UNIDADE 3 Arte e resistência

BNCCBê êne cê cê NA UNIDADE

HABILIDADES

(EF69AR01ê éfe seis nove á érre zero um), (EF69AR02ê éfe seis nove á érre zero dois), (EF69AR03ê éfe seis nove á érre zero três), (EF69AR04ê éfe seis nove á érre zero quatro), (EF69AR05ê éfe seis nove á érre zero cinco), (EF69AR06ê éfe seis nove á érre zero seis), (EF69AR07ê éfe seis nove á érre zero sete), (EF69AR09ê éfe seis nove á érre zero nove), (EF36AR12ê éfe três seis á érre um dois), (EF69AR16ê éfe seis nove á érre um seis), (EF69AR17ê éfe seis nove á érre um sete), (EF69AR18ê éfe seis nove á érre um oito), (EF69AR24ê éfe seis nove á érre dois quatro), (EF69AR31ê éfe seis nove á érre três um), (EF69AR32ê éfe seis nove á érre três dois), (EF69AR33ê éfe seis nove á érre três três), (EF69AR34ê éfe seis nove á érre três quatro), (EF69AR35ê éfe seis nove á érre três cinco)

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 5, 6, 9 e 10

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida Familiar e Social
• Educação em Direitos Humanos

Objetivos

• Analisar a arte como ferramenta de resistência.
• Reconhecer a importância de diferentes manifestações das artes visuais como ferramentas de protesto.
• Identificar diferentes manifestações artísticas durante a ditadura civil-militar.
• Conhecer o tropicalismo enquanto movimento artístico.
• Produzir história em quadrinhos.
• Identificar a arte como formafórma de expressão e luta na busca por direitos humanos.
• Reconhecer a importância da arte como formafórma de expressão e luta por direitos.
• Analisar a cultura Hip-Hop.
• Produzir exposição artivista.

Introdução

Nesta unidade, o estudante aprenderá a conhecer e reconhecer que resistência e ativismo podem ser refletidos em práticas artísticas por meio de diferentes linguagens. A unidade se propõe a trabalhar, dessa formafórma, a experimentação das diferentes expressões artísticas (EF69AR05ê éfe seis nove á érre zero cinco) e a pesquisa e a análise dos diferentes estilos visuais (EF69AR02ê éfe seis nove á érre zero dois), integrando os conhecimentos e analisando situações em que as linguagens das artes se integram ao audiovisual (EF69AR03ê éfe seis nove á érre zero três).

O estudante também analisará aspectos históricos e sociais relacionados às artes (EF69AR33ê éfe seis nove á érre três três), valorizando o patrimônio cultural material e imaterial brasileiro (EF69AR34ê éfe seis nove á érre três quatro), bem como refletindo sobre como a arte pode colocar em discussão questões sociais relacionadas aos direitos humanos e à diversidade, problematizando estereótipos e preconceitos.

Para tal, a unidade conta com atividades de pesquisa e análise de diferentes formasfórmas de arte brasileiras e estrangeiras, de diversas épocas e matrizes culturais (EF69AR01ê éfe seis nove á érre zero um), além da identificação e da manipulação de tecnologias e recursos digitais dentro do contexto artístico (EF69AR35ê éfe seis nove á érre três cinco), voltados, especificamente, a dança, música e teatro.

O estudante será convidado a apreciar e reconhecer diferentes grupos de teatro (EF69AR24ê éfe seis nove á érre dois quatro), entendendo e explorando o papel dos músicos e dos grupos de música dentro do contexto artístico e social (EF69AR18ê éfe seis nove á érre um oito). A unidade também trabalhará a pesquisa e a análise das diferentes expressões da dança (EF69AR09ê éfe seis nove á érre zero nove), investigando sua experimentação e improvisação (EF69AR12ê éfe seis nove á érre um dois), de modo que o estudante crie arte com base em temas ou interesses individuais ou coletivos (EF69AR06ê éfe seis nove á érre zero seis).

A unidade propõe estabelecer relações entre os conteúdos apresentados e a realidade dos estudantes por meio da análise e da exploração de definições de arte e cultura e suas manifestações.

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Leia com a turma a estrutura da unidade, explicando cada etapa: Eu sei, Eu vou aprender, Eu aprendi e Vamos compartilhar. Explique aos estudantes que eles percorrerão todo o processo para a construção do conhecimento.

1. Espera-se que os estudantes identifiquem que há uma tensão entre os personagens da cena e que o silêncio intensifica essa sensação. As imagens contêm uma linguagem não verbal que comunica emoções ou sentimentos expressos pelos personagens.

HABILIDADE

(EF69AR03ê éfe seis nove á érre zero três) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etcetcétera.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etcetcétera.), cenográficas, coreográficas, musicais etcetcétera.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 4 e 7

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida Familiar e Social
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Inicie o capítulo conversando com a turma sobre o que já foi discutido em outras unidades, com relação à formafórma como a arte expressa o pensamento do artista e como a arte pode se relacionar com as pautas sociais e políticas. Pergunte o que lembram sobre as discussões e se imaginam que toda arte pode ser utilizada para esse contexto.

Após as respostas, inicie a leitura do texto de maneira compartilhada, analisando os aspectos presentes na página de quadrinhos de D’Salete. Pergunte aos estudantes o que entenderam do contexto apresentado e realize brevemente a atividade.

Prossiga com a leitura, novamente analisando os elementos presentes na fotografia. Converse sobre Martin Luther KingMártin Lúter King , questionando-os com relação à importância histórica dele. Pergunte se a turma o conhecia anteriormente.

2. e 3. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na primeira atividade, retome a página de quadrinhos analisada e deixe que respondam com relação às outras formasfórmas de linguagem presentes na arte.

Já na segunda atividade, proponha que investiguem o termo “resistência”. Permita que consultem dicionários impressos ou on-line, compartilhando entre si os resultados obtidos.

Convide os estudantes a refletirem sobre resistência e esperança, perguntando a relação entre ambas. Pode ser interessante escrever na lousa algumas definições sugeridas e, com base nisso, convidá-los a fazer a atividade.

Utilize as criações dos estudantes para uma discussão a respeito do tema, que seguirá ao longo desta unidade. As produções serão o ponto de partida para identificar como os estudantes criaram uma narrativa visual, além de expressarem suas ideias a respeito do tema.

Para observar e avaliar

Observe se os estudantes participaram harmonicamente dos momentos de debate e leitura coletiva do texto. Durante a atividade, avalie a capacidade deles de analisar as linguagens artísticas visuais, relacionando-as com questões sociais e contextos históricos. Caso algum não tenha alcançado os objetivos, proponha que realize uma atividade na qual deverá utilizar as criações dos colegas para compor um painel visual para exposição. O estudante poderá criar esse painel em algum ambiente virtual usando, por exemplo, o tema “Resistência e Esperança” a partir de recortes do que a turma falou. Deixe que use a criatividade e escolha referências e inspirações artísticas livremente. Convide-o a apresentar o resultado para a turma e disponibilizar o material, com seus créditos, em site, blog ou rede social da turma.

1. e 2. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADE

(EF69AR06ê éfe seis nove á érre zero seis) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 8 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Inicie a leitura de maneira compartilhada com a turma, conversando sobre os quilombos. Pergunte se algum estudante já visitou um quilombo e quais são suas memórias afetivas em relação ao espaço. Caso algum estudante tenha uma relação de proximidade com tais espaços, deixe-o confortável para contar mais sobre o quilombo do qual faz parte ou que visita, caso assim o deseje.

Durante a leitura, enfatize a descrição do termo apresentado no glossário dando exemplos de patrimônio material e imaterial do estado em que a comunidade está inserida. ­Explique que as construções quilombolas, feitas com pau a pique e fibras vegetais, são semelhantes a ocas. As pessoas escravizadas que conseguiam escapar do sistema escravocrata fugiam para as matas onde viviam também os indígenas, criando as moradias com estruturas utilizadas para construir os mocambos, moradias das comunidades quilombolas.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Após a leitura, convide os estudantes a observarem as imagens e proponha que realizem as atividades sugeridas. Pode ser interessante permitir que, na primeira questão, eles pesquisem em seus celulares museus da cidade, compartilhando os resultados entre si.

Comente que, segundo pesquisa do Ipea, em 2010, 70% dos brasileiros nunca haviam visitado um museu. Em seguida, promova a segunda atividade. Para tal, proceda à relação de memória pessoal para iniciar o tema de memórias coletivas e históricas de resistência.

Na terceira questão, esclareça que a fotografia pode ser antiga, sua ou da sua família, de um lugar que eles visitaram, ou o registro de um acontecimento marcante para eles. Faça a mediação desse momento e promova uma reflexão sobre como podemos preservar nossa memória pessoal e coletiva como um ato de resistência ao tempo. Faça um paralelo com a importância dos museus, que são símbolos de memória e resistência para a cultura.

Atividade 3. Caso haja estudantes cegos na turma, oriente-os a fazer a escolha da fotografia junto com os familiares.

3. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

Para observar e avaliar

Observe a capacidade dos estudantes de desenvolverem criações artísticas com base nas memórias afetivas, utilizando diversos materiais – nesse caso, as fotografias. É interessante avaliar a capacidade de conexão do estudante com a fotografia em questão e sua relação com a arte aprendida. Note também se a turma compreendeu o papel dos museus nesse contexto, de modo a entender que as memórias afetivas são como museus das emoções humanas. Caso algum estudante não tenha alcançado os objetivos, convide-o a realizar um breve levantamento dos museus presentes em sua cidade. É interessante que ele crie um mapa da cidade pontuando os museus com ferramentas como o My Maps, do Google Mapsgúgol méps. Compartilhe o resultado em site, blog ou rede social da turma.

4. Espera-se que os estudantes façam uma leitura prévia da obra, apontando alguns elementos como o soldado caído no chão, a figura em desespero próxima à janela, a mulher com o filho morto nos braços, entre outros.

HABILIDADE

(EF69AR06ê éfe seis nove á érre zero seis) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1 e 2

Competências específicas de Arte: 1, 2 e 4

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e Social
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Retome o que foi conversado sobre as memórias preservadas e expressas na arte. Pergunte aos estudantes se somente boas memórias são preservadas em arte e deixe que respondam, comentando em seguida sobre a obra Guernica, de Pablo Picasso, que, por sua relevância, foi anteriormente citado em trabalho pelos estudantes em outros momentos da coleção.

Convide a turma a ler o texto de maneira compartilhada, analisando em seguida a pintura de Picasso. Peça aos estudantes que destaquem elementos que lhes chamam a atenção e o que sentem ao verem a pintura, realizando a primeira atividade de desenvolvimento.

