Página 182

CAPÍTULO

8 Classificação dos seres vivos

Observe as fotos a seguir.

A. Fotografia de uma onça-pintada. Animal quadrúpede, com corpo robusto e cauda longa. Têm orelhas pequenas, pelagem com manchas com contorno escuro.
Onça-pintada (Panthera onca).

Onça-pintada: pode atingir aproximadamente 1 , 8   m de comprimento.

B. Fotografia. Três cogumelos em um gramado, um ao lado do outro; dois grandes e um pequeno ao meio. Na parte superior dos cogumelos, o chapéu, com formato de semicírculo, e abaixo, o estipe, estrutura cilíndrica, semelhante a um tronco.
Cogumelos (Amanita muscaria).

Cogumelo: pode atingir aproximadamente 20   cm de altura.

C. Fotografia de um peixe pirarucu. Ele está no fundo do mar, tem o corpo alongado, e a cabeça mais fina em relação ao corpo.
Pirarucu (Arapaima gigas).

Pirarucu: pode atingir aproximadamente 3   m de comprimento.

D. Fotografia de uma borboleta. Ela tem corpo alongado, asas com listras e círculos nas bordas.
Borboleta (Junonia evarete).

Borboleta: pode atingir aproximadamente 6 , 5   cm de envergadura.

Envergadura:
distância da ponta de uma das asas à ponta da outra asa.

Questão 1. Ícone atividade oral. Cite algumas semelhanças e diferenças entre os seres vivos apresentados nas imagens.

Questão 2. A que se refere a informação apresentada entre parênteses na legenda de cada imagem? Qual é a importância dessa informação? Registre sua resposta no caderno.

Os seres vivos apresentados nas imagens fazem parte da diversidade de seres que existem no planeta Terra e todos são exemplos da biodiversidade brasileira.

O Brasil é um dos países com maior diversidade de seres vivos do mundo! Estudar essa variedade de seres vivos, tanto no Brasil, quanto nos demais ambientes da Terra, não é tarefa fácil. Para organizar e facilitar esses estudos, ao longo do tempo, foram elaborados diferentes sistemas de classificação, para organizar os seres vivos em grupos de acordo com suas semelhanças.

Além dos sistemas de classificação, também foi desenvolvido um sistema de nomenclatura, com o objetivo de nomear cada espécie de ser vivo. É sobre esses assuntos que vamos estudar a seguir.

Página 183

Propostas de classificação dos seres vivos

Uma das primeiras tentativas registradas de classificar os seres vivos, no Ocidente, foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.).

De acordo com a classificação de Aristóteles, os seres vivos eram agrupados em dois grandes reinos: o vegetal e o animal. Essa classificação foi desenvolvida com base em alguns critérios, entre eles a capacidade de locomoção e o modo de nutrição dos seres vivos. O reino vegetal seria composto por seres vivos autótrofos e imóveis. Já o reino animal, seria composto pelos seres vivos heterótrofos e com capacidade de locomoção.

Fotografia de busto de estátua de um homem, com cabelo curto e barba volumosa.
Busto de Aristóteles.

Com o descobrimento de novas espécies e o aprofundamento dos estudos dos seres vivos, os critérios desse sistema de classificação se tornaram insuficientes e não abrangiam todos os seres vivos.

No século XX, foram desenvolvidas novas técnicas e instrumentos de observação, o que possibilitou estudos mais detalhados sobre as células e o metabolismo dos seres vivos, por exemplo. Assim, novos critérios foram estabelecidos e uma nova proposta de classificação foi elaborada.

Em 1969, o biólogo estadunidense Robert H. Whittaker (1920-1980) apresentou uma organização dos seres vivos em cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia.

Fotografia de busto, em preto e branco, de homem de pele clara, cabelo curto; usa óculos, camisa, paletó e gravata.
Robert H. Whittaker.

Posteriormente, em 1982, a proposta dos cinco reinos sofreu algumas modificações, sugeridas pelas biólogas estadunidenses Lynn Margulis (1938-2011) e Karlene Schwartz (1936 -).

Graças às novas tecnologias, foi possível, por exemplo, fazer a análise de dados genéticos de moléculas que formam as células dos seres vivos.

Fotografia. Mulher dentro de uma estufa de plantas; ela está em pé, diante de uma superfície plana. Ela tem pele clara, cabelo escuro com franja, usa camisa e segura um instrumento pontiagudo. Ao redor, muitas plantas e algumas flores. O teto do ambiente é transparente.
Lynn Margulis trabalhando com plantas em uma estufa, em 1990.

Página 184

As análises genéticas possibilitaram que o microbiologista estadunidense Carl Woese (1928-2012) e sua equipe propusessem, em 1977, uma classificação mais abrangente que os reinos. Essa nova organização propôs que os seres vivos fossem organizados em três domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya.

Fotografia de busto de um homem. Ele tem pele clara e cabelo branco. Usa uma camisa com um casaco por cima.
Carl Woese.

Classificação em domínios e reinos

Atualmente, existem outras propostas de classificação, com diferentes grupos e quantidades de reinos. Nesta coleção, vamos nos basear na classificação em três domínios e em seis reinos, como proposto por Woese e sua equipe.

Domínio Archaea e reino Archaea

Fotografia. Diversas formas alongadas e com as extremidades arredondadas.
Arqueas Halophilic archaea que vivem em ambientes de alta concentração de sal. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 2.000 vezes. Colorizada em computador.

O domínio Archaea contém um único reino, o Archaea, agrupando microrganismos procariontes unicelulares, com membrana plasmática e parede celular com composição diferente das bactérias.

Os seres vivos desse domínio, em muitos casos, vivem em condições extremas, como ambientes com altíssima concentração de sal e altas temperatura.

Domínio Bacteria e reino Eubacteria

O domínio Bacteria contém um único reino, o Eubacteria, formado pelas bactérias conhecidas atualmente. Fazem parte desse reino indivíduos procariontes unicelulares.

Fotografia. Aglomerado de estruturas esféricas.
Bactérias Staphylococcus epidermidis, encontradas comumente na pele humana. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 6.250 vezes. Colorizada em computador.

Página 185

Domínio Eukarya

O domínio Eukarya inclui seres vivos eucariontes, que podem ser unicelulares ou pluricelulares. Fazem parte desse domínio quatro reinos: Protoctista, Fungi, Plantae e Animalia.

Categorias taxonômicas

Na classificação biológica, os seres vivos são organizados em categorias taxonômicas, como domínio, reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. Essas categorias estabelecem níveis hierárquicos entre si. Observe a seguir.

Esquema composto por figuras com formato oval, cada uma com cor diferente; dentro de cada figura, bolinhas, variando a cor e a posição. As figuras estão interligadas por setas direcionadas para baixo. Figura A com três bolinhas. Figura B com seis bolinhas. Figura C. Figura com seis bolinhas. Figura D com dez bolinhas. Figura E com oito bolinhas. Figura F com seis bolinhas. Figura G com sete bolinhas. Figura H sem bolinhas.
Representação da hierarquia das categorias taxonômicas. Nesta imagem, as cores distintas foram utilizadas para facilitar a compreensão da sequência dessas categorias.

O domínio (A) é a categoria mais abrangente e pode englobar diversos reinos. Um reino (B) é formado pelo conjunto de filos (C), os quais são formados pelo conjunto de várias classes (D). Essas são compostas por ordens (E), que são formadas por famílias (F), que por sua vez, incluem os gêneros (G). Além disso, cada gênero ainda pode incluir diferentes espécies (H). À medida que os grupos se aproximam da categoria das espécies, os critérios de classificação se tornam cada vez mais específicos.

Página 186

Observe um exemplo de classificação biológica a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema composto por oito colunas, uma ao lado da outra; em cada uma há uma sequência de seres vivos. Primeira coluna, à esquerda, Domínio Eukarya com ilustração de: cachorro, lobos, coiote, lobo-guará, raposa, onça, urso, cervo, macaco, arara, rã, golfinho, jacaré, peixe, gafanhoto, estrela-do-mar, esponja-do-mar, cogumelo, protozoário, alga e árvore. Reino Animalia com ilustração de: cachorro, lobos, coiote, lobo-guará, raposa, onça, urso, cervo, macaco, arara, rã, golfinho, jacaré, peixe, gafanhoto, estrela-do-mar, esponja-do-mar. Filo Chordata com ilustrações de: cachorro, lobos, coiote, lobo-guará, raposa, onça, urso, cervo, macaco, arara, rã, golfinho, jacaré, peixe. Classe Mammalia com ilustrações de: cachorro, lobos, coiote, lobo-guará, raposa, onça, urso, cervo, macaco, golfinho. Ordem Carnivora com ilustrações de: cachorro, lobos, coiote, lobo-guará, raposa, onça, urso. Família Canidae com ilustração de: cachorro, lobos, coiote, lobo-guará, raposa. Gênero Canis com ilustrações de: cachorro, lobos, coiote. Espécie Canis lupus familiaris com ilustração de cachorro.
Representação da classificação biológica do cão doméstico.

Fonte de pesquisa: CANIS lupus familiaris: classification. Disponível em: https://oeds.link/ww3ClV. Acesso em: 29 mar. 2022.

Nomenclatura das espécies

No dia a dia, quando nos referimos a alguns seres vivos, geralmente utilizamos nomes populares, como cachorro, gato, laranjeira, minhoca e cogumelo. No entanto, os nomes populares podem variar de acordo com a região ou o país, por exemplo. Por isso, os cientistas estabeleceram um padrão de nomes para ser utilizado mundialmente e facilitar a identificação das espécies.

Além disso, a padronização da nomenclatura científica tem como objetivo atribuir um único nome a cada espécie, além de trazer informações sobre ela, sua história evolutiva e mesmo o histórico de sua descoberta.

Página 187

O nome científico do cervo-do-pantanal, por exemplo, é Blastocerus dichotomus. O nome científico da espécie é formado por duas palavras, por isso é conhecido como sistema binominal.

Fotografia. Um cervo, animal quadrúpede, com pelos em todo o corpo, orelhas para as laterais e chifres com aparência de galhos. Está em um local com grama.
Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus).

Cervo-do-pantanal: pode atingir aproximadamente 1 , 2   m de altura.

1. Blastocerus

2. dichotomus

1. Para o caso do cervo-do-pantanal, a primeira palavra do nome científico, Blastocerus, refere-se ao gênero.

2. A segunda palavra desse nome, dichotomus, permite diferenciar espécies dentro de um mesmo gênero.

O sistema binominal de nomenclatura foi proposto em 1735, pelo naturalista sueco Carl von Linné (1707-1778), também conhecido, em português, como Lineu.

Leia a seguir as regras do sistema binominal.

  • O nome do gênero deve ser escrito com a letra inicial maiúscula.
  • A segunda palavra do nome deve ser escrita com a letra inicial minúscula.
  • As palavras devem ser escritas destacadas. Esse destaque é feito em itálico (Blastocerus dichotomus), negrito (Blastocerus dichotomus) ou sublinhando-as (Blastocerus dichotomus).
  • O idioma utilizado para atribuir os nomes às espécies é o latim.
  • No sistema binominal, quando nos referimos a um gênero, sem especificar a espécie, utilizamos a abreviação "sp.", sem destaque, após o nome do gênero. Por exemplo, Blastocerus sp., é a nomenclatura utilizada para todas as espécies desse gênero.
Pintura de um homem da barriga para cima. Ele tem pele clara, olhos escuros e cabelo grisalho com pontas enroladas. Usa um colete com  casaco por cima.
Carl von Linné, de Alexander Roslin. Óleo sobre tela, 56   cm × 46   cm , 1775. Museu de História Natural de Londres.

Página 188

Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Explique, com suas palavras, a importância da classificação biológica e da nomenclatura científica.

