UNIDADE 3 Visões do mundo nas artes
As propostas desta unidade do seu livro foram desenvolvidas em quatro etapas, que se completam.
eu SEI
Como eu vejo o mundo?
Desenvolver experiência sensorial de percepção do entorno.
eu vou APRENDER
Capítulo 1 – Visões do mundo na fotografia
Identificar e reconhecer a importância histórica da linguagem fotográfica.
Capítulo 2 – Visões do mundo no cinema e no teatro
Identificar e reconhecer a importância histórica do cinema.
Respostas e comentários
Bê êne cê cê NA UNIDADE
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um) ( ê éfe seis nove á érre zero três) ( ê éfe seis nove á érre zero quatro) ( ê éfe seis nove á érre zero cinco) ( ê éfe seis nove á érre um seis) ( ê éfe seis nove á érre dois cinco) ( ê éfe seis nove á érre dois seis) ( ê éfe seis nove á érre dois sete) ( ê éfe seis nove á érre dois oito) ( ê éfe seis nove á érre três zero) ( ê éfe seis nove á érre três dois)
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 3, 4, 9 e 10
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5 e 6
tê cê tês
- Diversidade cultural
- Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
- Educação em Direitos Humanos
Objetivos
- Reconhecer a arte como expressão da visão de mundo.
- Reconhecer diferentes pontos de vista nas expressões artísticas fotográficas.
- Analisar elementos históricos da fotografia.
- Reconhecer a importância da fotografia para a imprensa.
- Refletir sobre padrões de beleza impostos pela sociedade.
- Reconhecer diferentes pontos de vista no cinema e no teatro.
- Identificar a relação entre cinema e fotografia.
- Reconhecer o cinema como linguagem artística.
- Refletir sobre as etapas de produção de um filme.
- Compreender noções de enquadramento e fotografia em um filme.
- Analisar a relação entre imagem e som no cinema.
- Identificar elementos do teatro como linguagem artística.
- Realizar reescrita teatral.
Introdução
Nesta unidade, serão exploradas diferentes fórmas de perceber, apreender e expressar a realidade, por meio das linguagens presentes nas manifestações artísticas. Na unidade os estudantes serão estimulados para pesquisar, apreciar e analisar diferentes fórmas de artes visuais produzidas tanto por grupos brasileiros quanto estrangeiros ( ê éfe seis nove á érre zero um). As diferentes produções e fórmas de expressão artística serão analisadas e exploradas por meio de atividades dinâmicas de criação e improvisação de composições fotográficas, por exemplo ( ê éfe seis nove á érre dois três). Também será dada a oportunidade aos estudantes de criarem fórmas de dramaturgia, de modo a explorarem as artes cênicas e a experimentarem os elementos que constituem tal expressão artística ( ê éfe seis nove á érre dois sete).
eu APRENDI
Desenvolver atividades de verificação, sistematização, reflexão e ampliação da aprendizagem.
vamos COMPARTILHAR
Cenas: expressão e sentimento
Elaborar uma proposta para retratar visões do mundo a partir da produção de imagens fotográficas, de um filme ou de uma cena de teatro.
OBJETIVO GERAL
▶ Possibilitar o reconhecimento e a identificação de diferentes fórmas de ver e sentir o mundo a partir de manifestações artísticas.Respostas e comentários
As atividades proporcionarão a possibilidade de identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos relacionados às artes ( ê éfe seis nove á érre três cinco). Por meio desses meios tecnológicos, eles poderão analisar e explorar projetos temáticos de diferentes fórmas artísticas ( ê éfe seis nove á érre três dois).
Dessa fórma, durante toda a unidade, o estudante analisará os elementos que constituem a arte e suas diferentes produções ( ê éfe seis nove á érre zero quatro), podendo experimentar diferentes fórmas de expressão artística, sendo, nesse caso, a fotografia e a dramaturgia ( ê éfe seis nove á érre zero cinco). Por meio das atividades, ele não apenas reconhecerá a importância histórica da linguagem fotográfica e do cinema ( ê éfe seis nove á érre três três), como também desenvolverá a experiência sensorial e a percepção do entorno.
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia de fórma compartilhada a estrutura da unidade, explicando cada etapa: Eu sei, Eu vou aprender, Eu aprendi e Vamos compartilhar. Explique que os estudantes percorrerão todo o processo para a construção do conhecimento.
eu SEI
Como eu vejo o mundo?
Nesta Unidade serão exploradas diferentes fórmas de ver, perceber e expressar a realidade, por meio de diferentes manifestações artísticas.
Para iniciar, vamos propor uma experiência que busca treinar o olhar e a percepção do “mundo” ao nosso redor. Para isso, você vai construir uma moldura e observar pessoas, lugares, cenas e objetos através dela. A ideia é compreender como esse olhar pode mudar a fórma de ver e construir histórias. Vamos lá!
Orientação para acessibilidade
Como eu vejo o mundo?
Caso haja estudantes cegos na turma, após a confecção das molduras, você pode auxiliá-los na observação dos espaços descrevendo-os aos estudantes, oralmente, de acordo com a posição deles e da moldura que estão segurando. Por exemplo, caso um estudante cego esteja segurando a moldura na posição retrato em direção à janela da sala, você pode descrever a ele o que está dentro desse recorte. Essa descrição vai mudar caso ele se afaste, se aproxime, vire a moldura na posição paisagem etc.
Após essa experiência, peça que escolham um dos locais, escrevam uma frase citando o que havia nesse local e criem uma representação sobre ele. Auxilie-os a perceber que podemos criar enquadramentos do espaço. Ao final, peça que compartilhem suas produções com os colegas.
Material
- Papel sulfite.
- Cartolina ou papel-cartão branco com cêrca de 20 centímetros por 30 centímetros.
- Régua.
- Lápis grafite.
- Tesoura com pontas arredondadas.
Como fazer
- No centro da cartolina ou do papel-cartão, desenhe um retângulo de aproximadamente 20 centímetros por 15 centímetros.
- Recorte esse retângulo abrindo uma “janela” no centro da cartolina.
Continua
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero quatro) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, fórma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etcétera) na apreciação de diferentes produções artísticas.
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 4
Competência específica de Arte: 4
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Inicie a aula convidando os estudantes a olhar e selecionar objetos presentes na sala de aula. Peça para eles que escolham um desses objetos e que escrevam uma frase para registrar o que foi observado. Evidencie a fórma, a cor e as funções do objeto selecionado sem escrever o nome dele. Em um segundo momento, solicite para alguns alunos que leiam as suas frases e peça para ou outros estudantes que citem o nome do objeto descrito. Para finalizar converse com todos evidenciando as diferentes fórmas de ver, perceber e descrever os objetos.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Leia a lista de material com os estudantes e os passos a serem seguidos, de modo que todos tenham entendido o que deverá ser feito na atividade. Nesse caso, reforce a importância do cuidado com os materiais, zelando pela integridade física e pela segurança de todos os envolvidos no processo educacional.
Acompanhe os estudantes durante os primeiros passos, orientando-os a cortar cuidadosamente o papel para fazer a moldura. Oriente os estudantes a terminar de recortar com a tesoura, para não causar acidentes. Faça uma primeira experiência com a moldura em sala de aula. Incentive os estudantes a explorarem-na bastante. Convide-os a caminhar por diferentes espaços da escola, observando-a através da moldura, de perto, a meia distância e de longe, para gerar planos semelhantes àqueles mencionados no texto.
Acompanhe a turma durante o “passeio” pela escola, orientando os estudantes a ficarem em silêncio, a certa distância uns dos outros, de maneira a não atrapalharem outras atividades que estejam acontecendo simultaneamente na escola.
Continuação
- Agora, observe a sala de aula através desta “janela”. Primeiro, coloque a moldura na frente do seu rosto e observe a sala através do retângulo vazado. Depois, afaste a moldura vazada de seu rosto. Faça isso algumas vezes: primeiro, de perto; depois, de longe.
- Em seguida, caminhe pelos espaços da escola, observando cenas, lugares, pessoas e objetos através da moldura. Faça isso usando a moldura em três posições em relação ao seu rosto: bem de perto, a uma certa distância e de longe, em primeiro plano.
- Escolha um local visto através da moldura e faça um registro, em desenho, da cena que você observou dentro desse enquadramento. Para ampliar a experiência, após o desenho, escreva uma frase citando o que você observou na cena selecionada. Descreva os objetos, as pessoas e as ações retratadas.
- Depois, compare seu desenho com o espaço observado sem a moldura e veja a diferença entre uma cena enquadrada e a realidade observada.
- Para finalizar, compartilhe seu desenho com os colegas. Leiam as frases e troquem ideias sobre o que foi observado e as vantagens e as desvantagens de cada posição em relação ao seu rosto.
Respostas e comentários
Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Ao retornarem à sala de aula, pontue os próximos passos que deverão ser seguidos e deixe que o realizem de maneira autônoma.
Ao final, convide a turma a compartilhar entre si o que foi produzido e faça algumas perguntas norteadoras sobre o motivo da cena escolhida e uma possível inspiração artística escolhida pelos estudantes.
Proponha a eles que exponham as ilustrações e organize uma roda de conversa para discutir os resultados e a experiência que os estudantes tiveram observando o “mundo” através da moldura. Solicite que compartilhem com os colegas suas impressões e percepções sobre a atividade.
Para observar e avaliar
Observe se compreenderam a atividade proposta e a questão envolvendo as cenas e a fórma de ver o mundo. Com base na atividade, é possível avaliar também a participação deles e até o que já foi aprendido em unidades anteriores acerca de movimentos e inspirações nas artes visuais. Do contrário, é possível realizar o atendimento individualizado ao estudante que não alcançar os objetivos esperados.
eu vou APRENDER Capítulo 1
Visões do mundo na fotografia
Ao observarmos pessoas e lugares da escola, na experiência que fizemos anteriormente, podemos perceber que cada pessoa tem uma fórma particular de entender a realidade. Além disso, é importante destacar que a fórma como vemos o mundo e as outras pessoas depende da época e do lugar em que vivemos, da família e da comunidade da qual fazemos parte, com suas crenças, tradições, língua, costumes e modos de viver.
Na fotografia, por exemplo, a imagem é retratada do ponto de vista de quem fotografou. Porém, podem existir diversos pontos de vista sobre a mesma fotografia, a partir de diferentes pessoas que observam a imagem.
1. Vamos investigar? Observem a imagem do fotógrafo Walter Firmo, que nasceu no Rio de Janeiro em 1937 e é conhecido por suas imagens que retratam as festas e a cultura popular brasileiras.
Respostas e comentários
1. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 4
Competência específica de Arte: 1
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Retome com a turma a atividade feita anteriormente, sobre as cenas e a fórma como vemos o mundo, e comente que a fotografia é justamente uma fórma de expressão artística que depende exclusivamente do ponto de vista do fotógrafo. Pergunte se os estudantes já tiveram a experiência de fotografar utilizando uma câmera digital ou analógica, ou mesmo as câmeras dos celulares.
Pode ser interessante conversar com a turma e sugerir que compartilhem entre si as últimas fotografias de paisagens que tiraram.
Realize a leitura do texto de fórma breve e compartilhada, complementando com o texto a seguir.
Texto complementar
Walter Firmo
Nascido em 1937 no Rio de Janeiro, Walter Firmo conta que desde garoto sonhava em fotografar. Ingressou na fotojornalismo em 1955, como aprendiz, no jornal Última Hora, e não parou mais. Trabalhou em diversos jornais e revistas e construiu uma carreira longeva, reconhecida por prêmios. Um deles foi o Esso de Reportagem, em 1963, conquistado por “Cem dias na Amazônia de ninguém”, matéria publicada no Jornal do Brasil com fotos e texto seus. Chamado de “mestre da cor”, Firmo é autor de retratos memoráveis de ícones da música brasileira como Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Cartola. Outra vertente bastante conhecida de seu trabalho são as imagens de festas populares registradas por todo o Brasil, do carnaval do Rio de Janeiro ao bumba meu boi no Maranhão. Desde 2018 o Instituto Moreira Salles abriga, em regime de comodato, aproximadamente 145 mil fotos feitas por Firmo ao longo de várias décadas. O material estabelece um diálogo direto com outros grandes nomes do acervo do í ême ésse, como José Medeiros, com quem Firmo trabalhou, e Marcel Gútirô.
WALTER Firmo. Instituto Moreira Salles, São Paulo, 2022. Disponível em: https://oeds.link/oDB7tn. Acesso em: 14 de junho 2022.
OBJETOS DE CONHECIMENTO |
HABILIDADES |
---|---|
Contextos e práticas |
(EF69AR01) |
Materialidades |
(EF69AR05) |
Processos de criação |
(EF69AR32) |
- Descrevam a autoria e o nome da imagem e a época em que ela foi retratada.
- Que elementos se destacam na fotografia?
- Que sensações a imagem provoca em vocês?
2. É possível que vocês tenham sensações diferentes tanto sobre a leitura e interpretação da imagem como sobre o tema dela. Alguns de vocês podem apreciar as manifestações circenses e outros podem ter opiniões diferentes. Para ampliar o tema, investiguem em livros, revistas ou na internet uma imagem que retrate a cena de uma manifestação circense e elaborem uma legenda explicativa para ela. Tragam a imagem e a frase para a sala de aula e a compartilhem com os colegas.
Possivelmente vocês observaram que existem diferentes pontos de vista sobre uma mesma situação. Você pode compreender um fato de uma maneira e seu colega pode ver a mesma coisa de outro jeito. O importante é que haja diálogo e tolerância, compreendendo que cada um de nós tem uma fórma própria de entender o mundo.
Respostas e comentários
2. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Descreva com a turma os elementos visuais presentes na imagem, pontuando a lona do circo, a sombra das pessoas, a imagem do palhaço e a cêrca. Leia com eles a legenda da fotografia e, em seguida, proponha que realizem coletivamente as atividades da página. Questione-os sobre as sensações transmitidas pela fotografia em questão, deixando que se manifestem livremente acerca da imagem.
Na segunda atividade, solicite que compartilhem suas experiências sobre o tema e exponham suas percepções. Para ampliar a percepção dos estudantes acerca do que a imagem transmite, oriente-os durante a pesquisa na internet a fim de que consigam transmitir suas sensações e impressões. Reforce que o diálogo e o respeito são sempre fundamentais nas discussões coletivas.
Para observar e avaliar
Durante a leitura e a atividade, observe se todos conseguiram analisar e expressar seus sentimentos acerca da imagem apresentada. Nesse caso, é interessante notar se conseguem expressar identificação emocional com relação à fotografia em questão. Com base na atividade, avalie também a capacidade de argumentação dos estudantes, assim como a pesquisa. A atividade é interessante para avaliar a percepção deles acerca da fotografia e como essa é uma manifestação artística que passa diferentes sensações para cada pessoa que a observa. Caso algum estudante não atinja os objetivos, é interessante realizar o atendimento individualizado para entender suas necessidades e propor uma breve pesquisa sobre a fotografia e as emoções, bem como a relação entre elas.
