UNIDADE 4 As artes chegam ao público
As propostas desta unidade do seu livro foram desenvolvidas em quatro etapas, que se completam:
eu SEI
Dos bastidores à recepção do público
As etapas que envolvem os bastidores da produção à recepção de uma obra pelo público serão o foco de uma dinâmica.
eu vou APRENDER
Capítulo 1 – Produção, circulação e mediação nas artes
Analisar os processos envolvidos na produção de obras cênicas.
Capítulo 2 – Espaços de criação, mediação e mercado das artes
Conhecer espaços de criação e modos de mediação artística.
Respostas e comentários
Bê êne cê cê NA UNIDADE
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero um), ( ê éfe seis nove á érre zero cinco), ( ê éfe seis nove á érre zero seis), ( ê éfe seis nove á érre zero oito), ( ê éfe seis nove á érre dois cinco), ( ê éfe seis nove á érre dois sete), ( ê éfe seis nove á érre dois oito), ( ê éfe seis nove á érre três um), ( ê éfe seis nove á érre três dois), ( ê éfe seis nove á érre três quatro), ( ê éfe seis nove á érre três cinco)
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 9
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9
tê cê tês
- Diversidade cultural
- Trabalho
- Educação em Direitos Humanos
- Vida familiar e social
- Ciência e tecnologia
Objetivos
- Analisar os processos de produção das artes cênicas.
- Reconhecer os profissionais envolvidos na circulação de manifestações artísticas.
- Analisar historicamente o papel do público nas artes cênicas.
- Identificar ações culturais.
- Identificar e analisar a importância do papel da mediação e da sensibilização artística.
- Realizar projeto de ações culturais.
- Realizar e analisar dados de entrevista com espectadores de obras cênicas.
- Analisar espaços de criação, mediação e mercado das artes.
- Identificar o papel do curador.
- Analisar e identificar o ateliê como espaço de criação do artista.
- Produzir espaço de ateliê na escola.
- Identificar os museus como espaços de salvaguarda do patrimônio.
- Analisar o histórico dos museus.
- Pesquisar museus da região onde vivem.
- Analisar os gabinetes de curiosidades.
- Construir pequeno gabinete de curiosidades realizando o catálogo e a curadoria de peças.
- Refletir sobre o papel dos museus de arte no país.
- Conhecer alguns exemplos de importantes museus do Brasil.
- Analisar o papel da mediação em museus.
- Analisar o uso da tecnologia em museus e espaços culturais.
- Conhecer exemplos de museus virtuais.
- Refletir criticamente sobre o mercado da arte.
- Identificar objetos de valor simbólico.
eu APRENDI
Desenvolver atividades de verificação, sistematização, reflexão e ampliação da aprendizagem.
vamos COMPARTILHAR
Objetos de valor simbólico
Investigar o valor simbólico de um artefato ou objeto pessoal que será exposto e compartilhado com o acompanhamento de uma audiodescrição.
OBJETIVO GERAL
▶ Conhecer e analisar as questões relativas à produção, circulação, mediação e fruição de uma obra cênica ou exposição visual.Respostas e comentários
Introdução
A unidade se propõe apresentar aos estudantes as características dos processos de produção, divulgação e circulação de obras cênicas, além de analisar espaços de criação e mediação artística.
Na unidade, os estudantes analisarão as funções de diferentes profissões ligadas ao mundo artístico, como produtor, curador, designer, entre outros ( ê éfe seis nove á érre zero oito). Também vão explorar, experimentar e analisar diferentes fórmas de criação artística ( ê éfe seis nove á érre zero cinco), desenvolvendo processos de criação individual e coletivo e refletindo sobre eles ( ê éfe seis nove á érre zero seis).
Os estudantes também refletirão sobre o teatro, analisando estilos cênicos e o papel dos profissionais envolvidos, e criando espaços cênicos ( ê éfe seis nove á érre dois cinco), ( ê éfe seis nove á érre dois sete), ( ê éfe seis nove á érre dois oito). Por meio de projetos temáticos ( ê éfe seis nove á érre três dois) que refletem a importância da ampliação do repertório cultural da população, eles relacionarão as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética ( ê éfe seis nove á érre três um). A unidade também dá especial importância aos espaços formais e não formais de disseminação da cultura ( ê éfe seis nove á érre três quatro), analisando o papel dos museus e estimulando os estudantes a pesquisar e conhecer os espaços culturais de sua região.
Durante toda a unidade, os estudantes realizarão visitas virtuais a museus e criarão apresentações e oficinas utilizando ferramentas on-line, trabalhando assim diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável ( ê éfe seis nove á érre três cinco).
A unidade propõe estabelecer relações entre os conteúdos apresentados e a realidade dos estudantes por meio da análise e exploração de elementos constitutivos de artes visuais e teatrais. Assim, os estudantes serão levados a compreender melhor as manifestações culturais nestes âmbitos e a apreciá-las também melhor.
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia de maneira compartilhada a estrutura da unidade, explicando à turma cada etapa: Eu sei, Eu vou aprender, Eu aprendi e Vamos compartilhar. Explique aos estudantes que eles percorrerão todo o processo para a construção do conhecimento.
eu SEI
Dos bastidores à recepção do público
Para que uma obra chegue ao público, são necessárias várias etapas que envolvem diversos profissionais nos bastidores, além de outras ações após a realização de um espetáculo cênico ou exposição de arte.
▶ Que profissionais envolvidos na produção de um espetáculo cênico, ou exposição de arte, vocês conhecem? ▶ Com a orientação do professor, organizem-se em grupos para a realização da dinâmica a seguir. ▶ Em uma folha avulsa, enumerem as definições de cada uma das etapas de acordo com o esquema. Vocês devem levar em consideração a ordem em que elas são seguidas para que a obra chegue ao público. Por exemplo: será que antes da etapa de “Apresentação” de um espetáculo cênico acontece a etapa de “Mediação”?Artes cênicas
- Apresentação.
- Divulgação/Circulação.
- Mediação.
- Produção.
Artes visuais
- Exposição.
- Curadoria/Montagem.
- Mediação.
- Produção.
Respostas e comentários
• Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.
( ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3 e 4
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 8 e 9
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, perguntando sobre os processos que levam a obra ao público, envolvendo os profissionais que atuam nos bastidores. Peça aos estudantes que listem as funções de bastidores das quais se lembram.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Realize a atividade com os estudantes perguntando sobre os profissionais envolvidos na produção teatral. Permita que, nesse momento, eles falem livremente o que conhecem ou que exponham suas dúvidas. A ideia é que essa pergunta possa investigar o que a turma já sabe sobre o assunto.
Oriente os estudantes a realizar a atividade, explicando que deverão compor uma dinâmica demonstrando como acontecem as etapas que envolvem os bastidores das artes até a recepção da obra pelo público.
Divida a turma em grupos com quatro a seis integrantes. Defina a linguagem que cada grupo explorará: cênicas ou artes visuais. Leia as etapas presentes, com os passos a serem seguidos pelos grupos de cada tipo de linguagem.
Ao final das apresentações e considerações, apresente à turma a ordem correta das etapas:
- Artes cênicas:
- Produção
- Divulgação/Circulação
- Apresentação
- Mediação
- Artes visuais:
- Produção
- Curadoria/Montagem
- Exposição
- Mediação
Após revelar a ordem correta das etapas, peça aos grupos que leiam as definições de cada uma. Explique-lhes que essas etapas fazem parte dos meios de criação/produção, circulação, mediação e recepção das obras pelo público e que esta unidade tem por objetivo apresentar as fórmas como isso acontece.
Artes cênicas: definições
Apresentação
É o momento em que o espetáculo cênico é apresentado ao público, porém o processo de aproximação entre público e obra não se encerra nesta etapa.
Divulgação/Circulação
A obra cênica entra nos meios de divulgação e nos sistemas de exibição: edifícios teatrais, espaços não convencionais, bibliotecas, ruas e praças.
Mediação
É criado um caminho facilitador para que o público conheça e desfrute da obra cênica de maneira mais ampla por meio de elaboração de catálogos, palestras, cursos, seminários, debates etcétera
Produção
Processo de criação e organização da obra cênica envolvendo dramaturgia, coreografia, coordenação do espetáculo, trabalho de intérpretes, técnicos etcétera
Artes visuais: definições
Exposição
Diz respeito ao espaço onde as obras são exibidas para o público (instituições culturais, museus, galerias), porém o processo de aproximação entre público e obra não se encerra nesta etapa.
Curadoria/Montagem
O curador é o profissional responsável pelo planejamento e escolha das obras que vão compor a exposição, que depois passam pelo processo de fixação e montagem no espaço expositivo.
Mediação
Envolve visitas guiadas ou orientadas às exposições, atividades complementares às visitas, biblioteca, material impresso, como livros, catálogos, oficinas de arte, palestras etcétera
Produção
O artista visual elabora, cria ou produz suas obras em ateliês de arte, oficinas ou estúdios.
Respostas e comentários
• Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
A atividade pode ser utilizada como avaliação diagnóstica e mapeamento dos conhecimentos prévios da turma. Após a realização da atividade, solicite aos estudantes que justifiquem oralmente suas escolhas. Analise as respostas sem corrigi-las. Ao final do capítulo, a atividade pode ser retomada para que os próprios estudantes corrijam seus erros.
eu vou APRENDER Capítulo 1
Produção, circulação e mediação nas artes
Ao pensar na palavra “arte”, é comum nos lembrarmos de obras de artistas famosos, que vemos em museus, de espetáculos de dança e teatro apresentados em grandes e belos teatros, ou de esculturas e monumentos que encontramos pela cidade. Porém, além das instituições culturais e dos espaços privilegiados da cidade, a arte pode circular por outros meios.
A arte também está na casa das pessoas, quando se liga a TV e se assiste a um filme reconhecido por suas qualidades técnicas e estéticas, nas estações de metrô, nos muros da cidade, na música que se ouve nas praças.
Clique no play e acompanhe as informações do vídeo.
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
( ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3, 4 e 5
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, convidando os estudantes a pensar sobre a definição de “arte” e dos espaços de apreciação das obras. Analise a imagem com a turma, conversando sobre a Escadaria Selarón, no Rio de Janeiro, explicando que essa “escadaria” compreende uma obra de arte fóra dos espaços fechados, como museus e galerias.
Realize a atividade com os estudantes, observando outras fotografias de espaços artísticos, perguntando se já visitaram esses mesmos espaços ou outros semelhantes.
OBJETOS DE CONHECIMENTO |
HABILIDADES |
---|---|
Materialidades |
(EF69AR05) |
Contextos e práticas |
(EF69AR25) |
Processos de criação |
(EF69AR27) |
Processos de criação |
(EF69AR28) |
Contextos e práticas |
(EF69AR31) |
Processos de criação |
(EF69AR32) |
Patrimônio cultural |
(EF69AR34) |
1. Além dos espaços já citados e retratados nas imagens, reflitam sobre outros lugares onde a arte também circula.
Depois que manifestações artísticas como espetáculo de dança ou teatro, escultura, pintura, música ou livro são produzidas, é necessário um sistema de circulação para que esses bens culturais cheguem ao público.
Esse sistema envolve a ação de agentes especializados, como produtores culturais de instituições como museus e galerias de arte, ou a ação do próprio artista, que pode levar sua arte até o público.
- Observem as fotografias e respondam.
- Você conhecia o tipo de manifestação artística retratado na fotografia 1? Com base nela, ou do que você já conhece, explique como essa arte acontece e em que espaços circula.
- A fotografia 2 retrata um espaço considerado oficial para a circulação de arte. Expliquem por que esses espaços não limitam as possibilidades de circulação da arte.
Respostas e comentários
1. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
2. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Realize a atividade com a turma, pedindo que citem outros lugares de circulação e apreciação de artes. Aproveite este momento para investigar quais lugares de circulação de arte são considerados pelos estudantes.
Nas outras atividades, os estudantes deverão analisar as fotografias. Espera-se que eles identifiquem que a arte de rua circula pelos espaços públicos, interferindo na paisagem das cidades. Esse tipo de arte depende unicamente dos próprios artistas para acontecer e circular. Além disso, espera-se que eles reflitam sobre o fato de os espaços oficiais da arte não serem os únicos locais onde a arte se manifesta. A arte não depende exclusivamente dos museus, pois, quando ela se manifesta nas ruas, em nosso bairro ou em nossa própria casa, ela escapa ao formato de um espaço expositivo convencional.