2. Observe o esquema e identifique a categoria taxonômica a que se refere cada umas das letras (A a H).

Ilustração de vários círculos, um dentro do outro, representados pelas letras A, B, C, D, E, F, G, H, nessa respectiva ordem. O menor é representado pela letra A e o maior é representado pela letra H.
Representação da organização das categorias taxonômicas.

3. Alguns nomes populares trazem informações sobre as características dos seres vivos. Um exemplo é a ave bem-te-vi, que recebe esse nome porque seu canto lembra o som produzido por essas palavras.

Bem-te-vi: pode atingir aproximadamente 26   cm de comprimento.

Fotografia. Pássaro pequeno, pousado em um galho. Asas amarronzadas, com patas e bico escuros, o corpo é amarelo e a cabeça branca e preta.
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus).

a) Pesquise um animal ou uma planta cujo nome popular se relacione com alguma característica de sua aparência ou seu comportamento.

b) Pesquise o nome científico do ser vivo que você citou no item a. Escreva-o de acordo com a nomenclatura científica dos seres vivos.

4. Recorte uma folha sulfite em quatro partes iguais, formando cartas. Em cada carta, escreva uma pergunta relacionada à classificação ou à nomenclatura dos seres vivos.

Em seguida, coloque as cartas sobre a carteira, com as perguntas voltadas para baixo e desafie um colega de turma, formando uma dupla, para jogar um quiz!

Cada integrante da dupla deve virar uma carta elaborada pelo colega e tentar responder à pergunta no tempo de 30 segundos.

O vencedor de uma dupla deve jogar com o de outra dupla. Esses jogos devem se seguir até que restem apenas dois alunos no quiz, que serão os finalistas.

Página 189

Reinos do domínio Eukarya

Leia a tirinha a seguir.

Tirinha composta por quatro quadrinhos, com Armandinho, menino pequeno, usando apenas short e chapéu. Ele está em uma praia. Q1: Armandinho está sorrindo e olhando para o chão, onde está uma água-viva. Ele exclama: 'Uma água-viva!'. Q2: Armandinho mexe na água-viva com um graveto e fala: 'Parece mais uma 'água-morta'...'. Q3: Armandinho arremessa a água-viva para o ar com o auxílio do graveto, que faz o som: 'TÓIN!' Q4: Do lado para onde a água-viva foi arremessada, alguém exclama: 'AAAAIII!'. Armandinho, segurando o graveto diz: 'Viva ou morta, ela sabe se defender!'

BECK, Alexandre. Armandinho Zero. Florianópolis: A. C. Beck, 2013. p. 79.

Questão 3. Ícone atividade oral. Conte aos colegas o que você sabe sobre água-viva.

Questão 4. Ícone atividade oral. De acordo com o que você estudou, a água-viva faz parte de qual domínio? Justifique sua resposta.

Questão 5. Ícone atividade oral. Em qual reino você classificaria a água-viva: animal, vegetal ou fungo? Explique sua resposta.

Questão 6. Ícone atividade oral. Em sua opinião, por que a personagem Armandinho disse que a água-viva sabe se defender mesmo se estiver morta?

Como você estudou, o domínio Eukarya inclui seres vivos eucariontes, que podem ser unicelulares ou pluricelulares, como a água-viva. A seguir, vamos conhecer os reinos que fazem parte desse domínio.

Reino Protoctista

Os organismos que compõem o reino Protoctista são bastante diversos. Basicamente, é possível organizar os integrantes deste reino em dois grupos com características distintas: os protozoários e as algas.

Os protozoários são seres vivos eucariontes, unicelulares e heterótrofos. Eles apresentam formato do corpo e modos de locomoção bastante variados, como por meio de cílios e flagelos.

Fotografia de um paramécio, com corpo alongado e extremidades arredondadas, encoberto por cílios finos.
Paramécios (Paramecium caudatum). Imagem obtida por microscópio e ampliada cerca de 550 vezes. Colorizada em computador. Essa espécie apresenta o corpo coberto por cílios, que auxiliam na locomoção.

Página 190

Já as algas são autótrofas e podem ser unicelulares ou pluricelulares. Apesar de poderem ser compostas por mais de uma célula, as algas pluricelulares não formam tecidos.

Fotografia. Estruturas achatadas, semelhantes a folhas, com bordas irregulares, uma sobreposta a outra.
Alga-marrom (Ecklonia radiata).

Alga-marrom: pode atingir aproximadamente 2   m de altura.

Questão 7. Ícone atividade oral. Explique, com suas palavras, o que é um tecido.

Reino Fungi

O Reino Fungi é formado pelos fungos, que são seres vivos eucariontes unicelulares ou pluricelulares. Todos os representantes desse reino são heterótrofos.

Como exemplo de fungos unicelulares, podemos citar as leveduras.

Fotografia. Aglomerado de estruturas com formato oval, algumas com uma estrutura circular em sua superfície.
Leveduras (Saccharomyces cerevisiae). Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 4.000 vezes. Colorizada em computador.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 649.

Os fungos pluricelulares, como mofos, bolores e cogumelos, possuem o corpo formado por estruturas chamadas hifas. O conjunto de hifas é chamado micélio.

Alguns fungos apresentam hifas responsáveis pela reprodução, as quais formam o corpo de frutificação.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Recorte de um cogumelo. Indicado pela letra A, está o corpo de frutificação, composto pelo chapéu, na parte superior, e abaixo, a estipe; dentro da terra, ramificações emaranhadas, denominadas micélio. Indicado pela letra B há um destaque para a hifa, estrutura interna que forma o chapéu, composta por filamentos emaranhados, divididos por septos com uma esfera ao centro.
Representação de um fungo pluricelular (A) e detalhe das hifas do corpo de frutificação (B). Nesta imagem, foi feito um corte longitudinal para melhor visualização da estrutura do fungo.

Página 191

Reino Plantae

O reino Plantae é formado por plantas, que são seres vivos eucariontes, pluricelulares e, em sua maioria, autótrofos. As plantas apresentam células especializadas, que podem formar tecidos e órgãos.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

A. Ilustração. Recorte de uma célula vegetal.  Na parte exterior, uma camada com seis lados, que reveste toda a estrutura. No interior, recorte de uma estrutura esférica com uma pequena esfera no centro, ao seu redor, diversas estruturas com formato de discos achatados, de pequenos tubos conectados, circulares e com formato semelhante a feijão.
B. Ilustração. Estrutura com formato de cubo. A camada superior e inferior é formada por pequenos cubos um ao lado do outro; no interior, diversas estruturas em formato de filamentos e redondas.
C. Ilustração. Uma folha de planta com um furo no meio.
D. Ilustração. Girassol com pétalas amarelas, miolo marrom, o caule verde com folhas e raízes.

Representação dos níveis de organização (A a D) de uma planta. As imagens A e B estão representadas em corte.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 101, 765.

A célula vegetal (A) é a unidade estrutural e funcional das plantas.

As células semelhantes podem se associar e desempenhar um papel especializado, constituindo um tecido (B), como aqueles que constituem a folha.

De acordo com a sua localização, características e papel desempenhado, por exemplo, diferentes tecidos podem se associar, formando os órgãos (C), como a folha da planta.

O conjunto de todos os órgãos forma o organismo (D).

A maioria das plantas apresenta sistemas de tecidos vegetais básicos: de revestimento, fundamental e vascular. O tecido de revestimento é aquele que reveste e protege as plantas. Já o tecido fundamental atua na sustentação e no armazenamento de substâncias. Além disso, é nesse tipo de tecido que ocorre a maior parte da fotossíntese. E o tecido vascular, também chamado condutor, é especializado no transporte de substâncias entre as partes da planta.

Página 192

A associação de tecidos dá origem aos órgãos das plantas, como a folha, a raiz e o caule. Esses exemplos de órgãos estão relacionados aos processos de manutenção e crescimento das plantas e, por isso, são chamados órgãos vegetativos. Além destes, as plantas podem apresentar órgãos relacionados ao processo de reprodução, como a flor, o fruto e a semente. Por isso, esses órgãos são chamados órgãos reprodutivos.

As plantas são organizadas em quatro grandes grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Esses grupos se diferenciam, principalmente, pelo modo de reprodução e pela estrutura do corpo de seus representantes. Observe a seguir.

A. Fotografia. Aglomerado de pequenas plantas, com estruturas pequenas e finas, semelhantes a folhas; na região central uma pequena estrutura redonda.
Musgo (Aulacomnium palustre).

Musgo: pode atingir aproximadamente 13 , 5   c m de altura.

B. Fotografia. Planta com folhas longas, que são divididas em outras pequenas folhas; está fixada ao tronco de uma árvore.
Samambaia (Nephrolepis exaltata).

Samambaia: pode atingir aproximadamente 1 , 5   m de altura.

C. Fotografia. Árvore com galhos laterais direcionados para cima, ao longo de todo o tronco; e com folhas finas. Ao redor outras plantas em um jardim.
Pinheiro (Pinus contorta).

Pinheiro: pode atingir aproximadamente 50   m de altura.

D. Fotografia. Arbusto, com muitos galhos laterais, folhas e flores brancas.
Roseira (Rosa alba).

Roseira: pode atingir aproximadamente 1 , 5   m de altura.

As briófitas, como os musgos (A), não apresentam tecidos condutores e o transporte de materiais no corpo dos indivíduos é feito de uma célula a outra. As samambaias (B) são exemplos de pteridófitas, primeiro grupo de plantas a apresentar tecidos condutores e órgãos, como caule, raiz e folhas. Os pinheiros (C) são exemplos de gimnospermas, plantas que apresentam tecidos condutores, raiz, caule, folhas e é o primeiro grupo a apresentar uma semente envolvendo e protegendo o embrião. As angiospermas, como a roseira (D), são plantas que apresentam tecidos condutores, raiz, caule, folhas e possuem flores, que auxiliam na reprodução, além de frutos, os quais envolvem as sementes.

Página 193

Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Recorte uma folha sulfite em quatro partes. Em cada uma escreva os seguintes termos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

Após o comando do professor, que irá marcar o tempo, você terá noventa segundos para escrever a definição de cada um desses termos, com suas palavras, nos respectivos espaços. Após realizar a atividade, leia em voz alta sua definição, socializando com os colegas.

2. Identifique a alternativa correta em relação aos reinos Protoctista e Fungi.

a) Os protozoários e os fungos são seres vivos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares e heterótrofos.

b) Todos os fungos possuem o corpo formado por estruturas chamadas hifas.

c) As algas são seres vivos autótrofos e fazem parte do Reino Protoctista. Já as leveduras, são heterótrofas e pertencem ao Reino Fungi.

d) A locomoção dos protozoários é feita exclusivamente por meio de cílios.

3. Ricardo cortou o caule de um cravo branco e inseriu a extremidade cortada em um copo contendo uma mistura de água e corante azul. Observe na imagem o que Ricardo observou após algumas horas.

Fotografia. Uma flor com pétalas brancas e algumas azuis e o caule dentro de um vaso de vidro com um líquido azul.
Resultado observado por Ricardo após algumas horas.

a) O que aconteceu com o cravo branco? Elabore uma hipótese para explicar como isso ocorreu.

b) Qual é o sistema de tecidos envolvido no resultado observado e qual é o principal papel desse sistema?

c) As flores são órgãos reprodutivos ou vegetativos? Justifique sua resposta.

