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CAPÍTULO

6 A reprodução nos diferentes grupos de plantas

Leia a manchete a seguir.

Esta árvore mágica possui 40 tipos diferentes de frutas

Disponível em: https://oeds.link/iinipP. Acesso em: 8 ago. 2022.

Professor, professora: Ao abordar a manchete com os alunos, comente que o termo "mágica" está sendo usado no sentido figurado, para se referir ao fato de a árvore ser capaz de produzir diversos tipos de frutos, o que não é comum para esses seres vivos.

Questão 1. Ícone atividade oral. Em sua opinião, como é possível uma planta produzir 40 tipos de frutas?

Resposta pessoal. O objetivo dessa questão é instigar a curiosidade dos alunos e levá-los a refletir e a formular hipóteses sobre essa possibilidade. Espera-se que eles citem a técnica enxertia.

Pode parecer impossível, mas o professor estadunidense Sam van Aken (1972 -) desenvolveu uma árvore capaz de produzir 40 frutos diferentes, como pêssegos, damascos, ameixas, cerejas e amêndoas. Aliás, quando adulta, além dos frutos, essa planta apresenta diferentes tipos de flores.

Para desenvolvê-la, Sam utilizou uma técnica conhecida como enxertia. Ele removeu ramos de diferentes plantas e, depois, uniu-os a uma árvore com o auxílio de uma fita. Com o tempo, essas partes foram incorporadas à planta-base, permitindo a elas continuar seu desenvolvimento.

Glossário

Fotografia. Frutos pendurados nos galhos de uma árvore. À frente, frutos com formato oval e tonalidade predominantemente esverdeada e a ponta superior roxa. Ao fundo, há outros galhos com frutos de formato mais arredondado e tons avermelhados.
Dois tipos de frutos da árvore de 40 frutos.

Questão 2. Ícone atividade oral. O texto anterior cita flores e frutos. Qual é a relação existente entre essas partes das plantas?

Resposta nas orientações ao professor.

Questão 3. Ícone atividade oral. Todas as plantas apresentam flores e frutos? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal. O objetivo dessa questão é que os alunos reflitam sobre as características das plantas. Espera-se que eles comentem que nem todas as plantas são capazes de produzir flores e frutos. Algumas delas, aliás, não produzem nenhuma das duas estruturas.

Assim como os animais e outros seres vivos, as plantas também podem reproduzir-se sexuada e assexuadamente. São os diferentes tipos de reprodução das plantas que vamos estudar neste capítulo.

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Sugestões complementares

Os jardins botânicos são instituições que abrigam coleções de plantas vivas. Além de serem locais de lazer, têm a importante função de difundir o conhecimento e contribuir para pesquisas científicas sobre plantas. A visita a um jardim botânico é uma oportunidade para aprender mais sobre elas. Caso não seja possível visitar um jardim botânico presencialmente, é possível conhecer alguma dessas instituições virtualmente, como o Jardim Botânico de São Paulo.

Jardim Botânico de São Paulo. Disponível em: https://oeds.link/SJ3zXx. Acesso em: 8 ago. 2022.

Fotografia. Vista de um amplo local aberto com um lago e muitas árvores ao redor.
Jardim Botânico de São Paulo, na cidade de São Paulo, SP, em 2020.

Antes de iniciar o estudo sobre a reprodução das plantas, vamos lembrar algumas características que permitem classificá-las em diferentes grupos.

Para isso, analise o esquema a seguir, que representa a classificação das plantas em relação à presença ou à ausência de tecidos condutores, sementes, flores e frutos.

Esquema com palavras ligadas por linhas. Centralizado no topo: 'Plantas', uma linha para baixo e para esquerda leva a: 'Ausência de tecido condutor'. Dele uma linha para baixo leva a: 'Briófitas' 'Exemplo: musgos'. De 'Plantas' também sai uma linha par abaixo e para direita, que leva a: 'Presença de tecido condutor'. Dele uma linha para baixo e para esquerda leva a: 'Ausência de sementes'. Dele uma linha leva a: 'Pteridófitas' 'Exemplo: samambaias'. De 'Presença de tecido condutor' também sai uma linha para baixo e para direita, que leva a: 'Presença de sementes'. Dele sai uma linha para baixo e para esquerda que leva a: 'Ausência de flores e frutos'. Dele sai uma linha para baixo que leva a: 'Gimnospermas' 'Exemplo: pinheiros'. De 'Presença de sementes' também sai uma linha para baixo que leva a: 'Presença de flores e frutos'. Dele uma linha para baixo leva a 'Angiospermas' 'Exemplo: laranjeiras'.