Para observar e avaliar
Observe como os estudantes entendem e analisam as fórmas de expressão artística e as diferentes linguagens, compreendendo o fato de que existem vários espaços de apreciação artística. Nesse caso, é interessante avaliar, com base nas atividades, de que fórma os estudantes analisam e valorizam como a arte se manifesta, a exemplo do que está presente nas fotografias. Se algum deles não atingir os objetivos esperados, proponha-lhe que realize uma breve pesquisa sobre diferentes locais de apreciação artística, criando posts em redes sociais da escola para divulgar o conhecimento obtido.
TEATRO: DA PRODUÇÃO À APRESENTAÇÃO
Uma apresentação teatral não começa e se encerra no momento em que é assistida e apreciada pelo público. É preciso relacionar e sincronizar quatro etapas antes, durante e depois desse momento: produção, distribuição, troca e mediação do bem cultural, no caso o teatro enquanto obra cênica.
▶ Produção: estão incluídas as funções de dramaturgia, coreografia, coordenação do espetáculo, trabalho de intérpretes, técnicos etcétera ▶ Distribuição: profissionais como o diretor de produção teatral (ou produtor) reúne condições para que a obra entre em um sistema de exibição: edifícios teatrais, espaços não convencionais, bibliotecas, ruas e praças etcétera ▶ Troca: são envolvidos nessa fase profissionais como o secretário ou o empresário teatral, que organiza a administração da companhia, controla o caixa, fiscaliza a bilheteria e tudo o que diz respeito aos aspectos financeiros. Pode haver, ainda, o financiador/patrocinador, que favorece o acesso a uma obra cênica promovendo apresentações gratuitas ou de baixo custo e garantindo o fácil acesso a esses bens culturais. ▶ Mediação: recorre-se à elaboração de catálogos, programas de apresentação de um espetáculo ou filme, palestras, cursos, seminários, debates etcéteraPara ampliar
Programa Teatro em Comunidades. Disponível em: https://oeds.link/gQFacB. Acesso em: 25 junho 2022. O programa realiza atividades artísticas com crianças, adolescentes e jovens no Complexo da Maré, comunidade do Rio de Janeiro ( érre jóta).
Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3, 4 e 5
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 8 e 9
tê cê tê
• Trabalho
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, destacando as definições das palavras grifadas. Debata com os estudantes os profissionais envolvidos em espetáculos cênicos e como essas funções ficam nos bastidores – e, no caso, desconhecidas do público, na maior parte das vezes.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Realize a atividade com a turma, convidando os estudantes a analisar e descrever os elementos visuais presentes na ilustração. Eles deverão identificar as funções e os profissionais envolvidos nos bastidores de uma apresentação teatral a partir do desenho, bem como suas etapas.
Deixe que a turma responda livremente e analise suas respostas.
Diversos profissionais são envolvidos na elaboração de um espetáculo cênico, e muitas dessas funções acabam ficando nos bastidores, mas são essenciais para que a obra chegue à apreciação do público.
- Observem atentamente a ilustração e como as diferentes funções são destacadas nos bastidores de uma apresentação teatral.
- Com qual das etapas envolvidas nos bastidores do teatro, e descritas anteriormente, a ilustração mais se relaciona?
- Citem a função de um dos profissionais que aparecem na ilustração.
Respostas e comentários
3. a) Com a etapa 1, a produção.
3. b) Podem ser citados algumas funções que compõem a ilustração: o produtor, o coordenador do espetáculo, o técnico de luz, o técnico de som.
Para observar e avaliar
Observe como os estudantes analisam as diferentes funções teatrais e entendem suas relações com os bastidores de um espetáculo cênico. É interessante avaliar, com base na atividade, como eles entendem essas funções e seus diferentes papéis na montagem de uma peça de teatro, por exemplo. Caso algum estudante não alcance os objetivos pretendidos, peça a ele que crie um infográfico usando uma imagem semelhante, identificando e explicando as funções de cada um dos papéis teatrais. O conteúdo poderá ser postado em redes sociais, no site ou blog da turma.
Recepção da obra cênica pelo público
Na história das artes cênicas existem diferentes fórmas de acesso e consumo do espetáculo pelo público. Os estudiosos caracterizam diferenças entre determinados períodos históricos, ainda que de modo aproximado.
Segundo especialistas, do Renascimento ao século dezenove, na Europa, e até os anos 1950, no Brasil, o público era visto pelos artistas e empresários ou produtores como aquele que basicamente custeava a produção da obra por meio do pagamento dos ingressos. Quem pagava mais ocupava lugares de melhor visibilidade e conforto na sala de espetáculo, como ocorre ainda hoje. As obras cênicas podiam oferecer entretenimento e lazer, mas nem sempre estavam comprometidas com a formação cultural do público.
4. Para você, qual tipo de arte pode ser considerado apenas entretenimento?
Respostas e comentários
4. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre dois cinco) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.
( ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3, 4 e 5
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Faça a leitura do texto de maneira compartilhada com a turma, convidando os estudantes a analisar a história das artes cênicas e a mudança no processo de acesso ao espaço teatral e espetáculos, por parte do público.
Observe a imagem com a turma, comparando com a vista sobre o teatro na atualidade. Peça aos estudantes que comparem o que entendem sobre essas mudanças de acesso ao espetáculo.
Muitas vezes, as ações que envolvem espectadores são oferecidas por grupos e coletivos como uma ação sociocultural, em “contrapartida social”, em razão de seus projetos receberem incentivos fiscais do governo ou de empresas privadas.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Faça as atividades com a turma. Na primeira, pergunte os tipos de arte que os estudantes consideram apenas entretenimento. Deixe que eles respondam livremente e analise as respostas apresentadas.
Na segunda e terceira perguntas, espera-se que os estudantes compreendam que esse tipo de ação promove uma maior aproximação do espectador com a obra e que contribui para a formação de público.
No teatro moderno, desenvolvido na Europa e nos Estados Unidos no início do século vinte e no Brasil a partir da década de 1950, o público atraído para as apresentações era formado, principalmente, por amantes da arte e especialistas no assunto. O espectador queria conhecer a obra apresentada, ser um espectador treinado. Para isso, ao longo dos anos surgiram estratégias de mediação cultural que previam programas impressos, palestras, debates após os espetáculos. O público buscava estar de acordo com o gosto da elite cultural e consumia teatro, dança ou cinema considerados “de arte”.
No teatro contemporâneo, o público é bastante segmentado e produções diversas se voltam a espectadores diversos. Algumas produções buscam vias fóra do circuito comercial de arte, criando canais próprios de sustentação financeira, de divulgação e de aproximação (mediação) na relação com o público.
No Brasil atual, há cada vez mais iniciativas em que os espectadores participam do processo de criação do espetáculo cênico. Por exemplo, os espectadores são convidados a narrar fatos da vida pessoal e do entorno; são propostas oficinas artísticas de vivência das práticas cênicas; são organizados debates e rodas de conversa com os artistas.
- Vocês já viram, ou ouviram, a divulgação de um espetáculo cênico sendo vinculado pelo rádio ou pela TV? Se não, em quais outros meios?
- Por que é importante um debate, palestra ou uma oficina após ou antes de uma apresentação teatral?
Respostas e comentários
5. e 6. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
Durante o debate, analise a visão de cultura dos estudantes, a partir da análise histórica do papel dos espectadores. Analise o conhecimento deles sobre encenações cênicas. Observe se já viram alguma, se têm o hábito de vê-las em canais de vídeo, por exemplo. Pode-se solicitar a eles que busquem espetáculos na cidade e montem um pequeno guia on-line com as obras. É interessante que eles divulguem o resultado no site, blog ou rede social da turma.
Ação cultural
Uma ação cultural de criação propõe-se estabelecer pontes entre as pessoas e a obra de arte, para que assim participem do universo cultural e artístico. Nesse caso, o termo “criação” é usado no sentido mais amplo. Não se refere apenas à construção de uma obra, mas também ao desenvolvimento das relações entre as pessoas e uma obra.
Essa modalidade de ação cultural caracteriza-se pelo propósito não apenas de oferecer a um público cada vez mais amplo um número cada vez maior de obras culturais, mas também de criar condições para que essas obras sejam entendidas e apreciadas em sua natureza específica.
São classificadas, nessa modalidade, não só a produção e a circulação de obras cênicas, mas também a realização de debates, palestras, oficinas, atividades de mediação em que o espectador possa vivenciar um processo que lhe possibilite ser um criador, se não com as mesmas finalidades de um artista profissional, pelo menos para o enriquecimento da formação pessoal.
7. Existem diversos tipos de oficinas que podem ser relacionadas ao teatro: preparação de atores, elaboração de roteiro, criação de personagens, entre outras. Se você fosse participar de uma dessas oficinas, de qual participaria e por quê?
Respostas e comentários
7. Respostas pessoais.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre dois cinco) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.
( ê éfe seis nove á érre dois sete) Pesquisar e criar fórmas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3, 4 e 6
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 8 e 9
tê cê tê
• Educação em Direitos Humanos
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes, debatendo as ações culturais e o que foi conversado sobre arte e entretenimento. Nesse caso, debates, palestras, oficinas e atividades de mediação também são consideradas fórmas de entretenimento artístico pela turma? Questione os estudantes.
Prossiga a leitura, conversando com os estudantes sobre mediação e sensibilização artística. Analise a imagem que divulga uma oficina de teatro de sombras e comente que, além de a ação cultural aguçar os sentidos e um olhar mais humano, também favorece a criação de cultura e de arte, reconhecendo as criações culturais e facilitando o acesso a condições de criação que tragam benefício social para todos.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Na atividade, pergunte aos estudantes de que oficinas eles participariam. Incentive-os a explicar o motivo das escolhas e dos benefícios que essas oficinas trariam, como consciência corporal, oratória, desenvoltura etcétera
Proponha a eles que realizem a atividade, respondendo sobre assistir a peças com ações culturais e a importância dessas ações. Espera-se que eles compreendam que uma ação cultural promove um maior entendimento do espetáculo teatral e que isso possibilita mais sensibilização artística pelo público.
Mediação e sensibilização artística
Como observamos, é preciso trabalhar na mediação das obras e buscar fórmas de estudar, analisar e refletir como serão recebidas pelo público e como poderiam ser mais apreciadas.
É necessário também oferecer oportunidades de educação e sensibilização artística em todas as etapas da vida, desde crianças pequenas até pessoas mais velhas, tanto no meio escolar como em outros espaços de convivência. Uma ação cultural não visa, necessariamente, a formação em arte, mas sim a uma sensibilização artística, que promove um aguçamento dos sentidos e um olhar mais humano e sensível para o mundo.
O Festival do Teatro Brasileiro ( éfe tê bê) acontece desde 1999 e já passou por diversas cidades brasileiras em várias regiões do país. O festival nômade é um exemplo de evento que busca desenvolver ações de formação, em um programa de mediação voltado para a inclusão de escolas públicas nas apresentações do festival.
Consiste em atividades e jogos teatrais ligados ao universo da peça escolhida para a ação e relacionados ao ato de ir ao teatro, envolvendo uma coordenação pedagógica e uma equipe de arte-educadores. A ideia é ampliar o acesso de estudantes a espetáculos de teatro, compartilhar códigos de ética do espaço teatral e proporcionar maiores possibilidades de contato com a obra assistida.
8. Sabendo como uma ação cultural acontece, como seria assistir a um espetáculo teatral com uma ação cultural envolvida? Qual é a importância dessa ação?
Respostas e comentários
8. Respostas pessoais.
Para observar e avaliar
Analise o conhecimento dos estudantes, indagando se já participaram de alguma oficina e se compreendem a importância dessas ações para a democratização da cultura. Avalie as respostas com base em um debate coletivo e estimule a discussão quando os estudantes derem respostas pouco analíticas. Estimule-os solicitando que justifiquem suas opiniões.
VAMOS FAZER
Projeto de ações culturais
Agora é o momento de colocar seus conhecimentos em ação!
A proposta é elaborar ações culturais para que uma obra cênica seja apreciada de maneira ampla pelo público.
Como fazer
- A turma se dividirá em grupos. Cada um deverá pesquisar um espetáculo teatral ou de dança e uma sinopse que explique a obra cênica.
- A partir da sugestão pesquisada por cada grupo, o professor fará uma votação para que um único espetáculo seja eleito pela turma. Esse espetáculo mobilizará a organização de ações culturais.
