UNIDADE 4 As artes chegam ao público

As propostas desta unidade do seu livro foram desenvolvidas em quatro etapas, que se completam:

Ilustração. Ao centro, a palavra 'ARTE' com letras maiúsculas e em cores amarelo e verde. Acima e à frente da palavra e entre os espaços da letra R, há doze artistas executando diferentes atividades, como pintura, canto, teatro, dança e escultura. O fundo é azul.

eu SEI

Dos bastidores à recepção do público

As etapas que envolvem os bastidores da produção à recepção de uma obra pelo público serão o foco de uma dinâmica.

Ilustração. Uma seta curvada para baixo.
Pintura. Interior de uma sala onde, ao centro, um homem  pinta uma paisagem natural em uma tela grande. Ao seu lado, em pé, há uma mulher nua segurando um manto longo branco e, do outro lado, uma criança em pé observando a tela e um cachorro branco deitado no chão. À direita, há um grupo de homens observando o pintor e, ao fundo, uma mulher cabisbaixa. À esquerda, há um grupo de pessoas em sua maioria sentada e olhando para baixo. Há um contraste de cores entre a cena bem iluminada ao centro, especialmente no corpo branco da mulher, do cachorro e do manto, e o restante da obra, em tons escuros e sombrios.

eu vou APRENDER

Capítulo 1 – Produção, circulação e mediação nas artes

Analisar os processos envolvidos na produção de obras cênicas.

Capítulo 2 – Espaços de criação, mediação e mercado das artes

Conhecer espaços de criação e modos de mediação artística.

Respostas e comentários

Bê êne cê cê NA UNIDADE

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre zero um), (ê éfe seis nove á érre zero cinco), (ê éfe seis nove á érre zero seis), (ê éfe seis nove á érre zero oito), (ê éfe seis nove á érre dois cinco), (ê éfe seis nove á érre dois sete), (ê éfe seis nove á érre dois oito), (ê éfe seis nove á érre três um), (ê éfe seis nove á érre três dois), (ê éfe seis nove á érre três quatro), (ê éfe seis nove á érre três cinco)

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 9

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9

tê cê tês

  • Diversidade cultural
  • Trabalho
  • Educação em Direitos Humanos
  • Vida familiar e social
  • Ciência e tecnologia

Objetivos

  • Analisar os processos de produção das artes cênicas.
  • Reconhecer os profissionais envolvidos na circulação de manifestações artísticas.
  • Analisar historicamente o papel do público nas artes cênicas.
  • Identificar ações culturais.
  • Identificar e analisar a importância do papel da mediação e da sensibilização artística.
  • Realizar projeto de ações culturais.
  • Realizar e analisar dados de entrevista com espectadores de obras cênicas.
  • Analisar espaços de criação, mediação e mercado das artes.
  • Identificar o papel do curador.
  • Analisar e identificar o ateliê como espaço de criação do artista.
  • Produzir espaço de ateliê na escola.
  • Identificar os museus como espaços de salvaguarda do patrimônio.
  • Analisar o histórico dos museus.
  • Pesquisar museus da região onde vivem.
  • Analisar os gabinetes de curiosidades.
  • Construir pequeno gabinete de curiosidades realizando o catálogo e a curadoria de peças.
  • Refletir sobre o papel dos museus de arte no país.
  • Conhecer alguns exemplos de importantes museus do Brasil.
  • Analisar o papel da mediação em museus.
  • Analisar o uso da tecnologia em museus e espaços culturais.
  • Conhecer exemplos de museus virtuais.
  • Refletir criticamente sobre o mercado da arte.
  • Identificar objetos de valor simbólico.
Fotografia. Destaque das mãos de uma pessoa que formata um recipiente sendo produzido com argila com auxílio de uma espátula.

eu APRENDI

Desenvolver atividades de verificação, sistematização, reflexão e ampliação da aprendizagem.

Ilustração. Uma seta curvada para baixo.
Fotografia. Interior de uma sala com uma cristaleira, uma mesa e algumas cadeiras de madeira em cor marrom. Sobre a mesa, uma tolha branca com estampas e alguns pratos. Na parede ao lado, um quadro. Ao fundo, as portas e batentes são verdes.

vamos COMPARTILHAR

Objetos de valor simbólico

Investigar o valor simbólico de um artefato ou objeto pessoal que será exposto e compartilhado com o acompanhamento de uma audiodescrição.

OBJETIVO GERAL

Conhecer e analisar as questões relativas à produção, circulação, mediação e fruição de uma obra cênica ou exposição visual.
Respostas e comentários

Introdução

A unidade se propõe apresentar aos estudantes as características dos processos de produção, divulgação e circulação de obras cênicas, além de analisar espaços de criação e mediação artística.

Na unidade, os estudantes analisarão as funções de diferentes profissões ligadas ao mundo artístico, como produtor, curador, designer, entre outros (ê éfe seis nove á érre zero oito). Também vão explorar, experimentar e analisar diferentes fórmas de criação artística (ê éfe seis nove á érre zero cinco), desenvolvendo processos de criação individual e coletivo e refletindo sobre eles (ê éfe seis nove á érre zero seis).

Os estudantes também refletirão sobre o teatro, analisando estilos cênicos e o papel dos profissionais envolvidos, e criando espaços cênicos (ê éfe seis nove á érre dois cinco), (ê éfe seis nove á érre dois sete), (ê éfe seis nove á érre dois oito). Por meio de projetos temáticos (ê éfe seis nove á érre três dois) que refletem a importância da ampliação do repertório cultural da população, eles relacionarão as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética (ê éfe seis nove á érre três um). A unidade também dá especial importância aos espaços formais e não formais de disseminação da cultura (ê éfe seis nove á érre três quatro), analisando o papel dos museus e estimulando os estudantes a pesquisar e conhecer os espaços culturais de sua região.

Durante toda a unidade, os estudantes realizarão visitas virtuais a museus e criarão apresentações e oficinas utilizando ferramentas on-line, trabalhando assim diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável (ê éfe seis nove á érre três cinco).

A unidade propõe estabelecer relações entre os conteúdos apresentados e a realidade dos estudantes por meio da análise e exploração de elementos constitutivos de artes visuais e teatrais. Assim, os estudantes serão levados a compreender melhor as manifestações culturais nestes âmbitos e a apreciá-las também melhor.

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Leia de maneira compartilhada a estrutura da unidade, explicando à turma cada etapa: Eu sei, Eu vou aprender, Eu aprendi e Vamos compartilhar. Explique aos estudantes que eles percorrerão todo o processo para a construção do conhecimento.

Ilustração. Uma seta curvada para a direita.

eu SEI

Dos bastidores à recepção do público

Ilustração. Ao centro, a palavra “ARTE” com letras maiúsculas e em cores amarelo e verde. Acima e à frente da palavra e entre os espaços da letra R, há doze artistas executando diferentes atividades, como pintura, canto, teatro, dança e escultura.

Para que uma obra chegue ao público, são necessárias várias etapas que envolvem diversos profissionais nos bastidores, além de outras ações após a realização de um espetáculo cênico ou exposição de arte.

Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.
Que profissionais envolvidos na produção de um espetáculo cênico, ou exposição de arte, vocês conhecem? Com a orientação do professor, organizem-se em grupos para a realização da dinâmica a seguir. Em uma folha avulsa, enumerem as definições de cada uma das etapas de acordo com o esquema. Vocês devem levar em consideração a ordem em que elas são seguidas para que a obra chegue ao público. Por exemplo: será que antes da etapa de “Apresentação” de um espetáculo cênico acontece a etapa de “Mediação”?

Artes cênicas

  1. Apresentação.
  2. Divulgação/Circulação.
  3. Mediação.
  4. Produção.

Artes visuais

  1. Exposição.
  2. Curadoria/Montagem.
  3. Mediação.
  4. Produção.
Respostas e comentários

Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.

(ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3 e 4

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 8 e 9

tê cê tê

Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, perguntando sobre os processos que levam a obra ao público, envolvendo os profissionais que atuam nos bastidores. Peça aos estudantes que listem as funções de bastidores das quais se lembram.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Realize a atividade com os estudantes perguntando sobre os profissionais envolvidos na produção teatral. Permita que, nesse momento, eles falem livremente o que conhecem ou que exponham suas dúvidas. A ideia é que essa pergunta possa investigar o que a turma já sabe sobre o assunto.

Oriente os estudantes a realizar a atividade, explicando que deverão compor uma dinâmica demonstrando como acontecem as etapas que envolvem os bastidores das artes até a recepção da obra pelo público.

Divida a turma em grupos com quatro a seis integrantes. Defina a linguagem que cada grupo explorará: cênicas ou artes visuais. Leia as etapas presentes, com os passos a serem seguidos pelos grupos de cada tipo de linguagem.

Ao final das apresentações e considerações, apresente à turma a ordem correta das etapas:

  • Artes cênicas:
  1. Produção
  2. Divulgação/Circulação
  3. Apresentação
  4. Mediação
  • Artes visuais:
  1. Produção
  2. Curadoria/Montagem
  3. Exposição
  4. Mediação

Após revelar a ordem correta das etapas, peça aos grupos que leiam as definições de cada uma. Explique-lhes que essas etapas fazem parte dos meios de criação/produção, circulação, mediação e recepção das obras pelo público e que esta unidade tem por objetivo apresentar as fórmas como isso acontece.

Artes cênicas: definições

Apresentação

É o momento em que o espetáculo cênico é apresentado ao público, porém o processo de aproximação entre público e obra não se encerra nesta etapa.

Divulgação/Circulação

A obra cênica entra nos meios de divulgação e nos sistemas de exibição: edifícios teatrais, espaços não convencionais, bibliotecas, ruas e praças.

Mediação

É criado um caminho facilitador para que o público conheça e desfrute da obra cênica de maneira mais ampla por meio de elaboração de catálogos, palestras, cursos, seminários, debates etcétera

Produção

Processo de criação e organização da obra cênica envolvendo dramaturgia, coreografia, coordenação do espetáculo, trabalho de intérpretes, técnicos etcétera

Artes visuais: definições

Exposição

Diz respeito ao espaço onde as obras são exibidas para o público (instituições culturais, museus, galerias), porém o processo de aproximação entre público e obra não se encerra nesta etapa.

Curadoria/Montagem

O curador é o profissional responsável pelo planejamento e escolha das obras que vão compor a exposição, que depois passam pelo processo de fixação e montagem no espaço expositivo.

Mediação

Envolve visitas guiadas ou orientadas às exposições, atividades complementares às visitas, biblioteca, material impresso, como livros, catálogos, oficinas de arte, palestras etcétera

Produção

O artista visual elabora, cria ou produz suas obras em ateliês de arte, oficinas ou estúdios.

Assim que as etapas forem organizadas, cada grupo deverá apresentar o seu esquema e expor como chegaram às suas conclusões, explicando o porquê das suas escolhas.
Respostas e comentários

Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

A atividade pode ser utilizada como avaliação diagnóstica e mapeamento dos conhecimentos prévios da turma. Após a realização da atividade, solicite aos estudantes que justifiquem oralmente suas escolhas. Analise as respostas sem corrigi-las. Ao final do capítulo, a atividade pode ser retomada para que os próprios estudantes corrijam seus erros.

Ilustração. Dispostos na diagonal, três triângulos verdes contornado por outro de fio rosa apontam para a direita

eu vou APRENDER Capítulo 1

Produção, circulação e mediação nas artes

Ao pensar na palavra “arte”, é comum nos lembrarmos de obras de artistas famosos, que vemos em museus, de espetáculos de dança e teatro apresentados em grandes e belos teatros, ou de esculturas e monumentos que encontramos pela cidade. Porém, além das instituições culturais e dos espaços privilegiados da cidade, a arte pode circular por outros meios.

Fotografia. Plano aberto de uma escadaria com degraus compostos de ladrilhos coloridos, em tons de amarelo, azul, verde e branco e laterais com ladrilhos avermelhados formando uma composição de mosaico. Nos degraus centrais, está escrito: ESCADARIA SELARON. RIO DE JANEIRO.
Escadaria Selarón. Obra mundialmente famosa, do artista chileno Jorge Selarón, na cidade do Rio de Janeiro, que a criou como homenagem ao povo brasileiro. Rio de Janeiro, 2012.

A arte também está na casa das pessoas, quando se liga a TV e se assiste a um filme reconhecido por suas qualidades técnicas e estéticas, nas estações de metrô, nos muros da cidade, na música que se ouve nas praças.

Clique no play e acompanhe as informações do vídeo.

Respostas e comentários

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).

(ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 4 e 5

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9

tê cê tê

Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, convidando os estudantes a pensar sobre a definição de “arte” e dos espaços de apreciação das obras. Analise a imagem com a turma, conversando sobre a Escadaria Selarón, no Rio de Janeiro, explicando que essa “escadaria” compreende uma obra de arte fóra dos espaços fechados, como museus e galerias.

Realize a atividade com os estudantes, observando outras fotografias de espaços artísticos, perguntando se já visitaram esses mesmos espaços ou outros semelhantes.

BNCC NO CAPÍTULO

OBJETOS DE CONHECIMENTO

HABILIDADES

Materialidades

(EF69AR05)

Contextos e práticas

(EF69AR25)

Processos de criação

(EF69AR27)

Processos de criação

(EF69AR28)

Contextos e práticas

(EF69AR31)

Processos de criação

(EF69AR32)

Patrimônio cultural

(EF69AR34)

Fotografia. Uma senhora de cabelos pretos amarrados para trás, nariz largo e lábios grossos está sentada em um sofá e borda um tecido. Ao fundo, uma parede branca com formas circulares e uma porta com batente rosa.
Mulher bordando panos de prato. Retirolândia, Bahia, 2015.
Fotografia. Vista lateral e parcial de uma pessoa utilizando um pincel digital enquanto olha para uma tela do computador, na qual aparece o mesmo desenho que ela está fazendo no tablet à sua frente: busto de uma mulher.
Mulher criando um desenho digital. Caserta, Itália, 2019.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.

1. Além dos espaços já citados e retratados nas imagens, reflitam sobre outros lugares onde a arte também circula.

Depois que manifestações artísticas como espetáculo de dança ou teatro, escultura, pintura, música ou livro são produzidas, é necessário um sistema de circulação para que esses bens culturais cheguem ao público.

Esse sistema envolve a ação de agentes especializados, como produtores culturais de instituições como museus e galerias de arte, ou a ação do próprio artista, que pode levar sua arte até o público.

Fotografia número 1. Um homem caminha sobre uma faixa de pedestres durante o semáforo fechado com uma estrutura de três hastes horizontais ao lado do corpo na qual estão acoplados dois bonecos em tamanho real, um à sua frente e outro atrás dele.
Artista de rua se apresentando com bonecos enquanto aguarda a abertura do semáforo, em Natal. Rio Grande do Norte, 2019.
Fotografia número 2. Fachada branca de um prédio de dois andares e com terraço. Apresenta arquitetura com portas arqueadas e detalhes com arabescos entre os pisos. Uma escada com poucos degraus dá acesso à entrada do prédio.
Museu de Arte de Lima. Peru, 2018. Um dos principais museus de arte do país.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.
  1. Observem as fotografias e respondam.
    1. Você conhecia o tipo de manifestação artística retratado na fotografia 1? Com base nela, ou do que você já conhece, explique como essa arte acontece e em que espaços circula.
    2. A fotografia 2 retrata um espaço considerado oficial para a circulação de arte. Expliquem por que esses espaços não limitam as possibilidades de circulação da arte.
Respostas e comentários

1. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

2. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Realize a atividade com a turma, pedindo que citem outros lugares de circulação e apreciação de artes. Aproveite este momento para investigar quais lugares de circulação de arte são considerados pelos estudantes.

