REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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O artigo busca destacar a importante narrativa da voz, da música, dos ruídos e do silêncio na produção sonora cinematográfica.

AMARAL, Aracy. Artes plásticas na Semana de 22. quinta edição São Paulo: Editora 34, 1998.

Estudo sobre as artes plásticas na Semana de Arte Moderna de 1922.

AMARAL, Aracy. O modernismo brasileiro e o contexto cultural dos anos 20. Revista úspi, São Paulo, número 94, página 9-18, junho/agosto 2012. Disponível em: https://oeds.link/ReGe85. Acesso em: 23 junho 2022.

O artigo descreve a cultura e a arte nos anos 1920.

ANDRADE, Mário de. Danças dramáticas do Brasil. Edição comemorativa. São Paulo: Itatiaia, 2002.

O livro apresenta os estudos de Mário de Andrade da música popular e do verdadeiro folclore brasileiro.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 2005.

A obra articula os principais temas e reflexões da Filosofia e de questões relacionadas à atualidade.

Béqueti, Uêndi. História da pintura. São Paulo: Ática, 2002.

Livro sobre a história da pintura ocidental que aborda os principais movimentos, estilos e mestres da arte.

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Obra ricamente ilustrada que aborda desde a história do teatro primitivo até o presente.

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Livro da exposição, realizada em 2000 no Parque Ibirapuera, na cidade de São Paulo, em São Paulo.

BORDAS, marri ange. Manual da criança caiçara. São Paulo: Peirópolis, 2011.

A autora e as crianças descrevem nessa obra os saberes e os fazeres da comunidade caiçara de Barra do Ribeira, na cidade de Iguape, em São Paulo.

BORGES, Gilson P.; NUNES, Alexandre. Entrevista com José Carlos Serroni. ín: Revista Arte da Cena, Goiânia, volume 1, número 1, página 7, abril/setembro 2014. Disponível em: https://oeds.link/z4ztR3. Acesso em: 2 junho 2022.

O artigo traz uma entrevista com José Carlos Serroni, que descreve a trajetória do profissional das artes da cena.

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Página do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (ifãn), que disponibiliza informações sobre o frevo como fórma de expressão musical, coreográfica e poética.

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Documento oficial, elaborado por especialistas de todas as áreas do conhecimento, que regulamenta a Educação Básica em todos os níveis.

BRASIL. Ofício das Paneleiras de Goiabeiras. Brasília, Distrito Federal: ifãn, 2006. Disponível em: https://oeds.link/nznawI. Acesso em: 23 maio 2022.

Dossiê que retrata o primeiro registro de um bem cultural concretizado pelo ifãn, que é o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras.

CÂMARA CASCUDO, Luís da. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.

Obra do professor, etnólogo, historiador e jornalista que reúne verbetes sobre mitos, danças, lendas e práticas mágicas adotadas e vividas pelo povo brasileiro em seu cotidiano.

CANTON, Katia. Ana e a semana: pequena história do modernismo em 1922. Cotia: vê érre Editora, 2022.

A obra descreve a viagem no tempo de Ana e João para fevereiro de 1922, período em que ocorria a Semana de Arte Moderna.

CARLONI, Karla. Eros Volúsia e a moderna dança nacional. ín: ARQUIVO NACIONAL. Que República é essa?: Portal de estudos do Brasil republicano. abre colchetesem localfecha colchete, 8 fevereiro 2021. Disponível em: https://oeds.link/KUF41S. Acesso em: 19 maio 2022.

Portal de estudos do Arquivo Nacional que apresenta informações sobre a carreira artística de Heros Volúsia Machado, que teve papel central na proposta de criação de um bailado genuinamente nacional.

CARNEIRO, Francisco Luiz Jeannine Andrade. Quinteto Armorial: timbre, heráldica e música. 2017. Dissertação (Mestrado em Culturas e Identidades Brasileiras). – Instituto de Estudos Brasileiros, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: https://oeds.link/HMlGKR. Acesso em: 24 junho 2022.