Agora, vamos estudar de fato a reprodução de cada um desses grupos de plantas.

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Plantas sem fruto

A imagem a seguir representa uma floresta de um período geológico passado. Observe-a.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Um local aberto com muita vegetação, incluindo plantas rasteiras, árvores pequenas e árvores altas com galhos e folhas compridas. A vegetação apresenta apenas coloração verde ou amarela. Há rochas e montes presentes, um trecho de água entre as árvores e um feixe de luz que se estende da esquerda para a direita.
Representação de floresta do período Carbonífero (de 354 a 290 milhões de anos atrás).

Fonte de pesquisa: RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E. Biologia vegetal. Tradução: Ana Paula Pimentel Costa et al. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p. 415, 448-449.

Questão 4. As plantas do período Carbonífero, representadas na imagem, não apresentavam flores nem frutos ou sementes. Em sua opinião, como se reproduzem as plantas que não têm essas partes? Registre sua resposta no caderno.

Resposta pessoal. O objetivo dessa questão é levantar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito da reprodução dessas plantas. Os alunos podem responder que as plantas sem sementes se reproduzem por meio de gametas transportados pela água, por meio de esporos e por processos assexuados, como brotamento.

Se pudéssemos voltar no tempo, há aproximadamente 300 milhões de anos, a paisagem que veríamos seria bem diferente da atual. Com o estudo dos fósseis e das características de algumas plantas atuais é possível reconstruir a paisagem daquela época, como foi feito para obter a imagem que mostra a reconstituição de uma floresta do período Carbonífero.

Assim como em outros grupos de seres vivos, os ancestrais das plantas eram aquáticos. Há cerca de 500 milhões de anos, ainda minúsculas, elas ocuparam e modificaram o ambiente terrestre, criando condições para que plantas de grande porte se desenvolvessem, como as representadas na imagem.

Ao longo do tempo, com a evolução das espécies de seres vivos, surgiram diferentes grupos de plantas com especializações que lhes permitiram habitar os mais diversos ambientes da Terra e tornar-se cada vez mais semelhantes às plantas que conhecemos hoje. Entre essas especializações, estão características relacionadas à reprodução e ao transporte de substâncias. Para começar nosso estudo sobre as plantas, vamos conhecer os três grupos que não produzem frutos: briófitas, pteridófitas e gimnospermas.

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Briófitas

Quando comparamos os ambientes aquático e terrestre, a primeira grande diferença que percebemos é a disponibilidade de água. Esse foi o principal desafio para as plantas terrestres, como as briófitas.

As briófitas são plantas de pequeno porte e de estrutura simples em relação a outros grupos de plantas.

Em geral, são encontradas em locais úmidos, como o interior de florestas Tropicais e Temperadas, às margens de cursos de água e sobre solos, rochas e troncos de árvores. As hepáticas e os musgos são exemplos de briófitas.

As briófitas não apresentam tecidos condutores de seiva (xilema e floema), presentes nos demais grupos de plantas, por isso elas são chamadas avasculares. Nas briófitas, o transporte de água e outros nutrientes ocorre lentamente, de uma célula para outra.

Fotografia. Folhas achatadas com tons de verde claro e escuro e extremidades onduladas.
Hepática (Marchantia polymorpha).

Hepática: pode atingir aproximadamente 5   cm de comprimento.

Questão 5. Ícone atividade oral. Em sua opinião, o transporte de substâncias realizado célula a célula seria eficaz em plantas de grande porte, como um pinheiro? Justifique sua resposta.

Resposta: Espera-se que os alunos concluam que provavelmente não, pois demoraria muito tempo para as substâncias serem transportadas por toda a planta, comprometendo a distribuição adequada de nutrientes e, consequentemente, seu desenvolvimento e crescimento.

As briófitas, assim como as plantas de outros grupos, apresentam duas fases reprodutivas em seu ciclo de vida, uma sexuada e outra assexuada.

A fase sexuada do ciclo reprodutivo é representada pelo gametófito, na qual ocorre a formação dos gametas. Já a fase assexuada é representada pelo esporófito, na qual ocorre a formação de esporos.

Reprodução das briófitas

A fase sexuada do ciclo de vida das briófitas envolve a produção de gametas masculinos, denominados anterozoides, e femininos, denominados oosferas. Os anterozoides apresentam flagelos que auxiliam na sua locomoção. Já as oosferas não têm estruturas de locomoção, ou seja, são imóveis. Em geral, os anterozoides locomovem-se na água, com os movimentos de seus flagelos, até chegar à oosfera. Por isso, as briófitas dependem de água para sua reprodução.

