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CAPÍTULO

10 Percebendo o ambiente

Para iniciar nosso estudo sobre os sentidos do corpo humano, realize a atividade prática sugerida a seguir.

Ícone Objeto digital

Vamos praticar

Vivemos em um mundo cercado por estímulos, como as luzes, os odores e os sons, que nos permitem perceber e interagir com o ambiente. Que tal perceber alguns estímulos do ambiente?

Materiais

venda para os olhos

A. Organize as cadeiras em círculo, junto com seus colegas. Em seguida, coloque a venda em seus olhos.

B. O professor vai colocar alguns objetos em suas mãos. Você pode tocá-los, sentir o odor e escutar os sons que podem ser emitidos pelos objetos. Tente identificá-los. Ao final, fale o nome do objeto para seu professor.

Fotografia. Uma criança sentada, representada da cintura para cima, segurando com as duas mãos uma esfera feita de papel. Ele está sorrindo e com os olhos vendados.
Imagem referente à etapa B.

Agora, responda às questões a seguir no caderno.

a) Quais são os órgãos do sentido que você utilizou para identificar os objetos?

b) Ícone em grupo. Converse com os colegas sobre o que vocês podem concluir com essa atividade.

Estamos cercados por estímulos externos que nos auxiliam a perceber o ambiente à nossa volta. Essa percepção do ambiente é fundamental, por exemplo, para interagirmos com outros seres vivos, para realizar atividades diárias e para evitarmos situações de perigo.

Podemos perceber os estímulos tanto externos quanto internos por meio dos sentidos.

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Para que essa percepção ocorra, os estímulos são detectados por estruturas denominadas receptores sensoriais, que estão presentes nos chamados órgãos do sentido.

Por exemplo, os sons são detectados por receptores sensoriais existentes nas orelhas; a luz, por receptores sensoriais nos olhos; já o gosto dos alimentos é detectado por receptores sensoriais presentes na língua; o odor, por receptores sensoriais encontrados no nariz; e o toque, por receptores sensoriais existentes na pele.

Os estímulos do ambiente detectados pelos receptores sensoriais são transformados em impulsos nervosos que são transmitidos para a parte central do sistema nervoso, onde são interpretados. Observe a seguir como ocorre essa interação entre um órgão do sentido e o sistema nervoso.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Fotografia e ilustrações. Marcada com a letra A, uma pessoa representada do peito para cima. Ela está com os olhos fechados e segurando um frasco de perfume com a mão esquerda, e a mão direita segura a tampa do frasco próxima ao nariz. Marcado com a letra B, destaque para o nariz da pessoa. Marcada com a letra C, uma silhueta de uma pessoa representada do peito para cima, com destaque para o encéfalo. Acima da cabeça, há um balão de pensamento com o desenho de uma rosa cor-de-rosa com folhas verdes.
Pessoa aspirando o odor de um perfume (imagem A), com destaque para o nariz, órgão receptor desse estímulo (imagem B), e representação de parte de silhueta humana com destaque para algumas estruturas da porção central do sistema nervoso (imagem C).

Fonte de pesquisa: PAULSEN, Friedrich; WASCHKE, Jens (coord.). Sobotta: atlas de anatomia humana: cabeça, pescoço e neuroanatomia. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. p. 258.

A. Ao abrir um frasco de perfume, algumas de suas moléculas se difundem no ar e chegam até o nariz.

B. As moléculas do perfume estimulam receptores sensoriais do nariz, os quais geram impulsos nervosos.

C. Os impulsos nervosos são conduzidos, por nervos, até o encéfalo, onde são interpretados. As moléculas do perfume, por exemplo, podem nos fazer lembrar o cheiro de uma rosa.

Vamos estudar a seguir, de maneira detalhada, como o cheiro e outros estímulos são detectados nos diferentes órgãos do sentido do ser humano.

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Visão

A visão é o sentido relacionado à detecção de estímulos luminosos. Por meio desse sentido é possível enxergar o que está ao redor.

Os olhos são os órgãos sensoriais desse sentido e apresentam receptores sensíveis à luz. Para que possamos enxergar, a luz deve entrar em nossos olhos e atingir a retina, onde estão localizados os receptores sensoriais. Observe a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Silhueta do interior do olho de uma pessoa que está de perfil. O formato é circular e a parte interna é chamada de humor vítreo. Na frente, há uma camada fina chamada córnea, seguida por uma camada mais grossa, o humor aquoso. A pupila é uma abertura na parte central do olho, cercada pela íris, que está conectada à coroide, que envolve o olho. A lente, que é circular e espessa, fica atrás da íris. A retina, que está ligada ao nervo óptico na parte posterior do olho, fica ao redor da lente. A esclera é a camada externa que envolve todo o olho. Um objeto arredondado aparece na frente do olho e é projetado como uma faixa de luz que entra no olho. A imagem aparece menor e invertida na parte posterior do olho.
Representação da formação da imagem na retina e percepção da imagem. Na imagem, olho e nervo óptico estão representados em corte.

Fonte de pesquisa: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Tradução: Alexandre Lins Verneck et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 308.

A luz refletida por um objeto, como a maçã, atinge primeiro a córnea. Em seguida, passa pelo humor aquoso e pela pupila. A pupila encontra-se no centro da íris, a parte colorida do olho, e controla a entrada de luz no órgão.

Após passar pela pupila, a luz atravessa a lente, estrutura na qual os feixes de luz são focalizados na retina. Após atravessar a lente, os feixes de luz passam pelo humor vítreo e atingem a retina, camada interna do olho recoberta externamente por uma membrana fina chamada coroide e pela esclera.

Na retina, os receptores sensoriais são estimulados e geram impulsos nervosos, que são transmitidos pelo nervo óptico ao encéfalo, onde ocorre a interpretação da imagem.

Como estudamos, a íris controla a entrada de luz nos olhos. Esse controle é feito por meio das fibras musculares que formam a íris, em resposta à intensidade de luz do ambiente.

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Observe a seguir como ocorre o controle de entrada dos raios de luz nos olhos.

Fotografia. Marcada com a letra A, destaque para o olho azul de uma pessoa, com a pupila dilatada, esfera escura no centro. Marcada com a letra B, destaque para o olho azul de uma pessoa, com a pupila dilatada, esfera escura menor no centro.
Olho de uma mesma pessoa em ambiente pouco iluminado (A) e em ambiente muito iluminado (B).