FOTOGRAFIA
Atualmente, observamos o domínio da cultura visual e a presença de imagens fotográficas em diversos espaços do cotidiano, como na internet, nas redes sociais, na televisão, nas revistas, nos jornais, nos livros ou em outdoors.
A fotografia, surgida no século dezenove, impactou definitivamente as artes e a sociedade. A partir de sua invenção, registros visuais de pessoas, lugares e objetos tornaram-se acessíveis a todos.
Com a fotografia, a percepção visual do mundo foi marcada pela utilização de dispositivos técnicos para a produção de imagens, abrindo caminho para outras fórmas de expressão, como o cinema, a televisão, a videoarte, a arte realizada por meios digitais etcétera
- Uma imagem fotográfica retrata fielmente a realidade observada? Justifiquem sua resposta.
- Como vocês utilizam os registros fotográficos no cotidiano?
- Qual a importância da fotografia na vida de vocês? Reflitam e troquem ideias com os colegas.
Respostas e comentários
3. Espera-se que os estudantes compreendam que a fotografia é o registro “ocular” de uma existência, fato ou acontecimento contido na imagem, comprovando sua realidade. Porém, uma imagem pode ser ressignificada pelo enquadramento, distanciamento, aproximação, jogo de luz e sombra conferidos pelo fotógrafo, revelando diversas possibilidades de leitura e interpretação.
4. e 5. Espera-se que os estudantes compreendam que a fotografia é uma importante fórma de recordação, registro visual pessoal, histórico, documental e meio de comunicação. A fotografia ajuda a nos aproximar do mundo sob diversas óticas. Também tem papel importante nas artes visuais, no jornalismo e na publicidade.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 4
Competência específica de Arte: 1
tê cê tê
• Diversidade cultural.
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Relembre com a turma como a fotografia do Circo Mambembe, realizada por Walter Firmo, criou sentimentos e sensações diferentes em cada estudante. Converse novamente sobre a fotografia como manifestação artística e convide-os a ler de maneira compartilhada o texto presente na página.
Descreva os elementos visuais presentes na fotografia, apresentada na página, lendo a legenda com a turma e questionando acerca da realidade impressa na imagem em questão.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após a leitura, proponha aos estudantes que realizem a atividade coletivamente. Leia com a turma as questões presentes nas atividades e debata sobre a capacidade da fotografia de retratar a realidade. Deixe que a turma expresse livremente suas opiniões, mas reforce a necessidade de argumentação e de justificativas. Solicite que respondam às outras duas questões, deixando que o debate aconteça naturalmente acerca da importância da fotografia. Pode ser interessante convidá-los a mostrar uns aos outros uma fotografia de sua produção visual que gostariam de destacar.
VAMOS FAZER
Cartaz com fotografias
Desde sua origem, a fotografia é utilizada com diferentes finalidades, inclusive para o registro de fatos e momentos históricos, em notícias de jornais, e comercialmente, em publicidade, na moda e em muitas outras situações.
Material
- Cópias de fotografias pessoais, de familiares ou amigos.
- Jornais e revistas velhos.
- Papel-cartão da cor de preferência do grupo.
- Tesoura com pontas arredondadas.
- Cola.
Como fazer
- Reúna-se com mais quatro colegas.
- Vocês vão pesquisar em seu acervo pessoal, em suas casas, e nas revistas e jornais velhos fotografias feitas para diferentes finalidades:
- uma fotografia de paisagem, feita em sua cidade por alguém do grupo ou por um dos integrantes do grupo em uma viagem;
- um retrato, que pode ser de um dos alunos do grupo, de um amigo, familiar ou ídolo em comum;
- uma fotografia jornalística, pesquisada e retirada dos jornais e que acompanhe uma notícia;
- uma fotografia de moda, que apresente um estilo com que vocês se identificam;
- uma fotografia publicitária, com o anúncio de um produto ou serviço.
- Escolham imagens que chamem a sua atenção pelas cores, pelo enquadramento da câmera, pelo conteúdo apresentado etcétera
- Montem, na folha de papel-cartão, um cartaz com as fotografias selecionadas.
- Apresentem os cartazes justificando as escolhas do grupo e como as imagens se encaixam na categoria de fotografia solicitada. Ao final, exponham os cartazes.
Respostas e comentários
Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
( ê éfe seis nove á érre três dois) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 4
Competência específica de Arte: 6
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Converse com a turma sobre a importância da fotografia na vida de cada estudante e, então, proponha que realizem a atividade: um cartaz com fotografias. Nesse caso, é possível conversar sobre a possibilidade de essa atividade ser feita on-line – em vez de cartazes físicos, os estudantes fariam um cartaz virtual, com fotografias selecionadas e colocadas em uma página de apresentação de slides em um programa específico para tal.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Divida a turma em grupos e explique que eles deverão trabalhar com as categorias descritas no texto – paisagem, retrato, fotografia jornalística, de moda e publicitária –, pois elas são uma categorização simples e de fácil entendimento. As fotografias jornalísticas devem vir acompanhadas da notícia.
Quando os cartazes (ou apresentações on-line) estiverem prontos, proponha que os grupos mostrem suas apresentações e expliquem o motivo da seleção de cada fotografia; questione-os sobre o tipo de foto, perguntando se é registro pessoal ou de uso comercial.
Após apresentarem as fotografias jornalísticas, peça ao grupo que leia também a notícia relacionada e questione-os acerca dos elementos visuais presentes na imagem: têm relação com o que foi escrito? Auxiliam na compreensão do texto?
Para observar e avaliar
Durante a atividade, observe a interação entre estudantes e integrantes de cada grupo. Note se todos participam e se argumentam ou realizam a pesquisa de maneira responsável. Nesse caso, no momento das apresentações, avalie a capacidade de comunicação e apresentação dos estudantes de cada grupo, bem como a reflexão e o debate acerca das fotografias jornalísticas. Com base na atividade, avalie se todos compreenderam os diferentes usos e fórmas de manifestação da fotografia como fórma de arte. Do contrário, solicite que o estudante que não alcançar os objetivos realize uma breve pesquisa sobre os tipos de fotografia e seus usos. Ele poderá apresentá-la aos colegas e disponibilizar o material na internet.
O surgimento da fotografia
Fotografia pode ser definida como as técnicas ou os processos utilizados para registrar e reproduzir uma imagem através de exposição luminosa em superfície sensível.
O advento da fotografia no século dezenove revolucionou a fórma como o ser humano enxerga a si mesmo e ao mundo. Sua invenção foi resultado de um processo de estudos e aperfeiçoamentos técnicos. A primeira experiência fotográfica conhecida, realizada por Joséf Niépis (1765‐1833), ocorreu no final do século dezoito, por meio de uma chapa sensível à luz e de uma câmera escura.
Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIA
Competência específica de Arte: 1
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Inicie a aula perguntando aos estudantes que tipos de máquinas fotográficas eles já viram. Deixe que a turma responda livremente e, a partir de então, questione-os sobre a “idade” da fotografia como arte. Realize, então, a leitura do texto de maneira compartilhada, comentando que os gregos, no século quatro antes de Cristo ponto, já tinham alguns conhecimentos sobre os princípios da câmara escura, que foram retomados por Leonardo da vinti no Renascimento. Em seus estudos, ele descreveu que a luz, ao penetrar um ambiente totalmente escuro por meio de um pequeno furo, fórma uma imagem invertida na parede em frente a esse furo.
Prossiga a aula solicitando aos estudantes que leiam o texto que descreve aspectos relacionados a história da fotografia e durante a leitura possibilite a observação dos elementos visuais presentes nas imagens.
Para ampliar
Para saber mais sobre a trajetória da fotografia veja a indicação: História da fotografia: Niépis imagens. Disponível em: https://oeds.link/UU2GTs. Acesso em: 21 junho 2022.
Nasce a fotografia
Entretanto, considera-se 1839 o ano oficial do surgimento da fotografia, com o lançamento do daguerreótipo. O aparelho, desenvolvido por Luí Daguérre (1785‐1851), era formado por uma câmera escura que continha, em seu interior, uma folha de prata sensibilizadora sobre uma placa de cobre. Esse princípio de fixação proporcionava imagens de melhor qualidade.
Com o passar do tempo, a fotografia tornou-se muito popular e acessível. O custo de produção ficou mais baixo e os equipamentos foram se tornando mais portáteis, ganhando diversos acessórios, como as lentes especiais para paisagens e retratos. O público que, antes da fotografia, buscava artistas retratistas para realizar uma pintura de sua própria imagem ou de sua família, agora estava fascinado com a ideia de ter seu rosto perpetuado pela nova tecnologia.
6. Quais são os diferentes usos da fotografia em nossa sociedade? Para responder, com a orientação do professor, elaborem uma lista coletiva com as diferentes fórmas de utilização das imagens fotográficas na atualidade.
Respostas e comentários
6. Atualmente, a fotografia é utilizada em diferentes áreas, como atividade particular e comercial. Podemos citar como áreas que fazem uso recorrente da fotografia o jornalismo, a publicidade, a moda e as artes visuais. Ela também é utilizada para registros documentais e registros pessoais, como lazer e entretenimento.
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Continue a conversa sobre a história da fotografia e relembre alguns palpites dados por eles acerca das máquinas fotográficas antigas. Analise com a turma o “daguerreótipo” criado por Luí Jáque Mondê Daguérre (1785‐1851), na França.
Paralelamente, o físico inglês Uíliam Renri Fóx Tálbot (1800‐1877) desenvolvia estudos que buscavam meios de fixar a imagem obtida pela câmera escura em materiais sensíveis à luz. Talbot desenvolveu um processo de fixação de imagens em diferentes materiais e chamou de calótipo o aparelho que possibilitava esse processo.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Leia para a turma o enunciado da questão. Converse com os estudantes sobre os diferentes usos da fotografia em nossa sociedade, relembrando os tipos de fotografias que foram analisados anteriormente.
Deixe que respondam livremente, solicitando que justifiquem suas respostas. Oriente-os na elaboração da lista coletiva dessas diferentes fórmas de utilização da fotografia na atualidade.
Para observar e avaliar
Durante a leitura e o debate, note se os estudantes compreenderam o fato de que a fotografia se relaciona com a física da iluminação. Nesse caso, com base na atividade, é possível perceber também se compreenderam que existem diferentes fórmas nas quais a fotografia está presente na sociedade. Caso algum estudante não atinja os objetivos, proponha que realize uma pesquisa sobre a história da fotografia na África, na Ásia, na Oceania e na América Latina. Solicite que apresente a pesquisa on-line e deixe-a disponibilizada virtualmente para acesso de outras turmas e membros da comunidade local.
Fotografia e imprensa
Pouco tempo depois de seu surgimento, a fotografia passou a ser utilizada em muitos momentos da vida social: para enviar retratos de família aos amigos e parentes, para registrar casamentos, festas, viagens etcétera Também passou a ser usada em estudos históricos, geográficos e científicos. Foram registradas novas paisagens, diferentes tipos humanos, lugares distantes e exóticos, expedições científicas, atividades militares etcétera
Ao se perceber o potencial da fotografia para o registro dos acontecimentos cotidianos, a imagem fotográfica passou a se multiplicar em jornais, tornando-se, com o texto escrito, portadora de informações. Surgia, então, o fotojornalismo, uma nova linguagem e atividade profissional. Com o tempo, as revistas também substituíram as imagens feitas em serigrafiaglossário , xilogravura, litogravuraglossário e gravura em metal por fotografias. A publicidade também iria usar – e, em muitos casos, abusar – dos recursos estéticos possibilitados pela fotografia.
Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIA
Competência específica de Arte: 1
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Realize a leitura de maneira compartilhada com os estudantes, pontuando acerca do surgimento da fotografia e os de seus usos. Nesse caso, é interessante escrever na lousa as palavras desconhecidas no texto, de modo a conversar com a turma sobre seus significados e construir um glossário personalizado com as definições criadas pelos próprios estudantes.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Descreva os elementos visuais presentes nas imagens, de modo a debater como a fotografia teve, desde sua criação, seu uso social modificado ao longo das décadas. Analise com os estudantes as três fotografias observadas, desde o fotojornalismo até uma revista e o desfile de moda. É interessante debater com a turma quais seriam as diferenças entre esses usos da fotografia
Para observar e avaliar
Durante a leitura e debate, note se os estudantes compreenderam a relação entre fotografia e imprensa. Caso algum estudante apresente dificuldades, analise jornais do dia debatendo a importância dos registros fotográficos para as matérias noticiadas.
Padrões de beleza na mídia
Revistas, programas de televisão, sites, blogs e vídeos definem e reproduzem, atualmente, fotografias de um padrão de beleza que supervaloriza pessoas jovens, esbeltas e magras. Para manter esse padrão, muitas fotografias de pessoas passam por manipulações em softwares de edição de imagem, levando o público a acreditar que algumas celebridades nunca envelhecem nem têm seu corpo transformado pelos anos vividos.
Essa ilusão de uma “perfeição” estética ligada a um ideal de beleza leva muitas pessoas a consumir produtos para emagrecer, cosméticos para rejuvenescimento, aparelhos de ginástica, entre outras coisas, enfrentando grandes dificuldades para alcançar um padrão que, muitas vezes, é inatingível, por ser irreal.
- Discuta com os colegas sobre esse tema, a partir dos seguintes questionamentos.
- Como as imagens veiculadas na mídia podem afetar a percepção que as pessoas têm de seu próprio corpo?
- Qual a melhor maneira de lidar com essa imposição estética e de comportamento?
- Descrevam algumas atitudes que podem contribuir para, de alguma fórma, rompermos com esses padrões.
- O desejo de alcançar um padrão de beleza apresentado pelas mídias pode levar pessoas a colocarem em risco a própria saúde. Com orientação do professor, investiguem artigos de revistas, jornais ou na internet que evidenciem esses riscos e compartilhem os resultados com a turma.
Respostas e comentários
7. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 9
Competências específicas de Arte: 1 e 6
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Convide a turma a fazer uma breve investigação na internet – utilizando os próprios celulares, os estudantes deverão entrar em diferentes sites e realizar pesquisas relacionadas como os padrões estéticos de beleza na atualidade. Peça a eles que comparem entre si as principais imagens do site de busca e debata com a turma sobre os padrões estéticos perpetuados por essas fotografias.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após a leitura do texto, divida a turma em grupos diversos e solicite que realizem a atividade proposta. Nesse caso, leia com a turma as questões presentes e deixe que discutam suas respostas entre si.
Proponha que as respostas sejam consensuais entre os integrantes do grupo após debate e argumentação. Em seguida, organize uma roda de conversa e discuta as questões levantadas na seção.
Diga aos estudantes que, muitas vezes, o desejo de alcançar um padrão de beleza apresentado pelas mídias pode levar pessoas a colocarem em risco a própria saúde. Debata com a turma como os padrões de beleza podem prejudicar a saúde da população, incentivando regimes ineficazes e muitas vezes sem base científica, ou piorando a saúde mental, ao criar comparações com as próprias modelos nas fotografias.
