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CAPÍTULO

4 Seres vivos nos ecossistemas

Como você estudou no capítulo anterior, há grande diversidade de seres vivos nos ambientes terrestres. Além de apresentarem as mais variadas cores, tamanhos e formatos, eles se relacionam tanto entre si quanto com os componentes abióticos do ambiente de diferentes maneiras e com finalidades distintas.

Observe a pintura a seguir.

Pintura de uma floresta com várias árvores, arbustos e flores de diferentes formas, tamanhos e cores. Em meios às árvores, macacos sentados e pendurados nos galhos; eles têm pelagem de cores claras e escuras. Em uma árvore à esquerda, uma cobra enrolada no tronco. À frente, um macaco de pelagem marrom, sentado em uma pedra com os pés na água. O céu está claro.
Floresta tropical com macaco e cobra, de Henri Rousseau. Óleo sobre tela, 129 , 5   cm × 162,5 cm , 1910.

Questão 1. Ícone atividade oral. Quais sensações você tem ao observar a paisagem representada nessa pintura?

Questão 2. Ícone atividade oral. Cite as possíveis relações entre os seres vivos e os demais componentes do ambiente retratado na pintura.

Questão 3. Ícone atividade oral. O que pode acontecer com os seres vivos desse ambiente se, por ação humana ou por algum fenômeno natural, grande parte da vegetação desse local for eliminada?

Em uma floresta, como a retratada na pintura, encontram-se diversas plantas, como árvores e arbustos, e uma grande variedade de animais, como aves, mamíferos, anfíbios, répteis e invertebrados. Também há seres vivos microscópicos, como as bactérias e algumas espécies de fungos.

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Para facilitar o estudo dos seres vivos nos ecossistemas, estudaremos alguns conceitos básicos de Ecologia, iniciando pelos níveis de organização ecológica: organismo, população e comunidade. Observe o exemplo a seguir.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração de um recorte de trecho de rio, nas margens plantas e terra; flutuando na superfície da água, plantas com folhas arredondadas e raízes dentro da água, os aguapés; no fundo: à direita, grupo de pequenos peixes de cor clara, os lambaris; ao centro, na região do fundo do rio, peixes grandes, de corpo alongado com manchas escuras, os pintados; à esquerda, grupo de peixes com corpo arredondado na região da cabeça, coloração escura com região ventral laranjada, as piranhas. Há pedras e plantas no fundo.
Representação de um rio em corte com alguns de seus seres vivos.

Os ambientes de um ecossistema podem apresentar diferentes espécies de seres vivos.

Cada ser vivo desse ecossistema é chamado organismo. Por exemplo, cada piranha que vive no rio representado é um organismo.

O conjunto de organismos da mesma espécie que habita determinada área é chamado população.

Assim, todas as piranhas que vivem em determinada área do rio representado formam a população de piranhas desse ecossistema.

Ilustração de um peixe com formato arredondado na região da cabeça, coloração escura com região ventral laranjada e boca com dentes aparentes.
Representação de uma piranha.
Ilustração de um grupo de quatro peixes com formato arredondado na região da cabeça, coloração escura com região ventral laranjada e boca com dentes aparentes.
Representação de uma população de piranhas.

Já o conjunto de populações que vivem em determinada área e se relacionam entre si é chamado comunidade. No exemplo do rio, as populações de piranhas, lambaris, pintados e aguapés representam a comunidade desse ecossistema.

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Para compreender as relações dos seres vivos entre si e com os demais componentes dos ecossistemas, é preciso conhecer seu hábitat e nicho ecológico. Observe a imagem a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração de uma paisagem com montanhas e árvores ao fundo, três trechos de lagoas e diferentes tipos de animais e plantas. 1. Tuiuiús, aves grandes com pernas e bico longos, cabeça de cor escura, com uma listra vermelha abaixo e copo branco. Uma ave adulta com um filhote, dentro de um grande ninho, em uma árvore sem folhas, e, outro, no chão ao lado dessa árvore. 2. Araras-azuis, duas aves voando, de coloração azul, cauda longa e bico curvo. 3. Ipê-roxo, árvore com toda a sua copa com flores roxas.  4. Ipê-amarelo, árvore com toda a sua copa com flores amarelas. 5. Palmeiras, árvores de tronco longo e fino, com folhas grandes divididas e menores, apenas no topo. 6. Garça-branca, ave de grande porte, pernas e bico longos, pescoço longo e curvo e penas brancas. O animal está com as pernas dentro de uma lagoa. 7. No galho do topo de uma árvore, macacos com pelagem longa e amarronzada, face escura e cauda longa, os bugios. 8. Capivaras, animais quadrúpedes, com pelos compridos e marrons, corpo robusto e redondo, olhos e orelhas pequenos; estão ao lado de uma lagoa. 9. Próximos às lagoas, os jacarés-do-pantanal, com cabeça e corpo longo, patas curtas, cauda comprida, boca grande.  10. Em meio à vegetação, os cervos-do-pantanal, animais quadrúpedes, de pernas longas, orelhas para cima e chifres com aspecto de galhos. 11. Ao lado de uma lagoa, ave escura com as asas abertas, pescoço curvado e bico longo, o biguá. 12. Dentro da lagoa, planta com folha longa e fina, com uma estrutura cilíndrica na extremidade superior, o taboa. 13. Com as pernas dentro da água, em uma lagoa, o socó-boi, ave com corpo alongado, pescoço comprido com coloração amarronzada e o restante do corpo acinzentado. 14.  Caracol, animal pequeno de corpo mole, com uma concha na parte superior, em um trecho de terra. 15. Centopeia, animal de corpo longo, segmentado, por par de pernas por segmento, em um trecho de terra. 16. Na superfície da lagoa, plantas com folhas arredondadas e raízes dentro da água, os aguapés. 17. Na superfície da água, plantas com grande folha de formato redondo, as vitórias-régias. 18. Dentro da terra, animal de corpo alongado e segmentado, a minhoca. 19. Piranhas, peixes com corpo redondo na região da cabeça, coloração escura e com região ventral laranjada. 20. Piraputangas, peixes de corpo alongado, com uma listra escura partindo do meio da cauda em direção à cabeça.
Representação de ambiente do Pantanal e alguns dos seres vivos encontrados nesse ecossistema.

1. tuiuiús

2. araras-azuis

3. ipê-roxo

4. ipê-amarelo

5. palmeiras

6. garça-branca

7. bugios

8. capivaras

9. jacarés-do-pantanal

10. cervos-do-pantanal

11. biguá

12. taboa

13. socó-boi

14. caracol

15. centopeia

16. aguapés

17. vitórias-régias

18. minhoca

19. piranhas

20. piraputangas

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O local em que determinada espécie de ser vivo vive e se desenvolve é chamado hábitat. O cervo-do-pantanal, por exemplo, habita áreas de vegetação aberta, como os campos encontrados no Pantanal e no Cerrado. Já as piranhas vivem e se desenvolvem em corpos de água doce.

Fotografia de um cervo-do-pantanal, com as patas dentro da água, animal com corpo robusto, orelhas laterais e para cima; ao fundo vegetação.
Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), MT.

Cervo-do-pantanal: pode atingir aproximadamente 2   m de comprimento.

Questão 4. Ícone atividade oral. Cite animais da representação do Pantanal que podem ser encontrados nas proximidades do rio, nas árvores e no interior do solo.

Questão 5. Ícone atividade oral. Cite vegetais da representação do Pantanal que podem ser encontrados nos ambientes terrestre e aquático.

Cada espécie de ser vivo apresenta características e modos particulares de se relacionar com o ambiente. O modo de vida do ser vivo e as condições do ambiente necessárias à sua vida denominam-se nicho ecológico.

Para conhecermos o nicho ecológico de uma espécie é preciso observar vários fatores, por exemplo, de que a espécie se alimenta, onde e quando se reproduz e em que período do dia realiza a maior parte de suas atividades. Leia o exemplo a seguir.

O jacaré-do-pantanal apresenta uma alimentação bastante variada. Quando filhote, alimenta-se principalmente de invertebrados, como caramujos e insetos. Quando adulto, consome principalmente vertebrados, especialmente peixes.

Essa espécie de jacaré é mais ativa na água, embora também explore os ambientes terrestres próximos aos corpos de água. Ela depende da água para controlar sua temperatura corpórea e obter sua alimentação. Além disso, o jacaré-do-pantanal constrói seus ninhos em vegetação flutuante ou em áreas próximas a corpos de água.

Fotografia de um rio, com um jacaré-do-pantanal, a cabeça está para fora da água, a boca aberta, e dentro, uma piranha. Ao fundo a margem com árvores.
Jacaré-do-pantanal (Caiman yacare) se alimentando de piranha em um rio no Pantanal, MS, em 2019.

Jacaré-do-pantanal: pode atingir aproximadamente 2 , 5   m de comprimento.

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Bactérias, fungos e protozoários

Ao analisar a representação do Pantanal, você identificou facilmente muitos dos seres vivos desse ambiente. No entanto, alguns seres vivos não podem ser vistos a olho nu, como é o caso da quase totalidade das bactérias, dos protozoários e de alguns fungos.

As bactérias são seres vivos procariontes, unicelulares e microscópicos que podem ser encontrados no solo, na água e em associação com outros seres vivos. Há bactérias de vida livre, decompositoras e algumas espécies que causam doenças a outros seres vivos.

Muitas espécies de bactérias habitam partes do corpo humano e de outros seres vivos sem causar prejuízos. Por exemplo, há espécies que estabelecem relações essenciais ao funcionamento adequado do organismo no qual vivem, como as do gênero Bifidobacterium, que estão presentes no intestino humano e ajudam a proteger o organismo contra infecções.

Fotografia de estruturas cilíndricas com as extremidades arredondadas, interligadas pelas extremidades, em um fundo escuro.
Bactéria Bifidobacterium adolescentis. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 24 . 000 vezes. Colorizada em computador.