A pesquisa, realizada no âmbito do mestrado, teve por objetivo estudar a música por meio da trajetória artística do Quinteto Armorial.

CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Cultura popular e sensibilidade romântica: as danças dramáticas de Mário de Andrade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, volume 19, número 54. Disponível em: https://oeds.link/T5Ub9A. Acesso em: 23 agosto 2022.

Estudo da cultura popular por meio da noção de dança dramática na obra de Mário de Andrade.

Quiaréli, Tadeu. História da arte – História da fotografia no Brasil – século dezenove: algumas considerações. Revista á érre ésse, São Paulo, volume 3, número 6, 2005. Disponível em: https://oeds.link/XoEn8i. Acesso em: 27 junho 2022.

Estudo da história da fotografia no Brasil.

COELHO, Raquel. Teatro. São Paulo: Formato Editorial, 1999.

A obra faz parte da coleção No Caminho das Artes, que retrata diferentes expressões de arte. Esse volume apresenta, com linguagem prazerosa, o teatro.

DINIZ, André. Pixinguinha. São Paulo: Moderna, 2002.

A obra apresenta Pixinguinha como um dos mais notáveis mestres da música e da cultura nacionais.

ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural. Disponível em: https://oeds.link/15avCG. Acesso em: 23 junho 2020.

Projeto do Itaú Cultural que atua como uma enciclopédia ou banco de dados sobre manifestações culturais.

FARIA, João Robert (coordenação); Guinsbúrg, Jacó (coordenação). História do teatro brasileiro, volume um: das origens ao teatro profissional da primeira metade do século vinte. São Paulo: Sésqui, 2012.

A obra coletiva é o primeiro volume da coleção que retrata a diversidade e a profundidade do movimento teatral brasileiro.

Gâmbritch, E. H. A história da arte. quarta edição Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.

Na obra, o autor combina sabedoria e conhecimento para descrever a história da arte, apresentando períodos e estilos.

GONDIM, Rosemary Monteiro. Imemorial: fotografia e reconstrução da memória em Rosângela Rennó. Estudos de Sociologia – Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco, ú éfe pê é, volume 1, número 17, 2011.

O artigo apresenta o trabalho Imemorial, da artista Rosângela Rennó, composto de fotografias de operários da construção de Brasília por ela pesquisadas no Arquivo Público do Distrito Federal.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (ifãn). Disponível em: https://oeds.link/U1Pz5C. Acesso em: 23 junho 2020.

Site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (ifãn), uma autarquia federal que atua na preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro.

LEITE, Édson. Música na Semana de 22: tradição e ruptura na cidade de São Paulo. Revista úspi, São Paulo, número 94, página 59-70, julho/agostoponto 2012. Disponível em: https://oeds.link/wifeck. Acesso em: 23 junho 2020.

O artigo apresenta um relato da tradição musical paulista e da ruptura provocada pela Semana de Arte Moderna de 1922.

MASCARELLO, Fernando (organizador). História do cinema mundial. sétima edição Campinas: Papirus, 2016.

O livro apresenta uma proposta para descrever o panorama da produção internacional da narrativa cinematográfica.

MAYA, Eduardo Eváld. Nos passos da história: o surgimento da fotografia na civilização da imagem. Revista Discursos Fotográficos, Londrina, volume 4, número 5, página 103-129, julho/dezembro, 2008. Disponível em: https://oeds.link/U9nW1e. Acesso em: 23 agosto 2022.

Estudo do surgimento da fotografia na civilização da imagem.

MISSÃO de Pesquisa Folclórica. 500 anos, a missão. Disponível em: https://oeds.link/xNkkGj. Acesso em: 23 junho 2022.

Missão de Pesquisa Folclórica, realizada em 1938, que visitou os estados de Pernambuco, Paraíba, Piauí, Ceará, Maranhão e Pará, recolhendo informações sobre manifestações folclóricas como Bumba meu boi, Caboclinho, Maracatu etcétera

MUSEU Afro Brasil. Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Disponível em: https://oeds.link/bzDk0l. Acesso em: 23 junho 2022.

