REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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O verbete descreve o método de trabalho do pintor americano Djéksôn Póloqui (1912-1956).

ANTUNES, Leda. Mercedes Baptista: os 100 anos da primeira bailarina negra do Municipal e nome fundamental da dança no Brasil. Portal Geledés, 20 maio 2021. Disponível em: https://oeds.link/EI2aWe. Acesso em: 20 abril. 2023.

O artigo versa sôbre o centenário da primeira bailarina negra brasileira e a importância dêsse fato.

APINA – Conselho de Aldeias uaiãpí. Jane Reko Mokasia: Organização Social uaiãpí. Disponível em: https://oeds.link/zay1Dr. Acesso em: 9 abril 2022.

Um texto simples e profundo sôbre a cultura e os costumes do povo uaiãpí.

ARTE réfi. 10 artistas mulheres do Expressionismo Abstrato que você precisa conhecer! Disponível em: https://oeds.link/xXV3Eq. Acesso em: 10 junho 2022.

Artigo importante de apresentação de mulheres dêsse movimento e suas obras.

BARBA, Eugenio; SAVARESE, Nicola. A arte secreta do ator: dicionário de antropologia teatral. São Paulo: Ucitéc/Campinas: Editora da unicâmpi, 1995.

Obra que foi organizada como um dicionário para tratar de temas importantes para os atores e sôbre comportamentos deles em cena.

BARBOSA, Ana máe. Marco conceitual: cultura, arte, beleza e educação. Disponível em: https://oeds.link/a6uhp1. Acesso em: 11 junho 2022.

O texto trata de conceitos importantes que se inter-relacionam, como cultura, arte, beleza e educação.

Bolonhézi, Mário Fernando. Palhaços. São Paulo: editora Unésp, 2003.

O livro resulta de uma pesquisa bibliográfica sôbre a história do circo e a atividade dos palhaços brasileiros.

BONALUME NETO, Ricardo. A primeira brasileira não era uma índia. Folha de São Paulo, 5 abril 1998. Disponível em: https://oeds.link/9nCX3O. Acesso em: 10 junho 2022.

O artigo relata como o achado do crânio de “Luzia” traz considerações antropológicas para novas teses da presença de humanos, no Brasil e nas Américas, por meio de estudos do cientista e pesquisador brasileiro Walter Neves.

buciê, pôl. História da dança. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

Nessa obra é apresentada a evolução da dança desde os primórdios sabidos e documentados até a nossa época.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular.Brasília, Distrito Federal: Méqui, 2018. Disponível em: https://oeds.link/pKEA59. Acesso em: 10 junho 2022.

Documento oficial, elaborado por especialistas de todas as áreas do conhecimento, que regulamenta a Educação Básica em todos os níveis.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Arte. Ensino Fundamental. Brasília, Distrito Federal: Méqui/séfi, 1997.

Conjunto de indicações, sistematizado, oferecido aos educadores para as suas ações e subsídios a fim de que trabalhem com excelência respeitando todas as áreas do projeto curricular.

CANEPA, Laura Loguercio. O Expressionismo no cinema de Tim Bãrton. 2002. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação). Escola de Comunicação e Artes, úspi, São Paulo, 2002.

O trabalho de pesquisa examina a presença de estratégias do cinema expressionista alemão em filmes do cineasta norte-americano Tim Bãrton.

CANTON, Katia. espêlho de artista: autorretrato. São Paulo: Cosac naíf, 2004.

Obra voltada para o público infantojuvenil que mostra as diferentes fórmas de criar um autorretrato.

CASTRO, Alice Viveiros de. O elogio da bobagem: palhaços no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Família Bastos, 2005.

A obra ressalta que os palhaços brasileiros vêm de raízes diferentes e que executam também sua função social, como no caso dos Doutores da Alegria e dos Palhaços sem Fronteiras.

tílvers, Ian. Dicionário óxfórd de Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

Dicionário extenso que abrange a pintura, a escultura e as artes gráficas ocidentais. Abarca da antiguidade à contemporaneidade.

ECOAMAZÔNIA, Kuarup – o ritual fúnebre que expressa a riqueza cultural do Xingu. órgui ponto bê érre. abre colchetesem localfecha colchete, 6 agosto 2018. Disponível em: https://oeds.link/7s1NUQ. Acesso em: 8 agosto 2022.