Continua
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre dois cinco) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética teatral.
( ê éfe seis nove á érre dois sete) Pesquisar e criar fórmas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.
( ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
( ê éfe seis nove á érre três dois) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3 e 4
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 8 e 9
tê cê tê
• Educação em Direitos Humanos
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Proponha que os estudantes realizem a atividade, lendo o texto introdutório com a turma. Para tal, divida-os em grupos e explique como se dará a atividade, realizando a leitura das etapas presentes no processo.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Estabeleça a melhor organização de acordo com o número de estudantes da turma. O importante é que todos os temas sejam contemplados.
Acompanhe as apresentações e, quando necessário, faça perguntas sobre como seria desenvolvida, na prática, cada ação cultural. Essa proposta tem como objetivo a criação de projetos. O papel dos estudantes é experienciar como esses profissionais planejam e desenvolvem o trabalho de uma ação cultural de um espetáculo cênico.
Ao final, promova uma roda de debate sobre a atividade, de modo que os estudantes compartilhem suas experiências e reflitam sobre seus novos aprendizados de imersão na arte.
Continuação
- Sigam a organização a seguir pensando em como cada tema pode ser desenvolvido no projeto. ▶ Grupos 1 e 2: Debate Que temas podem ser apresentados ao público para que as discussões do espetáculo sejam ampliadas ou enriquecidas? Que perguntas podem ser feitas ao público? ▶ Grupos 3 e 4: Palestra Quais temas podem ser abordados? Quais profissionais podem ser convidados para esse momento? Serão outros artistas, pesquisadores, influenciadores?▶ Grupos 5 e 6: Oficina Que práticas podem ser desenvolvidas nas oficinas? Criação de roteiro? Preparação de atores? Dramatizações? Exercícios de consciência corporal?
- Planejamento: tendo sempre como base o espetáculo cênico definido, cada grupo pensará em como desenvolver sua ação cultural. Para isso pesquisem ações culturais divulgadas pela mídia e façam as devidas anotações para planejar a ação que melhor se conecte com o tema do espetáculo. O objetivo principal é criar relações com o público, seja pelo debate, palestra ou oficina.
- Apresentação: cada grupo apresentará sua proposta para a turma. Usem recursos diversos, como apresentação de slides, imagens, cartazes. O importante é que a turma entenda o evento planejado, para que o projeto da ação cultural aconteça.
Respostas e comentários
Para observar e avaliar
Analise o trabalho com os estudantes, bem como a argumentação deles durante a apresentação. Além da avaliação do projeto, analise também a fórma da apresentação e a retórica deles. Se julgar que algum grupo não realizou a proposta esperada, faça perguntas sobre os pontos faltantes, estimulando que os estudantes reflitam sobre eles.
VAMOS CONHECER MAIS
Mediação cultural em espetáculos cênicos
Será que o acesso ao teatro acontece somente quando o espetáculo está pronto para ser apresentado? De que maneiras é possível estimular o espectador a entender o teatro como experiência artística e como espaço de troca e de formação?
Atividades de mediação teatral ou em dança começam com a preparação do público para o espetáculo, passando pelo acompanhamento pedagógico pouco antes do início da apresentação (regras e código de ética do espectador), além de outras ações que auxiliam o público no entendimento do que assistiu e na absorção das sensações experienciadas.
O mediador cultural é o profissional que auxilia o público na compreensão das obras, enriquecendo a leitura do espectador por meio do diálogo. É ele quem tem o papel de estimular e instigar o público, fazendo com que o espetáculo não se encerre ao final das apresentações, e sim que o público continue a se sentir movido pelo contato que teve com a obra.
Pensar em mediação no teatro, na dança, na música ou mesmo no circo é entendê-la como uma relação que envolve a emoção, o corpo, o pensamento dos artistas e dos espectadores, em um contato direto com a obra.
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre dois sete) Pesquisar e criar fórmas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.
( ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
( ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3 e 4
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8 e 9
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Retome com a turma o que foi conversado sobre a mediação e as ações culturais. Em seguida, realize a leitura do texto de maneira compartilhada com os estudantes, observando a imagem e conversando sobre o papel do mediador.
Convide um estudante para ler o trecho, debatendo sobre sua interpretação e significado.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Na atividade, retome as interpretações do texto, debatendo sobre as mediações culturais no Brasil e a valorização das iniciativas culturais fóra do eixo das grandes capitais.
Espera-se que os estudantes reconheçam que a mediação cultural é uma fórma de relação não somente entre obra e público, mas entre pessoas, e que a arte possibilita a criação de vínculos afetivos. Além disso, é importante que os estudantes reconheçam também que a mediação cultural tem o papel de estimular e instigar o público, fazendo com que continue a se sentir movido pelo contato que teve com a obra. Esse tipo de contato faz com que haja mais pessoas interessadas e estimuladas a participar de programas culturais no Brasil.
Comente com a turma que valorizar essas iniciativas fóra do eixo das grandes capitais possibilita que se descentralizem as ações culturais, propiciando que cidades mais afastadas também possam usufruir dos bens culturais.
Leiam o texto do pesquisador, diretor teatral e performer Clóvis Domingos, que compartilha suas experiências como mediador cultural.
Pensar crítica e mediação em artes cênicas, a meu ver, não se dissocia da ideia de se pensar em modalidades de criação. E quando penso em criação, não me refiro apenas ao campo estético e cênico, mas num sentido mais amplo: criação de vínculos, criação de discursividades, criação de possibilidades de espaços de encontro, criação de experiências [ reticências]. Ações de mediação, de alguma fórma, visam acessibilidade, são de natureza democrática, criam aproximações e minimizam distâncias. A mediação é uma rede composta pela ação de curadores, artistas, programadores, espetáculos, críticos, o programa gráfico, a imprensa, os espectadores [ reticências]. Artistas e instituições acreditam que uma vez oferecendo seus trabalhos ao público, o sucesso da empreitada já está garantido. Sejamos honestos: artistas precisam de público e quando esse público não comparece ao nosso espetáculo, o que fazer? Por que então não procurá-lo, oferecer nosso trabalho, programar uma conversa? [ reticências]
DOMINGOS, Clóvis. Notas sobre Crítica e Mediação Cultural em Artes Cênicas: uma experiência com o Palco Giratório. In: Horizonte da Cena, Belo Horizonte, 28 junho 2019. Disponível em: https://oeds.link/wqXocv. Acesso em: 11 junho 2022.
- Clóvis Domingos descreve a mediação cultural como criação de vínculos, possibilidades, experiências e encontros. Que interpretações podemos dar para essa visão?
- Deveriam existir mais iniciativas de mediação cultural no Brasil? Por quê?
- Por que é necessário valorizar iniciativas culturais fóra do eixo das grandes capitais brasileiras?
Respostas e comentários
1 a 3. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
Observe como os estudantes interpretam o texto e suas respostas. Neste momento, as perguntas podem ser respondidas individualmente e utilizadas para avaliar a compreensão dos estudantes. Caso algum estudante apresente dificuldades, pode-se solicitar uma pesquisa individual sobre iniciativas de mediação cultural reconhecidas. Solicite a ele que descreva a iniciativa, seus métodos e resultados e os apresente aos colegas.
VAMOS FAZER
Entrevista com espectadores de obras cênicas
A mediação cultural possibilita uma ponte entre o público e o espetáculo cênico, seja em uma apresentação de teatro, dança, circo ou ópera. É com essa mediação que se estabelece uma aproximação entre espectador e a obra a partir do diálogo com o mediador cultural.
A diversidade de público e as dificuldades ou facilidades para acessar espaços culturais são pontos em que esse profissional pode atuar. Pensemos nas seguintes questões: Como um público de adolescentes, estudantes de uma escola de região periférica, organiza condições para acessar o teatro em uma região central da cidade? Como pensar a formação desse público? A abordagem do mediador cultural será a mesma que se faria para um público acostumado a frequentar o teatro?
A turma fará entrevistas com pessoas que já assistiram a espetáculos cênicos, ou mantêm esse hábito, para investigar como esse tipo de arte chega ao público.
Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre dois oito) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5 e 9
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 8 e 9
tê cê tê
• Vida familiar e social
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Prossiga na análise da importância da mediação cultural e convide a turma a ler o texto de maneira compartilhada. Em seguida, proponha aos estudantes que realizem uma atividade de entrevista com pessoas que já viram espetáculos cênicos, entendendo como o público percebe essas obras.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Divida a turma em grupos para a realização da entrevista com duas pessoas, de modo a registrar o que é dito – com autorização dos entrevistados.
Leia o roteiro com a turma, debatendo se todos estão de acordo com as perguntas. É interessante deixar claro que os estudantes poderão aprofundar os questionamentos, caso achem interessante.
Os dados coletados das entrevistas podem ser de grande importância para analisar características como a faixa etária, o contexto social e cultural dos entrevistados e a frequência que essas pessoas assistem a um espetáculo cênico.
Conduza uma conversa que leve em consideração esses e outros aspectos da diversidade de público.
Como fazer
- Nesta atividade, o professor organizará grupos para que as entrevistas sejam realizadas.
- Cada grupo deverá entrevistar duas pessoas e fazer registros por meio de gravação de áudio ou texto.
- O roteiro a seguir será um ponto de partida para as entrevistas: ▶ Você se considera um apreciador/apreciadora das artes cênicas? ▶ Para você, o teatro, ou outro espaço cultural, é acessível ou não? Por quê? ▶ Qual foi a última vez que você assistiu a uma apresentação de teatro, dança, circo ou ópera? Qual era o tema abordado? ▶ Você se sentiu sensibilizado/sensibilizada por essa obra cênica? ▶ Como foi seu entendimento sobre a obra cênica apresentada? Você sentiu que pôde ter um entendimento da obra sem a mediação de algum profissional? ▶ Caso tenha acontecido a mediação, como ela foi conduzida? Foi um debate, conversa feita antes ou ao final da apresentação? ▶ Se não houve essa oportunidade, você sentiu que isso poderia ter enriquecido a obra cênica? ▶ Em sua opinião, qual é a importância de haver uma mediação cultural com esse tipo de abordagem por meio do diálogo?
- Assim que todas as entrevistas forem registradas, o professor organizará um momento para a apresentação das informações coletadas pela entrevista.
- Ao final, conversem sobre as entrevistas que mais chamaram a atenção. Comparem os perfis dos entrevistados e como cada um percebe a mediação cultural.
Respostas e comentários
Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
Observe a discussão entre os estudantes sobre as entrevistas. Analise se eles relacionam as respostas e traçam perfis dos entrevistados. Se julgar pertinente, solicite-lhes que façam um registro de suas impressões após o debate para avaliar a compreensão individual. Pode-se também colocar as entrevistas em um site ou blog (anonimizando os entrevistados) e solicitar que os estudantes façam comentários individuais sobre as entrevistas que mais lhes chamaram a atenção. Como avaliação final, pode-se solicitar aos estudantes que retomem a atividade do começo de capítulo, solicitando que corrijam os erros cometidos na atividade e debatam por que erraram e o que aprenderam com as atividades do capítulo.
eu vou APRENDER Capítulo 2
Espaços de criação, mediação e mercado das artes
O artista visual elabora, cria ou produz suas obras em ateliês de arte, oficinas ou estúdios. Mas como o público pode ter acesso a essas obras?
Para que as obras de arte circulem dos espaços de criação para os espaços de exposição, são necessárias diversas ações, como as relações entre o artista e o espaço de exposição (museu, galeria de arte etcétera), o transporte da obra, a elaboração, a direção e a supervisão da exposição pelo curadorglossário , montagem e divulgação, trabalho do setor educativo, que faz a mediação entre a obra de arte e o público, entre outras coisas.
A montagem de uma exposição de arte passa pelo trabalho de diversos profissionais, como o montador e o curador, responsáveis por definir a melhor maneira de expor as obras no espaço expositivo.
1. Em sua opinião, qual é a importância de planejar e organizar como as obras serão apresentadas em uma exposição?
Respostas e comentários
1. Espera-se que os estudantes compreendam a importância de planejar as obras no espaço, de modo que o público possa compreender melhor a proposta do artista por meio da organização dos seus trabalhos.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3, 4, e 5
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 8 e 9
tê cê tês
- Trabalho
- Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Continue a conversa sobre a mediação e os espaços de criação de artes, lendo o texto do capítulo de maneira compartilhada com a turma. Leia a descrição da palavra grifada no texto, debatendo com a turma a função do curador.