Museu localizado em São Paulo que conserva acervo que abarca diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a escravidão, entre outros.

MUSEU de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Disponível em: https://oeds.link/4sx5o6. Acesso em: 5 maio 2022.

Museu de arte contemporânea da Universidade de São Paulo, considerado centro de referência de arte moderna e contemporânea, brasileira e internacional.

PAVIS, Patrís. Dicionário de teatro. São Paulo: Perspectiva, 2011.

Dicionário de termos de teatro que atua como um valioso instrumento para o ensino e o conhecimento da manifestação artística.

Pêrsiquêti, Simonetta. Iolanda Uzáqui. ín: Iolanda Uzáqui: textos, [sem local, 2010 década certa]. Disponível em: https://oeds.link/13HwIs. Acesso em: 29 maio 2022.

Site que apresenta a obra de Iolanda Uzáqui, que atuou no fotojornalismo, dedicando-se principalmente a desenvolver projetos com temas sociais como a mulher, o trabalho e a infância.

PIMENTEL, Jonas. Rosana Paulino: a mulher negra na arte. ín: Portal Gueledés, abre colchetesem localfecha colchete, 13 abril 2016. Disponível em: https://oeds.link/dl3Ral. Acesso em: 19 maio 2022.

Artigo que cita a produção artística de Rosana Paulino, que retrata em seus trabalhos o racismo estrutural do Brasil

PLENARINHO. Quem foi Aleijadinho? ín: ê bê cê, [sem local], 18 novembro 2018. Disponível em: https://oeds.link/2CYQgW. Acesso em: 19 maio 2022.

O site trata de aspectos da história e da importância do artista.

RECIFE. Museu de Arte Popular. Prefeitura de Recife/Serviços para o cidadão, Recife, [2022 data provável]. Disponível em: https://oeds.link/ltIu3V. Acesso em: 24 maio 2022.

O Museu de Arte Popular tem um acervo representativo de todos os estados do Nordeste brasileiro.

RIBEIRO, darcí. O povo brasileiro. segunda edição São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Obra do sociólogo darcí Ribeiro sobre a formação e a cultura da sociedade brasileira. Clássico de um dos maiores antropólogos brasileiros, que busca compreender a formação e a diversidade do povo brasileiro e a importância do nosso país.

RIO DE JANEIRO. Museu Casa do Pontal. Riotur, Rio de Janeiro, [2022 data provável]. Disponível em: https://oeds.link/ezfHp8. Acesso em: 23 agosto 2022.

Site do museu que é o mais significativo em arte popular do país. Apresenta quarenta anos de pesquisas e viagens do designer francês Jaque van di Béque.

rósquel, Renato. Pixinguinha. Almanaque Música/uól, [sem local], [19 século provável]. Disponível em: https://oeds.link/1qQlTu. Acesso em: 19 maio 2022.

Artigo do almanaque da Folha uól que descreve a história e a obra do músico Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha.

Xêiquispíer, Uílliam. Romeu e Julieta. [sem local]: ibúksBrasil.com, [2010 década certa]. Disponível em: https://oeds.link/AgNTcY. Acesso em: 29 maio 2022.

A obra, primeira das grandes tragédias de Uíliam Xêiquispíer, retrata a história de dois jovens que se apaixonam e desafiam uma rixa familiar.

SUASSUNA, Ariano. A história do amor de Romeu e Julieta. ín: Folha de São Paulo/Folha uól Mais, São Paulo, 19 janeiro 1997. Disponível em: https://oeds.link/8OSVs1. Acesso em: 29 maio 2022.

Trecho da obra A História do amor de Romeu e Julieta.

TRANSCRIÇÃO DOS ÁUDIOS

Diálogos ausentes – um olhar contemporâneo da arte negra

Duração: quatro minutos e cinco segundos. Página: 26.

Locutor: Diálogos ausentes – um olhar contemporâneo da arte negra.

Vinheta musical

Locutor: Em 2010, 54% da população brasileira se declarou negra ou parda, de acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o í bê gê É.

