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CAPÍTULO

5 A reprodução nos diferentes grupos de animais

Analise as fotos a seguir.

Imagens não proporcionais entre si.

A. Fotografia. Estrutura de um animal com membros pequenos, cabeça pontuda e olhos grandes. Está envolvido em uma camada transparente e preso a uma estrutura alaranjada com linhas vermelhas.
Embrião de galo-banquiva (Gallus gallus), uma espécie de ave.
B. Fotografia. Estrutura de um animal com corpo arredondado e cor rosada, envolvido por uma camada transparente com linhas vermelhas.
Embrião de morcego (Miniopterus natalensis), uma espécie de mamífero.

Questão 1. Ícone atividade oral. Onde se desenvolve o embrião do animal da foto A? E o da foto B?

Resposta: O embrião do animal mostrado na foto A se desenvolve fora do corpo materno, no interior de um ovo com casca rígida depositado no ambiente. Já o animal mostrado na foto B se desenvolve dentro do corpo da mãe, no útero.

Questão 2. Ícone atividade oral. Cite uma semelhança e uma diferença entre os modos de reprodução dos seres vivos apresentados nas fotos A e B.

Resposta nas orientações ao professor.

Como estudamos no capítulo anterior, a reprodução é essencial para que sejam gerados novos indivíduos e para a manutenção das espécies nos ambientes. Os seres vivos apresentam diferentes tipos de reprodução, que podem ou não envolver a participação de gametas, ocorrendo por meio de diferentes tipos de desenvolvimento.

Embora os seres vivos apresentem alguns aspectos comuns quanto à reprodução, eles também têm características reprodutivas específicas, que podem variar entre os grupos ou entre as espécies de um mesmo grupo. Por exemplo, algumas espécies de peixe desempenham o cuidado parental dos filhotes, tanto por parte do macho quanto por parte da fêmea, dependendo da espécie. Esse cuidado aumenta a chance de sobrevivência da prole e pode ser feito de diferentes maneiras, como protegendo e incubando os ovos, fornecendo alimento ou construindo ninhos. Outras espécies de peixe, no entanto, depositam os ovos no ambiente e não exercem cuidado parental.

Neste capítulo vamos conhecer um pouco mais sobre a reprodução dos diferentes grupos de animais.

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Poríferos

Os poríferos podem se reproduzir de maneira sexuada ou assexuada. Na reprodução sexuada ocorre a formação de gametas masculinos e femininos, os quais se fundem e originam o zigoto.

A maioria das espécies de esponjas é hermafrodita, ou seja, um mesmo indivíduo pode produzir ovócitos e espermatozoides. No entanto, a reprodução é geralmente cruzada, isto é, o espermatozoide de um indivíduo fecunda o ovócito de outro, e vice-versa. Analise a seguir um exemplo de reprodução sexuada em poríferos.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações. Reprodução sexuada de uma esponja-do-mar. Marcado com o número 1, no fundo do mar, uma esponja-do-mar. Ela é cilíndrica e alaranjada com furos. Marcada com o número 2, na parte superior da esponja, uma abertura de onde saem os espermatozoides, com formato de linha em direção ao número 3, outra esponja-do-mar que está ao lado e tem abertura frontal. Marcado com o número 4, destaque para os coanócitos na parte interna da esponja, estruturas redondas e com flagelo. Marcado com o número 5, destaque na parte interna da esponja, há também o ovócito, uma estrutura esférica alaranjada com um núcleo dentro e o espermatozoide ao lado. Seta apontando para o número 6, destaque para uma célula-ovo, estrutura redonda com esferas dentro que têm pontos. Seta apontando para o número 7, destaque para uma larva, estrutura arredondada com hastes que tem filamentos nas extremidades. Seta apontando para o número 8, destaque para uma larva fixada na areia, estrutura vertical com formas ovais ao redor e hastes que tem filamentos entrando na areia. Seta apontando para o número 9, uma nova esponja-do-mar pequena.
Representação da reprodução sexuada de esponja-do-mar. Nessa ilustração, as imagens 4 a 8 representam ampliações de estruturas menores.

Um indivíduo (1) libera espermatozoides (2) na água, que são transportados pelas correntes de água até as proximidades de outra esponja (3). O fluxo de água gerado pelas células flageladas, chamadas coanócitos (4), transporta os espermatozoides até o interior da esponja, onde são encaminhados por células específicas até o local onde se encontra o ovócito (5). Após a fecundação, forma-se uma célula-ovo (6), que se desenvolve e origina uma larva (7). Essa larva é liberada no ambiente, onde se fixa no substrato (8) e se desenvolve, formando um novo indivíduo (9).

Fonte de pesquisa: BRUSCA, Richard C.; BRUSCA, Gary J. Invertebrados. Tradução: Alvaro Esteves Migotto et al. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. p. 207-208.

Em algumas espécies de esponjas a união entre os gametas masculino e feminino ocorre no ambiente, resultando na formação do zigoto, que pode originar uma larva.

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A reprodução assexuada nos poríferos pode ocorrer de duas maneiras: por fragmentação ou por brotamento.

Na reprodução por fragmentação uma nova esponja se desenvolve do fragmento de outra esponja. Esse fragmento pode se fixar no substrato e regenerar as partes perdidas, dando origem a um novo indivíduo. A fragmentação pode ocorrer por diferentes motivos, como a ação das correntes de água e das ondas ou o ataque de outros animais.

Na reprodução por brotamento uma nova esponja forma-se dos brotos. A esponja formada pode se separar do indivíduo progenitor ou permanecer unida a ele. No último caso, os indivíduos formam uma colônia de esponjas.

Fotografia. Esponja-do-mar submersa em meio à vegetação e corais. Tem uma estrutura cilíndrica e alaranjada com uma abertura na extremidade superior e pequenas esponjas-do-mar acopladas às esponjas maiores, indicadas como brotos.
Esponja-do-mar (Pseudoceratina crassa) com brotos.

Esponja-do-mar: pode atingir aproximadamente 15  cm de altura.

Cnidários

Os cnidários podem apresentar reprodução sexuada e assexuada, bem como sexos separados, ou seja, os organismos produzem ovócitos ou espermatozoides. Também há espécies hermafroditas.

A reprodução assexuada dos cnidários ocorre, principalmente, por brotamento. Esse tipo de reprodução é comum em algumas espécies de anêmonas e em hidras.

Quando o broto permanece ligado ao indivíduo progenitor, pode ser formada uma colônia.

Fotografia. Uma obélia, organismo cilíndrico composto por hastes verticais e ramificadas com tentáculos finos nas pontas. Possui uma coloração branca.
Colônia de Obelia longissima.

Obélia: pode atingir aproximadamente 60  cm de altura.

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Na reprodução sexuada dos cnidários os gametas são liberados na água, onde pode ocorrer a fecundação e a formação do zigoto. Em algumas espécies de cnidários o zigoto se desenvolve e origina um novo indivíduo. Em outras, o zigoto evolui para o estado de larva, a qual dá origem a um novo indivíduo.

Durante o ciclo de vida de algumas espécies de cnidários, como as do gênero Obelia, há uma fase de reprodução assexuada e uma fase de reprodução sexuada. Analise o esquema a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações. ciclo de vida de uma Obelia sp. Marcada com o número 1, uma obélia, colônia de pólipos, organismos compostos por estruturas cilíndricas com hastes e tentáculos nas extremidades. Seta apontando para o número 2, duas medusas, organismos com parte superior em forma de cúpula e filamentos na parte inferior. Setas apontando para o número 3 e 4. Marcado com o número 3, em destaque um ovócito, forma esférica avermelhada. Marcado com o número 4, em destaque os espermatozoides, forma cilíndrica, indo em direção ao ovócito. Seta apontando para o número 5, em destaque um zigoto, estrutura arredondada com um ponto dentro. Seta apontando para duas estruturas arredondadas com um ponto dentro de cada uma. Seta apontando para uma estrutura arredondada, composta por diversas esferas aglomeradas. Seta apontando para o número 6, uma larva, estrutura comprida e pontuda com interior alaranjado. Seta apontando para o número 7, um pequeno pólipo, estrutura comprida e com margens curvas. Seta apontando para o número 8, um pólipo adulto, broto da obélia acoplado ao pólipo.
Representação de parte do ciclo de vida de Obelia sp., que apresenta fase sexuada e fase assexuada.

O pólipo adulto se reproduz assexuadamente por brotamento, gerando uma colônia de pólipos (1). Determinados indivíduos da colônia originam medusas (2), as quais se desprendem como indivíduos livre-natantes.

Quando adultas, as medusas se reproduzem de maneira sexuada, produzindo ovócitos (3) e espermatozoides (4), os quais são liberados na água, onde pode ocorrer a fecundação.

A união dos gametas masculino e feminino gera um zigoto (5), que se desenvolve e origina uma larva (6). Ela se fixa no substrato e também se desenvolve, originando um novo pólipo (7), que representa a fase assexuada. O pólipo adulto (8) pode, então, se reproduzir por meio de brotos.