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Observe, a seguir, o ciclo de vida de um musgo.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações representando as etapas do ciclo de vida de um musgo. Marcado com o número 1, dois musgos, são pequenas plantas finas e com folhas pequenas nas laterais. Uma das plantas é maior, e nas suas folhas há a seguinte indicação: gametófito masculino. Nas folhas da planta menor há a seguinte indicação: gametófito feminino. Acima das plantas estão representadas gotas de água, que estão caindo sobre elas. Uma seta aponta para a próxima etapa. Há uma gota de água no topo do musgo menor, com a seguinte indicação: gota de água com anterozoides. Há um destaque dessa região, marcado com o número 2, que mostra uma estrutura vertical com uma passagem estreita no meio. A parte de cima é aberta e por ela está passando o anterozoide em direção à parte inferior, onde está a oosfera, uma estrutura esférica. Uma seta aponta para etapa marcada com o número 3, que mostra um musgo com uma haste na parte superior. Essa haste tem a extremidade curva e uma cápsula na ponta, estrutura com formato de uma cúpula estendida e fechada. A parte do musgo com folhas tem a seguinte indicação: gametófito; e a parte com a haste tem a seguinte indicação: esporófito. Uma seta aponta para próxima etapa, com a representação do musgo com a cápsula aberta. A cápsula está destacada com o marcador número 4 e mostra esporos saindo da abertura da cápsula, que são pequenos pontos pretos. Uma seta aponta para os musgos do início, fechando o ciclo.
Representação simplificada do ciclo de vida de um musgo.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 619.

1. No gametófito, desenvolve-se uma estrutura responsável pela produção dos gametas. No gametófito masculino, ocorre a produção dos anterozoides, e, no feminino, a produção das oosferas.

2. Com o auxílio da água, o anterozoide encontra a oosfera e ocorre a fecundação, ou seja, a união desses gametas e a formação do zigoto.

3. O zigoto desenvolve-se e dá origem ao esporófito, que cresce preso à extremidade superior do gametófito no qual se formou.

4. No interior da cápsula do esporófito, ocorre a formação dos esporos. Quando maduros, esses esporos são liberados da cápsula e podem ser transportados pelo vento. Ao entrar em contato com o substrato adequado, os esporos germinam e dão origem a novos gametófitos.

Muitas briófitas têm capacidade de regeneração, por isso elas também podem reproduzir-se assexuadamente por meio da fragmentação dos seus gametófitos.

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Pteridófitas

As pteridófitas são plantas vasculares, ou seja, apresentam um sistema de vasos condutores (xilema e floema). Esse sistema possibilita a sustentação do corpo da planta e o transporte mais rápido e eficiente de água e outros nutrientes, tornando possível o surgimento de plantas com dimensões maiores do que as briófitas. Os exemplos mais comuns de pteridófitas são as samambaias e as avencas.

Assim como ocorre com as outras plantas, o ciclo de vida das pteridófitas envolve gametófitos e esporófitos. Diferentemente das briófitas, nas pteridófitas observa-se a formação de estruturas, como caule, raiz e folha.

Observe, a seguir, uma representação do esporófito da samambaia.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

A. Ilustração. Uma samambaia com folhas pequenas e laterais. Indicado com o número 1, a ponta de uma das folhas. Marcada com a letra B, destaque para várias bolinhas sobre a folha. Marcado com o número 2, o caule da samambaia. Marcado com o número 3, as raízes abaixo do caule.
B. Ilustração. Uma folha de samambaia com destaque para várias bolinhas sobre ela, os soros.
Representação do esporófito de uma samambaia (A), com destaque para parte de uma de suas folhas (B).

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 624.

A folha (1) é o principal órgão fotossintetizante das pteridófitas. No período reprodutivo, as folhas contêm estruturas denominadas esporângios, nas quais ocorre a formação dos esporos. Na maioria das espécies de pteridófitas, os esporângios unem-se, formando conjuntos visíveis a olho nu, os chamados soros.

Em muitas espécies, o caule (2) apresenta-se na forma de rizoma.

Nas pteridófitas, não existe uma raiz principal, mas várias raízes (3) semelhantes. Além de fixar a planta, elas absorvem água e sais minerais do substrato.

O gametófito da maioria das espécies de pteridófitas é uma estrutura pequena e achatada. Nele, ocorre a formação dos gametas – os anterozoides e as oosferas.

