode ser classificado.

Pintura. Quatro quadrados pretos dispostos na diagonal em um fundo cinza. Eles vão ficando maiores da parte inferior para a superior. Ao fundo, em tons de cinza, há quadrados que vão aumentando de tamanho.
Composição aritmética, de têo fon dochbur , cêrca de 1929-1930. Óleo sôbre tela, 101 centímetros por 101 centímetros.

VAMOS FAZER

Colagem com ritmo

Ilustração. Um menino de cabelo castanho penteado para o lado, usando óculos redondos, camisa verde, tênis azul, está sentado no chão com as pernas cruzadas e segura uma tesoura e uma bolinha amarela; no chão há diversos papéis coloridos.

Agora vocês vão escolher um ritmo, entre os que estudamos no capítulo, para criar uma colagem.

Material

  • Folhas de papel sulfite.
  • Lápis grafite.
  • Lápis de côr.
  • Cartolina branca.
  • Papel colorset de várias cores.
  • Tesoura com as pontas arredondadas.
  • Cola branca.
  • Régua, compasso e esquadros.

Continua

Continuação

Como fazer

  1. Em uma folha de papel sulfite, desenhe uma composição com figuras geométricas, definindo um dos ritmos estudados. Você pode usar mais de uma figura geométrica, caso o ritmo escolhido seja alternado.
  2. Em seguida, escolha no máximo três cores e pinte a composição. Atenção: lembre-se de que você deverá criar um padrão rítmico; então, as cores também devem seguir esse padrão, de acôrdo com o ritmo escolhido.
  3. córte a cartolina branca ao meio.
  4. Desenhe várias figuras geométricas nos papéis color set, conforme o desenho realizado anteriormente. Se você escolheu trabalhar com ritmo crescente ou decrescente, deverá recortar figuras geométricas em vários tamanhos.
  5. Em seguida, recorte as figuras desenhadas no papel color set e cole-as na cartolina, de acôrdo com o ritmo escolhido.
  6. Ao final, exponha as colagens no mural da sala de aula para que todos possam conhecer os trabalhos realizados pela turma.
Fotografia. Uma menina de cabelo castanho penteado para trás, usando blusa xadrez aberta e camiseta branca, está sentada à mesa e com as mãos apoiadas sobre diversos papéis coloridos. Ao lado, há um tubo de cola bastão.

O RITMO NA MÚSICA

Assim como o ritmo aparece em todas as artes, ele é também essencial para a música. pêlo ritmo, as pessoas podem “acompanhar” uma determinada música, sem mesmo nunca ter tido aula de música. É possível imaginar que a dança ou mesmo o simples “mexer do corpo” ao escutar uma música seria uma espécie de interpretação rítmica do corpo. Em outras palavras, o ritmo é a direção, ele é inato e está presente em todo ser humano.

Quando se fala de ritmo, é necessário pensar em pulsaçãoglossário também. A pulsação é a base que sustenta o fazer musical. Ela sustenta uma estrutura que é representada, na música, por marcações constantes e definidas com o mesmo intervalo de tempo entre si. Na música, o ritmo é a organização de sons e silêncios e o ritmo musical é determinado pela duração das notas musicais e das pausas, que são os intervalos sem som. O ritmo é um arranjo musical e, por meio dele, pode-se distinguir um estilo musical de outro.

Fotografia. Destaque para um coração feito com linhas de tecido vermelho; nas duas laterais, há as pontas soltas destas linhas.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em dupla.
  1. Nas batidas do coração, nos sons da respiração ou em todos os outros que ouvimos, o ritmo se faz presente em vários aspectos da nossa vida. Com a orientação do professor, façam o seguinte:
    1. descubram exemplos de ritmos que existem na paisagem sonoraglossário da sua sala de aula ou até da escola;
    2. investiguem e elaborem uma lista descrevendo, por exemplo, o tique-taque de um relógio, o motor de uma máquina ou qualquer outro som rítmico no espaço escolar;
    3. para ampliar, selecionem um dos ritmos da lista e elaborem um padrão sonoro com os estalos dos dedos ou com as palmas das mãos.
  2. Com a ajuda dos colegas pesquisem e compartilhem trechos de músicas de diferentes estilos musicais como samba, rock, forró, jazz.
    1. Procurem perceber o ritmo de cada música;
    2. Depois, toquem corporalmente cada trecho das músicas, marcando o ritmo com palmas.
Ritmos musicais no Brasil