Nas outras atividades, os estudantes deverão analisar as fotografias. Espera-se que eles identifiquem que a arte de rua circula pelos espaços públicos, interferindo na paisagem das cidades. Esse tipo de arte depende unicamente dos próprios artistas para acontecer e circular. Além disso, espera-se que eles reflitam sobre o fato de os espaços oficiais da arte não serem os únicos locais onde a arte se manifesta. A arte não depende exclusivamente dos museus, pois, quando ela se manifesta nas ruas, em nosso bairro ou em nossa própria casa, ela escapa ao formato de um espaço expositivo convencional.

Para observar e avaliar

Observe como os estudantes entendem e analisam as fórmas de expressão artística e as diferentes linguagens, compreendendo o fato de que existem vários espaços de apreciação artística. Nesse caso, é interessante avaliar, com base nas atividades, de que fórma os estudantes analisam e valorizam como a arte se manifesta, a exemplo do que está presente nas fotografias. Se algum deles não atingir os objetivos esperados, proponha-lhe que realize uma breve pesquisa sobre diferentes locais de apreciação artística, criando posts em redes sociais da escola para divulgar o conhecimento obtido.

TEATRO: DA PRODUÇÃO À APRESENTAÇÃO

Fotografia. Interior de um amplo galpão onde alguns homens conversam diante de uma extensa bancada cinza. Do lado direito, há um cavalo cenográfico deitado com uma haste dourada presa à lateral do corpo. Ao lado dele, diversos objetos com muitos fios. Ao fundo, está um palco.
Equipe técnica nos bastidores da Ópera Estatal de Viena. Áustria, 2017.

Uma apresentação teatral não começa e se encerra no momento em que é assistida e apreciada pelo público. É preciso relacionar e sincronizar quatro etapas antes, durante e depois desse momento: produção, distribuição, troca e mediação do bem cultural, no caso o teatro enquanto obra cênica.

Produção: estão incluídas as funções de dramaturgia, coreografia, coordenação do espetáculo, trabalho de intérpretes, técnicos etcétera Distribuição: profissionais como o diretor de produção teatral (ou produtor) reúne condições para que a obra entre em um sistema de exibição: edifícios teatrais, espaços não convencionais, bibliotecas, ruas e praças etcétera Troca: são envolvidos nessa fase profissionais como o secretário ou o empresário teatral, que organiza a administração da companhia, controla o caixa, fiscaliza a bilheteria e tudo o que diz respeito aos aspectos financeiros. Pode haver, ainda, o financiador/patrocinador, que favorece o acesso a uma obra cênica promovendo apresentações gratuitas ou de baixo custo e garantindo o fácil acesso a esses bens culturais. Mediação: recorre-se à elaboração de catálogos, programas de apresentação de um espetáculo ou filme, palestras, cursos, seminários, debates etcétera

Para ampliar

Programa Teatro em Comunidades. Disponível em: https://oeds.link/gQFacB. Acesso em: 25 junho 2022. O programa realiza atividades artísticas com crianças, adolescentes e jovens no Complexo da Maré, comunidade do Rio de Janeiro (érre jóta).

Respostas e comentários

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 4 e 5

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 8 e 9

tê cê tê

Trabalho

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, destacando as definições das palavras grifadas. Debata com os estudantes os profissionais envolvidos em espetáculos cênicos e como essas funções ficam nos bastidores – e, no caso, desconhecidas do público, na maior parte das vezes.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Realize a atividade com a turma, convidando os estudantes a analisar e descrever os elementos visuais presentes na ilustração. Eles deverão identificar as funções e os profissionais envolvidos nos bastidores de uma apresentação teatral a partir do desenho, bem como suas etapas.

Deixe que a turma responda livremente e analise suas respostas.

Diversos profissionais são envolvidos na elaboração de um espetáculo cênico, e muitas dessas funções acabam ficando nos bastidores, mas são essenciais para que a obra chegue à apreciação do público.

Ilustração. Vista de cima para baixo, uma mulher de cabelos pretos longos e vestido vermelho está segurando um microfone para o alto e posicionada ao centro de um palco montado com estrutura de iluminação na parte superior e diante de cadeiras vermelhas dispostas lado a lado. Atrás do palco, há uma pessoa que manipula uma mesa de som, outra que caminha empurrando uma estrutura com caixas e uma terceira que está parada de pé olhando para uma folha em sua mão. Na parte superior do palco, duas pessoas trabalham, uma segura uma caixa e outra manipula fios. Ao redor do palco, há a ampliação das partes que compõe a ilustração, destacando: a estrutura de iluminação formada por um painel de ferro, um recorte de duas poltronas vermelhas, a cantora e os profissionais de apoio.
Ilustração de equipe nos bastidores de um teatro.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.
  1. Observem atentamente a ilustração e como as diferentes funções são destacadas nos bastidores de uma apresentação teatral.
    1. Com qual das etapas envolvidas nos bastidores do teatro, e descritas anteriormente, a ilustração mais se relaciona?
    2. Citem a função de um dos profissionais que aparecem na ilustração.
Respostas e comentários

3. a) Com a etapa 1, a produção.

3. b) Podem ser citados algumas funções que compõem a ilustração: o produtor, o coordenador do espetáculo, o técnico de luz, o técnico de som.

Para observar e avaliar

Observe como os estudantes analisam as diferentes funções teatrais e entendem suas relações com os bastidores de um espetáculo cênico. É interessante avaliar, com base na atividade, como eles entendem essas funções e seus diferentes papéis na montagem de uma peça de teatro, por exemplo. Caso algum estudante não alcance os objetivos pretendidos, peça a ele que crie um infográfico usando uma imagem semelhante, identificando e explicando as funções de cada um dos papéis teatrais. O conteúdo poderá ser postado em redes sociais, no site ou blog da turma.

Recepção da obra cênica pelo público

Gravura em sépia. Em linhas pretas retas e curvas, à esquerda há um grupo de pessoas, adultos e crianças, parados em fila diante de uma bilheteria. Os homens vestem chapéus em formato cartola escuro; as mulheres usam lenços cobrindo as cabeças; as crianças usam boinas. O homem à frente está com o tronco curvado e o braço direito estendido na direção do guichê, acima do qual há uma placa com texto descritivo.
Gravura de um guichê de teatro, de charle murrãn, 1862.

Na história das artes cênicas existem diferentes fórmas de acesso e consumo do espetáculo pelo público. Os estudiosos caracterizam diferenças entre determinados períodos históricos, ainda que de modo aproximado.

Segundo especialistas, do Renascimento ao século dezenove, na Europa, e até os anos 1950, no Brasil, o público era visto pelos artistas e empresários ou produtores como aquele que basicamente custeava a produção da obra por meio do pagamento dos ingressos. Quem pagava mais ocupava lugares de melhor visibilidade e conforto na sala de espetáculo, como ocorre ainda hoje. As obras cênicas podiam oferecer entretenimento e lazer, mas nem sempre estavam comprometidas com a formação cultural do público.

4. Para você, qual tipo de arte pode ser considerado apenas entretenimento?

Respostas e comentários

4. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre dois cinco) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.

(ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 4 e 5

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9

tê cê tê

Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Faça a leitura do texto de maneira compartilhada com a turma, convidando os estudantes a analisar a história das artes cênicas e a mudança no processo de acesso ao espaço teatral e espetáculos, por parte do público.

Observe a imagem com a turma, comparando com a vista sobre o teatro na atualidade. Peça aos estudantes que comparem o que entendem sobre essas mudanças de acesso ao espetáculo.

Muitas vezes, as ações que envolvem espectadores são oferecidas por grupos e coletivos como uma ação sociocultural, em “contrapartida social”, em razão de seus projetos receberem incentivos fiscais do governo ou de empresas privadas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Faça as atividades com a turma. Na primeira, pergunte os tipos de arte que os estudantes consideram apenas entretenimento. Deixe que eles respondam livremente e analise as respostas apresentadas.

Na segunda e terceira perguntas, espera-se que os estudantes compreendam que esse tipo de ação promove uma maior aproximação do espectador com a obra e que contribui para a formação de público.

No teatro moderno, desenvolvido na Europa e nos Estados Unidos no início do século vinte e no Brasil a partir da década de 1950, o público atraído para as apresentações era formado, principalmente, por amantes da arte e especialistas no assunto. O espectador queria conhecer a obra apresentada, ser um espectador treinado. Para isso, ao longo dos anos surgiram estratégias de mediação cultural que previam programas impressos, palestras, debates após os espetáculos. O público buscava estar de acordo com o gosto da elite cultural e consumia teatro, dança ou cinema considerados “de arte”.

No teatro contemporâneo, o público é bastante segmentado e produções diversas se voltam a espectadores diversos. Algumas produções buscam vias fóra do circuito comercial de arte, criando canais próprios de sustentação financeira, de divulgação e de aproximação (mediação) na relação com o público.

No Brasil atual, há cada vez mais iniciativas em que os espectadores participam do processo de criação do espetáculo cênico. Por exemplo, os espectadores são convidados a narrar fatos da vida pessoal e do entorno; são propostas oficinas artísticas de vivência das práticas cênicas; são organizados debates e rodas de conversa com os artistas.

Fotografia. Vista de trás para frente do interior de um auditório, no qual um pequeno grupo de pessoas de diferentes características físicas e vestimentas conversa. Parte está sentada na beira do palco e a outra parte está nas cadeiras das primeiras fileiras. Na parte inferior da imagem, destaque para cadeiras pretas vazias.
Debate após a apresentação da peça Carro de Paulista, no qual autores debatem com jovens após assistirem à peça no teatro em São Paulo. São Paulo, 2003.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.
  1. Vocês já viram, ou ouviram, a divulgação de um espetáculo cênico sendo vinculado pelo rádio ou pela TV? Se não, em quais outros meios?
  2. Por que é importante um debate, palestra ou uma oficina após ou antes de uma apresentação teatral?
Respostas e comentários

5. e 6. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

Durante o debate, analise a visão de cultura dos estudantes, a partir da análise histórica do papel dos espectadores. Analise o conhecimento deles sobre encenações cênicas. Observe se já viram alguma, se têm o hábito de vê-las em canais de vídeo, por exemplo. Pode-se solicitar a eles que busquem espetáculos na cidade e montem um pequeno guia on-line com as obras. É interessante que eles divulguem o resultado no site, blog ou rede social da turma.

Ação cultural

Uma ação cultural de criação propõe-se estabelecer pontes entre as pessoas e a obra de arte, para que assim participem do universo cultural e artístico. Nesse caso, o termo “criação” é usado no sentido mais amplo. Não se refere apenas à construção de uma obra, mas também ao desenvolvimento das relações entre as pessoas e uma obra.

Essa modalidade de ação cultural caracteriza-se pelo propósito não apenas de oferecer a um público cada vez mais amplo um número cada vez maior de obras culturais, mas também de criar condições para que essas obras sejam entendidas e apreciadas em sua natureza específica.

Fotografia. Interior de um pátio coberto onde uma mulher com tecido de chita na cabeça e na cintura está em pé e se movimentando ao centro. Ao redor dela, há um grupo de jovens sentados em carteiras dispostas lado a lado.
Evento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, em Nossa Senhora do Livramento. Mato Grosso, 2020.

São classificadas, nessa modalidade, não só a produção e a circulação de obras cênicas, mas também a realização de debates, palestras, oficinas, atividades de mediação em que o espectador possa vivenciar um processo que lhe possibilite ser um criador, se não com as mesmas finalidades de um artista profissional, pelo menos para o enriquecimento da formação pessoal.

Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.

7. Existem diversos tipos de oficinas que podem ser relacionadas ao teatro: preparação de atores, elaboração de roteiro, criação de personagens, entre outras. Se você fosse participar de uma dessas oficinas, de qual participaria e por quê?

Respostas e comentários

7. Respostas pessoais.

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre dois cinco) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.

(ê éfe seis nove á érre dois sete) Pesquisar e criar fórmas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 4 e 6

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 8 e 9

tê cê tê

Educação em Direitos Humanos

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes, debatendo as ações culturais e o que foi conversado sobre arte e entretenimento. Nesse caso, debates, palestras, oficinas e atividades de mediação também são consideradas fórmas de entretenimento artístico pela turma? Questione os estudantes.

Prossiga a leitura, conversando com os estudantes sobre mediação e sensibilização artística. Analise a imagem que divulga uma oficina de teatro de sombras e comente que, além de a ação cultural aguçar os sentidos e um olhar mais humano, também favorece a criação de cultura e de arte, reconhecendo as criações culturais e facilitando o acesso a condições de criação que tragam benefício social para todos.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na atividade, pergunte aos estudantes de que oficinas eles participariam. Incentive-os a explicar o motivo das escolhas e dos benefícios que essas oficinas trariam, como consciência corporal, oratória, desenvoltura etcétera

Proponha a eles que realizem a atividade, respondendo sobre assistir a peças com ações culturais e a importância dessas ações. Espera-se que eles compreendam que uma ação cultural promove um maior entendimento do espetáculo teatral e que isso possibilita mais sensibilização artística pelo público.

Mediação e sensibilização artística

Como observamos, é preciso trabalhar na mediação das obras e buscar fórmas de estudar, analisar e refletir como serão recebidas pelo público e como poderiam ser mais apreciadas.

É necessário também oferecer oportunidades de educação e sensibilização artística em todas as etapas da vida, desde crianças pequenas até pessoas mais velhas, tanto no meio escolar como em outros espaços de convivência. Uma ação cultural não visa, necessariamente, a formação em arte, mas sim a uma sensibilização artística, que promove um aguçamento dos sentidos e um olhar mais humano e sensível para o mundo.

Cartaz. Ao centro, em preto e branco destaque para uma pessoa em movimento e uma parede com tecido branco ao fundo, onde estão sendo projetadas sombras de uma performance. Na parte superior, está a inscrição 'OFICINA TEATRO DE SOMBRAS CIA LUMIATO'. Abaixo, estão informações sobre o período de  inscrição, tipo de evento e os patrocinadores.
Oficina de teatro de sombras Festival do Teatro Brasileiro.

O Festival do Teatro Brasileiro (éfe tê bê) acontece desde 1999 e já passou por diversas cidades brasileiras em várias regiões do país. O festival nômade é um exemplo de evento que busca desenvolver ações de formação, em um programa de mediação voltado para a inclusão de escolas públicas nas apresentações do festival.

Consiste em atividades e jogos teatrais ligados ao universo da peça escolhida para a ação e relacionados ao ato de ir ao teatro, envolvendo uma coordenação pedagógica e uma equipe de arte-educadores. A ideia é ampliar o acesso de estudantes a espetáculos de teatro, compartilhar códigos de ética do espaço teatral e proporcionar maiores possibilidades de contato com a obra assistida.

Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.

8. Sabendo como uma ação cultural acontece, como seria assistir a um espetáculo teatral com uma ação cultural envolvida? Qual é a importância dessa ação?

Respostas e comentários

8. Respostas pessoais.

Para observar e avaliar

Analise o conhecimento dos estudantes, indagando se já participaram de alguma oficina e se compreendem a importância dessas ações para a democratização da cultura. Avalie as respostas com base em um debate coletivo e estimule a discussão quando os estudantes derem respostas pouco analíticas. Estimule-os solicitando que justifiquem suas opiniões.