Ao interagir com outros seres vivos, as bactérias também podem auxiliar em outros processos. Leia alguns deles a seguir.

  • Facilitar a digestão e a absorção de nutrientes no intestino de alguns animais.
  • Participar da fixação de nitrogênio, essencial às plantas.
  • Participar da decomposição da matéria orgânica.

A diversidade de características e de modos de vida das bactérias está entre as razões para que esses seres vivos sejam encontrados em praticamente todos os ambientes da biosfera.

As bactérias que não são capazes de produzir o próprio alimento são chamadas bactérias heterótrofas. Elas obtêm os nutrientes de que necessitam de outros seres vivos ou da matéria orgânica presente no ambiente. A maioria das bactérias é heterótrofa, como as que participam da decomposição de seres vivos.

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Fotografia de frutas arredondadas de coloração laranja, algumas com partes brancas e verdes, em decomposição no chão de terra.
Matéria orgânica em decomposição.
Fotografia de uma superfície irregular, e, espalhada sobre ela, estruturas cilíndricas com extremidades arredondadas.
Bactérias decompositoras em uma folha. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 1 . 000 vezes. Colorizada em computador.

Cianobactérias

As cianobactérias são bactérias com a capacidade de realizar fotossíntese. Elas estão em diversos ambientes, como rios, lagos, oceanos e solos úmidos. A estrutura das cianobactérias é semelhante à das demais bactérias, ou seja, são organismos unicelulares e procariontes. Além disso, as cianobactérias armazenam clorofila e outros pigmentos.

Outra característica das cianobactérias refere-se ao modo como elas podem se apresentar, isoladas ou em agrupamentos. Neste último caso, é comum formarem filamentos, em que as células das cianobactérias formam fileiras envolvidas por uma substância gelatinosa.

Fotografia de uma estrutura composta por pequenas esferas; na parte superior com formato em linha reta e na parte inferior em espiral; fundo escuro.
Filamento de cianobactéria Anabaena sp. Cada uma das esferas é uma cianobactéria. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 1 . 000 vezes. Colorizada em computador.

Acredita-se que as cianobactérias foram os primeiros seres vivos fotossintetizantes a surgir na Terra. Por isso, também são consideradas as principais responsáveis pelas mudanças na constituição da atmosfera terrestre, desde sua formação, tornando-a rica em gás oxigênio ( O 2 ) ao longo do tempo.

Ainda hoje, as cianobactérias e as algas microscópicas são as principais responsáveis pela produção e liberação de gás oxigênio na atmosfera terrestre.

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Os fungos são seres vivos heterótrofos. Eles podem ser unicelulares, como as leveduras, ou pluricelulares, como os cogumelos e as orelhas-de-pau. Além disso, os fungos podem ser de vida livre ou viver associados a outros seres vivos.

Fotografia de três estruturas fixadas a um tronco, com formato de semicírculo, semelhantes à orelha.
Orelhas-de-pau (Pycnoporus cinnabarinus) em um tronco de árvore.

Orelha-de-pau: pode atingir aproximadamente 13   cm de comprimento.

Fotografia de um aglomerado de estruturas cilíndricas com as extremidades arredondadas, em um fundo escuro.
Leveduras do gênero Schizosaccharomyces. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 6 . 500 vezes. Colorizada em computador.

Os fungos são organizados em filos, como Zygomycota, Basidiomycota e Ascomycota.

Os zigomicetos (Filo Zygomycota) são fungos que formam esporos em esporângios. Eles vivem no solo, sobre restos de animais e de vegetais. Alguns são parasitas de vegetais e de animais terrestres. O "bolor negro" (Rhizopus stolonifer) e o Entomophthora sp. são exemplos de fungos zigomicetos.

Fotografia com destaque para uma mosca pendurada em uma folha, com a parte do abdome encoberto por uma camada clara, denominada como fungo.
Fungo Entomophthora muscae parasitando uma mosca. Esse fungo pode causar a morte da mosca que parasita.

Os basidiomicetos (Filo Basidiomycota) são fungos que formam esporos em uma estrutura semelhante a um pedestal, conhecida como basídio. Entre os basidiomicetos, estão os cogumelos e algumas espécies que causam doenças em plantas, como a ferrugem.

Glossário

Fotografia de folhas de uma planta com manchas amareladas e amarronzadas em sua superfície.
Folha de soja com ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.

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Os ascomicetos (Filo Ascomycota) são fungos que formam esporos em uma estrutura chamada asco. Os representantes desse filo atuam como decompositores da matéria orgânica e muitas de suas espécies têm importância econômica, pois podem ser usadas na fabricação de antibióticos, alimentos e bebidas.

Glossário

Fotografia de um pedaço triangular de queijo, com furos e manchas de coloração esverdeada em sua superfície.
Queijo tipo roquefort. Fungos Penicillium roquefort são utilizados na fabricação desse tipo de queijo.

Dependendo da maneira como os fungos obtêm os nutrientes de que necessitam, eles podem ser classificados como decompositores, parasitas ou mutualísticos.

Os fungos decompositores são aqueles que obtêm nutrientes de restos de animais e de plantas, por exemplo. Assim como as bactérias decompositoras, esses fungos desempenham um importante papel ambiental ao evitar o acúmulo de matéria orgânica nos ambientes. Ao ser decomposta, a matéria orgânica se transforma em compostos químicos que retornam ao ambiente, sendo absorvidos por outros seres vivos.

Penicillium notatum é um exemplo de fungo decompositor, que causa o bolor.

Fotografia de um aglomerado de estruturas arredondadas. À frente, estas estruturas estão ligadas a hastes, com formato semelhante a um buquê.
Fungo Penicillium notatum. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 600 vezes. Colorizada em computador.

Os fungos mutualísticos são aqueles que se associam a outros seres vivos em uma relação na qual ambos são beneficiados. Por exemplo, as micorrizas, que são associações entre raízes de plantas e fungos.

Fotografia de uma superfície de terra, com destaque para raízes finas com partes encobertas por fungos, que formam uma camada de filamentos de cor branca.
Solo em corte mostrando micorrizas. Nessa imagem, fungo crescendo em associação com as raízes de Tilia cordata.

Nas micorrizas, os fungos favorecem a absorção de água e sais minerais essenciais para as plantas e auxiliam na proteção delas contra alguns predadores. Em contrapartida, os fungos obtêm das plantas carboidratos e vitaminas.

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Os fungos parasitas obtêm nutrientes de outros seres vivos, prejudicando-os. Muitas vezes, esses fungos causam doenças ou até mesmo a morte do organismo que estão parasitando.

Fotografia de folhas verdes compridas, com manchas amarronzadas e aspecto de folha seca.
Folhas de mandioca parasitadas pelo fungo Cercospora fungus.

Os protozoários são seres vivos unicelulares e heterótrofos. Eles podem viver livres em diversos ambientes ou associados a outros seres vivos de forma mutualística ou como parasitas. Analise o exemplo a seguir.

Os cupins não são capazes de digerir a celulose que ingerem durante a alimentação. A quebra desse carboidrato é realizada por protozoários, como Trichonympha campanula, que vivem no tubo digestório dos cupins. Trata-se, portanto, de uma relação mutualística, ou seja, uma relação entre duas espécies em que ambas são beneficiadas.

A. Fotografia de cupins, animais com par de antenas na cabeça, três pares de pernas e abdome longo, em uma superfície de terra; destaque para o abdome de um cupim, indicado pela letra B.
Cupins.

Cupim: pode atingir aproximadamente 20   mm de comprimento.

B. Fotografia de uma estrutura alongada com as extremidades mais finas e filamentos ao redor.
Protozoários Trichonympha campanula. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 65 vezes.

Os protozoários de vida livre são encontrados em ambientes aquáticos, como mares, rios e lagos, e em ambientes terrestres úmidos. Muitos deles se alimentam de bactérias e até mesmo de outros protozoários. Há também os que se alimentam de matéria orgânica em decomposição.

A locomoção dos protozoários é bastante variada. Eles podem se locomover com o auxílio de cílios, flagelos ou pseudópodes.

Os protozoários ciliados se locomovem por meio de estruturas de locomoção chamadas cílios. Essas estruturas são semelhantes a tubos curtos e rígidos que se movimentam como remos e, geralmente, aparecem em grande quantidade.

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Um exemplo de protozoário ciliado é o paramécio, o qual pode ser encontrado em ambientes de água doce.

Fotografia de uma estrutura alongada com as extremidades arredondadas, com destaque para os cílios, que são filamentos curtos e finos que recobrem toda a estrutura.
Paramécio Paramecium sp. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 600 vezes. Colorizada em computador.

Os protozoários flagelados se locomovem por meio de flagelos, que são estruturas semelhantes aos cílios. No entanto, são mais longos e, geralmente, são encontrados em pequena quantidade.

Um exemplo de protozoário flagelado é a giárdia, que parasita o ser humano e causa uma doença chamada giardíase.

Fotografia de uma estrutura com uma extremidade arredondada e que afunila em direção à outra extremidade, de onde saem filamentos longos, os flagelos. Ao fundo, várias estruturas arredondadas.
Giárdia Giardia lamblia. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 3 . 400 vezes. Colorizada em computador.

Os rizópodes são protozoários que se locomovem por meio de pseudópodes. Estes são extensões da célula que permitem ao protozoário escorregar lentamente. A ameba é um exemplo de protozoário rizópode.

Os esporozoários são protozoários sem estruturas de locomoção. Por exemplo, o Toxoplasma gondii, que causa uma doença chamada toxoplasmose.

Fotografia de uma estrutura de formato irregular, com destaque para duas partes mais alongadas, projetadas para fora, os pseudópodes.
Ameba Amoeba proteus. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 40 vezes.
Fotografia de três estruturas arredondadas com as extremidades mais afinadas, encostadas e enfileiradas. Ao fundo esferas pequenas.
Esporozoários Toxoplasma gondii. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 3.500 vezes. Colorizada em computador.