Mesmo sendo maioria no país, os artistas negros não são protagonistas. Não têm papel de destaque com suas obras no universo das artes em geral.

A exceção pode ser observada na música, cujo apelo é mais popular. Nela, é notória a influência de grandes compositores e intérpretes negros. É até incontável o número de pessoas negras com destaque: Ataulfo Alves, Pixinguinha, Cartola e Elza Soares são alguns grandes nomes.

Mas há representatividade em outras fórmas de arte?

Você pode até lembrar de Machado de Assis, Mário de Andrade e Carolina Maria de Jesus na literatura.

Mas consegue citar outras personalidades e suas obras? Ou os nomes mais consagrados são de artistas brancos e de origem europeia?

Vinheta musical

Locutor: Tradicionalmente, o trabalho dos artistas negros, principalmente os das artes visuais, como pintura, escultura, desenho e gravura, estavam ligados apenas a temáticas como as raízes africanas e a religião. O escultor Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, é um desses exemplos populares.

Mas, hoje, os artistas contemporâneos, ou seja, do nosso tempo, se voltam para os problemas das pessoas negras em nossa sociedade. Esta análise é feita por Rosana Paulino.

Artista visual e pesquisadora, Rosana é também uma mulher negra e expoente da arte contemporânea visual brasileira, assim como o fotógrafo Eustáquio Neves.

Doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – a éca da úspi, essa paulistana é também especialista em gravura pelo Lóndon Printi Istúdio, de Londres, na Inglaterra. Tem obras expostas tanto em grandes museus brasileiros como em Portugal, na França e nos Estados Unidos.

Vinheta musical

Locutor: Dona de um sorriso largo e acolhedor, Rosana não mostra fragilidade em suas criações. Ao contrário, exprime fôrça e coloca as mulheres negras no centro do seu trabalho, discutindo relações de poder, a subjetividade e os estereótipos.

Ela une diferentes fórmas de expressão artística, produzindo esculturas-objetos, escritas-gravuras, fotografias-pinturas e instalações-performances.

Tudo isso utilizando elementos do nosso dia a dia, como linhas, tecidos, bordados e fotos, só para citar alguns.

Vemos em suas obras a repressão, a dominação e a violência sofridas pelas mulheres negras por meio de suas bocas costuradas e seus corpos desconstruídos.

Se você ainda não conhece o trabalho, procure pelo nome de Rosana Paulino na internet e veja de que maneira ela representa a mulher negra contemporânea em sua arte.

Vinheta musical

Locutor: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da frissáund.

Arte e povo brasileiro – a Semana de 22

Duração: quatro minutos e cinquenta segundos. Página: 34.

Locutor: Arte e povo brasileiro – a Semana de 22.

Vinheta musical

Locutor: Em 1922, um grupo de artistas brasileiros, influenciados por movimentos vanguardistas europeus como Cubismo, Futurismo e Surrealismo, decidiu voltar o olhar para a produção artística nacional e iniciar uma verdadeira transformação nas artes.

O desejo era promover a experimentação e a liberdade de criação.

Pensando em valorizar uma cultura tipicamente brasileira, segundo a visão da época, o grupo inaugurou a primeira fase do modernismo aqui no Brasil, mais especificamente em São Paulo. O movimento tinha como uma das características a radicalização dessa visão de privilegiar a cultura nacional, justamente para romper com estruturas artísticas preestabelecidas no passado.

Vinheta musical

Locutor: Tudo isso foi feito por meio de manifestos e revistas.

Mas principalmente em um grande evento, de 3 dias, no Teatro Municipal de São Paulo, ocorrido em fevereiro de 1922.

A semana de 22, como é conhecida, reuniu diversos artistas das mais variadas expressões culturais, todos com o intuito de emancipar a produção nacional e firmar compromisso com uma renovação estética, valorizando nosso povo, nossa paisagem e nossa língua, incluindo a cultura dos povos originários.

O objetivo era romper com o tradicionalismo associado a correntes literárias e artísticas como o parnasianismo, o simbolismo e a arte acadêmica.