Em cada lugar do país é possível encontrar pessoas ouvindo, cantando, batucando ou dançando uma canção. A música faz parte da nossa vida, e o Brasil apresenta uma enorme diversidade de ritmos musicais, que expressam a cultura do povo. No Brasil, os ritmos apresentam as suas origens nas principais matrizes que formam a identidade nacional, que são a indígena, a africana e a europeia. Veja alguns exemplos.

Fotografia. Dois homens usando camisa e shorts e três mulheres usando camisa e saia comprida colorida estão dançando. As mulheres movimentam as saias, um dos homens tira o chapéu e uma delas sorri.
Pessoas dançando carimbó, em Santarém. Pará, 2019. O carimbó é um ritmo de origem indígena e africana e é típico da região Norte do país.
Fotografia. De um lado do palco, dois adultos e uma criança estão lado a lado. À frente deles, há três adultos. Todos usam chapéu bege, camisa laranja e calça jeans. Eles estão em pé e saltando com as palmas das mãos juntas; ao fundo, há uma multidão de pessoas assistindo. Acima, há bandeirinhas coloridas.
Apresentação de catira ou cateretê, em São Luís do Paraitinga. São Paulo, 2014. A catira tem sua origem na mistura das culturas africana, europeia e indígena.
Ícone de atividade oral.

3. São exemplos de ritmos musicais brasileiros o samba, o maracatu, a catira, o carimbó, o frevo, o maxixe, entre muitos outros.

Ícone de atividade em dupla.

4. Quais ritmos musicais brasileiros você conhece? De quais deles você gosta mais?

Compartilhe seus conhecimentos com os colegas.

Para ampliar

ELIA, Ricardo. Ritmos brasileiros. São Paulo: Scipione, 2013. A obra percorre as cinco regiões do país e destaca dez ritmos que representam a diversidade musical brasileira como samba, frevo, maracatu, baião, boi-bumbá, carimbó, moda de viola, fandango, capoeira e rap.

VAMOS FAZER

Pesquisa: outros ritmos musicais brasileiros

Ilustração. Três homens vestindo calça cinza, camisa verde, gravata vermelha e terno branco sorriem e tocam instrumentos musicais, como pandeiro, bateria, e batuque.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.
  1. Formem grupos com até seis colegas para fazer uma pesquisa.
  2. Vejam a lista com alguns exemplos de ritmos que vocês podem investigar.
    • Forró.
    • Xote.
    • Sertanejo.
    • Samba.
    • chôro.
    • Frevo.
    • Axé.
    • Carimbó.
    • Maracatu.
    • Fandango.
  3. Além de textos, pesquisem também imagens, que podem ser fotografias ou desenhos, para ilustrar o trabalho. Vídeos e músicas também podem ser utilizados para ampliar a investigação.
Ilustração de um pandeiro.
Ilustração de um chocalho colorido.
Ilustração de um banjo redondo branco e preto.
Ilustração de um atabaque marrom.