É interessante deixar que a turma debata livremente, expressando suas opiniões e pontos de vista pessoais de maneira respeitosa, com argumentações e justificativas para as respostas.
Para observar e avaliar
Com base na atividade proposta, observe se os estudantes compreenderam como a fotografia tem um papel social envolvido e se torna, portanto, extremamente importante na questão da propagação e da manutenção dos padrões estéticos prejudiciais à sociedade. É interessante analisar a capacidade de argumentação e interação entre os grupos. Caso o estudante não tenha alcançado os objetivos presentes, proponha que realize uma pesquisa sobre a fotografia e os padrões de beleza na sociedade e como ambos se relacionam com a saúde mental coletiva. Convide o estudante a apresentar seus resultados em uma apresentação virtual que ficará disponível para as outras turmas.
Fotografia e artes visuais
Originalmente, o principal objetivo da fotografia era o registro de imagens estáticas, o que facilitava o registro do que seria retratado, pois o movimento afetava a captação de imagens. Só mais tarde alguns fotógrafos passaram a se preocupar em transmitir, por meio da fotografia, uma interpretação própria do mundo, deixando uma marca pessoal.
A fim de desenvolver os aspectos artísticos da linguagem fotográfica, diversos fotógrafos passaram a usar a criatividade e a técnica, extrapolando a mera reprodução da realidade. A fotografia tornava-se, assim, meio de expressão, criando imagens inspiradas nas artes visuais e na literatura. A esse movimento deu-se o nome de Pictorialismoglossário .
Uma das mais importantes representantes do movimento pictorialista foi a fotógrafa Djúlia Márgaret Câmeron (1815‐1879). Djúlia ganhou sua primeira câmera fotográfica aos 48 anos de idade e, a partir desse momento, desenvolveu uma carreira como fotógrafa.
Para a época, suas fotografias eram pouco convencionais e se enquadravam em duas categorias: retratos e encenações de alegoriasglossário , inspiradas em obras religiosas e literárias. Após um período de questionamento sobre o papel da arte diante dos avanços proporcionados pelo surgimento da fotografia, os pintores se apropriaram dos efeitos ópticos da fotografia, que os auxiliava na escolha de novos planos e enquadramentos em ângulos até então nunca explorados.
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar fórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 6
tê cê tês
- Diversidade cultural
- Educação em direitos humanos
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Converse com a turma sobre a fotografia como fórma de expressão artística de fato. Até o momento, as fotografias que os estudantes avaliaram seriam consideradas “artes visuais” por eles? Questione-os sobre isso e deixe que respondam livremente. Em seguida, realize a leitura do texto de maneira compartilhada, evidenciando o movimento pictorialista que eclodiu na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos a partir da década de 1890, congregando os fotógrafos que ambicionavam produzir aquilo que consideravam fotografia artística, capaz de conferir aos praticantes o mesmo prestígio e respeito granjeado pelos praticantes dos processos artísticos convencionais.
Descreva os elementos visuais das fotografias, pontuando que as fotos se parecem com pinturas. Explique que os pictorialistas, com o objetivo de aperfeiçoar e modificar as imagens, desenvolveram diferentes técnicas de manipulação dos negativos, obtendo resultados próximos aos da pintura. Por meio dessas técnicas, era possível controlar tonalidades de cores, modificar os efeitos da luz, disfarçar e remover detalhes. Hoje, essas alterações são possíveis, além de muitas outras, mas os fotógrafos não precisam mais interferir no negativo – elas podem ser feitas com o uso de softwares especializados em edição de imagens.
Ao final da conversa, explique aos estudantes que a ânsia de reconhecimento levou muito dos adeptos do pictorialismo a tentar imitar a aparência e o acabamento de pinturas, gravuras e desenhos em vez de tentar explorar os novos campos estéticos oferecidos pela fotografia. Por essa razão, o movimento, que durou até a década de 1920, aproximadamente, foi estigmatizado durante muito tempo. Atualmente, vemos o movimento ressurgir.
O pintor francês Eugêne Delacroá (1798‐1863), por exemplo, usou a fotografia para registrar poses difíceis, que depois seriam pintadas em uma tela. Assim como delacroá, edigár degá (1834‐1917), entre outros artistas de sua época, também utilizou a fotografia para realizar estudos de composições diferentes e poses incomuns ou difíceis de serem mantidas pelo modelo por muito tempo.
8. edigár degá utilizou a imagens obtidas em fotografias para pintar algumas das suas telas. Com a orientação do professor investigue em livros, revistas ou na internet uma fotografia que poderia ilustrar um trecho de um livro, um conto ou um poema que você já leu. Após a investigação, elabore uma legenda com informações sobre o trecho do livro, o conto ou o poema, assim como sobre a imagem selecionada e as razões da sua escolha. Para finalizar, compartilhe a fotografia e a legenda com os colegas.
Respostas e comentários
8. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Oriente a turma durante a pesquisa em livros, revistas ou na internet, reforçando a importância de utilizarem fontes confiáveis e com boas informações. Nesse caso, solicite que os estudantes montem os resultados das pesquisas em uma apresentação on-line e que a apresentem aos colegas de turma em outro momento.
Durante esse momento, questione os estudantes sobre a legenda elaborada e imagem escolhida. Pergunte também sobre a possível inspiração artística que o autor da fotografia teria utilizado.
Proponha a eles que, coletivamente, juntem todas as apresentações e as disponibilizem na internet, como uma exposição artística virtual. Converse com a direção da escola sobre essa possibilidade.
Para observar e avaliar
Observe se os estudantes compreenderam o papel da fotografia como arte visual, enxergando que uma foto pode ir além de simplesmente mostrar a cena que é vista pelo fotógrafo em questão. Nesse caso, é interessante notar, com base na atividade proposta, essa mesma visão dos estudantes, que deverão colocar em prática o que foi aprendido. Do contrário, divida a turma em duplas, de modo que cada estudante auxilie o outro no processo de aprendizagem.
Fotografia no Brasil
A fotografia chegou ao Brasil em 1840, ano seguinte ao seu surgimento “oficial” na França, e seu uso se espalhou pelo país nas décadas de 1850 e 1860. O Imperador dona Pedro II foi considerado o primeiro fotógrafo brasileiro e um grande colecionador de fotografias.
Há fontes e documentos que comprovam experimentos fotográficos em terras brasileiras, especificamente na cidade de Campinas, no atual estado de São Paulo, em 1833. Seis anos antes do surgimento oficial da fotografia em Paris, o francês ercúle florênce (1804‐1879), que vivia no Brasil havia alguns anos, já tinha desenvolvido experiências fotoquímicas de sensibilização e fixação de imagens no papel. Ele batizou sua descoberta de fotográfí.
ercúle florênce chegou ao Rio de Janeiro em 1824 e mostrou interesse pelas expedições dos viajantes europeus pelo “Novo Mundo”. Como desenhista e entusiasta das ciências, Ércule integrou a Expedição Langsdorffglossário entre 1825 e 1829, escrevendo grande parte dos relatos e produzindo uma parcela considerável dos desenhos que documentam a passagem dos membros da expedição pelo território brasileiro.
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar fórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera)
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 3
tê cê tês
- Diversidade cultural
- Educação em direitos humanos
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Retome o que foi conversado com os estudantes sobre a fotografia e sua história, perguntando-lhes sobre a introdução dessa expressão artística no Brasil. Convide a turma a realizar a leitura do texto de maneira compartilhada, comentando sobre o fato de que dona Pedro II é considerado o primeiro fotógrafo brasileiro.
Durante a leitura, reforce algumas expressões grifadas no texto, lendo suas definições com a turma posteriormente. Nesse caso, realize também a descrição dos elementos visuais presentes nas fotografias da página.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após as leituras, divida a turma em duplas e proponha que realizem a atividade sugerida. Nesse caso, leia com os estudantes os enunciados e peça a eles que, ao final da primeira atividade, debatam em voz alta as respostas.
Na segunda atividade, oriente-os durante a pesquisa, reforçando a necessidade de utilizar sites confiáveis para as buscas. Solicite também que as duplas anotem os sites que utilizaram como fonte. Peça-lhes que apresentem as imagens e criem a legenda. É interessante propor que os estudantes não somente compartilhem as imagens entre si, mas também que montem uma pequena apresentação com a imagem utilizada e sua legenda. Proponha que esse material seja divulgado na escola e fique disponibilizado virtualmente.
Durante o século dezenove, atuaram no Brasil talentosos fotógrafos, como João Ferreira Villela, José Christiano Júnior (1832‐1902) e Marc Ferrez (1843‐1923). As imagens produzidas por eles ajudam a melhor compreender a sociedade e a paisagem brasileiras dessa época.
- Observem as fotografias e suas respectivas legendas e descrevam as pessoas, a época e o período da história evidenciado. Descrevam também o que as imagens retratam.
- As fotografias podem nos ajudar a melhor compreender a história, a sociedade e as paisagens brasileiras. Investiguem na internet uma imagem que melhor represente, na opinião de vocês, o momento atual brasileiro. Elaborem uma legenda com informações sobre a fotografia e as razões da escolha da imagem. Compartilhem as imagens e as legendas com os colegas explicando o motivo das escolhas.
Respostas e comentários
9. e 10. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Na atividade 9 evidencie as pessoas escravizadas em diferentes atividades e uma criança, que provavelmente era filho de um senhor de escravizados. As fotografias são de 1860 e 1880 e retratam o período da escravidão no Brasil. Amplie a temática explicando aos estudantes que era comum naquele período impor às mulheres escravizadas a função de amamentar os filhos dos senhores. Na atividade 10 oriente os estudantes na investigação, pesquisa e seleção em livros e sites da internet e na elaboração das descrições das imagens que representam para os alunos o momento atual brasileiro. Possibilite o compartilhamento das imagens.
Para observar e avaliar
Durante a leitura do texto, observe se os estudantes notaram as épocas mencionadas de maneira a compreenderem que a fotografia no Brasil se iniciou também em época parecida à de outros países. É interessante notar se entenderam também o papel da fotografia na época da escravidão brasileira. Com base na atividade, perceba como se expressam acerca da atual situação do Brasil. Caso algum estudante não alcance os objetivos propostos, solicite que realize uma breve pesquisa sobre a Expedição Lânguisdórfi e que apresente on-line seus resultados para o restante da turma.
Fotografia: século vinte e contemporaneidade
A fotografia, assim como a pintura, tornou-se linguagem artística e meio de expressão utilizado por diversos artistas durante o século vinte e na contemporaneidade. Destacam-se, entre outros, a mineira Rosângela Rennó (1962‐) e o paulista Vik Muniz (1961‐).
A imagem fotográfica está presente em diversos trabalhos da artista Rosângela Rennó, como na obra Imemorial. Para esse trabalho, ela pesquisou, no Arquivo Público do Distrito Federal, fotografias 3 por 4 de operários (homens, mulheres e crianças) que trabalharam na construção da cidade de Brasília.
Esses operários, ou “candangos”, como eram conhecidos na época, tinham uma pesada carga horária de trabalho, cumprindo aproximadamente 90 horas semanais, trabalhando na construção de Brasília, desde o início do projeto, na segunda metade dos anos 1950, até sua inauguração nos anos 1960.
Na obra de Rosângela Rennó, foram usadas várias dessas fotografias 3 por 4 ampliadas, para compor o que a artista chamou de Imemorial. Ora, se um memorial é um monumento que tem por objetivo preservar a memória de um ou alguns personagens de uma comunidade, o título Imemorial (in = prefixo de negação + memorial) remete ao fato de que foram esquecidos os trabalhadores que construíram uma cidade tão importante quanto Brasília. Na obra de Rennó, eles foram apresentados, nas fotografias, sem seus nomes.
11. Você já tirou uma fotografia 3 por 4? Se não tirou, converse com pessoas mais velhas, pais, tios, parentes, se eles já tiraram uma fotografia desse tipo e qual era a função das imagens. Troque ideias com os colegas a esse respeito.
Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.
Transcrição do áudio
Uma mulher: um clique em busca da memória
Locutor: Uma mulher: um clique em busca da memória.
Cliques e sons de câmeras fotográficas
Locutor: Esse som que você acabou de ouvir é de uma câmera fotográfica.
Essa caixinha mágica que captura a realidade e, por que não?, os sonhos chegou ao Brasil em 1840, apenas um ano depois de ter
sido criada pelos franceses Louis Daguerre e Joseph Necephoree Niépce e de ter recebido o nome de daguerreótipo. E o grande entusiasta dessa nova forma de arte e de registro histórico por aqui foi o próprio imperador Dom Pedro II, considerado o primeiro fotógrafo brasileiro.
Sons de câmeras fotográficas
Locutor: Agora, vamos dar um grande salto no tempo. 154 anos se passaram: as máquinas já são portáteis e as fotografias são registradas em papel. Estamos no ano de 1994 e a exposição da artista mineira Rosângela Rennó começa a ganhar espaço nos museus brasileiros com a sua obra Imemorial.
Depois de pesquisar no Arquivo Público do Distrito Federal, a artista conseguiu reunir 50 fotografias 3 × 4 de operários que trabalharam na construção de Brasília: tanto homens quanto mulheres... e até crianças.
As fotos foram ampliadas e expostas de uma maneira na qual quarenta desses operários que morreram no trabalho aparecem em imagens bem escuras. Ao passo que as imagens de dez crianças que também participaram da construção da capital federal, mas sobreviveram, estão impressas de forma mais clara e iluminada.
Mas todas as imagens são apresentadas sem o nome dos fotografados, em uma clara alusão ao apagamento que nossa sociedade fez das identidades dos que colaboraram com a construção de Brasília, na segunda metade dos anos de 1950. Um verdadeiro retrato da invisibilidade desses trabalhadores que acabaram relegados não só às periferias da moderna capital nacional, como também ao esquecimento.
Sons de câmeras fotográficas
Locutor: Se no passado ficou a cargo da pintura fazer registros de pessoas, lugares e momentos históricos, a partir do século XX a fotografia tomou para si esse papel. E foi além, tornando-se um meio de expressão.
Essa é a magia da fotografia. Ela consegue fazer registros de coisas até consideradas banais, simples, mas que ao serem organizadas e expostas a partir do olhar de artistas visuais nos levam à reflexão.
E essa reflexão pode conter tanto o aspecto individual – nossa forma de enxergar o mundo e pertencer a ele –, quanto o aspecto coletivo, a maneira como a sociedade encara diversas questões.
Sons de câmeras fotográficas
Locutor: Agora propomos um desafio. Pense nas fotos além da chamada selfie, a autofotografia. De que maneira a câmera do seu celular pode registrar seu mundo? E mais: você já pensou em organizar suas fotos de forma que elas contem uma história, que transmitam
uma mensagem? Pense nisso. Suas fotos nas redes sociais revelam acontecimentos corriqueiros, do dia a dia, ou dizem muito sobre quem você é e a época em que você vive?