Fonte de pesquisa: RUPPERT, Edward E.; FOX, Richard S.; BARNES, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. Tradução: Antonio Carlos Marques (coord.) et al. 7. ed. São Paulo: Roca, 2005. p. 190.

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Platelmintos

Analise o trecho de texto a seguir.

[…]
As planárias são pequenos animais invertebrados de vida livre, pertencentes ao filo dos Platelmintos (Classe Turbellaria, Ordem Tricladida), que há mais de 100 anos fascinam cientistas e não cientistas devido à sua grande capacidade regenerativa.
[...]
A regeneração é um processo fascinante que substitui estruturas danificadas ou perdidas em indivíduos adultos. [...].
A planária pode ser cortada em fragmentos que regeneram um indivíduo completo de menores dimensões. Durante o processo de regeneração, a forma do corpo e as suas proporções são mantidas. Cada fragmento regenera de um modo preciso as partes em falta, em coordenação com o resto do corpo em remodelação, preservando a orientação do seu eixo corporal, originando um animal com as proporções adequadas.

FARIA, Hugo Ferradeira de. Planária. Revista de Ciência Elementar, v. 9, n. 1, mar. 2021. Disponível em: https://oeds.link/qHopDJ. Acesso em: 3 ago. 2022.

Fotografia. Uma planária, animal de corpo alongado, achatado e amarronzado com listra preta sobre superfície com terra e vegetação.
Planária (Bipalium kewense).

Planária: pode atingir aproximadamente 25  cm de comprimento.

Questão 3. Ícone atividade oral. O texto descreve um tipo de reprodução que ocorre em vermes platelmintos. Essa reprodução é sexuada ou assexuada? Justifique sua resposta.

Resposta: Reprodução assexuada, pois a fissão, divisão em dois, é um tipo de reprodução que não envolve a formação e o encontro de gametas.

Os platelmintos podem se reproduzir tanto de maneira assexuada quanto sexuada. Em geral, esses animais são hermafroditas e sua fecundação é interna. No entanto, cada grupo de platelmintos apresenta suas particularidades com relação à reprodução. A seguir, vamos estudar como alguns representantes dos grupos de platelmintos se reproduzem.

Planárias

A reprodução das planárias pode ocorrer de maneira assexuada ou sexuada. Quando adulta, a planária é hermafrodita. No entanto, na maioria das espécies desse grupo ocorre a reprodução sexuada cruzada, ou seja, com troca de gametas entre os indivíduos.

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Observe o esquema da reprodução assexuada de planárias.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema. Reprodução assexuada de planárias. Á esquerda, uma planária, de corpo comprido, cabeça na extremidade com olhos escuros. Seta apontando para uma planária com extremidade inferior afunilada. Dela saem duas setas: uma apontando para uma planária grande e a outra apontando para uma planária menor.
Representação da reprodução assexuada de planárias.

Fonte de pesquisa: RUPPERT, Edward E.; FOX, Richard S.; BARNES, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. Tradução: Antonio Carlos Marques (coord.) et al. 7. ed. São Paulo: Roca, 2005. p. 275.

A reprodução assexuada nas planárias ocorre por fissão transversal. Nesse tipo de reprodução, o animal estica-se e divide-se em dois. Cada uma dessas partes se desenvolve e origina uma nova planária completa. Isso é possível porque as planárias têm grande capacidade de regeneração.

Agora, observe o esquema da reprodução sexuada de planárias.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema. Reprodução sexuada de planárias. Marcada com o número 1, duas planárias com a extremidade posterior do corpo encostada uma na outra. Seta apontando para o número 2. Marcada com o número 2, à direita, planta verde com estrutura amarela arredondada pendurada, com abertura frontal. Seta apontando para estrutura redonda na planta com uma planária pequena saindo. Seta apontando para o número 3. Marcada com o número 3, uma pequena planária.
Representação da reprodução sexuada de planárias.

Fonte de pesquisa: BRUSCA, Richard C.; BRUSCA, Gary J. Invertebrados. Tradução: Alvaro Esteves Migotto et al. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. p. 316.

Duas planárias se unem pela porção ventral do corpo e trocam espermatozoides entre si (1). No interior do corpo da planária os espermatozoides de uma unem-se aos ovócitos da outra.

Os ovos resultantes da fecundação são depositados no ambiente dentro de pequenos casulos (2), que os protegem.

Após o amadurecimento dos ovos, as planárias jovens (3) saem do interior dos casulos. Esses animais apresentam desenvolvimento direto, ou seja, sem estágio larval.

Tênias e esquistossomos

As tênias são hermafroditas e têm o corpo formado por segmentos chamados proglotes ou proglótides. Cada um desses segmentos é dotado de estruturas dos sistemas reprodutores feminino e masculino.

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A reprodução sexuada das tênias pode ocorrer, principalmente, por autofecundação.

Nesse caso, o ovócito e o espermatozoide de um mesmo indivíduo se unem, originando um zigoto.

Após a fecundação, a proglote que contém os zigotos é chamada proglote grávida.

A. Fotografia. Um verme comprido, achatado e esbranquiçado, sobre fundo azul. Marcada com a letra B, destaque para uma estrutura do verme que é retangular e achatada.

Taenia saginata: pode atingir aproximadamente 12  m de comprimento.

Fotografia. Indicadas com a letra B, destaque para duas estruturas iguais do verme que são retangulares e achatadas.

Taenia saginata (A), com destaque para duas proglotes de seu corpo (B).

Os esquistossomos têm sexos separados e se reproduzem de maneira sexuada.

Além disso, esses vermes apresentam dimorfismo sexual, ou seja, há algumas diferenças entre machos e fêmeas. As fêmeas são finas, enquanto os machos têm o corpo mais curto e com um sulco na região ventral, onde as fêmeas podem se alojar.

Fotografia. Dois vermes, um dentro do outro. O verme marcado com a letra A possui formato cilíndrico, é azul e apresenta uma abertura no meio, além de possuir uma ventosa em uma das extremidades. Marcado com a letra B, um verme também cilíndrico, alongado e fino de cor rosa, com uma extremidade maior que a outra, está dentro do verme A.
Macho (A) e fêmea (B) de Schistosoma mansoni. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 50 vezes. Colorizada em computador.

As tênias e os esquistossomos são parasitas e, portanto, precisam de outros seres vivos como hospedeiros para completar seu ciclo de vida e sua nutrição.

No ciclo de vida de muitos parasitas há dois tipos de hospedeiro. O hospedeiro intermediário abriga o parasita durante sua fase larval. Já o hospedeiro definitivo abriga o parasita durante sua fase adulta e é nele que ocorre a reprodução sexuada.

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Observe a seguir o ciclo de vida de um platelminto parasita.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações. Ciclo de vida de um platelminto parasita. Silhueta de um homem em pé com destaque para o intestino. Marcada com o número 1, uma seta apontando para baixo parte da região inferior do corpo humano. Marcada com o número 2, destaque para uma estrutura plana e quadrada, a proglote grávida. Ao lado, ovos aglomerados. Seta apontando para o número 3, uma estrutura circular com esfera dentro, o ovo. Seta indicando o número 4 e apontando para um porco, animal robusto com quatro patas, orelhas pequenas, focinho quadrado e rabo enrolado. Seta indicando o número 5 e apontando para um pedaço de carne suína, com osso na extremidade. Destaque para o centro da carne com uma forma arredondada e branca, o cisticerco. Seta indicando o número 6 e apontando para a boca do ser humano. Marcado com o número 7, destaque para o intestino grosso e intestino delgado, com o verme adulto, que é comprido e achatado, com cabeça arredondada e bolinha preta ao centro.
Representação do ciclo de vida de Taenia solium.

Fonte de pesquisa: NEVES, David Pereira et al. Parasitologia Humana. 11. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2005. p. 232.

1. As tênias adultas são encontradas no intestino do ser humano. As proglotes grávidas desses vermes, localizadas na porção final do corpo da tênia, desprendem-se do verme e são eliminadas com as fezes da pessoa parasitada.

2. No meio externo, as paredes das proglotes se abrem e liberam os ovos.

3. Os ovos presentes no ambiente contaminam o solo e a água.

4. Ao ingerir água ou alimentos contaminados, o porco adquire esses ovos. No estômago do animal o envoltório do ovo se desfaz, liberando a larva, que atravessa a parede do intestino e chega à circulação sanguínea.

5. Por meio do sangue a larva chega aos músculos do porco, onde se aloja e se desenvolve, formando outro tipo de larva, denominada cisticerco.

6. Ao comer carne de porco contaminada e malcozida o ser humano ingere o cisticerco vivo.

7. No intestino humano o cisticerco pode originar um verme adulto e se reproduzir sexuadamente, reiniciando o ciclo.

Questão 4. Ícone atividade oral. Com base no ciclo de vida da tênia, apresentado anteriormente, como podemos prevenir a teníase?

Resposta: Os alunos podem citar que a teníase pode ser prevenida evitando o consumo de carne de porco crua ou malcozida e comprando carne inspecionada por órgãos do governo, visando garantir a procedência e a qualidade sanitária da carne.

Questão 5. Ícone atividade oral. Com base no esquema do ciclo de vida da Taenia solium, qual é o hospedeiro intermediário e qual é o hospedeiro definitivo desse verme?