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Hora de investigar

a) No dia a dia é comum vermos, por exemplo, um pão embolorado. Explique se o contato com o ar atmosférico pode estar associado ao desenvolvimento de fungos e bactérias nos alimentos. Registre sua resposta no caderno.

Materiais

  • colher (de chá)
  • colher (de sopa)
  • sal
  • açúcar
  •   24 g de gelatina incolor
  • água
  • corante alimentício
  • álcool 70%
  • borrifador
  • 8 copos plásticos transparentes de 200   mL
  • copo plástico descartável de 50   mL
  • copo graduado
  • filme plástico de PVC
  • tesoura com pontas arredondadas
  • chaleira ou leiteira
  • fogão ou forno micro-ondas
  • câmera fotográfica ou smartphone

Dica!

Você pode utilizar 8 potes plásticos transparentes descartáveis com tampa. Assim, não é necessário cortar os copos e usar o filme plástico.

Como proceder

A. Peça a um adulto que corte os copos de 200   mL na metade da altura.

B. Borrife neles o álcool 70% e aguarde secarem naturalmente.

C. Peça ao adulto que aqueça 500   mL de água em uma chaleira, sem fervê-la.

D. Peça também ao adulto que meça o volume de 500   mL da água aquecida usando o copo graduado. Em seguida, peça-lhe que adicione a esse volume a gelatina incolor, 1 colher (de chá) de sal, 1 colher (de sopa) de açúcar e corante alimentício suficiente para colorir a mistura.

E. Usando o copo de 50   mL como medidor, adicione essa quantidade da mistura ainda morna em cada um dos oito copos.

Dica!

A água aquecida para dissolver a gelatina não deve estar muito quente para não prejudicar sua consistência.

Fotografia de oitos copos brancos translúcidos. Uma mão, na parte superior, segurando um copo pequeno, com líquido laranja, despeja dentro de outro copo. Os 4 copos à esquerda, estão com líquido laranja e os outros 3 estão vazios.
Imagem referente à etapa E.

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F. Após distribuir a mistura nos copos, cubra imediatamente quatro deles com o filme plástico de PVC.

Fotografia de oitos copos brancos translúcidos com líquido laranja dentro. Á esquerda, duas mãos segurando um pedaço de filme plástico transparente PVC sobre um dos copos.
Imagem referente à etapa F.

G. Organize os copos em pares, sendo um coberto com filme plástico e o outro descoberto. Em seguida, distribua os pares de copos em diferentes locais da escola. Verifique diariamente, durante cinco dias, fotografando-os e anotando no caderno as mudanças em cada um deles ao longo desse período.

Fotografia de dois copos brancos translúcidos com líquido laranja dentro. O copo da esquerda está encoberto com um pedaço de filme plástico transparente de PVC, e, o copo da direita está descoberto.
Imagem referente à etapa G, mostrando o copo coberto com o filme plástico de PVC (à esquerda) e o copo descoberto (à direita).

Minhas observações

1. O que você observou ao final da atividade? Explique por que isso ocorreu.

2. Qual é a importância do açúcar, da gelatina e do filme plástico de PVC nessa atividade?

3. Se um dos copos destampados fosse colocado em um refrigerador, por cinco dias, o resultado seria o mesmo? Justifique sua resposta.

4. Analise sua resposta à questão inicial, complementando-a ou corrigindo-a.

Elaborando nossas conclusões

1. Junte-se a três colegas e elaborem um cartaz com as fotos e anotações feitas nessa atividade. Incluam os fatores que contribuíram para os resultados obtidos, como luminosidade e umidade, e exemplos do dia a dia que podem ser relacionados com os resultados obtidos. Em seguida, agendem, com o restante da turma, um dia para apresentar os materiais produzidos às outras turmas da escola.

Vamos ampliar a investigação!

1. Alguns produtos como alvejantes, antissépticos bucais e álcool 70% prometem eliminar microrganismos. Junte-se a três colegas para elaborarem uma atividade prática para avaliar a eficácia desses produtos. Para isso, descrevam o passo a passo da atividade. Em seguida, realizem-na registrando os resultados a fim de apresentá-los depois aos colegas.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Identifique a alternativa com as palavras que substituem os símbolos e completam corretamente as frases a seguir.

A. O conjunto de organismos que vive em um determinado local e interage com componentes abióticos, como luz, água, ar e solo, é chamado .

B. Cada ser vivo em um ecossistema é chamado .

C. O conjunto de organismos da mesma espécie que habita uma determinada área caracteriza uma .

D. é o nome dado ao conjunto de populações que habitam um determinado ecossistema e interagem entre si.

a) A - hábitat; B - população; C - comunidade; D - Nicho ecológico.

b) A - comunidade; B - organismo; C - população; D - Hábitat.

c) A - ecossistema; B - organismo; C - população; D - Comunidade.

d) A - ecossistema; B - organismo; C - comunidade; D - População.

e) A - comunidade; B - organismo; C - população; D - Nicho ecológico.

2. Leia o texto e observe a foto a seguir.

A suindara, também conhecida como coruja-de-igreja, pode ser encontrada em grutas, áreas cultivadas, no meio urbano e em árvores. Esse animal se alimenta de pequenos vertebrados, como roedores, anfíbios, répteis e aves.

Fotografia de uma coruja suindara, animal com asas longas cinzas, face com formato arredondado e branco, bico pequeno e curvo, e a parte frontal do corpo branco. Ela está sobre uma pedra.
Coruja suindara (Tyto furcata).

Coruja suindara: pode atingir aproximadamente 40   cm de comprimento.

a) Com base no texto, identifique o hábitat e uma característica do nicho ecológico da suindara.

3. Muitos fungos e bactérias apresentam ação decompositora. Qual é a importância ambiental desse papel desempenhado por esses seres vivos?

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Plantas: fotossíntese e nutrição

Questão 6. Ícone atividade oral. De onde provém a energia que mantém seu corpo vivo e permite que você realize as diversas atividades cotidianas?

Os seres vivos precisam de energia para crescer, desenvolver-se e executar suas atividades diárias. A maioria das plantas, algas e certas bactérias são organismos que produzem o próprio alimento por meio da fotossíntese.

Os organismos fotossintetizantes têm papel fundamental na transformação e na transferência de energia nos ecossistemas. Para iniciar o estudo desse tema, compreenderemos a fotossíntese. Observe a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração de uma árvore com recorte de suas raízes, e acima, o Sol. Item 1. Setas azuis entrando da terra para as raízes da árvore, subindo pelo caule até as folhas. Item 2. Ao lado da árvore, destaque para fórmula C O 2 e uma seta em direção a uma folha. Item 3. Uma seta em zigue-zague saindo do Sol em direção à seta da fórmula C O 2 mais H 2 O, seta para direita, açúcar mais O 2. Item 4. Setas vermelhas descendo das folhas, passando pelo caule, em direção as raízes. Item 5. Uma folha, saindo dela, uma seta e após, escrito a fórmula O 2.
Representação do processo de fotossíntese em uma planta, com detalhe de uma de suas folhas.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 205.

1. A seiva mineral, absorvida pelas raízes, é encaminhada até as folhas por meio de um tecido de condução chamado xilema.

2. O gás carbônico (   CO 2 ) é absorvido do ambiente por meio dos estômatos, presentes principalmente nas folhas.

3. Nas folhas, a energia luminosa, proveniente da luz solar, é utilizada para transformar água e gás carbônico em açúcares e gás oxigênio. O processo da fotossíntese ocorre nos cloroplastos, sendo a clorofila a responsável por captar a energia da luz solar.

4. Os açúcares formados na fotossíntese são um dos constituintes da seiva orgânica, que é distribuída a todas as partes da planta por um tecido condutor chamado floema.

5. O gás oxigênio resultante da fotossíntese também é liberado no ambiente pelos estômatos.

Glossário

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Durante a fotossíntese, os organismos fotossintetizantes captam a energia solar e a utilizam para a produção do carboidrato, um dos produtos da fotossíntese. Assim, esses seres vivos transformam a energia luminosa em outro tipo de energia, que pode ser armazenada e transferida a outros seres vivos.

Nos ecossistemas, a transferência de energia dos organismos fotossintetizantes a outros seres vivos pode ocorrer por meio das relações alimentares entre eles. Parte da energia armazenada é aproveitada pelo próprio ser vivo fotossintetizante, enquanto o restante pode ser transferido a outro ser vivo que se alimente dele. Além disso, parte da energia também é dissipada no ambiente.

Nas plantas, a maior parte da fotossíntese ocorre nas folhas. A seguir, estudaremos um pouco mais sobre elas.

Em geral, uma folha apresenta as seguintes partes: limbo, pecíolo, bainha, nervuras e estípulas.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração de uma folha com as indicações. 1. Na superfície da folha, o limbo. 2. No centro da folha, uma linha que se divide lateralmente, as nervuras. 3. Haste que liga a folha ao caule, o pecíolo. 4. Extremidade da haste que se conecta ao caule, a bainha. 5. Estrutura fina na base, entre o caule e o pecíolo, a estípula.
Representação da estrutura externa de uma folha.

Fonte de pesquisa: GONÇALVES, Eduardo Gomes; LORENZI, Harri. Morfologia Vegetal: Organografia e dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. 2. ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. p. 27.

O limbo (1), geralmente, apresenta formato de lâmina, que facilita a absorção da luz solar.

No limbo há nervuras (2), onde estão localizados os tecidos de transporte: xilema e floema.

A folha une-se ao caule por meio de uma estrutura chamada pecíolo (3).

Em muitas espécies, a base do pecíolo apresenta uma dilatação chamada bainha (4).

Na região da união do pecíolo com o caule, pode haver estruturas alongadas chamadas estípulas (5).