Continua

Continuação

4. Para organizar a investigação, elaborem em uma folha avulsa uma ficha, conforme modêlo indicado.

Ícone modelo.
Ficha resumo

Nome do ritmo

Origem ou matriz cultural

Instrumentos musicais utilizados

Principais características do ritmo

  1. Após a elaboração da ficha, planejem uma fórma de apresentar aos colegas de turma o ritmo musical que o grupo pesquisou. Pode ser um painel ou um cartaz com os textos e as imagens.
  2. Se vocês julgarem adequado e tiverem recursos, poderão planejar uma apresentação com textos, imagens, sons e vídeos.
  3. Pesquisem e tragam para a sala de aula pêlo menos uma música que represente o estilo escolhido. Não se esqueçam de trazer os dados sôbre a música: título, compositor, intérprete, data da gravação e origem (título do cedê ou site).
  4. Depois de todas as apresentações, conversem sôbre os diferentes ritmos pesquisados.
Ilustração de um violão marrom.
Ilustração de um saxofone dourado.
Ilustração de um violino e um arco.
Ilustração de um trompete dourado.

RITMO E SILÊNCIO

Quando se fala de ritmo, fala-se também de silêncio ou pausa. Imagine a cena a seguir, que pode ser de um filme, telenovela ou apresentação teatral: uma personagem que recebe uma carta, suspende seus movimentos e fica parada um instante depois de ler.

pêlo olhar da atriz, pêlo que já sabemos daquela personagem naquela história, é possível criar inúmeras possibilidades sôbre as notícias que chegaram naquela mensagem, sem que nós, espectadores, possamos ler o que estava escrito. “Lemos” por meio do ritmo pausado e silencioso das ações da atriz e completamos com a imaginação o que pode estar escrito na mensagem, pêlo que ela traz de emoções e pensamentos à personagem.

Fotografia. Uma mulher usando arco, vestido e saia branca; ela está saltando no alto com os braços estendidos para trás; a perna direita estendida para frente e a perna esquerda flexionada para trás.
Representação de bailarina executando passo.
Fotografia. Vista de baixo para cima de um homem e uma mulher no alto com os braços estendidos e unidos, e as pernas presas cada um em um trapézio.
Representação de artistas em trapézio.

Em um espetáculo de dança ou de circo, muitos espectadores prendem o fôlego quando o artista faz uma pausa antes de realizar um passo desafiador ou saltar de um trapézio em pleno ar.

Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.
Pensem em situações ficcionais nos espetáculos ou situações da vida real que costumam provocar “frio na espinha” e “travar a respiração” de quem as presencia. Descreva pêlo menos uma situação ou cena dêsse tipo para um colega: Qual era a situação? Qual foi a sua sensação? Onde você viu: ao vivo, na televisão, no cinema ou na internet?

RITMO NA DANÇA, NO TEATRO E NO CIRCO

Dizia Platão, um dos mais importantes filósofos da Grécia antiga no século cinco antes de Cristo, que o ritmo é uma emoção liberada em movimentos ordenados.

O ritmo funciona como articulador de sons, movimentos, ações. Visto dessa maneira, o ritmo de uma pessoa, mesmo em movimentos da vida cotidiana, revela exemplos que podem ser aplicados à expressão e à emoção, servindo de base para diferentes manifestações artísticas.

Na dança, no teatro ou no circo, por exemplo, os artistas se organizam articulando ritmo pessoal com coletivo para assim captar a atenção do espectador. Veja alguns exemplos.

Fotografia. Um homem de nariz e lábios largos, usando boné cinza, regata branca, calça jeans, está no alto com as pernas esticadas, os braços flexionados para o lado e sorrindo.
Representação de artista dançando. Na dança, o corpo executa movimentos partindo de um ritmo determinado.
Fotografia. No centro, um grupo de pessoas vestindo roupas com tons de marrom. Há duas mulheres em primeiro plano; uma delas com o tronco inclinado para frente e sorrindo; a outra levemente abaixada, com as mãos unidas perto do queixo e olhos fechados. Atrás, algumas pessoas estão com as mãos abertas  sobre a cabeça das mulheres à frente.
Representação de artistas em cena. O ritmo se relaciona aos modos de articular o corpo, a voz e o tempo no teatro.
Práticas de ritmo da dança e do teatro
Ícone de atividade em grupo.

Para compreender melhor como o ritmo funciona na dança e no teatro, experimentem algumas das práticas. Sigam os passos.