O texto mostra como o ritual Kuarup é importante na cultura das tribos e como se organiza a realização, preparativos e recepção dos convidados.

feist, ríldegár. Arte indígena. primeira edição São Paulo: Moderna, 2010.

O livro traz as expressões tradicionais da arte de vários povos indígenas que ainda vivem ou já viveram no Brasil.

FERNANDES, Ciane. O corpo em movimento: o sistema labân/Barteníf na formação e pesquisa em artes cênicas. segunda edição São Paulo: Annablume, 2006.

Obra de extenso e cuidadoso registro realizado sôbre o Sistema labân.

FERNANDES, Ciane. Pina báuchi e o vúpertai dança-teatro. São Paulo: Annablume, 2007.

Obra sôbre a análise da repetição no processo criativo de Pina báuchi.

FONTERRADA, Marisa trenti de Oliveira. De tramas e fios: ensaio sôbre música e educação. São Paulo: Unésp, 2005.

Obra sôbre educação musical e a música na escola brasileira.

FRANZIN, Adriana. Palavras indígenas nomeiam a maior parte das plantas e animais do Brasil. ê bê cê, Brasília, Distrito Federal, 2015. Disponível em: https://oeds.link/36mlW8. Acesso em: 10 junho 2022.

O artigo trata das várias palavras de origem indígena que são usadas cotidianamente na língua portuguesa falada no Brasil.

galoá, dominique. Arte cussíua: pintura corporal e arte gráfica uaiãpí. Rio de Janeiro: Funái, 2008.

O livro é um trabalho de divulgação artística e etnográfica com 21 motivos gráficos tradicionais uaiãpí.

Gómbridch, Érns Ráns. A história da arte. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.

Um dos mais famosos e populares livros sôbre a história da arte. Traz informações desde as mais antigas pinturas em cavernas até a arte experimental de hoje.

groviê, Kelly. Mona Lisa: a cadeira escondida que transforma o significado da obra-prima de Da vinti. bê bê cê News, abre colchetesem localfecha colchete, 3 março 2021. Disponível em: https://oeds.link/kZBW5c. Acesso em: 8 maio 2022.

O artigo trata da análise do quadro Mona Lisa em vários aspectos.

Guinsbúrg, Djeicób organização. O Expressionismo. São Paulo: Perspectiva, 2002.

Importante obra para entendimento e discussão sôbre o Expressionismo com muitas informações trazidas pelos autores.

rêntiqui, Liane e outros A orquestra tintim por tintim. São Paulo: Moderna, 2005.

Livro didático que apresenta todos os elementos de uma orquestra.

róge, susí. Breve história da arte: um guia de bolso dos principais movimentos, obras, temas e técnicas. Tradução de Maria Luisa de Abreu Lima Paz. São Paulo: Gustavo Gili, 2018.

O livro, conciso e ricamente ilustrado, aborda como, quando e por que a arte mudou ao longo do tempo.

INDÍGENAS fazem ritual para celebrar passagem da infância para a vida adulta. gê um-Tocantins, 17 março 2018. Disponível em: https://oeds.link/gOYFvQ. Acesso em: 6 abril 2022.

O artigo relata o ritual de meninos que passam da infância à idade adulta.

jânsem, Roberta. A arqueóloga que batalha para preservar os vestígios dos primeiros homens das Américas. bê bê cê Brasil. Disponível em: https://oeds.link/HYbdVA. Acesso em: 10 junho 2022.

O artigo trata da luta da arqueóloga niêd guidôn no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí.

lában rudolfi. Dança educativa moderna. São Paulo: Ícone, 1990.

A obra trata de como devemos pensar a educação da dança nas escolas contando com suas mudanças históricas e culturais para adequação da aprendizagem.

MACIEL, Marina de Souza. Arte e dor em Frida Kahlo. Revista Dor, São Paulo, número 2, volume 15, abril a junho 2014.

O estudo apresenta aspectos da biografia e da arte de Frida Kahlo, buscando interseções entre sua arte e suas experiências de dor.

MARIA Duchênis. Verbete de enciclopédia. ín: Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: https://oeds.link/SXA9CY. Acesso em: 10 junho 2022.