Em algumas espécies, o limbo foliar encontra-se dividido em partes, denominadas folíolos. As folhas com essa característica são chamadas folhas compostas. As que não apresentam o limbo dividido são chamadas folhas simples.

Fotografia com destaque para uma folha composta, formada por 5 folhas menores, os folíolos, sendo dois para cada lado e um na extremidade; na base da folha, destaque para o pecíolo, porção mais espessada.
Folha de uma roseira.

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Internamente, a folha é dividida em três partes principais: epiderme superior, mesófilo e epiderme inferior.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração de uma estrutura com formato cúbico, com vista para 3 faces, com as seguintes indicações. 1. Na face superior, pequenas estruturas retangulares com um pequeno retângulo no meio, dispostas uma ao lado da outra, a epiderme superior. 2. Recobrindo a face superior e inferior, uma camada fina transparente, a cutícula. 3. Região abaixo da epiderme superior, o mesófilo. 4. No mesófilo, estruturas alongadas, com pequenas esferas nas margens internas e no centro outra estrutura alongada, o cloroplasto. Ainda no mesófilo, pequenas estruturas arredondadas que formam uma esfera, dentro dela: 5. Na metade superior, pequenas estruturas arredondadas com uma esfera ao centro, o xilema.  6. Na metade inferior, pequenas estruturas arredondadas, o floema. 7. Na face inferior, pequenas estruturas retangulares com um pequeno retângulo no meio, dispostas uma ao lado da outra, a epiderme inferior. 8. Uma reentrância em formato de letra 'V', na epiderme superior e inferior, o estômato.
Representação da estrutura interna de uma folha em corte longitudinal.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 765.

A epiderme superior (1), em geral, apresenta uma única camada de células. Sobre essa camada há uma película muito fina e incolor, denominada cutícula (2).

Abaixo da epiderme superior, localiza-se o mesófilo (3). Essa camada é formada por células ricas em cloroplastos (4) e é nela que estão presentes o xilema (5) e o floema (6).

A camada inferior da folha é formada pela epiderme inferior (7), que também pode apresentar cutícula (2).

Tanto na epiderme superior quanto na inferior são encontrados os estômatos (8), estruturas importantes para os processos de fotossíntese, respiração e transpiração.

Assim como as folhas, a raiz e o caule também atuam na nutrição da planta, em processos como absorção e transporte de água e de nutrientes.

Além de fixar as plantas terrestres ao substrato, a raiz absorve dele substâncias, como água e sais minerais, necessárias ao metabolismo da planta.

O conjunto de raízes de uma planta forma seu sistema radicular. De acordo com a disposição das raízes, esse sistema pode ser classificado em pivotante ou fasciculado.

No sistema radicular pivotante há uma raiz central, chamada raiz pivotante. Ao redor dela, ocorrem ramificações, ou seja, raízes laterais.

Ilustração de uma planta, na parte superior as folhas, abaixo o caule fino, na parte inferior as raízes; destaque para a raiz mais grossa central, a raiz pivotante e partindo desta, raízes mais finas, as raízes laterais.
Muda de cafeeiro (Coffea arabica).

Cafeeiro: pode atingir aproximadamente 4   m de altura.

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No sistema radicular fasciculado, há várias raízes longas e finas, todas partindo de uma mesma região da planta. Ou seja, nesse tipo de sistema radicular não há uma raiz principal.

Ilustração de planta com folhas longas em todo o caule, com destaque para as raízes finas e longas que partem de um mesmo ponto.
Muda de milheiro (Zea mays).

Milheiro: pode atingir aproximadamente 2 , 5   m de altura.

As raízes do tipo pivotante apresentam uma estrutura externa básica, com quatro regiões principais: a coifa, a região de crescimento, a região pilífera e a região de ramificação. Verifique a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração de um trecho de terra, com destaque para as partes de uma raiz. 1. Região de ramificação, primeira parte da raiz, de onde ramificam raízes laterais, que são mais finas. 2. Abaixo, a região pelífera, com pequenos filamentos em toda a superfície. 3. Em seguida, a região de crescimento, uma porção mais fina. 4. Na extremidade final, a coifa, com formato arredondado.
Representação de estrutura externa de uma raiz pivotante.

Fonte de pesquisa: GONÇALVES, Eduardo Gomes; LORENZI, Harri. Morfologia Vegetal: Organografia e dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. 2. ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2011. p. 23.

1. Região de ramificação: área de onde partem as raízes laterais.

2. Região pilífera: área com grande quantidade de pelos absorventes, responsáveis pela maior parte da absorção de água e minerais.

3. Região de crescimento: principal área responsável pelo crescimento da raiz. Nela, encontra-se o meristema, um tecido que apresenta alta capacidade de divisão celular e, consequentemente, de crescimento.

4. Coifa: protege as extremidades da raiz do atrito com o solo.

O caule dá suporte a outros órgãos da planta, como as folhas, as flores e os frutos. Ele também participa do transporte de substâncias entre as partes da planta e entre os diferentes órgãos.

Na maioria das plantas, o caule se desenvolve acima da superfície do solo. Nesse caso, ele é chamado caule aéreo. A seguir, estudaremos alguns exemplos de caules aéreos.

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O caule aéreo do tipo tronco é característico de arbustos e árvores, como a sapucaia. Esse tipo de caule, em geral, é bastante resistente e apresenta ramificações, formando galhos.

Em algumas espécies de plantas de pequeno porte, como a margarida, observa-se o caule aéreo do tipo haste. Ele se caracteriza por ser fino e flexível e por apresentar coloração verde.

Fotografia de uma árvore de grande porte, com folhas e flores, destaque para o caule mais grosso, o tronco, de onde partem galhos.
Sucupira-branca (Pterodon emarginatus).

Sucupira-branca: pode atingir aproximadamente 16   m de altura.

Fotografia de grupo de flores, com pétalas finas e brancas, miolo amarelo, com destaque para o caule fino e verde, haste, de onde saem às folhas.
Margaridas (Leucanthemum vulgare).

Margarida: pode atingir aproximadamente 60   cm de altura.

Em determinadas plantas, como na cana-de-açúcar, o caule apresenta divisões bem marcadas em toda a sua extensão. Esse tipo de caule aéreo é chamado colmo.

Há plantas, como o cabaceiro, que apresentam caules flexíveis e com pouca sustentação, que se desenvolvem sobre algum suporte, como outra planta. Esse caule é chamado caule trepador.

Fotografia de plantas com os caules finos e com divisões, o colmo.
Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum).

Cana-de-açúcar: pode atingir aproximadamente 6   m de altura.

Fotografia de uma cerca com uma planta de folhas largas, um fruto pendurado, com formato alongado e verde; destaque para o caule fino na horizontal, denominado caule trepador, com estruturas para fixar na superfície.
Chuchuzeiro (Sechium edule).

Chuchuzeiro: pode atingir aproximadamente 15   m de altura.

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Em algumas espécies, o caule apresenta modificações que lhes permitem desempenhar papéis, como armazenar substâncias, proteger a planta ou realizar a fotossíntese.

Muitos caules especializados no armazenamento de substâncias, por exemplo, desenvolvem-se no interior do solo e, por isso, são chamados caules subterrâneos. Há três tipos principais de caules subterrâneos que armazenam substâncias: rizomas, tubérculos e bulbos.

O rizoma é um tipo de caule subterrâneo que se caracteriza por crescer na horizontal, próximo à superfície do solo. O gengibre é um exemplo de rizoma.

Já o tubérculo é um tipo de caule que se caracteriza por ter crescimento limitado e, muitas vezes, apresentar formato arredondado. A batata-inglesa é um exemplo de tubérculo.

A cebola é um exemplo de bulbo. Essa estrutura é formada por uma pequena porção de caule subterrâneo envolvido por folhas modificadas, que, nesse vegetal, atuam no armazenamento de substâncias.

Fotografia de um conjunto de caules na superfície da terra, pequenos, com formato alongado e nas extremidades várias raízes finas.
Gengibre (Zingiber officinale).

Gengibre: pode atingir aproximadamente 1 , 5   m de altura.

Fotografia de um conjunto de caules com formato arredondado, na superfície da terra; na extremidade superior, hastes com folhas.
Batata-inglesa (Solanum tuberosum).

Batata-inglesa: pode atingir aproximadamente 60   cm de altura.

Fotografia de um conjunto de bulbos, que são estruturas arredondadas, encobertos por várias folhas, e, na extremidade superior, uma estrutura com formato de haste de onde partem as folhas.
Cebola (Allium cepa).

Cebola: pode atingir aproximadamente 1 , 5   m de altura.

Sugestões complementares

No site Um pé de quê? você encontrará um guia visual para identificar algumas plantas, utilizando alguns dos conhecimentos que estudou neste capítulo. Além disso, o site apresenta um glossário ilustrado com diversas estruturas das plantas.

Ilustração de uma árvore com caule fino e folhas largas com reentrância nas bordas; abaixo a frase: 'Um pé de quê?'.

Um pé de quê? Disponível em: https://oeds.link/ub0nRR. Acesso em: 3 jun. 2022.

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Tropismos

Uma das características dos seres vivos, incluindo as plantas, é a capacidade de responder a estímulos do ambiente. Essa resposta pode ser, por exemplo, o crescimento de um órgão. A esse crescimento diferencial é dado o nome de tropismo.

A luz e a gravidade são exemplos de estímulos do ambiente que podem causar o tropismo nos vegetais.

O tropismo em resposta ao estímulo da gravidade é chamado gravitropismo ou geotropismo.

No caso de uma planta com esse tropismo, ao ser posicionada na horizontal, o caule cresce em direção contrária à do campo gravitacional terrestre. Já a raiz, cresce em direção a esse campo.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração de recorte de um vaso com uma planta, que está na posição horizontal, sobre uma superfície plana. No interior do vaso, terra; destaque para as raízes, finas e ramificadas, e, para o caule com folhas e com a extremidade superior curvada para cima.
Representação de gravitropismo em planta.