Ao contrário das briófitas, o gametófito da maioria das espécies de pteridófitas tem vida curta e morre depois que o esporófito se desenvolve.

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Reprodução das pteridófitas

O ciclo de vida das pteridófitas apresenta duas fases: a sexuada e a assexuada.

Na fase sexuada, ocorre a produção de gametas nos gametófitos. Em muitas espécies, um único gametófito é capaz de produzir tanto os gametas masculinos como os femininos. No entanto, em algumas espécies, esses gametas são produzidos em gametófitos diferentes. Na fase assexuada, ocorre a produção de esporos no esporófito. Cada esporo origina um gametófito.

Observe, a seguir, o ciclo de vida de uma samambaia.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações. Ciclo de vida de uma samambaia. Marcado com o número 1, o gametófito, uma estrutura pequena que compõe uma peça verde com margens irregulares e ramificações na parte inferior. Destaque para oosfera, uma esfera rosada. Destaque também para o anterozoide, uma estrutura composta por hastes com detalhes azuis. Da oosfera e do anterozoide, saem duas setas apontando para o número 2. Marcado com o número 2, o zigoto, uma estrutura esférica no interior de uma forma verde com extremidade afunilada. Seta marcada com o número 3 apontando para o esporófito jovem em uma haste vertical e curva com forma plana verde na extremidade. Na superfície plana, há hastes marrons na parte inferior. Seta marcada com o número 4 apontando para folhas finas e horizontais presas ao caule, com indicação para o esporófito adulto. Há um destaque para os esporos, pequenas esferas amarronzadas sobre a folha saindo de uma estrutura ovalada. Com o marcador número 5, uma seta apontando para hastes verticais que está na peça marcada com o número 1.
Representação simplificada do ciclo de vida da samambaia.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 624.

1. O gametófito produz os anterozoides e as oosferas. Os anterozoides são móveis e, com o auxílio da água, conseguem chegar à oosfera, que é imóvel e pode produzir substâncias para atrair os anterozoides.

2. O anterozoide e a oosfera unem-se, formando o zigoto, que se desenvolve em um embrião.

3. Em condições adequadas, o embrião desenvolve-se e forma o esporófito jovem.

4. O esporófito jovem desenvolve-se e dá origem ao esporófito adulto, que produz esporos, que são liberados no ambiente.

5. Ao encontrar um local adequado, os esporos germinam, desenvolvem-se e originam novos gametófitos.

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Gimnospermas

As gimnospermas são um grupo de plantas vasculares que apresentam sementes, mas não formam frutos. Assim, as sementes são consideradas nuas, pois não são protegidas por frutos. Esse grupo de plantas é bastante diversificado, incluindo espécies como as cicas, a araucária, a sequoia e os pinheiros.

Questão 6. Qual é a importância da semente para a planta? Registre sua resposta no caderno.

Resposta: Espera-se que os alunos comentem que a semente protege o embrião, principalmente contra a perda de água, e fornece os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento.

Em geral, as gimnospermas encontram-se em regiões de clima frio ou temperado. Elas apresentam raízes, caule, folhas e sementes. Além disso, têm folhas modificadas, denominadas estróbilos, que contêm estruturas responsáveis pela formação dos gametas.

Em algumas espécies, como o pinheiro Pinus contorta, os estróbilos masculinos e femininos são observados na mesma planta, considerada hermafrodita. Observe a seguir.

Fotografia. Conjunto de folhas finas e caídas presas a galhos com algumas folhas com aspecto diferenciado. Destacado com a letra A, há folhas alaranjadas. Destacado com a letra B, há estruturas arredondadas e alongadas presentes entre os galhos.
Pinheiro (Pinus contorta). Nesta imagem é possível identificar os estróbilos masculinos (A) e os estróbilos femininos (B).

Pinheiro: pode atingir aproximadamente 50   m de altura.

Em outras espécies, como a araucária, também denominada pinheiro-do-paraná, os indivíduos ou apresentam estróbilos masculinos, ou estróbilos femininos. Observe a seguir.

Fotografia. Folhas finas e curvas dispostas horizontalmente. Destacada com a letra C, há uma estrutura redonda e verde presentes entre as folhas.
Araucária (Araucaria angustifolia) com estróbilos femininos (C).
Fotografia. Em meio a folhas pequenas e finas juntas em galhos, há estruturas cilíndricas marrons destacadas com a letra D e acopladas aos galhos.
Araucária (Araucaria angustifolia) com estróbilos masculinos (D).

Araucária: pode atingir aproximadamente 35   m de altura.