Página 194

Reino Animalia

O reino Animalia inclui organismos eucariontes, pluricelulares e heterótrofos. Alguns representantes desse grupo não apresentam tecidos especializados, como as esponjas. No entanto, a maioria apresenta organizações mais complexas, incluindo tecidos especializados, órgãos e sistemas. Observe o exemplo a seguir.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

A. Ilustração. Dentro de um círculo, uma estrutura alongada, com as extremidades afiladas e uma esfera ao centro.
B. Ilustração. Dentro de um círculo, diferentes partes justapostas da estrutura alongada com as extremidades afiladas> Em duas estruturas há, uma esfera dentro.
C. Ilustração. Dentro de um círculo, órgão semelhante a um saco arredondado; na lateral superior esquerda e na lateral inferior direita, saem estruturas similares a um tubo.
D. Ilustração. Cachorro peludo, em pé, com destaque para parte do sistema digestório; partindo da boca, o esôfago, com o formato de um tubo, que se conecta a uma estrutura em formato de saco, o estômago, este, está conectado ao intestino delgado, com formato tubular e contorcido; acima, o intestino grosso, com formato tubular retorcido e na sua extremidade, mais afilado, o reto; na superfície do estômago, um pequeno saco alongado, o pâncreas, e, atrás do estômago, com bordas arredondadas, um pedaço do fígado.
E. Ilustração. Cachorro peludo em pé.

Representação dos diferentes níveis de organização de um cachorro: célula muscular (imagem A), tecido muscular em corte longitudinal (imagem B), estômago (imagem C), parte do sistema digestório (imagem D) e organismo (imagem E).

Fontes de pesquisa: REECE, Jane B. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 871, 873. DIGESTIVE System of the Dog. Washington State University, 10 mar. 2022. Disponível em: https://oeds.link/XXvRrr. Acesso em: 29 mar. 2022.

A. Os animais são formados por diferentes tipos de células, especializadas em determinados papéis. As células musculares, por exemplo, têm a capacidade de se contrair.

B. As células semelhantes podem atuar juntas para desempenhar um papel específico, formando os tecidos. As células musculares, por exemplo, formam o tecido muscular.

C. Dois ou mais tecidos podem atuar em conjunto para desempenhar determinado papel, formando um órgão. O estômago, por exemplo, é um órgão formado por diferentes tecidos, entre eles, o tecido muscular.

D. Dois ou mais órgãos podem atuar juntos e desempenhar um papel específico, formando um sistema. O sistema digestório é responsável pela digestão dos alimentos, por exemplo. Ele é formado por órgãos, como o estômago, a língua, a faringe, o esôfago e os intestinos.

E. Os animais apresentam diferentes sistemas, que desempenham papéis específicos e atuam de maneira conjunta, formando o organismo. O cachorro, por exemplo, apresenta diferentes sistemas, que atuam juntos para garantir o funcionamento adequado do organismo, como digestório, respiratório, nervoso, cardiovascular e muscular.

Página 195

Assim como nos demais grupos de seres vivos, o reino dos animais é subdividido em filos. Existem cerca de 35 filos nesse reino. A seguir, vamos estudar nove desses filos.

Filo Porifera

Os poríferos, também conhecidos como esponjas-do-mar, são animais aquáticos que possuem grande quantidade de pequenos poros em seus corpos. Eles são animais invertebrados, isto é, não possuem coluna vertebral.

Algumas espécies de poríferos são de água doce, mas a maioria é marinha. Os adultos vivem fixos no fundo do mar ou no fundo de lagos e podem ser encontrados isolados ou agrupados, formando colônias.

Fotografia. Agrupamento de esponjas-do-mar, que apresentam corpo cilíndrico e alongado; fixadas em um substrato no fundo do mar.
Colônia de esponjas-do-mar (Crella elegans).

Esponja-do-mar: pode atingir aproximadamente 10   c m de altura.

Os poríferos não apresentam tecidos, órgãos ou sistemas especializados. Por isso, os processos relacionados à digestão e à respiração, por exemplo, ocorrem no interior das células. Além disso, o transporte de substâncias no corpo do animal é feito de uma célula a outra. Observe a seguir a estrutura do corpo de um porífero.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Recorte de uma esponja-do-mar, indicado pela letra A. É um animal cilíndrico e alongado. Indicado pela letra B há uma ampliação de um pedaço da parede da esponja-do-mar com destaque para abertura na parede, com uma seta indicando o sentido do exterior par o interior. Indicado pelo número 1 há estruturas circulares com flagelo localizadas na parede interna, os coanócitos.  Indicado pelo número 2 há uma cavidade interna da esponja-do-mar, átrio. Indicado pelo número 3 há aberturas na parede, os poros. E indicado pelo número 4, uma abertura na extremidade superior, o ósculo, com uma seta da parte interna da esponja-do-mar para o meio externo.
Representação de esponja-do-mar em corte (imagem A) com detalhe de parte de sua parede (imagem B). Nesta imagem, as setas indicam o fluxo de água no corpo do animal.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 684.

Os coanócitos (1) são células que revestem internamente a cavidade chamada átrio (2). Essas células apresentam flagelo, uma estrutura alongada que realiza movimentos ondulatórios.

A movimentação dos flagelos dos coanócitos cria um fluxo contínuo de água, que entra no corpo do animal pelos poros (3) presentes na parede corporal das esponjas.

Após passar pelos poros, a água chega ao átrio (2) e, posteriormente, sai do corpo da esponja-do-mar pelo ósculo (4).

Durante o fluxo de água, alimentos e oxigênio ( O 2 ) são capturados pelas células das esponjas-do-mar. Os resíduos gerados pelo metabolismo desses animais são eliminados nesse fluxo de água.

Página 196

Filo Cnidaria

Os cnidários são animais invertebrados aquáticos. A maioria deles vive no mar, mas também existem espécies de ambientes de água doce.

O corpo dos cnidários pode ter o formato de pólipo ou medusa. Os pólipos, como a anêmona-do-mar, apresentam formato tubular e, em geral, vivem fixos no substrato. As medusas, como as águas-vivas, têm formato de guarda-chuva aberto e são de vida livre.

Tanto os pólipos quanto as medusas apresentam tentáculos ao redor de uma abertura oral central.

Fotografia. Uma anêmona-do-mar, animal com o corpo dividido em duas partes, uma base cilíndrica fixada no substrato e na parte superior, numerosos filamentos com as extremidades mais fina, os tentáculos. Ao redor, outros elementos marinhos.
Anêmona-do-mar (Anemonia viridis).

Anêmona-do-mar: pode atingir aproximadamente 8   c m de altura.

Os cnidários apresentam boca e cavidade digestiva, na qual ocorre a digestão. O tubo digestivo desses animais é considerado incompleto, pois apesar de apresentarem boca, não têm ânus. Esses animais não têm sistemas respiratório, circulatório e excretor. Já a coordenação do corpo é feita por uma rede de células nervosas. Observe a seguir a estrutura de um cnidócito.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Indicada pela letra A, uma água-viva, com estrutura em formato de guarda-chuva na parte superior, e, abaixo, estrutura em filamentos, os tentáculos. Indicado pela letra B há uma ampliação do revestimento dos tentáculos, representação de células em diferentes formatos e entre elas pequenas estruturas em forma de sacos alongados com filamentos na extremidade, cnidócitos. Indicado pela letra C há uma ampliação de dois cnidócitos. Indicado pelo número 1,  cnidócito com abertura na extremidade inferior. Dentro de um cnidócito, uma estrutura, indicada pelo número 2 em formato de cúpula cilíndrica com filamentos enrolados ao redor, o nematocisto. Indicado pelo número 3, na parte inferior do cnidócito, próximo à abertura, um cílio. E indicado pelo número 4, em outro cnidócito, o nematocisto para fora, e, na sua extremidade, pequenos espinhos e um filamento comprido.
Representação de uma água-viva (imagem A), com destaque para o tecido de revestimento do tentáculo (imagem B) e para os cnidócitos (imagem C). Na imagem C, da esquerda para a direita, cnidócito em repouso e disparado.

Fontes de pesquisa: RUPPERT, Edward E.; FOX, Richard S.; BARNES, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. 7. ed. São Paulo: Roca, 2005. p. 133.

BRUSCA, Richard C.; BRUSCA, Gary J. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. p. 252.

No revestimento externo do corpo dos cnidários, existem células chamadas cnidócitos (1). Nelas, há nematocistos (2), estruturas que ajudam os cnidários a se defenderem e a capturarem outros animais para se alimentar.

Quando algo toca o cílio (3) do nematocisto, um filamento (4) é disparado do interior do cnidócito. Esse filamento contém pequenos espinhos e substâncias que irritam e causam dor a outros seres vivos, e podem, até mesmo, paralisá-los.

Página 197

Filo Platyhelminthes

Os platelmintos são vermes que apresentam o corpo alongado, achatado e mole. Além disso, não possuem pernas.

Há espécies de platelmintos que vivem em ambientes marinhos, na água doce e em hábitats terrestres. Além disso, há várias espécies que são parasitas de outros seres vivos, podendo causar doenças.

Entre os representantes dos platelmintos, podemos citar a planária, o esquistossomo e a tênia.

Fotografia. Uma planária-tigre, animal de corpo achatado e alongado, com bordas irregulares; coloração escura e com listras; está em um fundo de areia.
Planária-tigre (Pseudoceros dimidiatus). A maioria das espécies de planárias vive em hábitat marinho.

Planária-tigre: pode atingir proximadamente 8   c m de comprimento.

Os platelmintos apresentam tubo digestório incompleto e a cavidade digestiva distribui alimento pelo corpo. O oxigênio é absorvido pela pele e distribuído pelo corpo de uma célula a outra.

Os representantes desse filo não têm sistemas respiratório nem circulatório. Já o sistema nervoso é mais desenvolvido que nos cnidários. Observe a seguir a estrutura do corpo de uma planária.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Uma planária, animal comprido e achatado. Indicado pela letra A, na região da cabeça, estruturas redondas similares a olhos, os ocelos. Indicado pela letra B, ao redor dos ocelos uma estrutura em filamentos, os gânglios. Indicado pela letra C, duas linhas que partem dos gânglios e contornam todo o corpo, os cordões nervosos. Indicado pela letra D, no meio da região ventral, uma estrutura em formato de tubo, a faringe. Indicado pela letra E está a boca, abertura por onde sai à faringe. E indicado pela letra F,  ao longo de todo o corpo, ao centro, uma estrutura em formato de listra com ramificações para as laterais, o intestino.
Representação de uma planária.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 690.

Os ocelos (A) são estruturas localizadas na região anterior do corpo e permitem que o animal perceba estímulos luminosos.

As células nervosas se acumulam em uma região cefálica, formando estruturas chamadas gânglios (B), que se ligam a dois cordões nervosos (C).

Para se alimentar, a planária posiciona a faringe (D) para fora da boca (E) e suga o alimento. Esse alimento é levado ao intestino (F), onde ocorre a maior parte da digestão. Os restos de alimento não digeridos são eliminados pela boca.

Página 198

O esquistossomo e a tênia são vermes que podem parasitar o corpo humano. O esquistossomo, por exemplo, pode ser encontrado parasitando o intestino ou o fígado humano. Observe a seguir.

Fotografia. Indicado pela letra A, um animal de corpo alongado e cilíndrico, com as extremidades mais finas. Indicado pela letra B está a abertura na região ventral do corpo do animal. Indicado pela letra C, um animal de corpo alongado, cilíndrico e mais fino, com as extremidades afiladas; ele está localizado na abertura do corpo do animal A. E indicado pela letra D há uma estrutura circular na extremidade do corpo do animal A e C, a ventosa.
Macho e fêmea de Schistosoma mansoni. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 50 vezes. Colorizada em computador.

Os esquistossomos machos (A) são curtos e apresentam um sulco (B) na região ventral.

Já as fêmeas (C) são mais longas e finas que os machos e podem se alojar no sulco do corpo deles. Ambos os gêneros apresentam ventosas (D) para sua fixação em outros seres vivos.

As tênias, por sua vez, podem parasitar o corpo de animais como bois, porcos e seres humanos.

As tênias adultas não possuem sistema digestório. Com auxílio das ventosas, elas se fixam à parede intestinal dos hospedeiros e, assim, absorvem os nutrientes de que necessitam.

Fotografia. Animal com corpo alongado e roliço, com pregas ao longo de todo o corpo. Tem a extremidade anterior arredondada com ventosas.
Taenia solium. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 20 vezes. Colorizada em computador.