Fonte de pesquisa: RAVEN, Peter H. et al. Biologia vegetal. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p. 678.

Já o tropismo em resposta ao estímulo da luz é chamado fototropismo positivo.

O caule do tomateiro é um órgão que apresenta fototropismo positivo, ou seja, ele cresce em direção à luz. Esse crescimento direcionado do caule proporciona melhor exposição das folhas à luz e, consequentemente, favorece a realização da fotossíntese.

Fotografia de várias mudas pequenas de planta, dentro de um recipiente; apresentam caules finos e curvados para a esquerda e folhas. À esquerda, uma janela de vidro, com claridade.
Mudas de tomateiros (Solanum lycopersicum). Note, nessa imagem, que os caules dos tomateiros estão encurvados em direção à luz.

Tomateiro: pode atingir aproximadamente 1 , 2   m de altura.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Leia as frases a seguir e identifique aquela que apresenta apenas informações corretas sobre as plantas. Em seguida, reescreva em seu caderno as identificadas como incorretas, corrigindo-as.

a) A seiva mineral é uma solução formada por água e substâncias orgânicas, a qual é conduzida pela planta por meio de um tecido chamado floema.

b) Nas folhas das plantas, as trocas gasosas com o meio externo, como a entrada de CO 2 e a saída de O 2 , ocorrem via cloroplastos.

c) O sistema condutor das plantas se encontra na epiderme superior das folhas, logo abaixo da cutícula.

d) Na fotossíntese, a energia luminosa é utilizada para transformar água e dióxido de carbono em açúcares e gás oxigênio. Assim, a energia é transformada e armazenada.

2. Marcelo comprou uma planta em um vaso e a colocou próximo a uma janela, como mostra a imagem. Após certo tempo, ele observou a planta e percebeu que ela apresentava tropismo.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração de um local fechado, e no chão, um vaso com uma planta; a planta tem folhas ao longo de todo o caule, que está com a extremidade superior curvada para a esquerda; à esquerda uma janela de vidro aberta com claridade em direção à planta.
Planta de Marcelo próximo à janela.

a) Observando a imagem, que tipo de tropismo a planta de Marcelo apresenta? Justifique sua resposta.

b) Quanto ao tipo de tropismo que você identificou no item a, qual é a vantagem para a planta?

c) No caderno, faça uma ilustração de como a planta estaria após um mês.

3. Considere os seguintes alimentos: mandioca, beterraba, batata-doce, cenoura, nabo, cebola, alho e batata-inglesa.

a) No caderno, monte um quadro classificando os alimentos citados como raiz ou caule. Em seguida, classifique os caules em rizoma, tubérculo ou bulbo. Se necessário, faça uma pesquisa.

b) Com um colega, escolham uma raiz e dois caules e pesquisem uma receita com esses alimentos. Com a supervisão de um adulto, gravem um vídeo preparando a receita, explicando o passo a passo do modo de preparo. Compartilhem o vídeo em uma rede social.

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4. Junte-se a um colega para conversarem acerca da seguinte afirmação: "Nem todo órgão abaixo do solo é raiz". Ao final da conversa, compartilhem suas conclusões com os colegas.

5. A imagem a seguir representa a germinação e parte do desenvolvimento de um milheiro. Observe e responda às questões.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração em sequência de 6 fases do desenvolvimento de um milheiro. Dentro da terra, um grão de milho, após, um grão de milho com um filamento de raiz em sua extremidade inferior, em seguida, um grão de milho com pequenas raízes em sua extremidade inferior e uma haste na região superior, fora da terra; a seguir milheiro com raízes ramificadas e caule curto com folhas; após raízes bem desenvolvidas e ramificadas, caule longo com muitas folhas, flor na extremidade superior e entre as folhas, dois sabugos de milho, com filamentos verdes em suas extremidades. No último estágio, milheiro com raízes bem desenvolvidas e ramificadas, caule longo com muitas folhas, flor na extremidade superior e entre as folhas, dois sabugos de milho com filamentos amarelos em suas extremidades.
Representação de desenvolvimento do milheiro.

Fonte de pesquisa: SADAVA, David et al. Vida: a ciência da biologia: forma e função de plantas e animais. Tradução: Ardala Katzfuss et al. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 3. p. 895.

a) O sistema radicular da planta aumenta à medida que ela se desenvolve. Explique, com suas palavras, qual é a importância desse aumento para a planta.

b) Por que a raiz do milheiro cresce verticalmente para baixo, na direção do solo?

c) Como é classificado o sistema radicular do milheiro? Justifique sua resposta.

6. Algumas plantas são parasitas e apresentam raízes bem finas, que penetram em outras plantas. Entre as plantas parasitas, há dois tipos principais. Verifique a seguir.

As hemiparasitas sugam a seiva mineral de outras plantas.

As holoparasitas sugam a seiva orgânica de outras plantas.

Fotografia de várias árvores, com destaque para um emaranhado de filamentos de coloração amarelada preso a galhos de uma árvore, o cipó-chumbo.
Cipó-chumbo (Cuscuta racemosa) parasitando outra planta.

Cipó-chumbo: tamanho variável.

a) Quais tecidos de transporte são parasitados pelas plantas hemiparasitas? E pelas plantas holoparasitas? Justifique sua resposta.

b) O cipó-chumbo não tem folhas nem clorofila. Considerando esse fato, explique que tipo de planta parasita seria o cipó-chumbo.

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Relações alimentares entre os seres vivos

Observe a imagem a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração de paisagem com árvores, vegetação baixa e diferentes animais, entre eles setas. No céu, voando, o gavião-caboclo, ave de asas grandes e bico pequeno e curvo; na ponta do galho de uma árvore grande, à direita, o fogo-apagou, ave com penas mescladas claras e escuras; no tronco desta mesma árvore, o sapo-ferreiro, com coloração amarronzada; atrás da árvore, uma suçuarana, felino de grande porte, com corpo robusto, cauda longa, cabeça pequena e orelhas para cima, à frente da árvore, uma pedra e em cima, uma gafanhoto, inseto com pernas traseiras longas; à esquerda da pedra, um preá, pequeno mamífero, quadrúpede, de pelos e cauda curtos; atrás do preá, um cateto, animal quadrúpede, com pelos escuros com uma listra clara na região do pescoço. À frente do preá, um arbusto de capim, com folhas finas e compridas e na ponta, flores; à esquerda do capim, em cima de uma pedra, um teiú, lagarto, de cauda longa e coloração escura com manchas claras. Em um trecho de terra, estruturas arredondadas e alongadas, os fungos e bactérias decompositores. Do gavião-caboclo não parte nenhuma seta; do fogo-apagou, parte seta para a suçuarana; do sapo-ferreiro, parte seta para o teiú e para o gavião-caboclo; da suçuarana não parte nenhuma seta; do gafanhoto partem setas para o teiú, para o cateto, para o gavião-caboclo e para o sapo-ferreiro. Do preá partem setas para a suçuarana, para o teiú e para o gavião-caboclo; do cateto partem setas para a suçuarana; do capim partem setas para cateto, teiú, preá, gafanhoto e para o fogo-apagou; do teiú partem setas para o gavião-caboclo e para a suçuarana.
Representação de ambiente do Cerrado e alguns dos seres vivos encontrados nele. Nessa imagem, as setas representam as relações alimentares entre os seres vivos. Elas partem do ser vivo que serve de alimento e apontam para o ser vivo que o recebe. Os seres vivos decompositores podem atuar em qualquer etapa dessas relações alimentares.

Questão 7. Ícone atividade oral. Qual é a importância das relações alimentares entre os seres vivos?

Questão 8. Ícone atividade oral. Observando a imagem, cite dois exemplos de relações alimentares entre dois seres vivos. Para cada exemplo, inclua um ser vivo que sirva de alimento e outro que o receba.

Questão 9. Ícone atividade oral. Alguns seres vivos apresentam mais de uma seta apontada para eles. O que isso significa?

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Nos ecossistemas, os seres vivos interagem entre si de diferentes maneiras, como por meio da alimentação. Na imagem anterior, identificamos algumas das relações alimentares entre os seres vivos no Cerrado, o que caracteriza a chamada teia alimentar. Para compreender esse conceito, iniciaremos estudando as cadeias alimentares.

Cadeia alimentar

Ao observar a imagem de representação do Cerrado, você notou que é possível estabelecer uma sequência na qual um ser vivo serve de alimento para outro. Essa sequência é chamada cadeia alimentar. Observe a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações e setas. Capim, indicado pela letra A, seta para direita para o teiú, indicado pela letra B, e, seta para baixo, para fungos e bactérias decompositores, indicados pela letra D; teiú, seta para a direita para suçuarana, indicada pela letra C, e, seta para baixo, para fungos e bactérias decompositores; suçuarana, seta para baixo para fungos e bactérias decompositores.
Representação de uma cadeia alimentar: capim (A), teiú (B), suçuarana (C) e fungos e bactérias decompositores (D).

Questão 10. Ícone atividade oral. Descreva, com suas palavras, a cadeia alimentar apresentada na imagem.

Basicamente, os organismos que participam das relações alimentares são divididos em três grupos: produtores, consumidores e decompositores.

Os produtores são os seres vivos que produzem o próprio alimento, como a maioria das plantas. Eles absorvem a energia luminosa e a transformam em energia química, armazenada em suas células e transferida a outros seres vivos. No exemplo anterior, o capim é o produtor da cadeia alimentar representada.

Os consumidores são os seres vivos sem a capacidade de produzir o próprio alimento. Por isso, eles precisam obter energia e nutrientes se alimentando de outros seres vivos. No exemplo anterior, o teiú obtém energia diretamente dos produtores. Já a suçuarana, que se alimenta do teiú, obtém energia indiretamente dos produtores.