Leia com a turma sobre os ateliês onde os artistas realizam seus trabalhos, analisando as pinturas que mostram um pouco dos ateliês de grandes pintores como Miquelângelo e gustáv curbê.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Realize a atividade com a turma, debatendo a importância da organização das exposições artísticas. Pergunte se os estudantes gostariam de trabalhar em algo do tipo, organizando e planejando exposições – artísticas, de museus científicos ou em coleções científicas de fórma geral. Explique à turma que o papel do curador também está presente em outras áreas de atuação.
Na segunda atividade, peça aos estudantes que descrevam os ambientes de trabalho das obras. Pergunte se os locais parecem com o que a turma imaginava ser um ateliê e se já estiveram em um. Como os materiais e objetos estão organizados no espaço?
OBJETOS DE CONHECIMENTO |
HABILIDADES |
---|---|
Materialidades |
(EF69AR05) |
Processos de criação |
(EF69AR06) |
Sistemas da linguagem |
(EF69AR08) |
Contextos e práticas |
(EF69AR31) |
Patrimônio cultural |
(EF69AR34) |
Arte e tecnologia |
(EF69AR35) |
O ATELIÊ COMO ESPAÇO DE CRIAÇÃO
Ateliês são espaços físicos onde os artistas realizam seu trabalho. Esses locais, também chamados de oficinas ou estúdios, são destinados às investigações e às criações dos artistas. Nesses espaços é possível melhor compreender o processo criativo, as técnicas utilizadas, os temas selecionados e as referências do trabalho. Observem atentamente como foram retratados os dois ateliês a seguir:
2. Descrevam o que evidencia que os ambientes retratados nas imagens são ateliês.
Respostas e comentários
2. No ateliê de Miquelângelo, além da que está sendo esculpida, observam-se outras esculturas menores. No ateliê retratado por curbê há pinturas aparentemente inacabadas sobre a parede, além de uma tela apoiada no canto inferior esquerdo.
Para observar e avaliar
Durante o debate, observe se os estudantes conseguem compreender que a curadoria tem um papel central em evidenciar o sentido e o diálogo entre as obras e o espaço, além das pretensões conceituais do artista. Avalie também se foi compreendida a ideia de ateliê como um espaço de criação para o artista. Caso algum estudante apresente dificuldade, pode-se visitar on-line alguma exposição virtual e debater a escolha de obras e espaços. Na seção Para ampliar há uma sugestão de visita virtual à Pinacoteca do Estado de São Paulo. Solicite aos estudantes que explorem os ambientes e reflitam sobre a escolha de espaços, explicando aos demais colegas.
Para ampliar
Acervo Permanente da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Disponível em: https://oeds.link/SbgRUi. Acesso em: 26 junho de 2022.
O acervo permanente da Pinacoteca do Estado de São Paulo está disponível on-line e possui ferramentas interativas para a análise das obras.
Os materiais nos ateliês
Nos ateliês, são encontrados muitos materiais artísticos e obras em andamento. O escultor francês Oguíst Rodán (1840-1917) era conhecido por seu estilo próprio na representação da figura humana. O mármore e o bronze eram os materiais utilizados em suas criações.
O francês Ãnri Matisse (1869-1954), a partir da década de 1940, começou a usar a técnica de recorte de colagem de papéis coloridos, em razão da sua dificuldade de pintar com tinta a óleo após algumas complicações de saúde.
3. De acordo com o que se vê nas imagens, expliquem como Rodã e Matís utilizam seus respectivos materiais para suas criações.
Respostas e comentários
3. Rodã aparece junto às suas esculturas em mármore e com outros possíveis ajudantes. Matís aparece em seu ateliê, na segunda imagem, com uma mulher auxiliando a composição de recortes de papel sobre a parede.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.
( ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 7, 8 e 9
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, debatendo sobre os materiais artísticos e obras em andamento que estão nesses locais. Mostre à turma a imagem de Rodã em seu ateliê, analisando a obra ainda inacabada.
Leia com a turma sobre a Casa Azul, a residência de Frida Kahlo e de seu marido, Diego Rivera, a qual também foi o ateliê de ambos. O que os estudantes pensam sobre isso? Se fossem artistas, como seria morar no mesmo local de trabalho?
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Faça a atividade coletivamente com a turma, analisando como os artistas usam os materiais para a criação de suas obras. Para isso, os estudantes deverão analisar novamente as imagens.
Os estudantes precisarão pensar em outros objetos importantes que devem estar dentro dos ateliês e como um ateliê-casa (como de Frida Kahlo e Diego Rivera) permite ao espectador se aprofundar e se conectar um pouco mais com os artistas do que somente uma exposição de museu ou uma visita ao ateliê separado.
A Casa Azul: lar, ateliê e museu
Em muitos casos, o ateliê é também a casa do artista, como a Casa Azul, na Cidade do México, que foi residência da artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954) e de seu marido, o pintor Diego Rivera (1886-1957).
Em 1958, a Casa Azul foi transformada em museu. No local, que fica em Coyoacán, distrito da Cidade do México, onde Frida Kahlo nasceu e viveu, são expostas diversas de suas obras, além de fotografias, documentos, móveis, entre outros objetos pessoais.
4. Além dos materiais do ateliê de Frida, por que podemos considerar que seus os objetos pessoais também são importantes para serem expostos?
Respostas e comentários
4. Espera-se que os estudantes compreendam que a casa, enquanto um ateliê e museu, mostra um pouco mais de quem foi Frida Kahlo. Seus objetos pessoais podem contar histórias e memórias que colaboram para a interpretação de sua obra.
Para observar e avaliar
Durante o debate, observe se os estudantes conseguem relacionar as práticas artísticas às dimensões da vida; nesse caso, especificamente às memórias e aos objetos pessoais dos artistas que nos auxiliam a compreender sobre as obras. Caso algum estudante tenha dificuldade em compreender tal noção, debata com a turma sobre elementos cotidianos. Pergunte sobre espaços comuns do cotidiano dos estudantes; por exemplo, a casa de um parente que costumam frequentar. Debata que elementos daquela residência podem trazer indícios sobre a personalidade e os pensamentos dessa pessoa próxima.
VAMOS FAZER
Um ateliê na escola
Nas aulas de arte a fruição e a reflexão fazem parte do processo de aprendizagem, juntamente com o fazer. As técnicas artísticas permitem a experimentação de diferentes materiais para dar fórma às ideias ou à livre expressão.
Vamos organizar um espaço de ateliê na escola com ciclos de oficinas.
▶ Para dar início à proposta, a turma se dividirá em 3 grupos, sob a orientação do professor. ▶ Como sugestão estão elencadas algumas oficinas e temas que podem fazer parte do ateliê.Oficina de modelagem em argila
▶ Sugestões: esculturas abstratas, modelagem de partes do corpo, modelagem de utensílios etcéteraOficina de recorte e colagem de papéis coloridos
▶ Sugestões: recorte e colagem de elementos da natureza, fórmas geométricas, colagem abstrata etcéteraOficina de pintura com guache
▶ Sugestões: pintura de retratos, modelo vivo, paisagem etcéteraRespostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
( ê éfe seis nove á érre zero seis) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 8 e 9
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Proponha aos estudantes que realizem a atividade, organizando um espaço de ateliê na escola que tenha ciclos de oficinas. Para tanto, divida a turma em três grupos que ficarão responsáveis por três oficinas diferentes. Leia as etapas com a turma, de modo que todos entendam os processos de realização da atividade.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Oriente a turma com relação aos processos que deverão ser realizados para a atividade. Apesar de a autonomia ser valorizada nesta atividade, faça a mediação necessária com cada grupo para que conduzam as oficinas da melhor maneira possível. Solicite que todos os estudantes sejam responsáveis pela organização e pela limpeza do espaço da escola.
Converse com a direção da escola sobre a possibilidade de divulgação desses espaços e, se possível, convide as outras turmas para integrar as oficinas dos estudantes. Durante a atividade, pode ser interessante registrar as oficinas e a montagem dos ateliês com os estudantes.
Ao final, proponha que a turma se reúna e debata sobre a experiência de montar ateliês na escola e oferecer as oficinas de artes.
Como fazer
- Cada grupo será responsável por ministrar uma oficina diferente, ou seja, orientar e ensinar alguma técnica e tema específicos.
- O funcionamento das oficinas será dividido em 3 momentos: no primeiro dia, um grupo conduzirá a oficina de argila; no segundo dia o outro grupo conduzirá a oficina de recorte e colagem; no último, um grupo conduzirá a oficina de pintura. Os grupos que não ministrarem suas oficinas naquele dia serão participantes.
- Antes de a oficina acontecer, o grupo responsável pela oficina deve combinar com os participantes os materiais de que cada um precisará. É importante que essa lista seja simples e com materiais acessíveis.
- O professor combinará com cada grupo o dia adequado para as oficinas e os espaços que poderão ser usados como ateliês.
Respostas e comentários
Para observar e avaliar
Observe a criação e o processo criativo dos estudantes. A atividade deste momento permite a autonomia dos estudantes. Solicite-lhes que expliquem suas escolhas e representações. Este momento é importante para analisar tanto o trabalho coletivo e as trocas entre os estudantes como a capacidade organizativa deles. Caso algum estudante apresente dificuldade no trabalho criativo em grupo, explore as diferentes funções. Observe se o estudante em questão pode organizar o grupo ou realizar a curadoria do material. Explore as diferentes potencialidades de modo que esse estudante possa se encontrar na atividade.
MUSEUS
Obras de arte podem ser encontradas em muitos lugares: no metrô, nas ruas da cidade, na internet, compartilhadas nas redes sociais etcétera Mas existem alguns espaços específicos destinados à exposição, como museus, instituições culturais e galerias de arte.
Museu é uma instituição sem fins lucrativosglossário , a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, que adquire, conserva, investiga, interpreta, difunde, comunica e expõe objetos e coleções de valor histórico, artístico, científico ou de qualquer outra natureza cultural, visando ao estudo, à educação e ao lazer. Algumas funções do museu são preservar e salvaguardar o patrimônio natural e cultural, produzir conhecimento, promover a reflexão crítica, realizar ações educativas e socioculturais e promover a circulação da produção artística.
No decorrer da história, o ser humano apresentou interesse em possuir e colecionar uma grande variedade de objetos, considerando seu valor histórico, estético, científico, religioso, afetivo, simbólico etcétera
1. Que objetos importantes de valor simbólico você guarda?
2. Em sua opinião, por que o ser humano desenvolveu o hábito de colecionar e guardar coisas?
Respostas e comentários
1. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
2. O ato de colecionar é um comportamento universal, que não se limita a determinados lugares, tempos ou culturas. Reunidos, os objetos adquirem novo significado, passando a fazer parte de uma coleção e a ter valor cultural.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9
tê cê tês
- Diversidade cultural
- Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Realize a leitura do texto de maneira compartilhada com a turma, debatendo sobre o espaço dos museus. Inicialmente, pergunte aos estudantes como imaginam um museu e se já visitaram um museu de artes antes.
Destaque o termo grifado, comentando sobre o fato de os museus serem instituições sem fins lucrativos. Debata com a turma esse fato, reforçando que museus são espaços de serviços da sociedade – nesse caso, culturais, de conhecimento, entre outros.
Prossiga a leitura, analisando com a turma a história dos museus. Comente que a origem do termo “museu” é mouseion, templo das musas da Grécia antiga. Na mitologia grega, as musas eram filhas de Zeus, senhor de todos os deuses, e Mnemosine, deusa da memória. Para os gregos, as musas – guardiãs da memória e da imaginação criativa – ajudavam os homens a esquecer as tristezas da vida e os inspiravam à criação artística, por meio de danças, músicas e narrativas.
Na Europa, durante o Renascimento (séculos catorze a dezesseis), além da coleta e do aumento das coleções, os museus passaram a se ocupar do restauro e da preservação das peças. Os colecionadores estavam interessados em acumular objetos, mas ainda não demonstravam preocupação com a organização ou a classificação deles. As coleções ocupavam as paredes do teto ao chão.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Na atividade, debata com os estudantes os objetos que guardam, perguntando sobre os significados simbólicos – se os estudantes quiserem compartilhar. Converse com a turma sobre o hábito dos humanos de guardar e colecionar itens. Pode ser interessante permitir que a turma realize uma breve pesquisa na internet sobre esse tema.