Resposta: O hospedeiro intermediário é o porco, e o hospedeiro definitivo é o ser humano.

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Ao parasitar o ser humano as tênias adultas podem provocar uma doença denominada teníase. Em geral, há apenas uma tênia por hospedeiro, por isso são chamadas popularmente de solitárias. Os principais sintomas da teníase são dores abdominais, diarreia, prisão de ventre e perda de massa corpórea.

Já o parasitismo por esquistossomo pode provocar uma doença denominada esquistossomose. Na fase mais avançada dessa doença, o volume do fígado e do baço da pessoa infectada aumenta por causa do acúmulo de líquido na região abdominal, elevando também o volume do abdome do doente. Por isso, a esquistossomose é popularmente conhecida como barriga-d'água.

Sugestões complementares

Você sabia que existem doenças conhecidas como doenças negligenciadas? Elas são assim denominadas porque estão diretamente relacionadas à falta de condições adequadas de higiene para um grupo específico da população, como pessoas de baixa renda e sem acesso a saneamento básico. A esquistossomose é um tipo de doença negligenciada. Para saber mais sobre o assunto, assista ao vídeo Doenças negligenciadas no site da Fiocruz.

Fiocruz. Disponível em: https://oeds.link/cyj0pH. Acesso em: 4 ago. 2022.

Nematódeos

Em geral, os nematódeos realizam reprodução sexuada, e a maioria deles tem sexos separados e fertilização interna. Alguns nematódeos são parasitas, como o Ascaris lumbricoides, conhecido popularmente como lombriga.

A fêmea dessa espécie de nematódeo é maior do que o macho. Além disso, o macho apresenta uma das extremidades do corpo curvada.

Fotografia. Duas lombrigas lado a lado. Marcada com a letra A, uma lombriga comprida e fina. Marcada com a letra B, a outra lombriga também comprida e fina, mas mais curta que a lombriga A.
Fêmea (A) e macho (B) de Ascaris lumbricoides.

Lombriga: pode atingir aproximadamente 35  cm (fêmea) e 30  cm (macho) de comprimento.

Ao parasitar o ser humano a lombriga pode provocar uma doença denominada ascaridíase. Os sintomas envolvem tosse, bronquite e febre, durante a passagem das larvas pelos pulmões, além de dor abdominal, náuseas e perda de apetite, quando o verme se instala no intestino.

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Observe o esquema do ciclo de vida de Ascaris lumbricoides.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações. Ciclo de vida de Ascaris lumbricoides.  Esquema. Silhueta de um homem em pé com destaque para o intestino. Indicadas com o número 1, destaque para duas lombrigas adultas, uma fêmea e um macho, no intestino. Marcada com o número 2, uma seta para baixo, saindo do intestino humano em direção ao ovo em destaque, composto por uma forma arredondada e marrom, com uma esfera dentro. Marcado com o número 3, um espaço com terra e plantas verdes plantadas, onde o ovo está presente nelas. Seta apontando para o número 4, uma folha verde de um vegetal, com destaque para um ovo com embrião, forma arredondada com lombrigas dentro. Seta indicando o número 5 e apontando para a boca do humano. Marcado com o número 6, o intestino do humano. Marcado com o número 7, em destaque, uma lombriga jovem localizada no pulmão.
Representação do ciclo de vida de Ascaris lumbricoides.

Fonte de pesquisa: NEVES, David Pereira et al. Parasitologia Básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2019. p. 162.

1. As lombrigas adultas, macho e fêmea, acasalam-se no interior do intestino humano. Em seguida, a fêmea deposita seus ovos no intestino humano.

2. Os ovos são eliminados no ambiente por meio das fezes da pessoa contaminada.

3. No ambiente, os ovos das lombrigas podem contaminar a água, o solo e os alimentos.

4. Os ovos presentes nos alimentos contaminados contêm os embriões das lombrigas.

5. Ao ingerir alimentos ou água contaminados o ser humano ingere também os ovos, que atingem o sistema digestório humano.

6. No intestino humano as larvas são liberadas dos ovos e atravessam a parede desse órgão, atingindo a circulação sanguínea humana.

7. Por meio dos vasos sanguíneos as larvas migram para outros órgãos, como os pulmões, onde se desenvolvem e se transformam em lombrigas jovens. Essas formas jovens saem do pulmão e alcançam a laringe, sendo deglutidas e atingindo novamente o intestino, onde se tornam vermes adultos capazes de acasalar e reiniciar o ciclo.

Anelídeos

Os poliquetas, em geral, são exemplos de anelídeos que têm sexos separados. Eles liberam seus gametas diretamente na água, onde ocorre a fecundação, que dá origem a um zigoto. Este, por sua vez, forma uma larva, que vai se tornar um animal adulto. Algumas espécies de poliquetas podem se reproduzir assexuadamente por fragmentação e regeneração.

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Já as minhocas e as sanguessugas são exemplos de anelídeos hermafroditas. Apesar disso, esses anelídeos não realizam a autofecundação. Por isso, para haver a reprodução, é necessário que dois indivíduos se encontrem, acasalem e façam a fecundação cruzada. Analise o esquema a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Reprodução sexuada de minhocas. Marcada com o número 1, uma minhoca com clitelo, que é uma parte pequena ao redor do corpo e mais espessa. Próximo à extremidade, encontram-se o receptáculo seminal, que são manchas amareladas. Logo abaixo, outra minhoca com o clitelo encostado no receptáculo seminal da minhoca acima e vice-versa. Marcada com o número 2, uma minhoca com casulo escuro, parte curta e espessa que contorna o meio do corpo da minhoca, sobre o citelo. Marcada com o número 3, uma minhoca com o casulo se deslocando próximo à extremidade esquerda do corpo. Abaixo, uma minhoca com casulo com ovos em sua extremidade esquerda. Seta indicando o número 4 e apontando para uma forma arredondada com extremidade afunilada e bolinhas dentro. Seta indicando o número 5 e apontando para uma forma arredondada com minhoca jovem e pequena saindo pela extremidade.
Representação da reprodução sexuada de minhocas.

Fonte de pesquisa: HICKMAN JR., Cleveland P.; ROBERTS, Larry S.; LARSON, Allan. Princípios Integrados de Zoologia. Tradução: Antonio Carlos Marques et al. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 348.

1. Durante o acasalamento as minhocas alinham seus corpos em direções opostas. Cada um dos indivíduos deposita seu esperma no receptáculo seminal do outro, onde esse fluido fica armazenado.

2. Ao redor do clitelo de cada uma das minhocas que estão acasalando forma-se um casulo.

3. Por causa da contração da musculatura da minhoca o casulo desliza em direção à extremidade anterior do animal. À medida que se desloca pelo corpo da minhoca o casulo recebe os óvulos e os espermatozoides provenientes do parceiro, que estavam armazenados. A fecundação ocorre no interior do casulo, formando os ovos.

4. O casulo com os ovos continua a se deslocar pelo corpo do animal até ser liberado pela extremidade anterior do animal, quando se fecha e é depositado no ambiente.

5. Os ovos se desenvolvem no interior do casulo. Após cerca de três semanas, nascem minhocas jovens.

Clitelo:
região espessada do corpo das minhocas que secreta material que as mantêm unidas durante o acasalamento.

Moluscos

Os moluscos são animais que realizam reprodução sexuada. Eles podem ser hermafroditas ou apresentar sexos separados. A fecundação nesses animais pode ser interna ou externa, dependendo do grupo de moluscos ao qual o animal pertença. Conheça, a seguir, características da reprodução de alguns desses grupos.

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Gastrópodes

A maioria dos gastrópodes marinhos apresenta sexos separados. Nessas espécies os gametas são liberados na água, onde se encontram e formam o zigoto, que, por sua vez, desenvolve-se e origina um novo indivíduo.

As espécies terrestres geralmente são hermafroditas. Durante o acasalamento do caracol, por exemplo, há transferência de espermatozoides de um indivíduo para o outro por meio do poro genital. Em seguida, os caracóis se separam e ocorre a fecundação interna.

Os ovos formados são depositados em um local úmido, onde se desenvolvem e dão origem a novos indivíduos.

Fotografia. Dois caracóis com corpo na posição vertical, encostados de frente um para o outro. Na parte posterior do corpo, há uma concha. Eles estão em um ambiente gramado.
Caracóis (Helix pomatia) acasalando.

Caracol: pode atingir aproximadamente 5  cm de comprimento.

Cefalópodes

Os polvos e as lulas são exemplos de cefalópodes. Eles apresentam sexos separados e fecundação interna. Durante o acasalamento desses animais o macho transfere seus espermatozoides para o interior do corpo da fêmea com o auxílio de um de seus braços.

Os ovos fecundados são depositados no ambiente, onde se desenvolvem e dão origem a novos indivíduos.

Fotografia. Muitas formas arredondadas com parte inferior afunilada e com hastes. No centro das formas, há esferas.
Ovos de polvo-gigante (Enteroctopus dofleini).