Caminhada com passos e saltos

  1. Numa sala, quadra ou pátio da escola, comecem caminhando juntos, como se estivessem andando na rua, cada um do seu jeito.
  2. Cada um deve caminhar tendo em vista uma única direção, que pode ser para a frente, para trás, para o lado esquerdo ou para o lado direito.
  3. Agora, sem parar de caminhar, ao comando do professor, altere o tempo, de lento para rápido e vice-versa, da caminhada. Explore as transições entre o extremamente rápido e o extremamente lento.
  4. Experimente vários tipos de passadas e saltos: pé ante pé, saltando em um pé só; salto de um pé para dois pés, salto de dois pés juntos para dois pés separados; salto de dois pés juntos para um pé apenas; com ou sem o movimento dos braços, entre outros.
  5. Prossiga dando dois passos e faça uma pausa; dê três passos e faça uma pausa, dê quatro passos e faça uma pausa. Veja como mudam as sensações quando a pausa aparece nesse caminhar.
    Ícone de atividade oral.
  6. Para finalizar, com todos os estudantes organizados em roda, olhando-se, compartilhem o que descobriram de interessante ao caminhar: o caminhar de um personagem, a imitação de algum animal ou outro ser etcétera
Ilustração em linhas finas pretas de uma pessoa andando.
Ilustração em linhas finas pretas de uma pessoa correndo.
Ilustração em linhas finas pretas de uma pessoa andando.
Ilustração em linhas finas pretas de uma pessoa saltando.
Ilustração em linhas finas pretas de uma pessoa correndo.
Ilustração em linhas finas pretas de uma pessoa saltando.

Continua

Continuação

A rocha e o mar

  1. Agora, todos devem se espalhar pêlo espaço como se fossem uma parede de rocha na beira do mar, estática e fixa.
  2. Em seguida, aos poucos, cada um, sozinho, começa a ondular a coluna como se fosse uma onda do mar: a água escorre, ondula pêlo corpo e ondula o corpo.
  3. Dois estudantes, depois quatro e depois oito se juntam, sem se tocar, pouco a pouco, e constituem uma só onda, ao mesmo tempo, até que todo o grupo seja uma grande onda.
  4. Aos poucos, organizem-se em dois grandes subgrupos: a rocha na beira do mar e a onda. O subgrupo da onda do mar deve se aproximar do rochedo, ondulando, mas não pode se chocar com a rocha nem tocá-la. O rochedo deve permanecer imóvel, “aguardando” a onda se aproximar, imóvel. Mesmo que a onda chegue muito perto, a rocha não deve se mexer.
    Ícone de atividade oral.
    Ao final das duas vivências, com a orientação do professor, organizem-se em roda, conversem e compartilhem as sensações. Foi possível perceber como diferentes ritmos alteram a respiração, os movimentos das articulações, das ações? Explique suas reflexões aos colegas.
Ilustração de um mar com ondas pontudas feitas com linhas finas e onduladas.

CONHECENDO A DANÇA-TEATRO

Dança-teatro apresenta como definição a união da dança com alguns elementos do teatro, criando uma nova e única fórma de dança, que apresenta como referência a realidade dos seres humanos.

A expressão foi usada pela primeira vez por rúdôlfi labán (1879-1958) para descrever a arte baseada em seu sistema de movimento, que relaciona dança-som-palavra. labân foi bailarino e coreógrafo, nasceu na Áustria-Hungria, atual Bratislava, na Eslováquia, e dedicou a vida ao estudo da linguagem do movimento.

Nessa fórma de expressão, o movimento era o principal conteúdo e tudo o mais era secundário, como incorporação da música ou dos figurinos.

Foi, porém, com Kârt Iôs (1901-1979) que a dança-teatro passou a se desenvolver em uma linguagem que pudesse expressar e comunicar questões polêmicas como a guerra. O alemão Kârt Iôs foi bailarino, coreógrafo e pensador do mundo da dança, considerado um dos precursores da dança-teatro, ao misturar balé, teatro e artes visuais.