O artigo relata fatos da vida de Maria Duchênis e sua trajetória na dança no Brasil.

MARTINS, Alberto; KOK, Gloria. Roteiros visuais do Brasil: artes indígenas. primeira edição São Paulo: Claro Enigma, 2014.

O livro apresenta uma visão sôbre a história e a cultura dos povos indígenas do Brasil, levando em consideração as manifestações artísticas, antes e depois da chegada dos europeus.

MARTINS, Mariana Zaparolli. óribou ímages: um sistema para síntese de imagens controladas por áudio. Dissertação (Mestrado em Ciências). úspi, São Paulo. 2008.

Uma dissertação que indica meios tecnológicos usados no computador que podem ser utilizados na musicalização infantil e na indústria do entretenimento.

MÁSCARA negra. Compositores e intérpretes: Zé Kéti e Pereira Matos. ín: Máscara Negra / Acender as velas. Recife: Mocambo/éfe dê érre Discos, 1967. Vinil. Lado A.

Letra da clássica marcha-rancho que conta o encontro do Pierrô e Colombina em um carnaval e o chôro do Arlequim.

Míndlin, Betty. Queimadas: o fogo e as chamas dos mitos. Estudos Avançados, São Paulo, volume 16, número 44. abril 2002. Disponível em: https://oeds.link/k0NRuP. Acesso em: 6 abril 2022.

O texto traz a questão dos mitos, sua etimologia e como eles são encarados pelos indígenas no Brasil.

MORIM, Edgar. O método: o conhecimento do conhecimento. Porto Alegre: Sulina, 1999.

O livro levanta questões sôbre o conhecimento e como ele se dá na humanidade.

mundurukú, Daniel. Contos indígenas brasileiros. segunda edição São Paulo: Global, 2005.

O livro traz oito contos que proporcionam ao leitor uma visão da herança cultural indígena.

MUSEU AFRO BRASIL. Arte concreta. Disponível em: https://oeds.link/6AQYP7. Acesso em: 10 junho 2022.

O artigo trata do conceito de arte concreta e seu precursor e também do concretismo no Brasil.

MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO. Degá: poesia geral da ação. As esculturas. São Paulo: maspi, 2012.

Mostra de 73 obras do artista impressionista francês edigár degá (1834-1917) pertencentes ao acervo do Museu de Arte de São Paulo (maspi) expostas no Museu Oscar Niemáier (mon).

MUSEU Lasár Sêgál/íbrãn-mínqui. Verdade, fraternidade, arte: secessão de drêsden, Grupo 1919 e contemporâneos. São Paulo: Museu Lasár Sêgál, 2011.

O texto traz informações sôbre a Secessão de drêsden – Grupo 1919 e contemporâneos.

PEREIRA, Thiago. Panorama da arte rupestre brasileira: o debate interdisciplinar. Revista de História da Arte e Arqueologia, Campinas, número 16, julho.-dezembro. 2011. Disponível em: https://oeds.link/8c1cnD. Acesso em: 10 junho 2022.

O artigo apresenta o panorama da arte rupestre do Brasil e inclui o país nas discussões internacionais.

POVOS indígenas no Brasil mirim. São Paulo: Instituto Socioambiental.

O Instituto Socioambiental (í ésse á) é uma Organização da Sociedade Civil de interêsse Público (ócip), de 1994. O “Povos Indígenas no Brasil Mirim” foi criado a partir do site Povos Indígenas no Brasil.

RENGEL, Lenira. Dicionário labân, 2001. Dissertação (Mestrado em Artes). unicâmpi, Campinas, 2001. Disponível em: https://oeds.link/S0H0va. Acesso em: 10 junho 2022.

O texto trata da pesquisa Dicionário labân, para coligir, discriminar qualificadamente e organizar variados conceitos da terminologia utilizada por rúdôlfi labán.

rochaél, Denise. Testemunha calada. primeira edição São Paulo: Cortez, 2014.

O livro apresenta uma discussão sôbre as pinturas nas cavernas de Altamira, na Espanha e indaga quando e onde começou a arte.

SALVIANO, Murilo; TEIXEIRA, Patrícia. Crânio de Luzia é encontrado nos escombros do Museu Nacional, dizem pesquisadores. Globo-News; G1, 2018. Disponível em: https://oeds.link/XbVDT4. Acesso em: 20 abril. 2023.