Sons de câmeras fotográficas
Locutor: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound
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11. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar fórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem,quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 3
tê cê tês
- Diversidade cultural
- Educação em direitos humanos
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Converse com a turma sobre o papel da fotografia e seus diferentes usos na sociedade. Questione-os sobre como a fotografia poderia ser utilizada para a expressão de uma possível revolta ou posicionamento sobre questões sociais e políticas.
Faça a leitura do texto de maneira compartilhada, comentando sobre a exposição Imemorial, de Rosângela Rennó, no Brasil. Analise os elementos visuais presentes nas fotografias, destacando o fato de que há somente uma numeração presente nas imagens. Durante a leitura, destaque também o significado de “imemorial” e pergunte se os estudantes lembram se há alguma questão política envolvida na história da construção de Brasília.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após a leitura e a análise das fotografias, convide a turma a responder de maneira coletiva às atividades propostas. Leia os enunciados e deixe que respondam livremente.
Na atividade 11, explique que as fotos 3 por4 têm a função de registrar e documentar rostos, sendo possível observá-las em documentos importantes como o RG. Caso considere adequado, pergunte à turma quem possui érre gê e, caso se sintam à vontade, peça-lhes que mostrem sua foto para os colegas.
O artista Vik Muniz trabalha com diferentes materiais, como resíduosglossário , brinquedos, revistas, peças de quebra-cabeça, linhas, arame, diamantes, além de diversos tipos de alimento (geleia, pasta de amendoim, chocolate, açúcar, feijão, macarrão etcétera). A fotografia é essencial para registrar as obras criadas por esse artista, especialmente as realizadas com materiais perecíveis.
Criada por Vik em 1996, a série Crianças de açúcar foi um trabalho que possibilitou ao artista ser reconhecido internacionalmente. As imagens retratam crianças pobres caribenhas que são filhos de trabalhadores que cortam cana-de-açúcar nas plantações. A obra reproduzida nesta página é um exemplo da série. As obras foram feitas com vários tipos de açúcar e, depois de fotografadas, o açúcar foi colocado em potes, expostos em museus pelo mundo.
- Discutam sobre os questionamentos a seguir.
- Quem eram as crianças retratadas por Vik Muniz na série Crianças de açúcar?
- Que material foi utilizado pelo artista para retratar as crianças caribenhas?
- Em sua opinião, qual é a relação entre o material usado e as pessoas retratadas na obra?
Respostas e comentários
12. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Na atividade 12, divida a turma em grupos e faça as perguntas presentes no enunciado. Permita que os grupos pesquisem rapidamente algumas das respostas. Após o debate sobre as respostas, amplie o tema falando sobre o paradoxo da doçura do açúcar e a dureza da vida dos pais cortadores de cana e de seus filhos.
Para observar e avaliar
Com base nas atividades e na leitura do texto, é possível observar se os estudantes compreenderam o papel social presente na fotografia como fórma de expressão artística. É interessante analisar se eles se lembram, por exemplo, das questões históricas envolvidas na construção de Brasília e como o papel da fotógrafa Rosângela Rennó, por exemplo, evidenciou uma revolta popular presente na época e posteriormente. Observe se alcançaram os objetivos propostos; do contrário, é possível solicitar que realizem uma breve pesquisa sobre os impactos sociais que as exposições Imemorial e Crianças de Açúcar tiveram na nossa sociedade. Solicite que o estudante em questão apresente seus resultados de maneira breve para os colegas e que disponibilize tudo em uma apresentação on-line.
VAMOS CONHECER MAIS
Iolanda Uzáqui
A fotógrafa Iolanda Uzáqui (1947‐2013) nasceu em São Paulo ( ésse pê) e atuou no fotojornalismo durante mais de quarenta anos. Desenvolveu projetos relacionados principalmente com questões sociais que envolvem o trabalho, a mulher, a infância e a memória cultural brasileiras. Leia um texto e observe algumas imagens que retratam o trabalho da fotógrafa.
Quando Iolanda Uzáqui era pequena não sonhava em ser fotógrafa. Em verdade, sua maior vontade era terminar logo de arrumar a casa, lavar a louça, tirar água do poço e fazer a barra dos vestidos que a mãe vendia nos fins de semana, para então, se sobrasse um tempinho, poder brincar com as colegas de sua idade, também sobrecarregadas de tarefas. Começou a fotografar aos 22 anos, registrando a memória e história da ême pê bê, mas, a partir da década de 1980, descobriu a importância de registrar a dignidade do ser humano e preferiu narrar histórias de pessoas por meio das imagens, retratando temas como trabalho, mulher e, certamente influenciada pela própria história, exploração infantil. “Nos meus trabalhos pessoais, aprofundo temas que envolvem a relação do homem com a sua história, com sua cultura”, define-se. Iolanda sabe muito bem que uma fotografia não muda o mundo, mas contribui para que isso ocorra, e a partir da reflexão dos que admiram seu trabalho, espera atingir a consciência social a respeito de temas da maior importância.
Pêrsiquêti, Simonetta. Iolanda Uzáqui. Iolanda Uzáqui, [ sem local, 2010 década certa]. Disponível em: https://oeds.link/13HwIs. Acesso em: 29 maio 2022.
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HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar fórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 3
tê cê tês
- Diversidade cultural
- Educação em direitos humanos
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes, destacando o trecho presente. Durante a leitura, retome o que foi debatido anteriormente sobre o papel social da fotografia como expressão artística e relembre também a exposição Imemorial, de Rosângela Rennó.
Analise e descreva os elementos visuais presentes nas fotografias e pergunte aos estudantes se veem semelhanças entre os trabalhos de Iolanda Uzáqui e Rosângela Rennó.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após a leitura do texto e a análise das imagens, convide os estudantes a realizarem as atividades propostas. Nesse caso, faça as perguntas em voz alta e deixe que a turma responda livremente. Possibilite a conversa e a troca de informações e destaque que a obra de Iolanda Uzáqui evidencia a relação dos seres humanos com a história e a cultura, retratando temas relevantes associados ao trabalho, a exploração infantil e a condição das mulheres na sociedade.
Leia a frase reflexiva presente na terceira atividade e solicite que pesquisem, utilizando o próprio celular, se for o caso, imagens que representem questões sociais importantes para eles. Peça-lhes que mostrem a fotografia aos colegas e expliquem o motivo para a escolha e a questão social que a foto representa.
- Qual das imagens retratadas chamou mais a sua atenção? Justifique sua resposta.
- Cite os temas que se destacaram na obra de Iolanda Uzáqui.
- Releia a frase: “uma fotografia não muda o mundo, mas contribui para que isso ocorra”. ▶ A partir da reflexão proposta pela fotógrafa, investigue uma imagem em revista, jornal ou na internet que represente uma questão social que para você é muito importante e compartilhe-a com os colegas.
Respostas e comentários
1. a 3. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Proponha à turma que realize uma exposição virtual com as fotografias escolhidas. Nesse caso, os estudantes deverão disponibilizar as fotos e colocá-las em uma apresentação on-line – a fotografia deverá ter os créditos de autoria, o ano e uma legenda criada pelo estudante. Também deverá estar acompanhada de uma breve explicação sobre a questão social e o motivo por que foi escolhida. Converse com a direção sobre a possibilidade da divulgação do material produzido pelos estudantes e a disponibilização virtual dessa “exposição” para turmas e outros membros da comunidade local.
Para observar e avaliar
Durante a discussão com os estudantes, reforce e observe se compreendem o papel social envolvido na fotografia e nas artes visuais como um todo. Nesse caso, observe se a turma também compreendeu a importância das fotógrafas mencionadas no estudo do tema, evidenciando a importância da mulher na fotografia. Com base na atividade, avalie a participação dos estudantes e suas diferentes fórmas de expressão social e de sentimentos sociais por meio da fotografia. Do contrário, é possível propor que façam uma pesquisa sobre a importância da fotografia nos movimentos sociais atuais.
eu vou APRENDER Capítulo 2
Visões do mundo no cinema e no teatro
Neste capítulo vamos identificar como as construções e produções de filmes ou espetáculos teatrais são resultados de processos de pesquisas e experimentações que envolvem o olhar e o trabalho de muitos profissionais. Iniciaremos nossos estudos apresentando alguns momentos que se destacam na história do cinema.
Clique no play e acompanhe as informações do vídeo.
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar fórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
( ê éfe seis nove á érre zero três) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etcétera), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etcétera), cenográficas, coreográficas, musicais etcétera
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 2
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Comece o capítulo conversando com os estudantes sobre o que aprenderam acerca da fotografia como arte. Oriente o debate questionando-os se haveria alguma relação entre a fotografia e o desenvolvimento do cinema como fórma de expressão artística.
Amplie o tema citando que Éduard Maibrédji foi pioneiro no estudo do movimento, fotografou diversos movimentos realizados por um cavalo trotando, provando que por alguns instantes suas quatro patas não tocam o chão, por pessoas dançando, correndo, pulando etcétera
O processo de captura dessas imagens consistia em utilizar diversas câmeras fotográficas, em diferentes posições, realizando, dessa fórma, várias fotografias que pudessem registrar o movimento de algo. Muibrídge utilizou esse mesmo processo na imagem desta página.
Muibrídge inventou um aparelho chamado zôopracsiscópio, uma espécie de lanterna que projeta em uma tela fotografias impressas em um disco de vidro rotativo. Em rápida sucessão, essas imagens criam a ilusão de movimento. Pela primeira vez na história, o zôopracsiscópio proporcionou aos espectadores a ilusão de imagens em movimento, o que influenciou, mais tarde, em 1895, a invenção do cinema.
Leia com os estudantes o texto de maneira compartilhada, analisando e descrevendo os elementos visuais presentes nas imagens das páginas. Explique que a lanterna mágica desenvolve princípios semelhantes aos do teatro de sombras, uma arte muito antiga, que teve origem na Ásia. No Ocidente, o teatro de sombras se desenvolveu inicialmente na França, nos séculos dezoito e dezenove.
É possível comparar os fotogramas aos arquivos individuais de imagem que observamos cada vez que clicamos no botão de pausar nas câmeras de vídeo digitais.
OBJETOS DE CONHECIMENTO |
HABILIDADES |
---|---|
Contextos e práticas |
(EF69AR01) |
Contextos e práticas |
(EF69AR03) |
Materialidades |
(EF69AR05) |
Contextos e práticas |
(EF69AR16) |
Contextos e práticas |
(EF69AR25) |
Processos de criação |
(EF69AR27) |
Processos de criação |
(EF69AR28) |
Processos de criação |
(EF69AR30) |
Arte e tecnologia |
(EF69AR35) |
Respostas e comentários
• Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após a leitura e a análise das imagens, divida a turma em grupos para a realização da atividade proposta. Leia o enunciado e debata com a turma sobre a reação da plateia no filme dos irmãos Limiér. Nesse caso, pergunte sobre a sensação de ver uma imagem aparentemente real projetada em uma tela e indague-os sobre essa sensação de surpresa ou medo. Deixe que a turma responda livremente.
Para observar e avaliar
Observe se os estudantes entenderam o cinema como fórma de expressão artística muito relacionada com a fotografia e seu desenvolvimento tecnológico. Nesse caso, com base na atividade, será possível reforçar e avaliar se eles compreenderam que o cinema também é capaz de causar sensações e emoções nas pessoas. Do contrário, realize o atendimento individualizado e proponha que o estudante em questão pesquise brevemente sobre o cinema como fórma de arte visual. É interessante que os resultados sejam apresentados à turma e disponibilizados virtualmente.
VAMOS FAZER
Fotografias em sequência
Para fazer um filme, é necessário partir de uma ideia ou de uma história. Assim como Éduard Maibrédji, você vai criar uma sequência de fotografias, compondo uma breve narrativa.
Orientação para acessibilidade
Caso haja estudantes cegos na turma, proponha que elaborem uma história curta, composta apenas de diálogos. Depois peça que separem cada fala em um pedaço de papel diferente, embaralhem os papéis e desafiem os colegas a colocá-los na ordem correta da sequência da história.
Material
- Câmera fotográfica ou smartphone.
- Cartolina ou placa de madeira ( cêrca de 50 centímetros por 60 centímetros).
Continua
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
( ê éfe seis nove á érre três cinco) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competências específicas de Arte: 2 e 5
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Para a atividade, ajude os estudantes a se organizar em grupos e informe que eles deverão desenvolver uma breve narrativa ou uma cena, um acontecimento que possa ser narrado por meio de uma sequência de imagens.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Leia com os estudantes a lista de materiais necessários para a atividade e, em seguida, os passos que deverão ser seguidos na atividade proposta. Depois, divida a turma em grupos de até cinco integrantes. Ajude os estudantes a se organizar, a ensaiar as cenas antes de realizar as fotografias e decidir de que fórma serão realizadas.
Cada grupo deverá desenvolver a própria história. Quando todas as sequências fotográficas estiverem prontas, solicite aos estudantes que as imprimam e colem na ordem em que as fotografias foram realizadas, sobre uma base mais rígida. Exponha os trabalhos em sala de aula e discuta com os estudantes as sequências construídas e se elas alcançaram ou não a sensação de movimento ou de uma narrativa e o porquê.
Proponha-lhes que se apresentem também para outras turmas da escola e disponibilizem o material virtualmente, compartilhando com familiares e outros colegas da comunidade local.
Continuação
Como fazer
- Reúna-se com mais quatro colegas e escolham ou recriem uma cena cotidiana com algumas poucas cenas, que possa ser interpretada por vocês.
- Decidam juntos qual integrante do grupo será responsável pelos registros fotográficos.
- Os demais integrantes devem interpretar a cena bem devagar, quase gesto a gesto, enquanto um colega será o responsável pelas fotografias. A cena deve durar no máximo 2 minutos, e serão necessárias no mínimo 20 imagens feitas do mesmo ângulo, isto é, com a câmera exatamente na mesma posição. Lembrem-se de que quem se move são os “atores”.
- Observem as imagens “passando-as” na sequência, o mais rapidamente possível, para verificar se, dessa fórma, ocorre a sensação de movimento. Se for preciso, façam novas imagens da sequência, para corrigir ou melhorar a qualidade da produção.
- Imprimam as imagens em preto e branco e colem-nas em sequência, como as imagens criadas por Muibrídge, em uma cartolina ou, ainda, no mural da sala de aula.
- Para finalizar, apresentem as produções aos colegas e conversem sobre as propostas elaboradas.
Respostas e comentários
Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
Durante a atividade, observe se os estudantes compreenderam a importância da fotografia para o desenvolvimento do cinema a partir das fotos montadas no painel de Muibrídge. É interessante avaliar também a interação entre os integrantes do grupo, a capacidade de organização e a criatividade envolvidas no processo de criação e idealização da cena a ser fotografada. Além disso, avalie a apresentação deles. Caso alguém não alcance os objetivos propostos, solicite que realize uma pesquisa sobre as obras de Muibrídge e como se relacionam com o cinema. Peça-lhe que o material seja apresentado de maneira breve para os colegas e disponibilizado virtualmente.