Verminoses

As doenças causadas por vermes são chamadas verminoses. A esquistossomose, a teníase, a ancilostomose e a ascaridíase são exemplos de verminoses.

Algumas medidas simples podem contribuir para evitar contaminação por vermes, tais como: lavar as mãos após ir ao banheiro e antes das refeições, lavar e higienizar bem os alimentos, beber apenas água tratada e não andar descalço.

Além disso, a prevenção de verminoses está diretamente relacionada à coleta e ao tratamento do esgoto, ao tratamento da água, à destinação correta dos resíduos sólidos, ao controle da poluição ambiental, entre outras medidas.

a) Junte-se a um colega e pesquisem sobre a transmissão de algumas verminoses. Com base no resultado das pesquisas, façam um cartaz sobre atitudes que podem ajudar a prevenir as verminoses e apresentem à comunidade escolar.

Página 199

Filo Nematoda

Os nematódeos são vermes com corpo cilíndrico e extremidades afiladas. Os representantes desse filo podem ser de vida livre, encontrados no solo ou na água. Também podem parasitar plantas e outros animais, incluindo o ser humano.

Diferentemente dos filos anteriores, os nematódeos possuem tubo digestório completo, ou seja, apresentam boca e ânus, em extremidades opostas do corpo. Geralmente, os nematódeos têm sexos separados, apresentando indivíduos macho e fêmea.

A lombriga é um exemplo de nematódeo. Ela parasita o intestino dos seres humanos e causa uma doença conhecida como ascaridíase.

Fotografia. Indicado pela letra A, uma lombriga macho, com corpo cilíndrico, fino e com as extremidades afiladas. E indicado pela letra B, uma lombriga fêmea, com corpo cilíndrico, mais grosso e comprido, com as extremidades afiladas.
Lombrigas (Ascaris lumbricoides) macho (A) e fêmea (B).

Lombriga: pode atingir aproximadamente 30   c m de comprimento (macho) e 35   c m de comprimento (fêmea).

O ancilóstomo é outro exemplo de nematódeo que parasita o intestino delgado do ser humano. Esse verme causa uma doença chamada ancilostomose, que também pode ser causada pelo nematódeo Necator americanus.

Fotografia. Porção superior de um animal cilíndrico, com a extremidade afilada. Indicado pela letra A há uma  cavidade na extremidade com destaque para estruturas semelhantes a dentes pontiagudos.
Detalhe da extremidade anterior do ancilóstomo (Ancylostoma duodenale), mostrando a cavidade bucal. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 250 vezes. Colorizada em computador.

Na cavidade bucal do ancilóstomo há estruturas cortantes (A) que o ajudam a se prender na parede interna do intestino delgado humano. Dessa forma, esse verme perfura a parede intestinal e se alimenta do sangue do hospedeiro. A perda de sangue deixa a pessoa com anemia e, consequentemente, com a pele amarelada. Por isso, a ancilostomose é popularmente conhecida como amarelão.

Glossário

Página 200

Filo Annelida

Os anelídeos são animais invertebrados que têm o corpo mole, formado por segmentos em forma de anéis e coberto por uma camada resistente, chamada cutícula. Os representantes desse filo têm sistema digestório completo.

A maioria dos anelídeos possui cerdas na superfície do corpo. De acordo com a presença ou ausência de cerdas e sua quantidade, os anelídeos podem ser divididos em três grupos: hirudíneos, oligoquetas e poliquetas.

Cerda
: nesse caso, refere-se a estrutura curta e rígida que auxilia na locomoção dos anelídeos que a possuem.

Os hirudíneos não têm cerdas sobre o corpo e podem ser aquáticos ou terrestres. Os oligoquetas têm poucas cerdas por segmento do corpo e podem ser encontrados em ambientes terrestres úmidos e de água doce. Os poliquetas apresentam muitas cerdas por segmento do corpo e vivem no mar.

A. Fotografia. Animal com corpo alongado e cilíndrico; ventosa na extremidade que está presa a uma folha. Destaque para a informação que a sanguessuga pode atingir aproximadamente 5 centímetros de comprimento.
B. Fotografia. Animal com corpo fino e alongado. Indicado pelo número 1 está o primeiro segmento da esquerda, a boca. Indicado pelo número 2 está o primeiro segmento da direita, o ânus. Destaque para a informação que a minhoca pode atingir aproximadamente 25 centímetros de comprimento.
C. Fotografia da cabeça e parte do corpo de um poliqueta. Na cabeça: indicado pelo número 3, quatro tentáculos em cada lado. Indicado pelo número 4, duas estruturas alongadas em cima da boca, os palpos. Indicado pelo número 5, pequenos olhos. Indicado pelo número 6 está a  abertura da boca. O corpo tem cerdas nas laterais. Destaque para a informação que Nereis virens pode atingir aproximadamente 40 centímetros de comprimento.
Exemplos de anelídeos: sanguessuga (Haemadipsa picta) (imagem A) utilizando a ventosa para se fixar ao substrato, minhoca (Lumbricus terrestris) (imagem B) e detalhe de Nereis virens (imagem C).

A sanguessuga (imagem A) é um exemplo de hirudíneo. Ela tem o corpo levemente achatado e muito flexível, além de ter duas ventosas – uma em cada extremidade do corpo –, que a auxiliam na locomoção e na fixação ao substrato ou a outros animais.

A minhoca (imagem B) é um exemplo de oligoqueta. No primeiro segmento do corpo, localiza-se a boca (1), e no último, o ânus (2). Para se locomoverem, as minhocas movimentam os músculos do corpo, que se alongam e se encurtam.

O Nereis sp. (imagem C) é um exemplo de poliqueta. Na cabeça desse animal, há tentáculos (3), palpos (4), olhos (5), boca (6), entre outras estruturas. Os tentáculos e os palpos são estruturas sensoriais que auxiliam na alimentação, por exemplo.

Página 201

Filo Mollusca

Os moluscos são animais invertebrados encontrados tanto em ambientes aquáticos quanto em ambientes terrestres úmidos. Eles têm corpo mole, geralmente protegido por uma concha, que é produzida pelo próprio animal. Essa concha pode ser interna ou externa.

O caracol e o caramujo são exemplos de moluscos que possuem concha externa. Já a lula é exemplo de molusco que possui concha interna. Há também aqueles que não têm concha, como a lesma.

Fotografia. Animal com corpo alongado. Em uma das extremidades, uma estrutura com as bordas curvas e com aspecto de folha. Destaque para a informação que a lesma pode atingir aproximadamente 10 centímetros de comprimento.
Lesma (Elysia crispata), um exemplo de gastrópode marinho.

Os moluscos têm sistema digestório completo e estão divididos em várias classes, entre elas gastrópodes, cefalópodes e bivalves.

Os gastrópodes apresentam pés bem desenvolvidos, localizados na região ventral do corpo. Esses moluscos são predominantemente marinhos, embora existam algumas espécies que vivem em ambientes de água doce e terrestres.

Observe a seguir algumas estruturas do corpo de um gastrópode terrestre.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Animal semelhante a um caramujo. Indicado pela letra A, na cabeça, duas hastes compridas com os olhos nas extremidades. Indicado pela letra B, na cabeça, dois pequenos filamentos, os tentáculos. Indicado pela letra C, na parte superior do corpo, recorte de uma concha. Indicado pela letra D, na parte interna da concha, uma estrutura circular alongada, o ctenídeo. Indicado pela letra E, na parte inferior, uma base mais larga que o corpo, o pé. Indicado pela letra F, na parte posterior do corpo, dentro da concha, uma estrutura em formato de saco alongado, o coração. Indicado pela letra G, na cabeça, a boca. Indicado pela letra H, ligada a boca, uma estrutura em formato de tubo, com uma região mais larga, o estômago. Indicado pela letra I, atrás do estômago, uma estrutura com formato redondo e bordas irregulares, a glândula salivar. Indicado pela letra J,  na região dorsal, da parte interna da concha, a continuação do tubo que parte da boca, o intestino. E indicado pela letra K está a parte final do intestino, o ânus.
Representação de algumas estruturas internas e externas de um gastrópode terrestre genérico.

Fonte de pesquisa: BRUSCA, Richard C.; BRUSCA, Gary J. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. p. 749.

Na cabeça desse gastrópode, localizam-se os olhos (A) e os tentáculos (B).

Nessa imagem, também é possível identificar a concha em corte (C) e o ctenídeo (D), estrutura presente em alguns moluscos e relacionada à digestão e respiração. Além disso, também podemos observar o (E), o coração (F) e as estruturas do sistema digestório, como boca (G), estômago (H), glândula salivar (I), intestino (J) e ânus (K).

Página 202

Os cefalópodes são animais marinhos que se caracterizam por apresentar um conjunto de braços ou tentáculos na região da cabeça. As lulas, por exemplo, têm dez tentáculos com ventosas, sendo dois deles mais longos e relacionados à reprodução. O polvo e o náutilo também são exemplos de cefalópodes.

A. Fotografia. Polvo, com estrutura arredondada na parte superior, e na parte inferior, os tentáculos alongados, com as extremidades enroladas e com várias estruturas redondas, as ventosas. Destaque para a informação que o polvo pode atingir aproximadamente 60 centímetros de comprimento.
Polvo (Enteroctopus dofleini).
B. Fotografia. Um náutilo, animal com formato redondo, possui uma concha encobrindo parte do corpo, e, na abertura da concha, a cabeça e os tentáculos finos e alongados. Destaque para a informação que o náutilo pode atingir aproximadamente 20 centímetros de comprimento.
Náutilo (Nautilus sp.).

O polvo (imagem A) não possui concha e tem oito tentáculos. Nos machos, um desses tentáculos é o órgão reprodutor. Os tentáculos com ventosas ajudam a segurar as presas, por exemplo. Já o náutilo (imagem B) possui uma concha externa em forma de espiral. Ele tem de 60 a 90 tentáculos, sem ventosas, porém com superfície pegajosa.

Alguns cefalópodes possuem uma pequena concha interna no formato de uma pena, chamada gládio. As trocas gasosas nos cefalópodes ocorrem por meio de brânquias.

Os bivalves possuem uma concha rígida composta de duas partes, chamadas valvas. Esses animais vivem em água doce ou salgada. Em geral, as estruturas sensoriais e o pé se localizam nas extremidades do corpo. Os mexilhões e as ostras são exemplos de bivalves.

Os bivalves podem ser carnívoros ou onívoros, mas a maioria é filtradora, ou seja, se alimenta de partículas em suspensão na água. Nesses animais, a água do ambiente é filtrada nas brânquias, onde as partículas de alimento ficam retidas. Nas brânquias também ocorrem as trocas gasosas da maioria dos bivalves.

Fotografia. Animal composto por duas conchas, as valvas. As conchas estão parcialmente abertas, entre elas, uma estrutura achatada, o pé. Destaque para a informação que o mexilhão pode atingir aproximadamente 8,5 centímetros de comprimento.
Mexilhão (Unio tumidus).

Página 203

Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Cite as principais características dos cnidários.

2. Cite dois exemplos de vermes parasitas e o filo ao qual cada um deles pertence. Em seguida, escreva o nome das doenças causadas por eles.

3. Observe as imagens a seguir e faça as atividades propostas.

A. Fotografia. Animal com a parte superior alongada e tentáculos com ventosas na parte inferior. Destaque para a informação que a lula pode atingir aproximadamente 30 centímetros de comprimento.
Lula (Todarodes pacificus).
B. Fotografia. Animal com corpo mole, alongado e concha na parte superior. Destaque para a informação que o caramujo pode atingir aproximadamente 20 centímetros de concha.
Caramujo (Achatina fulica).
C. Fotografia. Concha, com duas valvas, com cor clara, bordas irregulares e fixada a um substrato. Destaque para a informação que a ostra pode atingir aproximadamente 30 centímetros de comprimento.
Ostra (Crassostrea gigas).

a) A qual filo pertencem os invertebrados apresentados nas fotos A, B e C?

b) Quais são as principais características desse filo?

c) Qual é a classe dos animais apresentados nas fotos A, B e C, respectivamente? Identifique o número da alternativa com a resposta correta.