Prossiga a leitura, observando outros elementos presentes na imagem e conversando com a turma sobre a flor presente nas mãos do soldado de Guernica. Pergunte o que pensam sobre esse símbolo e, em seguida, realize a atividade.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Após a análise da pintura de Picasso, peça à turma que realize a atividade. Nesse caso, os estudantes deverão apontar os elementos que lembram guerra e conflitos. Deixe que a turma descreva livremente os elementos e, se achar pertinente, escreva as principais respostas na lousa.

5. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na atividade 5, proponha que pesquisem inicialmente os símbolos relacionados à paz. Indique possibilidades como a pomba branca, de “paz e amor”, entre outros. Faça esse breve levantamento com a turma e, em seguida, oriente-os a criar a pintura em cartaz com a recriação do símbolo escolhido.

Pode ser interessante registrar, de diversas formasfórmas, o processo de criação e conversar com a direção da escola sobre a possibilidade de expor o material produzido pela turma.

Para observar e avaliar

Durante a atividade, note a capacidade dos estudantes de colocarem em prática o que aprenderam teoricamente sobre os símbolos de paz e guerra contidos na pintura Guernica, de Picasso. É interessante notar se compreenderam que a arte visual pode ser uma formafórma de expressar não somente boas memórias afetivas, mas também memórias de guerra e esperança. Nesse caso, com base na atividade, avalie-os quanto à criação e à improvisação, além de pesquisa artística e análise crítica de elementos visuais. Caso algum estudante não alcance os objetivos, proponha que monte virtualmente um infográfico ou painel com a análise da pintura Guernica, de Pablo Picasso. O painel deverá conter informações sobre a pintura, seu significado e o contexto histórico da época. Peça ao estudante que compartilhe a análise em site, blog ou rede social da turma.

6. Espera-se que os estudantes notem que há personagens que denotam dor e sofrimento no painel com o tema da guerra, enquanto há personagens mais alegres e livres no painel da paz, como pessoas brincando e cantando.

HABILIDADES

(EF69AR06ê éfe seis nove á érre zero seis) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

(EF69AR07ê éfe seis nove á érre zero sete) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 9 e 10

Competências específicas de Arte: 1, 2, 4 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e Social
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Relembre as análises feitas do quadro Guernica, de Picasso. Pergunte o que a turma sentiu ao observar a pintura e, em seguida, comente que, em "Guerra e paz", Portinari também cria um contraponto apresentando cenas de caos e conflito e de paz.

A partir de então, leia o texto com a turma e analise os elementos das pinturas. Convide-os a observar a combinação de cores e comente que Portinari elegeu uma paleta de cores mais frias para o painel à esquerda, representando a guerra, enquanto o que indica a paz é mais iluminado e possui pontos de cores mais quentes.

Realize a atividade e prossiga com a leitura, analisando outros detalhes e elementos presentes em Guerra e paz, de Portinari.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na atividade, convide os estudantes a observarem outra vez a obra de Portinari e a identificarem o que é pedido no enunciado. Nesse caso, oriente a turma durante essa nova observação e, se achar pertinente, convide-os a comparar a obra de Portinari ao quadro de Picasso.

Promova um debate no qual os estudantes deverão identificar as semelhanças entre as “guerras” retratadas.

Criando composição sobre guerra e paz. Caso haja estudantes cegos na turma, proponha que a atividade seja realizada com o mesmo colega com que formaram dupla na atividade 5 da página 129.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Após a leitura e a análise profunda da obra de Portinari, comente que essa foi a interpretação do artista sobre o tema da “paz”. Dessa formafórma, convide os estudantes a retratarem suas próprias visões do que é a paz.

Para tal, proponha que realizem a atividade. Leia a lista de materiais e as etapas a serem seguidas, comentando que a turma deverá criar um cartão-postal que reflita essa mensagem. Se possível, como atividade complementar, solicite que criem um selo para o cartão postal, que pode ser criado a partir de recortes de imagens impressas que se relacionem com o tema.

Permita que realizem a atividade e, ao final, compartilhem entre si esses cartões de paz e esperança. É interessante possibilitar que cada um teça comentários sobre o cartão postal recebido por outro colega e a ideia de espalhar mensagens de esperança.

Para observar e avaliar

Durante a atividade, observe se os estudantes compreenderam os simbolismos envolvidos na representação da paz em artes como Guerra e paz, de Portinari, em contraponto com Guernica, de Picasso. Nesse caso, é interessante avaliar a capacidade deles de colocar em prática, por meio de experimentação e criação artística, o que foi aprendido em teoria. Caso algum não tenha conseguido alcançar os objetivos, proponha que realize uma breve pesquisa sobre os símbolos da paz em diferentes culturas. O estudante deverá organizar um conjunto de referências visuais sobre os símbolos e o motivo pelo qual são associados à paz. Proponha que apresente para a turma e, então, poste esse conteúdo em site, blog ou rede social da turma.

É proibido não dizer #ditaduranuncamais!

Locutora: É proibido não dizer #ditaduranuncamais!

Liberdade de expressão.

Liberdade para apreciar qualquer forma de arte.

Liberdade para refletir sobre a arte.

Arte e liberdade devem andar juntas, mas elas foram propositalmente separadas em um período não muito distante da história do Brasil.

Entre 1964 e 1985, um regime autoritário definiu os rumos da nossa nação. Intelectuais, artistas e mesmo políticos foram censurados por agentes do Departamento de Ordem Política e Social, o extinto Dops. Algumas reportagens eram proibidas pelos censores e, no lugar, jornais e revistas publicavam receitas culinárias. Teatros tinham suas portas fechadas e matrizes de discos musicais eram riscadas.

Quem por qualquer motivo se opunha ao governo era preso, torturado, exilado ou morto. Mas a arte é criativa e sempre encontra um caminho para seguir em frente. Uma das válvulas de escape eram os festivais de música transmitidos pela TV. Lá, compositores e intérpretes apresentavam canções com letras escritas com maestria, de maneira que conseguiam criticar a repressão do regime de forma subliminar. A música “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, descrevia o mar não apenas como parte da natureza a ser admirada, mas como local de trabalho de gente que vive na batalha. Na canção “A banda”, Chico Buarque de Holanda ilustra a tristeza de um povo que vê certo alento na apresentação da banda da cidade. Em “Disparada”, de autoria de Geraldo Vandré e Théo de Barros, o trabalhador

é representado pelo gado, passivo, que segue a manada. Vandré é também o autor de “Pra não dizer que não falei das flores”, a música mais associada à resistência contra a censura da ditadura.

Música:

“... Pelos campos há fome em grandes plantações

Pelas ruas marchando indecisos cordões

Ainda fazem da flor seu mais forte refrão

E acreditam nas flores vencendo o canhão...”

Locutora: “Pra não dizer que não falei das flores” participou do último festival que aconteceu antes do Ato Institucional número 5, o AI-5, instituído no mesmo ano, 1968. O decreto veio para endurecer ainda mais a repressão contra os jovens e intelectuais que estavam se manifestando contra a ditadura. Por meio dele, houve o fechamento do Congresso Nacional. Várias pessoas foram perseguidas.

Entre elas, artistas e professores. A exibição do Ballet Bolshoi em 1976 foi proibida na TV sob a justificativa de que, por ser russa, a companhia era comunista. E a novela Roque Santeiro, prevista para estrear em 1975, só pôde ir ao ar em 1985. A peça teatral Roda Viva, de autoria de Chico Buarque, também foi proibida em todo o país.

Isso depois de um grupo ter invadido o teatro em que a peça estava em cartaz em São Paulo para depredar o cenário e sequestrar a atriz Norma Bengell. São tantas as obras de arte brasileiras censuradas e autores perseguidos que seria interessante pesquisar mais sobre o assunto.

Áudio com várias pessoas dizendo ao mesmo tempo: “É proibidoproibir; Que pais é este?; O que é isso, companheiro?; Quem sabe faz a hora, não espera acontecer; Brasil; ame-o ou deixe-o; Futebol é o ópio do povo; O Brasil vai bem, mas o povo vai mal; Cálice; Vocês não estão entendendo nada; É essa a juventude que diz querer tomar o poder? É proibido não dizer ditaduranuncamais!”

Locutora: Créditos. O pequeno trecho musical que ouvimos é da música “Pra não dizer que não falei das flores”, escrita e tocada por Geraldo Vandré.

HABILIDADE

(EF69AR31ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

COMPETÊNCIAS

Competência geral: 1

Competência específica de Arte: 1

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Antes de iniciar a leitura do capítulo, pergunte aos estudantes se lembram algo sobre a mudança de regime de 1964 estudado no componente de História. Deixe que a turma responda e corrija se houver necessidade. Analise também a fotografia e comente que, em 1968, foi decretado o Ato Institucional nº 5 (AI-5a i cinco). O Ato ficou em vigor até dezembro de 1978 e ampliava muito a extensão do Poder Executivo. Ele definiu o período mais duro da ditadura civil-militar, pondo fim às liberdades civil e de expressão e instituindo a censura prévia aos meios de comunicação e aos espetáculos culturais.

Leia o texto de maneira compartilhada, destacando as descrições dos termos grifados. Debata com a turma o período civil-militar, que durou 20 anos no país. Convide-os a debater entre si e a compartilhar histórias sobre o regime civil-militar em suas famílias, caso se sintam confortáveis para tal.

Para observar e avaliar

Durante a leitura do texto, observe se os estudantes compreenderam que a mudança na formafórma de governo, seguido do regime de vinte anos, teria sido um período político e social extremamente crítico do Brasil e, portanto, marcante. Dessa formafórma, é interessante notar se relacionam esse período aos tipos de manifestações artísticas que teriam ocorrido. Caso contrário, proponha que realizem uma pesquisa sobre a censura – a ideia é que o estudante que não alcançar os objetivos pesquise sobre a formafórma como o regime civil-militar atuava contra aqueles que se opunham à censura. É interessante que ele monte um material virtual com seus resultados, contendo as fontes de pesquisa ao final, e compartilhe em site, blog ou rede social da turma.

HABILIDADE

(EF69AR33ê éfe seis nove á érre três três) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etcetcétera.).

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1 e 2

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Após a leitura da página anterior, pergunte aos estudantes que tipos de manifestações artísticas imaginam que teriam ocorrido durante um período em que a censura sobre a liberdade de expressão imperava. Deixe que a turma responda livremente. Pode ser interessante anotar os principais palpites dos estudantes para comparação com o que será aprendido durante a unidade.

Leia o texto de maneira compartilhada, analisando os elementos visuais das fotografias. Pergunte se, inicialmente, os estudantes teriam notado algo específico nas garrafas de vidro de refrigerante e prossiga com a leitura, comentando sobre as ideias envolvidas na elaboração da obra de Cildo Meireles em Inserções em circuitos ideológicos.