A. Em um ambiente pouco iluminado, o sistema nervoso promove a contração de músculos da íris, de modo que a pupila se dilata, possibilitando a entrada de maior quantidade de luz no interior dos olhos.

B. Em um ambiente com muita luminosidade, o sistema nervoso promove a contração de outro grupo de músculos da íris, causando a contração da pupila. Isso evita que o excesso de luz atinja a retina, o que poderia danificá-la.

Problemas de visão

Observe a imagem a seguir.

Fotografia. À esquerda, há uma maçã vermelha, grande e nítida. À direita, encontra-se uma maçã menor, também nítida, porém mais distante.
Imagem de duas maçãs vistas por uma pessoa sem problemas de visão.

Questão 1. Ícone atividade oral. Você consegue enxergar com nitidez os elementos dessa foto?

Algumas pessoas têm dificuldade em enxergar nitidamente os elementos da foto por conta de algum problema de visão, como a miopia, a hipermetropia ou o astigmatismo, os quais comprometem a focalização da luz na retina. Nesses casos, é necessário usar óculos de lentes de correção ou lentes de contato específicas, que auxiliarão a corrigir esses problemas.

A partir de agora, vamos estudar como as pessoas com miopia, hipermetropia e astigmatismo enxergam uma imagem.

Pessoas com miopia têm dificuldade de enxergar objetos distantes delas.

Fotografia. À esquerda, há uma maçã vermelha, grande e nítida. À direita, encontra-se uma maçã menor, porém mais distante e embaçada.
Imagem vista por uma pessoa com miopia.

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Ao contrário da miopia, pessoas com hipermetropia têm dificuldade de enxergar com nitidez objetos próximos delas.

Já as pessoas com astigmatismo enxergam tanto objetos próximos quanto objetos distantes com pouca nitidez.

Fotografia. À esquerda, há uma maçã vermelha, grande e embaçada. À direita, encontra-se uma maçã menor, porém mais distante e nítida.
Imagem vista por uma pessoa com hipermetropia.
Fotografia. À esquerda, há uma maçã vermelha, grande e embaçada. À direita, encontra-se uma maçã menor, porém mais distante e também embaçada.
Imagem vista por uma pessoa com astigmatismo.

Vamos estudar a seguir como esses problemas de visão comprometem a focalização da luz na retina e, consequentemente, a formação de imagens nítidas. Estudaremos também quais tipos de lente são usados para a correção de cada problema de visão.

Miopia

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustrações. Marcado com o número 1, um olho com destaque para a lente. À frente, linhas com uma seta para cima indicam o raio de luz que se dirige para a lente, invertendo a imagem no fundo do olho sem tocar na camada posterior, com uma seta para baixo e indicando a focalização da imagem antes da retina. Marcado com o número 2, outro olho com destaque para a lente. À frente, linhas com uma seta para cima indicam o raio de luz que se dirige para a lente do olho, passando pela lente divergente (que está à frente do olho e é côncava) e invertendo a imagem no fundo do olho, com uma seta para baixo, indicando a focalização da imagem na retina.
Representação da formação da imagem no olho de uma pessoa com miopia (imagem 1) e representação da correção desse problema de visão com o uso de lente divergente (imagem 2).

Fonte de pesquisa: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Tradução: Alexandre Lins Verneck et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 309.

1. Na miopia os raios de luz são focalizados antes da retina. Isso pode ser causado por um bulbo do olho alongado ou por uma lente do olho espessa.

2. A correção da miopia é feita com o uso de óculos com lentes côncavas, conhecidas como lentes divergentes. Ao atravessar essas lentes, os raios de luz paralelos sofrem desvio e se espalham. A focalização da imagem então ocorre na retina.

Côncava
: superfície curva, mais profunda no centro do que na extremidade.

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Hipermetropia

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustrações. Marcado com o número 1, um olho com destaque para a lente. À frente, linhas com uma seta para cima indicam o raio de luz que segue em direção à lente do olho e inverte a imagem atrás do olho, com uma seta para baixo indicando a focalização da imagem depois da retina. Marcado com o número 2, outro olho com destaque para a lente. À frente, linhas com uma seta para cima indicam o raio de luz que segue em direção à lente do olho, passando pela lente convergente (à frente do olho e convexa) e inverte a imagem no fundo do olho, com uma seta para baixo indicando a focalização da imagem na retina.
Representação da formação da imagem em olho de pessoa com hipermetropia (imagem 1) e representação da correção da hipermetropia com uso de lente convergente (imagem 2).

Fonte de pesquisa: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Tradução: Alexandre Lins Verneck et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 309.

1. Na hipermetropia os raios de luz são focalizados depois da retina. Isso pode ser provocado por um bulbo do olho curto ou por uma lente do olho fina.

2. A correção da hipermetropia é feita com o uso de óculos com lentes convexas, conhecidas como lentes convergentes. Ao atravessar essas lentes, os raios de luz paralelos sofrem desvio e se concentram em um ponto, formando a imagem na retina.

Convexa:
superfície curva com a parte central mais espessa que as bordas.

Astigmatismo

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustrações. Marcado com o número 1, um olho com destaque para a lente. À frente, linhas duplas com uma seta para cima indicam o raio de luz que segue em direção à lente do olho e inverte a imagem atrás do olho, antes de chegar na camada, com duas setas para baixo, indicando a focalização da imagem. Marcado com o número 2, outro olho com destaque para a lente. À frente, linhas duplas com uma seta para cima indicam o raio de luz que segue em direção à lente do olho, passando pela lente cilíndrica (à frente do olho) e inverte a imagem no fundo do olho, encostando na retina, com uma seta para baixo indicando a focalização da imagem na retina.
Representação da formação da imagem em olho de pessoa com astigmatismo (imagem 1) e representação da correção do astigmatismo com uso de lente cilíndrica (imagem 2).

Fonte de pesquisa: HERLIHY, Barbara; MAEBIUS, Nancy. Anatomia e fisiologia do corpo humano saudável e enfermo. Tradução: Edson Aparecido Liberti (coord.). Barueri: Manole, 2002. p. 228.

1. No astigmatismo os raios de luz são desviados de forma irregular e podem ser focalizados em mais de um ponto. Isso pode ser causado por curvatura irregular da córnea ou variações na superfície da lente do olho.

2. A correção do astigmatismo é feita com o uso de óculos com lentes cilíndricas, que focalizam os raios de luz em uma única direção e a imagem é focalizada na retina.

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O tema é ...

Ciência e tecnologia

Tecnologia e acessibilidade

Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm o direito de ir e vir e, portanto, de ter acesso aos mais diversos espaços.