1. Bivalve, gastrópode e cefalópode.

2. Gastrópode, cefalópode e bivalve.

3. Cefalópode, gastrópode e bivalve.

d) Escolha um dos animais apresentados nas fotos e faça um texto descrevendo suas principais características.

Página 204

4. Observe a imagem a seguir e faça as atividades propostas.

Fotografia. Várias esponjas-do-mar. Destaque para abertura na extremidade superior, indicada pela letra A. Há orifícios na parede do corpo do animal que estão indicados pela letra B. Destaque para a informação que a esponja-do-mar pode atingir aproximadamente 20 centímetros de altura.
Esponjas-do-mar (Aplysina aerophoba) no mar que banha a cidade de Nea Potidea, Grécia, em 2019.

a) Identifique as estruturas indicadas pelas letras A e B na foto. Em seguida, substitua corretamente os símbolos pelos nomes dessas estruturas.

Na esponja-do-mar, durante a filtração, a água passa pelos e chega até o átrio, sendo então liberada para o ambiente por meio do .

b) Por que a filtração é importante para os poríferos? Explique o papel dos coanócitos nesse processo.

c) Na Grécia Antiga, pensava-se que os poríferos eram plantas porque tais animais vivem fixos. Que características eles apresentam para serem considerados animais?

5. Identifique a alternativa correta a respeito dos filos Platyhelminthes, Nematoda e Annelida.

a) Os animais desses filos são denominados vermes e parasitam o corpo humano.

b) Os animais desses filos têm tubo digestório completo, boca e ânus.

c) Os animais desses filos possuem corpo mole, mas somente os anelídeos têm o corpo achatado.

d) O esquistossomo e a tênia são exemplos do filo Platyhelminthes. Os animais desse filo possuem uma região cefálica, formada por células nervosas.

e) Os ocelos são estruturas que possibilitam a percepção luminosa nos animais do filo Nematoda.

Página 205

Filo Arthropoda

Para iniciarmos o estudo dos artrópodes, responda à questão a seguir.

Questão 8. Ícone atividade oral. O corpo dos artrópodes é revestido por uma camada rígida. Considerando essa camada, explique, com suas palavras, como os artrópodes conseguem aumentar o tamanho do corpo, durante seu crescimento e desenvolvimento.

Os artrópodes podem ser encontrados em diversos hábitats aquáticos e terrestres. Os integrantes desse grupo apresentam apêndices articulados ligados ao corpo, como antenas, asas e pernas. Observe a imagem a seguir.

Fotografia. Uma abelha, animal com o corpo dividido em três partes, que estão indicadas por A, B e C.  Parte A. Cabeça pequena com grandes olhos. Parte B. Tórax com formato arredondado. Parte C. Abdome alongado, amarelo com listras pretas. Indicado pela letra D estão os conjuntos de seis pernas na parte inferior. Indicado pela letra E estão as asas transparentes na parte superior. E indicado pela letra F está o par de antenas na cabeça. Destaque para a informação que a abelha pode atingir aproximadamente 1,5 centímetros de comprimento.
Vista lateral de abelha (Apis mellifera), um exemplo de artrópode.

Os artrópodes têm o corpo dividido em segmentos, os quais se unem formando três regiões principais: cabeça (A), tórax (B) e abdome (C). Em alguns grupos de artrópodes, como nas aranhas, a cabeça e o tórax encontram-se fundidos, resultando no cefalotórax.

O número de pernas (D) varia de acordo com o grupo de artrópode e seus representantes podem ter asas (E) e antenas (F).

Os artrópodes têm o corpo revestido por uma estrutura externa rígida, denominada exoesqueleto ou cutícula. Essa estrutura protege o animal e diminui a perda de água para o meio externo, por exemplo.

O exoesqueleto limita o crescimento dos artrópodes. Por isso, quando precisam aumentar de tamanho, eles eliminam o antigo e produzem um novo e maior. O novo exoesqueleto é inicialmente flexível e depois se torna rígido. Esse processo de troca de exoesqueleto é chamado muda ou ecdise.

Fotografia. Exoesqueleto de uma libélula preso a uma folha, com o formato do corpo do animal. Na região do tórax, por uma abertura, está saindo à cabeça e parte do corpo da libélula. Destaque para a informação que a libélula pode atingir aproximadamente 4,8 centímetros de comprimento.
Libélula (Libellula quadrimaculata) saindo do exoesqueleto durante o processo de ecdise.

Página 206

De acordo com a organização do corpo, os artrópodes podem ser divididos em diferentes grupos, como insetos, miriápodes, crustáceos e aracnídeos. A seguir, vamos estudar esses grupos de artrópodes.

Insetos

O corpo dos insetos é dividido em três partes: cabeça, tórax e abdome. Além disso, os insetos têm três pares de pernas ligadas ao tórax e algumas espécies podem ter asas. Na cabeça, há um par de antenas e outro de olhos, além das estruturas bucais.

As antenas são apêndices relacionados à percepção de estímulos do ambiente, como ondas sonoras, superfícies e até mesmo de substâncias químicas presentes no ambiente. Já as estruturas bucais estão relacionadas à alimentação.

Observe a seguir algumas estruturas do corpo de uma abelha.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Abelha com destaque na parte externa para a cabeça com um par de antenas, olhos grandes e boca na parte inferior; na região dorsal, par de asas transparentes. No interior, o sistema nervoso composto pelo: gânglio cerebral, uma estrutura alongada com três segmentos, localizado na parte superior da cabeça e pelo cordão nervoso, tubo que vai da cabeça até o final do abdome. Partindo da boca, um tubo com espessamento na região do tórax, a faringe, seguida pelo esôfago; o tubo segue ao longo de todo o abdome, com uma parte mais espessada, o papo e o estômago, e depois o intestino, e na sua extremidade, o ânus. Acima, do sistema digestório, um tubo que se ramifica, as traqueias, e nas suas extremidades, estruturas redondas, os espiráculos. Na região dorsal, uma estrutura tubular que vai da cabeça até o final do abdome, o coração tubular.
Representação de vista lateral de parte da anatomia interna e externa de uma abelha.

Fonte de pesquisa: NATIONAL Agricultural Library Digital Collections. The anatomy of the honey bee. Disponível em: https://oeds.link/4Ik7Cw. Acesso em: 26 abr. 2022.

Os insetos têm alguns sistemas que desempenham funções especializadas no organismo.

O sistema digestório, por exemplo, é do tipo completo e inclui órgãos como faringe, papo, esôfago, estômago e intestino.

Insetos, como abelhas e gafanhotos, apresentam respiração traqueal, ou seja, realizada por meio de traqueias. Observe a seguir.

Página 207

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Indicado pela letra A, um gafanhoto, animal com corpo dividido em três partes, o abdome é alongado e têm dois pares de pernas maiores. No interior do corpo:  indicado pelo número 1, a estrutura em formato de rede de tubos que se conectam e vão da cabeça até o final do abdome, o sistema traqueal. Indicado pelo número 5, há estruturas em formato de sacos alongados que vão do tórax ao final do abdome, e, estão ligados aos tubos que formam o sistema traqueal. Ao lado do gafanhoto, indicado pela letra B há uma ampliação de uma parte do sistema traqueal, com a parede do corpo e de tubos ramificados de diferentes tamanhos. Indicado pelo número 2, está a abertura entre o corpo do animal e um tubo do sistema traqueal, o espiráculo. Indicado pelo número 3, há uma seta partindo de um tubo maior que está em contato com o espiráculo, se dividindo e indo em sentido a tubos ramificados menores. A seta vai até estruturas redondas, nas extremidades de alguns tubos menores. Essas estruturas estão indicadas pelo número 4.
Representações de sistema traqueal e sacos aéreos em um gafanhoto (imagem A) e de detalhe de parte das traqueias em corte, direcionando gás oxigênio (setas em azul) para as células do corpo do animal (imagem B).

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 936.

O sistema traqueal (1) é uma rede de pequenos tubos que se ramificam internamente e se comunicam com o meio externo por meio de aberturas denominadas espiráculos (2).

O gás oxigênio (3) entra no corpo do animal pelos espiráculos e as traqueias encaminham esse gás para as diferentes células do corpo (4). Além disso, os tubos traqueais direcionam o gás carbônico ( CO 2 ) produzido no organismo para os espiráculos, de onde é eliminado no ambiente. Os sacos aéreos (5) estão presentes em alguns insetos e são estruturas ligadas ao sistema traqueal. Por isso, esses sacos podem atuar em conjunto com esse sistema, armazenando o ar.

O sistema circulatório dos insetos é formado por um coração e alguns vasos. No interior desses vasos, circula um líquido chamado hemolinfa, que transporta, por exemplo, os nutrientes provenientes da digestão para as diferentes regiões do corpo.

Os insetos têm várias células nervosas na região da cabeça, formando um gânglio cerebral. Desse gânglio parte um cordão nervoso ventral. O sistema nervoso dos insetos capta estímulos do ambiente e gera respostas a eles, além de atuar na coordenação dos órgãos e na locomoção.

Miriápodes

Os miriápodes possuem o corpo segmentado, dividido em cabeça e tronco.

O tronco é alongado e cada um de seus segmentos possui um ou dois pares de pernas. A cabeça apresenta um par de antenas e outro de olhos, que captam estímulos do ambiente. Além disso, há peças bucais, na cabeça, que auxiliam na alimentação. As lacraias e os piolhos-de-cobra são exemplos de miriápodes.

Assim como os insetos, os miriápodes possuem respiração traqueal.

Fotografia. Animal comprido e marrom, com corpo segmentado, pernas em cada segmento e um par de antenas na cabeça. Destaque para a informação que a lacraia pode atingir aproximadamente 20 centímetros de comprimento.
Lacraia (Scolopendra sp.).

Página 208

Crustáceos

Os caranguejos, as lagostas, os camarões, as cracas e os tatuzinhos-de-jardim são exemplos de crustáceos.

Fotografia. Animal pequeno, com exoesqueleto segmentado encobrindo o corpo, várias pernas na parte inferior e um par de antenas na cabeça. Destaque para a informação que o tatuzinho-de-jardim pode atingir aproximadamente 1,8 centímetros de comprimento.
Tatuzinho-de-jardim (Armadillidium vulgare), um exemplo de crustáceo terrestre.

A maior parte das espécies de crustáceos é marinha. O exoesqueleto desses animais se caracteriza por ser mais endurecido que o dos demais artrópodes, formando uma carapaça rígida. Observe a seguir a estrutura do corpo de um crustáceo.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Interior do lagostim com vista para alguns órgãos.  Indicado pela letra A, estrutura com formato oval e alongado, o cefalotórax. Indicado pela letra B,  abdome alongado. Indicado pela letra C, na extremidade anterior do cefalotórax, dois pares de antenas, um par curto e um par longo. Indicado pela letra D, abaixo das antenas, a boca. Indicado pela letra E, ligado da boca, um pequeno tubo, o esôfago. Indicado pela letra F, o tubo se liga a uma estrutura em formato de saco alongado no cefalotórax, o estômago. Indicado pela letra G, partindo do estômago, uma estrutura em formato de tubo se estende até a parte final do abdome, o intestino. Indicado pela letra H, na extremidade do intestino, o ânus. Indicado pela letra I, na parte inferior do cefalotórax e do abdome, uma estrutura com forma de tubo, o cordão nervoso. Indicado pela letra J, ao longo do cordão nervoso, partes espessadas, os gânglios. E indicado pela letra K, os olhos na extremidade anterior do cefalotórax.
Representação de vista lateral em corte de parte da anatomia interna e externa de um lagostim.