Foi possível admirar obras da pintora Anita Malfatti, ouvir poemas de Mário de Andrade e Oswald de Andrade e apreciar obras de Heitor Villa-Lobos.

Nosso grande compositor e pianista, aliás, causou estranhamento mais pelo que estava vestindo do que pela sua música, já que subiu ao palco de casaca e chinelos.

A recepção na época não foi boa. Vaias no teatro e textos ácidos nos jornais marcaram a reação negativa do público e da crítica especializada. Porém nada disso parou “os modernistas”.

Mas, afinal, quem são esses artistas dos quais estamos falando?

Vinheta musical

Locutor: Oswald de Andrade e Mário de Andrade se destacaram na literatura com obras como o Manifesto antropofágico.

Nele, se lançou o questionamento: Tupí or nót tupí dét is dê cuéstion, uma alusão ao clássico do escritor inglês Uíliam Xêiquispíer To be or not to be that is the question dita pelo personagem Rãmlet, que, traduzindo para o português, quer dizer: ser ou não ser, eis a questão.

Outro trabalho de destaque foram os poemas publicados no livro Pauliceia desvairada.

Anita Malfatti apresentou entre os seus quadros O homem amarelo, que ganhou muitas críticas negativas pelo uso excessivo da cor.

Heitor Villa-Lobos não se empolgou muito com o evento, mas dizem que a possibilidade de tocar para o público paulista pela primeira vez atraiu o maestro carioca e ele apresentou, entre outras composições, “Danças características africanas”.

Vinheta musical

Locutor: Se você já ouviu falar desse grupo de modernistas, deve estar se perguntando: mas e Tarsila do Amaral, uma das maiores modernistas?

Pois é, na famosa Semana de 22, Tarsila não estava no Brasil. Ela tomou conhecimento da Semana de 22 por meio das cartas de Anita Malfatti e, na sua volta, foi apresentada aos artistas modernistas.

A sua primeira obra modernista, A negra, foi pintada em 1923.

Vinheta musical

Locutor: Agora que já se passaram mais de 100 anos da Semana de 22, conseguimos entender a importância deste movimento para a cultura nacional.

Você consegue perceber a influência dele na arte contemporânea?

Vinheta musical

Locutor: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da frissáund.

Pixinguinha, o carinhoso

Duração: quatro minutos e vinte segundos. Página: 40.

Locutora: Pixinguinha, o carinhoso.

Música

Locutora: Enquanto no Brasil acontecia, entre vaias e aplausos, a Semana de 22, que propunha uma transformação na produção artística nacional, um grupo bem brasileiro “Os Oito Batutas” ganhava o mundo.

Música

Locutora: Os Oito Batutas tinha Pixinguinha na flauta, Donga e Raul Palmieri no violão, Nelson Alves no cavaquinho, China no piano, José Alves no bandolim e ganzá, Jacó Palmieri no pandeiro e Luis de Oliveira na bandola e no reco-reco. No repertório, canções sertanejas, batuques, cateretês e choros.

A temporada francesa, em 1922, foi um grande sucesso. Teatro lotado e muitos elogios da imprensa internacional e mesmo da nacional.

Mas, nem sempre foi assim. Eles já haviam sofrido muito preconceito na pátria-mãe, desde que fundaram o grupo, em 1919, e se apresentaram no cine Palé, no Rio de Janeiro. As críticas aos músicos, em sua maioria negros, vinham sobretudo porque muitos não aceitavam que eles tocassem em locais frequentados pela dita alta sociedade da época. O escritor André Diniz destaca a história de preconceito em seu livro Pixinguinha.

Vinheta

Narradora: “Imagine o escândalo que foi a chegada do grupo de oito músicos negros! O preconceito era tanto que muita gente protestou contra a presença deles e de seus instrumentos populares, dizendo que aquilo era ‘uma vergonha’. E pensar que a escravidão tinha sido abolida havia mais de 30 anos.”