Para que esses direitos sejam respeitados, as pessoas com deficiência devem ter acesso a diferentes locais e serviços, e para isso são necessárias algumas adaptações.

Atualmente, as tecnologias que favorecem a acessibilidade de pessoas com deficiência, seja física, sensorial ou intelectual, eliminam várias barreiras e promovem a inclusão, o que melhora a qualidade de vida dessas pessoas.

Independentemente do tipo de deficiência, os direitos das pessoas devem ser respeitados. Por exemplo, no caso de pessoas com deficiência visual, é preciso que sejam ofertados vários recursos públicos. Leia alguns deles a seguir.

  • Piso tátil em calçadas.
  • Provas de seleção impressas com letras maiores para pessoas com baixa visão.
  • Texto de orientação em braile nos elevadores.
  • Livros didáticos adaptados.

Conheça a seguir algumas novidades tecnológicas que contribuem para a acessibilidade de pessoas com deficiência visual, que é um tipo de deficiência sensorial.

A bengala com GPS (Sistema de Posicionamento Global) armazena percursos, os quais são informados à pessoa por fone de ouvido. Sensores permitem que a pessoa sinta na mão que segura a bengala os movimentos de uma seta indicando a presença de obstáculos, escadas ou direções a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Uma pessoa de óculos caminhando sobre um local com faixas e vegetação ao lado, segurando uma bengala com uma esfera na ponta.
Representação de pessoa com deficiência visual utilizando uma bengala com GPS.

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Os óculos inteligentes captam imagens com uma câmera e as envia a um computador portátil. Nele, as imagens são processadas de acordo com a capacidade de visão de cada pessoa. Assim, o usuário consegue evitar obstáculos enquanto caminha.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Pessoa representada dos ombros para cima, segurando óculos escuros sobre o rosto. Na frente da lente esquerda dos óculos, há um elemento retangular e cinza, enquanto na lente direita há um elemento menor.
Representação de pessoa com deficiência visual utilizando óculos inteligente.

Outro recurso que favorece a acessibilidade de pessoas com deficiência visual são os aplicativos de smartphone. Essa tecnologia facilita, por exemplo, a comunicação, a leitura de livros e a identificação do que está ao redor da pessoa por meio da conversão de textos em áudios.

Por meio do respeito, somos capazes de valorizar e saber agir de maneira correta com deficientes visuais, compreendendo e respeitando as diferenças. Assim, podemos cobrar, juntos, que a acessibilidade seja garantida a essas pessoas.

Agora, responda às questões a seguir no caderno.

1. Que impactos as tecnologias apresentadas podem ter para pessoas com deficiência visual?

2. Em sua opinião, todas as pessoas têm acesso às tecnologias apresentadas? Conversem sobre isso.

3. Ícone em grupo. Converse com um colega sobre as dificuldades que pessoas com deficiência visual podem ter na rotina escolar.

4. Ícone em grupo. Analise com um colega as dependências da escola e proponha medidas para melhorar a acessibilidade. Em seguida, elaborem, em conjunto, um relatório com sugestões de melhoria e entreguem para a equipe diretiva.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. A catarata é uma doença causada pela perda de transparência das lentes dos olhos. Entre as diversas causas possíveis está o envelhecimento. Por isso, a catarata é mais comum em pessoas com mais de 50 anos. O tratamento é feito com cirurgia, substituindo a lente natural dos olhos por uma lente artificial.

Com base em seus conhecimentos sobre a estrutura dos olhos, explique por que a catarata pode prejudicar a visão.

2. Observe a imagem a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Interior de um olho que está de perfil e com as estruturas sinalizadas por letras. Indicada pela letra A, esfera escura ao centro do olho. Indicada com a letra B, camada à frente da esfera escura. Indicado com a letra C, uma forma circular e espessa. Indicada pela letra D, camada que está ligada ao nervo óptico na parte posterior do olho, fica ao redor de C. Indicada com a letra E, uma camada fina, na parte frontal. Indicada pela letra F, camada externa que envolve todo o olho. Indicada pela letra G, uma camada mais grossa, localizada na frente de B. Indicada pela letra H, a parte interna do olho com veias.
Representação do olho humano em corte.

Fontes de pesquisa: PAULSEN, Friedrich; WASCHKE, Jens (coord.). Sobotta: atlas de anatomia humana: cabeça, pescoço e neuroanatomia. Tradução: Marcelo Sampaio Narciso. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. v. 3. p. 258.

TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Tradução: Alexandre Lins Verneck et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 304.

a) Identifique a estrutura do olho humano, indicada na imagem, a que se refere cada uma das frases a seguir.

1. Estrutura transparente que focaliza os raios de luz na retina.

2. Local onde as células receptoras são estimuladas pela luz.

3. Orifício no meio da íris, por onde a luz penetra no olho.

b) Descreva o caminho percorrido por um feixe de luz do ambiente até os receptores sensoriais presentes na retina.

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3. As situações a seguir (A, B e C) descrevem os problemas de visão de três pessoas. Identifique quais são esses problemas e qual é o tipo de lente mais adequado para corrigir cada um deles.

A. Diogo conseguiu ler com facilidade a placa de um anúncio que se encontrava a 10   m de distância de seus olhos, mas teve dificuldades para ler o texto de uma revista que estava a 15   cm .

B. Maria não consegue enxergar nitidamente os objetos que se localizam perto nem os que se localizam longe de seus olhos. Ela reclama que vê tudo com pouca nitidez.

C. Carlos não conseguiu enxergar nitidamente uma placa de trânsito que estava a alguns metros de seu carro, mas todos os dias lê com facilidade os jornais impressos.

4. Leia o texto a seguir e responda às questões propostas.

Os óculos de sol são muito utilizados como acessório estético e é possível encontrá-los em várias cores e formatos. No entanto, a principal importância dos óculos de sol é proteger os olhos do excesso de luz e dos raios ultravioleta.

Por isso, ao comprar óculos de sol é importante estar atento à sua qualidade e ao material das lentes. Este deve ter filtro de proteção contra raios ultravioleta para proteger adequadamente os olhos.

Fotografia. Na parede há vários óculos de sol e duas mãos de uma pessoa segurando um deles.
Pessoa escolhendo óculos de sol em uma ótica.

a) Sabendo que ao utilizarmos óculos de sol nossa pupila dilata, o que pode acontecer caso não haja filtro ultravioleta na lente dos óculos?

b) Qual é a estrutura dos olhos responsável pela dilatação e contração da pupila?

c) Faça uma pesquisa na internet sobre os problemas que os raios ultravioleta podem causar aos olhos.