CINEMA: UMA NOVA LINGUAGEM
A invenção do cinema trouxe o desenvolvimento de uma linguagem absolutamente nova, e os primeiros filmes eram exibidos com a participação de um narrador, que explicava os acontecimentos à plateia.
Nos primeiros dez anos, um filme era apenas uma sequência de tomadas e imagens estáticas, sem interrupções ou córte. As pessoas achavam que o cinema era uma ilusão ou um tipo de truque, pois comparavam a linguagem cinematográfica ao teatro, acreditando que, quando os personagens saíam de quadro, da visão da câmera, era como se tivessem ido para os bastidores, como ocorria no teatro.
Para alguns pesquisadores, nos primeiros dez anos de existência, o cinema teve uma maneira particular de se dirigir ao espectador. O objetivo não era propriamente contar uma história, mas, sim, surpreender e maravilhar o público. O foco principal era registrar o movimento, como trabalhadores saindo de uma fábrica ou uma bailarina dançando.
Em lugar de contar uma história, o cinema dos primeiros tempos mostrava imagens de terras distantes, acontecimentos recentes, paisagens, guerras e catástrofes naturais ou pequenas apresentações de mágica, dança ou acrobacia.
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar fórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera)
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 2
tê cê tê
• Diversidade cultural.
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes, que versa sobre o início do cinema como uma nova linguagem artística. Nesse caso, comente que os irmãos Limiér transformaram suas pesquisas em experiências sociais coletivas, semelhantes aos espetáculos de teatro, mas com preços muito mais acessíveis, contribuindo para a revolução cultural que ocorreria nas próximas décadas.
Analise e descreva os elementos visuais presentes na imagem da página, destacando a cena do filme A saída dos operários da fábrica. Pode ser interessante deixar que os estudantes pesquisem em seus celulares mais imagens sobre o filme dos irmãos Limiér e compartilhem entre si seus resultados.
Para ampliar
A saída dos operários da Fábrica Limiér. Disponível em: https://oeds.link/iNob7g. Acesso em: 21 junho 2022.
Elaborado pelos irmãos Limiér, a obra é um dos filmes da primeira sessão do cinematógrafo, em 1895, na França, em Paris.
VAMOS CONHECER MAIS
O cinema de Georges Mèlies
Georges Mèlies (1861‐1938) foi um dos primeiros a fazer do cinema uma criação artística, e não apenas um registro de imagens em movimento. Ele realizou diversos filmes com cenários e efeitos especiais, contratou atores profissionais para suas filmagens e teve a intenção de contar histórias em filmes como Viagem à Lua, de 1902, que entrou para a história do cinema como uma de suas mais célebres realizações.
1. O filme Viagem à Lua, de 1902, foi considerado um filme de ficção científica e o primeiro a tratar de seres alienígenas, usando recursos inovadores de efeitos especiais. Com a orientação do professor, elaborem um diálogo fictício para o filme com base em algumas imagens selecionadas. Compartilhem os resultados com os colegas.
Respostas e comentários
1. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar fórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
( ê éfe seis nove á érre zero três) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etcétera), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etcétera), cenográficas, coreográficas, musicais etcétera
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 2
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia para turma o texto sobre um dos primeiros cineastas a utilizarem o cinema como uma criação artística: Georges Mèlies.
Analise os elementos visuais presentes na imagem sobre o filme Viagem à Lua e pergunte se algum estudante já assistiu ou ouviu falar dessa que foi a primeira produção de cinema feita de maneira artística.
Do contrário, convide a turma a pesquisar e assistir posteriormente ao filme As invenções de Hugo Cabrê, que aborda a história do cinema por meio de uma história de ficção.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após a leitura do texto e a análise das imagens, oriente os estudantes a realizarem a atividade proposta. Divida a turma em duplas e proponha que utilizem as imagens e tentem assistir ao filme Viagem à Lua, criando diálogos para a produção.
Proponha às duplas que apresentem os diálogos criados para o restante da turma, explicando uma possível inspiração ou ideia por trás do que foi pensado. É interessante sugerir que essa produção seja disponibilizada e compartilhada virtualmente.
Para observar e avaliar
Com base na leitura do texto, observe se os estudantes compreenderam a construção histórica do cinema como fórma de expressão artística de fato, a partir da análise dos elementos visuais presentes nas imagens. Na atividade, será possível observar e avaliar se também entenderam o papel do filme Viagem à Lua para a construção do cinema como expressão artística. Caso algum estudante não tenha alcançado os objetivos, proponha que faça uma pesquisa sobre este e outros filmes, podendo ser um resumo de As invenções de Hugo Cabrê, por exemplo. O material poderá ser apresentado e disponibilizado virtualmente.
Cinema no Brasil
No Brasil, o cinema nos primeiros anos praticamente se limitou à exibição de filmes estrangeiros, com a instalação de várias distribuidoras de filmes estadunidenses. Na sequência, vamos conhecer alguns momentos que se destacam na história do cinema no país.
1. Durante a primeira exibição de cinema no Brasil em 1896, foram projetados oito filmes de cerca de um minuto retratando apenas cenas pitorescas de cidades da Europa.
2. Com a criação do primeiro estúdio, a Cinédia, entre 1930 e 1960, o Brasil produziu filmes que ficaram conhecidos como Limite (1931), de Mario Peixoto; A voz do Carnaval (1933), de Ademar Gonzaga e Humberto Mauro; e Ganga Bruta (1933), de Humberto Mauro.
3. Na década de 1940, consolidou-se a chanchada, gênero que teve como características o apelo popular, a comicidadeglossário , a paródiaglossário e a presença de música, principalmente de ritmos ligados ao Carnaval. Nesse gênero se destacam a dupla de atores Oscarito (1906‐1970) e Grande Otelo (1915‐1993), que divertiu o público do cinema ao som de canções de Ataulfo Alves (1909‐1969) e Sílvio Caldas (1908‐1998), entre outros ídolos da música popular da época.
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar fórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 2
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Inicie o tema evidenciando para os estudantes que a primeira exibição de cinema no Brasil ocorreu em 1896, no Rio de Janeiro, exibindo uma série de filmes curtos retratando o cotidiano nas cidades europeias. Prossiga lendo o texto com a turma, enfatizando os termos grifados ao longo do texto e informando seus significados. Descreva os elementos visuais das imagens presentes, comentando sobre o fato de os filmes de Walter Salles terem forte conteúdo humanista. Os ritos de passagem, a infância, a busca pela identidade, a procura do desconhecido, o exílio e a perda são temas recorrentes tanto em seus filmes de ficção quanto nos documentários. Outros filmes dirigidos por Walter Salles são: Terra estrangeira (1996), Abril despedaçado (2001), Diários de motocicleta (2004) e Linha de passe (2008).
4. O estúdio Vera Cruz foi criado em 1949, influenciado pelos modelos do cinema dos Estados Unidos, que buscavam realizar produções mais sofisticadas. Mazzaropi foi o artista de maior sucesso do estúdio; produziu em 1953 O Cangaceiro, que foi o primeiro filme brasileiro a ganhar o festival de Cannes.
5. A Atlântida Filmes produziu chanchadas até 1954, quando teve início a queda do interesse do público por esse gênero. A chegada dos programas de televisão e o movimento conhecido como Cinema Novo contribuíram para o desgaste da chanchada.
6. O movimento Cinema Novo nasceu no final da década de 1950 e esteve presente no Brasil até os anos 1980. Defendia uma visão autoral dos cineastas sobre a realidade brasileira e se consolidava como expressão crítica contra a dominação cultural exercida pelos países ricos, especialmente Estados Unidos. Diretores como Nelson Pereira dos Santos (1928‐2018) e o baiano Glauber Rocha (1939‐1981) se destacam nesse período.
7. Para Glauber, os filmes deveriam ser o motor de uma revolução cultural e a inspiração dele era a literatura brasileira. Seus filmes mais conhecidos foram Deus e o diabo na terra do Sol (1964) e Terra em transe (1967).
8. A partir dos anos 1990, o cinema brasileiro entrou em nova fase, denominada Cinema da Retomada. O movimento se caracterizou pela diversidade de estilos e pelo desenvolvimento temático e artístico.
9. O filme Central do Brasil (1998), do produtor e diretor Walter Salles (1956‐), é considerado um marco dessa nova fase do cinema brasileiro. Esse modo de fazer cinema contribuiu para a melhor compreensão da cultura brasileira e para expressão da realidade do povo.
10. No início do século vinte e um, o cinema nacional adquire reconhecimento no cenário mundial, com filmes indicados para festivais, como: Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles; Carandiru (2003), de Hector Babenco; e Tropa de Elite (2007), de José Padilha.
1. Agora que observamos alguns aspectos da história do cinema nacional, vamos investigar a manifestação artística na atualidade. Para começar, com a orientação do professor, façam uma pesquisa na internet, descubram os filmes nacionais que se destacaram nos últimos anos e compartilhem com os colegas de sala.
Respostas e comentários
1. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após o final da leitura e da análise das imagens, oriente os estudantes a realizarem a atividade proposta. Nesse caso, é possível conversar com a turma sobre a pesquisa ser feita em grupo ou duplas, em vez de individualmente. Entretanto, para isso, o conteúdo a ser pesquisado será aumentado.
Oriente-os a usar fontes de pesquisa confiáveis, sempre anotando sites, revistas ou livros utilizados. Peça aos grupos que apresentem virtualmente seus resultados para o restante da turma.
Ao final, proponha que os materiais produzidos sejam disponibilizados virtualmente e divulgados pela escola. Para tal, converse com a direção sobre essa possibilidade.
Para observar e avaliar
Observe se os estudantes compreenderam o papel do cinema no Brasil, que, muitas vezes, é diminuído ou desvalorizado pelo próprio público brasileiro. Nesse caso, é interessante avaliar, com base na atividade, o próprio posicionamento dos estudantes acerca do cinema nacional e como aprofundaram a pesquisa dos títulos produzidos no país e seus grandes nomes de cineastas. Caso algum não tenha alcançado os objetivos presentes nas páginas, solicite que realize uma pesquisa mais aprofundada sobre os filmes de Walter Sales, escolhendo um deles para analisar e resumir para o resto da turma. Peça a ele que apresente cenas do filme escolhido que tenha achado interessantes.
Como se faz um filme
O processo de construção de um filme envolve centenas de profissionais e técnicos especializados de diferentes áreas. Seja uma grande produção, seja um curta-metragem, trata-se de um trabalho coletivo, que exige integração de toda a equipe.
Veja alguns dos profissionais considerados muito importantes na realização de um filme:
▶ o roteirista escreve o texto da história e os diálogos dos personagens; ▶ o diretor coordena o trabalho de todos os envolvidos na produção do filme; ▶ os atores e as atrizes representam e interpretam os personagens da história; ▶ o diretor de fotografia é responsável pelas imagens e supervisiona tudo o que possa interferir no resultado da imagem; ▶ operadores de câmera são responsáveis pelo enquadramento e o movimento que compõem as cenas; ▶ compositores e músicos se encarregam da trilha sonora e dos arranjos sonoros; ▶ técnicos de som gravam os diálogos dos personagens, músicas e ruídos ambientais das cenas; ▶ figurinistas criam figurinos e definem os acessórios, roupas e calçados que atores e atrizes vão usar para compor os personagens; ▶ cenógrafos elaboram os cenários ou adaptam as locações para as filmagens; ▶ eletricistas montam refletores, distribuem linhas de alimentação de energia dos refletores, entre muitas outras funções; ▶ maquiadores e cabeleireiros são responsáveis por preparar atores e atrizes, embelezá-los ou transformá-los, de acordo com o personagem.Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 2
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Pergunte aos estudantes como imaginam que foram as produções de filmes no passado, como a Viagem à Lua e deixe que respondam livremente. Questione-os sobre a fórma como o avanço da tecnologia pode ter auxiliado na produção cinematográfica.
Na sequência, faça a leitura do texto de fórma compartilhada com a turma, destacando os processos importantes para a realização de um filme. Durante a leitura dos passos, pergunte sobre como imaginam que cada profissional atue e destaque os pontos a seguir.
Em geral, o processo começa com a ideia de contar um fato ou uma história. Com base nisso, é criado um argumento, que depois é transformado em um roteiro detalhado, com cenas e diálogos que indicarão precisamente onde e quando se passa cada cena, os atores envolvidos etcétera
Na criação e na produção de um filme, o diretor transforma o roteiro em imagens, com a ajuda de muitos profissionais. São múltiplas as etapas de trabalho: escolha do elenco de atores, de cenários ou locações das filmagens, da trilha sonora e dos efeitos especiais, entre outras. O diretor precisa conhecer a história e os recursos do cinema, ter capacidade de criação na linguagem audiovisual, saber organizar e distribuir as tarefas entre os membros da equipe e acompanhar o trabalho como um todo.
Finalizado o roteiro, é necessário definir a linha narrativa, ou seja, de que fórma a história será contada na linguagem audiovisual. Conhecimentos, experiências e vivências do diretor são fatores determinantes no caminho que o filme vai seguir. Além da construção narrativa baseada no enredo – o filme é construído pelas imagens: o enquadramento das cenas, os movimentos de câmera e a qualidade da iluminação criam a atmosfera e o clima para o desenrolar da história.
Outro profissional importante na criação de um filme é o produtor, que se encarrega de viabilizar recursos e processos que transformarão o roteiro em um filme propriamente dito. Os produtores são responsáveis pela captação do dinheiro necessário para atender aos requisitos do roteiro, pela formação do elenco e da equipe, pela aquisição de equipamentos, figurinos, cenários etcétera e, após a finalização do filme, pela divulgação e comercialização.
Geralmente são feitos altos investimentos para a produção de um filme. Esse investimento deve retornar por meio da bilheteria, ou seja, da venda de ingressos nos cinemas ou em outros pontos de exibição, incluindo canais de tê vê abertos e por assinatura. Alguns filmes, de grande apelo comercial e divulgação massiva, são assistidos por milhares de espectadores e tornam-se extremamente lucrativos.
2. Agora que você conheceu um pouco do trabalho no cinema, responda: se você decidisse trabalhar nessa área, o que gostaria de fazer? Por quê? Comente sua opinião com os colegas.
Respostas e comentários
2. Permita que os estudantes compartilhem suas ideias e opiniões com os colegas. Retome quais são os diferentes profissionais envolvidos na construção de um filme a partir dos conteúdos apresentados ou de outras informações pesquisadas pelos estudantes. Reforce que todos os profissionais são importantes e necessários nesse processo.
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Muitos diretores de fotografia sugerem enquadramentos, alternativas de planos, lentes a serem usadas, movimentos de câmera e os equipamentos mais indicados, com o objetivo de obter coerência narrativa do filme e melhor compreensão por parte do público.