Importante ressaltar que na reprodução da obra de Meireles a presença de aparente propaganda na seção se justifica de acordo com o Parecer CNE/CEBConselho Nacional de Educação Câmara de Educação Básica nº 15/2000, o qual afirma que “o uso didático de imagens comerciais identificadas pode ser pertinente desde que faça parte de um contexto pedagógico mais amplo, conducente à apropriação crítica das múltiplas formasfórmas de linguagens presentes em nossa sociedade, submetido às determinações gerais da legislação nacional e às específicas da educação brasileira, com comparecimento módico e variado”.

Texto complementar

Leia o excerto a seguir, sobre a noção de arte conceitual.

Para a arte conceitual, vanguarda surgida na Europa e nos Estados Unidos no fim da década de 1960 e meados dos anos 1970, o conceito ou a atitude mental tem prioridade em relação à aparência da obra. [...]reticências O mais importante para a arte conceitual são as ideias, a execução da obra fica em segundo plano e tem pouca relevância. Além disso, caso o projeto venha a ser realizado, não há exigência de que a obra seja construída pelas mãos do artista. Ele pode muitas vezes delegar o trabalho físico a uma pessoa que tenha habilidade técnica específica. O que importa é a invenção da obra, o conceito, que é elaborado antes de sua materialização.

ARTE Conceitual. Enciclopédia Itaú Cultural, [S. l.sem local, 2022?dois mil e vinte e dois data provável]. Disponível em: https://oeds.link/5w5moG. Acesso em: 18 ago.agosto 2022.

7. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Após a leitura, convide os estudantes a realizarem a atividade referente à obra de Antonio Manuel. Espera-se que eles estabeleçam uma relação entre a ideia de censura e a disposição da obra, que revela, por baixo dos tecidos pretos, notícias da situação crítica do país em relação à ditadura.

Para observar e avaliar

A atividade permite observar nos estudantes a capacidade de análise dos aspectos históricos e comparação com os contextos sociais e políticos em relação às linguagens artísticas e manifestações de arte da época. Dessa formafórma, observe se conseguem relacionar o contexto da ditadura, estudado anteriormente e em outros componentes, com as manifestações artísticas contra as censuras da época. Caso contrário, convide os estudantes que não alcançarem os objetivos a pesquisarem os tipos de artes visuais mais recorrentes do período da ditadura. É interessante que o estudante elabore um pequeno texto sobre a pesquisa e que consiga elaborar as ideias sobre como os artistas desse período burlaram, de certo modo, a censura. Convide-o a apresentar seu material e disponibilizá-lo virtualmente, em site, blog ou rede social.

HABILIDADES

(EF69AR16ê éfe seis nove á érre um seis) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(EF69AR18ê éfe seis nove á érre um oito) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formasfórmas e gêneros musicais.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 6, 9 e 10

Competências específicas de Arte: 8 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Inicie a leitura do texto de maneira compartilhada, comentando com a turma que não apenas as artes visuais foram alvo de censura – de formafórma geral, outros tipos de manifestação artística sofreram o mesmo justamente por serem revolucionários e romperem com o conservadorismo, enfrentando os padrões sociais.

Observe com os estudantes a fotografia e prossiga a leitura, pontuando cada canção vitoriosa do Festival de Música Popular Brasileira durante o regime civil-militar. Pergunte se os estudantes já ouviram ou conhecem as músicas citadas, convidando-as a pesquisar na internet, usando os celulares, o contexto para a criação da música “É proibido proibir”, de Caetano Veloso. Peça a eles que compartilhem os resultados.

Pode ser interessante também promover um momento para a audição das músicas apresentadas. Convide os estudantes a analisarem as composições, conversando sobre ritmos, instrumentos e significados das letras.

8. a 10. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Após o debate inicial e a leitura do texto, convide a turma a realizar as atividades com relação à importância da música como formafórma de discutir temas sociais pertinentes. Espera-se que os estudantes relacionem a importância da música, em períodos conturbados da história, à produção musical na atualidade, trazendo outras referências.

Na segunda atividade, auxilie-os durante a fase de pesquisa de modo a selecionarem músicas e seus trechos de acordo com temas relevantes para a sociedade. Pode ser interessante propor que a atividade seja feita virtualmente, de maneira que toda a turma crie um painel coletivo de músicas, destacando seus trechos, significados, simbolismos e o que mais encontrarem de pertinente. Convide a turma a compartilhar esse material com a comunidade escolar e local, em site, blog ou rede social.

Na terceira atividade, promova um debate sobre a importância das canções para os estudantes, conectadas à realidade da cultura brasileira na atualidade. Faça uma votação e anote na lousa as pontuações. Se possível, promova uma audição de cada uma delas.

Para observar e avaliar

As atividades permitem analisar o estudante com relação ao entendimento da importância de músicos e grupos musicais para o desenvolvimento e a representação do contexto social e histórico de épocas marcantes. É interessante avaliar a capacidade de pesquisa do estudante, bem como a síntese de resultados e a composição artística de um painel. Caso algum não alcance os objetivos, convide-o a pesquisar mais a fundo as músicas citadas no texto, de modo a compor um infográfico ou outro tipo de criação para divulgação de seus resultados.

HABILIDADES

(EF69AR16ê éfe seis nove á érre um seis) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(EF69AR18ê éfe seis nove á érre um oito) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formasfórmas e gêneros musicais.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 6, 9 e 10

Competências específicas de Arte: 8 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Retome o que foi conversado anteriormente sobre as canções do Festival de Música Popular Brasileira durante o regime da ditadura e convide os estudantes a saberem mais sobre a canção "Pra não dizer que não falei das flores", de 1979, conhecida como “Caminhando”, de Geraldo Vandré. Se possível, reproduza o áudio da canção para que os estudantes leiam a letra acompanhada do ritmo.

Faça uma análise com a turma sobre a letra da canção Caminhando.

O refrão, que se repete várias vezes, faz um apelo à união e à ação conjunta: “Vem, vamos embora”. Em “que esperar não é saber” o compositor revela consciência em relação à situação do país e afirma ser urgente uma mudança: “quem sabe faz a hora/ Não espera acontecer”.

Na segunda estrofe, Vandré faz menção à miséria em que os trabalhadores rurais viviam e a exploração a que estavam submetidos. Apresenta também uma crítica àqueles que pretendiam resolver a crise política com diplomacia e comum acordo, e estavam organizados em “indecisos cordões”.

As flores simbolizam os ideais de “paz e amor” promovidos pelo movimento de contracultura hippierrípie, apontadas pelo compositor como insuficientes contra o “canhão”, que simboliza o exército e a violência do regime civil-militar.

A última estrofe reforça a mensagem de igualdade entre os cidadãos e de urgência de uma organização em prol da revolução. Para isso, era preciso ter em mente as pessoas queridas que sofriam ou sofreram com a repressão (os amores) e abandonar uma postura pacifista, ou seja, deixar as flores no chão, para serem vitoriosos. Na mão do povo, estaria a história, portanto a possibilidade de mudar a realidade do país e de passar essa ideia adiante, “aprendendo e ensinando uma nova lição”.

Atividade 12.

Escolha alguma estrofe da canção e a represente.

11. Além do refrão, “Vem, vamos embora, que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, destaca-se também a estrofe “Pelos campos há fome em grandes plantações / Pelas ruas marchando indecisos cordões / Ainda fazem da flor seu mais forte refrão / E acreditam nas flores vencendo o canhão”.

12. e 13. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

14. Espera-se que os estudantes identifiquem que na obra Lute, de Carlos Zilio, há a representação de um rosto onde se lê a palavra LUTE sobre os lábios cerrados e que, em vez da ideia de silêncio e de se calar, as duas produções abordam a importância de lutar contra a censura e a repressão.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Convide os estudantes a realizarem as atividades, analisando novamente a canção “Caminhando”, de modo a destacar os trechos pedidos no enunciado da atividade.

Distribua folhas de papel e convide-os a ilustrar os trechos mais interessantes da música. Proponha que relembrem de pinturas como as de Picasso ou Portinari para terem como inspiração na hora de criar suas ilustrações.

Se possível, após o término da atividade, permita que os estudantes utilizem seus celulares para pesquisar outras canções censuradas durante a ditadura. Proponha que compartilhem e toquem as músicas em aplicativos de reprodução de áudio de seus celulares. Pergunte o que acharam das músicas em questão e debata com eles os elementos que compõem as canções pesquisadas.

Para a quarta atividade, analise a figura presente e oriente-os durante a atividade.

Para observar e avaliar

Observe a capacidade dos estudantes de analisarem criticamente obras de arte, como artes visuais e músicas, e contextualizarem a manifestação artística com o período histórico e as questões sociais e políticas estudadas anteriormente. Com base na atividade, observe a capacidade de colocarem em prática o que aprenderam durante a análise de quadros de Picasso e Portinari, relacionando-os com temas da ditadura. Caso contrário, proponha que se dividam em duplas, de maneira que auxiliem uns aos outros no processo de aprendizagem, revisando as respostas.

Pão e circo para os distraídos

Locutora: Pão e circo para os distraídos.

Som de água escorrendo

Locutora: Feche os olhos. Agora, imagine que você está caminhando por um labirinto e nele há plantas, areia, araras, poemas-objetos, capas de Parangolé e um aparelho de televisão. Você está pisando pela primeira vez na terra... ao caminhar pelos morros, pela favela, o percurso de entrar, sair, você ouve ruídos e todos os sentidos (visão, tato, audição, olfato) levam você a esse novo ambiente: a Tropicália Hélio Oiticica. Esse ambiente labiríntico, imagético, tropical que narramos descreve a obra exposta por Oiticica no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, em 1967. A obra e seu nome inspiraram um movimento cultural muito importante do Brasil nos anos 1960. A Tropicália seria um reencontro com nossa cultura, com nossa paisagem tropical, depois do movimento modernista de 1922, por meio de diversas manifestações artísticas: no cinema, por exemplo, com Glauber Rocha e seu filme Terra em transe; no teatro com a montagem O Rei da Vela, do Grupo Oficina. Mas foi na música que o grande público pôde entrar em contato com o Tropicalismo, encabeçado por Caetano Veloso e Gilberto Gil. Em 1968, com um grupo variado de artistas, eles lançaram um álbum considerado revolucionário para a música nacional: o Tropicália. O som misturava estilos tipicamente brasileiros como bossa nova, baião e samba com rock, por meio do uso da guitarra elétrica, o que causou escândalo inclusive entre os jovens que consideravam o instrumento o símbolo do imperialismo estadunidense. Mas o intuito era esse, o de romper barreiras, tornar a música brasileira mais plural, universal. As letras abordavam temas do cotidiano em tons poéticos e com críticas sociais veladas. Afinal, estávamos vivendo um período de ditadura. Entre as músicas presentes no disco Tropicália, ou Panis et circenses, que em português seria “pão e circo”, uma fazia alusão à política romana usada para desviar a atenção do povo ofertando comida e diversão, para que não prestassem atenção em erros e falhas da gestão pública. A letra descreve situações chamativas, mas os versos apontam que as pessoas presentes na sala de jantar, ou seja, que estão à mesa fazendo uma refeição, estariam apenas ocupadas em nascer e morrer.