Notícia que trata do fóssil de Luzia, o ser humano mais antigo encontrado no Brasil.

SIQUEIRA-BATISTA, Rodrigo; MENDES, Plínio Duarte; FONSECA, Julia de Oliveira. Sonora Brasil: sonoros ofícios – cantos de trabalho. Rio de Janeiro: Sésqui – Departamento Nacional, 2015. Disponível em: https://oeds.link/Xf0s1x. Acesso em: 10 junho 2022.

O texto apresenta o canto como expressão musical relacionada ao trabalho. Essa é uma expressão cultural brasileira tanto rural quanto urbana.

SOUZA, Olívia de. Imagem: do autorretrato às céufis. Continente ônláine, Recife, 1º fevereiro 2015. Disponível em: https://oeds.link/bbL2FG. Acesso em: 29 abril2022.

O texto traça um panorama de como os autorretratos se transformaram até chegar às céufis.

TRAVI, Maria Tereza Furtado. A dança da mente: Pina báuchi e psicanálise. Porto Alegre: edipúquiÉrre ésse, 2011.

A obra aborda a história da dança e o surgimento da dança-teatro, passa pêlo processo criativo de Pina báuchi e pêlo surgimento da psicanálise.

VIDAL, Lux organização. Grafismo indígena: estudos de antropologia estética. São Paulo: Nobel/fapésp/êduspi, 1992.

A obra mostra como os grafismos indígenas têm uma função muito mais complexa do que puramente estética.

WAKIN, Daniel J. A dança dos maestros. Folha de S.Paulo, caderno Ilustríssima, página. 8, São Paulo, 22 abril. 2012.

O texto discorre sôbre como cada parte do corpo tem participação no todo musical e qual sua função específica na regência.

TRANSCRIÇÃO DOS ÁUDIOS

Minha pátria, minha língua

Duração: quatro minutos e cinquenta e seis segundos. Página: 18.

Locutora: Minha pátria, minha língua.

Áudio com música de mulheres da tribo Kayapó

Locutora: Nada é mais marcante para um povo, para uma comunidade, do que sua cultura. O conjunto de tradições, de condutas e de expressões artísticas ajuda a determinar a identidade das pessoas. Comidas e trajes típicos, danças e estilos de música próprios, a história e os costumes são os elementos que, juntos, formam a cultura de uma nação.

Áudio com música de mulheres da tribo Kayapó

Locutora: Entre todos esses elementos, vale destacar a língua, um dos grandes pilares da cultura de um povo. A língua que falamos não é apenas um conjunto de regras gramaticais e palavras que se unem para que possamos nos comunicar. Tem a ver com quem somos, como vivemos e quais nossas tradições. Quando falamos ou escrevemos, a escolha de palavras traduz nossa origem, a fórma como vemos o mundo e como queremos que as pessoas nos entendam.

Áudio com música de mulheres da tribo Kayapó

Locutora: O português que falamos no Brasil, apesar de ser um pouco diferente de região para região, é uma união da língua falada em Portugal, que vem do latim, com as línguas dos nossos povos originários. Nomes de locais, alimentos, animais e plantas comumente têm origem nos idiomas indígenas. Quer alguns exemplos? Pipoca, tamanduá, Jaboatão dos Guararapes e samambaia.

Áudio com música de mulheres da tribo Kayapó

Locutora: Segundo dados do censo 2010 do í bê gê É, duzentas e setenta e quatro línguas indígenas são faladas no Brasil por trezentas e cinco etnias diferentes, sendo que 17,5% da população indígena não fala o português. Mas mesmo esses números parecendo tão altos, 190 dessas línguas indígenas estão correndo risco de desaparecer. Esse é o mapeamento que aparece no Atlas das Línguas em Perigo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a Unesco, publicado em 2009. O êxodo rural e a ocupação indiscriminada da Amazônia são alguns dos fatores que estão levando ao desaparecimento dessas línguas.