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Reprodução das gimnospermas

Agora, vamos conhecer como ocorre a reprodução das gimnospermas. Observe, a seguir, o ciclo de vida de um pinheiro.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações. Ciclo de vida de um pinheiro. Marcado com o número 1, uma planta adulta, uma árvore com tronco alto e galhos horizontais, com folhas pequenas. Destaque para o estróbilo masculino, estrutura alongada e amarronzada sobre os galhos. Destaque para grãos de pólen, pequenas estruturas arredondadas com pontos dentro. Marcado com o número 2, destaque para o estróbilo feminino preso em um galho, estrutura arredondada na extremidade superior e afunilada na extremidade inferior. Destaque para o óvulo com oosfera, uma estrutura cilíndrica com uma esfera dentro. A camada exterior do óvulo é o tegumento, ele possui uma abertura, a micrópila. Dos grãos de pólen e do óvulo saem duas setas apontando para o número 3. Marcado com o número 3, dentro do óvulo, na parte superior da oosfera, há uma haste vertical, chamada tubo polínico. Dela sai uma seta apontando para o número 4. Marcado com o número 4, dentro do óvulo, o embrião, composto por uma pequena planta. Dele sai uma seta apontando para o número 5. Marcado com o número 5, uma planta jovem, uma pequena árvore. Dela sai uma seta apontando para a planta adulta.
Representação simplificada do ciclo de vida de um pinheiro.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 634.

1. Os estróbilos masculinos produzem grãos de pólen (gametófitos masculinos), nos quais são produzidos os gametas masculinos. No pinheiro, os grãos de pólen são dispersos pelo vento.

2. Os estróbilos femininos produzem óvulos, estruturas que contêm o gameta feminino, chamado oosfera, e um tegumento que os reveste. Esse tegumento possui uma abertura em uma de suas extremidades, denominada micrópila.

3. Ao encontrar o óvulo, o grão de pólen adere-se a ele e, posteriormente, desenvolve-se, formando um tubo polínico. Esse tubo desenvolve-se e penetra na micrópila do óvulo até alcançar a oosfera.

4. Os gametas masculino e feminino unem-se e formam um zigoto, que se desenvolve e forma a semente com um embrião. A semente nutre e protege o embrião.

5. A semente contendo o embrião é dispersa no ambiente. Ao encontrar as condições adequadas, o embrião contido na semente desenvolve-se e dá origem a uma nova planta.

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Como você estudou anteriormente, nas gimnospermas os gametas masculinos são dispersos pelo grão de pólen, não necessitando de água para alcançar o gameta feminino. Ou seja, diferentemente das briófitas e das pteridófitas, as gimnospermas, assim como as outras plantas com sementes, não dependem da água para se reproduzir.

Ao passo que os embriões das plantas sem sementes são liberados diretamente no ambiente, nas gimnospermas os embriões são protegidos e nutridos pelas sementes. Essa característica aumenta as chances de sobrevivência dos embriões. Além disso, as sementes também atuam na dispersão, em substituição aos esporos das briófitas e das pteridófitas.

Observe, a seguir, algumas estruturas de uma semente de araucária.

Fotografia. Quatro sementes sobre uma superfície. Marcado com a letra A, uma semente aberta. Indicado com o número 1, parte da casca amarronzada. Indicado com o número 2, parte interior branca. Indicado com o número 3, no centro, uma linha vertical amarelada. Marcado com a letra B, três sementes fechadas.
Sementes de araucária em corte (A) e fechadas (B).

Semente de araucária: pode atingir aproximadamente 6   cm de comprimento.

As sementes de araucária são revestidas externamente por um tegumento (1). Abaixo do tegumento, há um tecido nutritivo, chamado nucelo (2). Esse tecido contém reservas de alimento para o embrião (3), que dará origem ao novo indivíduo.

Além da proteção e da nutrição citadas anteriormente, as sementes podem favorecer a sobrevivência dos embriões, mantendo-os dormentes.

Quando as condições ambientais não são adequadas, os embriões podem ficar dormentes e não se desenvolver até que água, gás oxigênio ( O 2 ) e temperatura, por exemplo, estejam disponíveis em quantidades adequadas no ambiente.

Professor, professora: Os símbolos dos elementos químicos e as fórmulas químicas das substâncias serão apresentadas na primeira ocorrência, por capítulo.

Sugestões complementares

No site do Programa Reflora, é possível consultar diversas espécies de plantas depositadas em herbários. Você pode procurar a planta de seu interesse pelo nome popular ou científico. Além de diferentes informações, você também tem acesso a imagens de algumas plantas e pode pesquisar por regiões específicas do Brasil.