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Audição

A audição é o sentido que nos permite captar os estímulos sonoros (sons), ou seja, as ondas que se propagam no ar. Por meio desse sentido podemos, por exemplo, escutar músicas, a voz de uma pessoa nos chamando e a buzina de um carro.

As orelhas são os órgãos sensoriais da audição. Nos seres humanos elas são divididas em três regiões principais: externa, média e interna. Observe a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Estruturas de uma orelha parcialmente em corte. Está indicado da esquerda para a direita a orelha externa, a orelha média e a orelha interna. Na orelha externa, está a orelha, estrutura cartilaginosa com formato semelhante a uma concha. Ela está ligada ao meato acústico externo, um tubo cilíndrico que leva à orelha média e à orelha interna. Há indicações para a membrana timpânica, uma estrutura curvada e ovalada. Ligados à membrana timpânica estão o martelo e a bigorna, estruturas finas arredondadas que levam ao estribo, um filamento que está junto ao vestíbulo, estrutura com formato ovalado e achatado e a janela do vestíbulo, uma pequena haste. Abaixo, a tuba auditiva, estrutura tubular. À direita do vestíbulo, está a cóclea, com formato semelhante um caracol ou espiral. Acima dela, os ductos semicirculares, tubos cilíndricos curvos.
Representação das estruturas das regiões interna, média e externa da orelha, parcialmente em corte.

Fonte de pesquisa: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Tradução: Alexandre Lins Verneck et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 311.

Orelha externa: é formada pela orelha, que é a parte que enxergamos, pelo meato acústico externo e pela membrana timpânica e tem como principal papel receber as ondas sonoras do ambiente.

O meato acústico externo conduz as ondas sonoras até as regiões internas da orelha. Ele contém pelos e glândulas secretoras de cera, as quais auxiliam na proteção contra a entrada de corpos estranhos, como microrganismos e sujeira.

A membrana timpânica está localizada entre a orelha externa e a orelha média e vibra com as ondas sonoras.

Orelha média: é formada por três pequenos ossos que se articulam entre si, o martelo, a bigorna e o estribo. Este último se liga à orelha interna por meio de uma pequena abertura, chamada janela do vestíbulo. Na orelha média há também a tuba auditiva, um canal que conecta a orelha à faringe. Esse canal também ajuda a manter a pressão do ar igual nas duas faces da membrana timpânica.

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Orelha interna: é formada por um conjunto de canais. Por isso, ela é também chamada labirinto. Os canais que formam a orelha interna são os ductos semicirculares, o vestíbulo e a cóclea. Nesses canais, estão presentes as células que transformam os estímulos sonoros recebidos em impulsos nervosos. O labirinto também apresenta estruturas relacionadas ao equilíbrio do corpo.

Como estudamos, nas orelhas há células receptoras que geram impulsos nervosos ao serem estimuladas pelas vibrações das ondas sonoras. Esses impulsos são enviados ao encéfalo, onde serão interpretados, possibilitando a percepção do som ambiente. Observe a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Fotografia e ilustrações. Marcada com a letra A, uma pessoa sorridente segurando um rádio próximo à orelha. Marcada com a letra B, destaque para a silhueta de uma orelha com ondas sonoras próximas e em seu interior. Marcada com a letra C, destaque para a silhueta de uma pessoa representada do peito para cima, com destaque no encéfalo. Acima da cabeça, há um balão de pensamento com o desenho de partituras musicais.
Pessoa ouvindo música (imagem A) e representações de estruturas relacionadas à percepção do som emitido pelo rádio: orelha parcialmente em corte (imagem B) e estruturas da porção central do sistema nervoso, em uma silhueta (imagem C).

Fonte de pesquisa: PAULSEN, Friedrich; WASCHKE, Jens (coord.). Sobotta: atlas de anatomia humana: cabeça, pescoço e neuroanatomia. Tradução: Marcelo Sampaio Narciso. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. v. 3. p. 258.

A. As ondas sonoras emitidas pelo rádio de som atingem a orelha do ser humano. Essas ondas seguem pelo meato acústico externo até a membrana timpânica, fazendo-a vibrar.

B. A membrana timpânica é conectada ao martelo. Assim, quando ela vibra, o martelo também vibra. Como os ossículos são articulados entre si, a vibração do martelo se propaga aos demais ossos da orelha média e faz com que a bigorna e o estribo também vibrem. Dessa maneira, a vibração que se iniciou no tímpano é transmitida para a janela do vestíbulo. A vibração na janela do vestíbulo faz vibrar um líquido existente no interior da cóclea. Nesse canal, há receptores para a vibração, os quais são estimulados, gerando impulsos nervosos que são encaminhados ao encéfalo. No encéfalo, os impulsos nervosos são interpretados, possibilitando-nos compreender as diferentes características do som emitido pelo rádio.

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Problemas de audição

Observe a foto a seguir.

Fotografia. Duas crianças sentadas em um sofá. Ambas estão com um dos braços erguidos e fazendo gestos um para o outro.

Questão 2. Ícone atividade oral. Por que as pessoas mostradas na foto estão fazendo sinais com as mãos? Você já viu alguém fazendo esses sinais? Compartilhe com os colegas.

Como estudamos, por meio da audição podemos perceber os sons ao nosso redor. No entanto, algumas pessoas têm dificuldades de ouvir, em razão de algum problema auditivo, que pode causar a perda total ou parcial da audição.

A perda parcial ou total da audição pode acometer pessoas de todas as idades. Alguns fatores, como o envelhecimento, a exposição repetida a ruídos altos, o uso de alguns medicamentos e as infecções, podem prejudicar as estruturas da orelha média ou interna e, portanto, a audição.

Além disso, há casos em que a pessoa já nasce com essa deficiência, que pode ser causada, por exemplo, por má-formação durante o desenvolvimento embrionário.

Dependendo do problema, é recomendado o uso de aparelhos específicos, que melhoram a capacidade auditiva.

Fotografia. Destaque para a orelha de uma pessoa com um pequeno objeto introduzido nela, um aparelho auditivo.
Pessoa com deficiência auditiva usando um aparelho auditivo.

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Uma das formas de comunicação utilizada por pessoas com deficiência auditiva se baseia no uso da língua de sinais. Assim como os idiomas falados, cada país tem sua própria língua de sinais. O Brasil, por exemplo, tem a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Libras é uma língua gestual-visual, ou seja, a informação é transmitida por meio de gestos e é captada por meio da visão.