Música:

“...Eu quis cantar minha canção iluminada de sol

Soltei os panos sobre os mastros no ar

Soltei os tigres e os leões nos quintais...”

Locutora: Outras canções fazem parte desse movimento, como “Alegria, alegria”, de Caetano Veloso. Vamos propor um desafio: faça uma pesquisa, escute a música e tente encontrar as características das quais falamos. Vamos lá?

Música:

“Caminhando contra o vento

Sem lenço e sem documento

No sol de quase dezembro

Eu vou...”

Locutora: Créditos. O áudio ouvido na abertura deste Podcast pertence à Freesound. Ouvimos também pequenos trechos das músicas “Panis et circenses”, de Caetano Veloso e Gilberto Gil, na interpretação de Os Mutantes, e “Alegria, alegria'', composta e interpretada por Caetano Veloso.

HABILIDADES

(EF69AR17ê éfe seis nove á érre um sete) Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos culturais de circulação da música e do conhecimento musical.

(EF69AR18ê éfe seis nove á érre um oito) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formasfórmas e gêneros musicais.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, e 3

Competências específicas de Arte: 1 e 6

TCTTema Contemporâneo Transversal

• Diversidade cultural

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Antes de iniciar a leitura do texto com a turma, convide-os a analisar a fotografia e leia a legenda para destacar cada um dos artistas presentes na capa do álbum. Pergunte se já ouviram falar sobre essas pessoas e se já escutaram músicas deles.

Comente que cada um desses artistas integrou o movimento do Tropicalismo, um resultado do florescimento artístico-cultural que veio com a radicalização das experimentações no campo artístico e a participação social. No início da década de 1960, com o baixo desenvolvimento do país, surgiram movimentos que denunciavam as desigualdades, incentivavam ações transformadoras e mobilizavam uma arte participante, comprometida com as causas populares.

Promova a leitura do texto com a turma e leia a descrição do termo grifado. Convide os estudantes a interpretarem “Panis Et CircensesPãnis ét circenses”, de Os Mutantes, e volte a comentar sobre o Tropicalismo, movimento desencadeado por diversas produções artísticas, como a apresentação das canções “Alegria, alegria”, de Caetano Veloso, e “Domingo no parque”, de Gilberto Gil, no 3º Festival de Música Popular Brasileira; o lançamento do filme Terra em transe, do cineasta baiano Glauber Rocha (1939-1981); a encenação da peça O rei da vela, de Oswald de Andrade (1890-1954); o lançamento do livro PanAmérica, de José Agrippino de Paula (1937-2007); e a criação da instalação Tropicália, pelo artista Hélio Oiticica (1937-1980), apresentada na exposição Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Aproveite para perguntar aos estudantes se eles lembram quem foi Hélio Oiticica. Se necessário retome os estudos sobre o artista.

15. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes estabeleçam relação ao contexto da ditadura civil-militar no Brasil e ao conservadorismo da época. Uma interpretação possível em “as pessoas da sala de jantar / são ocupadas em nascer e morrer” pode representar a monotonia da elite diante de um período conturbado.

16. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADE DE DESENVOLVIMENTO

Após a leitura e os debates, convide os estudantes a responderem às questões presentes nas atividades propostas. Na primeira, comente que, segundo o estudioso da Tropicália Celso Favaretto, “a música contrapõe o desejo de libertação ao ritual da sala de jantar”, no qual imagens surreais, como matar alguém em pleno centro da cidade, ou soltar tigres e leões no quintal, ligadas ao sonho, opõem-se à monotonia de “nascer e morrer”.

Já na segunda atividade, espera-se que os estudantes identifiquem que o figurino dos artistas tropicalistas explorava a estética mais experimental pela combinação de roupas e acessórios inusitados, como no caso da cantora Rita LeeLi vestida de noiva. Para a época, esse tipo de figurino ia contra a formalidade e o conservadorismo nos modos de se vestir e se comportar.

Para observar e avaliar

Observe se os estudantes compreenderam como o Tropicalismo foi fundamental para construir o movimento de oposição ao regime da ditadura e uma formafórma de representação do contexto social e político da época. Com base na atividade, observe se reconhecem e aprendem a apreciar o papel de grupos musicais brasileiros nesse movimento social contra o regime da ditadura e a censura. Caso contrário, solicite-lhes que pesquisem sobre como a Tropicália contribuiu para a expressão da rebeldia contra o regime civil-militar e as principais consequências para os artistas que integraram o movimento.

17. No quadrinho, a ideia de liberdade é associada à juventude, que guarda o poder de voar no sentido figurado, o que pode ser interpretado como uma geração engajada para garantir sua liberdade de direitos.

HABILIDADE

(EF69AR05ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes formasfórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcetcétera.).

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1 e 3

Competências específicas de Arte: 1 e 2

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Convide os estudantes a analisarem o quadrinho, destacando a conversa entre os personagens. Pergunte se a turma compreendeu o significado da tirinha e deixe que debatam entre si as interpretações. Realize a atividade de desenvolvimento e retorne à leitura do texto.

Novamente analise os quadrinhos, lendo em seguida sobre a cartunista Laerte e seu trabalho de crítica e oposição à ditadura civil-militar no país, por meio de suas narrativas perspicazes e criativas.

Se possível, peça que os estudantes compartilhem suas próprias referências de quadrinhos que promovam a reflexão do leitor.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Convide os estudantes a realizarem as atividades, inicialmente discutindo o sentido do primeiro quadrinho e seus significados, e, em seguida – na segunda atividade –, debatendo exemplos de como a união é importante para mobilizar ações sociais.

É interessante propor que os estudantes citem exemplos que se relacionem diretamente com o sentido principal de cada tirinha.

18. Resposta pessoal. Exemplos de união podem ser vistos na política, no esporte, em passeatas, ações comunitárias etcetcétera.

Para observar e avaliar

Observe se os estudantes desenvolveram as habilidades de experimentação e análise crítica do quadrinho com formafórma de expressão artística. Com base na atividade, observe a capacidade do estudante de analisar e avaliar os elementos visuais presentes nas tirinhas, relacionando-os com os contextos sociais e políticos das épocas. Caso contrário, solicite-lhes que criem uma tirinha sobre um tema social pertinente atualmente. Eles poderão utilizar até seis quadrinhos, de modo a apresentar sua visão e posicionamento com relação a esse tema escolhido. Peça que apresente a tirinha para a turma, comentando as ideias por trás da criação.

HABILIDADE

(EF69AR05ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes formasfórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcetcétera.).

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1 e 2

Competências específicas de Arte: 1 e 2

TCTTema Contemporâneo Transversal

• Diversidade cultural

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Retome o que foi conversado anteriormente sobre o fato de a música e as tirinhas serem formasfórmas de posicionamento e manifestação em relação a cada contexto social e político. Pergunte aos estudantes se seria possível unir ambas as linguagens artísticas, e como a música, por exemplo, pode inspirar a criação artística em outra linguagem. Dessa formafórma, peça-lhes que realizem a atividade.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Leia os passos envolvidos na atividade, de maneira que os estudantes entendam as etapas do processo. Inicialmente, oriente-os quanto à escolha da música e, então, resgate as produções em quadrinhos do início desta unidade. Para essa proposta, espera-se que já estejam familiarizados com a linguagem dos quadrinhos e da interpretação de letras de música.

Enfatize que cada balão é um recurso para comunicar determinada ideia ou expressão dos personagens. Oriente que os textos dos balões não devem ser extensos para não comprometer o espaço dos desenhos em cada quadrinho.

Após os estudantes produzirem os quadrinhos, propicie um momento descontraído para que apreciem os quadrinhos dos colegas. Se possível, permita que falem mais da música inspiradora.

Para observar e avaliar

Observe se os estudantes identificaram e conseguiram manipular outras formasfórmas de práticas e recursos para realização e criação das artes. É interessante notar, com base na atividade, a capacidade dos estudantes de colocarem em prática o que já foi aprendido anteriormente em teoria. Nesse caso, se algum não alcançar os objetivos, convide-o a produzir um painel com os quadrinhos feitos pela turma. O estudante deverá colocar no painel o quadrinho, os créditos de produção e as explicações envolvendo a música escolhida, bem como o tema social e a criação de cada quadrinho da turma. Pode ser interessante que, durante a apresentação, a música escolhida seja reproduzida. Nesse caso, converse sobre a possibilidade de divulgação do material em site, blog ou rede social da turma.

1. e 2. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADES

(EF69AR31ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(EF69AR34ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1 e 2

Competências específicas de Arte: 1, 2, 4 e 7

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Observe com a turma a pintura Homens trabalhando, de Zina Aita. Pergunte aos estudantes o que observam de mais interessante nessa pintura e deixe que destaquem os elementos que mais lhes chamam a atenção. Destaque as cores utilizadas, as formasfórmas, a textura etcetcétera.

Então, leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes, debatendo sobre a questão do trabalho braçal sendo representado na pintura. Analise também a obra Trabalho, de Paulo Nazareth, que compreende uma instalação e aproveite para resgatar o que significam instalações e performances.

Promova uma conversa sobre a profissão artista e como cada um entende essa função na sociedade. Destaque que a ideia de Paulo Nazareth já é, por si, um trabalho intelectual e artístico.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Após as leituras, convide os estudantes a realizarem as atividades propostas. Nesse caso, inicialmente, a turma deverá fazer uma entrevista com um trabalhador conhecido, sobre as funções exercidas e as condições de trabalho que poderiam melhorar a qualidade de vida dele. Converse com eles, orientando-os a deixar o entrevistado confortável para responder às perguntas.

• Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na atividade, analise novamente a obra de Paulo Nazareth com os estudantes, orientando-os durante as duas etapas seguintes. Inicialmente, eles deverão pensar em condições ideais de trabalho ou que são absurdas para a realidade. É interessante que anotem esses pensamentos. Em seguida, deverão compor panfletos contendo essas informações. Instigue os estudantes a pensarem como seria o trabalho ideal a que gostariam de se dedicar na vida adulta e quais aspectos deveriam ser considerados para que eles tenham boas condições de trabalho e qualidade de vida.