Fonte de pesquisa: HICKMAN JR., Cleveland P.; ROBERTS, Larry S.; LARSON, Allan. Princípios integrados de zoologia. Tradução: Antonio Carlos Marques et al. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 373.

Na maioria dos crustáceos, o corpo é dividido em cefalotórax (A) e abdome (B). No entanto, há espécies que têm o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.

Os crustáceos têm dois pares de antenas (C) na cabeça, que são apêndices relacionados à função sensorial.

O sistema digestório é do tipo completo, formado por órgãos como boca (D), esôfago (E), estômago (F), intestino (G) e ânus (H).

O sistema nervoso é formado principalmente por gânglios (I) e um cordão nervoso (J). Em muitas espécies de crustáceos, os olhos (K) são bem desenvolvidos.

Aracnídeos

Os aracnídeos são representados pelas aranhas, escorpiões, ácaros e carrapatos. Os aracnídeos não têm antenas. A respiração desses artrópodes pode acontecer por meio de pulmões ou traqueias. Em algumas espécies de menor tamanho, como os ácaros, as trocas gasosas ocorrem pela superfície do corpo. O sistema circulatório desses artrópodes transporta nutrientes e gases relacionados à respiração.

Página 209

Observe a seguir a estrutura do corpo de uma aranha.

Fotografia. Vista dorsal de uma aranha de pelos escuros e listras nas pernas. Tem estrutura com formato redondo, o cefalotórax, indicado pela letra A. O abdome, com formato redondo, indicado pela letra B. Tem quatro pares de pernas finas e longas que estão indicadas pela letra C. Na extremidade anterior do cefalotórax, duas estruturas com formato de semicírculo, as quelíceras, indicadas pela letra D.  Entre as quelíceras e o primeiro par de pernas, indicados pela letra E há um par de apêndices, semelhantes às pernas, com tamanho menor, os pedipalpos. Destaque para a informação que a aranha pode atingir aproximadamente 14 centímetros de comprimento.
Aranha (Brachypelma hamorii).

O corpo dos aracnídeos geralmente é dividido em cefalotórax (A) e abdome (B). Na região do cefalotórax, articulam-se quatro pares de pernas (C).

Além das pernas, os aracnídeos apresentam um par de quelíceras (D) e outro de pedipalpos (E).

As quelíceras são apêndices utilizados na alimentação. Já os pedipalpos são apêndices alongados que atuam na percepção de estímulos do ambiente e na captura de alimentos, por exemplo.

As aranhas apresentam fiandeiras (F), estruturas que produzem seda.

A maioria dos aracnídeos é predadora e tem estruturas para a inoculação de veneno em suas presas. Agora, vamos conhecer algumas estruturas internas de uma aranha. Observe a imagem a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Interior da aranha com vista para alguns órgãos. Na região da extremidade anterior do cefalotórax, a boca, indicada pela letra A. Partindo da boca, uma estrutura em formato de tubo, a faringe, indicada pela letra B. O tubo se liga a uma estrutura com formato de saco alongado, o estômago, indicado pela letra C. Na região do abdome, o tubo fica mais largo, e se estende até o final do abdome, o intestino, indicado pela letra D. Na extremidade final no intestino, o ânus, indicado pela letra E. Atrás do intestino, uma estrutura grande em formato de saco alongado, a glândula digestiva, indicada pela letra F. Na região inferior, no começo do cefalotórax, uma estrutura com formato de saco, os pulmões, indicados pela letra G. Na região do cefalotórax, uma estrutura alongada com filamentos, o cérebro, indicado pela letra H. Ligado as quelíceras, uma estrutura em formato de saco, as glândulas de veneno, indicadas pela letra I. Na porção final do abdome, uma estrutura cilíndrica alongada e contorcida, as glândulas produtoras de seda, indicadas pela letra J. Na região dorsal do abdome, uma estrutura composta por tubos e com formato irregular, o coração, indicado pela letra K. Os tubos se ramificam em direção a região anterior, formando os vasos sanguíneos que estão indicados pela letra L.
Representação de vista lateral em corte longitudinal de parte da anatomia interna e externa de uma aranha.

Fonte de pesquisa: HICKMAN JR., Cleveland P.; ROBERTS, Larry S.; LARSON, Allan. Princípios integrados de zoologia. Tradução: Antonio Carlos Marques et al. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 360.

O sistema digestório dos aracnídeos é completo, incluindo órgãos e estruturas como boca (A), faringe (B), estômago (C), intestino (D), ânus (E) e glândula digestiva (F).

As aranhas respiram por meio de pulmões (G).

Na região anterior das aranhas, há um cérebro (H), que é o centro de seu sistema nervoso. Nessa região encontram-se as quelíceras, que tem garras terminais, dentro das quais existem ductos ligados às glândulas de veneno (I).

Ao final do abdome das aranhas, há glândulas produtoras de seda (J), que são utilizadas pelas fiandeiras para tecer as teias.

O sistema circulatório apresenta um coração (K) e vasos sanguíneos (L).

Página 210

O tema é ...

Educação ambiental

O mistério do desaparecimento das abelhas

Leia a manchete a seguir.

Estudiosos alertam para a possibilidade de extinção das abelhas

Disponível em: https://oeds.link/1xzPRb. Acesso em: 22 mar. 2022.

Você já pensou em como seria o mundo sem as abelhas? Inicialmente, essa situação pode parecer distante da realidade. No entanto, estudos científicos demostram que há possibilidade de as abelhas serem extintas, ou seja, deixarem de existir nos ambientes.

Qual seria o efeito dessa extinção? Algumas pessoas poderiam dizer que o único problema seria se acostumar a uma vida sem mel. Contudo, as abelhas desempenham inúmeros papéis no ambiente, como o de auxiliar na reprodução de muitas plantas.

As abelhas são um dos polinizadores de plantas mais importantes. Esses insetos carregam grãos de pólen de uma planta para a outra em um processo essencial para a ocorrência da fecundação.

Estima-se que a produção de um terço de todos os alimentos que chegam à mesa dos brasileiros depende da atuação das abelhas na polinização. Portanto, a extinção delas acarretará muitos prejuízos aos seres vivos, inclusive aos seres humanos.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Ambiente aberto com grama; à esquerda, flores com abelhas voando ao redor e paradas sobre elas. À direita, parte de uma árvore com uma colmeia pendurada e com muitas abelhas voando ao redor.
Representação de abelhas em ambiente natural.

Página 211

A quantidade de abelhas na natureza está diminuindo drasticamente, havendo desaparecimento de colmeias inteiras em alguns países. Os pesquisadores chamam esse fenômeno de desordem do colapso de colônias.

Apesar de ainda não haver informações precisas sobre as causas dessa desordem, os cientistas apontam três possíveis motivos. Leia a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Aquecimento global

As abelhas não conseguem sobreviver em ambientes com temperaturas elevadas. Assim, o aumento da temperatura média em diversos ambientes, devido ao aquecimento global, tem causado a morte de inúmeras abelhas.

Ilustração do Planeta Terra com um grande termômetro em sua superfície.

Ataque por vírus

Algumas colmeias que sofreram o distúrbio do colapso de colônias estavam contaminadas por um vírus que causa modificações em seu DNA. Nesse processo, a abelha perde sua capacidade de orientação e não consegue voltar para a colmeia.

Ilustração de um vírus com formato redondo e pequenas hastes ao redor.

Agrotóxicos

O uso de agrotóxicos em lavouras mata vários tipos de insetos, incluindo abelhas. Os agrotóxicos também podem interferir no senso de direção das abelhas, fazendo-as perder a localização de suas colmeias.

Ilustração de uma caveira, com os ossos do crânio e abaixo, dois ossos finos e cruzados.

Agora, responda às questões a seguir no caderno.

1. Explique, com suas palavras, qual é o problema abordado na seção.

2. Quais são as possíveis consequências do desaparecimento das abelhas para o ambiente e para a sociedade humana?

3. Pesquise e elabore uma lista com algumas atitudes que podemos adotar em nosso cotidiano e pela sociedade em geral para evitar o desaparecimento das abelhas.

4. Elabore uma história em quadrinhos que aborde o tema tratado na seção, alertando sobre ele e incluindo suas possíveis causas e consequências.

Versão adaptada acessível

4. Escreva uma história que aborde o tema tratado na seção, alertando sobre ele e incluindo suas possíveis causas e consequências.

5. As abelhas do gênero Melipona são nativas do Brasil e se destacam como polinizadoras, auxiliando na reprodução de plantas. Pesquise sobre a situação desses insetos em nosso país e se há relatos de desaparecimento. Em seguida, elabore um texto dissertativo com as informações pesquisadas.

Página 212

Filo Equinodermata

Os equinodermos, como a estrela-do-mar e o ouriço-do-mar, são invertebrados marinhos. Algumas espécies desse grupo são fixas, enquanto outras se locomovem no substrato dos oceanos.

Os equinodermos apresentam um esqueleto interno, chamado endosqueleto. Ele é formado por placas calcárias rígidas, que podem ser fixas ou móveis, e protege os órgãos internos, dando sustentação ao corpo desses animais. Em algumas espécies, esse esqueleto forma projeções que aparecem na superfície do corpo, na forma de espinhos.

Fotografia. Um ouriço-do-mar esverdeado. É um organismo redondo coberto por muitos espinhos. Ele está no fundo do mar, em meio a outras plantas.
Endosqueleto de ouriço-do-mar (Strongylocentrotus sp.), com alguns espinhos remanescentes.

Os equinodermos possuem o chamado sistema ambulacrário. Esse sistema é formado por um conjunto de canais internos, de onde partem projeções para a superfície externa do corpo, chamadas pés ambulacrais.

O sistema ambulacrário é utilizado pelos equinodermos na locomoção, na respiração, na captura do alimento e na percepção de estímulos químicos e táteis no ambiente. Em algumas espécies de equinodermos, a respiração também ocorre por meio de brânquias. Observe a imagem a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Estrela-do-mar alaranjada e com cinco pontas. Marcados com a letra A, os canais internos, filamentos que estão no centro e nos braços dela. Marcado com a letra B, os braços, cinco pontas que compõem o corpo. Marcados com a letra C, o madreporito, pequena estrutura arredondada que está no centro da estrela. Marcados com a letra D, os pés ambulacrais, pequenas hastes que há na parte posterior da estrela.
Representação de estrela-do-mar, com destaque para parte do sistema ambulacrário.

Fonte de pesquisa: HICKMAN, Cleveland P.; ROBERTS, Larry S.; LARSON, Allan. Princípios integrados de zoologia. Tradução: Antonio Carlos Marques et al. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 438.

Nas estrelas-do-mar, o sistema ambulacrário é composto por um conjunto de canais internos (A), que circundam a região central e se ramificam para os vários braços (B).

A água entra no sistema ambulacrário por meio de uma estrutura chamada madreporito (C). Essa água é, então, direcionada aos pés ambulacrais (D). Essas estruturas apresentam músculos em suas paredes. A contração e o relaxamento desses músculos causam a entrada e a saída de água dos pés ambulacrais. Como resultado, essas estruturas são distendidas ou retraídas, auxiliando no deslocamento da estrela-do-mar.

Página 213

Filo Chordata

Observe a foto a seguir.

Fotografia. Várias silhuetas humanas em pé, posicionadas diante de um grande aquário de vidro repleto de peixes.
Pessoas observando peixes no AquaRio, aquário da cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 2017.

Questão 9. Quais animais é possível identificar na imagem? Registre sua resposta no caderno.

Questão 10. Considere os seguintes grupos de animais: répteis, aves, mamíferos, peixes e anfíbios. Os animais que você identificou na questão anterior pertencem ao mesmo grupo? Justifique sua resposta no caderno.