Bivalves

A maioria dos bivalves tem sexos separados, e a sua fecundação, em geral, é externa. Os gametas são liberados na água, onde se unem e formam o ovo. Nem sempre os indivíduos que nascem são parecidos com os pais, uma vez que muitos bivalves passam por um estágio larval antes de se tornarem adultos.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Com relação à reprodução dos poríferos, identifique a alternativa que contém as palavras que substituem corretamente os números romanos no texto a seguir.

Os poríferos podem se reproduzir de maneira assexuada por meio da I e do brotamento, no qual a esponja produz II. Esses animais também se reproduzem de maneira III, na qual um indivíduo libera IV na água, que são transportados por meio da corrente de água até o interior da outra esponja. Após a fecundação, forma-se uma célula-ovo que se desenvolve em uma V, que sai da esponja e se adere ao substrato, dando origem a uma nova esponja-do-mar.

a) I – fissão transversal; II – larva; III – sexuada; IV – espermatozoides; V – pólipo.

b) I – fragmentação; II – pólipo; III – sexuada; IV – ovócitos; V – larva.

c) I – fissão transversal; II – brotos; III – sexuada; IV – larva; V – colônia.

d) I – fragmentação; II – brotos; III – sexuada; IV – espermatozoides; V – larva.

Resposta: Alternativa d.

2. Com relação à reprodução dos moluscos, analise os itens 1 a 3. Em seguida, identifique a alternativa que apresenta os animais correspondentes às caraterísticas citadas em cada um dos itens.

1. Apresenta sexos separados e a fecundação é interna.

2. Muitos deles passam por um estágio larval antes de se tornarem adultos.

3. Neles, ocorre a transferência de espermatozoides de um indivíduo para o outro por meio do poro genital.

a) 1 – Gastrópode terrestre; 2 – Cefalópode; 3 – Bivalve.

b) 1 – Gastrópode marinho; 2 – Bivalve; 3 – Cefalópode.

c) 1 – Cefalópode; 2 – Bivalve; 3 – Gastrópode terrestre.

d) 1 – Bivalve; 2 – Gastrópode marinho; 2 – Cefalópodes.

Resposta: Alternativa c.

3. Em seu caderno, justifique por que as frases a seguir são incorretas.

a) Todos os platelmintos são hermafroditas e, por causa disso, só se reproduzem de maneira sexuada.

Resposta nas orientações ao professor.

b) A maioria dos nematódeos apresenta sexos separados e dimorfismo sexual. Diferentemente de alguns platelmintos, nematódeos não precisam de hospedeiros para completar seu ciclo de vida.

Resposta: Alguns nematódeos, como Ascaris lumbricoides, são parasitas e precisam de um hospedeiro para completar seu ciclo de vida.

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4. Daiana resolveu organizar uma horta no quintal de sua casa. Ela sabia que a qualidade do solo é essencial para o desenvolvimento adequado das plantas. Por isso, resolveu povoar o solo com minhocas. Sabendo que as minhocas são hermafroditas, Daiana adicionou uma única minhoca no solo para que ela originasse outros indivíduos.

a) A estratégia de Daiana está adequada? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.

b) O que é necessário fazer para povoar o solo de minhocas?

Resposta: O objetivo dessa questão é incentivar os alunos a refletir sobre a situação a fim de elaborar uma solução. Para realizar a povoação, seria necessário adicionar pelo menos duas minhocas ao solo para que elas pudessem se reproduzir por meio da troca de gametas.

c) Pesquise sobre a importância das minhocas para o solo. Em seguida, escreva em seu caderno um pequeno texto incentivando essa estratégia para o cultivo de plantas.

Resposta nas orientações ao professor.

5. Por se tratar de uma espécie invasora, o coral-sol é responsável pela redução da biodiversidade em muitos recifes de corais.

Fotografia. Uma colônia de corais no fundo do mar. São formas arredondadas com hastes alaranjadas, pedras escuras e com folhas. Além disso, há alguns peixes nadando ao fundo.
Coral-sol (Tubastraea sp.), no município de Angra dos Reis, RJ, em 2010.

Coral-sol: pode atingir aproximadamente 15  cm de diâmetro.

a) Com base na informação do enunciado, como o coral-sol pode interferir na biodiversidade local? Faça uma pesquisa, se necessário.

Resposta nas orientações ao professor.

b) A espécie de coral-sol é hermafrodita e pode se reproduzir tanto de maneira sexuada quanto assexuada por brotamento. Com base nos seus conhecimentos sobre a reprodução dos cnidários, explique como essas características favorecem a invasão dos ambientes.

Resposta nas orientações ao professor.

Espécie invasora:
refere-se às espécies que foram introduzidas em um local diferente daquele de sua origem.

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Artrópodes

Em geral, os artrópodes realizam reprodução sexuada e fertilização interna, têm sexos separados e podem ser ovíparos ou ovovivíparos. No entanto, os animais dos diferentes grupos de artrópodes apresentam algumas particularidades com relação à reprodução.

A seguir, vamos estudar a reprodução de alguns grupos de artrópodes: crustáceos, aracnídeos e insetos.

Crustáceos

Em muitas espécies de crustáceos, como lagostas e lagostins, os machos utilizam um par de apêndices para inserir os espermatozoides no interior do corpo da fêmea, onde ocorre o encontro dos gametas masculino e feminino.

De maneira geral, após a fecundação os ovos são depositados no ambiente. Algumas espécies, no entanto, incubam seus ovos na superfície externa do corpo da fêmea. A maioria dos crustáceos apresenta um ou mais estágios larvais durante seu ciclo de vida, ou seja, o desenvolvimento é indireto, como representado a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema. Desenvolvimento de um caranguejo. Marcado com o número 1, o ovo, uma pequena esfera com parte superior alaranjada, parte inferior branca e ponto preto à esquerda. Seta apontando para o número 2. Marcado com o número 2, uma larva com corpo esférico, alaranjado ao centro e esbranquiçado ao redor, além de ramificações na parte inferior. Seta apontando para o número 3. Marcado com o número 3, um animal juvenil com corpo arredondado e alongado de cor marrom no centro, com patas laterais esbranquiçadas, olhos e cauda na parte inferior. Seta apontando para o número 4. Marcado com o número 4, um animal adulto com corpo arredondado, olhos na extremidade superior, patas laterais e duas garras espessas avermelhadas na parte superior do corpo esbranquiçado.
Representação de diferentes fases (1 a 4) do desenvolvimento do caranguejo.

O ovo (1) origina uma larva (2), que se desenvolve e origina o indivíduo juvenil (3). Este passa por várias mudas até dar origem ao indivíduo adulto (4).

Fonte de pesquisa: CARANGUEJO-UÇÁ. Parnaíba: Embrapa, dez. 2005. Disponível em: https://oeds.link/CuUFsb. Acesso em: 3 ago. 2022.

O corpo dos crustáceos passam por várias mudas porque eles apresentam uma estrutura externa rígida, chamada exoesqueleto, que não acompanha o crescimento do corpo. Portanto, para que o corpo cresça esse exoesqueleto precisa ser trocado por um de tamanho maior.

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Aracnídeos

Na maioria das espécies de escorpiões, o macho deposita no ambiente uma estrutura contendo espermatozoides, chamada espermatóforo. As fêmeas recolhem essa estrutura por meio de seu poro genital. Dessa maneira, ocorre a fecundação interna e a formação dos ovos. A maioria dos escorpiões é ovovivípara.

Nas aranhas, em geral, os pedipalpos dos machos são modificados e utilizados para introduzir os espermatozoides no interior do corpo da fêmea. A maioria das espécies de aranhas é ovípara.

Fotografia. Aranha amarronzada com corpo pequeno, patas longas e pelos espalhados por todo o corpo. Na parte frontal, duas estruturas ovaladas, os pedipalpos. Ela está em uma superfície esverdeada.
Aranha-saltadora (Habronattus coecatus) macho.

Aranha-saltadora: pode atingir aproximadamente 4 , 7   mm de comprimento.

Insetos

Nos insetos em geral os machos apresentam um órgão copulador que conduz os espermatozoides até o interior do corpo da fêmea, onde os gametas femininos são fecundados e os ovos são formados. Os ovos são depositados no ambiente e seu desenvolvimento pode ser direto ou indireto. Observe a seguir um exemplo de inseto com desenvolvimento direto.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema. Desenvolvimento de uma traça. Marcado com o número 1, um ovo, forma arredondada com ponta nas extremidades. Seta apontando para o número 2. Marcado com o número 2, um juvenil de traça, pequeno com antenas, patas e hastes horizontais na extremidade inferior. Seta apontando para o número 3. Marcado com o número 3, uma traça maior que a anterior. Seta apontando para o número 4. Marcado com o número 4, uma traça adulta, com o tamanho grande.
Representação do desenvolvimento direto de traça, por meio de mudas.

Do ovo (1), nasce um juvenil de traça (2), semelhante ao adulto. Esse juvenil sofre algumas mudas, que possibilitam a ele aumentar o tamanho do corpo (3) até atingir a fase adulta (4).

Fonte de pesquisa: METAMORPHOSIS in Arthropods. American Museum of Natural History. Disponível em: https://oeds.link/yftmvT. Acesso em: 3 ago. 2022.