Texto complementar

O texto a seguir analisa a obra do artista Paulo Nazareth:

A performance proposta por Paulo Nazareth é caracterizada pelo uso de itens contraditórios: a folha de ponto (associada ao trabalho) e a rede (aliada ao ócio). É justamente o binômio trabalho/cansaço que interessa. [...]reticências Assim, uma dupla configuração sobre trabalho é apresentada: seu trabalho como artista e o trabalho da pessoa que foi contratada para estar ali e repousar. Além disso, a carga simbólica de repouso e lazer da rede de dormir é tensionada quando apresentada como “ambiente de trabalho”.

CURADORIA e organização editorial Fonseca. Vaivém. São Paulo: Conceito, 2019. p. página92. Disponível em: https://oeds.link/L3KEmD. Acesso em: 18 ago.agosto 2022.

Para observar e avaliar

Durante a atividade proposta, observe se os estudantes compreenderam o papel da arte como formafórma de denúncia, muitas vezes, de situações sociais e políticas da sociedade. É interessante avaliar a capacidade do estudante de entender a arte como formafórma de manifestação dessas situações absurdas e críticas, utilizando as linguagens artísticas como meio de denúncia. Com base na atividade, avalie a habilidade de análise crítica do estudante do patrimônio cultural, além de sua valorização. Caso contrário, divida a turma em grupos de maneira que os estudantes revisem o que foi aprendido no capítulo, auxiliando uns aos outros no processo de aprendizagem.

HABILIDADES

(EF69AR31ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(EF69AR34ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3 e 6

Competências específicas de Arte: 6, 7, 8 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e social
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Converse com os estudantes a respeito do que foi abordado no capítulo anterior sobre as linguagens artísticas serem usadas como formafórma de denúncia em um contexto histórico específico. Nesse caso, pergunte à turma se conhecem alguma música, peça de teatro, poesia, entre outras manifestações artísticas, que buscam o engajamento das pessoas sobre causas sociais.

Deixe que a turma responda livremente e, então, leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes. Ao final, promova a leitura do texto complementar a seguir.

Texto complementar

[...]reticências Ações da Organização das Nações Unidas (ONU) representam importantes marcos legais para a educação inclusiva. A ONU passou a existir oficialmente em 24 de outubro de 1945, após a ratificação da Carta das Nações Unidas por China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a ex-União Soviética, e pelos diversos países signatários (BRASIL, 2014).

A Declaração Universal de Direitos Humanos foi a primeira declaração promulgada pela ONU, em 1948. O documento apontava para garantia dos direitos à liberdade, à vida digna, à educação fundamental, ao desenvolvimento pessoal e social e à livre participação na vida da comunidade, para todas as pessoas, a despeito da raça, sexo, origem nacional, social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição (UNESCO, 1948).

A Declaração dos Direitos humanos impulsionou a implementação de leis e outras declarações em todo mundo, além de ampliar e fortalecer movimentos sociais de pessoas e grupos que lutam no mundo todo buscando que tais direitos sejam efetivados.

[...]reticências

RODRIGUES, Olga Maria Piazentin Rolim; CAPELLINI, Vera Lúcia Messias Fialho. O direito da pessoa com deficiência: marcos internacionais. UnespUnésp, São Paulo, ccentésima2022. Disponível em: https://oeds.link/CE0Jq1. Acesso em: 24 jun.junho 2022.

Atividade 2.

Como você representaria um dos artigos dos direitos humanos? Pesquise em livros ou na internet outros artigos do documento para sua representação, ou escolha um dos artigos já citados no texto.

1. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

2. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Após a leitura do texto, proponha aos estudantes que realizem a atividade. Para tal, peça-lhes que releiam os artigos destacados e debatam entre si sobre quais seriam menos respeitados.

Deixe que a turma debata livremente e, em seguida, questione-os com relação ao artigo 27. Pergunte como participam e usufruem da vida cultural da comunidade.

Em seguida, convide-os a ilustrar um dos artigos dos direitos humanos. Ao final, peça que mostrem suas ilustrações e convide-os a explicar os artigos escolhidos e o motivo para terem ilustrado tais artigos. Converse com a turma sobre a importância dos direitos humanos.

Para observar e avaliar

Observe, com base na atividade, a capacidade de análise crítica dos estudantes com relação aos artigos, além do exercício de valorização dos direitos humanos e a necessidade de respeito por parte da sociedade. É interessante analisar também a integração e o posicionamento dos estudantes quanto ao tema dos direitos humanos e, nesse caso, com relação à acessibilidade e inclusão. Do contrário, proponha que agrupem ilustrações feitas pela turma em um painel sobre os direitos humanos. A ideia é que o painel sirva como formafórma de convidar o público geral a se aproximar dos direitos humanos, tendo curiosidade para saber mais sobre eles. O painel deverá ter, na legenda, os artigos selecionados. Peça aos estudante que compartilhem, se possível, material em site, blog ou rede social da turma.

HABILIDADES

(EF69AR31ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

(EF69AR34ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 5 e 6

Competências específicas de Arte: 7, 8 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e social
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Retome o que foi conversado anteriormente sobre a representação de questões sociais nas artes e pergunte aos estudantes se conhecem alguma manifestação artística que aborda as questões étnico-raciais. Deixe que a turma debata entre si e, então, leia o texto de maneira compartilhada.

Durante esse momento, convide os estudantes a analisarem os elementos da obra Capoeira. Destaque que, por meio de cores puras e camadas intensas de tinta, marca registrada da artista brasileira Maria Auxiliadora (1935-1974), notamos o retrato do cotidiano, dos costumes e das manifestações artísticas e culturais típicas em muitas regiões brasileiras. Comente também que a capoeira é reconhecida como patrimônio cultural do brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphanifãn).

Promova uma leitura cuidadosa dos retratos de Dalton Paula, começando com os aspectos formais da obra, com destaque para as finas linhas brancas entre as dobras dos tecidos e da pele. Se possível, apresente reproduções em que Machado de Assis foi representado como um homem embranquecido, comparando-as com o retrato de Dalton Paula. Pergunte se a turma conhece casos em que alguma personalidade negra passou pela mesma situação ao terem suas imagens manipuladas digitalmente em veículos da mídia, como sites, revistas e jornais. Com isso, promova um debate sobre a importância de imagens de pessoas negras na mídia sendo valorizadas por suas contribuições à sociedade.

Após a primeira atividade, prossiga com a leitura do texto e convide os estudantes a ampliarem seus estudos acessando a página sugerida na seção Para ampliar a seguir.

Atividade 4.

Crie uma representação artística de uma das personalidades abordadas no texto: Maria Auxiliadora, Machado de Assis ou Chica da Silva. Faça uma pesquisa em livros ou na internet para criar uma pequena legenda com os principais dados biográficos da pessoa escolhida, a ser apresentada junto à representação artística.

3. e 4. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Leia com os estudantes as atividades e peça que citem as personalidades negras que conhecem e admiram. Pode ser interessante pedir-lhes que tragam exemplos de músicas, livros ou títulos de filmes produzidos por essas personalidades. Mencione outras personalidades negras não citadas e promova uma pesquisa breve focando uma expressão artística, como cinema, música, artes visuais ou literatura.

Na outra atividade, promova uma conversa sobre a importância dessas personalidades retratadas. Para o retrato, oriente-os a usar a legenda biográfica como parte da pintura, em que o texto pode estar escrito em pequenos tópicos ou verbetes, ao fundo ou nos cantos da imagem. Se possível, faça uma exposição dos trabalhos.

Para observar e avaliar

Com base na atividade, observe a habilidade dos estudantes de analisarem criticamente os patrimônios culturais brasileiros, debatendo e questionando suas matrizes e impactos sociais. É interessante analisar, durante a leitura e o debate sobre o tema do texto, a conexão criada entre eles e o tema da leitura, assim como o aprofundamento realizado durante as pesquisas. Avalie a habilidade de pesquisa e interpretação deles com relação aos temas apresentados. Caso algum não atinja os objetivos, proponha que realize uma breve pesquisa sobre os trabalhos produzidos por uma das personalidades negras citadas pela turma durante o debate. Solicite que monte um infográfico sobre essa personalidade e suas produções, de modo a ser compartilhado em site, blog ou rede social da turma.

5. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADES

(EF69AR04ê éfe seis nove á érre zero quatro) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, formafórma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etcetcétera.) na apreciação de diferentes produções artísticas.

(EF69AR31ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 3, 5 e 6

Competências específicas de Arte: 6, 7, 8 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e social
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Inicie o estudo pedindo aos estudantes que observem, inicialmente, a fotografia da obra Amnésia, de Flávio Cerqueira. Converse com eles sobre o material da escultura e como a cor do bronze contribui para o contraste com a tinta branca escorrendo sobre a figura do garoto representado. Promova uma leitura da obra antes da leitura do texto, que permitirá uma ampliação do que os estudantes já trouxeram anteriormente.

Convide um estudante para ler o trecho do texto destacado e, em seguida, realize a atividade.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Após a leitura do trecho do texto de Sueli Carneiro, peça que analisem novamente a fotografia da obra de Flávio Cerqueira e como podem relacionar texto e escultura.

Realize a atividade com a turma e aponte para o fato de que a obra representa um menino negro, com uma expressão tranquila, pintando-se de branco. O texto de Sueli Carneiro põe em reflexão como as pessoas negras aprenderam a não saber quem são e o que desejam ser, gerando uma desvalorização da sua cor e de suas origens, para buscar serem aceitas na sociedade.

6. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

7. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Prossiga o debate com relação à representatividade étnico-racial nas artes. Pode ser interessante destacar o termo “embranquecimento” e como ele pode ter impactado a vida dos próprios estudantes. Caso a turma se sinta confortável, deixe que exponham seus sentimentos e pensamentos críticos sobre o tema.

Após o breve debate, leia o texto de maneira compartilhada com a turma e mostre as duas imagens, analisando a obra Tintas polvo, de Adriana Varejão. Peça aos estudantes que comentem sobre os títulos das cores dos tubos de tinta, além da ideia da artista de que a obra seja composta por um material artístico. Pergunte o que acham da ideia e do conceito envolvidos na criação da obra.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Realize a atividade, perguntando aos estudantes sobre suas origens étnico-raciais. Deixe que respondam coletivamente, caso se sintam confortáveis para tal, criando um ambiente de respeito e inclusão em sala de aula.

Na segunda atividade, crie um debate entre os estudantes com relação ao título da obra de Adriana Varejão. Deixe que respondam livremente. Pode ser interessante promover uma pesquisa breve sobre a tinta dos polvos.

Peça a um estudante que leia o texto destacado e, então, proponha que todos realizem o experimento: chegar ao tom de suas próprias peles a partir da mistura de cores. Mostre a paleta de tons de pele da turma e pergunte sobre as variações observadas.