VAMOS FAZER

Projeto de ações culturais

Agora é o momento de colocar seus conhecimentos em ação!

A proposta é elaborar ações culturais para que uma obra cênica seja apreciada de maneira ampla pelo público.

Ilustração. Vista aérea de um grupo de cinco pessoas de diferentes características físicas sentadas ao redor de uma mesa redonda sobre a qual há xícaras, canetas, cadernos, livros e notebooks abertos.

Como fazer

  1. A turma se dividirá em grupos. Cada um deverá pesquisar um espetáculo teatral ou de dança e uma sinopse que explique a obra cênica.
  2. A partir da sugestão pesquisada por cada grupo, o professor fará uma votação para que um único espetáculo seja eleito pela turma. Esse espetáculo mobilizará a organização de ações culturais.

Continua

Respostas e comentários

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre dois cinco) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.

(ê éfe seis nove á érre dois sete) Pesquisar e criar fórmas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.

(ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.

(ê éfe seis nove á érre três dois) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3 e 4

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 8 e 9

tê cê tê

Educação em Direitos Humanos

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Proponha que os estudantes realizem a atividade, lendo o texto introdutório com a turma. Para tal, divida-os em grupos e explique como se dará a atividade, realizando a leitura das etapas presentes no processo.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Estabeleça a melhor organização de acordo com o número de estudantes da turma. O importante é que todos os temas sejam contemplados.

Acompanhe as apresentações e, quando necessário, faça perguntas sobre como seria desenvolvida, na prática, cada ação cultural. Essa proposta tem como objetivo a criação de projetos. O papel dos estudantes é experienciar como esses profissionais planejam e desenvolvem o trabalho de uma ação cultural de um espetáculo cênico.

Ao final, promova uma roda de debate sobre a atividade, de modo que os estudantes compartilhem suas experiências e reflitam sobre seus novos aprendizados de imersão na arte.

Continuação

  1. Sigam a organização a seguir pensando em como cada tema pode ser desenvolvido no projeto. Grupos 1 e 2: Debate Que temas podem ser apresentados ao público para que as discussões do espetáculo sejam ampliadas ou enriquecidas? Que perguntas podem ser feitas ao público? Grupos 3 e 4: Palestra Quais temas podem ser abordados? Quais profissionais podem ser convidados para esse momento? Serão outros artistas, pesquisadores, influenciadores? Grupos 5 e 6: Oficina Que práticas podem ser desenvolvidas nas oficinas? Criação de roteiro? Preparação de atores? Dramatizações? Exercícios de consciência corporal?
  2. Planejamento: tendo sempre como base o espetáculo cênico definido, cada grupo pensará em como desenvolver sua ação cultural. Para isso pesquisem ações culturais divulgadas pela mídia e façam as devidas anotações para planejar a ação que melhor se conecte com o tema do espetáculo. O objetivo principal é criar relações com o público, seja pelo debate, palestra ou oficina.
  3. Apresentação: cada grupo apresentará sua proposta para a turma. Usem recursos diversos, como apresentação de slides, imagens, cartazes. O importante é que a turma entenda o evento planejado, para que o projeto da ação cultural aconteça.
Ilustração. Vista lateral de um grupo de quatro pessoas conversando ao redor de uma mesa enquanto observam um painel com infográfico em uma tela de notebook. Três estão sentadas e uma está em pé.
Respostas e comentários

Para observar e avaliar

Analise o trabalho com os estudantes, bem como a argumentação deles durante a apresentação. Além da avaliação do projeto, analise também a fórma da apresentação e a retórica deles. Se julgar que algum grupo não realizou a proposta esperada, faça perguntas sobre os pontos faltantes, estimulando que os estudantes reflitam sobre eles.

VAMOS CONHECER MAIS

Mediação cultural em espetáculos cênicos

Será que o acesso ao teatro acontece somente quando o espetáculo está pronto para ser apresentado? De que maneiras é possível estimular o espectador a entender o teatro como experiência artística e como espaço de troca e de formação?

Atividades de mediação teatral ou em dança começam com a preparação do público para o espetáculo, passando pelo acompanhamento pedagógico pouco antes do início da apresentação (regras e código de ética do espectador), além de outras ações que auxiliam o público no entendimento do que assistiu e na absorção das sensações experienciadas.

Fotografia. Vista lateral do interior de um teatro lotado. A plateia observa um grupo de seis pessoas paradas em um pequeno palco; cinco estão sentadas e uma em pé com as mãos na cintura. Na parte superior, vista parcial de um camarote com cadeiras vermelhas vazias.
Mediação cultural em espetáculo cênico, em Roma. Itália, 2017.

O mediador cultural é o profissional que auxilia o público na compreensão das obras, enriquecendo a leitura do espectador por meio do diálogo. É ele quem tem o papel de estimular e instigar o público, fazendo com que o espetáculo não se encerre ao final das apresentações, e sim que o público continue a se sentir movido pelo contato que teve com a obra.

Pensar em mediação no teatro, na dança, na música ou mesmo no circo é entendê-la como uma relação que envolve a emoção, o corpo, o pensamento dos artistas e dos espectadores, em um contato direto com a obra.

Respostas e comentários

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre dois sete) Pesquisar e criar fórmas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.

(ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.

(ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3 e 4

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8 e 9

tê cê tê

Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Retome com a turma o que foi conversado sobre a mediação e as ações culturais. Em seguida, realize a leitura do texto de maneira compartilhada com os estudantes, observando a imagem e conversando sobre o papel do mediador.

Convide um estudante para ler o trecho, debatendo sobre sua interpretação e significado.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na atividade, retome as interpretações do texto, debatendo sobre as mediações culturais no Brasil e a valorização das iniciativas culturais fóra do eixo das grandes capitais.

Espera-se que os estudantes reconheçam que a mediação cultural é uma fórma de relação não somente entre obra e público, mas entre pessoas, e que a arte possibilita a criação de vínculos afetivos. Além disso, é importante que os estudantes reconheçam também que a mediação cultural tem o papel de estimular e instigar o público, fazendo com que continue a se sentir movido pelo contato que teve com a obra. Esse tipo de contato faz com que haja mais pessoas interessadas e estimuladas a participar de programas culturais no Brasil.

Comente com a turma que valorizar essas iniciativas fóra do eixo das grandes capitais possibilita que se descentralizem as ações culturais, propiciando que cidades mais afastadas também possam usufruir dos bens culturais.

Fotografia. Vista frontal de um palco com pouca iluminação onde uma plateia observa uma pessoa sentada no palco em destaque sob um feixe de luz. Na parte inferior, a plateia é vista de costas. Ao fundo, está escrito Djíhad.
Mediação cultural em espetáculo cênico, em Valenciennes. França, 2017.

Leiam o texto do pesquisador, diretor teatral e performer Clóvis Domingos, que compartilha suas experiências como mediador cultural.

Pensar crítica e mediação em artes cênicas, a meu ver, não se dissocia da ideia de se pensar em modalidades de criação. E quando penso em criação, não me refiro apenas ao campo estético e cênico, mas num sentido mais amplo: criação de vínculos, criação de discursividades, criação de possibilidades de espaços de encontro, criação de experiências [reticências]. Ações de mediação, de alguma fórma, visam acessibilidade, são de natureza democrática, criam aproximações e minimizam distâncias. A mediação é uma rede composta pela ação de curadores, artistas, programadores, espetáculos, críticos, o programa gráfico, a imprensa, os espectadores [reticências]. Artistas e instituições acreditam que uma vez oferecendo seus trabalhos ao público, o sucesso da empreitada já está garantido. Sejamos honestos: artistas precisam de público e quando esse público não comparece ao nosso espetáculo, o que fazer? Por que então não procurá-lo, oferecer nosso trabalho, programar uma conversa? [reticências]

DOMINGOS, Clóvis. Notas sobre Crítica e Mediação Cultural em Artes Cênicas: uma experiência com o Palco Giratório. In: Horizonte da Cena, Belo Horizonte, 28 junho 2019. Disponível em: https://oeds.link/wqXocv. Acesso em: 11 junho 2022.

  1. Clóvis Domingos descreve a mediação cultural como criação de vínculos, possibilidades, experiências e encontros. Que interpretações podemos dar para essa visão?
  2. Deveriam existir mais iniciativas de mediação cultural no Brasil? Por quê?
  3. Por que é necessário valorizar iniciativas culturais fóra do eixo das grandes capitais brasileiras?
Respostas e comentários

1 a 3. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

Observe como os estudantes interpretam o texto e suas respostas. Neste momento, as perguntas podem ser respondidas individualmente e utilizadas para avaliar a compreensão dos estudantes. Caso algum estudante apresente dificuldades, pode-se solicitar uma pesquisa individual sobre iniciativas de mediação cultural reconhecidas. Solicite a ele que descreva a iniciativa, seus métodos e resultados e os apresente aos colegas.

VAMOS FAZER

Entrevista com espectadores de obras cênicas

Fotografia. Em uma sala, um jovem de cabelos curtos, castanhos e ondulados e nariz afilado está vestindo camiseta branca, calças pretas e headphones no pescoço; ele está sentado em um sofá, diante de uma pequena mesa de centro, sobre a qual faz anotações em uma folha. Ao seu lado, uma mulher de cabelos castanhos penteados para o lado, nariz afilado e sobrancelhas finas veste blusa rosa e calça jeans; ela usa também óculos de grau preto e está sentada olhando o rapaz e segurando um caderno aberto e uma caneta. Ambos sorriem.
Entrevista com espectadora.

A mediação cultural possibilita uma ponte entre o público e o espetáculo cênico, seja em uma apresentação de teatro, dança, circo ou ópera. É com essa mediação que se estabelece uma aproximação entre espectador e a obra a partir do diálogo com o mediador cultural.

A diversidade de público e as dificuldades ou facilidades para acessar espaços culturais são pontos em que esse profissional pode atuar. Pensemos nas seguintes questões: Como um público de adolescentes, estudantes de uma escola de região periférica, organiza condições para acessar o teatro em uma região central da cidade? Como pensar a formação desse público? A abordagem do mediador cultural será a mesma que se faria para um público acostumado a frequentar o teatro?

A turma fará entrevistas com pessoas que já assistiram a espetáculos cênicos, ou mantêm esse hábito, para investigar como esse tipo de arte chega ao público.

Respostas e comentários

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5 e 9

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 8 e 9

tê cê tê

Vida familiar e social

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Prossiga na análise da importância da mediação cultural e convide a turma a ler o texto de maneira compartilhada. Em seguida, proponha aos estudantes que realizem uma atividade de entrevista com pessoas que já viram espetáculos cênicos, entendendo como o público percebe essas obras.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Divida a turma em grupos para a realização da entrevista com duas pessoas, de modo a registrar o que é dito – com autorização dos entrevistados.

Leia o roteiro com a turma, debatendo se todos estão de acordo com as perguntas. É interessante deixar claro que os estudantes poderão aprofundar os questionamentos, caso achem interessante.

Os dados coletados das entrevistas podem ser de grande importância para analisar características como a faixa etária, o contexto social e cultural dos entrevistados e a frequência que essas pessoas assistem a um espetáculo cênico.

Conduza uma conversa que leve em consideração esses e outros aspectos da diversidade de público.

Como fazer

  1. Nesta atividade, o professor organizará grupos para que as entrevistas sejam realizadas.
  2. Cada grupo deverá entrevistar duas pessoas e fazer registros por meio de gravação de áudio ou texto.
  3. O roteiro a seguir será um ponto de partida para as entrevistas: Você se considera um apreciador/apreciadora das artes cênicas? Para você, o teatro, ou outro espaço cultural, é acessível ou não? Por quê? Qual foi a última vez que você assistiu a uma apresentação de teatro, dança, circo ou ópera? Qual era o tema abordado? Você se sentiu sensibilizado/sensibilizada por essa obra cênica? Como foi seu entendimento sobre a obra cênica apresentada? Você sentiu que pôde ter um entendimento da obra sem a mediação de algum profissional? Caso tenha acontecido a mediação, como ela foi conduzida? Foi um debate, conversa feita antes ou ao final da apresentação? Se não houve essa oportunidade, você sentiu que isso poderia ter enriquecido a obra cênica? Em sua opinião, qual é a importância de haver uma mediação cultural com esse tipo de abordagem por meio do diálogo?
  4. Assim que todas as entrevistas forem registradas, o professor organizará um momento para a apresentação das informações coletadas pela entrevista.
  5. Ao final, conversem sobre as entrevistas que mais chamaram a atenção. Comparem os perfis dos entrevistados e como cada um percebe a mediação cultural.
Fotografia. Em uma sala, uma jovem de cabelos castanhos longos e penteados para o lado veste calça jeans e blusa xadrez em preto e branco. Ela está sentada em uma cadeira e faz anotações em um bloco de notas enquanto olha para um senhor de terno cinza e óculos sentado à sua frente. Ao fundo, há um mural com cartazes e anotações.
Entrevista com espectador.
Respostas e comentários

Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

Observe a discussão entre os estudantes sobre as entrevistas. Analise se eles relacionam as respostas e traçam perfis dos entrevistados. Se julgar pertinente, solicite-lhes que façam um registro de suas impressões após o debate para avaliar a compreensão individual. Pode-se também colocar as entrevistas em um site ou blog (anonimizando os entrevistados) e solicitar que os estudantes façam comentários individuais sobre as entrevistas que mais lhes chamaram a atenção. Como avaliação final, pode-se solicitar aos estudantes que retomem a atividade do começo de capítulo, solicitando que corrijam os erros cometidos na atividade e debatam por que erraram e o que aprenderam com as atividades do capítulo.

Ilustração. Dispostos na diagonal, três triângulos verdes contornado por outro de fio rosa apontam para a direita

eu vou APRENDER Capítulo 2

Espaços de criação, mediação e mercado das artes

O artista visual elabora, cria ou produz suas obras em ateliês de arte, oficinas ou estúdios. Mas como o público pode ter acesso a essas obras?

Para que as obras de arte circulem dos espaços de criação para os espaços de exposição, são necessárias diversas ações, como as relações entre o artista e o espaço de exposição (museu, galeria de arte etcétera), o transporte da obra, a elaboração, a direção e a supervisão da exposição pelo curadorglossário , montagem e divulgação, trabalho do setor educativo, que faz a mediação entre a obra de arte e o público, entre outras coisas.

Fotografia. Vista lateral e da cintura para cima de uma mulher de cabelo castanho curto penteado para o lado, nariz afilado e lábios grossos; ela está usando um vestido cinza e segura, usando luvas brancas, um quadro com moldura preta. Ao fundo, há outros quadros dispostos na parede branca, com mesmo tipo de moldura.
Profissional montando exposição.

A montagem de uma exposição de arte passa pelo trabalho de diversos profissionais, como o montador e o curador, responsáveis por definir a melhor maneira de expor as obras no espaço expositivo.

1. Em sua opinião, qual é a importância de planejar e organizar como as obras serão apresentadas em uma exposição?

Respostas e comentários

1. Espera-se que os estudantes compreendam a importância de planejar as obras no espaço, de modo que o público possa compreender melhor a proposta do artista por meio da organização dos seus trabalhos.