Vinheta musical

Locutora: Apesar de toda discriminação, Pixinguinha e Os Oito Batutas inspiraram a musicalidade de muitas gerações e eram admirados por artistas e fãs de várias classes sociais.

Junto com João de Barro, Pixinguinha compôs a canção que você escutou no início deste podcast, chamada “Carinhoso”. E fez história com inúmeros outros sucessos populares, além de orquestrações para cinema, teatro e circo. Fez também arranjos para intérpretes famosos, entre os quais Carmen Miranda, Francisco Alves e Mário Reis.

Vinheta musical

Locutora: Voltando à Semana de Arte Moderna, talvez você já tenha ouvido falar que a pintora Tarsila do Amaral não participou dela. O mesmo aconteceu com Pixinguinha, já que como dissemos tocava em Paris.

Mesmo sem Pixinguinha, Tarsila e tantos outros artistas que ficaram de fóra da Semana de 22, esse evento tem a importância que é dada a ele para representar a produção artística nacional da época? Qual a sua opinião?

Créditos. Neste podcast, ouvimos a leitura de um trecho do livro Pixinguinha, escrito por André Diniz e publicado em 2002 pela editora Moderna. O trecho do áudio ouvido pertence à frissáund. Ouvimos também pequenos trechos das seguintes músicas: “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro; e “Urubu malandro”, motivo folclórico adaptado por Lourival Inácio de Carvalho, com interpretação de Os Oito Batutas.

Manifestações culturais: música, dança, festas e celebrações populares

Duração: cinco minutos. Página: 80.

Locutora: Manifestações culturais: música, dança, festas e celebrações populares.

Música

Locutora: Eita Brasil tão extenso.

De norte a sul do Brasil

Diverso e variado

De tantas manifestações

Tem roda de cururu e

viola de cocho

Tem carimbó

Samba de roda

E afoxé

Abre alas que

Os Filhos de Gandhi

Vão passar

Lá vem a ciranda de Pernambuco

Com movimentos da onda do mar

Tem jongo que veio da África

Tem catira com influência indígena

Tem até cavalo-marinho

E tem muito mais.

Congada

Cavalhada

E Bumba meu boi

Que já chegou em Parintins

Um é Garantido

O outro é Caprichoso

E tem muito frevo no pé

E é sobre ele

Que nós vamos falar!

Música

Locutora: E depois desse trecho de Salvador Barletta Nery, comecemos lembrando das sombrinhas para cima e para baixo, dos passistas girando, dançando na ponta dos pés, descendo e pulando.

Sem falar nas orquestras enchendo as ruas de Pernambuco com o som de metais e percussão durante o Carnaval.

Quem nunca ouviu falar do frevo de rua de Olinda e Recife? Foi nessas cidades que essa manifestação cultural surgiu lá no fim do século dezenove.

E a música chamada “Vassourinhas”, de Joana Batista e Matias da Rocha. Você conhece?

O frevo é um verdadeiro símbolo de resistência da cultura pernambucana.

Ele foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a unêsco, como patrimônio cultural imaterial da humanidade.

E só para você não esquecer, manifestação cultural engloba a maneira com que um povo expressa sua arte. Seja por meio de celebrações, rituais ou festas tradicionais que normalmente reúnem música, dança e poesia.

Música

Locutora: Paralelamente à música, a dança nasceu do improviso nas ruas e é atribuída aos capoeiristas de bandas e blocos carnavalescos.

Mas o frevo é mais do que o frevo de rua. Há também o frevo de bloco, como vamos ouvir agora.

Música

Locutora: Se a palavra “frevo” deriva de “ferver, agitar, pulsar”, o frevo de bloco parece ir na contramão dessa agitação. Mais semelhante a uma serenata, em uma seresta, no lugar dos metais e da percussão, são usados instrumentos como cavaquinho, bandolim, violão e violino, além de instrumentos de sopro.

Nesse estilo há também a presença de letra nas músicas e geralmente conta com mulheres como intérpretes.

Já o frevo canção é mais contemporâneo. Preste atenção nesta música.