A dança-teatro assumiu o papel de porta-voz para retratar os horrores e o desespêro das pessoas no período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.

A Mesa Verde (1932) é o trabalho mais conhecido de iôs, considerado sua obra-prima e a principal mostra do seu estilo de dança-teatro. No espetáculo os dançarinos apresentam diferentes personagens, como mulheres e soldados que sofrem na guerra e até a própria morte.

Fotografia em preto e branco. Vista de frente de um homem de cabelo penteado para trás, de sobrancelhas e lábios finos, de nariz comprido e pontudo.
Rudolf Laban é considerado o mais importante teórico da dança do século vinte. Hungria, 1929.
Fotografia em preto e branco. Em modo paisagem, diversas pessoas estão enfileiradas lado a lado; elas estão com uma perna para frente, outra para trás; um dos braços levantados e outro abaixado. Algumas estão com o tronco inclinado para trás. Ao fundo, algumas árvores desfolhadas.
Fotografia de performance de dança da escola fundada em 1910 por rúdôlfi labán, em Berlim. Alemanha, 1928.

Neste espetáculo, considerado inovador para época, os figurinos utilizados eram roupas do dia a dia; e, na coreografia, cada dançarino-personagem desempenhava um conjunto de ritmos diferentes, parecidos com as ações cotidianas, porém com movimentos exagerados.

Em uma das cenas mais emblemáticas do espetáculo, dançarinos portam máscaras com barbas e bigodes, vestem fraques e cartolas, ridicularizam os diplomatas e os poderosos, enquanto a população sofre a dor da guerra.

Fotografia em preto e branco. À esquerda, cinco homens usando roupa social estão sentados e com as mãos apoiadas sobre uma mesa larga e preta; à direita, diversos homens usando terno preto estão em pé, inclinados na direção da mesa e com os braços levantados.
Cena do espetáculo A mesa verde. Paris, 1932.

A mesa verde utilizava os movimentos de todo o conhecimento sistematizado por labân. As combinações entre as variações de pêso, espaço, tempo não só imitam os movimentos, mas ampliam os gestos da vida cotidiana.

Ícone de atividade em grupo.
É dança ou teatro? A proposta da pergunta provocativa é evidenciar os principais elementos da dança e do teatro conhecidos por vocês e investigar as relações comuns que existem entre as duas linguagens. Para responder à provocação, a turma deve se organizar em três grupos e seguir as orientações.
  1. Um dos grupos se encarregará de enumerar características próprias da dança.
  2. Um segundo grupo se encarregará de listar características próprias do teatro.
  3. Um terceiro grupo se encarregará de listar características comuns tanto à dança como ao teatro.
  4. Os três grupos escolhem seus respectivos relatores e, em seguida, expõem as características que elencaram para a turma toda. Podem ser dados exemplos e também mostradas imagens que já apareceram neste livro.
  5. A explanação de cada grupo deve ser ouvida. Para finalizar, os grupos devem trocar informações sôbre as semelhanças e as diferenças entre dança e teatro.

VAMOS CONHECER MAIS

Pina báuchi

A alemã Pina báuchi (1940-2009) foi uma coreógrafa, dançarina, pedagoga da dança e diretora de companhias de dança-teatro. Em 1955, aos 14 anos, Pina báuchi começa a estudar com iôs no FolkwangUniversity na Alemanha. Nessa escola, báuchi estudou teatro, música, dança, fotografia, escultura e pintura.

báuchi foi para Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde estudou na Juilliard School e fez parte da companhia New American Opera do metropólitan ópera.

Em 1962, ela voltou à Alemanha para dançar e coreografar na Companhia de Dança-Teatro de iôs. Em 1968, assumiu a direção da escola e, em 1973, tornou-se a diretora de uma grande companhia de dança da Alemanha, considerada a primeira companhia de dança-teatro do mundo: Tanztheater Wuppertal

Pina báuchi coreografou para óperas, espetáculos de dança-teatro em sua própria companhia e filmes como E la nave va, de Federico Fellini, de 1983, e Fale com ela, de Pedro almodôvar, de 2002.