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 4, e 5

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 8 e 9

tê cê tês

  • Trabalho
  • Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Continue a conversa sobre a mediação e os espaços de criação de artes, lendo o texto do capítulo de maneira compartilhada com a turma. Leia a descrição da palavra grifada no texto, debatendo com a turma a função do curador.

Leia com a turma sobre os ateliês onde os artistas realizam seus trabalhos, analisando as pinturas que mostram um pouco dos ateliês de grandes pintores como Miquelângelo e gustáv curbê.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Realize a atividade com a turma, debatendo a importância da organização das exposições artísticas. Pergunte se os estudantes gostariam de trabalhar em algo do tipo, organizando e planejando exposições – artísticas, de museus científicos ou em coleções científicas de fórma geral. Explique à turma que o papel do curador também está presente em outras áreas de atuação.

Na segunda atividade, peça aos estudantes que descrevam os ambientes de trabalho das obras. Pergunte se os locais parecem com o que a turma imaginava ser um ateliê e se já estiveram em um. Como os materiais e objetos estão organizados no espaço?

BNCC NO CAPÍTULO

OBJETOS DE CONHECIMENTO

HABILIDADES

Materialidades

(EF69AR05)

Processos de criação

(EF69AR06)

Sistemas da linguagem

(EF69AR08)

Contextos e práticas

(EF69AR31)

Patrimônio cultural

(EF69AR34)

Arte e tecnologia

(EF69AR35)

O ATELIÊ COMO ESPAÇO DE CRIAÇÃO

Ateliês são espaços físicos onde os artistas realizam seu trabalho. Esses locais, também chamados de oficinas ou estúdios, são destinados às investigações e às criações dos artistas. Nesses espaços é possível melhor compreender o processo criativo, as técnicas utilizadas, os temas selecionados e as referências do trabalho. Observem atentamente como foram retratados os dois ateliês a seguir:

Pintura. No interior de uma sala, há um homem e uma mulher do lado direito, uma criança ao centro e um soldado de armadura do lado esquerdo. O homem é grisalho e usa vestes longas brancas e um manto preto curto sobre ela. A mulher usa um vestido longo bordado com rendas e véu sobre o cabelo. A criança está de vestido preto com detalhes brancos e boina. Eles estão diante de uma bancada sobre a qual há um senhor de cabelo e barba volumosos em cima de um banco e esculpindo uma grande escultura de um homem sentado. Ao fundo, sobre as prateleiras, algumas esculturas menores.
Litogravura de Miquelângelo Buonarroti, artista renascentista italiano, esculpindo em mármore a representação de Moisés, criada em 1513-1515, que faz parte do túmulo do Papa Júlio segundo.
Pintura. Interior de uma sala onde, ao centro, um homem  pinta uma paisagem natural em uma tela grande. Ao seu lado, em pé, há uma mulher nua segurando um manto longo branco e, do outro lado, uma criança em pé observando a tela e um cachorro branco deitado no chão. À direita, há um grupo de homens observando o pintor e, ao fundo, uma mulher cabisbaixa. À esquerda, há um grupo de pessoas em sua maioria sentada e olhando para baixo. Há um contraste de cores entre a cena bem iluminada ao centro, especialmente no corpo branco da mulher, do cachorro e do manto, e o restante da obra, em tons escuros e sombrios.
O Ateliê do pintor, de gustáv curbê, 1855. Óleo sobre tela, 359 centímetros por 598 centímetros.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.

2. Descrevam o que evidencia que os ambientes retratados nas imagens são ateliês.

Respostas e comentários

2. No ateliê de Miquelângelo, além da que está sendo esculpida, observam-se outras esculturas menores. No ateliê retratado por curbê há pinturas aparentemente inacabadas sobre a parede, além de uma tela apoiada no canto inferior esquerdo.

Para observar e avaliar

Durante o debate, observe se os estudantes conseguem compreender que a curadoria tem um papel central em evidenciar o sentido e o diálogo entre as obras e o espaço, além das pretensões conceituais do artista. Avalie também se foi compreendida a ideia de ateliê como um espaço de criação para o artista. Caso algum estudante apresente dificuldade, pode-se visitar on-line alguma exposição virtual e debater a escolha de obras e espaços. Na seção Para ampliar há uma sugestão de visita virtual à Pinacoteca do Estado de São Paulo. Solicite aos estudantes que explorem os ambientes e reflitam sobre a escolha de espaços, explicando aos demais colegas.

 Para ampliar 

Acervo Permanente da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Disponível em: https://oeds.link/SbgRUi. Acesso em: 26 junho de 2022.

O acervo permanente da Pinacoteca do Estado de São Paulo está disponível on-line e possui ferramentas interativas para a análise das obras.

Os materiais nos ateliês

Nos ateliês, são encontrados muitos materiais artísticos e obras em andamento. O escultor francês Oguíst Rodán (1840-1917) era conhecido por seu estilo próprio na representação da figura humana. O mármore e o bronze eram os materiais utilizados em suas criações.

Fotografia em preto e branco. À direita, um homem de barbas longas grisalhas, vestindo terno e sapatos escuro. Ele está parado em pé diante de dois rapazes vestindo trajes longos e brancos, os quais manipulam esculturas humanas em tamanhos reais. Ao fundo, lençóis claros cobrindo objetos retangulares.
O escultor francês Oguíst Rodán, em pé à direita, em seu ateliê em Paris. França, 1905.

O francês Ãnri Matisse (1869-1954), a partir da década de 1940, começou a usar a técnica de recorte de colagem de papéis coloridos, em razão da sua dificuldade de pintar com tinta a óleo após algumas complicações de saúde.

Fotografia em preto e branco. No interior de uma sala, um homem grisalho visto de costas está sentado em um banquinho escuro diante de uma tela e pintando uma mulher que posa para ele. A mulher tem cabelos escuros com as franjas penteadas onduladas par trás. Ela usa trajes longos com decote.
Fotografia em preto e branco. Vista de baixo para cima do interior de uma sala, na qual um homem está sentado segurando uma longa haste voltado para uma parede que é pintada por uma mulher sobre uma escada de madeira. A parede é clara e apresenta desenhos de folhagens.
Imagens de Matís pintando em ateliê em cêrca de 1940 e em 1952.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.

3. De acordo com o que se vê nas imagens, expliquem como Rodã e Matís utilizam seus respectivos materiais para suas criações.

Respostas e comentários

3. Rodã aparece junto às suas esculturas em mármore e com outros possíveis ajudantes. Matís aparece em seu ateliê, na segunda imagem, com uma mulher auxiliando a composição de recortes de papel sobre a parede.

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.

(ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 7, 8 e 9

tê cê tê

Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, debatendo sobre os materiais artísticos e obras em andamento que estão nesses locais. Mostre à turma a imagem de Rodã em seu ateliê, analisando a obra ainda inacabada.

Leia com a turma sobre a Casa Azul, a residência de Frida Kahlo e de seu marido, Diego Rivera, a qual também foi o ateliê de ambos. O que os estudantes pensam sobre isso? Se fossem artistas, como seria morar no mesmo local de trabalho?

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Faça a atividade coletivamente com a turma, analisando como os artistas usam os materiais para a criação de suas obras. Para isso, os estudantes deverão analisar novamente as imagens.

Os estudantes precisarão pensar em outros objetos importantes que devem estar dentro dos ateliês e como um ateliê-casa (como de Frida Kahlo e Diego Rivera) permite ao espectador se aprofundar e se conectar um pouco mais com os artistas do que somente uma exposição de museu ou uma visita ao ateliê separado.

A Casa Azul: lar, ateliê e museu

Em muitos casos, o ateliê é também a casa do artista, como a Casa Azul, na Cidade do México, que foi residência da artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954) e de seu marido, o pintor Diego Rivera (1886-1957).

Em 1958, a Casa Azul foi transformada em museu. No local, que fica em Coyoacán, distrito da Cidade do México, onde Frida Kahlo nasceu e viveu, são expostas diversas de suas obras, além de fotografias, documentos, móveis, entre outros objetos pessoais.

Fotografia. Destaque da fachada de uma casa azul com batentes vermelhos e portas verdes. Ao lado da porta, algumas esculturas pequenas dispostas em V e uma inscrição: FRIDA Y DIEGO VIVIERON EM ESTA CASA (1929-1954). À frente da casa, há um jardim circular.
Pátio da Casa Azul com a frase “Frida e Diego viveram nesta casa, 1929-1954”, em Coyoacán, Cidade do México. México, 2019.
Fotografia em preto e branco. Retrato de uma mulher morena de cabelos presos para trás e vestindo calça escura e blusa com flores claras. Ela está sentada em uma cadeira de rodas ao lado de um homem em pé que veste terno e gravata. À esquerda, há uma mesa com um quadro pintado, retratando a mesma mulher e o busto do homem em uma tela num cavalete.
Frida Khalo e seu médico, Doutor , no ateliê da artista, com pintura dos dois ao lado, na Cidade do México, México, 1951.
Fotografia. Destaque de uma cômoda de madeira com pincéis, frascos e bisnagas de tinta expostos.  Ao fundo, diante de uma janela com grades brancas, uma cadeira marrom, um baú antigo branco, um trenzinho e um sino de ferro.
Detalhes do ateliê da artista Frida Kahlo, localizado em sua moradia, A Casa Azul, em Coyacán, Cidade do México. México, 2019.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.

4. Além dos materiais do ateliê de Frida, por que podemos considerar que seus os objetos pessoais também são importantes para serem expostos?

Respostas e comentários

4. Espera-se que os estudantes compreendam que a casa, enquanto um ateliê e museu, mostra um pouco mais de quem foi Frida Kahlo. Seus objetos pessoais podem contar histórias e memórias que colaboram para a interpretação de sua obra.

Para observar e avaliar

Durante o debate, observe se os estudantes conseguem relacionar as práticas artísticas às dimensões da vida; nesse caso, especificamente às memórias e aos objetos pessoais dos artistas que nos auxiliam a compreender sobre as obras. Caso algum estudante tenha dificuldade em compreender tal noção, debata com a turma sobre elementos cotidianos. Pergunte sobre espaços comuns do cotidiano dos estudantes; por exemplo, a casa de um parente que costumam frequentar. Debata que elementos daquela residência podem trazer indícios sobre a personalidade e os pensamentos dessa pessoa próxima.

VAMOS FAZER

Um ateliê na escola

Fotografia. Um grupo de quatro jovens de características físicas diferentes sorri enquanto olha para uma tela branca na qual alguns deles desenham.
Representação de estudantes em atividade artística.

Nas aulas de arte a fruição e a reflexão fazem parte do processo de aprendizagem, juntamente com o fazer. As técnicas artísticas permitem a experimentação de diferentes materiais para dar fórma às ideias ou à livre expressão.

Vamos organizar um espaço de ateliê na escola com ciclos de oficinas.

Para dar início à proposta, a turma se dividirá em 3 grupos, sob a orientação do professor. Como sugestão estão elencadas algumas oficinas e temas que podem fazer parte do ateliê.

Oficina de modelagem em argila

Sugestões: esculturas abstratas, modelagem de partes do corpo, modelagem de utensílios etcétera

Oficina de recorte e colagem de papéis coloridos

Sugestões: recorte e colagem de elementos da natureza, fórmas geométricas, colagem abstrata etcétera

Oficina de pintura com guache

Sugestões: pintura de retratos, modelo vivo, paisagem etcétera
Respostas e comentários

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).

(ê éfe seis nove á érre zero seis) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 8 e 9

tê cê tê

Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Proponha aos estudantes que realizem a atividade, organizando um espaço de ateliê na escola que tenha ciclos de oficinas. Para tanto, divida a turma em três grupos que ficarão responsáveis por três oficinas diferentes. Leia as etapas com a turma, de modo que todos entendam os processos de realização da atividade.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Oriente a turma com relação aos processos que deverão ser realizados para a atividade. Apesar de a autonomia ser valorizada nesta atividade, faça a mediação necessária com cada grupo para que conduzam as oficinas da melhor maneira possível. Solicite que todos os estudantes sejam responsáveis pela organização e pela limpeza do espaço da escola.

Converse com a direção da escola sobre a possibilidade de divulgação desses espaços e, se possível, convide as outras turmas para integrar as oficinas dos estudantes. Durante a atividade, pode ser interessante registrar as oficinas e a montagem dos ateliês com os estudantes.

Ao final, proponha que a turma se reúna e debata sobre a experiência de montar ateliês na escola e oferecer as oficinas de artes.

Como fazer

  1. Cada grupo será responsável por ministrar uma oficina diferente, ou seja, orientar e ensinar alguma técnica e tema específicos.
  2. O funcionamento das oficinas será dividido em 3 momentos: no primeiro dia, um grupo conduzirá a oficina de argila; no segundo dia o outro grupo conduzirá a oficina de recorte e colagem; no último, um grupo conduzirá a oficina de pintura. Os grupos que não ministrarem suas oficinas naquele dia serão participantes.
  3. Antes de a oficina acontecer, o grupo responsável pela oficina deve combinar com os participantes os materiais de que cada um precisará. É importante que essa lista seja simples e com materiais acessíveis.
  4. O professor combinará com cada grupo o dia adequado para as oficinas e os espaços que poderão ser usados como ateliês.
Ilustração. Vista aérea de algumas mãos pintando diferentes desenhos com aquarela, como sol, árvores, pessoas, nuvens, balão, estrelas.
Respostas e comentários

Para observar e avaliar

Observe a criação e o processo criativo dos estudantes. A atividade deste momento permite a autonomia dos estudantes. Solicite-lhes que expliquem suas escolhas e representações. Este momento é importante para analisar tanto o trabalho coletivo e as trocas entre os estudantes como a capacidade organizativa deles. Caso algum estudante apresente dificuldade no trabalho criativo em grupo, explore as diferentes funções. Observe se o estudante em questão pode organizar o grupo ou realizar a curadoria do material. Explore as diferentes potencialidades de modo que esse estudante possa se encontrar na atividade.

MUSEUS

Obras de arte podem ser encontradas em muitos lugares: no metrô, nas ruas da cidade, na internet, compartilhadas nas redes sociais etcétera Mas existem alguns espaços específicos destinados à exposição, como museus, instituições culturais e galerias de arte.

Fotografia. Fachada de um prédio que apresenta rampa de concreto que leva a uma entrada arqueada com brasão na parte superior da parede e pequenas janelas quadradas.
Fachada do museu Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, em Salvador. Bahia, 2017.

Museu é uma instituição sem fins lucrativosglossário , a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, que adquire, conserva, investiga, interpreta, difunde, comunica e expõe objetos e coleções de valor histórico, artístico, científico ou de qualquer outra natureza cultural, visando ao estudo, à educação e ao lazer. Algumas funções do museu são preservar e salvaguardar o patrimônio natural e cultural, produzir conhecimento, promover a reflexão crítica, realizar ações educativas e socioculturais e promover a circulação da produção artística.

No decorrer da história, o ser humano apresentou interesse em possuir e colecionar uma grande variedade de objetos, considerando seu valor histórico, estético, científico, religioso, afetivo, simbólico etcétera

Ícone de atividade oral.

1. Que objetos importantes de valor simbólico você guarda?

Ícone de atividade em grupo.

2. Em sua opinião, por que o ser humano desenvolveu o hábito de colecionar e guardar coisas?

Respostas e comentários

1. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

2. O ato de colecionar é um comportamento universal, que não se limita a determinados lugares, tempos ou culturas. Reunidos, os objetos adquirem novo significado, passando a fazer parte de uma coleção e a ter valor cultural.