Para observar e avaliar

Observe se os estudantes compreenderam o papel da arte como formafórma de explorar, aprofundar e valorizar as diferentes matrizes étnicas do povo brasileiro. Com base na atividade presente no texto, avalie a participação deles e a integração com os temas abordados anteriormente, com relação ao uso das linguagens artísticas para expressar movimentos e minorias sociais, o que se relaciona também com a própria expressão do artista. Caso algum não alcance os objetivos, proponha que realize uma “mostra” de fotografias da paleta de cores da turma. O estudante deverá compor um quadro de imagens contendo uma foto de cada paleta individual e, por fim, a paleta completa. É interessante que a “mostra” tenha a explicação da atividade e sua finalidade, juntamente com um título para o trabalho. Proponha que exponha seu material produzido em site, blog ou rede social da turma.

HABILIDADE

(EF69AR34ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1 e 2

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e social
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes, comentando sobre o fato de que pessoas indígenas têm ocupado espaços de maior amplitude na sociedade se destacando até mesmo nos circuitos oficiais de arte.

Analise a obra Entidades, de Jaider EsbellJáider Isbel, e debata sobre suas características e como foi instalada. Peça aos estudantes que destaquem o que mais lhes chama a atenção e prossiga com a leitura do texto, destacando o trecho da fala de Djuenadiuêna Tikuna. Comente que a fala demonstra como o senso de coletividade é estimado pela cultura indígena e pergunte: como os estudantes põem em prática esse valor em suas vivências?

Deixe que a turma responda livremente, gerando um debate.

8. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Converse com os estudantes sobre o que foi estudado anteriormente com relação à arte como meio de expressão, crítica e reflexão. Em seguida, divida a turma em grupos e peça que realizem a atividade proposta.

Se possível, sugira que busquem não somente notícias de jornais e outros meios, mas também produções musicais indígenas nas quais os artistas falem sobre lutas e vivências dos povos. Reforce o fato de que integrantes de minorias sociais não precisam falar somente sobre suas dores e preconceitos em suas obras.

Para observar e avaliar

Com base na atividade proposta, é possível observar a habilidade de análise crítica do estudante com relação à arte apresentada e sua capacidade de relacionar a arte musical com a luta social de povos étnicos – como os povos indígenas brasileiros. Também se deve observar se o estudante compreendeu o papel da música – e outras formasfórmas de arte – na luta social étnico-racial, entendendo que, mesmo que nem sempre falem sobre suas dores, as minorias utilizam a arte como expressão. Do contrário, proponha que realize uma breve pesquisa sobre a arte indígena, buscando artistas e referências atuais em literatura, dança, teatro, cinema ou música. Convide o estudante a montar um painel da arte Indígena para expor virtualmente, em site, blog ou rede social da turma.

9. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADE

(EF69AR35ê éfe seis nove á érre três cinco) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1 e 2

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e social
• Educação em Direitos Humanos

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Prossiga a conversa sobre as diferentes artes indígenas e convide os estudantes a analisarem a colagem digital feita por Barbara Parawara. Peça à turma que destaque os principais elementos observados e convide-os a fazer a atividade.

Continue a leitura e o debate sobre a arte visual indígena. Novamente, peça aos estudantes que analisem a obra. O que pensam sobre a arte produzida? Que elementos visuais se destacam? Que sentimentos e impressões a arte de Denilson Baniwa passa para o espectador?

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Se houver recursos e ferramentas disponíveis, proponha à turma que crie uma colagem digital, tal qual Barbara Parawara fez. Sugira que busquem inspiração em outras obras da artista ou de outros que façam colagens digitais. Pode ser interessante conversar com a turma sobre a possibilidade de criar uma exposição digital contendo as obras produzidas pelos estudantes. Cada obra deverá ter título, autor e data, além de uma breve explicação sobre as inspirações. Converse com a escola sobre a possibilidade de divulgação do material e peça aos estudantes que coloquem as produções em site, blog ou rede social da turma.

10. Respostas pessoais. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na atividade 10, peça-lhes que interpretem novamente a Arqueiro digital, fazendo uma conexão entre a ideia do indígena que vive nas matas e como, ao longo dos tempos, esse indígena também se insere na sociedade e se articula para alcançar outros meios de comunicação, como a criação de uma rádio on-line para a troca de informações e conhecimentos.

Para observar e avaliar

Observe, com base na atividade, se o estudante foi capaz de identificar e manipular as tecnologias digitais para a criação de colagem digital, além de ter conseguido, mediante uma análise de obra já produzida, colocar em prática o aprendizado teórico. É interessante avaliar se consegue analisar criticamente uma obra, contextualizando-a com questões históricas, políticas e, especialmente, sociais, compreendendo que a arte se apresenta como uma linguagem de expressão para diferentes povos e culturas. Caso contrário, proponha que os estudantes que não alcançarem os objetivos realizem uma breve pesquisa sobre a Rádio Yandê, galerias de arte, museus ou centros artísticos, de formafórma geral, criados por indígenas. Proponha que criem um mapa, usando o site My Maps do Google GÚGOLMaps, pontuando esses centros para compartilhamento com a comunidade local. Eles deverão compartilhar seus feitos em site, blog ou rede social da turma.

• Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADE

(EF69AR02ê éfe seis nove á érre zero dois) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 6, 9 e 10

Competências específicas de Arte: 8 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Apresente a imagem para os estudantes e relembre a obra de Denilson Baniwá. Comente que a pintura de Debretdebrê foi a referência utilizada por Denilson. Analise os elementos da pintura histórica e convide-os a comparar as duas imagens, pontuando diferenças e semelhanças. Pergunte como cada imagem dentro de seu contexto apresenta ideias diferentes e deixe que respondam livremente, conversando sobre a atualização feita por Denilson.

Siga com a primeira atividade de desenvolvimento e prossiga com a leitura, debatendo sobre as obras de Debretdebrê e como elas buscavam documentar a natureza. Analise as imagens, destacando o fato de que alguns povos indígenas não estão distantes da nossa realidade.

Texto complementar

Leia um trecho da entrevista com o artista Denilson Baniwá:

Acho que o diferente agora é que tem esse tanto de artistas indígenas com um poder de aproximação e de voz bem marcante, que consegue conversar e dizer um ponto que não era visto antes, que é a partir dessas pessoas indígenas. Para a gente, não tem essa diferença entre arte e vida ou arte e resistência assim como tem no Ocidente, onde a arte é um instrumento de poder em relação a outros seres humanos. Mas quando esses artistas indígenas se propõem a circular de uma maneira que se utiliza de linguagens não indígenas também é uma estratégia de conversar por uma língua que seja entendido por quem não faz parte dessa cultura.

BANIWÁ, Denilson. A arte não se desliga da vida. [Entrevista cedida a] Jamyle Rkain. Arte!Brasileiros, São Paulo, 31 mar.março 2020. Disponível em: https://oeds.link/XdLpo0. Acesso em: 18 ago.agosto 2022.

1. e 2. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Para a atividade, convide os estudantes a observarem novamente as pinturas de Debretdebrê. Questione-os sobre essas reproduções e a semelhança ou diferença com o que imaginam ou já sabem da vida indígena. Conduza a conversa para que considerem a diversidade de vivências das comunidades indígenas no Brasil atualmente. Caso algum estudante viva em aldeias, seja indígena ou tenha íntima relação com familiares indígenas, crie um ambiente confortável e acolhedor de modo a convidá-lo a conversar com a turma sobre sua vivência e suas experiências em comparação com o imaginário popular sobre os indígenas.

Na segunda atividade, peça ao estudante que entreviste um familiar. Amplie a discussão sobre alguns estereótipos acerca dos indígenas brasileiros partindo dos resultados coletados nas entrevistas. Se possível, peça uma pesquisa sobre como vivem alguns povos, como Bororo, Karajá, Baniwa, Pataxó, Yanomami, entre outros.

Para observar e avaliar

Observe, com base nas atividades em questão, como os estudantes entendem os povos indígenas que vivem no Brasil e o conhecimento da turma com relação aos estereótipos envolvendo os indígenas brasileiros. É interessante notar, durante os debates, como os estudantes se posicionam em relação às questões étnicas envolvendo os povos indígenas. Se algum estudante apresentar dificuldades em atingir os objetivos pretendidos, convide-o a realizar uma breve pesquisa sobre o ativismo indígena. Ele deverá fazer um levantamento sobre os principais ativistas atuais, buscando nomes como Alice Pataxó, por exemplo. Convide-o a montar um painel com essas personalidades, a fim de se aproximar da causa indígena.

1. Resposta pessoal. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

HABILIDADE

(EF69AR02ê éfe seis nove á érre zero dois) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 6 e 9

Competências específicas de Arte: 1 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Mostre o cartaz e peça aos estudantes que analisem seus elementos visuais e textuais: o título, as informações e, especialmente, a figura da obra. Debata com a turma sobre esses elementos, deixando que discutam entre si a importância desse tipo de arte.

Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, apontando a obra Banhista de Valpinçon. Indague: de fato, quantas obras contendo mulheres seminuas os estudantes já viram? E quantas obras de mulheres artistas já viram em exposições de arte?

Após a atividade, leia o novo tema, sobre as vantagens de ser uma artista mulher, e apresente à turma o grupo Guerrilla Girlsguerrilha guéls, dos Estados Unidos. Peça a um estudante que leia em voz alta o trecho destacado.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na primeira atividade, promova o debate sobre o motivo para poucas mulheres exporem seus trabalhos artísticos em galerias ou serem minimamente reconhecidas. Comente que havia diversas razões para que elas não ocupassem esses espaços no passado, entre eles a pressão social para que se dedicassem aos afazeres domésticos e à maternidade, sendo praticamente proibidas de frequentar escolas de arte. Conduza a reflexão sobre essa questão com base na sociedade atual, perguntando se o preconceito e o machismo ainda são dificuldades enfrentadas para que as mulheres estejam cada vez mais presentes em diversos espaços e profissões.

2. Resposta pessoal. Alguns estereótipos ainda prevalecem ao rotular uma arte tipicamente feminina, como as que retratam os afazeres domésticos. Professor, conduza esse debate com a intenção de romper com esses estereótipos, mas salientando a liberdade de opiniões e o respeito às diferentes visões sobre o assunto.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Relacione o debate feito na atividade anterior com a atividade a ser realizada, comentando sobre o rótulo “arte feminina”. Deixe que debatam essas questões, conduzindo-o com a intenção de romper os estereótipos. É interessante questionar a turma sobre mulheres artistas que utilizaram pseudônimos masculinos para serem reconhecidas.

Para observar e avaliar

Observe, durante a atividade, se os estudantes conseguem relacionar o que foi aprendido teoricamente com a análise de elementos visuais presentes em imagens. Com base na atividade, é possível avaliar também se o estudante é capaz de pesquisar e analisar os diferentes estilos visuais, comparando características, contextos e expressões. Do contrário, promova um debate em grupo, de modo que conversem sobre o uso da arte para questionar a sociedade com relação ao machismo e a misoginia, especialmente nas obras de Guerrilla Girls.