Os consumidores podem ser classificados em primários, secundários, terciários, e assim por diante, dependendo de sua posição na cadeia alimentar.

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  • Consumidores primários: alimentam-se diretamente dos produtores.
  • Consumidores secundários: são os seres vivos que se alimentam dos consumidores primários.
  • Consumidores terciários: alimentam-se dos consumidores secundários.

Dica!

Os consumidores quaternários se alimentam dos consumidores terciários, e assim sucessivamente.

De acordo com o tipo de alimentação, os consumidores podem ser classificados em herbívoros, carnívoros ou onívoros.

Os animais herbívoros se alimentam exclusivamente dos produtores. Por isso, são sempre consumidores primários. Por exemplo, o gafanhoto.

Os animais carnívoros se alimentam de outros animais. Por exemplo: o sapo-ferreiro e a suçuarana.

Já os animais onívoros se alimentam tanto de vegetais quanto de outros animais. Ou seja, em uma cadeia alimentar, os onívoros podem se alimentar ora dos produtores, ora de outros consumidores. Por exemplo, o teiú.

Os decompositores são representados por bactérias e fungos que obtêm a matéria orgânica e a energia de que necessitam de organismos mortos ou de restos orgânicos, como fezes, folhas e frutos.

Por meio da decomposição da matéria orgânica, os decompositores devolvem ao ambiente os materiais que podem ser novamente absorvidos por outros seres vivos, como as plantas.

Fotografia de estruturas cilíndricas com as extremidades arredondadas, espalhadas sobre um fundo com estruturas verticais alongadas e pequenos espaços entre elas.
Bactérias decompositoras em pedaço de pepino (em verde). Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 2 . 500 vezes. Colorizada em computador.

Graças à ação dos organismos decompositores, a matéria orgânica é reciclada no ambiente. A energia, por outro lado, não pode ser reciclada, pois ela flui ao longo da cadeia alimentar, em um único sentido, dos organismos produtores aos consumidores.

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Níveis tróficos em uma cadeia alimentar

A posição de cada organismo na cadeia alimentar é chamada nível trófico. Analise o esquema a seguir.

Esquema indicando três níveis tróficos. Primeiro nível trófico, fotografia de um campo com capim, classificando o capim como produtor; destaque para a informação que o capim (Brachiaria sp.) pode atingir aproximadamente 1,5 metros de altura; seta indicando para o segundo nível trófico, fotografia de um teiú; classificando-o como consumidor primário; destaque para a informação que o teiú (Tupinambis sp.) pode atingir aproximadamente 1 metro de comprimento; seta indicando para o terceiro nível trófico, fotografia de uma suçuarana, classificando-a como consumidor secundário, destaque para a informação que a suçuarana (Puma concolor) pode atingir aproximadamente 2,3 metros de comprimento.
Representação de cadeia alimentar com a identificação de seus níveis tróficos.

O número de níveis tróficos de uma cadeia alimentar depende do número de espécies que a compõem e das relações alimentares entre elas.

  • Primeiro nível trófico: ocupado pelos organismos produtores, como a maioria das plantas, por exemplo.
  • Segundo nível trófico: ocupado pelos consumidores primários.
  • Terceiro nível trófico: ocupado pelos consumidores secundários.
  • Quarto nível trófico: ocupado pelos consumidores terciários.

Dica!

O quinto nível trófico é ocupado pelos consumidores quaternários, e assim sucessivamente.

Em geral, as cadeias alimentares não ocorrem de forma isolada nos ecossistemas. Nos ambientes, elas são bastante complexas e estão interconectadas, formando as teias alimentares. Dessa maneira, um mesmo ser vivo pode fazer parte de mais de uma cadeia alimentar. Além disso, a posição de cada consumidor em uma teia alimentar pode não ser fixa, principalmente no caso dos animais que se alimentam de plantas e de outros animais.

Na teia alimentar representada, por exemplo, o teiú é um consumidor terciário, assim, ao se alimentar do sapo-ferreiro, ele ocupa o quarto nível trófico. No entanto, ele também se alimenta de plantas, sendo, nesse caso, classificado como consumidor primário e ocupando o segundo nível trófico.

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Desequilíbrios nas cadeias alimentares

Naturalmente, os ecossistemas apresentam certo equilíbrio e estabilidade. Por isso, a proporção entre predadores e presas, por exemplo, mantém-se relativamente constante. No entanto, esse equilíbrio está sujeito a mudanças, uma vez que as interações entre os componentes dos ecossistemas são dinâmicas.

Diferentes fatores, como catástrofes naturais e atividades humanas, podem alterar as características dos ambientes. Tais alterações, por sua vez, podem interferir nas populações de seres vivos, afetando as relações ecológicas, seja entre eles, seja com o ambiente. Analise o exemplo a seguir.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

A. Ilustração de 4 sapos-ferreiro e 7 gafanhotos espalhados entre vários moitas de capim e no solo de terra.
B. Ilustração de 14 gafanhotos entre menos moitas de capim do que na ilustração anterior e no solo de terra.
C. Ilustração de 18 gafanhotos espalhados entre poucos moitas de capim e no solo de terra.

Representação de desequilíbrio em uma cadeia alimentar, composta de capim, gafanhoto e sapo-ferreiro.

Imagem A. Em determinado ambiente, há capim, sapos-ferreiro e gafanhotos, em equilíbrio.

Imagem B. Após a remoção da cobertura vegetal de determinada área, a população de sapos-ferreiros foi eliminada do ambiente.

Como essa espécie de anfíbio se alimenta de gafanhotos, a população desse inseto ficou sem um de seus principais predadores naturais.

Como resultado da menor predação, a população de gafanhotos aumentou no ambiente.

Imagem C. Os gafanhotos se alimentam de capim. Assim, o aumento na quantidade de indivíduos da população de gafanhotos ampliou o consumo de capim.

Com o passar do tempo, a quantidade de capim no ambiente foi reduzida, devido à intensa predação pelos gafanhotos. Como resultado, observa-se uma mudança na paisagem do local.

Ao longo do tempo, a redução na disponibilidade de capim aos gafanhotos compromete a sobrevivência dessa população no ambiente.

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Quando um ou mais níveis tróficos da cadeia alimentar são alterados, os demais níveis podem sofrer interferências. As alterações nas cadeias alimentares prejudicam o relativo equilíbrio dessas relações e podem levar à extinção de algumas espécies e ao aumento descontrolado de outras.

Algumas atividades praticadas pelo ser humano interferem no hábitat e no nicho ecológico de espécies de seres vivos, afetando as relações ecológicas. Entre essas ações humanas estão, por exemplo, o desmatamento, as queimadas, a produção excessiva de resíduos sólidos, o tráfico e a caça de animais, a extração de plantas de forma não sustentável e a introdução de espécies exóticas.

Espécies exóticas invasoras

Cada bioma apresenta um conjunto de espécies nativas, que são encontradas naturalmente no respectivo ambiente e apresentam adaptações para viver nele. No entanto, determinadas espécies de um ambiente podem ser introduzidas em outro de maneira acidental ou intencional.

Essas espécies introduzidas em áreas distintas do seu local de distribuição natural são conhecidas como espécies exóticas. Muitas delas podem se proliferar de maneira descontrolada nesses ambientes, prejudicando o equilíbrio do ecossistema e as demais espécies, sendo, por isso, conhecidas como invasoras.

Como as espécies exóticas são inseridas em um ambiente diferente daquele onde ocorrem naturalmente, consequentemente não terão predadores, o que afeta seu controle populacional.

O caramujo-gigante-africano (Achatina fulica) é um exemplo de espécie exótica invasora. Ele é nativo da África e foi introduzido no Brasil na década de 1980 para ser comercializado como uma alternativa ao escargot.

A. fulica não teve aceitação pelo mercado consumidor brasileiro. Por isso, seus produtores se desfizeram dos animais, soltando-os no ambiente. Esse caramujo se adapta facilmente a novos ambientes e apresenta alta capacidade reprodutiva. Como resultado, ele se disseminou rapidamente pelo Brasil e atualmente causa enormes prejuízos às espécies nativas, além de abrigar agentes causadores de doença e destruir plantações.

Fotografia de um caramujo-africano-gigante, animal de corpo mole e alongado, com par de antenas na cabeça e concha na região superior, sobre uma folha.
Caramujo-gigante-africano (Achatina fulica).

Caramujo-gigante-africano: a concha pode atingir aproximadamente 2 0     cm de comprimento.

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O tema é ...

Educação ambiental

Tráfico de animais silvestres

Muitas espécies de animais silvestres são capturadas e comercializadas ilegalmente no Brasil e em outros países. Isso constitui tráfico de animais silvestres e é crime!

Leia a seguir algumas informações sobre essa atividade no Brasil, de acordo com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas).

  • Anualmente cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados da natureza.
  • O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira maior atividade ilegal do mundo.
  • A cada dez animais traficados, nove deles morrem antes de chegar ao destino.
  • Anualmente, esse ato criminal movimenta cerca de 2 bilhões de dólares.

Como citado anteriormente, poucos indivíduos sobrevivem às etapas envolvidas nessas ações ilegais. Aqueles animais que sobrevivem, em geral, permanecem em gaiolas, em ambientes longe de seu hábitat natural, o que prejudica sua qualidade de vida.

Infelizmente, o Brasil tem o maior índice de tráfico de animais silvestres do mundo, sendo as aves o grupo mais traficado.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração de aves sobre galhos de árvores com folhas. A. Tucano, ave com longo bico laranja e ponta preta, face branca e o corpo preto. B. Cardeal, ave com cabeça vermelha e topete, corpo preto e ventre branco. C. Arara-azul, ave grande, com penas azuis, cauda longa e bico curvo. D. Papagaio-verdadeiro, corpo com penas verdes e algumas penas azuis e vermelhas nas asas e penas amarelas na região dos olhos; bico pequeno e curvo. E. Arara-vermelha, ave grande, com penas vermelhas na região da cabeça, ventre, e parte da cauda; asas e cauda com penas azuis e verdes, e, ao redor dos olhos, penas brancas.
Representação de algumas aves silvestres vítimas do tráfico no Brasil: tucano (A), cardeal (B), arara-azul (C), papagaio-verdadeiro (D) e arara-vermelha (E).