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9

tê cê tês

  • Diversidade cultural
  • Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Realize a leitura do texto de maneira compartilhada com a turma, debatendo sobre o espaço dos museus. Inicialmente, pergunte aos estudantes como imaginam um museu e se já visitaram um museu de artes antes.

Destaque o termo grifado, comentando sobre o fato de os museus serem instituições sem fins lucrativos. Debata com a turma esse fato, reforçando que museus são espaços de serviços da sociedade – nesse caso, culturais, de conhecimento, entre outros.

Prossiga a leitura, analisando com a turma a história dos museus. Comente que a origem do termo “museu” é mouseion, templo das musas da Grécia antiga. Na mitologia grega, as musas eram filhas de Zeus, senhor de todos os deuses, e Mnemosine, deusa da memória. Para os gregos, as musas – guardiãs da memória e da imaginação criativa – ajudavam os homens a esquecer as tristezas da vida e os inspiravam à criação artística, por meio de danças, músicas e narrativas.

Na Europa, durante o Renascimento (séculos catorze a dezesseis), além da coleta e do aumento das coleções, os museus passaram a se ocupar do restauro e da preservação das peças. Os colecionadores estavam interessados em acumular objetos, mas ainda não demonstravam preocupação com a organização ou a classificação deles. As coleções ocupavam as paredes do teto ao chão.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na atividade, debata com os estudantes os objetos que guardam, perguntando sobre os significados simbólicos – se os estudantes quiserem compartilhar. Converse com a turma sobre o hábito dos humanos de guardar e colecionar itens. Pode ser interessante permitir que a turma realize uma breve pesquisa na internet sobre esse tema.

Pergunte à turma sobre os museus e o acesso a esses locais para a população. Questione-os com relação às exposições abordando não somente a questão dos preços, mas também da acessibilidade: os museus são inclusivos para pessoas com deficiências?

História dos museus

Estima-se que o primeiro museu foi construído em Atenas, na Grécia, sendo um espaço de conhecimento, mesmo sem possuir e expor coleções.

O museu de Alexandria, no Egito, construído entre 305 antes de Cristo e 283 antes de Cristo, era acessível apenas à nobreza e aos estudiosos, sendo proibida a entrada do povo.

Fotografia. Em uma sala com pouca iluminação, há uma galeria com parede de vidro que apresenta esculturas retratando alguns bustos e outros objetos. Entre as paredes de vidro da galeria, alguns visitantes caminham e observam as obras.
Visão interna do atual Museu Nacional de Alexandria. Inaugurado em 2003, é considerado um dos melhores museus do Egito, 2021.

Desde a Idade Média, a Igreja e a nobreza possuíam coleções de artefatos valiosos e relíquias. As coleções reais, constituídas até o século quinze, reuniam obras de arte, pedras preciosas, porcelanas, instrumentos astronômicos e musicais, joias, entre outros. Essas coleções também eram inacessíveis ao povo.

Durante o Renascimento, na Europa, reis, príncipes e comerciantes ricos passaram a financiar artistas para produzir obras e, assim, ampliar suas coleções e riquezas. De acordo com pesquisadores, as coleções privadas no Renascimento deram origem ao que se conhece hoje como “museu”.

Pintura. Em cores sóbrias, destaque para o corredor de um amplo palacete que apresenta pé-direito alto, teto arqueado e muitos quadros e esculturas dispostos nas paredes laterais. Algumas pessoas transitam pelo corredor.
A grande galeria do Louvre, de Hubert Robert, 1795. Óleo sobre tela, 37 centímetros por 41 centímetros.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.

3. No passado o povo não tinha acesso às coleções de arte, artefatos valiosos e relíquias, que pertenciam à igreja, à nobreza e à elite formada principalmente pelos ricos comerciantes, que deram origem aos museus. Na sua cidade existem museus? O acesso a esses locais é facilitado para a população?

Para ampliar

SCALEA, Neusa Schilaro. Vamos ao museu? São Paulo: Moderna, 2013. A obra retrata o museu como um lugar de conhecimento, cultura, ciência e manifestações populares que busca guardar a memória e a história de um povo, de um país e de uma época.

Respostas e comentários

3. Respostas pessoais. Instigue os estudantes a realizarem uma pesquisa sobre o acesso da população a museus na sua região ou no Brasil.

Para observar e avaliar

Observe, com base nas atividades e na leitura realizada, o conhecimento dos estudantes sobre os instrumentos culturais do município. Caso julgue pertinente, solicite um levantamento dos estudantes que já foram a museus, pedindo que os listem e façam um pequeno resumo sobre o que há no museu e a importância de conhecê-lo e apresentem aos colegas.

No século dezenove, distinguiram-se os museus que colecionavam artefatos científicos (museus de história natural) e os que colecionavam objetos estéticos (museus de arte).

Durante o século vinte, os museus conheceram outras especializações: alguns dedicados à arte do século dezenove, como o Museu d’Orsay (1986), na França; outros voltados à arte moderna e contemporânea, como o Museu de Arte Moderna, na cidade de Nova Iorque (MoMA) (1929); e museus organizados em torno da obra de um único artista, como o Museu Picasso, em Barcelona, Espanha (1963), e o Museu Van Gogh, de Amsterdã, Holanda (1973), entre outros.

Fotografia. Destaque para as portas  envidraçadas de um prédio que apresenta a inscrição 'THE MUSEUM OF MODERN ART'. Por trás da porta, algumas pessoas em pé.
Fachada do Museu de Arte Moderna (MoMA), Nova Iorque. Estados Unidos, 2016.
Fotografia. De cima para baixo, plano aberto de uma área coberta onde diversas pessoas caminham. À esquerda, há tendas de estabelecimentos comerciais; à direita, na parte inferior, uma escada e, na lateral direita, um autorretrato de Van Gogh na parede. Na parte superior, por entre as paredes de vidro, é possível ver a área externa, com gramado e árvores.
Vista interna do Museu Van Gogh, em Amsterdã. Holanda, 2017.

Pesquisando sobre museus

Como fazer

  1. Em grupos, façam uma pesquisa sobre algum museu da cidade ou do estado onde vivem. Destaquem a época em que o museu foi fundado e o tipo de obras que abriga.
  2. Organizem os dados da pesquisa em um painel coletivo criado por todos os grupos.
  3. Após a pesquisa, cada grupo entrevistará 2 pessoas de diferentes idades perguntando sobre quantas vezes elas já visitaram os museus da cidade. Se a resposta for negativa, perguntar o porquê.
  4. As respostas da entrevista poderão ser organizadas em informativos ou gráficos que mostrem, por exemplo, a faixa etária dos entrevistados e a quantidade de vezes que cada um desses grupos já visitou museus. Essas informações também serão dispostas no painel coletivo sobre os museus.
Respostas e comentários

Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9

tê cê tê

Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Realize a leitura do texto com a turma, debatendo sobre os artefatos guardados pelos museus e como esses espaços foram se especializando ao longo dos séculos. Analise com a turma as imagens observadas.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Oriente a turma durante a atividade de pesquisa sobre o museu da cidade ou estado, destacando a época de fundação e as obras que abriga. Destaque que as atividades desenvolvem noções introdutórias de pesquisa.

Analise os dados obtidos com a turma, em uma roda de debate, e então problematize com os estudantes os números de pessoas que não visitam os museus da cidade. Traga novamente o debate sobre a acessibilidade dos museus, além dos preços discutidos, a manutenção e a divulgação por parte da prefeitura ou do governo do estado.

VAMOS CONHECER MAIS

Gabinete de curiosidades

Gravura em preto e branco. Interior de uma ampla sala com prateleiras altas e diversos itens expostos. Ao centro do espaço, há uma placa com inscrição. Entre os itens, aparecem imagens de animais, como peixes, aves, ursos; bonecos com armadura metálica; dentes e chifres de animais; tipos de pedras, entre outros. À esquerda, uma janela retangular e vista parcial de outra.
Gravura do gabinete de curiosidades de , médico e antiquário dinamarquês, 1655.

Na Europa, durante o Renascimento, além de coleta e crescimento das coleções, os museus passaram a se ocupar do restauro e da preservação das peças. Nesse período, surgiram os museus de arte e os gabinetes de curiosidades, salas com coleções de objetos raros e exóticos, provenientes de terras distantes, como animais marinhos, insetos, serpentes, artefatos etcétera

[reticências] coleções de objetos raros ou curiosos receberam o nome de Gabinetes de Curiosidades ou Câmaras de Maravilhas [reticências]. Pomian, no texto “La culture de la Curiosité”, conta que existiram centenas, senão milhares, de gabinetes pela Europa, neste período, mantidos por príncipes ou casas reais, humanistas, artistas ou ricos burgueses; elementos representantes da cultura erudita interessada em conhecer e colecionar o mundo que os cercava.

RAFFAINI, Patrícia Tavares. Museu contemporâneo e os gabinetes de curiosidades. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia. São Paulo, 3, 159-164, 1993. Disponível em: https://oeds.link/NIPQJE. Acesso em: 13 junho 2022.

Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.
Os gabinetes de curiosidades apresentavam uma vasta diversidade de itens. Observem a gravura e identifiquem alguns deles.
Respostas e comentários

Animais empalhados (aquáticos, terrestres, aves), ferramentas e outros pequenos objetos.

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9

tê cê tê

Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Relembre com a turma que os museus começaram a partir de gabinetes de curiosidades, deixando que os estudantes respondam o que se lembram do que foi estudado. Nesse caso, faça a leitura do texto de maneira compartilhada com eles, apresentando a imagem do gabinete de , médico e antiquário dinamarquês, em 1655.

Convide um estudante da turma a ler o texto destacado.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Peça aos estudantes que analisem a gravura novamente, identificando elementos presentes, debatendo os itens que eram guardados no gabinete em questão. Relembre o que estudaram anteriormente sobre a importância da curadoria e pergunte à turma se a organização desses gabinetes está “adequada” com o trabalho de curadoria.

Para observar e avaliar

Durante a realização da atividade sobre os museus, analise a pesquisa dos estudantes. Esse é um momento importante para orientá-los sobre pesquisas, analisando conjuntamente fontes e informações. Observe também se eles leem e compreendem os textos para então escrever suas descobertas ou se simplesmente os copiam. Oriente individualmente os estudantes que apresentarem dificuldades, mostrando os métodos corretos de realizar e apresentar uma pesquisa.

VAMOS FAZER

Pequeno gabinete de curiosidades

Fotografia. Em formato horizontal, uma estante marrom desgastada dividida em três partes retangulares. Em cada uma, outras subdivisões menores onde estão expostos diversos objetos, especialmente diferentes tipos de pedras de cores, formatos e texturas diferentes.

Como o próprio nome diz, um gabinete de curiosidades desperta a curiosidade e o interesse do espectador. Não há limites definidos, regras ou métodos específicos para esses gabinetes, que se tornaram museus de história natural ao serem adquiridos e doados às universidades.

Junte-se a um colega para organizarem um pequeno gabinete de curiosidades. Serão necessários apenas uma caixa, tempo, organização e criatividade. Sigam as orientações.

Como fazer

  1. Por se tratar de um formato menor, esse gabinete suportará somente pequenos objetos.
  2. Durante o período de uma a duas semanas, ou de acordo com a orientação do professor, cada dupla coletará pequenos objetos que encontrar. Podem ser pedras, conchas, penas, moedas antigas, selos, recortes de livros e revistas antigos, botões, figurinhas, peças de eletrônicos, bijuteriasreticências A diversidade é essencial para essa coleção.

Continua

Respostas e comentários

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9

tê cê tê

Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Após debaterem sobre os gabinetes de curiosidades, convide a turma a criar um pequeno gabinete como o que está na imagem e analisar os elementos presentes na imagem.

Divida a turma em duplas e então leia as instruções da atividade.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Oriente os estudantes durante a montagem dos gabinetes de curiosidade das duplas, reforçando a importância do cuidado com os itens – e, especificamente, reforçando que alguns itens precisam ser adaptados para estar dentro de um gabinete.

No dia da exposição, peça às duplas que apresentem seus gabinetes e itens. Promova uma conversa descontraída com a turma sobre como esses objetos despertaram a curiosidade de cada um. Comente o processo de catalogação de objetos e artefatos em museus e como esse trabalho é minucioso.

Continuação

3. Cada um desses objetos terá uma legenda com algumas informações. Ela pode ser feita com etiquetas. Essa legenda não possui um formato definido; pode ter a data em que o objeto foi encontrado, o local e uma breve descrição do que é.

Ilustração. Três etiquetas brancas com uma pequena alça na parte superior.
Exemplos de etiquetas que podem estar fixadas aos objetos.
  1. É interessante que as legendas sejam criativas. Uma pedra comum pode datar de mais de 5 000 anos, um pequeno osso pode ter sido de um dinossauro ou animal raro, uma concha pode ter sido encontrada em ilhas desertas do pacífico, um botão pode ter pertencido a um rei do período medievalreticências Deixem a imaginação fluir.
  2. No dia combinado pelo professor, cada dupla vai expor suas caixas na sala de aula.
  3. A turma poderá organizar as carteiras para que as caixas sejam expostas da melhor maneira.
  4. A ideia é que todos circulem pelo espaço e possam pegar os objetos, ler as legendas e fazer perguntas para a dupla responsável pela coleção.
Respostas e comentários

Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

Observe os estudantes durante a realização dos projetos, analisando a curadoria das peças, a confecção das legendas, suas informações e a criatividade de cada pequeno gabinete. Estimule os estudantes a falar sobre as razões de cada um dos objetos ter despertado a curiosidade deles. Esse é um momento também para sondar a fórma como eles trabalham juntos.

Museus de arte no Brasil

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o ifãn, existem mais de 2500 instituições museológicas no Brasil. São instituições de caráter público e particular e que atuam no âmbito nacional, regional e comunitário. Além disso, os museus podem ser históricos, artísticos, antropológicos e etnográficos, científicos e tecnológicos, entre outros.

O órgão responsável pela Política Nacional de Museus é o Instituto Brasileiro de Museus. Ele é responsável pela melhoria dos serviços do setor, evidenciando, principalmente, o fomento de políticas de aquisição e preservação de acervos, a ampliação de ações relacionadas com a visitação, a arrecadação e a criação de projetos de integração entre os museus brasileiros.

A história dos museus de arte no Brasil caminhou com a história da instituição do ensino de arte no país. Com a vinda da Família Real de Portugal para o Brasil, no início do século dezenove, dona João sexto trouxe uma grande bagagem, que incluía coleções de arte e literatura, porcelanas, tapetes, móveis e outras riquezas. Vamos conhecer alguns museus brasileiros que se destacam no país.

Pinacoteca do Estado de São Paulo

Tempos depois, em 1905, havia sido inaugurada a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o mais antigo museu de artes plásticas do estado. A Pinacoteca conta hoje com um acervo de cêrca de 5 mil obras, na maioria realizadas por artistas brasileiros do século dezenove.

Fotografia. Fachada de um prédio com características clássicas que apresenta dois andares, muitas colunas, amplas portas e janelas e arabescos entre os pisos. Diante da construção, há um jardim com uma escultura no chão gramado.
Vista externa da Pinacoteca do Estado, na cidade de São Paulo. São Paulo, 2019.

Para ampliar

Conhecendo Museus. O projeto fica disponível em: https://oeds.link/plQXNy. Acesso em: 25 junho 2022. A obra apresenta os principais museus do Brasil com o objetivo de promover o resgate da memória e divulgar bens e valores culturais da humanidade, democratizando o conhecimento gerado por essas instituições.