HABILIDADE

(EF69AR01ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar formasfórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 6, 9 e 10

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e social

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Direcione a primeira questão para os estudantes, questionando-os sobre as mulheres artistas que todos conhecem. Deixe que respondam livremente, escrevendo os nomes das personalidades na lousa. Em seguida, aprofunde a pergunta: quantas artistas negras ou indígenas conhecem? E artistas negras ou indígenas com deficiências?

Leia o texto de maneira compartilhada com a turma, após os debates, promovendo uma análise das imagens e uma discussão sobre a história e a carreira dessas mulheres artistas. Peça que tragam outras referências de mulheres artistas importantes.

3. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Após as atividades de leitura de texto e imagens, convide a turma a realizar a atividade de desenvolvimento proposta. Divida a turma em grupos e peça que encontrem e pesquisem sobre artistas mulheres de suas regiões.

Converse sobre a possibilidade de ampliarem a atividade, criando apresentações virtuais biográficas sobre as artistas. Nesse caso, peça aos grupos que destaquem trechos ou imagens de suas obras, com as devidas autorizações de reprodução e com referências bibliográficas ao final da apresentação.

É interessante propor que o material seja compartilhado em site, blog ou rede social da turma, e bem como divulgado pela direção da escola. Dessa formafórma, pessoas de forafóra da comunidade escolar terão acesso ao material e à vida das artistas pesquisadas.

Para observar e avaliar

Observe se o estudante foi capaz de pesquisar de maneira aprofundada sobre as artistas de sua região, analisando suas obras e o material produzido. Durante a leitura do texto e os debates, note se compreenderam a arte também como formafórma de denúncia de questões sociais, como o machismo, e como é possível quebrar estereótipos por meio da arte. Caso contrário, proponha ao estudante que realize uma pesquisa sobre os estereótipos relacionados à mulher na arte. Peça-lhe que monte um infográfico sobre como as mulheres são retratadas artisticamente, com relação à nudez, aos afazeres domésticos, entre outros. Convide-o a apresentar sua pesquisa para a turma e proponha que publique o material em site, blog ou rede social da turma.

4. Resposta pessoal. A letra traz diversos exemplos em que há a ideia de alguém que resiste às adversidades. Em “Combustível do meu tipo? A fome”, podemos interpretar a dor da fome como algo que impulsiona a lutar, assim como em “O abutre ronda, ansioso pela queda”.

HABILIDADE

(EF69AR31ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2 e 3

Competências específicas de Arte: 1 e 2

TCTTema Contemporâneo Transversal

• Diversidade cultural

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Dê início ao tema com a seguinte questão: seria a arte capaz de representar todo o contexto social e cultural das periferias brasileiras?

Destaque o termo “periferia”, e leia sua definição com a turma. Destaque, então, o trecho de AmarElo, interpretado por Emicida, Majur e Pabllo Vittar. Peça a um estudante da turma que leia e interprete o trecho em voz alta para os colegas.

Ao final da leitura, pergunte como se sentiram ouvindo essa interpretação e a música, de formafórma geral.

Realize a atividade de desenvolvimento e prossiga com a leitura, conversando com a turma sobre coletivos e projetos artísticos de regiões periféricas brasileiras, como o projeto TeatroEscola.

Texto complementar

[...]reticências foram estudados os possíveis motivos para o grande aumento de atividades artísticas na periferia nos últimos 20 anos. Para esse fenômeno há várias explicações. Segundo o pesquisador, a arte foi usada como pacificação, como uma saída para a espiral de violência da década de 1990. Na mesma linha, a produção artística também foi usada como sobrevivência material, ou seja, o ganho de renda por meio da arte era uma alternativa entre a exploração capitalista e as atividades ilícitas. Os coletivos artísticos também estavam ligados à participação política e eram procurados por aqueles que desejavam o engajamento com essas questões. Mais uma motivação para a produção artística é a emancipação humana, isto é, a arte era usada de modo a contribuir para a humanização dos moradores de áreas periféricas.

[...]reticências

MAGALHÃES, Rúvila. Arte e cultura mudam representações sobre a periferia. In: EDUCAÇÃO dia a dia, Secretaria do Paraná Disponível em: https://oeds.link/jv6XlP. Acesso em: 26 abr. 2023.

5. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na primeira atividade, peça aos estudantes que reinterpretem a música “Amarelo” e tentem relacionar os versos com a ideia de “resistência”. Pergunte como essa música se conecta com tudo o que foi estudado anteriormente sobre representação e manifestação étnico-racial na arte.

Na segunda atividade, divida-os em grupos e peça que realizem a pesquisa. Oriente-os a utilizar fontes confiáveis e proponha que montem um painel, com um mapa no centro, pontuando cada um dos coletivos e projetos encontrados. Se possível, peça a eles que divulguem essas instituições em redes sociais e/ou na própria escola.

Para observar e avaliar

Observe se o estudante reconhece artistas e grupos de teatro brasileiros, bem como se analisa criticamente os materiais produzidos e demonstrados. É interessante avaliar, com base nas atividades, se o estudante consegue relacionar as questões sociais já debatidas anteriormente com a arte presente nos trechos destacados. Observe o engajamento dos estudantes e suas habilidades de pesquisa e síntese. Caso algum não alcance os objetivos esperados, proponha que realize uma pesquisa sobre o documentário AmarElo, do artista Emicida, relacionando-o com a importância da arte na manifestação e na representação das minorias sociais e da periferia. Peça que monte uma apresentação de slides para a turma e compartilhe esse material em site, blog ou rede social da turma.

HABILIDADE

(EF69AR12ê éfe seis nove á érre um dois) Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do movimento como fonte para a construção de vocabulários e repertórios próprios.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2

Competências específicas de Arte: 1 e 2

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Pergunte aos estudantes se já ouviram músicas de Hip-Hop e se gostam desse tipo de música. Comente que a cultura Hip-Hop surgiu nos Estados Unidos, na década de 1970, algo que se tornou muito maior do que somente um gênero musical.

Leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes, conversando sobre o rap, o breakdance e o grafite. Pergunte se a turma conhece ou já interage e se gosta dessas expressões artísticas, deixando que opinem livremente sobre elas. Caso algum estudante tenha afinidade ou produza e consuma produções artísticas da cena do Hip-Hop, convide-o a dar sua opinião e relato do que significa o Hip-Hop para ele.

Como fazer. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Após a leitura do texto, convide-os a realizar a prática. Pontue que ela é apenas um exercício que deve ser feito de maneira leve e descontraída. Se possível, toque uma música no estilo rap para que acompanhem o ritmo. Peça àqueles com mais facilidade que ensinem outros colegas a realizar os movimentos.

Pergunte se algum estudante tem afinidade com esse estilo de dança e, se quiser, peça a ele(s)ele ou eles que ensine(m) alguns passos para os colegas da turma. É interessante promover a troca e colocar o estudante como protagonista e capaz de ensinar.

Para observar e avaliar

Observe se os estudantes compreendem que o Hip-Hop é, na verdade, uma cena cultural relacionada a um contexto histórico e social específico dos Estados Unidos. Note se a turma compreende a importância do Hip-Hop como formafórma de expressão vinda da periferia e da cultura negra. É interessante observar também se compreendem que o rap, o breakdance e o grafite são linguagens artísticas diferentes, utilizadas como formafórma de expressão em contextos sociais marginalizados, mas que com o tempo ganhou notoriedade. Do contrário, proponha que montem um painel da arte do grafite para apresentação – eles deverão registrar uma quantidade mínima de cinco grafites que se destaquem pela cidade. Peça-lhes que analisem a arte em questão e expliquem o motivo pelo qual o grafite chamou a atenção deles. O painel poderá ser apresentado para a turma e publicado na rede social da turma ou dos estudantes.

HABILIDADE

(EF69AR34ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competência geral: 6

Competências específicas de Arte: 6 e 7

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Pergunte se os estudantes já viram artes de grafite que sejam interessantes e se já analisaram as pinturas em paredes no centro urbano: alguma se destacou? Em seguida, analise a fotografia e leia o texto de maneira compartilhada com a turma.

Comente sobre o projeto Paredes pinturas, de Mônica Nador, e pergunte se pensam como um projeto como esse pode contribuir para amenizar os problemas sociais das regiões periféricas. Leia o trecho destacado com a turma e prossiga para a leitura sobre o Jamac, utilizando estêncil.

6. Espera-se que os estudantes entendam a frase como a ideia de que a arte vista somente em museus se descentralizou, sendo vista nas ruas, em locais públicos, na periferia etcetcétera.

7. O Jamac é de autoria compartilhada entre a artista Mônica Nador e as pessoas da comunidade do Jardim Miriam. Sem a participação de toda a comunidade, o projeto, que é fundamentalmente coletivo, perderia sentido.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na primeira atividade, peça aos estudantes que interpretem a frase do texto destacado e debatam entre si o sentimento desse “estilhaçar” da arte para outros centros e locais da cidade. Eles pensam que isso é positivo? Deixe que debatam livremente.

Na segunda atividade, questione-os com relação à autoria compartilhada do projeto e como a comunidade faz parte do processo artístico. Pergunte sobre a participação dos moradores e dos moradores de suas comunidades.

Para observar e avaliar

Observe a participação dos estudantes durante o debate e as atividades propostas. Nesse caso, avalie se eles compreenderam o fato de que a arte pode conciliar não somente o artista, mas também a comunidade local em que essa arte urbana está inserida. Note se eles compreenderam o sentido da arte como representação social, em que ela não só expressa sentimentos e lutas sociais de uma minoria, mas também a periferia – ela literalmente integra essa periferia para também compor a arte. Do contrário, convide-os a pesquisar mais sobre o Jamac e a arte de Mônica Nodor. Peça-lhes que criem uma apresentação virtual contendo as principais obras do Jamac e o motivo para tais escolhas. Converse sobre a possibilidade de esse material ser publicado e divulgado em site, blog ou rede social da turma.

Estêncil afetivo. Caso haja estudantes cegos na turma, proponha que a atividade seja realizada em duplas, de modo que os estudantes auxiliem um ao outro nas etapas propostas.

HABILIDADES

(EF69AR05ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes formasfórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcetcétera.).

(EF69AR34ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1 e 2

Competências específicas de Arte: 1 e 2

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Retome o que foi conversado anteriormente sobre o trabalho com estêncil do Jamac e proponha aos estudantes que criem um estêncil com referências às suas memórias afetivas, como foi feito na parede de memórias no início da unidade.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Leia a lista de materiais e as etapas necessárias para a atividade proposta, reforçando a importância do cuidado com alguns itens, de modo a manter a integridade física de todos os envolvidos no processo de aprendizagem.