Áudio com música de mulheres da tribo Kayapó

Locutora: E qual é o motivo de a preservação das línguas nativas ser tão importante? Um pequeno trecho do texto “Povos indígenas no Brasil mirim”, publicado pelo Instituto Socioambiental dá a resposta:

Vinheta musical

Narradora: “A diversidade das línguas é importante porque cada língua reúne um conjunto de conhecimentos únicos, saberes de um povo. Assim a perda de qualquer língua é, antes de tudo, uma perda para toda a humanidade.”

Vinheta musical

Locutora: Para manter viva não só a língua originária, mas preservar também a cultura de uma população, muitos povos indígenas ensinam tanto o português quanto a língua local às crianças. Ouça agora o depoimento de Adão Francisco Henrique, falante de inheêngatú, da etnia Baré.

Depoimento de Adão Francisco Henrique: “A língua para a gente é uma identidade. Onde vamos andar, seja na cidade, em outras comunidades, em outros povos, nós vamos falar a nossa língua. Preservar nossa imagem, nossa cultura através da língua. Para isso, as crianças são ensinadas, alfabetizadas primeiramente com inheêngatú. lógo em seguida, aprendem português.”

Áudio com música de mulheres da tribo Kayapó

Locutora: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da frissáund. A entrevista com Adão Francisco foi veiculada no “Minuto í bê gê É”, programa da Rede Nacional de Rádio. O texto “Povos indígenas no Brasil mirim”, publicado pelo Instituto Socioambiental, pode ser encontrado no site mirim.org.

Os ritos e os mitos na cultura

Duração: quatro minutos e trinta segundos. Página: 40.

Locutora: Os ritos e os mitos na cultura.

Vinheta musical

Locutora: Você já parou para pensar na diferença entre ritos e mitos? Os ritos são práticas individuais ou coletivas cheias de significados para um povo. Normalmente, são eventos ou cerimônias que mobilizam a comunidade e envolvem trajes especiais, pinturas corporais e músicas específicas para aquele momento. Para que os ritos sejam colocados em prática, são utilizados rituais, que são comuns em momentos marcantes da vida de uma pessoa, como o nascimento, casamento ou a morte de alguém. Entre os Karajá, existe um rito para marcar e celebrar a passagem da infância para a adolescência, chamado Hetohoky. Segundo uma reportagem publicada pelo portal G1 em 17 de março de 2018:

Vinheta musical

Narradora: “As crianças indígenas são preparadas para o ritual por cerca de um mês. A preparação inclui ida para a floresta, onde, como parte do ritual, os meninos aprendem a caçar, pescar e valorizar os bens da natureza de onde a aldeia tira o sustento para a família.”

Vinheta musical

Locutora: Ficou curioso para ver alguns desses rituais? Hoje, graças à internet, podemos ter acesso a vários registros de diferentes povos ao redor do mundo.

Locutora: Os mitos são histórias usadas para transmitir conhecimentos, explicar fatos sobre a vida e a morte, a origem de um povo e até mesmo para entender fenômenos da natureza.

Esse recurso, muito utilizado pelos povos antigos e pelos povos originários, faz parte da tradição oral e garante que a cultura de um grupo não se perca no tempo.

Vinheta musical

Locutora: Em países da África Ocidental, por exemplo, o griot é uma pessoa que atua em cerimônias sociais ou festivais narrando mitos e histórias para o restante da comunidade.

Aqui no Brasil, os mitos contados pelos povos originários nos explicam a gênese de diversos elementos da natureza. Como a história da guerreira Naiá, que se apaixonou pela Lua e, ao ver o reflexo de sua paixão em um rio, por lá ficou, transformando-se no que conhecemos como vitória-régia, a grande flor amazônica.

Outro mito mostra o porquê de a fruta do guaraná se parecer com pequenos olhos. Tudo começou quando Jurupari, uma entidade do mal, se transformou em serpente e picou um menino que colhia frutas para sua tribo. Tupã, então, mandou que os pais da criança enterrassem os olhos do filho no chão da tribo e de lá nasceu um pé de guaraná.

Você conhecia alguma dessas histórias?

Vinheta musical

Locutora: Agora que você já sabe um pouquinho sobre o significado de ritos, mitos e rituais, consegue lembrar se conhece algum deles?

Vinheta musical

Locutora: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound. A reportagem sobre o Hetohoky do G1 de Tocantins, publicada em 17 de março de 2018, pode ser conferida na íntegra no site g1.globo.com.