Durante a leitura e a explicação, analise as imagens presentes nas páginas.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após a leitura e as análise das imagens, convide os estudantes a realizarem a atividade coletivamente. Deixe que respondam livremente a atividade pela qual gostariam de se responsabilizar durante a produção de um filme.
Para observar e avaliar
Observe se os estudantes compreenderam que a produção cinematográfica é complexa e exige várias etapas, bem como profissionais capacitados e especializados. Com base na atividade, avalie como se posicionam em relação à arte do cinema: gostariam de exercer um papel mais criativo ou técnico? Caso algum estudante não alcance os objetivos propostos, convide-o a pesquisar brevemente sobre os profissionais envolvidos na produção de um filme e como estes são premiados e valorizados no Oscar.
Enquadramentos e planos
O enquadramento é um dos elementos do cinema que ajudam a construir a história a ser contada. Enquadrar é determinar o modo como o espectador perceberá o “mundo” retratado no filme.
Determinar o enquadramento significa selecionar o ponto de vista mais indicado para que a cena seja registrada. O plano determina a proporção dos personagens e dos objetos na cena. O tipo de plano escolhido pode ressaltar características da história ou dos personagens. Existem três tipos principais de plano:
1. Plano geral ou aberto: em que são apresentados todos os elementos da cena, sem detalhes em destaque. Em plano aberto, é possível observar o ambiente mais amplo.
2. Plano médio ou americano: no qual a câmera está a uma distância média do(s) objeto(s) ou personagem ou personagens. Em plano médio, já se observam alguns detalhes do ambiente e dos personagens.
3. Primeiro plano, plano fechado ou close up: quando a câmera se situa próxima ao objeto ou personagem. É o plano ideal para enfatizar a expressão e a emoção dos personagens. Em primeiro plano, é possível ver detalhes da expressão e as emoções dos atores.
Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem,quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 2
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Inicie o tema informando para os estudantes que o enquadramento dos planos no cinema é um fator de destaque para determinar o modo de ver e olhar dos espectadores. Amplie o conhecimento informando que no passado a fórma mais utilizada para enquadrar uma cena era mostrar o corpo inteiro dos atores e que a partir de 1909 os cineastas começaram a colocar a câmera mais próxima do rosto dos atores para evidenciar as expressões faciais.
Realize para os estudantes a leitura sobre os diferentes planos de filmagem, identificando os elementos visuais das imagens presentes. Pergunte aos estudantes as diferenças e as semelhanças entre elas.
Para observar e avaliar
Analise se os estudantes compreenderam os três planos de enquadramento. Nas atividades subsequentes eles reproduzirão os planos de fórma prática.
VAMOS FAZER
Enquadramento em cena
Agora é hora de criar uma cena usando diferentes tipos de enquadramento de acordo com o que dará ênfase à narrativa. Dividida em grupos, a turma vai organizar e dirigir uma cena curta a fim de compreender como o enquadramento é um recurso importante para expressar uma ideia ou emoção nas telas.
Como fazer
- Cada grupo vai criar uma cena curta, de até um minuto, em que alguns integrantes serão os personagens. A cena pode ser totalmente inventada, fóra de um contexto, ou até ser a reprodução da cena de um filme marcante para o grupo.
- Definam, coletivamente, quem será responsável por dirigir a cena, ou seja, quem guiará e organizará as ações daqueles que interpretarão os personagens e vão atuar.
- Uma câmera filmadora ou smartphone será necessário para quem filmará a cena. O recurso de “zoom” do aparelho será bastante útil, ou mesmo registrar os planos se aproximando ou se afastando do que está sendo captado.
- O importante é que, nessa cena, sejam utilizados os três planos vistos anteriormente: plano geral ou aberto; plano médio ou americano; primeiro plano ou plano fechado. Cada um deles pode ter uma função específica, como dar destaque ao cenário ou às emoções de quem está atuando.
- Ao final das gravações, compartilhem os resultados com toda a turma. Se não for possível a gravação, experimentem fazer o enquadramento com uma moldura de papelão e observem como determinado plano da cena muda a percepção de quem a observa.
Respostas e comentários
Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 5
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Relembre com os estudantes a atividade inicial desta unidade, “ver o mundo”, na qual verão o mundo da escola de modo diferente.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Leia a lista de materiais necessários com a turma e, em seguida, os passos para a atividade proposta. Lembre aos estudantes que essa atividade é bem parecida com a feita no começo da unidade, na qual deveriam observar uma cena da escola e ilustrá-la.
Realize exatamente os mesmos passos com os estudantes e, após todos observarem suas cenas, questione-os sobre os enquadramentos que utilizaram. Deixe que apresentem suas ilustrações e pergunte quais foram os planos escolhidos e o motivo para tal.
Para ampliar
Veja a seguir uma indicação sobre: O que é montagem ou edição de vídeos – Fundamentos da edição ê pê zero quatro. Disponível em: https://oeds.link/1CP0Kt. Acesso em: 21 junho 2022.
Para observar e avaliar
Observe se os estudantes compreenderam a existência de vários planos de enquadramento em uma filmagem e o papel do diretor de fotografia na tarefa de escolher enquadramentos e planos diferentes para a produção cinematográfica em questão. Com base na atividade, observe o engajamento deles em relação à produção artística do cinema. Do contrário, é possível realizar o atendimento individualizado.
Cinema e som
No início da história do cinema, os filmes não tinham som sincronizado com as imagens e eram em preto e branco. As imagens podiam ser acompanhadas por músicos e orquestras nas salas de exibição, contar com a dublagem de cantores e atores, que ficavam atrás da tela, ou ainda com a presença de um narrador ou “explicador”, que detalhava partes da história para os espectadores.
Atualmente, os filmes são coloridos e têm grande qualidade sonora. Podem apresentar diferentes tipos de som, que ajudam a contar a história, a transmitir emoções e a criar o “clima” do filme nas cenas: romance, tensão, medo ou suspense.
A chamada trilha sonora é composta de elementos sonoros, como vozes, ruídos e silêncio. Além destes, existe outro importante elemento da trilha sonora que é a música, um dos recursos mais dramáticos e expressivos de um filme. Ela pode sugerir emoções e conferir ritmo à cena. Algumas marcam tanto determinados filmes que sempre que as ouvimos imediatamente as associamos às imagens vistas na tela.
- Você se lembra de alguma cena em que os personagens ficaram em silêncio total porque algo importante ou assustador estava prestes a acontecer? Ou uma cena em que o som ambiente foi muito importante para a narrativa? Compartilhe com os colegas.
- Você se lembra de alguma trilha sonora, em algum filme, que tenha despertado emoções como alegria, medo, tristeza ou ansiedade? Em sua opinião, a música pode influenciar a maneira como uma cena atinge o espectador? Compartilhe suas ideias com os colegas.
Respostas e comentários
3. Caso os estudantes não se lembrem de nenhuma cena específica, peça a eles que pesquisem na internet ou que perguntem a parentes, vizinhos e amigos.
4. Se achar pertinente, organize uma roda de conversa e incentive os estudantes a compartilhar suas percepções sobre seus filmes favoritos e, em especial, sobre o impacto da música nas cenas apresentadas.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre um seis) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 2
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Retome com os estudantes o que foi conversado anteriormente sobre a edição da imagem de um filme. Em seguida, questione-os: a edição de som é tão importante assim?
Realize a leitura do texto de fórma compartilhada com a turma, destacando o começo da história do cinema mundial, que se deu com os filmes mudos. Relembre a atividade que realizaram anteriormente, de criar diálogos para o filme Viagem à Lua, por exemplo, e destaque os filmes de Charlie Tcháplin durante a leitura.
Analise os elementos visuais da imagem presente no texto.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após a leitura, divida a turma em grupos para a realização da atividade presente. Nesse caso, leia os enunciados e deixe que respondam à primeira questão livremente. Sugere-se anotar na lousa os filmes citados.
Na segunda questão, converse com os grupos sobre a importância da trilha sonora. Peça-lhes que comentem sobre as trilhas dos filmes citados anteriormente e questione: sem a trilha sonora, eles ainda teriam as mesmas sensações ao assistir aos filmes?
Você pode propor um desafio. Após a aula, os estudantes deverão ver seus filmes favoritos sem o áudio. Na aula seguinte, deverão compartilhar as sensações que tiveram.
A palavra e os ruídos
Os diálogos são a principal fórma de desenvolver a história e têm papel fundamental na narrativa de um filme. As falas dos personagens se destacam no conjunto dos elementos sonoros de um filme. Elas precisam ser claras e limpas para serem ouvidas e compreendidas pelo espectador. Além de encaminhar o desenvolvimento da história, elas ajudam a caracterizar os personagens e a transmitir emoções como medo, amor, alegria, tristeza etcétera
Os ruídos presentes nos filmes podem ser organizados basicamente em três categorias:
1. Ruídos do ambiente: são os sons relativos à geografia ou ao clima da paisagem apresentada no filme.
2. Ruídos de efeitos ou sound effects: são os sons provenientes de algum objeto ou fonte sonora específica, como o som de carros, aviões, explosões, tiros etcétera
3. Ruídos de sala: é a recriação em estúdio de sons relacionados aos movimentos e às ações dos personagens, como passos, socos, tapas, arrastar uma cadeira, utilizar pratos, copos e talheres, sentar-se ou levantar-se etcétera
5. Pesquisem, discutam, selecionem e tragam para a sala de aula uma cena de filme em que os efeitos sonoros, de preferência os ruídos, despertaram seu interesse. Pode ser uma cena de luta, de guerra, de perseguição etcétera Pode ser uma cena romântica ou dramática. Compartilhem a cena com os demais grupos e expliquem aos colegas por que vocês a selecionaram e qual é sua importância ou significação no filme.
Respostas e comentários
5. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia o texto de fórma compartilhada com os estudantes, relembrando, durante o começo da leitura, a importância da trilha sonora e comentando como muitas vezes os filmes utilizam somente diálogos e ruídos de ambiente para compor a “trilha” da produção.
Durante a leitura, analise os elementos das imagens apresentadas, perguntando à turma se as fotografias têm relação com o que é dito no texto, por exemplo, e se é possível imaginar os sons a partir da observação das imagens.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Divida a turma em grupos e proponha a eles que pesquisem, em seus filmes favoritos, cenas em que os efeitos sonoros sejam interessantes.
É importante destacar que o filme deverá ser escolhido por todos os integrantes do grupo.
Após a apresentação, converse com os grupos sobre a importância desses efeitos sonoros na produção cinematográfica. Sem os efeitos e as trilhas, o filme passaria a mesma impressão?
Ao final, convide os estudantes a mais um desafio: assistirem ao filme O artista, de 2011, produzido por . Tômá Lôngmân Na aula seguinte, pergunte aos grupos a impressão que tiveram sobre o filme. E novamente questione: afinal, um filme só passa emoções se tiver sons, ou é possível criar uma produção cinematográfica muda que igualmente conquiste o público?
Para observar e avaliar
Observe se os estudantes compreendem não só o papel da trilha e dos efeitos sonoros e seus diferentes tipos, mas também a falta deles. É interessante notar, com base nas discussões proporcionadas pelas atividades e o desafio, se valorizam o trabalho envolvido na edição de som e compreendem que há tipos de produções cinematográficas que não requerem sons – como o cinema mudo. Com base na atividade, avalie a participação deles e, caso algum estudante não tenha alcançado os objetivos, solicite que realize uma breve pesquisa sobre o cinema mudo. Peça-lhe que apresente seus resultados para o restante da turma de fórma breve e que disponibilize sua apresentação virtualmente.
TEATRO: SOMOS TODOS ATORES
“O mundo é um palco e todos os homens e mulheres são meros atores. Eles têm suas entradas e saídas de cena e cada homem, a seu tempo, representa muitos papéis.” A frase é da peça Como gostais, escrita em 1599 pelo dramaturgo, poeta e ator inglês Uíliam Xêiquispíer (1564‐1616).
Em outro tempo e em outra parte do mundo, o dramaturgo, poeta e escritor brasileiro Ariano Suassuna (1927‐2014) também nos ensina a enxergar, por meio das lentes do teatro, a totalidade da vida. Suassuna, assim como Xêiquispíer, mescla o moderno e o antigo e a tradição e a inovação. Com suas histórias e personagens, ambos nos ajudam a enxergar nossa vida e o mundo em que vivemos.
- Cotidianamente, todos interpretamos papéis como filho, neto, irmão, estudante, colega, namorado, cidadão. E você, quais desses papéis fazem parte do seu dia a dia?
- Quando os personagens que você interpreta se encontram com outros personagens (mãe, pai, professor, amigo, autoridades em geral, por exemplo) da sua vida, quais enredos surgem?
- Procure se lembrar de um encontro em que você e outros personagens tiveram visões diferentes sobre uma mesma situação. Conte aos colegas como foi.
Para ampliar
GARCEZ, Lucília. Ariano Suassuna. Fortaleza: IMÉP, 2019. A obra é uma biografia que apresenta o mágico universo da cultura brasileira com o qual o menino Ariano conviveu na infância.
Respostas e comentários
6. a 8. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 4
Competência específica de Arte: 4
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Novamente, retome com os estudantes todos os profissionais envolvidos na produção cinematográfica. Em seguida, destaque o papel dos atores na construção dos filmes. Pergunte à turma em que outras produções artísticas os atores podem estar envolvidos, destacando, por exemplo, a dublagem, as séries de televisão, as telenovelas, as radionovelas, as propagandas e peças publicitárias e, claro, as peças de teatro. Realize a leitura do texto de fórma compartilhada com os estudantes, descrevendo os elementos visuais da imagem.
Destaque o comentário feito por Uíliam Xêiquispíer e explique que, ao comparar o mundo com um palco e todos nós com atores, ele considera que a arte pode nos dar uma visão mais abrangente do todo da vida, por levar em conta diferentes pontos de vista, a fim de compor um quadro mais completo desse palco que é o mundo. Continue a conversa com os estudantes sobre Uíliam Xêiquispíer e pergunte se já ouviram falar sobre suas famosas obras literárias, como Romeu e Julieta, Macbéf ou Rãmlet. Para tal, leia o texto de fórma compartilhada com a turma, apontando que, assim como outros autores, Xêiquispíer também contou com o apoio financeiro de nobres e até da rainha Elizabeth primeira (1533‐1603), o que permitiu que pudesse produzir regularmente e se dedicar exclusivamente à profissão teatral. Muitos consideram que o caráter universal da obra de Xêiquispíer também se deve ao fato de as peças serem ambientadas fóra de seu país de origem, a Inglaterra. As tramas se passam em outros lugares e em épocas diferentes daquela em que foram escritas.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
No item 6, espera-se que o estudante perceba que interpreta “papéis” de acordo com suas relações de filho, de neto, de estudante, de colega de sala etcétera Nos itens 7 e 8, de acordo com essas relações com outras pessoas, podem surgir descrições de conflitos devido a diferentes pontos de vista. Se possível, aproveite a fala de algum estudante para destacar que diferentes pontos de vista, no dia a dia, podem ser complementares. Destaque também a importância de exercitar um olhar mais abrangente, onde cada pessoa contribui com seu ponto de vista e sua colaboração.