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Agora, acompanhe o desenvolvimento indireto de um inseto.

Fotografia. Sequência de imagens. Metamorfose incompleta de piolho. Marcado com o número 1, um ovo com formato ovalado preso a um fio cilíndrico. Marcada com o número 2, uma ninfa marrom-escuro, inseto pequeno com corpo ovalado e achatado, com seis patas e duas antenas. Marcada com o número 3, uma ninfa marrom-claro, inseto com corpo ovalado e achatado, com seis patas e duas antenas. Ela é maior em relação à ninfa 2. Marcada com o número 4, outra ninfa marrom-claro, inseto com corpo ovalado e achatado, com seis patas e duas antenas. Ela é maior em relação à ninfa 3. Marcado com o número 5, um macho marrom-claro, inseto com corpo ovalado e achatado, com seis patas e duas antenas. Ele é maior em relação à ninfa 4. Marcada com o número 6, uma fêmea marrom, inseto com corpo ovalado e achatado, com seis patas e duas antenas, com parte inferior mais alongada. Ela é maior que o macho marcado com o número 5.
Sequência de imagens da metamorfose incompleta de piolho (Pediculus humanus). O ovo (1) e os indivíduos (2 a 6) apresentados não estão em proporção de tamanho.

Piolho: pode atingir aproximadamente 3   mm (macho) e 3 , 3   mm (fêmea) de comprimento.

O ovo (1) do piolho, popularmente chamado lêndea, adere-se a um fio de cabelo. Após um período de 7 a 10 dias de amadurecimento do ovo, eclodem as ninfas (2, 3 e 4), que passam por três estágios de desenvolvimento até originar o piolho adulto macho (5) ou fêmea (6).

Em outras espécies de insetos, como as abelhas, as borboletas, as formigas e os besouros, o desenvolvimento é indireto com metamorfose completa, passando por fases como ovo, larva, pupa e adulto.

Equinodermos

Na maioria dos equinodermos a reprodução ocorre de maneira sexuada.

No entanto, algumas espécies com grande capacidade de regeneração podem se reproduzir assexuadamente, como as estrelas-do-mar, que são capazes de regenerar partes perdidas.

Fotografia. Uma estrela-do-mar sobre um chão de terra. Indicado com a letra A, um dos braços é mais alongado. Indicados com a letra B, há cinco braços menores ao redor do corpo.
Estrela-do-mar (Echinaster luzonicus) regenerando partes perdidas a partir de um braço original. Nessa imagem é possível identificar o braço original (A) e a porção da estrela-do-mar que está em processo de regeneração (B).

Estrela-do-mar: pode atingir aproximadamente 20   cm de diâmetro.

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Em geral, os equinodermos apresentam sexos separados, fecundação externa e desenvolvimento indireto.

Assim, machos e fêmeas liberam os gametas na água, onde ocorre a fecundação e a formação dos ovos.

Fotografia. Um pepino-do-mar, animal de corpo alongado e cilíndrico, amarronzado, com pequenas projeções saindo do corpo. Há esperma, composto por um filamento branco, saindo de uma das projeções do corpo.
Pepino-do-mar (Holothuria turriscelsa) liberando esperma, que contém espermatozoides, na água.

Analise o esquema a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações. Reprodução sexuada e desenvolvimento indireto de uma estrela-do-mar. Marcada com o número 1, uma estrela-do-mar fêmea alaranjada. Seta apontando para o número 3, destaque para o óvulo, estrutura esférica avermelhada. Marcada com o número 2, uma estrela-do-mar macho alaranjada. Seta apontando para o número 4, destaque para os espermatozoides, estruturas pequenas com cabeça e flagelo. Dos números 3 e 4 saem setas indicando o número 5 e apontando para o número 6. Indicado com o número 6, destaque para o ovo, esfera avermelhada com bolinha ao centro. Seta apontando para o número 7, destaque para a larva, estrutura alongada e espessa. Seta apontando para o número 8, destaque para larva com forma alongada, espessa e com filamentos nas laterais do corpo. Seta apontando para o número 9, destaque para larva com forma retangular na extremidade superior, com filamentos finos e hastes na extremidade inferior. Seta apontando para o número 10, uma pequena estrela-do-mar. Seta apontando para o número 2.
Representação da reprodução sexuada e do desenvolvimento indireto de estrela-do-mar. Os gametas, o ovo e as fases larvais foram representados nessa ilustração de forma ampliada.

Os indivíduos adultos, fêmea (1) e macho (2), liberam, respectivamente, óvulo (3) e espermatozoides (4) na água. Nesse ambiente, ocorre a fecundação (5) e, consequentemente, a formação do ovo (6), do qual se origina uma larva. A fase larval envolve vários estágios (7, 8 e 9) até originar o indivíduo jovem (10), que origina o indivíduo adulto. As larvas se fixam no substrato durante seu desenvolvimento.

Fonte de pesquisa: BRUSCA, Richard C.; BRUSCA, Gary J. Invertebrados. Tradução: Alvaro Esteves Migotto et al. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. p. 865.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Observe os animais representados nas imagens a seguir. Em seguida, relacione-as às características correspondentes de cada animal. Para isso, forme pares de letras e números.

A. Fotografia. Uma aranha amarronzada. Possui corpo pequeno e arredondado, com patas compridas nas laterais. Ela está sobre uma superfície marrom.
Aranha (Pardosa lugubris).

Aranha: pode atingir aproximadamente 7   mm de comprimento.

B. Fotografia. Uma abelha sobre uma flor amarela. Ela tem um formato alongado e fino, com uma cabeça pequena que apresenta um par de antenas e olhos grandes, além de patas longas e asas pequenas. A coloração do corpo é principalmente amarela e preta, com algumas manchas brancas.
Abelha (Apis mellifera).

Abelha: pode atingir aproximadamente 15   mm de comprimento.

C. Fotografia. Ouriço-do-mar, animal redondo com espinhos roxos ao redor do corpo. Ele está sobre um coral.
Ouriço-do-mar (Strongylocentrotus purpuratus).

Ouriço-do-mar: pode atingir aproximadamente 10   cm de diâmetro.

1.

Apresenta desenvolvimento indireto com metamorfose completa.

2.

Apresenta desenvolvimento indireto com estágios larvais.

3.

Apresenta desenvolvimento direto, em que o indivíduo jovem tem semelhanças com o animal adulto.

Resposta: A – 3; B – 1; C – 2.

2. Com relação à reprodução dos equinodermos, julgue os itens a seguir e identifique a alternativa adequada.

1.

Todas as espécies apresentam fase larval.

2.

Em geral, apresentam fecundação externa.

3.

As estrelas-do-mar originam novos indivíduos somente por meio da reprodução assexuada, por exemplo, a regeneração.

a) Somente as alternativas 1 e 2 estão corretas.

b) Somente a alternativa 2 está correta.

c) Somente a alternativa 1 está correta.

d) Somente as alternativas 1 e 3 estão corretas.

Resposta: Alternativa b.

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3. Identifique a alternativa adequada em relação à reprodução dos grupos de artrópodes.

a) Em crustáceos, como lagostas e lagostins, a fecundação é externa.

b) Nos piolhos o desenvolvimento é indireto com metamorfose incompleta.

c) A maioria das aranhas é ovovivípara.

d) Os machos das espécies de insetos não têm órgão copulador, sendo a fecundação exclusivamente externa.

Resposta: Alternativa b.

4. Leia o trecho de reportagem a seguir.

Lugares úmidos e escuros servem de abrigo para escorpiões, que têm facilidade de reprodução
[...] o escorpião se reproduz por partenogênese, ou seja, ele não precisa se acasalar para procriar pelo menos duas vezes ao ano, podendo gerar de 20 a 25 filhotes

LEMOS, Simone. Lugares úmidos e escuros servem de abrigo para escorpiões, que têm facilidade de reprodução. Jornal da USP, 7 jan. 2022. Disponível em: https://oeds.link/fIdRdI. Acesso em: 4 ago. 2022.

Fotografia. Escorpião amarronzado, animal com corpo alongado, cauda comprida e curva, patas finas e laterais. Na parte posterior do corpo, muitos filhotes de escorpião, que são menores e mais claros. Ele está sobre uma superfície marrom.
Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) com seus filhotes.

Escorpião-amarelo (adulto): pode atingir aproximadamente 7   cm de comprimento.

a) Explique como ocorre a reprodução por partenogênese.

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem que, na reprodução por partenogênese, a fêmea gera novos indivíduos sem a participação do macho. Isto é, o ovócito não fecundado origina um novo indivíduo.

b) Explique como ocorre a reprodução sexuada na maioria dos escorpiões.

Resposta: Na reprodução sexuada, na maioria das espécies de escorpiões, o macho deposita no ambiente o espermatóforo, contendo os espermatozoides. Em seguida, as fêmeas recolhem essa estrutura por meio de seu poro genital, ocorrendo fecundação interna e a formação dos ovos.

c) Com base nas características do abrigo dos escorpiões citadas na reportagem, converse com o seu colega sobre atitudes que podem reduzir esses abrigos no ambiente, principalmente dentro de residências e em áreas abertas.