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O tráfico de animais silvestres é mais uma entre as várias ameaças às espécies de seres vivos e uma das causas de serem eliminadas dos respectivos ambientes. Além dos animais, as plantas silvestres são amplamente traficadas no Brasil e no mundo.

Capturar plantas e animais é proibido por lei. Leia o trecho da lei a seguir que trata da proteção da fauna.

LEI Nº 5.197, DE 3 DE JANEIRO DE 1967
[...]
Art. 1º. Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha.
[...]

BRASIL. Lei nº 5.197, 3 jan. 1967. Disponível em: https://oeds.link/WexrzQ. Acesso em: 23 maio 2022.

A responsabilidade é uma competência que leva o indivíduo a assumir as consequências de seus atos, pois afetam outras pessoas e seres vivos ao seu redor. Portanto, o combate ao tráfico de animais silvestres é essencial e se estende a todos! É preciso cobrar das autoridades leis eficientes, fiscalização e punição. Quanto à população, cabe denunciar tais crimes aos órgãos competentes e não comprar animais traficados.

Agora, converse com os colegas e responda às questões a seguir em seu caderno.

1. Converse com um colega sobre por que não devemos comprar animais silvestres.

2. Qual é o impacto do tráfico de animais em cadeias e teias alimentares?

3. De que maneira um cidadão pode contribuir para evitar esse tipo de tráfico?

4. Junte-se a um colega para produzirem folhetos sobre o tráfico de animais silvestres, incluindo argumentos que apoiem o combate a essa atividade ilegal. Além dos textos explicativos, insiram imagens, manchetes e dados sobre o assunto. Distribuam os folhetos entre os membros da comunidade escolar e entre seus familiares.

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Relações ecológicas

Observe a foto a seguir.

Fotografia de uma ave com cabeça preta e ventre laranja, segurando com o bico um animal de corpo alongado e mole e a sua frente um ninho com três filhotes sem penas e com os bicos abertos; o ninho está sobre o galho de uma árvore.
Tordo-americano (Turdus migratorius) alimentando seus filhotes com larvas de insetos.

Tordo-americano: pode atingir aproximadamente 2 8   cm de comprimento.

Questão 11. Ícone atividade oral. Que tipo de relação existe entre as larvas de inseto e as aves retratadas na foto?

Questão 12. Ícone atividade oral. A relação citada anteriormente traz vantagens ou prejuízos aos envolvidos? Explique sua resposta.

Questão 13. Ícone atividade oral. Cite outro exemplo de relação entre seres vivos.

Em uma comunidade, indivíduos da mesma espécie ou de espécies diferentes interagem entre si por diversas razões, como para se reproduzirem, para competirem por recursos ou por abrigo e para manterem ou conquistarem território.

Na situação apresentada na imagem, podemos perceber que as aves interagem entre si e com as larvas de inseto.

Em alguns casos, a interação entre os seres vivos pode representar vantagens ou não causar prejuízo algum aos envolvidos na relação. Mas há outras situações que podem prejudicar um ou ambos os seres vivos envolvidos, como a interação das aves com as larvas de inseto.

A partir de agora, estudaremos algumas relações ecológicas.

Predação

Na relação retratada na imagem, as aves são beneficiadas ao obter alimento e as larvas de inseto são prejudicadas ao servir de alimento. Trata-se de um exemplo de predação.

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A predação ou predatismo é uma relação entre seres vivos de espécies diferentes na qual um organismo se alimenta de outro.

O organismo que se alimenta do outro é chamado predador, o qual tem vantagem nessa relação. Já o indivíduo que serve de alimento é chamado presa, sendo prejudicado, pois geralmente é morto pelo predador.

A herbivoria é um exemplo de predatismo. Nela, a planta, considerada a presa, nem sempre é morta pelo herbívoro, considerado o predador.

Fotografia de um louva-a-deus, indicado pela letra A, inseto de cabeça pequena, tórax longo e asas com aspecto de folha, segurando com as pernas dianteiras, que são longas, uma borboleta-monarca, indicado pela letra B, de asas laranja com manchas brancas e bordas pretas; estão sobre um galho.
Louva-a-deus (Mantis religiosa) - A - se alimentando de uma borboleta-monarca (Danaus plexippus) - B.

Louva-a-deus: pode atingir aproximadamente 6   cm de comprimento.

Borboleta-monarca: pode atingir aproximadamente 12   cm de envergadura.

Competição

A competição é um tipo de relação ecológica que pode ocorrer tanto entre indivíduos da mesma espécie quanto de espécies diferentes. Os indivíduos envolvidos disputam o mesmo recurso, como alimento, local para se abrigar e, se forem da mesma espécie, parceiros para a reprodução. A competição ocorre quando os recursos disponíveis no ambiente estão em menor quantidade que a demanda, considerando as necessidades dos indivíduos.

As relações competitivas são prejudiciais para ambos os envolvidos, pois, mesmo que um deles ganhe a competição ou o recurso disputado, ele também terá sofrido algum tipo de prejuízo, como desgaste físico ou acesso reduzido a um recurso.

Fotografia de uma leoa sobre uma superfície rochosa, rugindo para três hienas que estão na outra margem de um corpo d'água. As hienas estão se alimentando da carcaça de uma zebra.
Leoa (Panthera leo) e hienas-malhadas (Crocuta crocuta) competindo por alimento.

Leoa: pode atingir aproximadamente 3   m de comprimento.

Hiena-malhada: pode atingir aproximadamente 1 , 5   m de comprimento.

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Comensalismo

O comensalismo é uma relação entre seres vivos de espécies diferentes na qual apenas um deles obtém vantagem, sem, no entanto, prejudicar o outro. O inquilinismo é um tipo de comensalismo em que um organismo vive no interior do outro, ou sobre ele, contudo, sem prejudicá-lo.

A relação entre a rêmora e o tubarão-cinza é um exemplo de comensalismo. As rêmoras se fixam no corpo do tubarão a fim de ingerirem os restos de sua alimentação e serem transportadas. Essa relação não traz prejuízos consideráveis ao tubarão.

Fotografia do fundo do mar com destaque para um tubarão, animal com nadadeira superior com formato triangular e para uma rêmora, peixe com corpo longo e fino, aderido à região ventral do tubarão.
Rêmora (Remora remora) fixada no corpo de um tubarão-de-recife-caribenho (Carcharhinus perezi).

Tubarão-de-recife-caribenho: pode atingir aproximadamente 3   m de comprimento.

Rêmora: pode atingir aproximadamente 1   m de comprimento.

Um exemplo de inquilinismo ocorre com as bromélias. Ao viver sobre outra planta, a bromélia se expõe melhor à luz solar, por exemplo, por se fixar em partes mais altas da mata. O acesso à luz solar favorece a fotossíntese.

Fotografia de plantas com folhas finas e pontiagudas, flores em sua extremidade superior e raízes aparentes, fixadas sobre o tronco de uma árvore.
Bromélias (Tillandsia geminiflora) fixadas sobre uma árvore.

Bromélia: pode atingir aproximadamente 20   c m de altura.

Mutualismo

O mutualismo é uma relação entre seres vivos de espécies diferentes na qual ambas obtêm vantagens. Trata-se de uma relação indispensável à sobrevivência das espécies que estão interagindo.

Um exemplo de mutualismo é observado nos liquens. Eles são formados pela associação de determinadas espécies de algas com certas espécies de fungos. Nessa associação, os fungos absorvem do ambiente água e sais minerais, os quais são aproveitados pelas algas. Por meio da fotossíntese, as algas produzem compostos orgânicos e os transferem aos fungos, que não são capazes de produzir o próprio alimento.

Fotografia de um pedaço de tronco de árvore, com destaque para liquens, que formam uma camada irregular fina de cor esverdeada.
Liquens (Xanthoria parietina) sobre tronco de árvore.

Líquen: pode atingir aproximadamente 15     cm de diâmetro.

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Protocooperação

A protocooperação é uma relação entre seres vivos de espécies diferentes na qual ambos podem obter vantagens. Diferentemente do mutualismo, a protocooperação não é obrigatória, pois os indivíduos envolvidos conseguem sobreviver sem o outro.

A relação entre o caranguejo-eremita e a anêmona-do-mar é um exemplo de protocooperação. O caranguejo-eremita coloca uma ou mais anêmonas sobre sua concha. Os tentáculos delas liberam substâncias urticantes, que afastam possíveis predadores do caranguejo. Este, ao carregar a anêmona sobre sua concha, promove o deslocamento desse cnidário, por exemplo. Como resultado, a anêmona tem acesso a alimentos em diferentes locais.

Fotografia de um caranguejo-eremita, animal recoberto por uma concha, com as pernas e parte da cabeça para fora; presa a concha, anêmonas-do- mar, animal com formato cilíndrico com extremidades arredondadas.
Anêmonas-do-mar (Calliactis polypus) fixadas sobre a concha de um caranguejo-eremita (Dardanus pedunculatus).

Caranguejo-eremita: pode atingir aproximadamente 10   cm de comprimento.

Anêmona-do-mar: pode atingir aproximadamente 5   cm de diâmetro.

Parasitismo

O parasitismo é uma relação entre seres vivos de espécies diferentes, na qual um organismo tira proveito de outro para viver. Nessa interação, o organismo que obtém vantagem é chamado parasita e o prejudicado chama-se hospedeiro.