Na imagem da página anterior, pudemos observar dois adolescentes se comunicando por meio da Libras. Nessa comunicação, além da gesticulação das mãos, são utilizadas expressões faciais e até mesmo corporais para transmitir uma informação.

A imagem a seguir representa os sinais do alfabeto em Libras. Destaca-se, porém, que o alfabeto é mais utilizado para escrever os nomes próprios. Durante a comunicação em Libras, as pessoas não ficam apenas representando as palavras do português, letra por letra. Libras tem uma estrutura própria, com sinais que representam conceitos, objetos, sentimentos e ações.

Ilustração. Mãos em diversas posições formando o alfabeto em libras. A letra A é formada quando os dedos indicador, médio, anelar e mínimo estão encostados na palma da mão e o dedo polegar está posicionado para cima. A letra B é formada quando os dedos indicador, médio, anelar e mínimo estão posicionados para cima e o polegar está dobrado, encostando na palma da mão. A letra C é formada quando os dedos indicador, médio, anelar e mínimo estão curvados, semifechados, formando um C com a mão. A letra C cedilha é formada quando os dedos indicador, médio, anelar e mínimo estão curvados, semifechados, formando um C com a mão, mas com movimento. A letra D é formada quando os dedos médio, anelar e mínimo estão fechados encostando no polegar e o dedo indicador está erguido. A letra E é formada quando todos os dedos estão encostando na palma da mão. A letra F é formada quando os dedos médio, anelar e mínimo estão erguidos, o dedo indicador está dobrado para a frente e o polegar encostando no indicador. A letra G é formada quando o indicador e o polegar estão voltados para cima e os dedos médio, anelar e mínimo estão encostando na palma da mão. A letra H é formada quando os dedos indicador e médio estão erguidos, o polegar o anelar e o mínimo estão encostando na palma da mão e há um movimento rotatório. A letra I é formada quando o dedo mínimo está erguido e os outros dedos encostados na palma da mão e o dedo polegar está sobre os outros dedos. A letra J é formada quando o dedo mínimo está erguido e os outros dedos encostados na palma da mão. A mão fica posicionada horizontalmente e há um movimento da mão formando um jota. A letra K é formada quando os dedos indicador e médio estão erguidos, o polegar o anelar e o mínimo estão encostando na palma da mão e há um movimento da mão para cima. A letra L é formada quando o indicador está voltado para cima, o polegar para o lado e os dedos médio, anelar e mínimo estão encostando na palma da mão. A letra M é formada quando a mão está posicionada para baixo, com os dedos indicador, médio e anelar esticados e os dedos polegar e mínimo encostados na palma da mão. A letra N é formada quando a mão está posicionada para baixo, com os dedos indicador e médio esticados e os dedos anelar, polegar e mínimo encostados na palma da mão. A letra O é formada quando os dedos estão curvados, fechados, formando um O com a mão. A letra P é formada quando a mão está posicionada horizontalmente, os dedos indicador e médio estão esticados, o dedo médio e o anelar estão encostando na palma da mão e o polegar encostado no dedo médio. A letra Q é formada quando a mão está posicionada para baixo, com o dedo indicador esticado e os outros dedos encostados na palma da mão. A letra R é formada quando os dedos indicador e médio estão erguidos e se cruzando, o polegar o anelar e o mínimo estão encostando na palma da mão. A letra S é formada quando os dedos indicador, médio, anelar e mínimo estão encostados na palma da mão e o dedo polegar está posicionado em cima dos outros dedos. A letra T é formada quando os dedos médio, anelar e mínimo estão erguidos, o dedo indicador está dobrado para a frente e o polegar atrás do indicador. A letra U é formada quando os dedos indicador e médio estão erguidos, o polegar o anelar e o mínimo estão encostando na palma da mão. A letra V é formada quando os dedos indicador e médio estão erguidos e separados, o polegar o anelar e o mínimo estão encostando na palma da mão. A letra W é formada quando os dedos indicador, médio e anelar estão erguidos e separados, o polegar e o mínimo estão encostando na palma da mão. A letra X é formada quando a mão está posicionada horizontalmente, o dedo indicador está posicionado para a frente e dobrado; os outros dedos estão encostando na palma da mão e há um movimento da mão para trás. A letra Y é formada quando os dedos indicador, médio e anelar estão encostados na palma da mão e os dedos polegar e mínimo estão esticados para cima e há um movimento da mão para baixo. A letra Z é formada quando a mão está posicionada horizontalmente, o dedo indicador está posicionado para a frente; os outros dedos estão encostando na palma da mão. A mão se move formando a letra Z.
Representação dos sinais do alfabeto em Libras.

Sugestões complementares

No site VLibras você tem acesso a ferramentas gratuitas que traduzem de maneira animada textos e áudios para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Página inicial do site 'VLibras'. Nele há botões e informações textuais e uma ilustração na parte inferior direita de um homem e uma mulher, lado a lado, representados da cintura para cima. O homem está com os dedos indicador e médio esticados para cima.
Imagem da página inicial do site VLibras.

VLibras. Disponível em: https://oeds.link/isFxnT. Acesso em: 21 fev. 2022.

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O tratamento para a perda auditiva depende de cada caso. Em algumas pessoas uma cirurgia pode reestabelecer a audição, como quando ocorre a perfuração da membrana timpânica. Em outros casos, a perda de audição é irreversível.

Devemos ter alguns cuidados para prevenir problemas de audição, como evitar exposição a ruídos intensos, evitar escutar música em volume alto e evitar o uso excessivo de fones de orelha. Além disso, é necessário utilizar protetores auriculares, caso trabalhe em locais com ruído elevado.

A importância do uso de protetores auriculares

A audição, assim como outros sentidos do corpo humano, nos possibilita interagir e interpretar o ambiente ao nosso redor. Algumas situações, no entanto, podem oferecer risco para esse sentido. Por isso, devemos estar atentos para evitar tais circunstâncias ou, quando isso não é possível, nos proteger delas, visando minimizar os efeitos nocivos à saúde

Algumas profissões, por exemplo, apresentam situações em que o profissional precisa ficar exposto a ruídos, como é o caso do fiscal de pátio, profissional que auxilia os pilotos a manobrar os aviões. Nessas condições, em que não é possível diminuir o ruído gerado no ambiente a níveis seguros, o profissional precisa utilizar um Equipamento de Proteção Individual (EPI) para a proteção auditiva.