Resposta nas orientações ao professor.

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Peixes

Assim como os demais animais vertebrados, como anfíbios, répteis, aves e mamíferos, os peixes, em geral, têm sexos separados, e a fecundação pode ocorrer interna ou externamente.

No caso, a fecundação interna é mais comum em peixes cartilaginosos, como tubarões e raias. Na região genital dos machos desses peixes há duas estruturas externas, chamadas clásperes, que auxiliam na deposição dos gametas masculinos no interior do sistema genital das fêmeas.

Glossário

A. Fotografia. Uma raia, animal de corpo achatado em forma de losango, com cauda longa e fina. A parte inferior do corpo é branca. Marcada com a letra B, região posterior, próximo a cauda.

Raia: pode atingir aproximadamente 6 , 8   m de envergadura.

B. Fotografia. Uma raia com destaque na região posterior, próxima à cauda, apresenta duas estruturas cônicas e alongadas chamadas clásperes.

Vista ventral de raia (Manta birostris) (A), com destaque para a região genital (B), lugar onde são encontrados os clásperes.

Já a fecundação externa é mais comum em peixes ósseos. Nesse caso, tanto os gametas masculinos quanto os femininos são liberados no ambiente, ocorrendo, assim, a fecundação e a formação dos ovos.

Glossário

A. Fotografia. Dois peixes de coloração amarelada submersos, com bolinhas brancas na parte superior e parte inferior alaranjada, possuindo nadadeiras superiores e inferiores. Um peixe é maior que o outro. O peixe maior, indicado com o número 1, apresenta a boca aberta e uma nuvem esbranquiçada na parte posterior do corpo. Indicado com o número 2, o peixe menor, também com a boca aberta e com bolinhas abaixo do corpo. Marcada com a letra B, destaque para as bolinhas, que estão aglomeradas.

Truta: pode atingir aproximadamente 50 , 8   cm de comprimento.

B. Fotografia. Destaque para as bolinhas abaixo de um peixe. Elas são amarelas e estão aglomeradas.

Trutas (Salvelinus fontinalis) macho (1) e fêmea (2) liberando gametas na água. Na imagem A é possível identificar a espécie de nuvem de esperma, liberada pelo macho. Já na imagem B é possível identificar os gametas femininos liberados pela fêmea no ambiente.

Algumas espécies de peixes passam por uma fase larval durante seu desenvolvimento.

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Anfíbios

Leia o trecho de reportagem a seguir e, depois, responda às questões propostas.

[…], pouco se conhece até agora sobre o Melanophryniscus setiba (seu nome científico), para além do fato de sua condição ser extremamente frágil.
Desde 2014, o sapinho-da-restinga figura na lista de espécies de anfíbios ameaçadas de extinção, na categoria de criticamente sob perigo.
[…]
Mas o que torna esses animais tão vulneráveis?
[…]
"Os anfíbios anuros são um dos grupos animais mais vulneráveis ao aquecimento global, por conta, sobretudo, de suas peles finas e permeáveis, bem como sua dependência da água para reprodução", prossegue Andrade.
"Qualquer diminuição nas chuvas tem implicação aos anfíbios, que precisam de áreas úmidas" […].

IDOETA, Paula A. Os sapos do tamanho de uma moeda que Brasil pode perder antes mesmo de conhecer. BBC, 6 out. 2021. Disponível em: https://oeds.link/wEcFmw. Acesso em: 12 ago. 2022.

Questão 6. Ícone atividade oral. Qual é o assunto abordado no trecho de reportagem?

Resposta: A reportagem aborda problemas ambientais, como o aquecimento global, que podem tornar espécies de anfíbios ameaçadas de extinção, em razão da sua vulnerabilidade à mudanças climáticas, por exemplo.

Questão 7. Ícone atividade oral. Com base no trecho, por que os anfíbios anuros são mais vulneráveis ao aquecimento global e à diminuição das chuvas?

Resposta: Os anfíbios anuros têm peles finas e permeáveis e precisam viver em áreas úmidas para evitar a desidratação do corpo e dos ovos, dependendo da água para reproduzir. Por essa razão, são mais vulneráveis às alterações climáticas, por exemplo.

Questão 8. Ícone atividade oral. Em um minuto, anote em uma folha de papel tudo o que você lembra referente ao ambiente onde os sapos vivem e a como é a reprodução desses animais.

Resposta nas orientações ao professor.

O sapinho-da-restinga é uma espécie de anfíbio anuro que, assim como a maioria das espécies desse grupo, depende da água para se reproduzir.

O acasalamento na maioria dos anfíbios, como no caso dos sapos, ocorre na água, enquanto a fecundação pode ser interna ou externa. Em geral, os anfíbios são ovíparos e depositam os ovos em ambientes úmidos e com sombra, como beiras de rios e lagoas, evitando que eles desidratem. Muitas vezes, os ovos têm camadas gelatinosas que os mantêm unidos e protegidos.

Em muitas espécies de anfíbios anuros (rãs, pererecas e sapos) o macho produz um som característico para atrair a fêmea, ação chamada vocalização. Quando a fêmea encontra o macho, ele a estimula a liberar os óvulos na água, ao mesmo tempo que ele libera os espermatozoides. Nesse caso, a fecundação é externa. No entanto, em algumas espécies de anfíbios a fecundação é interna.

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Ao eclodir, a maioria dos ovos de anuros libera uma larva chamada girino, que apresenta diferenças em relação ao animal adulto. Durante o processo de desenvolvimento os girinos da maioria dos anuros sofrem metamorfose completa. No caso de algumas espécies de salamandras, são mantidas algumas características larvais na fase adulta, como as brânquias.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações. Ciclo de vida de uma rã, animal de corpo achatado e arredondado, com pernas traseiras longas e fortes e pernas dianteiras mais curtas. Possui coloração verde com manchas escuras. Em um trecho de água, um macho e uma fêmea se acasalando. Marcado com a letra A, destaque para os espermatozoides dentro da água, com cabeça e flagelo. Marcado com a letra B, os óvulos da fêmea dentro da água, são formas ovais com esfera preta dentro. Seta indicando o número 1 e apontando para a letra C, o zigoto, uma esfera escura. Seta indicando o número 2 e apontando para a letra D, um embrião, pequena forma comprida. Seta indicando o número 3 e apontando para a letra E, um girino acinzentado com corpo alongando, achatado, e uma cauda longa. Seta apontando para o número 4, um girino com pernas posteriores formadas. Seta apontando para o número 5, um girino próximo a uma planta com pernas posteriores e anteriores formadas. Seta apontando para o número 6, uma pequena rã verde com manchas escuras está em cima de uma planta na superfície da água, tendo quatro patas e uma cauda curta. Seta indicando o número 7 e apontando para a letra F, uma rã adulta sem cauda na terra, com corpo achatado e arredondado, pernas traseiras longas e fortes, e pernas dianteiras mais curtas. Ao redor, há vegetação.
Representação do ciclo de vida de rã. Nessa imagem os espermatozoides foram representados como ampliação.

1. No acasalamento o macho libera os espermatozoides (A), que fertilizam os óvulos (B) liberados pela fêmea. Após a fecundação, forma-se o zigoto (C).

2. Depois de inúmeras divisões celulares, o zigoto dá origem ao embrião (D), que se desenvolve no interior do ovo.

3. Após algumas semanas, o embrião origina o girino (E), que eclode do ovo, apresentando brânquias e cauda envolta por membrana.

4. Ao longo da metamorfose desenvolvem-se os membros, primeiramente os posteriores.

5. Em seguida, desenvolvem-se os membros anteriores.

6. Com o tempo, a cauda acaba diminuindo de tamanho até desaparecer por completo.

7. O ser vivo cresce e, ao final da metamorfose completa, chega à fase adulta (F), quando pode se reproduzir e reiniciar o ciclo de vida.

Fonte de pesquisa: HICKMAN, Cleveland P. Jr.; ROBERTS, Larry S.; LARSON, Allan. Princípios integrados de zoologia. Tradução: Antonio Carlos Marques et al. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 527.

Diferentemente da maioria dos anuros, tanto as salamandras quanto as cobras-cegas apresentam, geralmente, fecundação interna. No caso das salamandras, são comuns os rituais de acasalamento, em que o macho deposita os espermatozoides em uma superfície e guia a fêmea até o local. Ela recolhe os espermatozoides e guarda-os no interior de seu corpo até a liberação dos óvulos. O encontro dos espermatozoides com os óvulos ocorre no interior do corpo da fêmea.

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Répteis

Observe as imagens a seguir e, depois, leia as respectivas legendas.

A. Fotografia. Corpo de uma serpente com destaque para o órgão copulador, que é bifurcado, rosado e  possui pequenas hastes verticais. Ele está localizado na parte externa da pele da serpente.
Órgão copulador de macho da serpente Vipera berus. Essa estrutura facilita a transferência dos espermatozoides para o interior do corpo da fêmea.
B. Fotografia. Um pequeno jacaré com com a cabeça e a pata esquerda para fora de um ovo. Ele possui pele escura, grandes olhos, patas finas com dedos e uma boca comprida.
Filhote de jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) eclodindo do ovo.