Uíliam Xêiquispíer
Uíliam Xêiquispíer escreveu por volta de 35 peças em aproximadamente vinte anos. Sua escrita sofreu diversas influências, como da comédia grega clássica, do teatro erudito, destinado a agradar às côrtes e aos intelectuais, e do teatro popular ambulante, feito em praças e feiras.
O sucesso das peças de Xêiquispíer na época também se devia ao trabalho de encenação. Em cenários simples ou inexistentes, os diálogos dos atores e as palavras do texto exigiam muita imaginação da plateia para se transportar a lugares, tempos e situações bem diferentes da realidade.
O teatro de Xêiquispíer permanece atual porque o dramaturgo fala de temas que podem ser considerados universais. Os personagens de suas peças personificam sentimentos humanos e revelam diferentes visões de mundo. Rãmlet é uma peça sobre a vingança; Macbéf, sobre a ganância; Otelo, sobre o ciúme; e Romeu e Julieta, sobre a paixão.
Embora muitos séculos tenham se passado, a encenação de seus textos ainda faz sentido e emociona plateias do mundo inteiro. Suas obras inspiraram muitas versões e adaptações para histórias em quadrinhos, mangás, livros infantis, canções, balés, musicais, além de teatro e cinema.
9. Os personagens de Xêiquispíer exibem as mais diversas facetas humanas: o vulgar, o grosseiro, o repugnante, o belo, o puro, o sublime. Investiguem em livros ou na internet textos e imagens de alguns desses personagens e elaborem frases descrevendo as suas principais características. Para finalizar, compartilhem com os colegas.
Para ampliar
O mercador de Veneza, direção de Maicou Rédford. Estados Unidos da América/Itália/Luxemburgo/Reino Unido, 2004. (138 minutos). Adaptação para o cinema da obra de Xêiquispíer.
Respostas e comentários
9. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre dois cinco) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competência específica de Arte: 5
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Analise os elementos das imagens presentes no texto e comente que Xêiquispíer usou em sua dramaturgia muitos recursos para representar personagens e a multiplicidade de pontos de vista sobre uma mesma situação. Por exemplo, os personagens podiam “pensar alto”, falando com si mesmos – e diretamente com a plateia – sobre o que sentiam e planejavam. Outro recurso era fazer a plateia presenciar determinadas ações e, logo em seguida, ver outro personagem inventando mentiras ou deturpando aquela realidade para enganar alguém.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Divida a turma em duplas e peça-lhes que realizem a atividade proposta. Leia o enunciado e explique que as obras dramáticas de Xêiquispíer estão classificadas como:
- Tragédias: Rãmlet; Macbéf; Romeu e Julieta; Rei Líer; Otelo; entre outras;
- Comédias: Comédia dos erros; Sonho de uma noite de verão; A megera domada; Muito barulho por nada; entre outras;
- Peças históricas: Tito Andrônico; Júlio César; Antônio e Cleópatra.
Em seguida, oriente os estudantes quanto à pesquisa a ser produzida, de modo que anotem os sites que utilizaram como fonte, enfatizando a importância do uso de fontes confiáveis. Peça a eles que montem uma apresentação on-line com esses personagens e frases, descrevendo-os. Cada dupla deverá apresentar os personagens para os colegas.
É interessante propor que esses materiais fiquem disponibilizados virtualmente e sejam compartilhados, de modo a divulgar a informação sobre Uíliam Xêiquispíer e seus personagens.
Para observar e avaliar
Com base na atividade, observe se os estudantes compreenderam que os atores podem realizar diferentes tipos de atuação em palco, de acordo com seus tipos de personagens – que também variam de acordo com as diferentes peças teatrais produzidas. Nesse caso, é interessante observar se compreenderam a importância de Uíliam Xêiquispíer para a história do teatro e da dramaturgia. Do contrário, realize o atendimento individualizado.
Ariano Suassuna
Suassuna se inspirou nas obras de Xêiquispíer, entre outras referências, para falar de um Brasil nordestino, sertanejo, buscando relacionar o antigo e o moderno, o universal e o regional. Tanto as peças de Xêiquispíer como as de Suassuna dialogam com a comédia grega antiga por apresentar duas partes bem distintas: uma com a ação dos personagens e outra com a reflexão sobre essa ação.
Nos textos literários dramáticos de Suassuna, bem como nos de Xêiquispíer, a segunda parte parece um julgamento. Na cena final da peça Auto da Compadecida, o personagem principal precisa reavaliar suas ações pregressas e, como em um julgamento, recebe como veredito voltar à vida.
Além das comédias da Antiguidade, o teatro popular e os folguedos nordestinos inspiraram Suassuna na criação de seus textos. Na década de 1960, ele já percebia e reconhecia o valor das manifestações populares nordestinas, que posteriormente seriam catalogadas como Patrimônio Cultural Imaterial em Pernambuco e outros estados do Nordeste, como o teatro de bonecos ou mamulengo, a literatura de cordel e o repente.
Suassuna continuou escrevendo até seu falecimento, em 2014, e seus textos são encenados em companhias profissionais em todo o país. Algumas de suas peças chegaram às telas de cinema e televisão, e seus romances foram adaptados para o teatro.
10. Para ampliar seus conhecimentos sobre a vida desse importante escritor brasileiro, com a orientação do professor, investigue em livros ou na internet trechos e imagens da obra de Ariano Suassuna e compartilhe-os com os colegas.
Para ampliar
Auto da Compadecida, direção de Guel Arraes. Brasil, 2000 (95 minutos). O filme é uma divertida adaptação do texto teatral de Ariano Suassuna.
Respostas e comentários
10. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero três) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etcétera), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etcétera), cenográficas, coreográficas, musicais etcétera
( ê éfe seis nove á érre dois cinco) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.
( ê éfe seis nove á érre dois sete) Pesquisar e criar fórmas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 3
Competências específicas de Arte: 2 e 3
tê cê tês
- Diversidade cultural
- Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Relembre com os estudantes que, junto a Uíliam Xêiquispíer, outro autor importante para a dramaturgia também foi citado: Ariano Suassuna. Pergunte se eles já ouviram falar sobre alguma de suas obras ou frases marcantes de seus personagens e, após o debate livre da turma, cite a obra O Auto da Compadecida.
Leia o texto de fórma compartilhada, convidando os estudantes a conhecerem mais sobre Ariano Suassuna. Realize a descrição dos elementos visuais das imagens, destacando a imagem da obra O Auto da Compadecida, de 1955, que trouxe ao autor reconhecimento nacional e, segundo estudiosos, trata-se do texto mais popular do teatro brasileiro moderno. Entretanto, anteriormente à obra, Ariano Suassuna teve outros trabalhos.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Após a leitura do texto, convide os estudantes a realizarem a atividade proposta. Nesse caso, é interessante propor que a turma se divida em grupos e que cada grupo fique responsável por pesquisar sobre uma obra de Ariano Suassuna, destacando imagens e trechos dessa obra. Peça aos grupos que criem uma apresentação virtual para compartilhar seus resultados e converse com a direção da escola sobre a possibilidade de divulgação e disponibilização do material produzido virtualmente.
Romeu e Julieta de Xêiquispíer e Suassuna
Romeu e Julieta foi escrita entre 1591 e 1595, nos primórdios da carreira literária de Uilian Xêiquispíer. A obra é conhecida e recontada até hoje em livros, filmes, séries, histórias em quadrinhos etcétera Para escrevê-la, Xêiquispíer se inspirou em um poema de ártur Brúque ( centésima1563). A versão de Brúque proporcionou a Xêiquispíer não só o enredo da peça, como informações sobre a cidade italiana de Verona, os hábitos sociais e outros detalhes. Na trama escrita por Xêiquispíer o foco é o conflito em que jovens apaixonados são vítimas da luta entre duas famílias.
Ariano Suassuna também escreveu um texto literário dramático com enredo inspirado em Romeu e Julieta que foi chamado A história do amor de Romeu e Julieta. A versão de Suassuna parte das raízes das manifestações artísticas e culturais brasileiras.
- Responda no caderno às questões sobre Romeu e Julieta.
- Você conhece a história de Romeu e Julieta?
- Como você conheceu? Foi por meio de livros ou de filmes?
- O que acontece no auge da história? Como ela termina nas versões que você conhece?
- Você se lembra de alguma cena marcante? Qual? Conte aos colegas o que sabe.
Para ampliar
obeid, Cesar. Romeu Guarani e Julieta Capuleto. São Paulo: Brasil, 2015. O clássico Romeu e Julieta, de Xêiquispíer, adaptado para o contexto nacional, em que filhos de famílias rivais se apaixonam.
Respostas e comentários
11. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Agora que os estudantes conhecem um pouco sobre as obras de Xêiquispíer e Suassuna, pergunte o que ambos os autores apresentam em comum.
Leia o texto com a turma, comentando que o poema de ártur Brúque ( cêrca de 1563), inspiração para Romeu e Julieta, teria sido uma tradução de um original italiano feito por Matêo Bandélo (1485‐1561) – o que deu a inspiração para o enredo da peça e informações sobre a cidade de Verona, bem como hábitos sociais e outros detalhes. Entretanto, as diferenças entre as duas obras estão ligadas às visões dos dois autores e aos objetivos pretendidos. Na versão de Brúque, o jovem casal permanece casado e se esconde por um período, antes de ser descoberto e punido por desobedecer a seus pais. Na obra de Xêiquispíer, o tempo de ação é reduzido a quatro dias, o que justifica as ações tão precipitadas dos protagonistas e a falta de tempo para esclarecimentos que poderiam ter poupado suas vidas.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Comente o fato de Ariano Suassuna também ter feito sua versão de Romeu e Julieta com elementos e manifestações artísticas da cultura brasileira. Realize com os estudantes a atividade sobre a famosa obra de Xêiquispíer, permitindo que a turma responda livremente sobre as cenas que consideraram mais marcantes.
Para observar e avaliar
Ao final, observe se os estudantes compreenderam a importância de Xêiquispíer para a cultura mundial e como o autor impactou – e continua impactando – a criação de roteiros de filmes, peças, séries e até animações. É interessante observar também, com base nas atividades propostas, como uma peça clássica pode ser remontada e adaptada para incluir elementos culturais do autor em questão, como o fez Ariano Suassuna, por exemplo. Caso algum estudante não tenha alcançado os objetivos propostos no tema, solicite que elabore um cartaz com textos e imagens para destacar a importância do escritor e da sua obra.
VAMOS FAZER
Reescrita de Romeu e Julieta
Como fazer
- Cada aluno vai ler individualmente os dois textos que narram a história de Romeu e Julieta disponíveis na página 139. Os textos coincidem parcialmente, pois são duas versões da mesma cena na qual os personagens Romeu e Julieta se encontram pela primeira vez.
- Em seguida, conversem e definam qual personagem cada um vai representar.
- Cada um vai ler, nas duas versões, as falas do personagem que escolheu. Notem que, às vezes, as falas são parecidas, embora tenham palavras diferentes. Também o encaminhamento da ação é um pouco diverso.
- Agora, com os colegas de grupo, escrevam com suas palavras uma nova versão para a fala de cada personagem. Vocês podem usar palavras dos dois dramaturgos, mas o mais importante é que as falas sejam adaptadas à linguagem comum, usada no cotidiano de vocês.
- Feita a reescrita, uma dupla de cada grupo fica encarregada de ler as falas reescritas em voz alta para a turma. E a outra dupla do grupo vai criar gestos e movimentos para comunicar, sem palavras, as falas que a primeira dupla lê em voz alta.
- Combinem quem vai ler e quem vai atuar como Romeu; quem será a dupla que vai ler e atuar como Julieta; quem vai ler e atuar como narrador/rubrica ou Mercúcio. Por exemplo, a aluna Juliana vai ler a parte de Julieta e o aluno Rogério vai ler a parte de Romeu. Juliana tem um “duplo”, que é a aluna Janaína, que interpreta Julieta. E Rogério tem um “duplo”, que é o aluno Roberto, que faz os gestos de Romeu. Enquanto Juliana e Rogério leem as respectivas falas de Julieta e Romeu, Janaína e Roberto gesticulam, movimentam-se, comunicam-se sem palavras, mas motivados pelas palavras de Julieta-Juliana e Romeu-Rogério.
- Cada grupo vai se apresentar para a turma, até que todos tenham compartilhado suas adaptações e encenações. Ao final, façam uma roda de conversa para compartilhar as impressões sobre a vivência.
Continua
Respostas e comentários
Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre dois cinco) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.
( ê éfe seis nove á érre dois sete) Pesquisar e criar fórmas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.
( ê éfe seis nove á érre três zero) Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etcétera), caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 4 e 10
Competência específica de Arte: 4
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Inicie a proposta evidenciando que a reescrita de textos dramáticos literários e a transposição para a cena são um interessante exercício para a compreensão da função teatral e da vivência da atividade da leitura, escrita e reescrita com o fazer artístico.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Para a atividade, acompanhe a formação dos grupos e o trabalho de reescrever e adaptar as cenas. Peça aos estudantes que prestem atenção nos detalhes e nos recursos usados para a construção dos diálogos.
Permita e incentive o jogo de contraponto que poderá surgir das diferenças entre os textos iniciais e as cenas adaptadas pelos estudantes.
Nas versões de Xêiquispíer e Suassuna, há predominância do gênero lírico na cena inicial, mas o trabalho de reescrita e adaptação dos estudantes pode gerar cenas em estilo mais cômico. Não haverá problema algum na mescla de estilos, pois até isso é coerente com as características dramatúrgicas dos autores originais.
Após a reescrita, solicite aos grupos que se organizem em duplas e auxilie os estudantes nas etapas de organização de quem interpretará os personagens. Possibilite um tempo de ensaio para cada dupla.
Em seguida, organize com a turma as apresentações das duplas. Peça para os estudantes que criem um ambiente adequado para apresentar e assistir as apresentações.
Informe os estudantes que apresentar a cena é tão importante quanto exercer o papel de espectador. Ao escutar as falas encenadas, os estudantes conseguirão acompanhar melhor o texto, e vão compreendê-lo mais, e de outra maneira, ao verem as encenações do que foi reescrito e adaptado pelos colegas.
Evidencie que é natural que ocorram pequenos equívocos na leitura. Cite, que aos poucos, os estudantes deverão adquirir ritmo e fluidez, arriscando entonações de voz, gestos e olhares.
Cite que o principal objetivo da atividade é entrar em contato com o gênero literário dramático em verso, com o hábito de ler em voz alta e interpretar.
Para finalizar, organize uma roda de conversa com os estudantes e converse sobre a experiência de trabalhar coletivamente para encenar o texto dramático literário, dando corpo e voz às palavras escritas de um dramaturgo, o que exige uma integração do grupo para a compreensão e comunicação de um texto.