Esses equipamentos de proteção auricular podem ser de dois tipos: plugues, que são inseridos no interior do canal auditivo, ou conchas, que cobrem toda a orelha. Independentemente do tipo de protetor, todos têm o objetivo de vedar as orelhas e suas estruturas e diminuir os ruídos que chegam ao canal auditivo.

Fotografia. Um homem no aeroporto na frente de um avião. Ele usa um protetor auricular, um colete verde e segura um pequeno bastão laranja com o braço direito erguido, enquanto segura outro bastão laranja com o braço esquerdo esticado. Ele também carrega um rádio comunicador em sua calça.
Fiscal de pátio utilizando protetor auricular do tipo concha no aeroporto Castro Pinto, no munícipio de João Pessoa, PB, em 2021.

a) Ícone atividade oral. Cite outra profissão em que é necessário utilizar protetor auditivo.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Observe a imagem a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Estruturas de uma orelha parcialmente em corte. Marcado com a letra A, um tubo cilíndrico que leva à orelha média e à orelha interna. Marcada com a letra B, uma estrutura curvada e ovalada. Marcada com a letra C, uma estrutura fina arredondada. Marcada com a letra D, outra estrutura fina e arredondada. Marcado com a letra E, um filamento. Marcada com a letra F, uma estrutura tubular. Marcada com a letra G, uma pequena haste. Marcados com a letra H, tubos cilíndricos curvos. Marcada com a letra I, estrutura com formato ovalado e achatado. Marcada com a letra J, uma estrutura com formato semelhante um caracol ou espiral. Marcada com a letra K, uma estrutura cartilaginosa, com formato semelhante a uma concha, na parte externa da orelha.
Representação das estruturas que compõem as regiões da orelha, parcialmente em corte.

Fonte de pesquisa: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Tradução: Alexandre Lins Verneck et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 311.

a) Identifique a estrutura da orelha humana, indicada na imagem, a que se refere cada uma das frases a seguir.

1. Canal que conecta a orelha à faringe.

2. Encaminha as ondas sonoras à orelha média.

3. Membrana que vibra com as ondas sonoras.

b) Escreva, em seu caderno, os nomes das estruturas que fazem parte da orelha externa, da orelha média e quais fazem parte da orelha interna.

c) Identifique as letras das estruturas indicadas na imagem que estão relacionadas com o equilíbrio do corpo.

d) Descreva o caminho que as ondas sonoras provenientes do ambiente percorrem até chegar aos receptores sensoriais da orelha.

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2. Leia o trecho da reportagem a seguir e responda às questões propostas.

Alunos criam aplicativo para melhorar experiência sensorial de surdos
Aplicativo capta sons emitidos e faz aparelho vibrar em tempo real
Um grupo de alunos da Escola de Inovadores desenvolveu um aplicativo para proporcionar uma experiência sensorial aos portadores de deficiência auditiva. Utilizando uma programação de inteligência artificial o aplicativo Feel the Music (FTN, sinta a música, em tradução livre), capta os sons que estão sendo emitidos e faz o aparelho de telefone celular vibrar no ritmo desses sons, em tempo real. […]

ALBUQUERQUE, Flávia. Alunos criam aplicativo para melhorar experiência sensorial de surdos. Agência Brasil, 8 ago. 2021. Disponível em: https://oeds.link/kMtTVK. Acesso em: 18 mar. 2022.

a) Que benefícios esse aplicativo pode trazer para as pessoas com deficiência auditiva?

b) Qual é a importância do desenvolvimento de trabalhos para a sociedade, como o realizado pelos alunos citados no trecho da reportagem?

c) Se você fosse convidado por uma empresa para criar um aplicativo que facilitasse a rotina de uma pessoa com algum tipo de deficiência, como seria esse aplicativo?

3. Observe a charge a seguir.

Charge. À direita, há uma casa com uma grande janela e porta. Dentro da casa, há uma pessoa em pé, com o corpo inclinado para trás, ao lado de várias caixas de som. Ao redor, há muitas notas musicais e formas brancas, como fumaça saindo do teto e da porta. À esquerda, há outra casa, onde uma pessoa está na janela, olhando em direção a casa com as notas musicais, com um travesseiro sobre as orelhas. Acima da pessoa, há estrelas saindo de sua cabeça e um relógio marcando três horas. À frente dela, há um galo em cima de um poleiro, escondendo as orelhas com as asas, e também com estrelas saindo de sua cabeça. É noite.

ARIONAURO. Poluição sonora noite. Arionauro Cartuns, 9 ago. 2018. Disponível em: https://oeds.link/0AxgCp. Acesso em: 18 mar. 2022.

a) O que as personagens mostradas na charge estão fazendo?

b) Qual problema está sendo retratado na charge?

c) Quais são as consequências da atitude da personagem que mora na casa azul para a saúde?

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Olfato

O olfato é o sentido do corpo humano que nos permite perceber a presença de certas substâncias no ar, resultando nas sensações dos diferentes cheiros. É por meio desse sentido que podemos sentir odores agradáveis, como o perfume das flores e o aroma dos alimentos. Esse sentido também pode nos alertar sobre alguns perigos, por exemplo, quando um alimento não está bom para o consumo ou quando um alimento está queimando no fogão.

O nariz é o órgão sensorial do olfato. Nele, há receptores olfatórios, na porção superior de sua cavidade. Ao serem estimulados por determinadas substâncias químicas, esses receptores geram impulsos nervosos. Observe a seguir.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Fotografia e ilustrações. Marcado com a letra A, um homem representado da cintura para cima, segurando um caderno e uma caneta. Ao lado dele, há um pão sobre um prato, em cima de uma superfície. O cheiro do pão é representado por linhas que seguem em direção às narinas do homem. Marcado a letra B, destaque para o interior da cavidade nasal. Marcado a letra C, os receptores do olfato. Em destaque novamente para a letra C, os receptores do olfato, que são estruturas com formas arredondadas e alongadas, com filamentos que se estendem para cima, onde há elementos quadrados. Acima dessas estruturas, encontram-se outras semelhantes a neurônios. Marcada com a letra D, uma silhueta de uma pessoa representada do peito para cima, com estaque para o encéfalo. Acima da cabeça, há um balão de pensamento com o desenho de um pão.
Pessoa sentindo o cheiro do pão (imagem A) e representações da percepção de cheiro: parte da face em corte, com destaque para a cavidade nasal (imagem B), detalhe dos receptores do olfato (imagem C) e estruturas da porção central do sistema nervoso, em uma silhueta (imagem D).