Como você estudou anteriormente, alguns animais, como os artrópodes, os moluscos e os equinodermos, são invertebrados, já que não possuem coluna vertebral. A seguir, vamos iniciar o estudo de alguns grupos de animais vertebrados, isto é, que apresentam coluna vertebral. Iniciaremos esse estudo pelos peixes.

Peixes

Os peixes habitam ecossistemas aquáticos e podem viver sozinhos ou em grupos, formando cardumes. A maioria das espécies de peixes possui nadadeiras. Além disso, algumas espécies podem ter o corpo coberto por escamas, enquanto outras têm o corpo coberto por uma pele grossa.

Fotografia. Um peixe de corpo alongado de coloração amarronzada, com listras pretas e pele desprovida de escamas. Possui uma cabeça comprida e pequenas nadadeiras na parte superior do corpo. Há um destaque para a seguinte informação textual: Peixe caparari: pode atingir aproximadamente 1,3 metros de comprimento.
Peixe caparari (Pseudoplatystoma tigrinum), um exemplo de peixe que apresenta o corpo coberto por pele e sem escamas.

Muitas espécies de peixes têm a vesícula gasosa, também conhecida como bexiga natatória. Essa estrutura é preenchida com gases e atua, principalmente, no controle da flutuabilidade do animal.

Página 214

O sistema digestório dos peixes é formado por boca, faringe, esôfago, estômago, intestino e ânus ou cloaca, em certas espécies. Na boca, geralmente são observados dentes e uma língua fixa. Além dessas estruturas, os peixes têm fígado, vesícula biliar e pâncreas, que auxiliam na digestão dos alimentos, por exemplo. Observe a imagem a seguir.

Glossário

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Peixe com destaque para as partes externas e internas do corpo. Escamas, estruturas ovais que ficam sobre a pele. Boca, na parte frontal, ligada à faringe, estrutura arredondada com aberturas. Dela parte um filamento em direção ao estômago, estrutura arredondada. Abaixo dele, o intestino, estrutura cilíndrica que segue em direção ao ânus. Um pouco acima, a vesícula gasosa, estrutura grande arredondada. Na parte inferior do peixe estão as nadadeiras, com formato triangular.
Representação de peixe, com destaque para parte de sua estrutura interna e externa.

Fonte de pesquisa: HICKMAN, Cleveland P; ROBERTS, Larry S.; LARSON, Allan. Princípios integrados de zoologia. Tradução: Antonio Carlos Marques et al. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 493.

Os peixes apresentam sistemas circulatório e respiratório. Na maioria das espécies de peixes a respiração ocorre por meio de estruturas chamadas brânquias. Observe a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Marcado com a letra A, um peixe de corpo comprido, com uma seta azul apontando para a direita em direção a boca do peixe. Na cabeça está o opérculo, parte posterior da cabeça. Marcadas com a letra B, atrás do opérculo, as brânquias, órgãos avermelhados, alongados e curvos. Delas, saem linhas que se juntam para formar uma seta azul apontando para a direita. Destacando novamente a letra B, as brânquias, que são compostas por um tubo vertical com linhas azuis e vermelhas em seu interior. Os filamentos das brânquias são acoplados ao tubo e apresentam formato ovalado com linhas sobre elas, que são os vasos sanguíneos. Há 6 setas azuis que passam pelas brânquias e duas setas pretas, que representam o gás carbônico.
Representação de peixe (imagem A) e de parte de uma de suas brânquias (imagem B). Nessa imagem o fluxo de água no corpo do peixe está representado pelas setas azuis.

Fonte de pesquisa: POUGH, F. Harvey; JANIS, Christine M.; HEISER, John B. A vida dos vertebrados. Tradução: Elizabeth Höfling et al. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2003. p. 84.

A. O gás oxigênio de que o peixe necessita está dissolvido na água do ambiente em que vive. Para obtê-lo, a água entra pela boca do peixe e atinge as brânquias.

B. As brânquias apresentam vasos sanguíneos. Quando a água passa entre os filamentos das brânquias, o gás oxigênio dissolvido na água se difunde para os vasos sanguíneos. Simultaneamente, o gás carbônico presente no sangue é eliminado na água.

A água é então liberada para o ambiente por uma abertura lateral, protegida pelo opérculo.

Página 215

Existem espécies de peixes que possuem pulmões e, por isso, são capazes de absorver o gás oxigênio do ar atmosférico. Essas espécies são conhecidas como peixes pulmonados, como a piramboia.

Para respirar, os peixes pulmonados sobem até a superfície da água e engolem o ar atmosférico, que chega aos pulmões. Nesses órgãos ocorre a absorção do gás oxigênio. Além dos pulmões, os peixes pulmonados também apresentam brânquias.

Anfíbios

Sapos, rãs, salamandras e cobras-cegas são exemplos de anfíbios. A maioria dos anfíbios vive parte de seu ciclo de vida em ambientes de água doce e a outra parte em ambiente terrestre. Por isso, em geral, os anfíbios apresentam uma fase de vida larval e aquática e outra fase adulta e terrestre.

Fotografia de uma cobra-cega. Ela está sobre uma folha, é um animal comprido, cilíndrico e preto com listras claras. Há um destaque para a seguinte informação textual: Cobra-cega: pode atingir aproximadamente 30 centímetros de comprimento.
Cobra-cega (Gymnophis multiplicata).

Embora a maioria dos anfíbios seja terrestre, muitos vivem em ambientes úmidos por causa de sua pele permeável. Essa permeabilidade possibilita, por exemplo, que os anfíbios realizem trocas gasosas com o ambiente. Além disso, muitos anfíbios precisam de ambientes aquáticos para se reproduzir.

Além da pele, as trocas gasosas ocorrem por meio de brânquias, pulmões ou mucosa bucal. Na fase larval, a respiração ocorre pelas brânquias que são externas ao corpo do animal. Já na fase adulta, as brânquias geralmente desaparecem e o animal passa a respirar por meio de pulmões, pele ou por uma combinação dessas formas de respiração.

Fotografia. Vários girinos de sapo. Eles possuem corpo pequeno, alongado, com cauda e cabeça arredondada. Na cabeça está indicado a presença de brânquias. Há um destaque com a seguinte informação textual: Sapo-comum (adulto): pode atingir aproximadamente 8 centímetros de comprimento.
Girinos de sapo-comum (Rana temporaria).
Girino:
termo usado para se referir à fase larval dos anuros, grupo de anfíbios ao qual pertencem os sapos, rãs e pererecas.

Os anfíbios são capazes de produzir muco sobre a pele. Esse muco ajuda, por exemplo, a manter a pele úmida.

Página 216

O sistema digestório dos anfíbios é formado por boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e cloaca. Os anfíbios também apresentam outras estruturas que auxiliam na digestão, como o pâncreas, órgão que produz enzimas digestivas. Observe a seguir a localização desses órgãos em uma rã.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Uma rã com destaque para o sistema digestório. Na cabeça, há a boca seguida pela faringe e pelo esôfago, órgãos em formato de tubo, que seguem até o estômago, estrutura arredondada. Atrás dele, o pâncreas, pequena estrutura ovalada. No centro, junto ao estômago, o intestino delgado, tubo curvo e fino que segue para o intestino grosso, órgão arrendado que acaba na cloaca, parte posterior do corpo.
Representação de uma rã, com destaque para parte do sistema digestório.

Fonte de pesquisa: BRITANNICA Kids. Disponível em: https://oeds.link/hktPhr. Acesso em: 23 jun. 2022.

Répteis

Serpentes, lagartos, jacarés e tartarugas são exemplos de répteis. Os representantes desse grupo de vertebrados apresentam modos de locomoção bastante variados. Esse grupo representa os primeiros vertebrados terrestres. Entre as adaptações que os auxilia a sobreviver fora da água, está a pele recoberta de escamas.

Apesar de algumas espécies viverem em ambientes aquáticos, elas não necessitam de água para se reproduzir, como os anfíbios. Os répteis respiram por meio de pulmões, que são mais desenvolvidos do que os dos anfíbios.

O sistema digestório dos répteis é completo, assim como o dos anfíbios, e termina em uma cloaca.

Fotografia de um lagarto-planador. Animal de corpo alongado, com cauda longa e fina, apresentando estruturas laterais largas e arredondadas, semelhantes a asas. Possui patas curtas e coloração amarronzada com variações. Há um destaque para seguinte informação textual: Lagarto-planador: pode atingir aproximadamente 21 centímetros de comprimento.
Lagarto-planador (Draco volans), um exemplo de réptil que pode planar.

Página 217

Observe a seguir os órgãos e as estruturas que compõem o sistema digestório dos répteis.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Um jacaré com destaque para o sistema digestório. Na cabeça, há a boca com a língua retangular, seguida pela faringe e pelo esôfago, órgãos em formato de tubo que levam até o estômago, uma estrutura arredondada. No lado esquerdo do estômago, o fígado, estrutura arredondada e curva. No lado direito do estômago, o intestino delgado, tubo curvo e fino que segue para o intestino grosso, estrutura arredondada que acaba na cloaca, parte posterior do corpo.
Representação de um jacaré, com destaque para parte do sistema digestório.

Fonte de pesquisa: STORER, Tracy I. et al. Zoologia geral. 6. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2000. p. 645.

Aves

As aves apresentam respiração pulmonar. Além dos pulmões, a respiração das aves envolve outras estruturas, como os sacos aéreos. Associado ao sistema respiratório, as aves apresentam um órgão vocal, a siringe. Esse órgão muscular se localiza, geralmente, na extremidade da traqueia e está relacionado à produção de sons. Observe a imagem a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Uma ave com destaque para o sistema respiratório. Indicada pela letra A, as narinas, uma abertura no bico. Indicada pela letra B, a laringe, tubo vertical na região do pescoço. Indicada pela letra C, a traqueia, tubo interligado com a laringe. Indicados pela letra D, os brônquios, pequenos tubos ligados ao pulmão. Indicados pela letra E, os sacos aéreos posteriores, estruturas grandes e arredondadas. Indicados pela letra F, os pulmões, estruturas ovaladas e pequenas, ligados aos sacos aéreos posteriores. Indicados pela letra G, os sacos aéreos anteriores, estruturas pequenas e arredondadas, próximas a traqueia. Indicada pela letra H, a siringe, parte tubular que está ligada à traqueia também.
Representação de uma ave, com destaque para o sistema respiratório e siringe.

Fonte de pesquisa: HICKMAN, Cleveland P; ROBERTS, Larry S.; LARSON, Allan. Princípios integrados de zoologia. Tradução: Antonio Carlos Marques et al. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 563.

Durante a inspiração, o ar entra pelas narinas (A), passa pela laringe (B), traqueia (C), brônquios (D) e chega aos sacos aéreos posteriores (E), onde é armazenado.

Na expiração, o ar oxigenado dos sacos aéreos posteriores passa para os pulmões (F), onde ocorrem as trocas gasosas. Simultaneamente, o ar presente nos pulmões passa para os sacos aéreos anteriores (G), de onde é eliminado para o ambiente.

Durante a expiração, o ar passa pela siringe (H), auxiliando na produção de sons.

Sugestões complementares

As vocalizações das aves são bastante variadas. Que tal conhecer algumas delas? Acesse o site do Projeto Aves de Brasília, da Observaves e da UnB (Universidade de Brasília). Disponível em: https://oeds.link/Pzfqur. Acesso em: 22 abr. 2022.

Página 218

O sistema digestório das aves é completo, terminando em cloaca. Os integrantes desse grupo de vertebrados não têm dentes. Por isso, o alimento não é triturado na boca, mas na moela. Essa estrutura apresenta parede muscular que auxilia na trituração dos alimentos. Além da moela, muitas aves têm uma porção do estômago dilatada, chamada papo. Nele, o alimento é armazenado temporariamente.