Fotografia em preto e branco. Uma mulher de cabelo preto penteado para trás, de sobrancelhas finas, nariz comprido, usando blusa preta. Ela sorri e traz a mão direita na altura do tronco, visto parcialmente na imagem.
Pina báuchi. Alemanha, 1986.
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Ícone de atividade em grupo.
As dores, as culpas e outros aspectos das relações humanas foram os temas e as situações densamente explorados pela coreógrafa, que faleceu em 2009, aos 68 anos, e continua inspirando artistas e pessoas que acreditam que a arte é uma poderosa ferramenta de reflexão e transformação. Com a orientação do professor, pesquisem em livros ou na internet imagens e vídeos que retratam a obra da artista. Para a investigação, selecionem imagens que chamem a atenção pela fôrça e pelo caráter provocador da obra de Pina báuchi.

Nesta proposta, vamos elaborar uma experimentação com as técnicas de dança-teatro. Para isso, você deverá mesclar movimentos de dança, pequenos gestos do cotidiano e palavras que possam ser pronunciadas para expressar ou comunicar temas do dia a dia de fórma dramática ou com muito humor. Esta atividade precisará ser feita em duas etapas.

Etapa 1 – Observação e estudo

Este primeiro momento é reservado para o estudo e a escolha dos elementos que vão compor a atividade a ser desenvolvida, de acôrdo com a proposta a seguir.

  1. Individualmente, observe o comportamento e os hábitos de colegas na escola ou, durante o tempo livre, enquanto realiza passeios com a família, estude alguns gestos de pessoas e animais em locais variados (parques, ruas, museus, etcétera). Preste atenção nos ritmos e movimentos simples do cotidiano, por exemplo, colocar as mãos no bolso, esfregar as mãos, segurar os cabelos, coçar a orelha etc.
  2. Após algum tempo de observação de pessoas, escolha uma ação que gostaria de reproduzir o mais fielmente possível. Observe atentamente o tempo de duração e os movimentos que foram utilizados na ação selecionada.
  3. Ensaie o movimento sozinho, quantas vezes achar necessário. Assim você poderá reproduzir o movimento e o ritmo sempre da mesma forma.
  4. Amplie a investigação utilizando diferentes velocidades e direções para a ação proposta. Você poderá desenvolver a ação de forma mais lenta ou rápida e alterando as direções alternando o movimento para a direita e para a esquerda.

Etapa 2 – Prática e apresentação

Este é o momento em que você e seus colegas vão apresentar os gestos ensaiados anteriormente.

1. Formem uma roda em sala de aula. Cada um em sua vez, seguindo a ordem, deverá mostrar aos colegas a ação que observou e ensaiou previamente.

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  1. No primeiro momento da apresentação, imite o movimento fielmente. Em seguida, amplie a proposta fazendo o movimento de forma mais lenta ou rápida e alterando as direções para a direita e para a esquerda.
  2. Todos devem assistir e prestar bastante atenção, para apreciar os movimentos e gestos feitos pelos colegas.
  3. Para finalizar, organizados em uma roda e com a orientação do professor, conversem sobre as experiências de fazer e observar as apresentações e relatem o que vocês mais apreciarame quais foram as dificuldades encontradas na atividade..