Fontes de pesquisa: PAULSEN, Friedrich; WASCHKE, Jens (coord.). Sobotta: atlas de anatomia humana: cabeça, pescoço e neuroanatomia. Tradução: Marcelo Sampaio Narciso. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. v. 3. p. 258.

TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Tradução: Alexandre Lins Verneck et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 299.

A. As substâncias odoríferas são liberadas no ar e captadas pelo nariz.

B. As substâncias odoríferas entram pelas narinas, atingem a cavidade nasal e dissolvem-se no muco, secreção líquida espessa produzida pelas glândulas mucosas do nariz.

C. As substâncias dissolvidas entram em contato com os receptores olfatórios, estimulando-os. Como consequência, os receptores emitem impulsos nervosos, que são conduzidos pelo nervo olfatório ao encéfalo.

D. No encéfalo a informação é interpretada e possibilita à pessoa relacionar aquele odor ao de pão assado.

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Paladar

O paladar é o sentido que nos permite perceber o gosto dos alimentos ao colocá-los na boca. Dessa forma, podemos sentir algumas substâncias presentes no alimento.

A língua é o órgão sensorial do paladar. Nela, há pequenas projeções na face superior chamadas papilas linguais, nas quais estão os receptores gustatórios.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Fotografia e ilustrações. Marcada com a letra A, uma criança representada dos ombros para cima, com a boca aberta e a língua para fora. Há mãos adultas usando luvas ao redor do rosto dela, próximo à língua. Marcada com a letra B, uma língua, órgão composto por músculo. Ela possui um formato ovalado e achatado, com a ponta mais estreita na extremidade inferior. Marcada com a letra C, destaque para o fundo da língua com textura composta por bolinhas juntas. Em destaque novamente para a letra C, tecido com os receptores gustatórios, pequenas hastes horizontais grudadas em um filamento que se estende para o interior do tecido. Na superfície, há muitas bolinhas agrupadas, formando a papila lingual.
Foto de criança mostrando a língua (imagem A) e representações da face superior da língua (imagem B) e de papila lingual em detalhe, com seus receptores gustatórios (imagem C), em corte.

Fonte de pesquisa: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Tradução: Alexandre Lins Verneck et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 301.

Os receptores gustatórios, localizados nas papilas linguais, são estimulados pelas substâncias presentes nos alimentos e geram impulsos, os quais são interpretados pelo encéfalo. Observe a seguir.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Fotografia e ilustrações. Marcada com a letra A, uma pessoa representada dos ombros para cima segurando uma maçã próxima à boca. Indicada com a letra B, a língua da pessoa. Em destaque novamente para a letra B, o tecido da língua com os receptores gustatórios, pequenas hastes horizontais grudadas em um filamento que se estende para o interior do tecido. Na superfície, muitas bolinhas aglomeradas, formando a papila lingual. Marcada com a letra C, silhueta de uma pessoa representada do peito para cima, com destaque para o encéfalo.
Pessoa mordendo alimento (imagem A) e representação de estruturas envolvidas na percepção do gosto do alimento: papila gustativa (imagem B) em corte e estruturas da parte central do sistema nervoso, em uma silhueta (imagem C).

Fonte de pesquisa: PAULSEN, Friedrich; WASCHKE, Jens (coord.). Sobotta: atlas de anatomia humana: cabeça, pescoço e neuroanatomia. Tradução: Marcelo Sampaio Narciso. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. v. 3. p. 258.

A. Quando colocamos o alimento na boca, certas substâncias presentes nele se dissolvem na saliva. Por exemplo, quando comemos uma maçã, o açúcar que ela contém dissolve-se na saliva.

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B. As substâncias dissolvidas na saliva entram em contato com os receptores gustatórios, que geram e emitem impulsos nervosos.

C. Os impulsos nervosos provenientes dos receptores gustatórios são encaminhados pelos nervos ao encéfalo. Nesse órgão, os impulsos são interpretados e o gosto é identificado.

Observe as imagens a seguir.

Imagens não proporcionais entre si.

A. Fotografia. Um limão inteiro e outro cortado, com folhas ao fundo. Eles são redondos e verdes.
Limões.
B. Fotografia. Uma penca de bananas. À frente, uma banana descascada e rodelas de banana.
Bananas maduras.

Questão 3. Ícone atividade oral. Qual é o gosto das frutas A? E da fruta B?

Como estudamos, os receptores gustatórios detectam as substâncias presentes nos alimentos, possibilitando que identifiquemos o gosto deles na língua.

Existem cinco sensações primárias de gosto: azedo, salgado, amargo, doce e umami. Para cada um desses gostos, há receptores específicos.

Por meio dos cinco gostos primários, podemos perceber os secundários, que seriam a combinação de sensações provocadas pelos gostos primários.

Quando nos alimentamos, não sentimos apenas o gosto do alimento, mas também o seu sabor. Essa percepção nos permite diferenciar um alimento do outro.

Por exemplo, o limão é um alimento que tem gosto azedo, assim como alguns tipos de laranja e a acerola, mas conseguimos distinguir essas frutas umas das outras.

A identificação dos sabores é resultante, principalmente, das sensações do paladar e do olfato. Ou seja, na verdade os sabores são uma combinação de gostos e cheiros.

Outro exemplo é o da banana e da manga, que geralmente têm gosto doce, mas apresentam sabores diferentes.

Quando colocamos um alimento na boca, seus odores podem atingir a cavidade nasal e estimular os receptores olfatórios. As informações enviadas, principalmente pelos receptores gustatórios e pelos olfatórios, são interpretadas no encéfalo, resultando na identificação do sabor característico de cada alimento.

Em determinadas situações, como quando estamos resfriados, nosso olfato é prejudicado. Por isso, sentimos menos o cheiro dos alimentos, o que compromete a identificação dos sabores dos alimentos.

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Tato

O tato é o sentido que nos permite perceber, por exemplo, a textura dos objetos que tocamos, ou seja, se ele é macio, rígido, rugoso, liso ou áspero.

A pele é o principal órgão do tato, pois nela estão presentes receptores táteis que detectam os estímulos, como o toque e a pressão. Além dos táteis, a pele tem outros receptores que detectam, por exemplo, a variação de temperatura, como os térmicos, e a dor. Observe a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Tecido da pele destacado. Há pelos marrons que saem do interior para o exterior. No interior, pequenas estruturas circulares que são os receptores táteis e uma bolinha que representa o receptor de dor. Há filamentos espalhados que representam o receptor térmico.
Representação de pele em corte.