Jacaré-do-papo-amarelo (adulto): pode atingir aproximadamente 3 , 5   m de comprimento.

Questão 9. Ícone atividade oral. Com base na imagem A e nas informações da legenda da foto, como ocorre a fecundação dos répteis?

Resposta: A fecundação dos répteis é interna.

Questão 10. Ícone atividade oral. Em sua opinião, o órgão copulador e o ovo, apresentados nas fotos A e B, respectivamente, contribuem para a vida no ambiente terrestre? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.

Apesar de a maioria das espécies de répteis ser ovípara, algumas delas podem ser ovovivíparas, como é o caso de alguns lagartos. Diferentemente dos anfíbios, os ovos dos répteis são mais resistentes, dotados de uma casca rígida, mais porosa, o que permite realizar a troca de gases com o ambiente. Essas e outras características permitem aos répteis depositar os ovos no ambiente terrestre.

No interior dos ovos de répteis existem reservas de nutrientes utilizadas pelo embrião durante seu desenvolvimento. Além disso, os ovos contêm água no seu interior, o que garante um meio adequado ao desenvolvimento do réptil.

Quando eclodem, os filhotes são semelhantes aos adultos e não sofrem metamorfose durante seu ciclo de vida. Geralmente, logo ao nascer são independentes, não necessitando de cuidados dos progenitores.

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Aves

Ícone Objeto digital

A foto a seguir apresenta um registro de um casal de fragatas durante o ritual de acasalamento.

Fotografia. Dois pássaros entre pequenos galhos. Marcado com a letra A, um pássaro com bico comprido, peito amarelo, cabeça e asas pretas fechadas. Marcado com a letra B, o outro pássaro com parte frontal avermelhada e inflada, com bico comprido, cabeça e asas pretas abertas.
Fêmea (A) e macho (B) de fragatas (Fregata magnificens) durante o ritual de acasalamento.

Fragata: pode atingir aproximadamente 2 , 3   m de envergadura.

Questão 11. Ícone atividade oral. As fragatas macho e fêmea da imagem apresentam características externas diferentes? Em caso afirmativo, identifique e comente quais são.

Resposta: Espera-se que os alunos respondam que sim. Eles podem citar, por exemplo, a cor das penas e uma estrutura vermelha no macho que pode aumentar de volume.

Questão 12. Ícone atividade oral. Você já viu ou conhece alguma estratégia das aves para atrair o parceiro para acasalar? Compartilhe com os seus colegas.

Resposta nas orientações ao professor.

Como é possível perceber na foto, tanto os machos quanto as fêmeas de aves, como as fragatas, geralmente, apresentam diferentes características externas. Por exemplo, os machos de muitas espécies destacam-se pela plumagem mais vistosa, ou seja, mais chamativa por conta de cores e formatos. Além das características externas, na época de reprodução, os machos de aves podem emitir sons característicos e realizar rituais para atrair as fêmeas.

A fecundação nas aves é interna, e na maioria delas, a cópula ocorre por meio do contato das cloacas do macho e da fêmea. Pelo fato de todas as aves serem ovíparas, o desenvolvimento do embrião ocorre no interior dos ovos.

Glossário

Após a postura, os ovos precisam ser aquecidos para que o embrião se desenvolva adequadamente. Em muitas espécies, como o trinca-ferro, tanto o macho quanto a fêmea chocam seus ovos e costumam revezar a busca por alimento. Em outras, como a galinha, somente a fêmea choca os ovos. Já no caso do pinguim-imperador o macho é o responsável por chocar o ovo, enquanto a fêmea busca alimento. A quantidade de ovos postos e o tempo de incubação variam de acordo com a espécie.

Fotografia. Um pinguim, ave com parte frontal do corpo branca, cabeça e asas pretas, com o bico fino. Abaixo do corpo, entre as patas, um ovo. Ao fundo, há outros pinguins. Eles estão sobre a neve.
Macho de pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri) chocando ovo.

Pinguim-imperador: pode atingir aproximadamente 1 , 3   m de altura.

Muitas aves constroem ninhos para, então, depositar seus ovos e seus filhotes, garantindo, assim, que fiquem protegidos enquanto se desenvolvem. A maioria dessas espécies de aves cuida de seus filhotes, alimentando-os e protegendo-os tanto do frio e do calor excessivos quanto de predadores.

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Mamíferos

Analise a tirinha a seguir.

Tirinha com um quadrinho. Armandinho está junto com outras cinco crianças. Q1. Armandinho, segurando um livro aberto, diz: 'Marsupiais são mamíferos que possuem um marsúpio, isto é, uma bolsa...'. Á esquerda de Armandinho, um sapo verde e sorridente; à direita dele, uma menina com enfeite de flor amarela no cabelo; à direita dela, um animal quadrúpede, com pelos claros, quatro patas, orelhas grandes e focinho comprido. No centro, um menino segurando um violão, fala olhando para o animal: 'Acho que ele não trouxe a dele...'. Atrás do menino, há duas meninas. Por último, um menino diz: 'A minha mãe... tem bolsa...'.

BECK, Alexandre. Armandinho nove. Florianópolis: A. C. Beck, 2016. p. 74.

Questão 13. Ícone atividade oral. A bolsa a que Armandinho se refere na tirinha é a mesma a que seus colegas se referem? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.

Questão 14. Ícone atividade oral. Qual é o animal silvestre representado na tirinha?

Resposta nas orientações ao professor.

Questão 15. Ícone atividade oral. Qual é a importância do marsúpio, a bolsa citada por Armandinho, para o animal silvestre representado na tirinha?

Resposta: O objetivo dessa questão é levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto. Espera-se que eles relacionem o marsúpio aos cuidados com os filhotes. Além disso, eles podem dizer que esse animal carrega seus filhotes nessa bolsa.

Questão 16. Ícone atividade oral. Você conhece outro animal que tem marsúpio? Em caso afirmativo, cite um exemplo.

Resposta pessoal. Os alunos podem citar outros exemplos de marsupiais, como os cangurus e os coalas.

Assim como o animal silvestre abordado na tirinha, a maioria das espécies de mamíferos é vivípara. No caso, os mamíferos apresentam fecundação interna e um órgão copulador. Após o nascimento, os filhotes são alimentados por certo tempo com o leite, que é produzido pelas glândulas mamárias das fêmeas. Apesar de terem características em comuns, existem algumas particularidades dos diferentes mamíferos em relação à reprodução, que nos permite organizá-los em grupos: placentários, marsupiais e monotremados.

Placentários

Os mamíferos placentários têm placenta. Trata-se de uma estrutura que liga o embrião e, posteriormente, o feto à mãe, o que permite transferir nutrientes da mãe para o embrião/feto, bem como resíduos e gases. Ligando o embrião/feto à placenta existe o cordão umbilical.

Fotografia. Marcado com a letra A, um corpo pequeno de um animal dentro de uma camada transparente. Marcada com a letra B, uma forma arredondada dentro de uma camada transparente. Marcado com a letra C, um cordão unindo A e B.
Embrião de rato (A), ligado à placenta (B) pelo cordão umbilical (C).

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Questão 17. Ícone atividade oral. Cite outro exemplo de mamífero placentário.

Resposta: Os alunos podem citar animais como ser humano, cachorro, cavalo, elefante, rato, baleia, zebra, girafa e onça.

Marsupiais

Nos marsupiais o feto não completa todo o seu desenvolvimento no interior do corpo da fêmea, como é o caso do gambá, animal silvestre retratado na tirinha da página anterior, e do canguru. A nutrição dos embriões em desenvolvimento ocorre por meio de uma placenta menos desenvolvida do que a dos placentários.

Fotografia. Um canguru sobre duas patas em um ambiente com grama. Ele possui corpo alongado, pelos amarronzados, cauda longa, orelhas erguidas e uma bolsa na frente do corpo, composta por sua pele. Dentro da bolsa, há um filhote pequeno.
Fêmea de canguru (Macropus sp.) com o filhote em seu marsúpio.

Canguru: pode atingir aproximadamente 45   cm de altura.

Ao nascer, o filhote desses animais não está completamente formado e, por isso, geralmente acaba migrando para o marsúpio, uma expansão externa da pele da fêmea em forma de bolsa, presente em alguns marsupiais. É no marsúpio que os filhotes encontram as glândulas mamárias e completam seu desenvolvimento.

Professor, professora: Ao abordar os marsupiais, comente com os alunos que nem todas as espécies de marsupiais apresentam o marsúpio. No entanto, todos os filhotes nascem prematuros, precisando, assim, de cuidado parental, principalmente da amamentação.

Monotremados

Os monotremados caracterizam-se por ser um pequeno grupo de mamíferos, como os ornitorrincos, em que o embrião se desenvolve no interior de um ovo, que permanece fora do corpo da fêmea.

Fotografia. Um ornitorrinco sobre a água. Ele é um animal achatado, com corpo alongado, pelos amarronzados, quatro patas curtas, uma cauda longa e um bico achatado escuro.
Ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus).