Titulo do carrossel
Imagem meramente ilustrativa

Gire o seu dispositivo para a posição vertical

Respostas e comentários

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9

tê cê tês

  • Diversidade cultural
  • Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Retome o que os estudantes pesquisaram sobre os museus brasileiros, especificamente de seus estados ou cidades, e então inicie a leitura do texto, conversando sobre museus brasileiros, primeiramente.

Nesse caso, comente com a turma que, em 1816, chegou ao Brasil um grupo de artistas franceses, com o objetivo de fundar a primeira academia de arte no Brasil. Conhecido como Missão Artística Francesa, o grupo era liderado por Joaquim Lebreton e formado, entre outros, pelo pintor histórico Jãn Batiste Dêbret(1768-1848), pelo paisagista Nicolas Antôní Tauní (1755-1830) e pelo irmão de Nicolas, o escultor Ougust Marriê Tauní (1768-1824). A Academia Imperial de Belas Artes foi criada em 1826, no Rio de Janeiro, e inaugurou o ensino formal de Artes no Brasil. A partir de 1829, começaram as exposições de arte oficiais públicas, exibindo trabalhos de professores e alunos da Academia.

Preocupado com a coleção de arte que se formava no Brasil, o diretor da Academia, Félix Taunay (1795-1881), filho de Nicolas Antôní Tauní, fundou a Pinacoteca da Academia Imperial de Belas Artes. Apenas em 1937 a Pinacoteca adquiriu o caráter de museu e passou a ser conhecida como Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Inicialmente, seu acervo era formado por 54 obras trazidas por Lebreton ao Brasil, por trabalhos de professores e artistas franceses que integraram a Missão, por peças da coleção pessoal de dona João sexto e por obras adquiridas ao longo do século dezenove em salões, exposições e doações de artistas.

Promova a leitura sobre o Museu de Belas Artes, do Rio de Janeiro, e o Museu de Arte de São Paulo. Pergunte aos estudantes se eles já visitaram esses locais.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Realize a atividade com a turma, dividindo os estudantes em grupos e solicitando que pesquisem a data de inauguração e os fundadores dos principais museus das cidades ou estados em que moram.

Em seguida, convide os grupos a compartilhar suas informações.

Museu Nacional de Belas Artes

A Academia Imperial de Belas Artes foi criada em 1826, no Rio de Janeiro, e inaugurou o ensino formal de Artes no Brasil. A partir de 1829, começaram as exposições de arte oficiais públicas, exibindo trabalhos de professores e estudantes da Academia.

O diretor da Academia, Félix toné (1795-1881), fundou a Pinacoteca da Academia Imperial de Belas Artes. Apenas em 1937, ela adquiriu o caráter de museu e passou a ser conhecida como Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.

Fotografia. Fachada de um prédio com características clássicas, com três andares compostos por amplas janelas, colunas e arabescos entre os andares. No entorno, há árvores com folhagens verdes e pessoas circulando na calçada.
Prédio do Museu Nacional de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2017.

Museu de Arte de São Paulo

Em 1947, foi fundado por Assis chatôbrian (1892-1968) o Museu de Arte de São Paulo (maspi). Em 1968, esse museu ganhou nova séde, projetada pela arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992). O acervo do maspi é formado por cêrca de 10 mil obras, entre pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos, abrangendo a produção de artistas europeus, asiáticos, africanos e das Américas. Trata-se do mais importante acervo de arte europeia da América Latina.

Fotografia. Fachada de um prédio com estrutura retangular envidraçado e sustentado por quatro robustas colunas laterais vermelhas. Abaixo do prédio, há um espaço vazio por onde diversas pessoas caminham.
Vista externa do Museu de Arte de São Paulo, na cidade de São Paulo. São Paulo, 2019.
Ícone de atividade em grupo.

4. Vocês conhecem a origem dos principais museus da cidade ou estado onde vivem? Façam uma pesquisa para saber a data em que foram inaugurados, quem foram seus fundadores e o tipo de acervo que abrigam.

Respostas e comentários

4. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

Analise a pesquisa dos estudantes e o debate posterior. Observe se, durante o debate, surgem inter-relações históricas sobre a razão da fundação dos museus. Caso algum estudante apresente dificuldades em realizar a pesquisa, faça um atendimento individual retomando os aspectos de uma pesquisa anteriormente explicados.

Instituto Ricardo brenãn

O Instituto Ricardo brenãn é uma instituição cultural fundada em 2001 por Ricardo brenãn (1927-2020), empresário e colecionador pernambucano. Localiza-se na cidade de Recife, Pernambuco. O espaço conta com o Museu Castelo São João, a Pinacoteca e a Galeria de Exposições Temporárias e Eventos. Possui um vasto acervo, entre artes decorativas, mobiliário, tapeçaria, armamento, com destaque para o acervo de pinturas do holandês Frans Post (1612-1680), considerado o primeiro pintor a retratar as paisagens das Américas.

Fotografia. Fachada de uma construção térrea com parede de tijolos aparentes e estrutura da entrada com arcos. Na área frontal ao prédio, há uma escultura grande e clara retratando um homem nu, cercado por banco dispostos em círculo e pequena área verde.
Instituto Ricardo brenãn, em Recife. Pernambuco, 2019.

Museus de Arte Moderna

Alguns museus brasileiros dedicados a coleções de arte moderna são o Museu de Arte Moderna de São Paulo (mân/ésse pê) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (mân/érre jóta), ambos fundados em 1948. Desde 1951, o mân/ésse pê promove as bienais internacionais de São Paulo, importante exposição de arte que ocorre a cada dois anos na cidade.

Fotografia. Destaque para a entrada de um prédio que apresenta marquise sustentada por colunas brancas e, na parede da entrada, há a identificação MAM: Museu de arte moderna de São Paulo.
Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, 2015.
Respostas e comentários

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3 e 5

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9

tê cê tês

  • Diversidade cultural
  • Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Realize a leitura do texto de maneira compartilhada com a turma, convidando os estudantes a conhecer mais sobre institutos de arte no Brasil. Leia sobre o Instituto Ricardo brenãn, observando a fotografia do local.

Leia também sobre o Museu de Arte Moderna, presente tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo.

Leia com os estudantes sobre os museus de arte contemporânea presentes no Brasil.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Proponha aos estudantes que, em grupos, pesquisem sobre os museus de arte espalhados pelo Brasil. O mapa poderá ser feito utilizando um site de mapas.

Convide os estudantes a expor seus mapas para comparação, analisando os mapas identificados pelos grupos. Faça perguntas norteadoras para a turma, como se já visitaram esses locais, o museu mais interessante sobre o qual pesquisaram e quais gostariam de visitar.

Museus de arte contemporânea

No Brasil, também existem museus dedicados a coleções de arte contemporâneaglossário , como o Museu de Arte Contemporânea de Goiás, em Goiânia, o Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, Inhotim, em Brumadinho (Minas Gerais) e o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Rio de Janeiro).

Fotografia. Em uma área aberta, sobre um chão gramado, há paredes de diferentes cores dispostas lado a lado, frente a frente e espaçadas.
Obra do artista Hélio Oiticica, em exposição no Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico (Inhotim), considerado o maior museu a céu aberto do mundo, em Brumadinho. Minas Gerais, 2017.
Fotografia. Fachada de uma construção branca que apresenta formato circular espiralar ao lado de uma rampa de mesma cor. Diante da rampa, está uma estrutura piramidal vermelha.
Vista externa do Museu de Arte Contemporânea de Goiás, em Goiânia. Goiás, 2013.

Pesquisando museus brasileiros

Como fazer

  1. Em grupos, façam uma pesquisa de museus brasileiros de arte.
  2. Cada grupo deverá criar um mapa destacando um museu para cada estado.
  3. Para identificar o museu poderá ser usada a imagem do prédio, em fotografia ou desenho, ou uma obra que faça parte do acervo.
  4. Com orientação do professor, exponham os mapas e comparem as produções, analisando quais museus foram identificados no mapa de cada grupo.

Para ampliar

Era Virtual. Disponível em: https://oeds.link/oPzwQQ. Acesso em: 25 junho 2022. Projeto pioneiro que disponibiliza visitas virtuais com visualização de 360° a diversos museus, exposições temporárias e patrimônios culturais do Brasil.

Respostas e comentários

1. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

Observe como os estudantes identificam e analisam os museus, contextualizando-os na história e apreciando suas diferenças. Nesse caso, com base na atividade, observe a capacidade de síntese e pesquisa dos estudantes, de modo a colocar os principais aspectos indicados. Se algum integrante da turma não atingir os objetivos esperados, proponha a ele que monte um painel de resumo, um infográfico ou um mapa mental e compartilhe o que foi aprendido no site, blog ou rede social da turma.

Mediação em museus

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século dezoito, provocou profundas transformações econômicas e sociais. Com o crescimento das cidades, a industrialização e a modernização, houve a necessidade de atualizar os recursos humanos dos museus. Em 1852, foi criado, em Londres, o Museu victória e Albert, em homenagem à Rainha Vitória e seu marido, protetor das artes. A direção do Museu victória e Albert criou a função do educador em museus, profissional responsável por fazer a mediação entre as obras de arte e o público visitante das exposições.

No século vinte, após a Segunda Guerra Mundial, museus europeus e estadunidenses investiram em serviços educativos, buscando conciliar as necessidades sociais e o potencial dessas instituições.

Os museus têm a importante missão de promover ações educativas e de atrair a comunidade. Diversos museus brasileiros têm programas com uma variedade de propostas que têm por objetivo possibilitar uma experiência significativa para o visitante em contato com as obras. Muitos oferecem visitas guiadas ou orientadas, atividades complementares às visitas, biblioteca, material impresso, como livros, fôlderes e catálogos, oficinas de arte, palestras, apresentações artísticas, entre outras ações.

Fotografia. Interior de uma ampla sala onde crianças uniformizadas com camisetas brancas e short azul brincam com peças sobre uma mesa baixa enquanto alguns adultos as observam. Entre os espaços do ambiente, há algumas colunas claras e escuras.
Programas educativos são comuns em alguns museus pelo Brasil, como o Museu da Língua Portuguesa na cidade de São Paulo, que promove visitas mediadas e gratuitas a estudantes e professores. São Paulo, 2020.
Ícone de atividade em dupla.

5. Escolham um artista ou uma obra de que vocês gostam e elaborem algumas perguntas que fariam para um público se fosse o responsável por coordenar uma visita guiada em um museu.

Respostas e comentários

5. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(ê éfe seis nove á érre três cinco) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9

tê cê tês

  • Ciência e tecnologia
  • Diversidade cultural
  • Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Pergunte aos estudantes o que eles lembram das mediações culturais e comente que existem mediações em museus também. Leia o texto de maneira compartilhada com a turma e prossiga debatendo o uso da tecnologia nos museus e espaços culturais.

Observe com a turma a fotografia e debata como essas tecnologias podem facilitar também a acessibilidade do público. Questione-os com relação ao uso da tecnologia e pergunte se já viram algum dos dispositivos citados no texto.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Realize a atividade com a turma e, caso as duplas não tenham um artista ou obra específica de que gostem, sugira uma pesquisa sobre os artistas da região. Incentive a criação de perguntas pelas duplas e explique que, dessa maneira, a visita guiada convida o espectador à reflexão.

Na atividade, peça aos estudantes, se necessário, que pesquisem tecnologias usadas em museus pelo mundo e outras que eles já conhecem e que poderiam ser utilizadas em um espaço expositivo.

Uso da tecnologia em museus e espaços culturais

A tecnologia tem sido bastante explorada em museus e centros culturais brasileiros e estrangeiros, com o objetivo de intensificar a interação do visitante com as obras. Isso acontece de fórmas variadas, desde o livre acesso à rede wi-fi até aplicativos para celular e jogos eletrônicos. Alguns museus e centros culturais usam diferentes recursos tecnológicos, como os seguintes:

Acesso a aplicativos com programação, informações e fotografias das obras pertencentes ao acervo. QR codeglossário com dados sobre o contexto e o processo de criação das obras expostas. Basta apontar o leitor do celular para o QR code das obras sinalizadas para receber as informações no próprio aparelho. Audioguia com equipamento eletrônico que oferece informações em áudio sobre artistas, obras, contextos de produção, processos de criação, influências, repercussões da obra etcétera É essencial para visitantes estrangeiros, que podem ouvir as informações em sua língua natal, e para pessoas com deficiência visual, que podem acompanhar a exposição por meio da descrição em áudio.
Fotografia. Vista de lado de uma mulher de cabelos pretos com tranças finas. Ela veste blusa de mangas compridas claras, relógio, brincos e aponta a câmera do celular para o QR Code de um quadro exposto em uma parede verde-clara.
Visitantes usam o smartphone para acessar o QR code em exposição, Museu de Arte Moderna em Nova Iorque. Estados Unidos, 2019.
Fotografia. Vista de costas de um homem, uma mulher e um menino observando um amplo visor sensível ao toque. Acima dele, há quadros na parede.
Visitante acessa informações da obra por meio do recurso de toque em tela (touchscreen) e audioguia, em Tula. Rússia, 2021.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.

6. Além das tecnologias apresentadas, quais outras poderiam facilitar a interação do público com as obras em museus e espaços expositivos? Expliquem de que maneiras elas seriam usadas e com qual finalidade.

Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.

Transcrição do áudio

Da tecnologia aos museus virtuais

Locutor: Da tecnologia aos museus virtuais.

Vinheta musical

Locutor: Quem vive de passado é museu. Por mais que seja usada atualmente, essa frase está bem desatualizada. Embora museus exponham, guardem e conservem nosso patrimônio histórico, nossa cultura material e imaterial, eles não pararam no tempo.

Ao contrário. Mesmo trazendo muitas vezes obras e objetos do passado, eles têm utilizado de muita tecnologia para inovar e conquistar os visitantes.

Vinheta musical

Locutor: Explicar o que as obras significam e situá-las na época em que foram feitas ajudam a aproximar o público da arte. Por isso, grande parte dos museus e centros culturais pelo mundo colocam à disposição dos visitantes uma série de informações, e não só por meio das tradicionais visitas guiadas.

Hoje, quem vai a muitos museus tem autonomia e pode obter as informações sobre o que está exposto até no próprio celular, seja acessando os sites dos museus durante a visita ou mesmo apontando o aparelho para códigos de barras bidimensionais, os QR codes, que estão ao lado de objetos e obras. Para você ter uma ideia de como isso funciona, ouça agora a audiodescrição de Pintura de emergência, obra de Marcius Galan, que está exposta no MAM, o Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Vinheta musical

Narrador: Estamos numa época de temperaturas altas por conta do aquecimento global causado pelas mudanças climáticas, mas também num ambiente acalorado por conta do debate político.

Partindo da sinalização de emergência que serve para reduzir riscos de destruição e contribuir para a localização dos equipamentos de seguranças como: hidrantes e extintores de incêndio, o artista realiza uma pintura que faz uso da geometria mundana.

Aquela encontrada no cotidiano e sem qualquer sentido transcendente. Como estratégia de composição Marcius Galan se vale da repetição de um módulo básico de vermelho e amarelo. A justa posição na vertical e horizontal da sinalização enfatiza a ideia de urgência, e cria um ritmo, uma espécie de expectativa do próximo módulo.