Nas aves, as fezes são eliminadas com os resíduos do sistema urinário. As fezes chegam à cloaca, uma porção dilatada comum ao sistema urinário e reprodutor. Nela, as fezes e a urina são misturadas e, então, eliminadas do organismo. Essas excretas apresentam uma porção mais escura, que são as fezes, e uma porção esbranquiçada, que corresponde à urina. As aves não têm bexiga urinária, com exceção do avestruz.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Uma ave com destaque para o sistema digestório. Na região do pescoço está a laringe, seguida pelo esôfago, que são órgãos em formato de tubo. O esôfago liga-se ao papo, uma estrutura arredondada e grande. Além disso, um tubo parte do esôfago e segue em direção à moela, que é uma parte arredondada, localizada no centro do sistema digestivo. Ao lado da moela, o fígado, estrutura ovalada. Ligado à moela, encontra-se o intestino delgado, composto por uma estrutura dobrada. Acima dele, encontra-se o intestino grosso, que é uma estrutura arredondada e comprida. Na parte posterior do sistema digestivo, encontra-se a cloaca.
Representação de ave, com destaque para o sistema digestório.

Fonte de pesquisa: BURNIE, David. Animal. Londres: Dorling Kindersley, 2001. p. 261.

Externamente, as aves apresentam o corpo revestido por penas, dois membros anteriores modificados em asas e dois membros posteriores. Além disso, apresentam bico.

Fotografia. Um pássaro com corpo marrom está pousado em um galho de árvore. Ele possui bico amarelo e asas encostadas ao corpo. As patas, que são amarronzadas, estão firmemente seguras ao galho. A parte interna do corpo do pássaro é laranja. Para as patas está indicado que são membros posteriores. Há um destaque para a seguinte informação textual: Sabiá-laranjeira: pode atingir aproximadamente 25 centímetros de comprimento.
Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris).

Página 219

Mamíferos

Gatos, cavalos, cachorros, bois, coelhos, ratos, golfinhos, baleias e gambás são exemplos de mamíferos. Os representantes desse grupo apresentam diversas características em comum, como o corpo coberto por pelos em alguma fase da vida, além de glândulas mamárias, que se desenvolvem nas fêmeas adultas e produzem o leite usado para alimentar os filhotes.

O sistema digestório dos mamíferos é do tipo completo e geralmente apresenta especializações que refletem o hábito alimentar de cada espécie. Observe a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Um cachorro com destaque para o sistema digestório. Na cabeça, há a boca com a língua, seguida pela faringe e pelo esôfago, órgãos em formato de tubo que levam até o estômago, uma estrutura arredondada. Ligado ao estômago, o pâncreas, pequena estrutura arredondada com partes irregulares. Abaixo do estômago, o fígado, estrutura arredondada. No lado direito do estômago, o intestino delgado, tubo curvo e fino. Acima dele, encontra-se o intestino grosso, estrutura arredondada que termina no ânus, que é a parte posterior do corpo, próximo à cauda.
Representação de um cachorro, com destaque para o sistema digestório.

Fontes de pesquisa: REECE, Jane B. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 871, 873.

DIGESTIVE system of the dog. Universidade do Estado de WashingtonCollege of Veterinary Medicine. Disponível em: https://oeds.link/XXvRrr. Acesso em: 12 mar. 2022.

A respiração dos mamíferos é pulmonar. Por isso, tanto os mamíferos terrestres quanto os aquáticos obtêm o gás oxigênio do ar atmosférico.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Um cavalo com destaque para o sistema respiratório. Na cabeça, a narina, uma pequena abertura no focinho. Na região do pescoço, a faringe seguida pela laringe e traqueia, estruturas tubulares arredondadas. Nas laterais da traqueia, os pulmões, estruturas grandes e arredondadas. Dentro deles, os brônquios, pequenos tubos com ramificações.
Representação de cavalo, com destaque para o sistema respiratório.

Fonte de pesquisa: RESPIRATORY Organs of a Horse. Florida Center for Instructional TechnologyUniversidade do Sul da Flórida. Disponível em: https://oeds.link/E7mVMh. Acesso em: 20 fev. 2022.

Página 220

Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Associe os grupos de animais vertebrados, representados pelas letras A a E, às características correspondentes aos animais desse grupo, representadas pelos números 1 a 5.

A. Peixes

B. Anfíbios

C. Répteis

D. Aves

E. Mamíferos

1. Os animais desse grupo apresentam uma ampla variedade de modos de locomoção, sendo o primeiro grupo de vertebrados terrestres. A respiração é do tipo pulmonar.

2. Os animais desse grupo realizam respiração pulmonar e as fêmeas adultas têm glândulas mamárias desenvolvidas, responsáveis pela produção de leite, usado para alimentar os filhotes.

3. Os animais desse grupo apresentam respiração pulmonar. A respiração é realizada pelos pulmões, auxiliados pelos sacos aéreos.

4. Os animais desse grupo podem ter o corpo coberto de escamas ou de pele grossa. A maioria deles respira por meio das brânquias.

5. Os animais desse grupo têm pele permeável, o que possibilita a respiração cutânea, mas também podem respirar por meio de brânquias e pulmões.

2. Um dos maiores equinodermos conhecidos é a estrela-do-mar da espécie Thromidia catalai, que pode atingir 75 centímetros de diâmetro. Observe a seguir.

Fotografia. Uma estrela-do-mar está sobre corais coloridos. Ela é branca e possui cinco braços amarronzados nas pontas.
Estrela-do-mar (Thromidia catalai).

a) O que caracteriza esse animal como um equinodermo?

b) Explique como é o sistema ambulacrário de um equinodermo e qual é a importância dele para esses animais.

Página 221

3. Observe as imagens e julgue as sentenças em falsas ou verdadeiras. Reescreva em seu caderno as que você considerar falsas, corrigindo-as.

A. Fotografia. Uma aranha amarronzada com corpo arredondado e oito patas, além de dois pedipalpos e fiandeiras.
Aranha (Ischnocolus jerusalemensis).

Aranha: pode atingir aproximadamente 3,5 cm de comprimento (corpo).

B. Fotografia. Um gafanhoto, animal com o corpo alongado, asas escuras na parte superior e parte inferior amarela, e patas finas. A cabeça é redonda e possui antenas.
Gafanhoto (Locusta migratoria).

Gafanhoto: pode atingir aproximadamente 5,5 cm de comprimento.

a) Os animais mostrados nas fotos A e B são representantes do filo Arthropoda. No entanto, o animal da imagem A pertence ao grupo dos crustáceos e o da imagem B ao grupo dos insetos.

b) A respiração de ambos os animais (A e B) é do tipo traqueal.

c) O animal A apresenta o corpo dividido em cefalotórax e abdome e o animal B tem o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.

d) A aranha (foto A) e o gafanhoto (foto B) têm o corpo revestido por um exoesqueleto. Essa estrutura passa pelo processo de troca durante o crescimento desses animais.

4. O caranguejo-violinista é um animal que pode ser encontrado em praias e manguezais, onde constrói tocas para se proteger de predadores.

Ele é conhecido por esse nome por atrair as fêmeas movimentando seus quelípodes, dando a impressão de que estão tocando um violino.

No macho, um dos quelípodes tem tamanho maior.

Fotografia. Um caranguejo em meio a um ambiente de terra. Ele é pequeno e escuro com uma parte do corpo semelhante a uma grande pinça. Essa parte está destacada, e é denominada quelípodes.
Caranguejo-violinista (Uca sp.) na praia do município de São Sebastião, SP, em 2021.

Caranguejo-violinista: pode atingir aproximadamente 5 cm de comprimento (carapaça).

Carapaça:
nesse animal refere-se à parte externa que recobre parte do cefalotórax.

a) A qual grupo do filo Arthropoda o caranguejo-violinista pertence?

b) Cite duas características do caranguejo-violinista que o relacionam a esse grupo.

Página 222

5. O gráfico a seguir apresenta a curva de crescimento de um crustáceo, desde sua fase juvenil até a formação do indivíduo adulto.

Curva de crescimento de um crustáceo

Gráfico de linha. No eixo vertical está o tamanho e no eixo horizontal está o tempo. Há um crescimento indicado de 0 até o ponto marcado com a letra A que fica estável até o ponto marcado com a letra B. Há um crescimento indicado entre o ponto marcado com a letra B e o ponto marcado com a letra C. Há uma constância entre o ponto marcado com a letra C e o ponto marcado com a letra D. E há um crescimento indicado entre o ponto marcado com a letra D e o ponto marcado com a letra E.

Fonte de pesquisa: BRUSCA, Richard C.; BRUSCA, Gary J. Invertebrados. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

a) Identifique no gráfico a(s) letra(s) que indica(m) o momento em que ocorre(m) a(s) muda(s). Justifique sua resposta.

b) Pense em um animal que não apresenta crescimento com mudas. Agora, esboce um gráfico de linha que represente como deve ser a curva de crescimento desse animal.

6. Para ajudar na identificação de seres vivos, os biólogos utilizam um sistema chamado chave de identificação. Observe o exemplo a seguir considerando uma maneira simples de classificar os invertebrados do filo Arthropoda.

1. artrópode com corpo dividido em cefalotórax e abdome - vá para 2

artrópode com corpo dividido em cabeça e tronco - Miriápode

artrópode com corpo dividido em cabeça, tórax e abdome - Inseto

2. artrópode com quatro pares de pernas - Aracnídeo

artrópode com várias pernas - Crustáceo

a) No caderno, monte uma chave de identificação para o filo Chordata. Para isso, selecione as características que diferenciam cada classe de seres vivos, ou seja, as características exclusivas.

Página 223

O que eu estudei?

Faça as atividades em uma folha de papel avulsa.

1. Escolha um ser vivo apresentado ao longo desta unidade e o classifique quanto às informações apresentadas a seguir.

Estrutura da célula – eucarionte ou procarionte.

Organização corpórea – unicelular; pluricelular com organização de tecidos e sistemas; pluricelular sem organização de tecidos e sistemas.

Nutrição – autótrofo ou heterótrofo.

Respiração – aeróbio ou anaeróbio.

Tipo de reprodução – sexuada ou assexuada.

Troque suas anotações com um colega de turma e verifiquem juntos se é necessário fazer alguma correção. Depois, partilhem suas anotações com os demais colegas da turma.

2. Elabore um desenho com legendas explicativas sobre a seguinte afirmação: "A célula é a menor unidade estrutural e funcional de um ser vivo.".

Versão adaptada acessível

2. Explique a afirmação “A célula é a menor unidade estrutural e funcional de um ser vivo.” com base nos níveis de organização dos seres vivos e nos processos que ocorrem nas células.

3. No início do tema Classificação dos seres vivos, você explicou a importância do nome científico. Após o estudo desta unidade, como você daria essa explicação? Depois, cite dois exemplos de nomes científicos e identifique o gênero e a espécie desses seres vivos.

4. No início do tema Filo Chordata, você citou os animais que identificou na imagem. Analise sua resposta e, com base no que você estudou na unidade, verifique a necessidade de corrigi-la. Em seguida, identifique os grupos de animais aos quais eles pertencem, cite semelhanças e diferenças entre esses grupos e indique outros exemplos de seres vivos que sejam incluídos em cada grupo.

5. Junte-se a um colega e escrevam em pedaços de papel os nomes dos filos do reino Animalia. Dobrem esses papéis e os depositem sobre a carteira. Sorteie um papel, leia o nome do filo para o colega e cite informações que você sabe sobre esse filo. Assim que você citar o que sabe, conversem entre si para complementar ou corrigir qualquer informação citada e anotem na folha de papel avulsa as principais informações. Em seguida, é a vez do outro integrante da dupla realizar o sorteio e citar as informações sobre o filo sorteado.

6. Elabore um esquema relacionando os conteúdos trabalhados nos capítulos 7 e 8. Em seguida, apresente seu esquema aos colegas.

Versão adaptada acessível

6. Elabore um resumo com os principais itens dos conteúdos trabalhados nos capítulos 7 e 8. Em seguida, apresente-o oralmente aos colegas.