eu APRENDI

  1. Gênero que retrata quando o artista busca descrever aspectos da aparência e identidade dele. A frase pode ser utilizada para definir qual gênero das artes?
  2. Observe exemplos de pinturas do gênero citado na pergunta anterior e descreva:
Pintura. Com linhas pretas e tons de preto, bege, marrom e cinza, autorretrato realístico de um busto de um homem de cabelo preto penteado para o lado, de sobrancelhas finas, olhos grandes, nariz largo e lábios finos, usando camisa branca e casaco cinza.
Autorretrato, de Pablo Picasso, 1907. Óleo sôbre tela, 50 centímetros por 46 centímetros.
Pintura. Autorretrato com tons de preto, cinza, rosa e azul. Destaque para um rosto com formas geométricas formando os olhos, o nariz, as orelhas e a boca.
Autorretrato, de Pablo Picasso, 1972. Óleo sôbre tela. Sem informações de dimensão.
  1. o nome do pintor;
  2. os traços e as cores utilizados pêlo artista.
  1. As imagens são do mesmo pintor jovem e idoso. Qual delas o retrata jovem e qual o retrata idoso? Cite as evidências utilizadas para responder à pergunta.
  2. Cite as características pessoais que definem você. Como identificaria essas características em um autorretrato? Para responder à pergunta, siga as orientações:
    1. pense nas características pessoais de seu rosto, aquelas que o diferenciam de outras pessoas, que o tornam único, e escreva-as em uma folha avulsa;
    2. usando lápis grafite, faça um desenho de seu rosto, um autorretrato, sem olhar no espêlho;
    3. depois, observe se o desenho representa as características que elencou para você.

5. Observe a imagem e, em seguida, responda às questões.

Fotografia. Uma menina de cabelo castanho penteado para o lado, de olhos puxados, nariz e lábios finos, usando blusa xadrez aberta e camiseta rosa, está tirando selfie com o celular, fazendo pose e sorrindo.
Menina se fotografando com aparelho celular.
  1. Na sua opinião, a imagem anterior é um autorretrato? Por quê?
  2. Você faz esse tipo de imagem com frequência? Que sentido ela tem para você?

6. Observe a imagem que retrata parte de um ciclo presente na natureza.

Ilustração. Em um retângulo de fundo azul estão quatro imagens diferentes da Lua. Da esquerda para a direita, a primeira imagem mostra a Lua quase toda na sombra, com uma pequena faixa iluminada. Na segunda imagem, a faixa iluminada é maior, ocupando um quarto da Lua. A terceira imagem mostra metade da Lua na sombra e metade iluminada. A quarta e última imagem mostra a Lua totalmente iluminada.
  1. Que ciclo é retratado na ilustração?
  2. Na imagem ele é retratado em um ritmo crescente ou decrescente?
  1. Cite um objeto ou elemento do seu dia a dia que possui ritmo visual, como a fachada de um prédio ou a estampa de uma roupa. Se possível, traga uma imagem dêsse elemento para mostrar aos colegas.
  2. Agora, vamos pesquisar em livros, jornais, revistas ou na internet ao menos uma imagem que apresente ritmo.
    1. Essa imagem deverá ser trazida para a sala de aula e compartilhada com a turma.
    2. Procure identificar, na imagem que você selecionou, quais padrões rítmicos ela apresenta.
    3. Explique como você identificou esse padrão. Importante: se a imagem escolhida for uma obra de arte, traga a identificação dela: título, nome do artista, data de produção, técnica e dimensões.

vamos COMPARTILHAR

Retratando pessoas

Estudamos nesta unidade aspectos relacionados à identidade e aos ritmos pessoais e coletivos. Que tal agora explorar mais os temas tratados retratando pessoas da nossa comunidade? Para começar, observem as obras do pintor, desenhista e artista plástico Gustavo Rosa (1946-2013).

Pintura. Pintura com linhas pretas finas e onduladas retratando uma mulher de cabelo curto e preto, usando vestido rosa com bolinhas, uma bolsa azul nas costas e segurando um cabo com uma trouxa branca. Ela está voando com os braços abertos. Ao fundo, há nuvens e partes de uma vegetação verde.
Sem título, de Gustavo Rosa, sem data. Acrílica e grafite sôbre cartão, 24,5 centímetros por 27 centímetros.
Pintura. Uma mulher de cabelo laranja penteado para cima, usando camisa com listras verticais coloridas, saia e sapatos laranjas; ela está com a mão esquerda levantada e sorrindo.
Sem título, de Gustavo Rosa, sem data. Óleo sôbre cartão, 50 centímetros por 49,8 centímetros.
Com a orientação do professor, descrevam livremente e de fórma criativa como as pessoas e as fórmas foram retratadas pêlo artista.