Vinheta musical

Locutor: Museus temáticos também têm lançado mão da tecnologia, o que acaba enriquecendo a experiência dos visitantes. Um exemplo é o do Museu do Futebol, em São Paulo, que envolve quem vai visitá-lo com uma série de informações sobre a história do esporte.

Outro exemplo é o do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, que traz a ciência e o futuro do planeta e da humanidade como temas. Neles, as obras muitas vezes são expostas de maneira audiovisual e interativa.

A tecnologia aprimora e aprofunda a experiência dos usuários. Aprender História, entender o contexto de criação artística, conhecer detalhes do processo de produção das obras, tudo isso acaba sendo facilitado por meio da narrativa visual digital. É possível imergir na cena de um quadro por meio da realidade virtual, observar cores imperceptíveis a olho nu com recursos tecnológicos ou mesmo utilizar tecnologia 3D para reconstituir algo do passado. É uma viagem e tanto!

Vinheta musical

Locutor: A bem da verdade, graças à tecnologia, hoje nem é preciso mais ir a um museu para ter uma experiência quase completa. Mesmo quem mora longe consegue visitar os corredores do Museu do Louvre, em Paris, do Museu Metropolitan, de Nova York, e do maspi, em São Paulo. Sem falar nas várias exposições que estão em cartaz em diferentes museus e centros culturais que também oferecem essa possibilidade por meio de plataformas digitais. Já experimentou visitar um museu assim?

Vinheta musical

Locutor: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound. Exceto a audiodescrição da obra “Pintura de emergência”, que pode ser ouvida na íntegra no site do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM, em https://oeds.link/tjgbph.

Respostas e comentários

6. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

Observe, com base nas atividades e na leitura do texto, a capacidade dos estudantes de compreender as modificações na interação entre público e museus. Além disso, é interessante observar a fórma como os estudantes entendem que a inovação das tecnologias proporcionou uma nova interação. Se algum integrante da turma não atingir os objetivos pretendidos, proponha a ele que organize as fichas-resumo da turma e crie um painel informativo.

Museus virtuais

As novas tecnologias possibilitam novos modos de comunicação e contato com a informação e a cultura. Imagens e conteúdos antes disponíveis apenas fisicamente em bibliotecas e museus podem hoje ser acessados pela internet, por intermédio de tablets, computadores e celulares.

O uso de novas tecnologias da informação na difusão cultural é um processo em constante evolução. Além de sites com informações e conteúdos interativos, alguns museus possuem uma versão virtual que permite que o público tenha contato com as obras de maneira não presencial, resolvendo dessa fórma a questão da distância geográfica.

Captura de tela. Destaque para um espaço de um museu. Ao centro, uma escultura em bronze retratando um homem andando.  Ao fundo, as paredes são de tijolo aparente envelhecidos. Atrás da escultura, um corredor estreito que dá acesso a outro espaço do museu, com destaque para o telhado envidraçado e as paredes de tijolo aparente.
Print da página do Tour virtual gratuito da Pinacoteca de São Paulo, acervo permanente, Galeria Tátil.
Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.
  1. Em sua opinião, a visita a um museu virtual pode ser acessível a todos os públicos? Se existem limitações, quais são?
  2. A experiência virtual exclui a experiência presencial?
  3. Vocês já visitaram um museu virtual? Que tipo de conteúdo artístico ou cultural vocês acessam na internet?

Para ampliar

Acesse à página do tour virtual da Pinacoteca para conhecer mais sobre o acervo permanente. Disponível em: https://oeds.link/R9NGBK. Acesso em: 8 agosto 2022.

Respostas e comentários

7 a 9. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(ê éfe seis nove á érre três cinco) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 4 e 5

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9

tê cê tês

  • Ciência e tecnologia
  • Diversidade cultural
  • Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Retome o que foi conversado com os estudantes sobre os museus e o acesso às exposições por parte do público, além de todas as questões problematizadas anteriormente. Nesse caso, inicie a leitura do texto de maneira compartilhada com os estudantes, observando a imagem.

Prossiga a leitura sobre o MuseuLasár Sêgál, observando a imagem e conversando com a turma sobre o acesso digital às exposições e como esse tipo de exposição pode acabar trazendo outros problemas à tona.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Realize as atividades com a turma e problematize a questão do acesso à internet no Brasil, além de pessoas que têm dificuldade com as novas tecnologias.

Pergunte sobre as vantagens e desvantagens das duas experiências, priorizando, se houver possibilidade, o presencial, que traz outros tipos de experiências sensoriais, estéticas e de interação com outras pessoas. Destaque que a música e o cinema são exemplos de conteúdos culturais geralmente acessados virtualmente.

Na atividade, se possível, peça aos estudantes que realizem essa atividade em casa e tragam suas gravações para o momento combinado.

Museu Lasár Sêgál

O antigo casarão onde viveu o artista lituano Lasár Sêgál transformou-se em museu. Mesmo aqueles que não podem estar fisicamente no museu têm a possibilidade de acessar as audiodescrições das obras de pela internet.

Para ter acesso a esse material, basta visitar o site do museu e seguir para a opção de visita online com audioguia.

O recurso de audiodescrição permite saber detalhes da vasta obra do artista, entre pinturas, desenhos, gravuras e esculturas, além de sua biografia.

Ícone de atividade oral.
Ícone de atividade em grupo.

10. Qual é a importância de os museus disponibilizarem o recurso de audiodescrição de seus acervos?

Pintura. Na obra, há uma valorização de cores intensas, como o amarelo, o verde, o rosa, o azul. Em primeiro plano e no canto inferior direito, há o tronco e a cabeça de um menino de nariz fino, lábios largos, de cabelo preto. Ele está com a mão esquerda levantada à direita e próxima a duas lagartixas amarela que estão sobre a folhagem. Ao fundo, em diferentes tonalidades de verde, há uma paisagem repleta de folhas de bananeiras, em cuja composição predomina linhas retas.
Menino com lagartixas, de Lasár Sêgál, 1924. Óleo sobre tela, 98 centímetros por 61 centímetros.
Pintura. Retrato de um homem visto de perfil com linhas de expressão quando olha para fora do quadro enquanto pinta uma tela à sua frente. O homem tem cenho franzido, nariz grande e lábios grossos. Ele veste blusa de mangas compridas brancas.
Autorretrato três, de Lasár Sêgál, 1927. Óleo sobre tela. 50,5 centímetros por 39 centímetros.
Pintura. Em cores esfumaçadas, apresenta quatro representações de rostos de pessoas fragmentados, dispostos lado a lado.
Eternos caminhantes, de Segall, 1919. Óleo sobre tela, 138 centímetros por 184 centímetros.
Ícone de atividade em dupla.

11. Em grupos, façam uma pesquisa de duas obras de Lasár Sêgál para criar uma audiodescrição. Uma entre as reproduzidas nesta página e outra pesquisada na página virtual do museu. Enfatizem as caraterísticas formais da obra, como técnica, cores, fórmas e texturas, e informações que complementem seu entendimento. Se possível, gravem a audiodescrição ou leiam para a turma um texto que cumpra com a mesma função.

Para ampliar

Museu Lasár Sêgál. Disponível em: https://oeds.link/nvdYnG. Acesso em: 11 junho 2022. Nesse site você vai encontrar informações sobre o artista Lasár Sêgál, sobre o museu e seu acervo, imagens das obras, documentos e fotografias.

Respostas e comentários

10. Espera-se que os estudantes considerem que esse recurso é importante não somente para o público em geral, mas ideal para deficientes visuais.

11. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Proponha um debate sobre a disponibilidade de ações culturais, de modo geral, na região onde vivem. Pergunte se os estudantes conhecem esses espaços em seus bairros e na cidade onde moram.

Deixe que eles debatam e, então, proponha uma visita virtual a um museu.

Pode-se dividir os estudantes em grupos e solicitar que cada grupo visite uma exposição e faça uma apresentação sobre ela depois.

Tour virtual pelas exposições do mân. Disponível em: https://oeds.link/naM6Rh. Acesso em: 26 junho 2022.

Instituto Inhotim. Disponível em: https://oeds.link/PCpMQS. Acesso em: 26 junho 2022.

Leonardo da vinti – 500 anos de um gênio – Digital gratuita. Disponível em: https://oeds.link/MBULCi. Acesso em: 26 junho 2022.

Mostra Darwin. Disponível em: https://oeds.link/26xHsu. Acesso em: 26 junho 2022. Essa exposição pode ser utilizada para a ampliação da noção de museu, integrando Ciências da Natureza e Arte.

Ao final, promova o compartilhamento dos projetos e um debate entre a turma sobre o que foi realizado.

Para observar e avaliar

Observe os estudantes durante a visitação dos museus e suas impressões. Realize uma roda de conversa ao fim da atividade. Observe também, com base na atividade, como eles exploram os diferentes meios e equipamentos culturais, bem como analisam criticamente o que foi aprendido, de modo a compor suas próprias criações artísticas. Se algum integrante da turma não alcançar os objetivos pretendidos, realize o atendimento individualizado.

EXPOSIÇÕES DE ARTE E CURADORIA

Além do artista, que cria a obra, uma exposição de arte envolve profissionais de diferentes áreas, que realizam um trabalho conceitual e operacional, geralmente coordenados pela figura do curador.

Fotografia. Interior de um amplo salão de um museu com teto transparente arqueado com detalhes em dourado. Ao longo do piso, há obras de arte expostas e pessoas que caminham entre elas
Vista da disposição das obras no interior do Museu de Orsay, em Paris. França, 2018.

A função do curador é organizar uma seleção de obras de um ou vários artistas para uma exposição. Esse profissional é responsável por estabelecer uma aproximação das obras com os espectadores. O planejamento e a escolha de cada obra para uma determinada exposição passam pelo olhar do curador, que define como cada obra ocupará o espaço, como ela será montada e fixada, a iluminação adequada, entre outras questões práticas e conceituais.

Para concretizar suas ideias da melhor fórma possível, ele dialoga com outros profissionais, como montadores, iluminadores, educadores etcétera Cabe ao curador criar condições para que o público perceba novas possibilidades de apreciação das obras, quando inseridas no contexto da exposição.

Fotografia. Interior de uma sala com quadros e esculturas dispostas e uma projeção em tela que é visualizada por duas pessoas. Na projeção, destaque para a imagem de uma multidão de homens sem camisa caminhando em filas.
Disposição de obras na exposição Brasilidade Pós-Modernismo, com curadoria de Tereza de Arruda, no Centro Cultural Banco do Brasil, na cidade de São Paulo. São Paulo, 2022.
Respostas e comentários

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9

tê cê tê

Trabalho

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Novamente pergunte aos estudantes sobre o trabalho de curadoria e como deve ser a curadoria de uma exposição virtual.

Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, observando as imagens. Convide um estudante da turma para ler o texto destacado.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Peça aos estudantes que realizem as atividades. Inicialmente, eles devem produzir um texto sobre a função do curador, agora que entenderam seus papéis.

Em seguida, divida a turma em grupos e peça-lhes que tentem exercer essa função. Esse é um exercício que visa, principalmente, verificar a fórma como os grupos estabelecerão conexões entre as obras de acordo com a temática escolhida. É adequado que os grupos sejam responsáveis por imprimir as imagens das obras que serão fixadas no cartaz. Acompanhe todo o processo para que a essas decisões seja dada a devida importância.

Leia a seguir a fala de alguns curadores brasileiros sobre o que pensam da profissão:

Um curador tenta passar para o público o sentimento de descoberta provocado pelo encontro face a face com uma obra de arte. A boa exposição é feita com inteligência e inventividade; com um ponto de vista.

LEONZINI, Nessia, apud PETSON, Vone. Sobre a diferença entre curador e marchand. In: Casa Visual Galeria, Palmas, 2 abril 2017. Disponível em: https://oeds.link/IDUDku. Acesso em: 24 junho 2022.

Eu penso curadoria sobretudo como pesquisa, fruto de um envolvimento profissional, mas também pessoal, detido com os artistas e os temas que você investiga.

MENEZES, Hélio, apud LOPES, Pétala. Hélio Menezes como fruto de seu tempo. In: Elastica, [sem local], 19 outubro 2020. Disponível em: https://oeds.link/Ls78sW. Acesso em: 24 junho 2022.

[reticências] acredito que a prática curatorial pode redesenhar mundos e incentivar a autonomia. Busco uma perspectiva de atuação em cultura que tenha como base conceitual a condução de práticas de aprendizagem e educação como potências radicais de expansão crítica e autoconhecimento.

LEMOS, Beatriz apud COPABIANCO, Marcela. Beatriz Lemos, nova curadora-adjunta do mân: “A arte redesenha mundos”. In: Veja/Rio, Rio de Janeiro, 25 novembro 2020. Disponível em: https://oeds.link/knWANF. Acesso em: 24 junho 2022.

  1. Com base no texto e nos exemplos das falas dos curadores, elabore um pequeno texto que descreva a função desse profissional.
  2. Agora é sua vez de exercer a função curatorial, seguindo as orientações:
    1. em grupos, selecionem obras de artistas nacionais e/ou internacionais para uma exposição com algum tema específico que reúna todos esses artistas em uma única exposição fictícia;
    2. elaborem um cartaz com imagens das obras selecionadas e o título da exposição;
    3. apresentem para o professor e colegas o porquê das escolhas feitas pelo grupo.
Respostas e comentários

1 e 2. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

Observe os estudantes durante a realização dos projetos, analisando se utilizaram conceitos claros sobre os motivos da escolha das obras. Observe também, com base na atividade, como os estudantes exploram os diferentes temas, bem como analisam criticamente o que foi aprendido, de modo a compor sua própria curadoria. Se algum deles não atingir os objetivos pretendidos, realize o atendimento individualizado.

MERCADO DA ARTE

Para comercializar seu trabalho, o artista conta com um sistema que envolve profissionais e instituições. Marchand é uma palavra francesa (em português, comerciante) que designa o profissional que negocia obras de arte e intermedeia a relação entre o artista e o comprador. A figura do marchand surgiu na França do século dezessete. Para atuar como marchand, são necessários conhecimentos de história da arte, do mercado de arte e dos vários agentes que o constituem.

A arte tem um público específico, formado por colecionadores, pessoas com recursos financeiros, instituições (museus, galerias) interessadas em ampliar suas coleções e também, simplesmente, apreciadores de arte.

Uma obra de arte, em geral, é adquirida por suas qualidades simbólicas, conceituais e estéticas, ou seja, o valor está relacionado ao que ela significa para determinado grupo de pessoas e às características que a tornam interessante. Essas qualidades são convertidas em valor econômico, de acordo com a dinâmica do mercado.

A produção de artistas contemporâneos brasileiros foi levada para feiras e instituições de prestígio no exterior. Obras de artistas como Beatriz Milhazes (1960-), Ernesto Neto (1964-) e Rosângela Rennó (1962-) alcançaram preços de mercado comparáveis aos de artistas internacionais, fato até então inédito na arte brasileira.

Atualmente, o mercado de arte contemporânea no Brasil caracteriza-se como dinâmico e em processo de expansão e internacionalização. Muitos artistas são representados por galerias de arte, espaços privados de exposição e comercialização que situam a produção artística no mercado de arte. O trabalho de representação envolve outras atividades que contribuem para a construção e a consolidação da carreira do artista, como a organização de exposições individuais.