Pergunte à turma sobre os museus e o acesso a esses locais para a população. Questione-os com relação às exposições abordando não somente a questão dos preços, mas também da acessibilidade: os museus são inclusivos para pessoas com deficiências?
História dos museus
Estima-se que o primeiro museu foi construído em Atenas, na Grécia, sendo um espaço de conhecimento, mesmo sem possuir e expor coleções.
O museu de Alexandria, no Egito, construído entre 305 antes de Cristo e 283 antes de Cristo, era acessível apenas à nobreza e aos estudiosos, sendo proibida a entrada do povo.
Desde a Idade Média, a Igreja e a nobreza possuíam coleções de artefatos valiosos e relíquias. As coleções reais, constituídas até o século quinze, reuniam obras de arte, pedras preciosas, porcelanas, instrumentos astronômicos e musicais, joias, entre outros. Essas coleções também eram inacessíveis ao povo.
Durante o Renascimento, na Europa, reis, príncipes e comerciantes ricos passaram a financiar artistas para produzir obras e, assim, ampliar suas coleções e riquezas. De acordo com pesquisadores, as coleções privadas no Renascimento deram origem ao que se conhece hoje como “museu”.
3. No passado o povo não tinha acesso às coleções de arte, artefatos valiosos e relíquias, que pertenciam à igreja, à nobreza e à elite formada principalmente pelos ricos comerciantes, que deram origem aos museus. Na sua cidade existem museus? O acesso a esses locais é facilitado para a população?
Para ampliar
SCALEA, Neusa Schilaro. Vamos ao museu? São Paulo: Moderna, 2013. A obra retrata o museu como um lugar de conhecimento, cultura, ciência e manifestações populares que busca guardar a memória e a história de um povo, de um país e de uma época.
Respostas e comentários
3. Respostas pessoais. Instigue os estudantes a realizarem uma pesquisa sobre o acesso da população a museus na sua região ou no Brasil.
Para observar e avaliar
Observe, com base nas atividades e na leitura realizada, o conhecimento dos estudantes sobre os instrumentos culturais do município. Caso julgue pertinente, solicite um levantamento dos estudantes que já foram a museus, pedindo que os listem e façam um pequeno resumo sobre o que há no museu e a importância de conhecê-lo e apresentem aos colegas.
No século dezenove, distinguiram-se os museus que colecionavam artefatos científicos (museus de história natural) e os que colecionavam objetos estéticos (museus de arte).
Durante o século vinte, os museus conheceram outras especializações: alguns dedicados à arte do século dezenove, como o Museu d’Orsay (1986), na França; outros voltados à arte moderna e contemporânea, como o Museu de Arte Moderna, na cidade de Nova Iorque (MoMA) (1929); e museus organizados em torno da obra de um único artista, como o Museu Picasso, em Barcelona, Espanha (1963), e o Museu Van Gogh, de Amsterdã, Holanda (1973), entre outros.
Pesquisando sobre museus
Como fazer
- Em grupos, façam uma pesquisa sobre algum museu da cidade ou do estado onde vivem. Destaquem a época em que o museu foi fundado e o tipo de obras que abriga.
- Organizem os dados da pesquisa em um painel coletivo criado por todos os grupos.
- Após a pesquisa, cada grupo entrevistará 2 pessoas de diferentes idades perguntando sobre quantas vezes elas já visitaram os museus da cidade. Se a resposta for negativa, perguntar o porquê.
- As respostas da entrevista poderão ser organizadas em informativos ou gráficos que mostrem, por exemplo, a faixa etária dos entrevistados e a quantidade de vezes que cada um desses grupos já visitou museus. Essas informações também serão dispostas no painel coletivo sobre os museus.
Respostas e comentários
Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Realize a leitura do texto com a turma, debatendo sobre os artefatos guardados pelos museus e como esses espaços foram se especializando ao longo dos séculos. Analise com a turma as imagens observadas.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Oriente a turma durante a atividade de pesquisa sobre o museu da cidade ou estado, destacando a época de fundação e as obras que abriga. Destaque que as atividades desenvolvem noções introdutórias de pesquisa.
Analise os dados obtidos com a turma, em uma roda de debate, e então problematize com os estudantes os números de pessoas que não visitam os museus da cidade. Traga novamente o debate sobre a acessibilidade dos museus, além dos preços discutidos, a manutenção e a divulgação por parte da prefeitura ou do governo do estado.
VAMOS CONHECER MAIS
Gabinete de curiosidades
Na Europa, durante o Renascimento, além de coleta e crescimento das coleções, os museus passaram a se ocupar do restauro e da preservação das peças. Nesse período, surgiram os museus de arte e os gabinetes de curiosidades, salas com coleções de objetos raros e exóticos, provenientes de terras distantes, como animais marinhos, insetos, serpentes, artefatos etcétera
[ reticências] coleções de objetos raros ou curiosos receberam o nome de Gabinetes de Curiosidades ou Câmaras de Maravilhas [ reticências]. Pomian, no texto “La culture de la Curiosité”, conta que existiram centenas, senão milhares, de gabinetes pela Europa, neste período, mantidos por príncipes ou casas reais, humanistas, artistas ou ricos burgueses; elementos representantes da cultura erudita interessada em conhecer e colecionar o mundo que os cercava.
RAFFAINI, Patrícia Tavares. Museu contemporâneo e os gabinetes de curiosidades. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia. São Paulo, 3, 159-164, 1993. Disponível em: https://oeds.link/NIPQJE. Acesso em: 13 junho 2022.
Respostas e comentários
• Animais empalhados (aquáticos, terrestres, aves), ferramentas e outros pequenos objetos.
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Relembre com a turma que os museus começaram a partir de gabinetes de curiosidades, deixando que os estudantes respondam o que se lembram do que foi estudado. Nesse caso, faça a leitura do texto de maneira compartilhada com eles, apresentando a imagem do gabinete de , médico e antiquário dinamarquês, em 1655.
Convide um estudante da turma a ler o texto destacado.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Peça aos estudantes que analisem a gravura novamente, identificando elementos presentes, debatendo os itens que eram guardados no gabinete em questão. Relembre o que estudaram anteriormente sobre a importância da curadoria e pergunte à turma se a organização desses gabinetes está “adequada” com o trabalho de curadoria.
Para observar e avaliar
Durante a realização da atividade sobre os museus, analise a pesquisa dos estudantes. Esse é um momento importante para orientá-los sobre pesquisas, analisando conjuntamente fontes e informações. Observe também se eles leem e compreendem os textos para então escrever suas descobertas ou se simplesmente os copiam. Oriente individualmente os estudantes que apresentarem dificuldades, mostrando os métodos corretos de realizar e apresentar uma pesquisa.
VAMOS FAZER
Pequeno gabinete de curiosidades
Como o próprio nome diz, um gabinete de curiosidades desperta a curiosidade e o interesse do espectador. Não há limites definidos, regras ou métodos específicos para esses gabinetes, que se tornaram museus de história natural ao serem adquiridos e doados às universidades.
Como fazer
- Por se tratar de um formato menor, esse gabinete suportará somente pequenos objetos.
- Durante o período de uma a duas semanas, ou de acordo com a orientação do professor, cada dupla coletará pequenos objetos que encontrar. Podem ser pedras, conchas, penas, moedas antigas, selos, recortes de livros e revistas antigos, botões, figurinhas, peças de eletrônicos, bijuterias reticências A diversidade é essencial para essa coleção.
Continua
Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9
tê cê tê
• Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Após debaterem sobre os gabinetes de curiosidades, convide a turma a criar um pequeno gabinete como o que está na imagem e analisar os elementos presentes na imagem.
Divida a turma em duplas e então leia as instruções da atividade.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Oriente os estudantes durante a montagem dos gabinetes de curiosidade das duplas, reforçando a importância do cuidado com os itens – e, especificamente, reforçando que alguns itens precisam ser adaptados para estar dentro de um gabinete.
No dia da exposição, peça às duplas que apresentem seus gabinetes e itens. Promova uma conversa descontraída com a turma sobre como esses objetos despertaram a curiosidade de cada um. Comente o processo de catalogação de objetos e artefatos em museus e como esse trabalho é minucioso.
Continuação
3. Cada um desses objetos terá uma legenda com algumas informações. Ela pode ser feita com etiquetas. Essa legenda não possui um formato definido; pode ter a data em que o objeto foi encontrado, o local e uma breve descrição do que é.
- É interessante que as legendas sejam criativas. Uma pedra comum pode datar de mais de 5 000 anos, um pequeno osso pode ter sido de um dinossauro ou animal raro, uma concha pode ter sido encontrada em ilhas desertas do pacífico, um botão pode ter pertencido a um rei do período medieval reticências Deixem a imaginação fluir.
- No dia combinado pelo professor, cada dupla vai expor suas caixas na sala de aula.
- A turma poderá organizar as carteiras para que as caixas sejam expostas da melhor maneira.
- A ideia é que todos circulem pelo espaço e possam pegar os objetos, ler as legendas e fazer perguntas para a dupla responsável pela coleção.
Respostas e comentários
Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
Observe os estudantes durante a realização dos projetos, analisando a curadoria das peças, a confecção das legendas, suas informações e a criatividade de cada pequeno gabinete. Estimule os estudantes a falar sobre as razões de cada um dos objetos ter despertado a curiosidade deles. Esse é um momento também para sondar a fórma como eles trabalham juntos.
Museus de arte no Brasil
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o ifãn, existem mais de 2500 instituições museológicas no Brasil. São instituições de caráter público e particular e que atuam no âmbito nacional, regional e comunitário. Além disso, os museus podem ser históricos, artísticos, antropológicos e etnográficos, científicos e tecnológicos, entre outros.
O órgão responsável pela Política Nacional de Museus é o Instituto Brasileiro de Museus. Ele é responsável pela melhoria dos serviços do setor, evidenciando, principalmente, o fomento de políticas de aquisição e preservação de acervos, a ampliação de ações relacionadas com a visitação, a arrecadação e a criação de projetos de integração entre os museus brasileiros.
A história dos museus de arte no Brasil caminhou com a história da instituição do ensino de arte no país. Com a vinda da Família Real de Portugal para o Brasil, no início do século dezenove, dona João sexto trouxe uma grande bagagem, que incluía coleções de arte e literatura, porcelanas, tapetes, móveis e outras riquezas. Vamos conhecer alguns museus brasileiros que se destacam no país.
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Tempos depois, em 1905, havia sido inaugurada a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o mais antigo museu de artes plásticas do estado. A Pinacoteca conta hoje com um acervo de cêrca de 5 mil obras, na maioria realizadas por artistas brasileiros do século dezenove.
Para ampliar
Conhecendo Museus. O projeto fica disponível em: https://oeds.link/plQXNy. Acesso em: 25 junho 2022. A obra apresenta os principais museus do Brasil com o objetivo de promover o resgate da memória e divulgar bens e valores culturais da humanidade, democratizando o conhecimento gerado por essas instituições.
Gire o seu dispositivo para a posição vertical
Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9
tê cê tês
- Diversidade cultural
- Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Retome o que os estudantes pesquisaram sobre os museus brasileiros, especificamente de seus estados ou cidades, e então inicie a leitura do texto, conversando sobre museus brasileiros, primeiramente.
Nesse caso, comente com a turma que, em 1816, chegou ao Brasil um grupo de artistas franceses, com o objetivo de fundar a primeira academia de arte no Brasil. Conhecido como Missão Artística Francesa, o grupo era liderado por Joaquim Lebreton e formado, entre outros, pelo pintor histórico Jãn Batiste Dêbret(1768-1848), pelo paisagista Nicolas Antôní Tauní (1755-1830) e pelo irmão de Nicolas, o escultor Ougust Marriê Tauní (1768-1824). A Academia Imperial de Belas Artes foi criada em 1826, no Rio de Janeiro, e inaugurou o ensino formal de Artes no Brasil. A partir de 1829, começaram as exposições de arte oficiais públicas, exibindo trabalhos de professores e alunos da Academia.
Preocupado com a coleção de arte que se formava no Brasil, o diretor da Academia, Félix Taunay (1795-1881), filho de Nicolas Antôní Tauní, fundou a Pinacoteca da Academia Imperial de Belas Artes. Apenas em 1937 a Pinacoteca adquiriu o caráter de museu e passou a ser conhecida como Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Inicialmente, seu acervo era formado por 54 obras trazidas por Lebreton ao Brasil, por trabalhos de professores e artistas franceses que integraram a Missão, por peças da coleção pessoal de dona João sexto e por obras adquiridas ao longo do século dezenove em salões, exposições e doações de artistas.