Ornitorrinco: pode atingir aproximadamente 60   cm de comprimento.

Assim como os répteis ovíparos e as aves, os ovos dos monotremados são colocados em ninhos, no caso, no solo e, depois, incubados.

Após a eclosão dos ovos, os filhotes de monotremados são alimentados com leite pelas fêmeas.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Julgue as afirmativas a seguir como falsas ou verdadeiras. Em seguida, reescreva em seu caderno as frases falsas, corrigindo-as.

a) Em geral, nos peixes cartilaginosos a fecundação é externa, pelo fato de os gametas masculino e feminino serem liberados do corpo do animal para o ambiente.

Resposta: Falsa. Em geral, nos peixes ósseos a fecundação é externa, pelo fato de os gametas masculino e feminino serem liberados do corpo do animal para o ambiente.

b) Os machos das aves não apresentam órgão copulador. Por causa disso, a fecundação é interna, e a cópula ocorre pelo contato das cloacas do macho e da fêmea.

Resposta: Verdadeira.

c) Nos anfíbios a fecundação é exclusivamente externa, e em todas as espécies os machos vocalizam para atrair a fêmea.

Resposta: Falsa. Nos anfíbios a fecundação pode ser tanto externa quanto interna. Apenas algumas espécies de anuros machos vocalizam para atrair a fêmea.

d) Após o nascimento, os filhotes de mamíferos são alimentados com o leite produzido pelas glândulas mamárias das fêmeas, exceto nos monotremados.

Resposta: Falsa. Após o nascimento, todos os filhotes de mamíferos são alimentados com o leite produzido pelas glândulas mamárias das fêmeas, incluindo os monotremados.

2. Analise as imagens a seguir e, depois, responda às questões propostas.

A. Fotografia. Parte de uma tartaruga sobre um buraco na areia, no qual estão aglomerados muitos ovos no fundo.
Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) colocando ovos na areia.
B. Fotografia. Uma rã, animal semelhante a sapo, possui pele amarronzada e manchas escuras, olhos escuros. Ela está sobre uma superfície com muitas esferas e pontos dentro.
Rã (Rana dalmatina) e seus ovos em um corpo de água.

: pode atingir aproximadamente 45   mm de comprimento.

a) Os ovos representados nas fotos A e B fazem parte de qual grupo animal estudado neste capítulo?

Resposta: A – Répteis; B – Anfíbios.

b) Relacione as principais características dos ovos apresentados nas fotos A e B às características dos ambientes onde são encontrados.

Resposta nas orientações ao professor.

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3. Em seu caderno, elabore um esquema comparativo entre a reprodução dos animais dos diferentes grupos: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Nesse esquema, explique a importância das estruturas e dos processos citados a seguir para a reprodução e o desenvolvimento dos animais desses grupos.

clásper

vocalização

metamorfose

ovo resistente

incubação

marsúpio

placenta

Resposta nas orientações ao professor.

Versão adaptada acessível

3. Elabore um texto comparativo entre a reprodução dos animais dos diferentes grupos: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Nesse texto, explique a importância das estruturas e dos processos citados a seguir para a reprodução e o desenvolvimento dos animais desses grupos.

  • clásper
  • vocalização
  • metamorfose
  • ovo resistente
  • incubação
  • marsúpio
  • placenta

Resposta: Nesta atividade, espera-se que, ao produzir o texto, os alunos escrevam que alguns peixes possuem estruturas externas chamadas clásperes, as quais auxiliam na fecundação interna; que alguns anfíbios produzem sons característicos para atrair a fêmea; que alguns anfíbios e insetos passam pelo processo de metamorfose durante seu desenvolvimento; que os ovos de aves e répteis são dotados de uma casca rígida e porosa, permitindo sua deposição em ambientes terrestres; que alguns animais, como répteis ovíparos, aves, monotremados e crustáceos, podem realizar a incubação dos ovos; que o marsúpio é uma estrutura que alguns marsupiais apresentam, para onde seus filhotes podem migrar para terminar o desenvolvimento; e que a placenta é uma estrutura que liga o embrião/feto à mãe, permitindo a transferência de nutrientes.

4. Leia o texto a seguir, que discorre sobre a reprodução do anuro Pipa pipa. Depois, responda às questões a seguir.

Os anuros da espécie Pipa pipa reproduzem-se de maneira semelhante aos demais anuros até a fase de formação dos ovos. Então, trata-se de uma espécie que apresenta algumas particularidades. No caso, os ovos formados são transferidos pelo macho para o dorso da fêmea. Depois disso, eles são envoltos pela pele da fêmea, ficando incubados no dorso dela. Os ovos e, posteriormente, as larvas ficam protegidos por uma fina camada de pele e mantidos sobre o dorso da fêmea. Quando ocorre a metamorfose, os filhotes rompem essa camada de pele e ficam livres no ambiente.

A. Fotografia. Uma Pipa pipa, animal de cor verde-escuro, com corpo arredondado e patas curtas e finas. Na parte superior do corpo, existem pequenas bolinhas amareladas.
Fêmea de Pipa pipa com ovos aderidos ao seu dorso.

Pipa pipa: pode atingir aproximadamente 17   cm de comprimento.

B. Fotografia. Destaque para a pele do animal pipa pipa, na qual pequenos animais estão sobre ela.
Filhotes de Pipa pipa emergindo do dorso de uma fêmea.

a) Em seu caderno, faça um esquema que represente a reprodução do Pipa pipa. Nesse esquema, você deve elaborar o desenho e incluir textos explicativos.

Resposta nas orientações ao professor.

Versão adaptada acessível

a) Com suas palavras, elabore um texto explicando como ocorre a reprodução do Pipa pipa, incluindo as etapas antes e depois da formação dos ovos.

Resposta: Espera-se que os alunos mencionem as fases de acasalamento entre macho e fêmea, com liberação dos gametas masculino e feminino no ambiente, a formação do ovo no ambiente, a transferência dos ovos para o dorso da mãe, a incubação dos ovos e das larvas e o surgimento dos filhotes após a metamorfose.

b) Qual é a importância de o Pipa pipa incubar os ovos em seu dorso?

Resposta: Trata-se de uma estratégia que auxilia na sobrevivência dos filhotes, uma vez que eles se encontram sob proteção da fêmea.

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5. Leia o trecho de reportagem a seguir e, depois, responda às questões propostas.

Evento raro: Câmeras filmam acasalamento de harpias no sul da BA e pesquisadores falam em registro inédito na mata atlântica
Considerada a maior ave de rapina das Américas, a espécie está classificada como vulnerável à extinção no país e considerada rara na mata atlântica.

EVENTO raro: Câmeras filmam acasalamento de harpias no sul da BA e pesquisadores falam em registro inédito na mata atlântica. G1, 16 abr. 2021. Disponível em: https://oeds.link/SUrjbO. Acesso em: 2 ago. 2022.

a) Em seu caderno, faça um esquema explicativo do processo de reprodução das aves, desde o ritual de acasalamento até a eclosão dos ovos.

Resposta: Espera-se que os alunos abordem em seus esquemas os rituais de acasalamento, como danças, exposição da plumagem e emissão de sons, o momento do acasalamento, o tipo de fecundação que ocorre, o desenvolvimento embrionário, a incubação dos ovos e a eclosão dos ovos.

Versão adaptada acessível

a) Produza um texto explicando o processo de reprodução das aves, desde o ritual de acasalamento até a eclosão dos ovos.

Resposta: Espera-se que os alunos abordem os rituais de acasalamento, como danças, exposição da plumagem e emissão de sons, o momento do acasalamento, o tipo de fecundação que ocorre, o desenvolvimento embrionário, a incubação dos ovos e a eclosão dos ovos.

b) Qual é a importância do evento filmado pelas câmeras e relatado no trecho de reportagem para as harpias e para a Mata Atlântica?

Resposta nas orientações ao professor.

6. No gráfico a seguir é realizada uma comparação dos períodos de gestação e lactação entre animais de dois grupos de mamíferos.

Período de gestação e lactação em mamíferos placentários e marsupiais

Gráfico de colunas empilhadas. No eixo horizontal estão os grupos de mamíferos e no eixo vertical estão os dias após a concepção, de 0 até 500. Há uma legenda que indica que a barra rosa representa os dados relativos ao período de lactação e a barra amarela, ao período de gestação. Os dados são: A, o período gestação está um pouco acima de 150, com uma linha indicando nascimento, e o período de lactação está abaixo de 250, indicando desmame. B, o período de gestação está um pouco acima de 0, com uma linha indicando nascimento, e o período de lactação está próximo de 450, indicando desmame.

Fonte de pesquisa: HICKMAN, Cleveland P. Jr.; ROBERTS, Larry S.; LARSON, Allan. Princípios integrados de zoologia. Tradução: Antonio Carlos Marques et al. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 594.

a) Com base na leitura do gráfico e nos seus conhecimentos sobre o assunto, qual das letras indicadas no gráfico representa um animal marsupial e qual representa um animal placentário? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.

b) Se você fosse construir um gráfico semelhante a esse para representar a reprodução de um monotremado, como ele seria? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.