Continuação
Trechos dos textos
Romeu e Julieta, de Uíliam Xêiquispíer
reticências ROMEU (a Julieta) – Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência.
JULIETA – Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente.
ROMEU – Os santos e os devotos não têm boca?
JULIETA – Sim, peregrino, só para orações.
ROMEU – Deixai, então, ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações.
JULIETA – Sem se mexer, o santo exalça o voto.
ROMEU – Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados. (Beija-a.)
JULIETA – Que passaram, assim, para meus lábios.
ROMEU – Pecados meus? Oh! Quero-os retornados. Devolve-mos.
reticências
Xêiquispíer, Uílliam. Romeu e Julieta. [ sem local]: ibúksBrasil.com, [ 2010 década certa]. páginas quarenta e cinco a quarenta e seis. Disponível em: https://oeds.link/AgNTcY. Acesso em: 29 maio 2022.
A história do amor de Romeu e Julieta, de Ariano Suassuna
reticências Romeu:
Meu Deus, estou encantado
com toda aquela beleza!
Aquela Moça parece
uma Fada, uma Princesa!
Mercúcio, quem é aquela?
Quem é aquela lindeza?
Mercúcio:
É filha de Capuleto!
O leque que ela trazia
caiu de sua bela mão,
quando, há pouco, se movia!
Romeu:
Eu vou lá! Vou apanhá-lo!
(Entregando o leque:)
O leque lhe pertencia?
Julieta:
Sim, o leque me pertence!
Muito obrigada, Senhor!
Em paga da gentileza
queira aceitar esta flor:
receba esta Violeta
em troca do seu favor!
Romeu:
Eu beijo esta doce Flor
Vou guardá-la junto ao peito,
com todo amor e cuidado,
como se fosse uma Joia
que aqui eu tivesse achado. reticências
SUASSUNA, Ariano. A história do amor de Romeu e Julieta. ín: Folha de São Paulo/Folha uól Mais, São Paulo, 19 janeiro 1997. Disponível em: https://oeds.link/8OSVs1. Acesso em: 29 maio 2022.
Respostas e comentários
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Inicie a atividade com a leitura das orientações. Divida a turma em duplas e oriente-as quanto à execução das próximas etapas da atividade: quem interpretará qual personagem. Dê alguns minutos de ensaio para cada dupla e convide-as a se apresentar para o restante da turma. Dê liberdade de adaptação na interpretação.
Para observar e avaliar
Durante a atividade, observe o engajamento e a comunicação entre os integrantes das duplas e dos grupos, além das habilidades de comunicação, argumentação e interpretação. Nesse caso, note se os estudantes entenderam o que significa necessariamente adaptar uma obra clássica, a partir do que fizeram na experimentação. Do contrário, é possível sugerir que o estudante que não alcançar os objetivos propostos refaça a atividade, reescrevendo, nesse caso, uma cena de Romeu e Julieta que tenha como inspiração outro filme mais recente. Peça a ele que apresente sua adaptação para o restante da turma.
eu APRENDI
1. Com o passar do tempo, o custo de produção ficou mais baixo e os equipamentos foram se tornando mais portáteis, ganhando diversos acessórios, como as lentes especiais para paisagens e retratos. O público, que antes buscava artistas retratistas para realizar uma pintura de sua própria imagem ou de sua família, agora estava fascinado com a ideia de ter seu rosto perpetuado pela nova tecnologia.
Que manifestação artística é tratada na frase?
- Leia as frases sobre o cinema.
- A invenção do cinema foi resultado de um processo de pesquisas e experimentações e houve várias tentativas de registrar imagens em movimento no final do século dezenove, até que em 1895, na França, os irmãos Limiér apresentaram um aparelho chamado lanterna mágica.
- Nos primeiros anos do cinema um filme era apenas uma sequência de tomadas estáticas. O enquadramento também era estático e os acontecimentos em sequência direta, sem interrupções ou córte.
- O enquadramento é um dos elementos do cinema que ajudam a construir a história a ser contada. Existem basicamente três tipos de planos de enquadramento: plano geral ou aberto; plano médio ou americano e o primeiro plano, plano fechado ou close up.
- O movimento Cinema Novo nasceu no final da década de 1950 e esteve presente no Brasil até os anos 1980. Os cineastas Nelson Pereira dos Santos e Glauber Rocha foram considerados expoentes nesse gênero, que buscava retratar e expressar a cultura brasileira e os conflitos sociais do país.
- O chamado Cinema de Retomada contribuiu para a melhor compreensão da cultura brasileira, para expressão da realidade do povo e para o estabelecimento de novos olhares sobre a identidade nacional.
- Quais das frases apresentam afirmações corretas sobre o cinema?
- Você já assistiu a algum filme nacional? Descreva como foi a experiência e suas impressões.
Respostas e comentários
1. A fotografia.
2. a) As frases dois, três, quatro e cinco.
2. b) Resposta pessoal. Espera-se que o estudante descreva as sensações ou emoções sentidas ao assistir a filmes brasileiros.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar fórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
( ê éfe seis nove á érre zero três) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etcétera), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etcétera), cenográficas, coreográficas, musicais etcétera
( ê éfe seis nove á érre dois cinco) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.
( ê éfe seis nove á érre dois sete) Pesquisar e criar fórmas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral,em diálogo com o teatro contemporâneo.
( ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
COMPETÊNCIAS
Competência geral: 1
Competência específica de Arte: 1
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Na primeira atividade, o estudante deverá ler as características apresentadas no enunciado e relacionar com algum tipo de manifestação artística já aprendido anteriormente na unidade – no caso, a fotografia.
Na segunda atividade, o estudante deverá ler frases sobre o cinema e relembrar o que foi aprendido sobre a manifestação artística. Dessa fórma, terá capacidade de identificar as frases corretas e as erradas; a segunda parte dessa atividade questiona o estudante acerca de filmes nacionais a que tenha assistido e suas impressões, de modo a ser uma resposta pessoal.
3. Para compor as obras da série Imagens de diamante, Vik Muniz tomou emprestadas as caríssimas pedras e organizou-as de modo a compor retratos das divas de Hollywood.
- Na sua opinião, qual é a associação proposta pelo artista ao utilizar pedras preciosas nas imagens compostas?
- Se tivesse que escolher uma pessoa da sua convivência para retratar em uma imagem utilizando, como Vik, caríssimas pedras, quem você escolheria? Explique as razões da sua escolha.
- Em uma época de significativas transformações urbanas em Londres, Xêiquispíer contou com o apoio financeiro de nobres e isso permitiu que pudesse produzir e se dedicar exclusivamente à profissão teatral. Em suas obras, Xêiquispíer soube representar, descrever e colocar em ação características humanas universais e atemporais. Pesquise um texto de Xêiquispíer e elabore uma síntese, descrevendo:
- o nome, a época, o local e os personagens retratados;
- o enredo e as principais características humanas e universais retratadas na obra.
- O advento das câmeras fotográficas digitais mudou nossa relação com a fotografia. Hoje, com um smartphone, um tablet ou uma câmera digital, é possível fotografar a todo momento, em ocasiões importantes ou cotidianas. Também é possível compartilhar essas imagens com muitas pessoas em redes sociais.
- Como você e seus colegas costumam compartilhar suas fotografias digitais?
- Com qual frequência vocês acompanham as fotografias publicadas não só por amigos e parentes, mas também por desconhecidos, famosos ou não?
- Em sua opinião, por que é preciso ser cuidadoso ao compartilhar fotografias nas redes sociais?
Respostas e comentários
3. a) Ao associar a imagem de uma diva a pedras preciosas como diamantes, Vik as considerou, assim como os diamantes, símbolos eternos de glamúr e exuberância.
3. b) Resposta pessoal. É esperado que o estudante indique alguém muito importante de sua convivência.
4. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
5. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
A terceira atividade cobra do estudante associações entre a fotografia e a arte visual, de maneira que ele trabalhe um pouco do pictorismo aprendido anteriormente.
Na quarta atividade, é cobrado do estudante o que foi aprendido sobre Xêiquispíer e suas obras, de modo a elaborar uma síntese sobre elas, seus principais enredos e as características dos personagens.
A quinta atividade cobra do estudante a questão da fotografia em tempos digitais, em que as redes sociais permitem o fácil compartilhamento do que é produzido com o uso de celulares. A partir da reflexão gerada, o estudante deverá opinar acerca da segurança virtual das imagens.
Para ampliar
Para mais informações sobre Marlene dítric, veja a indicação: 1901: Nasce a atriz Marlene dítric. Disponível em: https://oeds.link/mXSfzX. Acesso em: 21 junho 2022.
Para observar e avaliar
Observe se os estudantes alcançaram os objetivos determinados, de modo a relembrarem o que foi aprendido sobre fotografia e cinema. Do contrário, é possível realizar o atendimento individualizado.
vamos COMPARTILHAR
Cenas: expressão e sentimento
As imagens e as cenas que observamos no decorrer desta unidade registraram a realidade, as memórias e os sentimentos de diferentes artistas, como os da fotógrafa Iolanda Husak, que dizia que por meio da fotografia encontrava um jeito de dar vazão aos seus sentimentos, pois, na maioria das vezes, ao fotografar, sentia vontade de chorar.
A arte é capaz de encantar e sensibilizar a nossa visão. Ela nos ajuda a trabalhar olhares, sentimentos e emoções. Agora, é sua vez de criar uma cena com base em imagens ou um texto literário ou a cena de um filme que de alguma fórma emocione ou sensibilize você e seus colegas.
Material
- Câmera fotográfica, tablet ou smartphone.
- Para o figurino e a caracterização dos personagens: chapéus, lenços, echarpes, roupas diversas, pulseiras, brincos, colares, maquiagem etcétera
- Para o cenário e o espaço cênico: lençóis, tecidos, folhas de papel coloridas, móveis escolares, objetos diversos etcétera
Como fazer
- Reúna-se com mais cinco colegas.
- Selecionem uma imagem, um texto literário ou a cena de um filme que provoque em vocês sentimentos e emoções profundas.
- Escolham cenas, momentos e personagens principais para encenar, filmar ou fotografar a manifestação selecionada por vocês.
- Caracterizem os personagens da melhor fórma possível, com roupas, adereços, acessórios, maquiagem etcétera
Continua
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
( ê éfe seis nove á érre dois seis) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.
( ê éfe seis nove á érre três zero) Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etcétera), caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 4 e 10
Competências específicas de Arte: 2 e 4
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• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Relembre com os estudantes tudo o que já foi discutido sobre as expressões artísticas da fotografia e do cinema. Questione-os sobre as inspirações a partir dos diferentes filmes e obras de dramaturgia estudados, em clássicos como Xêiquispíer e Suassuna, ou adaptações modernas nos filmes pesquisados e em novelas de tê vê.
Converse com os estudantes sobre como todas essas fórmas de arte podem ser utilizadas para expressar não somente emoções, mas também questões sociais – como fizeram Rosângela Rennó e Iolanda Husak. Proponha, então, que a turma realize a atividade.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Leia a lista de materiais com os estudantes e, em seguida, os passos a serem realizados para que possam fazer a atividade proposta. Divida a turma em grupos de até seis estudantes e explique que eles deverão escolher, primeiro, uma cena de filme ou texto literário que seja importante para os integrantes do grupo – apresentando emoções fortes ou questões sociais importantes. Deixe livre a escolha do grupo.
Os grupos deverão interpretar essa mesma cena ou trecho literário usando caracterizações de personagens e cenário; os papéis também serão escolhidos pelos estudantes, assim como a fórma de manifestação artística, seja fotografia, seja filmagem.
Continuação
- Se possível, montem um cenário simples para a cena.
- Decidam os papéis a serem desempenhados pelos integrantes do grupo: um dos colegas deve ser o diretor ou fotógrafo, enquanto os outros serão os atores da cena e deverão transmitir a noção de ação, como se algo estivesse acontecendo.
- Fotografem ou filmem a cena quantas vezes acharem adequado, para obter um bom resultado. Em seguida, escolham os melhores momentos e postem no site da escola, em um blog da turma ou em uma rede social criada pelo professor para esta ou outras atividades.
- Para finalizar, em um dia combinado com o professor, tragam as produções, apresentem para os colegas e, se acharem necessário, também para a comunidade escolar. Finalizem a experiência compartilhando os processos de produção com as pessoas convidadas.
Respostas e comentários
Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Combine com a turma uma exposição virtual do material produzido. Converse com a direção da escola a fim de que os estudantes postem o material no site da escola, no blog da turma ou em uma rede social criada pela turma para essa finalidade. O intuito é que cada grupo explique o motivo da escolha da cena e suas inspirações.
É interessante explicar aos grupos que eles poderão se inspirar em diversas fórmas de artes visuais diferentes, como no pictorismo ou no cinema mudo. Deixe a escolha a critério da criatividade e da expressão artística deles.
A partir das explicações, deixe os grupos livres para realizarem a atividade. Oriente-os acerca da apresentação a ser realizada. É interessante promover um auxílio de fórma geral entre os grupos. Após as apresentações na própria turma, os grupos poderão se ajudar a fim de melhorar o material produzido.
Disponibilize e divulgue os materiais produzidos na fonte combinada com a escola.
Para observar e avaliar
Observe se os estudantes compreenderam como a fotografia e o cinema são fórmas de arte e de expressão de sentimentos e emoções humanas, bem como podem ser utilizados para questões sociais e históricas. Com base na atividade produzida, é possível avaliar se eles compreenderam os diferentes tipos de enquadramentos e planos, os tipos de peças de dramaturgia e até os movimentos e as inspirações dentro da fotografia. Do contrário, é possível solicitar que os grupos se auxiliem, ajudando estudantes que não tenham alcançado os objetivos propostos.
Glossário
- serigrafia
- : técnica de impressão que utiliza uma tela com partes permeáveis (por onde a tinta passa, imprimindo cor ao papel ou tecido) e partes impermeáveis (que impedem a passagem da tinta), criando assim uma imagem.
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- litogravura
- : técnica de gravura cuja matriz de impressão é feita em pedra.
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- Pictorialismo
- : técnica que busca a aproximação da linguagem fotográfica à pintura, manipulando muitas vezes práticas de alteração da cor, da granulação ou modificando elementos de fórma a assemelhar as fotografias a pinturas.
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- alegoria
- : expressão de ideias e pensamentos de fórma figurada.
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- Expedição Langsdorff
- : viagem científica, promovida pelo cônsul russo Barão Lânguisdórfi, que percorreu o interior do Brasil recolhendo informações e realizando estudos científicos.
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- resíduos
- : materiais descartados, mas que ainda podem ser utilizados, seja por reciclagem, seja por reaproveitamento.
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- comicidade
- : relativo ao cômico, que diverte, engraçado.
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- paródia
- : obra literária, teatral, cinematográfica ou musical que imita outra obra com objetivo de reler, fazer sátira, de zombar.
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