Promova a leitura sobre o Museu de Belas Artes, do Rio de Janeiro, e o Museu de Arte de São Paulo. Pergunte aos estudantes se eles já visitaram esses locais.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Realize a atividade com a turma, dividindo os estudantes em grupos e solicitando que pesquisem a data de inauguração e os fundadores dos principais museus das cidades ou estados em que moram.
Em seguida, convide os grupos a compartilhar suas informações.
Museu Nacional de Belas Artes
A Academia Imperial de Belas Artes foi criada em 1826, no Rio de Janeiro, e inaugurou o ensino formal de Artes no Brasil. A partir de 1829, começaram as exposições de arte oficiais públicas, exibindo trabalhos de professores e estudantes da Academia.
O diretor da Academia, Félix toné (1795-1881), fundou a Pinacoteca da Academia Imperial de Belas Artes. Apenas em 1937, ela adquiriu o caráter de museu e passou a ser conhecida como Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Museu de Arte de São Paulo
Em 1947, foi fundado por Assis chatôbrian (1892-1968) o Museu de Arte de São Paulo ( maspi). Em 1968, esse museu ganhou nova séde, projetada pela arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992). O acervo do maspi é formado por cêrca de 10 mil obras, entre pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos, abrangendo a produção de artistas europeus, asiáticos, africanos e das Américas. Trata-se do mais importante acervo de arte europeia da América Latina.
4. Vocês conhecem a origem dos principais museus da cidade ou estado onde vivem? Façam uma pesquisa para saber a data em que foram inaugurados, quem foram seus fundadores e o tipo de acervo que abrigam.
Respostas e comentários
4. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
Analise a pesquisa dos estudantes e o debate posterior. Observe se, durante o debate, surgem inter-relações históricas sobre a razão da fundação dos museus. Caso algum estudante apresente dificuldades em realizar a pesquisa, faça um atendimento individual retomando os aspectos de uma pesquisa anteriormente explicados.
Instituto Ricardo brenãn
O Instituto Ricardo brenãn é uma instituição cultural fundada em 2001 por Ricardo brenãn (1927-2020), empresário e colecionador pernambucano. Localiza-se na cidade de Recife, Pernambuco. O espaço conta com o Museu Castelo São João, a Pinacoteca e a Galeria de Exposições Temporárias e Eventos. Possui um vasto acervo, entre artes decorativas, mobiliário, tapeçaria, armamento, com destaque para o acervo de pinturas do holandês Frans Post (1612-1680), considerado o primeiro pintor a retratar as paisagens das Américas.
Museus de Arte Moderna
Alguns museus brasileiros dedicados a coleções de arte moderna são o Museu de Arte Moderna de São Paulo ( mân/ ésse pê) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro ( mân/ érre jóta), ambos fundados em 1948. Desde 1951, o / mân ésse pê promove as bienais internacionais de São Paulo, importante exposição de arte que ocorre a cada dois anos na cidade.
Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3 e 5
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9
tê cê tês
- Diversidade cultural
- Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Realize a leitura do texto de maneira compartilhada com a turma, convidando os estudantes a conhecer mais sobre institutos de arte no Brasil. Leia sobre o Instituto Ricardo brenãn, observando a fotografia do local.
Leia também sobre o Museu de Arte Moderna, presente tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo.
Leia com os estudantes sobre os museus de arte contemporânea presentes no Brasil.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Proponha aos estudantes que, em grupos, pesquisem sobre os museus de arte espalhados pelo Brasil. O mapa poderá ser feito utilizando um site de mapas.
Convide os estudantes a expor seus mapas para comparação, analisando os mapas identificados pelos grupos. Faça perguntas norteadoras para a turma, como se já visitaram esses locais, o museu mais interessante sobre o qual pesquisaram e quais gostariam de visitar.
Museus de arte contemporânea
No Brasil, também existem museus dedicados a coleções de arte contemporâneaglossário , como o Museu de Arte Contemporânea de Goiás, em Goiânia, o Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, Inhotim, em Brumadinho ( Minas Gerais) e o Museu de Arte Contemporânea de Niterói ( Rio de Janeiro).
Pesquisando museus brasileiros
Como fazer
- Em grupos, façam uma pesquisa de museus brasileiros de arte.
- Cada grupo deverá criar um mapa destacando um museu para cada estado.
- Para identificar o museu poderá ser usada a imagem do prédio, em fotografia ou desenho, ou uma obra que faça parte do acervo.
- Com orientação do professor, exponham os mapas e comparem as produções, analisando quais museus foram identificados no mapa de cada grupo.
Para ampliar
Era Virtual. Disponível em: https://oeds.link/oPzwQQ. Acesso em: 25 junho 2022. Projeto pioneiro que disponibiliza visitas virtuais com visualização de 360° a diversos museus, exposições temporárias e patrimônios culturais do Brasil.
Respostas e comentários
1. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
Observe como os estudantes identificam e analisam os museus, contextualizando-os na história e apreciando suas diferenças. Nesse caso, com base na atividade, observe a capacidade de síntese e pesquisa dos estudantes, de modo a colocar os principais aspectos indicados. Se algum integrante da turma não atingir os objetivos esperados, proponha a ele que monte um painel de resumo, um infográfico ou um mapa mental e compartilhe o que foi aprendido no site, blog ou rede social da turma.
Mediação em museus
A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século dezoito, provocou profundas transformações econômicas e sociais. Com o crescimento das cidades, a industrialização e a modernização, houve a necessidade de atualizar os recursos humanos dos museus. Em 1852, foi criado, em Londres, o Museu victória e Albert, em homenagem à Rainha Vitória e seu marido, protetor das artes. A direção do Museu victória e Albert criou a função do educador em museus, profissional responsável por fazer a mediação entre as obras de arte e o público visitante das exposições.
No século vinte, após a Segunda Guerra Mundial, museus europeus e estadunidenses investiram em serviços educativos, buscando conciliar as necessidades sociais e o potencial dessas instituições.
Os museus têm a importante missão de promover ações educativas e de atrair a comunidade. Diversos museus brasileiros têm programas com uma variedade de propostas que têm por objetivo possibilitar uma experiência significativa para o visitante em contato com as obras. Muitos oferecem visitas guiadas ou orientadas, atividades complementares às visitas, biblioteca, material impresso, como livros, fôlderes e catálogos, oficinas de arte, palestras, apresentações artísticas, entre outras ações.
5. Escolham um artista ou uma obra de que vocês gostam e elaborem algumas perguntas que fariam para um público se fosse o responsável por coordenar uma visita guiada em um museu.
Respostas e comentários
5. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
( ê éfe seis nove á érre três cinco) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9
tê cê tês
- Ciência e tecnologia
- Diversidade cultural
- Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Pergunte aos estudantes o que eles lembram das mediações culturais e comente que existem mediações em museus também. Leia o texto de maneira compartilhada com a turma e prossiga debatendo o uso da tecnologia nos museus e espaços culturais.
Observe com a turma a fotografia e debata como essas tecnologias podem facilitar também a acessibilidade do público. Questione-os com relação ao uso da tecnologia e pergunte se já viram algum dos dispositivos citados no texto.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Realize a atividade com a turma e, caso as duplas não tenham um artista ou obra específica de que gostem, sugira uma pesquisa sobre os artistas da região. Incentive a criação de perguntas pelas duplas e explique que, dessa maneira, a visita guiada convida o espectador à reflexão.
Na atividade, peça aos estudantes, se necessário, que pesquisem tecnologias usadas em museus pelo mundo e outras que eles já conhecem e que poderiam ser utilizadas em um espaço expositivo.
Uso da tecnologia em museus e espaços culturais
A tecnologia tem sido bastante explorada em museus e centros culturais brasileiros e estrangeiros, com o objetivo de intensificar a interação do visitante com as obras. Isso acontece de fórmas variadas, desde o livre acesso à rede wi-fi até aplicativos para celular e jogos eletrônicos. Alguns museus e centros culturais usam diferentes recursos tecnológicos, como os seguintes:
▶ Acesso a aplicativos com programação, informações e fotografias das obras pertencentes ao acervo. ▶ QR codeglossário com dados sobre o contexto e o processo de criação das obras expostas. Basta apontar o leitor do celular para o QR code das obras sinalizadas para receber as informações no próprio aparelho. ▶ Audioguia com equipamento eletrônico que oferece informações em áudio sobre artistas, obras, contextos de produção, processos de criação, influências, repercussões da obra etcétera É essencial para visitantes estrangeiros, que podem ouvir as informações em sua língua natal, e para pessoas com deficiência visual, que podem acompanhar a exposição por meio da descrição em áudio.6. Além das tecnologias apresentadas, quais outras poderiam facilitar a interação do público com as obras em museus e espaços expositivos? Expliquem de que maneiras elas seriam usadas e com qual finalidade.
Clique no play e acompanhe a reprodução do Áudio.
Transcrição do áudio
Da tecnologia aos museus virtuais
Locutor: Da tecnologia aos museus virtuais.
Vinheta musical
Locutor: Quem vive de passado é museu. Por mais que seja usada atualmente, essa frase está bem desatualizada. Embora museus exponham, guardem e conservem nosso patrimônio histórico, nossa cultura material e imaterial, eles não pararam no tempo.
Ao contrário. Mesmo trazendo muitas vezes obras e objetos do passado, eles têm utilizado de muita tecnologia para inovar e conquistar os visitantes.
Vinheta musical
Locutor: Explicar o que as obras significam e situá-las na época em que foram feitas ajudam a aproximar o público da arte. Por isso, grande parte dos museus e centros culturais pelo mundo colocam à disposição dos visitantes uma série de informações, e não só por meio das tradicionais visitas guiadas.
Hoje, quem vai a muitos museus tem autonomia e pode obter as informações sobre o que está exposto até no próprio celular, seja acessando os sites dos museus durante a visita ou mesmo apontando o aparelho para códigos de barras bidimensionais, os QR codes, que estão ao lado de objetos e obras. Para você ter uma ideia de como isso funciona, ouça agora a audiodescrição de Pintura de emergência, obra de Marcius Galan, que está exposta no MAM, o Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Vinheta musical
Narrador: Estamos numa época de temperaturas altas por conta do aquecimento global causado pelas mudanças climáticas, mas também num ambiente acalorado por conta do debate político.
Partindo da sinalização de emergência que serve para reduzir riscos de destruição e contribuir para a localização dos equipamentos de seguranças como: hidrantes e extintores de incêndio, o artista realiza uma pintura que faz uso da geometria mundana.
Aquela encontrada no cotidiano e sem qualquer sentido transcendente. Como estratégia de composição Marcius Galan se vale da repetição de um módulo básico de vermelho e amarelo. A justa posição na vertical e horizontal da sinalização enfatiza a ideia de urgência, e cria um ritmo, uma espécie de expectativa do próximo módulo.
Vinheta musical
Locutor: Museus temáticos também têm lançado mão da tecnologia, o que acaba enriquecendo a experiência dos visitantes. Um exemplo é o do Museu do Futebol, em São Paulo, que envolve quem vai visitá-lo com uma série de informações sobre a história do esporte.
Outro exemplo é o do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, que traz a ciência e o futuro do planeta e da humanidade como temas. Neles, as obras muitas vezes são expostas de maneira audiovisual e interativa.
A tecnologia aprimora e aprofunda a experiência dos usuários. Aprender História, entender o contexto de criação artística, conhecer detalhes do processo de produção das obras, tudo isso acaba sendo facilitado por meio da narrativa visual digital. É possível imergir na cena de um quadro por meio da realidade virtual, observar cores imperceptíveis a olho nu com recursos tecnológicos ou mesmo utilizar tecnologia 3D para reconstituir algo do passado. É uma viagem e tanto!
Vinheta musical
Locutor: A bem da verdade, graças à tecnologia, hoje nem é preciso mais ir a um museu para ter uma experiência quase completa. Mesmo quem mora longe consegue visitar os corredores do Museu do Louvre, em Paris, do Museu Metropolitan, de Nova York, e do maspi, em São Paulo. Sem falar nas várias exposições que estão em cartaz em diferentes museus e centros culturais que também oferecem essa possibilidade por meio de plataformas digitais. Já experimentou visitar um museu assim?
Vinheta musical
Locutor: Créditos. Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound. Exceto a audiodescrição da obra “Pintura de emergência”, que pode ser ouvida na íntegra no site do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM, em https://oeds.link/tjgbph.