Fonte de pesquisa: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Tradução: Alexandre Lins Verneck et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 295.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Fotografia e ilustrações. Marcada com a letra A, à esquerda, uma criança sorridente com a mão sobre o nariz de um adulto, marcado com a letra B. Destaque novamente para a letra B, a pele em corte com um dedo sobre ela, mostrando os receptores táteis, que apresentam vários filamentos com formas ovais nas pontas. Marcada com a letra C, silhueta de uma pessoa representada do peito para cima, com destaque para o encéfalo. Acima da cabeça, balão de pensamento com a informação: Algo tocou em mim.
Criança tocando o nariz de um adulto (imagem A) e representações das estruturas envolvidas na percepção do tato: pele em corte, com destaque para os receptores táteis (imagem B) e estruturas da porção central do sistema nervoso, em silhueta (imagem C).

Observe a seguir como ocorre a percepção dos estímulos táteis.

Fontes de pesquisa: PAULSEN, Friedrich; WASCHKE, Jens (coord.). Sobotta: atlas de anatomia humana: cabeça, pescoço e neuroanatomia. Tradução: Marcelo Sampaio Narciso. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. v. 3. p. 258.

TORTORA, Gerard J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 262.

A. Quando algo toca em nossa pele, receptores de tato nela são estimulados.

B. Os receptores táteis emitem impulsos nervosos, que são transmitidos ao encéfalo.

C. No encéfalo, o impulso nervoso é interpretado e reconhecemos o contato do objeto na pele.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Relacione o tipo de receptores sensoriais (A a C) às respectivas funções (1 a 3). Para isso, forme os pares corretos de letras e números.

A. Receptores táteis

B. Receptores olfativos

C. Receptores gustatórios

1.

Detectam as substâncias presentes nos alimentos e emitem impulsos nervosos ao encéfalo, onde o gosto é identificado.

2.

Detectam o toque de uma pessoa e emitem impulsos nervosos ao encéfalo, quando, então, o contato com o objeto é sentido pela pele.

3.

Detectam as substâncias odoríferas presente no ar e emitem impulsos nervosos ao encéfalo, onde o cheiro é identificado.

2. O prato paçoca de carne-seca com banana-da-terra é típico da região Nordeste e apresenta os sabores característicos desses alimentos.

Fotografia. Em um prato branco, há uma porção semelhante a uma bola de carne, com duas bananas em cima e folhas verdes de salsinha e cebolinha.
Prato típico da região nordestina.

a) Qual é o principal órgão do corpo humano relacionado ao paladar?

b) Explique como os gostos das substâncias presentes no prato paçoca de carne-seca são identificados pelo encéfalo.

c) Para que os sabores da carne-seca e da banana-da-terra sejam percebidos, há necessidade da interação de pelo menos dois sentidos, quais?

d) Sobre o gosto da carne e da banana, do prato citado anteriormente, julgue os itens 1 a 3 a seguir e identifique a alternativa que contém apenas informações corretas.

1.

Em geral, a carne tem gosto salgado; a banana, azedo.

2.

Em geral, a carne tem gosto azedo; a banana, amargo.

3.

Em geral, a carne tem gosto salgado; a banana, doce.

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3. Substitua os símbolos a seguir pelas palavras que completam adequadamente cada sentença.

a) As sensações térmicas e de resultam do estímulo de receptores presentes na .

b) A língua é o órgão sensorial do . Na parte superior desse órgão, encontram-se as .

c) No são interpretados os impulsos nervosos emitidos pelos receptores sensoriais.

d) Os sabores dos alimentos são uma combinação de gosto e .

4. Analise as situações vividas por Jarbas no preparo do leite para sua filha tomar no café da manhã.

Ilustrações. Marcado com a letra A. um homem representado da cintura para cima, segurando um copo com líquido branco, próximo ao nariz. Ao fundo, um fogão. Ao lado do fogão o seguinte texto: Jarbas cheira o leite, antes de prepará-lo. Marcado com a letra B, um homem é representado da cintura para cima, colocando uma gota de líquido branco, que sai de uma mamadeira, sobre o pulso. Ao fundo, há um fogão com um caneco de onde sai fumaça. Ao lado, o seguinte texto: Após aquecer o leite, Jarbas sente sua temperatura.
Representação dos processos (A e B) realizados por Jarbas durante o preparo do leite para sua filha.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

a) Qual é a importância de Jarbas cheirar o leite antes de prepará-lo?

b) Explique como Jarbas identificou o cheiro do leite.

c) A atitude de Jarbas em sentir a temperatura do leite, antes de servi-lo na mamadeira, evita que tipo de acidente em sua filha?

d) Cite uma atitude na qual você utiliza os sentidos para se proteger.

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5. Leia o texto e observe a imagem a seguir.

Os receptores táteis estão distribuídos por toda a pele. Mas em algumas regiões do corpo, como as extremidades dos dedos, eles estão presentes em maior quantidade, o que resulta em mais sensibilidade ao toque e à pressão.

Essa maior sensibilidade nas extremidades dos dedos é muito importante, por exemplo, para as pessoas com deficiência visual, pois é por meio do tato que elas fazem a leitura em braile.

Fotografia. As mãos de uma criança estão sobre uma folha em branco, onde há escrita em Braille com pontos em relevo.
Criança com deficiência visual realizando leitura em braile.

a) Explique como a sensação tátil é percebida por uma pessoa que está lendo um texto escrito em braile.

6. Leia a tira a seguir.

Tirinha com três quadrinhos. Q1. Há pernas de uma pessoa adulta que está dizendo: 'Filho, não entra mais nessa piscina...'. Q2. Há pernas de uma pessoa adulta que continua falando: 'A água tá gelada! Você deve estar morrendo de frio!'. Q3. Armandinho tremendo, com a pele na cor azul, ao lado de uma piscina responde para o adulto: 'Não tô com frio, não!'.

BECK, Alexandre. Armandinho dois. Florianópolis: A. C. Beck, 2014. p. 46.

a) O que possibilitou à personagem da tira perceber que a temperatura do ambiente estava baixa?

b) No terceiro quadrinho, o corpo da personagem está tendo algumas reações em resposta à baixa temperatura, como o tremor. Faça uma pesquisa sobre o que essa resposta promove.

c) Ao se secar e se enrolar na toalha a sensação de frio da personagem pode ser amenizada. Por que isso acontece? Caso seja necessário, faça uma pesquisa.