Glossário

Programa Reflora. Disponível em: https://oeds.link/0u4jjk. Acesso em: 8 ago. 2022.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. Reproduza em seu caderno o quadro a seguir. Depois, complete-o com algumas características da reprodução dos diferentes grupos de plantas.

Grupos de plantas

Características

Briófitas

Pteridófitas

Gimnospermas

Componente do ambiente que auxilia na fecundação.

Fase dominante: gametófito ou esporófito.

Presença de sementes.

Presença de flor e fruto.

Resposta nas orientações ao professor.

2. Sobre as briófitas e as pteridófitas, identifique a alternativa que apresenta características que não correspondem a nenhum desses grupos.

a) A fecundação depende da água para acontecer.

b) O anterozoide precisa locomover-se até a oosfera por meio da água.

c) Não apresentam sementes e frutos.

d) Apresentam grãos de pólen, que ajudam a transportar os gametas masculinos.

Resposta: Alternativa d.

3. A sequoia, conhecida popularmente como General Sherman, pertence ao grupo das gimnospermas e é uma das maiores árvores do mundo.

Fotografia. Uma árvore alta com tronco amarronzado e espesso. No alto, há galhos laterais com folhas verdes. Ao redor, no ambiente aberto, há outras árvores. Há também, uma pessoa ao centro.
Sequoia (Sequoiadendron giganteum), conhecida como General Sherman, no Parque Nacional da Sequoia, Estados Unidos, em 2019.

Sequoia: pode atingir aproximadamente 8 4   m de altura.

a) Quais são as principais características do grupo das gimnospermas?

Resposta: As gimnospermas são plantas vasculares que se caracterizam por ter sementes e não formar flores nem frutos.

b) Explique como é possível a sequoia General Sherman transportar nutrientes e água para todas as suas partes.

Resposta nas orientações ao professor.

c) Por que as espécies de briófitas não alcançam grande porte, como as sequoias?

Resposta nas orientações ao professor.

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4. Observe as ilustrações a seguir e responda às questões.

Professor, professora: As legendas das imagens não foram inseridas para não comprometer a realização da atividade.

Representações com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustrações. Na ilustração 1, uma pequena planta comprida. Marcada com a letra A, uma haste com uma estrutura com formato de cúpula na extremidade, por onde saem diversos pontos pretos. Marcada com a letra B trecho com pequenas folhas laterais. Na ilustração 2, uma planta com folhas pequenas e laterais presas ao caule. Indicada com a letra C, destaque para várias bolinhas sobre a folha. Indicada com a letra D, a ponta da folha com as bolinhas. Indicada com a letra E, o caule. Indicada com a letra F, as raízes abaixo do caule. Na ilustração 3, uma estrutura com formato irregular. Indicada com a letra G, estruturas pequenas que compõem uma estrutura com margens irregulares e ramificações na parte inferior. Indicada com a letra H, destaque para uma esfera rosada. Indicada com a letra I, destaque para estruturas compostas por hastes com detalhes azuis.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 619, 624.

a) Identifique a que grupo de plantas pertence cada uma das estruturas mostradas em I, II e III.

Resposta: I – briófitas; II – pteridófitas; III – pteridófitas.

b) No caderno, escreva os nomes das estruturas indicadas em A, B, C, D, E, F, G, H e I.

Resposta: A – esporófito; B – gametófito; C – soros; D – folha; E – caule; F – raiz; G – gametófito; H – oosfera; I – anterozoide.

c) Quais são as estruturas que compõem o esporófito em II?

Resposta: Raiz (F); caule (E) e folha (D).

d) Qual é a importância dos soros?

Resposta: Os soros liberam esporos, fazendo parte da fase assexuada da reprodução das pteridófitas.

e) Qual é a importância das estruturas indicadas por G, H e I?

Resposta: No gametófito (G) há a produção e o encontro dos gametas (H e I), cuja união origina o embrião, que se desenvolve em novo indivíduo.

f) Qual é a diferença entre o papel do gametófito e o do esporófito?

Resposta: O gametófito produz gametas, e o esporófito produz esporos.

5. Com relação às briófitas e às pteridófitas, as gimnospermas têm duas estruturas ausentes nesses grupos – o grão de pólen e a semente. Sobre isso, responda às questões a seguir.

a) Por que é correto afirmar que as briófitas e as pteridófitas dependem da água para a reprodução?

Resposta: Porque os anterozoides precisam de água para se locomover até a oosfera.

b) Por que o grão de pólen permitiu às gimnospermas se reproduzirem sem a necessidade de água?