Respostas e comentários
6. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
Observe, com base nas atividades e na leitura do texto, a capacidade dos estudantes de compreender as modificações na interação entre público e museus. Além disso, é interessante observar a fórma como os estudantes entendem que a inovação das tecnologias proporcionou uma nova interação. Se algum integrante da turma não atingir os objetivos pretendidos, proponha a ele que organize as fichas-resumo da turma e crie um painel informativo.
Museus virtuais
As novas tecnologias possibilitam novos modos de comunicação e contato com a informação e a cultura. Imagens e conteúdos antes disponíveis apenas fisicamente em bibliotecas e museus podem hoje ser acessados pela internet, por intermédio de tablets, computadores e celulares.
O uso de novas tecnologias da informação na difusão cultural é um processo em constante evolução. Além de sites com informações e conteúdos interativos, alguns museus possuem uma versão virtual que permite que o público tenha contato com as obras de maneira não presencial, resolvendo dessa fórma a questão da distância geográfica.
- Em sua opinião, a visita a um museu virtual pode ser acessível a todos os públicos? Se existem limitações, quais são?
- A experiência virtual exclui a experiência presencial?
- Vocês já visitaram um museu virtual? Que tipo de conteúdo artístico ou cultural vocês acessam na internet?
Para ampliar
Acesse à página do tour virtual da Pinacoteca para conhecer mais sobre o acervo permanente. Disponível em: https://oeds.link/R9NGBK. Acesso em: 8 agosto 2022.
Respostas e comentários
7 a 9. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
( ê éfe seis nove á érre três cinco) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3, 4 e 5
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9
tê cê tês
- Ciência e tecnologia
- Diversidade cultural
- Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Retome o que foi conversado com os estudantes sobre os museus e o acesso às exposições por parte do público, além de todas as questões problematizadas anteriormente. Nesse caso, inicie a leitura do texto de maneira compartilhada com os estudantes, observando a imagem.
Prossiga a leitura sobre o Museu Lasár Sêgál, observando a imagem e conversando com a turma sobre o acesso digital às exposições e como esse tipo de exposição pode acabar trazendo outros problemas à tona.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Realize as atividades com a turma e problematize a questão do acesso à internet no Brasil, além de pessoas que têm dificuldade com as novas tecnologias.
Pergunte sobre as vantagens e desvantagens das duas experiências, priorizando, se houver possibilidade, o presencial, que traz outros tipos de experiências sensoriais, estéticas e de interação com outras pessoas. Destaque que a música e o cinema são exemplos de conteúdos culturais geralmente acessados virtualmente.
Na atividade, se possível, peça aos estudantes que realizem essa atividade em casa e tragam suas gravações para o momento combinado.
Museu Lasár Sêgál
O antigo casarão onde viveu o artista lituano Lasár Sêgál transformou-se em museu. Mesmo aqueles que não podem estar fisicamente no museu têm a possibilidade de acessar as audiodescrições das obras de pela internet.
Para ter acesso a esse material, basta visitar o site do museu e seguir para a opção de visita online com audioguia.
O recurso de audiodescrição permite saber detalhes da vasta obra do artista, entre pinturas, desenhos, gravuras e esculturas, além de sua biografia.
10. Qual é a importância de os museus disponibilizarem o recurso de audiodescrição de seus acervos?
11. Em grupos, façam uma pesquisa de duas obras de Lasár Sêgál para criar uma audiodescrição. Uma entre as reproduzidas nesta página e outra pesquisada na página virtual do museu. Enfatizem as caraterísticas formais da obra, como técnica, cores, fórmas e texturas, e informações que complementem seu entendimento. Se possível, gravem a audiodescrição ou leiam para a turma um texto que cumpra com a mesma função.
Para ampliar
Museu Lasár Sêgál. Disponível em: https://oeds.link/nvdYnG. Acesso em: 11 junho 2022. Nesse site você vai encontrar informações sobre o artista Lasár Sêgál, sobre o museu e seu acervo, imagens das obras, documentos e fotografias.
Respostas e comentários
10. Espera-se que os estudantes considerem que esse recurso é importante não somente para o público em geral, mas ideal para deficientes visuais.
11. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
• ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Proponha um debate sobre a disponibilidade de ações culturais, de modo geral, na região onde vivem. Pergunte se os estudantes conhecem esses espaços em seus bairros e na cidade onde moram.
Deixe que eles debatam e, então, proponha uma visita virtual a um museu.
Pode-se dividir os estudantes em grupos e solicitar que cada grupo visite uma exposição e faça uma apresentação sobre ela depois.
Tour virtual pelas exposições do mân. Disponível em: https://oeds.link/naM6Rh. Acesso em: 26 junho 2022.
Instituto Inhotim. Disponível em: https://oeds.link/PCpMQS. Acesso em: 26 junho 2022.
Leonardo da vinti – 500 anos de um gênio – Digital gratuita. Disponível em: https://oeds.link/MBULCi. Acesso em: 26 junho 2022.
Mostra Darwin. Disponível em: https://oeds.link/26xHsu. Acesso em: 26 junho 2022. Essa exposição pode ser utilizada para a ampliação da noção de museu, integrando Ciências da Natureza e Arte.
Ao final, promova o compartilhamento dos projetos e um debate entre a turma sobre o que foi realizado.
Para observar e avaliar
Observe os estudantes durante a visitação dos museus e suas impressões. Realize uma roda de conversa ao fim da atividade. Observe também, com base na atividade, como eles exploram os diferentes meios e equipamentos culturais, bem como analisam criticamente o que foi aprendido, de modo a compor suas próprias criações artísticas. Se algum integrante da turma não alcançar os objetivos pretendidos, realize o atendimento individualizado.
EXPOSIÇÕES DE ARTE E CURADORIA
Além do artista, que cria a obra, uma exposição de arte envolve profissionais de diferentes áreas, que realizam um trabalho conceitual e operacional, geralmente coordenados pela figura do curador.
A função do curador é organizar uma seleção de obras de um ou vários artistas para uma exposição. Esse profissional é responsável por estabelecer uma aproximação das obras com os espectadores. O planejamento e a escolha de cada obra para uma determinada exposição passam pelo olhar do curador, que define como cada obra ocupará o espaço, como ela será montada e fixada, a iluminação adequada, entre outras questões práticas e conceituais.
Para concretizar suas ideias da melhor fórma possível, ele dialoga com outros profissionais, como montadores, iluminadores, educadores etcétera Cabe ao curador criar condições para que o público perceba novas possibilidades de apreciação das obras, quando inseridas no contexto da exposição.
Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9
tê cê tê
• Trabalho
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Novamente pergunte aos estudantes sobre o trabalho de curadoria e como deve ser a curadoria de uma exposição virtual.
Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, observando as imagens. Convide um estudante da turma para ler o texto destacado.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Peça aos estudantes que realizem as atividades. Inicialmente, eles devem produzir um texto sobre a função do curador, agora que entenderam seus papéis.
Em seguida, divida a turma em grupos e peça-lhes que tentem exercer essa função. Esse é um exercício que visa, principalmente, verificar a fórma como os grupos estabelecerão conexões entre as obras de acordo com a temática escolhida. É adequado que os grupos sejam responsáveis por imprimir as imagens das obras que serão fixadas no cartaz. Acompanhe todo o processo para que a essas decisões seja dada a devida importância.
Um curador tenta passar para o público o sentimento de descoberta provocado pelo encontro face a face com uma obra de arte. A boa exposição é feita com inteligência e inventividade; com um ponto de vista.
LEONZINI, Nessia, apud PETSON, Vone. Sobre a diferença entre curador e marchand. In: Casa Visual Galeria, Palmas, 2 abril 2017. Disponível em: https://oeds.link/IDUDku. Acesso em: 24 junho 2022.
Eu penso curadoria sobretudo como pesquisa, fruto de um envolvimento profissional, mas também pessoal, detido com os artistas e os temas que você investiga.
MENEZES, Hélio, apud LOPES, Pétala. Hélio Menezes como fruto de seu tempo. In: Elastica, [ sem local], 19 outubro 2020. Disponível em: https://oeds.link/Ls78sW. Acesso em: 24 junho 2022.
[ reticências] acredito que a prática curatorial pode redesenhar mundos e incentivar a autonomia. Busco uma perspectiva de atuação em cultura que tenha como base conceitual a condução de práticas de aprendizagem e educação como potências radicais de expansão crítica e autoconhecimento.
LEMOS, Beatriz apud COPABIANCO, Marcela. Beatriz Lemos, nova curadora-adjunta do mân: “A arte redesenha mundos”. In: Veja/Rio, Rio de Janeiro, 25 novembro 2020. Disponível em: https://oeds.link/knWANF. Acesso em: 24 junho 2022.
- Com base no texto e nos exemplos das falas dos curadores, elabore um pequeno texto que descreva a função desse profissional.
- Agora é sua vez de exercer a função curatorial, seguindo as orientações:
- em grupos, selecionem obras de artistas nacionais e/ou internacionais para uma exposição com algum tema específico que reúna todos esses artistas em uma única exposição fictícia;
- elaborem um cartaz com imagens das obras selecionadas e o título da exposição;
- apresentem para o professor e colegas o porquê das escolhas feitas pelo grupo.
Respostas e comentários
1 e 2. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
Observe os estudantes durante a realização dos projetos, analisando se utilizaram conceitos claros sobre os motivos da escolha das obras. Observe também, com base na atividade, como os estudantes exploram os diferentes temas, bem como analisam criticamente o que foi aprendido, de modo a compor sua própria curadoria. Se algum deles não atingir os objetivos pretendidos, realize o atendimento individualizado.
MERCADO DA ARTE
Para comercializar seu trabalho, o artista conta com um sistema que envolve profissionais e instituições. Marchand é uma palavra francesa (em português, comerciante) que designa o profissional que negocia obras de arte e intermedeia a relação entre o artista e o comprador. A figura do marchand surgiu na França do século dezessete. Para atuar como marchand, são necessários conhecimentos de história da arte, do mercado de arte e dos vários agentes que o constituem.
A arte tem um público específico, formado por colecionadores, pessoas com recursos financeiros, instituições (museus, galerias) interessadas em ampliar suas coleções e também, simplesmente, apreciadores de arte.
Uma obra de arte, em geral, é adquirida por suas qualidades simbólicas, conceituais e estéticas, ou seja, o valor está relacionado ao que ela significa para determinado grupo de pessoas e às características que a tornam interessante. Essas qualidades são convertidas em valor econômico, de acordo com a dinâmica do mercado.
A produção de artistas contemporâneos brasileiros foi levada para feiras e instituições de prestígio no exterior. Obras de artistas como Beatriz Milhazes (1960-), Ernesto Neto (1964-) e Rosângela Rennó (1962-) alcançaram preços de mercado comparáveis aos de artistas internacionais, fato até então inédito na arte brasileira.
Atualmente, o mercado de arte contemporânea no Brasil caracteriza-se como dinâmico e em processo de expansão e internacionalização. Muitos artistas são representados por galerias de arte, espaços privados de exposição e comercialização que situam a produção artística no mercado de arte. O trabalho de representação envolve outras atividades que contribuem para a construção e a consolidação da carreira do artista, como a organização de exposições individuais.
Respostas e comentários
HABILIDADE
( ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, Dizáiner, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9
tê cê tê
• Trabalho
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes, entendendo como funciona o mercado da arte e debatendo sobre os colecionadores, as instituições e as pessoas com dinheiro e/ou apreciadores de artes. Observe a imagem do leilão de uma obra de Picasso e, em seguida, leia o texto destacado.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Realize a atividade com a turma. Explique que o valor de uma produção artística também é subjetivo. Em geral, é determinado por questões mercadológicas e independe da estética da obra ou de gosto pessoal. Os preços apresentados na reportagem refletem o valor econômico atribuído ao trabalho dos artistas dentro do sistema de mercado da arte, que tem suas regras e parâmetros de valoração. Influenciam nesse processo a importância do artista, se ele faz parte de coleções e exposições de notoriedade, se a obra propõe discussões relevantes, se o artista já morreu, o tamanho da obra etcétera Além disso, a ação de diferentes agentes, como galeristas, marchands, curadores e críticos de arte, influencia os valores econômicos atribuídos às obras.
Divida a turma em duplas e solicite-lhes que pesquisem as obras mais caras da história, tecendo comentários sobre duas de suas escolhas. Debata com a turma esses valores.