Fotografia de um carrapato, animal redondo e claro, preso por sua extremidade, à pele de um animal com corpo recoberto por pelos brancos.
Carrapato (Ixodes ricinus) parasitando um cachorro.

Carrapato: pode atingir aproximadamente 3 , 5   mm de comprimento.

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Sociedade

A sociedade é uma relação entre indivíduos de uma mesma espécie, na qual os organismos cooperam entre si para a harmonia do grupo.

Algumas espécies de abelhas, chamadas sociais, são exemplos de seres vivos que vivem em sociedade. Leia a seguir sobre a abelha-europeia (Apis mellifera).

A. Fotografia da superfície de um favo, estrutura formada por pequenos espaços hexagonais, com várias abelhas; ao centro, destaque para a abelha rainha, de tamanho maior.
Abelha-rainha (Apis mellifera) entre abelhas-operárias.

Abelha-rainha: pode atingir aproximadamente 2   cm de comprimento.

B. Fotografia de um zangão sobre uma flor de pétalas brancas.
Zangão (Apis mellifera).

Zangão: pode atingir aproximadamente 1 , 7   cm de comprimento.

C. Fotografia de várias abelhas sobre um favo de mel.
Abelhas-operárias (Apis mellifera).

Abelha-operária: pode atingir aproximadamente 1 , 5   cm de comprimento.

Na sociedade das abelhas-europeias, elas trabalham em grupo na busca de alimentos, na defesa contra os inimigos e na criação dos filhotes, por exemplo. Além disso, cada indivíduo tem uma tarefa, cuja realização é o que mantém a colmeia em funcionamento.

A abelha-rainha (imagem A) é a responsável pela reprodução e a única abelha que se acasala com os zangões. O zangão (imagem B) possui a função de acasalar com a rainha. Já as operárias (imagem C) são responsáveis por coletar água, néctar e pólen, cuidar das crias e da rainha, limpar a colmeia e, em grupo, defender o enxame.

Colônia

A colônia é uma relação entre indivíduos da mesma espécie, na qual os organismos estão unidos fisicamente. Nessa relação, os indivíduos cooperam entre si e, geralmente, não conseguem viver isoladamente.

A caravela-portuguesa, por exemplo, aparenta ser um único organismo. No entanto, trata-se de uma colônia flutuante, formada por vários indivíduos. Nela, os indivíduos apresentam diferentes formatos e são responsáveis por determinadas funções, como alimentação, reprodução, defesa e ataque.

Fotografia de uma caravela-portuguesa, formada por uma estrutura transparente com cor arroxeada, que flutua sobre a água, semelhante a um balão, e, na porção inferior, vários tentáculos dentro da água.
Caravela-portuguesa (Physalia physalis).

Caravela-portuguesa: pode atingir aproximadamente 30   m de comprimento.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Analise as relações ecológicas enumeradas de 1 a 4 e as definições, apresentadas nas letras A a D.

1. Comensalismo.

2. Mutualismo.

3. Protocooperação.

4. Parasitismo.

A. Relação não obrigatória entre seres vivos de espécies diferentes, na qual ambos obtêm vantagens.

B. Relação entre seres vivos de espécies distintas, que obtêm vantagens dessa relação e dependem dela para sua sobrevivência.

C. Relação entre seres vivos em que apenas uma das espécies obtém vantagem, sem, no entanto, causar prejuízo à outra.

D. Relação entre seres vivos na qual uma das espécies obtém vantagem, enquanto a outra é prejudicada.

Identifique a alternativa que apresenta os pares de número e letra corretos.

a) 1-A; 2-B; 3-C; 4-D.

c) 1-C; 2-B; 3-A; 4-D.

b) 1-A; 2-C; 3-B; 4-D.

d) 1-C; 2-D; 3-A; 4-B.

2. Leia o texto a seguir.

A cutia se alimenta de sementes da araucária, conhecidas como pinhões. Esse animal costuma enterrar algumas dessas sementes para se alimentar em outro momento. Porém, por causa da grande disponibilidade de pinhões, algumas dessas sementes permanecem enterradas e germinam, dando origem a novas araucárias. Verifique a seguir uma cadeia alimentar da qual a cutia pode fazer parte.

Fotografia de uma cutia, animal quadrúpede, de porte pequeno, orelhas para cima, pelos curtos e amarronzados, ao fundo vegetação.
Cutia (Dasyprocta punctata).

Cutia: pode atingir aproximadamente 66   cm de comprimento.

Esquema composto por palavras e setas. Araucária, abre parênteses, pinhão, fecha parênteses, seta para direita, cutia, seta para direita, jaguatirica. Uma seta para baixo, saindo das palavras araucária, cutia e jaguatirica, em direção as palavras microorganismos decompositores.

a) Explique qual é o nível trófico que a cutia ocupa nessa cadeia alimentar.

b) Identifique o predador da cutia nessa cadeia alimentar.

c) Formule hipóteses sobre o que poderia acontecer com as populações de cutia e de araucária caso a população de jaguatiricas aumentasse ao longo do tempo.

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3. Existem plantas que se alimentam de pequenos animais. Elas são conhecidas como plantas carnívoras e possuem modificações que auxiliam na atração, na captura e na digestão da presa. Observe as fotos a seguir.

A. Fotografia de uma planta carnívora, formada por duas folhas, superior e inferior, com formato de semicírculo, estrutura que lembra uma boca; nas bordas, estruturas finas e pontiagudas, como espinhos; está aberta e na parte superior, uma mosca pousada.

Dioneia: pode atingir aproximadamente 30   cm de altura.

B. Fotografia de uma planta carnívora com as folhas, partes superior e inferior fechadas, entre elas, uma mosca.

Mosca: pode atingir aproximadamente 1 , 1   cm de comprimento.

Mosca (Calliphora vomitoria) sobre uma folha da planta carnívora dioneia (Dionaea muscipula) (A) e presa entre as folhas dessa planta (B).

a) Analisando as imagens, quais modificações para a captura do inseto a planta apresenta?

b) Cite o nome da relação ecológica retratada nas fotos.

c) Algumas espécies de plantas carnívoras não conseguem digerir os animais capturados, pois elas dependem da ação de fungos e bactérias para absorver os nutrientes deles, e os microrganismos também absorvem parte do alimento. Nesse caso, explique qual é a relação ecológica entre a planta carnívora e esses microrganismos.

d) Pesquise se as plantas carnívoras são capazes de realizar fotossíntese, como a maioria das plantas.

4. A foto a seguir mostra uma ave conhecida como urutau. Ela tem hábitos noturnos e canto bastante característico, o qual deu origem a algumas lendas indígenas.

Fotografia de um urutau, ave com corpo alongado, bico pequeno e curvo, com os olhos fechados e penas brancas e amarronzadas; está pousado sobre um galho de uma árvore de coloração amarronzada. As cores da árvore se aeemelham com a da ave.
Urutau (Nyctibius griseus) em uma árvore.

Urutau: pode atingir aproximadamente 37   cm de comprimento.

a) Ao observar a foto, o que você percebe quanto à coloração do urutau e do tronco de árvore sobre o qual ele está?

b) Em sua opinião, a coloração do urutau pode oferecer alguma vantagem para essa ave? Explique sua resposta.

c) Em grupo de cinco alunos, pesquisem uma lenda indígena envolvendo o urutau como personagem. Anotem a lenda no caderno e depois compartilhem com os colegas.

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O que eu estudei?

Faça as atividades em uma folha de papel avulsa.

1. Em duplas, escolham um dos ambientes da escola e explorem um ecossistema. Analise os fatores a seguir:

incidência de luz solar;

umidade;

temperatura;

tipos de seres vivos macroscópicos (plantas, animais invertebrados etc.).

tipo de solo;

circulação de ar;

Na sala de aula, expliquem aos colegas a localização do ecossistema escolhido. Listem os componentes bióticos e abióticos do ecossistema. Conversem sobre que fatores abióticos ou interferências humanas poderiam alterar seu equilíbrio.

2. Em uma folha de papel avulsa, explique por meio de um desenho a seguinte frase: "É possível existir um ecossistema em uma gota de água de um rio". Indique os componentes desse ecossistema.

Versão adaptada acessível

2. Em uma folha de papel avulsa, explique por meio de um pequeno texto a seguinte frase: “É possível existir um ecossistema em uma gota de água de um rio”. Indique os componentes desse ecossistema.

3. Você estudou os biomas brasileiros. Forme um grupo com três colegas e localizem o bioma no qual o município que vocês moram está inserido. Realizem uma pesquisa sobre as áreas conservadas desse bioma no município, incluindo a quantidade de áreas verdes e as espécies de animais nativas. Identifiquem as atividades humanas que podem causar danos aos ecossistemas locais. Debatam a respeito das informações obtidas durante a pesquisa e, em seguida, façam um relatório explicando a importância desse bioma e as ações necessárias para conservá-lo. Depois, sintetizem em um cartaz um esquema com textos explicando a influência dos componentes abióticos na fauna e na flora local. Apresentem o cartaz aos demais colegas.

4. Um aluno leu em uma reportagem que: "A fotossíntese é a reação química que permite a vida no planeta Terra". Escreva um texto em uma folha de papel avulsa, explicando por que o jornalista fez essa afirmação. Relacione essa reação química às cadeias alimentares.

5. Escreva em uma folha de papel avulsa o nome de uma relação ecológica. Depois, troque suas anotações com um colega. Leia o nome da relação ecológica indicada por seu colega e escreva sobre ela, no tempo de um minuto.

Versão adaptada acessível

5. Escreva em uma folha de papel avulsa o nome de uma relação ecológica. Depois, leia-o para um colega e peça a ele que faça o mesmo. Em seguida, escreva sobre a relação ecológica indicada por seu colega.

6. Elaborem um esquema relacionando os conteúdos trabalhados nos capítulos 3 e 4. Em seguida, apresentem-no aos colegas.