Resposta: Porque o grão de pólen contém o gameta masculino e pode ser transportado pelo vento, sem a necessidade de água.

c) As sementes da araucária podem ser dispersas por animais. Explique como isso acontece e por que essa ação favorece a sobrevivência desse grupo de plantas, citando animais dispersores dessas sementes. Se necessário, realize uma pesquisa.

Resposta nas orientações ao professor.

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6. Leia o texto a seguir e responda às questões propostas.

As sementes das araucárias (Araucaria angustifolia) eram um dos principais alimentos dos primeiros indígenas kaingang que habitavam o Paraná. O pinhão podia ser cozido, assado ou sapecado em brasa. Ainda hoje, ele é utilizado na alimentação desses povos, junto a outros alimentos. Com o tempo, o pinhão passou a fazer parte da culinária popular, principalmente na Região Sul do Brasil.

Fotografia. Sementes amarronzadas e amareladas estão sendo aquecidas em uma panela sobre a chama de um fogão.
Pinhões sendo preparados.

a) As araucárias fazem parte de qual grupo de plantas?

Resposta: As araucárias fazem parte do grupo das gimnospermas.

b) Qual é a importância dos pinhões para a araucária?

Resposta: Os pinhões são as sementes que contêm o embrião. Assim, conferem nutrientes e proteção ao embrião em desenvolvimento, além de serem a forma de dispersão da planta no ambiente.

c) Como afirmado no texto, o consumo do pinhão é uma influência do povo Kaingang. Faça uma pesquisa para conhecer mais sobre os Kaingang e, depois, apresente o resultado aos colegas de turma.

Resposta nas orientações ao professor.

7. Leia o texto a seguir e responda às questões propostas.

A selaginela é uma pteridófita abundante na região do Chaco. O nome Chaco tem origem indígena e significa "lugar de caça". Essa região abrange áreas do Paraguai, da Argentina, da Bolívia e do Brasil. Durante o período de chuva, desenvolvem-se e espalham-se no ambiente. Já no período de seca, elas ficam quase desidratadas, reidratando-se quando começam as chuvas.

Fotografia. Vista de um aglomerado de folhas pequenas e finas.
Selaginela (Selaginella involvens).

Selaginela: pode atingir aproximadamente 4 5   cm de altura.

a) Quais as vantagens evolutivas que as pteridófitas apresentam em relação às briófitas?

Resposta nas orientações ao professor.

b) Conhecendo o grupo de plantas a que pertence a selaginela, explique como os períodos de seca e de chuva podem influenciar sua reprodução.

Resposta nas orientações ao professor.

c) A selaginela apresenta características que contribuem para sua sobrevivência no Chaco? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.

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Plantas com fruto

Observe a imagem a seguir.

Pintura. Diversas frutas sobre uma superfície, incluindo abacaxi, laranja, caju e melancia. Algumas frutas estão cortadas, sendo possível observar pontos pretos no seu interior, e também há alguns ramos com folhas e flores.
Abacaxi, melancias e outras frutas, de Albert Eckhout. Óleo sobre tela, 91   cm × 91   cm . s.d.

A pintura apresentada na imagem é uma obra do artista holandês Albert Eckhout (1610-1666), que esteve no Brasil entre os anos de 1637 e 1644 com o objetivo de retratar o país para os europeus. Durante esse período, ele representou em pinturas e desenhos partes de plantas, como flores e frutos, pessoas e outros animais.

Questão 7. Ícone atividade oral. Que partes de uma planta é possível identificar nessa pintura?

Resposta: Frutos, folhas, sementes, flores e partes de caules.

Questão 8. Ícone atividade oral. Em relação às estruturas citadas por você na questão anterior, quais estão relacionadas à reprodução das plantas?

Resposta: As flores, os frutos e as sementes.

Questão 9. Qual é a importância das flores e dos frutos para a manutenção da espécie? Registre sua resposta no caderno.

Resposta nas orientações ao professor.

De acordo com o projeto Flora e Funga do Brasil (Reflora), até 2022 eram reconhecidas 50 . 059 espécies para a flora brasileira, incluindo algas, fungos e plantas. Dessas, 1 . 607 são briófitas, 1 . 407 são pteridófitas, como samambaias e licófitas, 116 são gimnospermas e 35 . 605 são angiospermas.

Vamos iniciar o estudo do grupo das angiospermas, plantas que dominam o ambiente terrestre atualmente.