Fotografia. Em um ambiente fechado, há o destaque de um quadro pendurado que apresenta a figura de uma pessoa com rosto disforme, chapéu e que segura uma espada. No quadro, predomina os tons de vermelho, amarelo, preto e azul. A moldura dele é preta. Ao lado do quadro, estão dois homens com uniformes semelhantes compostos de camisa clara e avental escuro.
Obra de Pablo Picasso Homme a l’epee na Christie’s AuctionHouse, uma casa de leilões em Londres. A obra foi estimada em cêrca de 25 milhões de dólares. Reino Unido, 2015.
Respostas e comentários

HABILIDADE

(ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, Dizáiner, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9

tê cê tê

Trabalho

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes, entendendo como funciona o mercado da arte e debatendo sobre os colecionadores, as instituições e as pessoas com dinheiro e/ou apreciadores de artes. Observe a imagem do leilão de uma obra de Picasso e, em seguida, leia o texto destacado.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Realize a atividade com a turma. Explique que o valor de uma produção artística também é subjetivo. Em geral, é determinado por questões mercadológicas e independe da estética da obra ou de gosto pessoal. Os preços apresentados na reportagem refletem o valor econômico atribuído ao trabalho dos artistas dentro do sistema de mercado da arte, que tem suas regras e parâmetros de valoração. Influenciam nesse processo a importância do artista, se ele faz parte de coleções e exposições de notoriedade, se a obra propõe discussões relevantes, se o artista já morreu, o tamanho da obra etcétera Além disso, a ação de diferentes agentes, como galeristas, marchands, curadores e críticos de arte, influencia os valores econômicos atribuídos às obras.

Divida a turma em duplas e solicite-lhes que pesquisem as obras mais caras da história, tecendo comentários sobre duas de suas escolhas. Debata com a turma esses valores.

Quanto vale uma obra de arte?

Leia o trecho da reportagem a seguir:

Mesmo no auge da crise econômica, uma tela da artista Beatriz Milhazes foi vendida por R$ 16 milhõesdezesseis reais na noite de abertura da feira ésse pê-Arte, batendo todos os recordes da artista em leilões. Há cinco anos, sua pintura “O Moderno” foi arrematada por US$ 1 milhãoum reais, na época R$ 1,8 milhãoum reais e oitenta centavos, num leilão em Londres. [reticências]

Outras galerias relataram vendas acima do esperado em tempos de crise. Luisa Strina, uma das marchands mais poderosas do país, vendeu trabalhos de Cildo Meireles, Laura Lima e Marcius Galan, variando de R$ 48 milquarenta e oito reais a R$ 150 milcento e cinquenta reais. Márcia Fortes, sócia da [galeria] Fortes Vilaça, também do primeiro time de casas nacionais, diz ter vendido três quartos das obras que levou à feira, entre elas trabalhos de Cristiano , Erika Verzutti, Jac lêirner, Leda Catunda e Marina ”.

TELA de Beatriz Milhazes é vendida por R$ 16dezesseis reais milhões na abertura da ésse pê-Arte. In: Folha de São Paulo/Ilustrada, São Paulo, 6 abril 2016. Disponível em: https://oeds.link/HRjuHv. Acesso em: 24 junho 2022.

Colagem. Colagem de papéis coloridos que apresenta uma grande sobreposição de flores ao centro com embalagens de diferentes marcas de chocolate nas laterais do quadro.
Aubergine cinco, de Beatriz Milhazes, 2003. Colagem de papéis variados.
  1. Em sua opinião, o que ou quem determina o valor de uma obra de arte?
  2. Quais artistas da cidade ou do estado em que você vive poderiam ter um reconhecimento maior pelo trabalho que exercem?
  3. Em duplas, façam uma pesquisa sobre as obras de arte mais caras da história e escolham duas para tecer comentários. Se possível, tragam imagens da obra.
Respostas e comentários

1 a 3. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

Observe os estudantes durante a realização das pesquisas, analisando seus comentários e a relação que estabelecem entre os pontos levantados. Aproveite a oportunidade para reforçar o caráter subjetivo do valor das obras. Caso algum estudante apresente dificuldade em compreender valores, utilize analogias a fim de facilitar seu entendimento. Por exemplo: 1 milhão de segundos equivale a menos de 12 dias; 1 bilhão de segundos é quase 32 anos. Algumas das obras mais caras do mundo estão orçadas na casa dos bilhões de reais e as analogias podem ajudar o estudante a compreender melhor a grandeza de valores.

Ícone. Ponto de exclamação.

eu APRENDI

  1. Analise as etapas que fazem parte dos bastidores de uma apresentação cênica e relacione cada uma à sua descrição correta.
    1. Produção.
    2. Distribuição e circulação.
    3. Mediação.
      1. Profissionais como o diretor de produção teatral (ou produtor) reúnem condições para que a obra entre em um sistema de exibição.
      2. Auxilia o espectador a desfrutar plenamente da obra, o que envolve o entendimento de aspectos formais, de conteúdo, sociais e outros.
      3. Estão incluídas as funções de dramaturgia, coreografia, coordenação do espetáculo, trabalho de intérpretes, técnicos etcétera
  2. Nome dado ao recurso utilizado em obras cênicas que envolve debates, palestras, oficinas, atividades de mediação em que o espectador pode vivenciar um processo artístico.
    1. Recepção da obra cênica.
    2. Ação cultural.
    3. Acompanhamento pedagógico.
    4. Museu.
  3. Aponte a alternativa que apresenta os verbos que melhor se relacionam com a função e o compromisso dos museus. Em seguida, no caderno, reescreva o texto completando as lacunas. .Museu é uma instituição sem fins lucrativos que espaço para resposta, espaço para resposta, espaço para resposta, espaço para resposta, espaço para resposta objetos e coleções de valor histórico, artístico, científico ou de qualquer outra natureza cultural, visando ao estudo, à educação e ao lazer.
    1. Analisa, conserva, ampara, investiga, difunde.
    2. Adquire, conserva, ampara, expõe, vende.
    3. Analisa, conserva, ampara, expõe, vende.
    4. Adquire, conserva, investiga, difunde, expõe.
Respostas e comentários

1. Resposta: a – três; b – um; c – dois.

2. Resposta: alternativa b.

3. Resposta: alternativa d.

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.

(ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9

tê cê tês

  • Trabalho
  • Diversidade cultural

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

A primeira questão cobra do estudante o que foi estudado sobre as etapas dos bastidores e como são feitas as produções de apresentações cênicas; nesse caso, o estudante deverá se lembrar das características das etapas.

A segunda questão cobra do estudante que interprete corretamente o texto do enunciado, relacionando com o que foi aprendido sobre as características e definições de ações culturais.

4. Observe as imagens e faça uma descrição de como elas se relacionam com os modos de produção do artista visual.

Fotografia. Em uma sala fechada com luz baixa, uma pessoa está em pé e pinta uma ampla obra abstrata nas cores azul e laranja. No chão, há baldes de tinta e pincéis.
Fotografia. Destaque das mãos de uma pessoa que formata um recipiente sendo produzido com argila com auxílio de uma espátula.
Fotografia. Destaque da mão de uma mulher realizando os detalhes em uma escultura que apresenta um rosto humano.
Fotografia. Destaque da mão de uma pessoa que realiza entalhe na madeira com um instrumento laminado e fino.
Representação de diferentes artistas em ateliê.
  1. Sobre os primeiros gabinetes de curiosidades, aponte qual das alternativas é a incorreta e, no caderno, reformule a frase de modo que fique correta.
    1. Salas com coleções de objetos raros e exóticos.
  1. No período do Renascimento, existiam centenas desses gabinetes.
    1. Livros de botânica, fotografias e arquivos em vídeo faziam parte desses gabinetes.
    2. Eram mantidos por príncipes, artistas ou burgueses no Renascimento.

6. Cite exemplos de três museus de arte mencionados nesta unidade que estejam localizados em diferentes estados brasileiros.

Respostas e comentários

4. As imagens apresentam ateliês, espaços onde os artistas realizam suas criações, seja em pintura, escultura, cerâmica, ou outras técnicas. Além disso, nesses espaços é possível melhor compreender o processo criativo e as referências do trabalho dos artistas.

5. Resposta: alternativa c. Correção: Nos gabinetes de curiosidades eram comuns coleções de objetos raros e exóticos, provenientes de terras distantes, como animais marinhos, insetos, serpentes, artefatos. Vídeos e fotografias são invenções do século dezenove que não faziam parte dos primeiros gabinetes de curiosidades.

6. Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, na Bahia; Pinacoteca do Estado, em São Paulo; Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro; Instituto Ricardo brenãn, em Pernambuco; Museu de Arte Contemporânea, em Goiânia; Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico Inhotim, em Minas Gerais.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na terceira questão, o estudante deverá

se lembrar do que foi estudado sobre as funções dos museus, de modo a preencher o texto corretamente.

Na quarta questão, o estudante deverá observar e avaliar as imagens, de modo a compreender do que tratam – nesse caso, relacionando com as características debatidas sobre os ateliês.

Na quinta questão, o estudante deverá inicialmente se lembrar das características de gabinetes de curiosidades e como foi o primeiro passo histórico para a criação dos museus. Nesse caso, deverão identificar o que é incorreto na questão.

Na última atividade, o estudante deverá se lembrar dos museus estudados na unidade e suas localizações.

Para observar e avaliar

Analise as respostas dos estudantes. As atividades podem ser feitas como fórma de avaliação somativa, observando a compreensão das habilidades. Caso algum estudante apresente dificuldades, realize o atendimento individual, debatendo com ele cada questão.

Ilustração. Duas setas curvadas para a direita; uma aponta para cima, e a outra para o lado.

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Objetos de valor simbólico

Fotografia. Interior de uma sala com duas cristaleiras, uma mesa e algumas cadeiras de madeira em cor marrom. Sobre a mesa, uma tolha branca com estampas e alguns pratos. Na parede ao lado, dois quadros. Ao fundo, as portas e batentes são verdes.
Museu Casa de Cora Coralina, na cidade de Goiás. Goiás, 2012.
Leia o texto que apresenta os objetos do museu da poetisa Cora Coralina (1889-1985):

O Museu Casa de Cora Coralina localizado na cidade de Goiás busca preservar a memória e divulgar a obra da poetisa, a partir da exposição de espaços da casa e de peças de roupas, móveis, quadros de fotos antigas, utensílios domésticos, livros entre outros objetos de valor simbólico de Cora e personalidades que viveram ao lado dela.

DIAS, Uébêrsson. Universidade Federal de Goiás é parceira na modernização do Museu Casa de Cora Coralina. In: Universidade Federal de Goiás/Notícias, 25 abril 2016. Disponível em: https://oeds.link/ONJBDf. Acesso em: 24 junho 2022.

Aprendemos que, para que as artes cheguem ao público, é preciso o envolvimento de uma série de profissionais que se dedicam a criar caminhos que levam as pessoas para mais perto da obra.

A tecnologia é um dos facilitadores de exposições de arte. Ela se soma à experiência do espectador com a obra, como observado no uso das audiodescrições que contêm informações relevantes a respeito do artista e da obra em si.

Como proposta de encerramento desta unidade, você fará uma investigação de um artefato ou objeto de valor simbólico, que faça parte da sua vida ou do seu entorno. Esse objeto será exposto e compartilhado com o acompanhamento de uma audiodescrição.

Respostas e comentários

HABILIDADES

(ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).

(ê éfe seis nove á érre três dois) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.

(ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

(ê éfe seis nove á érre três cinco) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3 e 4

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9

tê cê tês

  • Ciência e tecnologia
  • Diversidade cultural

ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Leia o texto com a turma sobre os objetos do Museu Casa de Cora Coralina e as fórmas como a arte deve chegar ao público – sendo a tecnologia um facilitador. Proponha à turma, então, que realize uma investigação de um artefato ou outro objeto de valor simbólico que faça parte de suas vidas para exposição virtual.

ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Leia a lista de etapas que deverão ser seguidas pelos estudantes, orientando-os durante o processo de desenvolvimento da atividade. Caso não seja possível realizar as gravações, mantenha o texto para que, na etapa final, haja um momento de leitura.

Converse com a direção da escola sobre a possibilidade de utilizar um espaço para a exposição dos objetos, convidando familiares, amigos e outros membros para visitar a exposição. Caso não seja possível que as audiodescrições sejam ouvidas, peça aos estudantes que leiam o texto para o público no dia da exposição.

Durante a conversa final, conduza esse momento para a discussão do valor simbólico que as coisas podem ter para nós.

Como fazer

  1. Escolha um objeto ou artefato. Essa escolha será o ponto de partida e o fio condutor da proposta. A ideia é que um valor simbólico esteja atribuído ao objeto, ou seja, o que ele representa. Por exemplo: uma roupa ou brinquedo que passou do seu pai ou sua mãe para você; a receita de um prato típico que você goste porque lembra alguém; um cartão-postal de um lugar que queria visitarreticências As possibilidades são inúmeras. Basta que o valor desse objeto não seja apenas utilitário, mas que seja único para você.
  2. Assim que escolher o objeto, escreva um texto que conte a história e a importância por trás dele.
  3. Com o texto pronto, é hora de gravar a audiodescrição. Use um smartphone, gravador de som, ou peça ao professor que auxilie com os recursos tecnológicos da escola.
  4. Organize o local onde os objetos serão expostos, seja na sala de aula ou outro espaço da escola. Fixe uma legenda próxima ao objeto com seu nome. Caso não seja possível levar o objeto, providencie uma foto dele.
  5. O professor vai providenciar um aparelho de som e, se for o caso, fones de ouvido para que as audiodescrições sejam compartilhadas. Uma ideia é anunciar o nome do estudante antes de iniciar o áudio correspondente. Assim, cria-se um roteiro em que todos possam apreciar as obras e ouvir as audiodescrições, uma a uma.
  6. Outra estratégia é deixar que o espectador se sinta livre para ouvir as audiodescrições que desejar. Para isso é preciso que um estudante ou o professor esteja no comando do aparelho de som.
  7. Para o dia da exposição, convide seus familiares e amigos. Se possível, organize um momento de mediação com uma conversa.
Ilustração. Uma pessoa de cabelo comprido sentada de costas em um banco longo vermelho. Ela está diante de uma parede com quadros de diferentes tamanhos dispostos.
Respostas e comentários

Para observar e avaliar

Observe os estudantes durante a realização dos projetos, analisando se utilizaram, nas composições da exposição, objetos e roteiros coerentes entre si. Esta é a atividade criativa final da unidade e deve ser feita de maneira dialogada e compartilhada com os estudantes. Observe-os durante a produção e a realização da exposição. Estimule-os segundo suas potencialidades, de maneira que todos possam participar plenamente do projeto. Este momento é importante para exercitar a escuta ativa e o trabalho em conjunto. Realize o atendimento individualizado caso algum estudante mostre dificuldade em participar do projeto conjunto.

Glossário

curador
: profissional que desenvolve um projeto para apresentar as obras de artistas em um determinado espaço expositivo.
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sem fins lucrativos
: diz-se de organizações sem fins de acumulação de lucro para seus diretores, mas destinam seu trabalho em prol da sociedade. 
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arte contemporânea
: de acordo com alguns autores, é a arte produzida a partir dos anos de 1950 e 1960 e que está profundamente ligada aos valores e às transformações sociais, culturais, econômicas e políticas desse período.
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QR code
: código de barras em dois dê que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que possuem câmera fotográfica. Quando escaneado e decodificado, o QR code passa a ser um trecho de texto, link etcétera
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