Música

Locutora: Também mais melodioso e mais lento que o frevo de rua, o frevo canção que você acabou de ouvir apresenta letras nas músicas, como o frevo de bloco.

Lembra até mesmo as marchinhas de Carnaval tradicionais do Rio de Janeiro. Alceu Valença não nos deixa mentir.

Música

Locutora: Créditos: Neste podcast você ouviu pequenos trechos das seguintes músicas:

Galo de Ouro, de autoria do Maestro José Menezes; Cocada, de autoria de Lourival Oliveira;

Vassourinhas, de Joana Batista e Matias da Rocha; Baba de moça, de José Menezes;

Alegre Bando, de Edgard Moraes; Frevo número 1 do Recife, de Antônio Maria, com interpretação de Almir Rôche, e Bom demais, de Alceu Valença.

Ouviu também Eita Brasil tão extenso, de Salvador Barletta Nery.

Uma mulher: um clique em busca da memória

Duração: três minutos e cinquenta e seis segundos. Página: 116.

Locutor: Uma mulher: um clique em busca da memória.

Cliques e sons de câmeras fotográficas

Locutor: Esse som que você acabou de ouvir é de uma câmera fotográfica.

Essa caixinha mágica que captura a realidade e, por que não?, os sonhos chegou ao Brasil em 1840, apenas um ano depois de ter sido criada pelos franceses Luí Daguérre e Jôséf Necêforrê Niépce e de ter recebido o nome de daguerreótipo.

E o grande entusiasta dessa nova fórma de arte e de registro histórico por aqui foi o próprio imperador Dom Pedro II, considerado o primeiro fotógrafo brasileiro.

Sons de câmeras fotográficas

Locutor: Agora, vamos dar um grande salto no tempo. 154 anos se passaram: as máquinas já são portáteis e as fotografias são registradas em papel. Estamos no ano de 1994 e a exposição da artista mineira Rosângela Rennó começa a ganhar espaço nos museus brasileiros com a sua obra Imemorial.

Depois de pesquisar no Arquivo Público do Distrito Federal, a artista conseguiu reunir 50 fotografias 3 por 4 de operários que trabalharam na construção de Brasília: tanto homens quanto mulheresreticências e até crianças.

As fotos foram ampliadas e expostas de uma maneira na qual quarenta desses operários que morreram no trabalho aparecem em imagens bem escuras. Ao passo que as imagens de dez crianças que também participaram da construção da capital federal, mas sobreviveram, estão impressas de fórma mais clara e iluminada.

Mas todas as imagens são apresentadas sem o nome dos fotografados, em uma clara alusão ao apagamento que nossa sociedade fez das identidades dos que colaboraram com a construção de Brasília, na segunda metade dos anos de 1950. Um verdadeiro retrato da invisibilidade desses trabalhadores que acabaram relegados não só às periferias da moderna capital nacional, como também ao esquecimento.

Sons de câmeras fotográficas

Locutor: Se no passado ficou a cargo da pintura fazer registros de pessoas, lugares e momentos históricos, a partir do século vinte a fotografia tomou para si esse papel. E foi além, tornando-se um meio de expressão.

Essa é a magia da fotografia. Ela consegue fazer registros de coisas até consideradas banais, simples, mas que ao serem organizadas e expostas a partir do olhar de artistas visuais nos levam à reflexão.

E essa reflexão pode conter tanto o aspecto individual – nossa fórma de enxergar o mundo e pertencer a ele –, quanto o aspecto coletivo, a maneira como a sociedade encara diversas questões.

Sons de câmeras fotográficas

Locutor: Agora propomos um desafio. Pense nas fotos além da chamada selfie, a autofotografia. De que maneira a câmera do seu celular pode registrar seu mundo? E mais: você já pensou em organizar suas fotos de fórma que elas contem uma história, que transmitam uma mensagem? Pense nisso. Suas fotos nas redes sociais revelam acontecimentos corriqueiros, do dia a dia, ou dizem muito sobre quem você é e a época em que você vive?

Sons de câmeras fotográficas

Locutor: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da frissáund.