Oriente-os na primeira etapa, durante a criação do desenho. Reforce o fato de que o desenho precisa ser simples e minimalista, já que isso facilita a etapa de recorte. Os estudantes poderão também pegar referências estudadas durante a unidade, como o próprio grafite.

Enfatize a importância do cuidado com os itens durante a segunda etapa e atente os estudantes para a área vazada, que deverá ser pintada.

Prossiga a orientação da atividade com a turma, de modo que realizem as últimas etapas da atividade, pintando a imagem transferida.

Ao final, peça a eles que apresentem seus trabalhos para os colegas, compartilhando explicações sobre as imagens e o motivo para suas criações. Peça-lhes que guardem essas composições, a fim de serem utilizadas novamente no futuro.

Para observar e avaliar

Observe se os estudantes reforçaram o entendimento de que a arte pode ser uma formafórma de expressão de memórias afetivas e que, muitas vezes, essas memórias são relacionadas a lutas sociais e minorias as quais os estudantes integram e de que se sentem parte. Nesse caso, é esperado que o estudante compreenda o fato de que por meio da arte podemos demonstrar e expressar indignação, posicionamento e quebrar estereótipos, utilizando muitas vezes técnicas e movimentos artísticos estereotipados, como formafórma de crítica ao próprio movimento. Do contrário, proponha que realizem uma exposição dos estêncis criados pela turma. A ideia é que registrem essas criações e exponham-na virtualmente, contendo autor, data, título e uma breve explicação para essa arte. Eles deverão explicar sobre o estêncil e o que foi a inspiração para essa atividade coletiva. Ao final, o material será compartilhado em site, blog ou rede social da turma.

HABILIDADE

(EF69AR34ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1 e 2

Competências específicas de Arte: 1 e 2

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e social

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Questione a turma com relação às minorias étnico-raciais comentadas anteriormente. Cite, então, o caso dos refugiados: pessoas que estão forafóra de seus países de origem por diversos motivos e que não poderão voltar. Essas pessoas estão em locais que, na maior parte das vezes, não têm sequer o mesmo idioma ou cultura.

Promova a leitura do texto, debatendo com a turma sobre o fato de que esses refugiados precisam criar conexões com o local e as pessoas com as quais se relacionarão, e uma formafórma de fazer isso é por meio da arte. Destaque o trecho da ONU e comente que, futuramente, o número de refugiados aumentará devido às mudanças climáticas.

8. Ver orientações em Atividades de desenvolvimento.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Convide os estudantes a realizarem a atividade, de modo a pesquisarem pessoas para as quais a música foi fundamental. Nesse caso, divida a turma em grupos e proponha que realizem entrevistas com pessoas que achem interessante ou façam a pesquisa virtualmente, buscando relatos na internet sobre o tema.

Peça aos estudantes que apresentem seus resultados e, durante o debate, pergunte se alguém da turma também já foi “salvo” pela música. Deixe que expressem como a música atua em suas vidas, como eles se relacionam com a música e como podem encontrar formasfórmas de se entender, apresentar, relacionar e expressar por meio da arte musical.

Para observar e avaliar

Observe se os estudantes compreenderam o papel da música na vida das pessoas e como conseguem se relacionar com essa formafórma de expressão artística. É interessante notar, com base na atividade, a capacidade do estudante de relacionar aspectos pessoais, questões sociais e políticas e histórias de vida à música como formafórma de libertação. Além disso, observe, durante o texto, como se relacionam com a questão dos refugiados. Caso algum não alcance os objetivos pretendidos, convide-o a pesquisar sobre a relação dos refugiados com a arte, fazendo um levantamento sobre artistas refugiados que produzam material sobre essa condição. Proponha que monte um painel artístico com seus resultados, apresentando-o para os colegas e postando em site, blog ou rede social da turma em seguida.

HABILIDADE

(EF69AR34ê éfe seis nove á érre três quatro) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1 e 2

Competências específicas de Arte: 1 e 2

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e social

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Retome o que já foi conversado no decorrer da unidade sobre a relação entre a arte e o engajamento social e político. Nesse caso, pergunte aos estudantes se conhecem instrumentos musicais que são importantes para etnias, dentro de questões religiosas ou determinantes para a expressão cultural de um povo – como é o caso dos instrumentos de candomblé e umbanda.

Observe as imagens dos músicos e dos instrumentos com a turma e leia o texto de maneira compartilhada com os estudantes, conversando sobre os washboards e como podem ser considerados símbolos de resistência. Destaque o caso do pandeiro no Rio de Janeiro e comente que o violão, assim como o samba, já foi considerado algo inapropriado e até proibido por ser “vadiagem”.

Deixe que a turma debata sobre essa questão e promova uma conversa sobre as seguintes questões: se instrumentos, músicas e samba (praticamente todo o aspecto cultural musical negro brasileiro) já foram considerados impróprios por serem “vadiagem”, o que pensam com relação ao funk? Da mesma formafórma que o samba, o funk também passou – e ainda passa – por uma questão social em que é repudiado ou dado como “impróprio”. Também o funk, assim como o samba, é associado à periferia e à cultura musical negra.

Os estudantes enxergam semelhanças? O que pensam sobre isso? Debata com a turma, colocando elementos já estudados anteriormente com relação ao embranquecimento da cultura musical negra, além de termos como “apropriação cultural”.

9. São exemplos de instrumentos africanos e afro-brasileiros: agogô, atabaque, balafon, berimbau, caxixi, chocalho, dejembê, tambores, reco--reco, xequerê, entre outros.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Divida a turma em duplas e peça que realizem a atividade. Nesse caso, os estudantes deverão pesquisar sobre um dos instrumentos africanos, criando um mapa mental de ilustrações e informações sobre esse instrumento. Peça-lhes que utilizem ferramentas digitais e que, ao final, compartilhem a pesquisa com a turma e postem em site, blog ou rede social da turma.

Para observar e avaliar

A discussão sobre a proibição de expressões culturais negras no Brasil permite analisar se o estudante compreendeu, de fato, como a arte está associada intimamente às minorias, suas expressões, lutas, e, consequentemente, como a arte também é luta social e política: tocar um pandeiro, um dia, já foi ir contra a lei imposta e quebrar normas sociais, lutando pelo direito de tocar um instrumento de música negra – também intimamente relacionada, portanto, à luta antirracista, por exemplo. Do contrário, convide o estudante a realizar uma pesquisa sobre a história do samba e sua expressão durante a ditadura: como ficou a periferia brasileira durante o regime civil-militar? Proponha que apresente seus resultados da formafórma artística que achar mais interessante.

1. Alternativa correta: item b.

2. Alternativa correta: item b.

3. Alternativa correta: item a.

HABILIDADES

(EF69AR01ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar formasfórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. artísticas.

(EF69AR04ê éfe seis nove á érre zero quatro) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, formafórma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etcetcétera.) na apreciação de diferentes produções artísticas.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 3 e 6

Competências específicas de Arte: 1, 2, 3, 6 e 7

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e social

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

A primeira atividade cobra do estudante os aprendizados referentes aos painéis de Portinari e Picasso, exigindo que identifiquem suas características em comum.

Na segunda questão, o estudante deverá relacionar o período da ditadura no Brasil com as manifestações artísticas desse período.

A terceira questão faz menção aos direitos humanos estudados. Dessa formafórma, o estudante será cobrado quanto aos artigos abordados.

4. Espera-se que os estudantes reconheçam os elementos da ancestralidade e da cultura indígena, além da luta por direitos na produção contemporânea de arte que tem se manifestado por meio de diversos recursos visuais, como arte digital, fotografia e vídeo.

5. Hip-hop, rap, samba, funk, grafite, teatro, cinema, projetos culturais e comunitários, entre outros.

6. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes apresentem opiniões que valorizem uma educação plural que evidencie a cultura afro-brasileira, independentemente da diversidade étnico-racial presente na sua realidade escolar.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Na quarta questão, o estudante deverá interpretar corretamente o trecho destacado no enunciado, além de se lembrar de produções artísticas indígenas já estudadas.

A quinta questão cobra do estudante o que já estudou com relação às manifestações artísticas das periferias, trazendo exemplos.

A última questão exige do estudante a capacidade de interpretação e análise crítica da obra da artista Maria Auxiliadora, produzindo um texto que se relacione com o tema do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.

Para observar e avaliar

Durante a atividade, observe se o estudante compreendeu que a arte é uma formafórma de expressão do povo, mostrando não somente boas memórias afetivas, mas também questões sociais importantes como a guerra, a invibilização de grupos minorizados e as lutas sociais. Do contrário, realize o atendimento individualizado.

HABILIDADES

(EF69AR01ê éfe seis nove á érre zero um) Pesquisar, apreciar e analisar formasfórmas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.

(EF69AR02ê éfe seis nove á érre zero dois) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.

(EF69AR05ê éfe seis nove á érre zero cinco) Experimentar e analisar diferentes formasfórmas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etcetcétera.).

(EF69AR06ê éfe seis nove á érre zero seis) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

(EF69AR07ê éfe seis nove á érre zero sete) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.

(EF69AR31ê éfe seis nove á érre três um) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

COMPETÊNCIAS

Competências gerais: 1, 2, 3, 9 e 10

Competências específicas de Arte: 1, 2, 4, 8 e 9

TCTsTemas Contemporâneos Transversais

• Diversidade cultural
• Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras
• Vida familiar e social

• ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Apresente o termo "artivismo” aos estudantes e leia a introdução da atividade. Proponha à turma que organize uma exposição e converse com a direção sobre a possibilidade de utilizarem um espaço da escola para a atividade.

• ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO

Leia as etapas da atividade com a turma, de modo que todos compreendam o que deverá ser feito. Se achar pertinente, faça uma breve revisão dos temas da unidade e destaque que os exemplos apresentados são opções para os trabalhos, assim como a formafórma como cada tema será abordado é de livre escolha dos grupos.

Oriente os estudantes durante as etapas, mas permita que realizem a produção de maneira autônoma, avisando que a duração mínima prevista para a produção é de quatro aulas. Propicie um momento para falarem sobre suas próprias produções.

Ao final, converse com a direção da escola sobre a possibilidade de divulgação das exposições e peça aos estudantes que registrem as obras escolhidas nas redes sociais da turma, site ou blog. Converse com a direção sobre a possibilidade de abrirem o espaço para membros da comunidade local.

Para observar e avaliar

Observe, com base na atividade, a relação que os estudantes criaram com as obras estudadas e os materiais compostos. É interessante avaliar também como se relacionam com a arte de formafórma geral e suas formasfórmas de expressão mais escolhidas. Nesse caso, observe se compreenderam características e significados, de modo a escolherem obras que condizem com o tema da exposição. Do contrário, realize o atendimento individualizado.