Como representação de uma figura humana, o retrato pode ser elaborado com base na observação direta do modêlo, de imagens ou de outros documentos. Nesta proposta, você deverá escolher uma pessoa do seu convívio ou da sua comunidade para retratar em fórma de desenho ou colagem. Pode ser alguém que tenha uma importância para você e para as outras pessoas ao seu redor. A atividade será dividida em 3 etapas.

Etapa 1 – Estudo e planejamento

1. Para começar, você precisa identificar as principais características dela, como: Características físicas marcantes como o formato do corpo e do rosto, a côr da pele, dos olhos e dos cabelos. Características da identidade e da personalidade como o jeito de ser e os ritmos de vida.

Para obter todas essas informações e impressões, você pode fazer uma entrevista ou conversar com a pessoa escolhida. Você pode ainda utilizar a sua imaginação para retratar a pessoa livremente, partindo da sua observação e da sua memória. O mais importante nesta etapa de planejamento é refletir sôbre as razões que fizeram você selecionar esta pessoa para o projeto. Quais sentimentos que você tem tornam a pessoa única e especial.

2. Após identificar as características marcantes da pessoa escolhida, chegou o momento de você selecionar a técnica e os materiais que serão utilizados para a elaboração do retrato, que podem ser:

Para desenho

Para colagem

Suporte: papel sulfite, papel canson ou cartolina branca.

Suporte: papel sulfite, papel canson ou cartolina branca e papel color set de várias cores.

Material: lápis grafite, lápis de cor, giz de cera, canetas coloridas, lápis aquarelado ou tinta guache.

Material: lápis grafite e lápis de cor. Tesoura com pontas arredondadas e cola branca.

Se achar adequado, utilize outros materiais, como tecidos ou miçangas para retratar o seu personagem de fórma mais autêntica e pessoal.

  1. Antes de desenhar, planejem a fórma como desejam evidenciar as características da pessoa retratada. Pensem no que ela poderia estar fazendo e o local onde estaria.
  2. Elabore anotações para ajudar no processo e reflita se você deseja nomear a obra ou se prefere deixar o desenho anônimo, apenas como uma homenagem pessoal à pessoa selecionada.

Etapa 2 – Desenho

  1. Sugerimos que você elabore mais de uma versão de desenho. Faça inicialmente um desenho ou um rascunho de observação, agregando as principais características da pessoa.
  2. Muito importante é se soltar e assumir o seu desenho. Sinta que ele é a sua representação de uma pessoa especial para você; portanto, expresse no desenho os seus sentimentos sem julgamento de valor.
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Etapa 3 – Momento de compartilhar

  1. Com a orientação do professor, converse com os colegas de turma e planejem o momento de expor as produções.
  2. Para finalizar, após a exposição, conversem sôbre o processo de elaboração e sôbre os momentos de exposição e compartilhamento das obras.

Glossário

Renascimento
: movimento artístico, cultural e científico que representou grande mudança em diversas áreas do conhecimento. Ocorreu na Itália no início do século quinze e se espalhou por outros países da Europa.
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boogie-woogie
: estilo de música caracterizado pêlo uso marcado da mão esquerda no piano. Gênero muito popular entre a população negra dos Estados Unidos nas décadas de 1930 e 1940.
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malha urbana
: são as áreas ocupadas pêlas cidades formadas pêlas ruas, avenidas e rodovias, entre outros elementos urbanos.
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óptica
: estudo associado à Física dedicado às radiações luminosas e aos fenômenos da visão.
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pulsação
: o batimento constante e regular que se repete ao longo da música.
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paisagem sonora
: conjunto de sons produzido ao nosso redor, como os emitidos pela natureza, por seres humanos, animais e objetos diversos, entre outros.
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