Quanto vale uma obra de arte?
▶ Leia o trecho da reportagem a seguir:Mesmo no auge da crise econômica, uma tela da artista Beatriz Milhazes foi vendida por R$ 16 milhõesdezesseis reais na noite de abertura da feira ésse pê-Arte, batendo todos os recordes da artista em leilões. Há cinco anos, sua pintura “O Moderno” foi arrematada por US$ 1 milhãoum reais, na época R$ 1,8 milhãoum reais e oitenta centavos, num leilão em Londres. [ reticências]
Outras galerias relataram vendas acima do esperado em tempos de crise. Luisa Strina, uma das marchands mais poderosas do país, vendeu trabalhos de Cildo Meireles, Laura Lima e Marcius Galan, variando de R$ 48 milquarenta e oito reais a R$ 150 milcento e cinquenta reais. Márcia Fortes, sócia da [galeria] Fortes Vilaça, também do primeiro time de casas nacionais, diz ter vendido três quartos das obras que levou à feira, entre elas trabalhos de Cristiano , Erika Verzutti, Jac lêirner, Leda Catunda e Marina ”.
TELA de Beatriz Milhazes é vendida por R$ 16dezesseis reais milhões na abertura da ésse pê-Arte. In: Folha de São Paulo/Ilustrada, São Paulo, 6 abril 2016. Disponível em: https://oeds.link/HRjuHv. Acesso em: 24 junho 2022.
- Em sua opinião, o que ou quem determina o valor de uma obra de arte?
- Quais artistas da cidade ou do estado em que você vive poderiam ter um reconhecimento maior pelo trabalho que exercem?
- Em duplas, façam uma pesquisa sobre as obras de arte mais caras da história e escolham duas para tecer comentários. Se possível, tragam imagens da obra.
Respostas e comentários
1 a 3. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.
Para observar e avaliar
Observe os estudantes durante a realização das pesquisas, analisando seus comentários e a relação que estabelecem entre os pontos levantados. Aproveite a oportunidade para reforçar o caráter subjetivo do valor das obras. Caso algum estudante apresente dificuldade em compreender valores, utilize analogias a fim de facilitar seu entendimento. Por exemplo: 1 milhão de segundos equivale a menos de 12 dias; 1 bilhão de segundos é quase 32 anos. Algumas das obras mais caras do mundo estão orçadas na casa dos bilhões de reais e as analogias podem ajudar o estudante a compreender melhor a grandeza de valores.
eu APRENDI
- Analise as etapas que fazem parte dos bastidores de uma apresentação cênica e relacione cada uma à sua descrição correta.
- Produção.
- Distribuição e circulação.
- Mediação.
- Profissionais como o diretor de produção teatral (ou produtor) reúnem condições para que a obra entre em um sistema de exibição.
- Auxilia o espectador a desfrutar plenamente da obra, o que envolve o entendimento de aspectos formais, de conteúdo, sociais e outros.
- Estão incluídas as funções de dramaturgia, coreografia, coordenação do espetáculo, trabalho de intérpretes, técnicos etcétera
- Nome dado ao recurso utilizado em obras cênicas que envolve debates, palestras, oficinas, atividades de mediação em que o espectador pode vivenciar um processo artístico.
- Recepção da obra cênica.
- Ação cultural.
- Acompanhamento pedagógico.
- Museu.
- Aponte a alternativa que apresenta os verbos que melhor se relacionam com a função e o compromisso dos museus. Em seguida, no caderno, reescreva o texto completando as lacunas.
.Museu é uma instituição sem fins lucrativos que , espaço para resposta , espaço para resposta , espaço para resposta , espaço para resposta espaço para resposta objetos e coleções de valor histórico, artístico, científico ou de qualquer outra natureza cultural, visando ao estudo, à educação e ao lazer.
- Analisa, conserva, ampara, investiga, difunde.
- Adquire, conserva, ampara, expõe, vende.
- Analisa, conserva, ampara, expõe, vende.
- Adquire, conserva, investiga, difunde, expõe.
Respostas e comentários
1. Resposta: a – três; b – um; c – dois.
2. Resposta: alternativa b.
3. Resposta: alternativa d.
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero oito) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.
( ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
( ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2 e 3
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9
tê cê tês
- Trabalho
- Diversidade cultural
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
A primeira questão cobra do estudante o que foi estudado sobre as etapas dos bastidores e como são feitas as produções de apresentações cênicas; nesse caso, o estudante deverá se lembrar das características das etapas.
A segunda questão cobra do estudante que interprete corretamente o texto do enunciado, relacionando com o que foi aprendido sobre as características e definições de ações culturais.
4. Observe as imagens e faça uma descrição de como elas se relacionam com os modos de produção do artista visual.
- Sobre os primeiros gabinetes de curiosidades, aponte qual das alternativas é a incorreta e, no caderno, reformule a frase de modo que fique correta.
- Salas com coleções de objetos raros e exóticos.
- No período do Renascimento, existiam centenas desses gabinetes.
- Livros de botânica, fotografias e arquivos em vídeo faziam parte desses gabinetes.
- Eram mantidos por príncipes, artistas ou burgueses no Renascimento.
6. Cite exemplos de três museus de arte mencionados nesta unidade que estejam localizados em diferentes estados brasileiros.
Respostas e comentários
4. As imagens apresentam ateliês, espaços onde os artistas realizam suas criações, seja em pintura, escultura, cerâmica, ou outras técnicas. Além disso, nesses espaços é possível melhor compreender o processo criativo e as referências do trabalho dos artistas.
5. Resposta: alternativa c. Correção: Nos gabinetes de curiosidades eram comuns coleções de objetos raros e exóticos, provenientes de terras distantes, como animais marinhos, insetos, serpentes, artefatos. Vídeos e fotografias são invenções do século dezenove que não faziam parte dos primeiros gabinetes de curiosidades.
6. Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, na Bahia; Pinacoteca do Estado, em São Paulo; Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro; Instituto Ricardo brenãn, em Pernambuco; Museu de Arte Contemporânea, em Goiânia; Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico Inhotim, em Minas Gerais.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Na terceira questão, o estudante deverá
se lembrar do que foi estudado sobre as funções dos museus, de modo a preencher o texto corretamente.
Na quarta questão, o estudante deverá observar e avaliar as imagens, de modo a compreender do que tratam – nesse caso, relacionando com as características debatidas sobre os ateliês.
Na quinta questão, o estudante deverá inicialmente se lembrar das características de gabinetes de curiosidades e como foi o primeiro passo histórico para a criação dos museus. Nesse caso, deverão identificar o que é incorreto na questão.
Na última atividade, o estudante deverá se lembrar dos museus estudados na unidade e suas localizações.
Para observar e avaliar
Analise as respostas dos estudantes. As atividades podem ser feitas como fórma de avaliação somativa, observando a compreensão das habilidades. Caso algum estudante apresente dificuldades, realize o atendimento individual, debatendo com ele cada questão.
vamos COMPARTILHAR
Objetos de valor simbólico
▶ Leia o texto que apresenta os objetos do museu da poetisa Cora Coralina (1889-1985):O Museu Casa de Cora Coralina localizado na cidade de Goiás busca preservar a memória e divulgar a obra da poetisa, a partir da exposição de espaços da casa e de peças de roupas, móveis, quadros de fotos antigas, utensílios domésticos, livros entre outros objetos de valor simbólico de Cora e personalidades que viveram ao lado dela.
DIAS, Uébêrsson. Universidade Federal de Goiás é parceira na modernização do Museu Casa de Cora Coralina. In: Universidade Federal de Goiás/Notícias, 25 abril 2016. Disponível em: https://oeds.link/ONJBDf. Acesso em: 24 junho 2022.
Aprendemos que, para que as artes cheguem ao público, é preciso o envolvimento de uma série de profissionais que se dedicam a criar caminhos que levam as pessoas para mais perto da obra.
A tecnologia é um dos facilitadores de exposições de arte. Ela se soma à experiência do espectador com a obra, como observado no uso das audiodescrições que contêm informações relevantes a respeito do artista e da obra em si.
Como proposta de encerramento desta unidade, você fará uma investigação de um artefato ou objeto de valor simbólico, que faça parte da sua vida ou do seu entorno. Esse objeto será exposto e compartilhado com o acompanhamento de uma audiodescrição.
Respostas e comentários
HABILIDADES
( ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes fórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcétera).
( ê éfe seis nove á érre três dois) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.
( ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.
( ê éfe seis nove á érre três cinco) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
COMPETÊNCIAS
Competências gerais: 1, 2, 3 e 4
Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 e 9
tê cê tês
- Ciência e tecnologia
- Diversidade cultural
• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS
Leia o texto com a turma sobre os objetos do Museu Casa de Cora Coralina e as fórmas como a arte deve chegar ao público – sendo a tecnologia um facilitador. Proponha à turma, então, que realize uma investigação de um artefato ou outro objeto de valor simbólico que faça parte de suas vidas para exposição virtual.
• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
Leia a lista de etapas que deverão ser seguidas pelos estudantes, orientando-os durante o processo de desenvolvimento da atividade. Caso não seja possível realizar as gravações, mantenha o texto para que, na etapa final, haja um momento de leitura.
Converse com a direção da escola sobre a possibilidade de utilizar um espaço para a exposição dos objetos, convidando familiares, amigos e outros membros para visitar a exposição. Caso não seja possível que as audiodescrições sejam ouvidas, peça aos estudantes que leiam o texto para o público no dia da exposição.
Durante a conversa final, conduza esse momento para a discussão do valor simbólico que as coisas podem ter para nós.
Como fazer
- Escolha um objeto ou artefato. Essa escolha será o ponto de partida e o fio condutor da proposta. A ideia é que um valor simbólico esteja atribuído ao objeto, ou seja, o que ele representa. Por exemplo: uma roupa ou brinquedo que passou do seu pai ou sua mãe para você; a receita de um prato típico que você goste porque lembra alguém; um cartão-postal de um lugar que queria visitar reticências As possibilidades são inúmeras. Basta que o valor desse objeto não seja apenas utilitário, mas que seja único para você.
- Assim que escolher o objeto, escreva um texto que conte a história e a importância por trás dele.
- Com o texto pronto, é hora de gravar a audiodescrição. Use um smartphone, gravador de som, ou peça ao professor que auxilie com os recursos tecnológicos da escola.
- Organize o local onde os objetos serão expostos, seja na sala de aula ou outro espaço da escola. Fixe uma legenda próxima ao objeto com seu nome. Caso não seja possível levar o objeto, providencie uma foto dele.
- O professor vai providenciar um aparelho de som e, se for o caso, fones de ouvido para que as audiodescrições sejam compartilhadas. Uma ideia é anunciar o nome do estudante antes de iniciar o áudio correspondente. Assim, cria-se um roteiro em que todos possam apreciar as obras e ouvir as audiodescrições, uma a uma.
- Outra estratégia é deixar que o espectador se sinta livre para ouvir as audiodescrições que desejar. Para isso é preciso que um estudante ou o professor esteja no comando do aparelho de som.
- Para o dia da exposição, convide seus familiares e amigos. Se possível, organize um momento de mediação com uma conversa.
Respostas e comentários
Para observar e avaliar
Observe os estudantes durante a realização dos projetos, analisando se utilizaram, nas composições da exposição, objetos e roteiros coerentes entre si. Esta é a atividade criativa final da unidade e deve ser feita de maneira dialogada e compartilhada com os estudantes. Observe-os durante a produção e a realização da exposição. Estimule-os segundo suas potencialidades, de maneira que todos possam participar plenamente do projeto. Este momento é importante para exercitar a escuta ativa e o trabalho em conjunto. Realize o atendimento individualizado caso algum estudante mostre dificuldade em participar do projeto conjunto.
Glossário
- curador
- : profissional que desenvolve um projeto para apresentar as obras de artistas em um determinado espaço expositivo.
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- sem fins lucrativos
- : diz-se de organizações sem fins de acumulação de lucro para seus diretores, mas destinam seu trabalho em prol da sociedade.
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- arte contemporânea
- : de acordo com alguns autores, é a arte produzida a partir dos anos de 1950 e 1960 e que está profundamente ligada aos valores e às transformações sociais, culturais, econômicas e políticas desse período.
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- QR code
- : código de barras em dois dê que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que possuem câmera fotográfica. Quando escaneado e decodificado, o QR code passa a ser um trecho de texto, link etcétera
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