No ritmo das artes

Duração: quatro minutos e nove segundos. Página: 70.

Locutor: No ritmo das artes.

Som do coração pulsando

Locutor: Coloque a mão no pulso e tente sentir a batida do seu coração.

Agora inspire, expire e, perceba, o ritmo está aí. Está também na sucessão do dia e da noite, no movimento das ondas do mar.

Som das ondas do mar

Locutor: O ser humano pode reconhecer esses ritmos na natureza, no trabalho que executa, nas tarefas do dia a dia, até nas horas de descanso, aproveitando uma atividade relaxante. E é comum reproduzir esses ritmos nas artes. É o caso, por exemplo, da pintura. Tente observar a obra A noite estrelada, de víncent van gógui, de 1889. Veja como a fórma das pinceladas na tela dão sensação de ritmo e de movimento à paisagem. Mais recente, o quadro Zebra, de 1937, do artista plástico víctor vassaréli, considerado precursor da ópi árti, dá a sensação de dinamismo, velocidade.

Som de crianças brincando

Locutor: Outro exemplo, agora brasileiro, é a obra Parque das crianças, produzida por Helena Coelho. É possível perceber crianças desenvolvendo diferentes atividades, cada uma no seu ritmo.

Vinheta musical

Locutor: Passemos para a música. Temos a impressão de que o ritmo é algo inato ao ser humano. E não é só uma impressão. O corpo se expressa com movimentos. O caminhar tem um ritmo, uma direção, o olhar também. Na arte musical, ritmo é a organização de sons e silêncios, e o ritmo musical é determinado pela duração das notas musicais e das pausas, que são os intervalos sem som. O ritmo é um arranjo musical que diferencia um estilo musical de outro. Em cada região do Brasil, há diversos ritmos musicais. Encontramos pessoas ouvindo, cantando, dançando ou mesmo tocando canções de matrizes indígenas, africanas, europeias ou estadunidenses, por exemplo. Isso tudo faz parte da construção de nossa identidade cultural. Você já ouviu falar, por exemplo, da Catira?

Música – Catira com palmas e batidas de pé

Locutor: Na dança, no teatro, no cinema, no circo, percebemos a construção de um ritmo coletivo. Bailarinos afinam suas atuações para que o conjunto da apresentação seja harmonioso e vibrante para chamar a atenção do espectador. No teatro, há o que chamamos de “o tempo da comédia”: as falas seguem um determinado ritmo para que o público seja surpreendido com a piada. No cinema, os ritmos da cena, das falas, da exibição da paisagem, da trilha sonora, de um close estratégico formam a coluna dorsal de um filme. Quais ritmos fazem parte do seu dia a dia? E nas práticas artísticas? Que tal experimentar o ritmo das artes na sua escola?

Locutor: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da frissáund, exceto o pequeno trecho da música “Gavião Conquistador”, de autoria de Zé Mulato, presente no álbum “Os reis da catira”, de Galvão e Galvãozinho.

Meu corpo, um instrumento musical

Duração: três minutos e vinte e nove minutos. Página: 110.

Locutor: Meu corpo, um instrumento musical.

Som de castanholas que aos poucos vai diminuindo e em seguida entra o som de sapateado.

Locutor: Você sabia que o corpo humano pode produzir música de diferentes fórmas? O que você acabou de ouvir são dois exemplos disso. O primeiro som é o das castanholas, muito conhecidas por estarem presentes na dança flamenca, que tem origem há alguns séculos na região de Andaluzia, na Espanha, e tem influências árabe, judaica e cigana. Esse instrumento de percussão de danças folclóricas serve de acompanhamento rítmico e é tocado pelas mãos dos dançarinos. Já o segundo som é o do sapateado. Essa técnica de dança produz sons quando os bailarinos usam seus pés como instrumentos de percussão, acompanhando o ritmo da música pelo contato das placas de metal das solas dos sapatos com o chão. Tenho certeza de que você vai identificar o som que vamos tocar a seguir.

Som de bitibóquicers

Locutor: Esse é o som feito por um beatboxer, artista do hip-hopque cria batidas, melodias, ritmos e simula instrumentos musicais usando apenas os recursos da voz. A palavra vem do inglês bitibóquis e significa “caixa de batidas”. Esses músicos conseguem, ainda, imitar efeitos eletrônicos usando a voz, a boca e o nariz. O bitibóquis nasceu em Nova iórque, no início da década de 1980, e se popularizou no Brasil há cêrca de 10 anos.

Som de beatboxers

Locutor: De fórma semelhante, mas usando agora o corpo todo para simular instrumentos de percussão, os músicos do grupo brasileiro Barbatuques também criam batidas inusitadas desde a década de 1990. Ouça um pouco do trabalho do grupo.

Áudio com o grupo Barbatuques

Locutor: Você conseguiu perceber a presença de palmas, estalos, batidas no peito e recursos vocais produzidos pelos músicos do Barbatuques? E você? Sabe produzir algum som com seu corpo, como os bitibóquicers e os Barbatuques? Que tal formar um grupo na escola?

Áudio com o grupo Barbatuques

Locutor: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da frissáund, com exceção dos trechos das músicas barbapápas grúvi e “Baião Destemperado”, ambas do grupo Barbatuques.

Emoção e expressão

Duração: 4:07. Página: 148.

Locutor: Emoção e expressão.

Vinheta musical

Locutor: Olá! Se eu pedir a você para fazer uma pôsi de quem está gritando de susto, pense em como você se organizaria.

Vamos tentar? 1, 2, 3 e... já!

Silêncio de 3 segundos

Locutor: Aposto que você levou as mãos ao rosto e abriu a boca. Certo?

Vinheta musical

Locutor: O grito, obra do artista norueguês eduard mãntch, pode ter algo bem parecido com essa pôsi que você fez. Você a conhece? mãntch foi considerado um dos artistas mais importantes de um movimento artístico chamado Expressionismo. Esse movimento começou na Europa, no início do século 20, e tem como umas das características principais a valorização e a expressão das emoções humanas, principalmente sentimentos ligados à angústia e ao medo, revelando o lado mais absurdo da humanidade. No quadro de mãntch, por exemplo, aspectos comuns do cotidiano que podem passar despercebidos são realçados de fórma a propiciar essas emoções em quem o vê.

Vinheta musical

Locutor: sôbre o quadro, o próprio mãntch dizia:

Vinheta musical

Narrador: “Eu andava pela rua com dois amigos – e o sol se pôs. O céu, de repente, tornou-se sangue – e eu senti como se fosse um sôpro de tristeza. Eu parei – inclinado contra a grade morto de cansaço. sôbre o fiorde negro azulado e a cidade assentaram nuvens de exalante sangue em pingos. Meus amigos continuaram caminhando, e eu fui deixado com medo e com uma ferida aberta em meu peito. Um grande grito veio através da natureza.”

Vinheta musical

Locutor: Você consegue sentir essa angústia descrita pelo artista ao ver a obra O grito? E não foi só mãntch que produziu obras expressionistas focadas em retratar sentimentos humanos. Pablo Picasso pintou A mulher que chora, Gustáve Corbé criou O homem desesperado, e Almeida Júnior produziu o quadro Saudade.

Vinheta musical

Locutor: Expoente de outro movimento artístico, a obra conhecida por nós como Mona Lisa, também encontra uma fórma de representar a expressão e a sensibilidade humana, através de seu famoso sorriso enigmático. Segundo estudos, a obra de Leonardo da vinti teria sido pintada em Florença, na Itália, e seria um retrato de Lisa di noldo guerardini, mulher de um rico comerciante, frantchêsco del diocondo. O quadro Mona Lisa é tema de diversas pesquisas no campo das artes. As cores, a fórma, tudo foi analisado. O historiador djôrdjo vasári, por exemplo, disse que:

Vinheta musical

Narrador: “Nesta obra de Leonardo havia um sorriso tão agradável que era algo mais divino do que humano de se contemplar, e foi considerado algo maravilhoso, no sentido de que era algo vivo”.

Vinheta musical

Locutor: A Mona Lisa é uma das obras mais famosas da pintura universal e até hoje gera muita curiosidade nos visitantes, que se aglomeram na sala do Museu do Lúvri, em Paris, onde está exposta. E você, que recurso usaria para retratar os sentimentos humanos?

Vinheta musical

Locutor: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da frissáund.