Angiospermas

As angiospermas formam um grupo de plantas que, além de apresentar sementes, tem flores e pode desenvolver frutos. As sementes estão contidas no interior dos frutos, ou seja, não são nuas como nas gimnospermas.

As angiospermas são plantas vasculares e, além dos órgãos vegetativos (raiz, caule e folhas), apresentam órgãos reprodutivos (flor, fruto e semente).

Esse grupo inclui grande diversidade de espécies, muitas delas utilizadas pelo ser humano na alimentação e na ornamentação de ambientes.

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Reprodução sexuada das angiospermas

Agora, vamos estudar como ocorre a reprodução nas angiospermas. Observe a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Esquema com ilustrações. Reprodução de uma angiosperma. Marcada com o número 1, uma flor com a parte feminina localizada na parte interior. Há também o estigma, com formato comprido e uma estrutura arredondada no interior. Há filamentos com estruturas retangulares na ponta, a parte masculina da flor. Acima, grãos de pólen saem da flor. Seta apontando para 2. Marcado com o número 2, o centro da flor está em destaque, com grãos de pólen na parte superior e um tubo que parte da extremidade até a parte inferior, chamado tubo polínico, por onde passa o gameta masculino e que tem, no final, o gameta feminino. No centro, está o óvulo e, ao redor, uma camada que corresponde ao ovário. Seta apontando para o número 3. Indicado pelo número 3, um fruto cortado com semente ao centro. Seta apontando para o número 4. Marcado com o número 4, uma semente, estrutura amarronzada, com filamentos na extremidade inferior e folha na extremidade superior, o novo indivíduo. Seta apontando para o número 5. Marcado com o número 5, uma planta adulta com caule espesso e verde onde há folhas e uma flor rosada.
Representação simplificada da reprodução de uma angiosperma que apresenta estruturas masculinas e femininas na mesma flor.

Fontes de pesquisa: REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 640.

1. Os grãos de pólen, formados na parte reprodutiva masculina da flor, são transportados até o estigma, que faz parte da porção reprodutiva feminina da flor. O transporte do grão de pólen pode ser feito pelo vento ou por animais.

2. Ao chegar ao estigma, o grão de pólen forma o tubo polínico, que se desenvolve e chega até o ovário, que contém o óvulo. O gameta masculino é liberado do tubo polínico e funde-se à oosfera, o gameta feminino, localizado dentro do óvulo.

3. Após a fecundação, forma-se a semente. O ovário desenvolve-se e dá origem ao fruto.

4. A semente é dispersada e, ao encontrar as condições adequadas no ambiente, desenvolve-se e forma um novo indivíduo. O desenvolvimento da semente é chamado germinação.

5. Da semente desenvolve-se um novo indivíduo, que, na fase reprodutiva, reinicia o ciclo de vida da planta.

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Como você estudou anteriormente, apesar de não depender da água para que ocorra a fecundação, as gimnospermas são dependentes do vento para espalhar seus grãos de pólen, o que pode limitar sua distribuição no ambiente. As angiospermas, por sua vez, são o primeiro grupo de plantas que apresenta uma série de características que atrai animais, os quais podem facilitar a polinização.

Os animais polinizadores auxiliam no transporte dos grãos de pólen de uma flor a outra, muitas vezes a longas distâncias. Essas características favorecem a polinização cruzada, ou seja, entre diferentes indivíduos, aumentando a variabilidade genética e a distribuição no ambiente.

Variabilidade genética:
refere-se à variação nas informações genéticas presente no DNA de indivíduos de uma mesma espécie. Quanto maior a diferença no DNA dos indivíduos, mais variabilidade genética há entre eles.

Entre os animais polinizadores, destacam-se as aves, os morcegos e os insetos, principalmente abelhas, mariposas e borboletas.

Observe, a seguir, como ocorre a polinização de uma angiosperma (girassol) por um inseto (abelha).

A. Fotografia. Uma abelha com pelos pelo corpo, asas transparentes e faixas pretas. No corpo há grãos de pólen. Ela está em uma superfície amarela.
Abelha-europeia (Apis mellifera) coletando néctar em uma flor.
B. Fotografia. Uma abelha com pólen amarelo pelo corpo está próxima a uma estrutura com hastes verticais amarronzadas, com as pontas amarelas.
Abelha-europeia (Apis mellifera), com o corpo coberto de pólen, chegando em uma flor.

Abelha: pode atingir aproximadamente 2   cm de comprimento.

A. A abelha visita uma flor em busca de néctar. Enquanto coleta esse material rico em açúcares, grãos de pólen grudam no seu corpo.

B. A abelha, com o corpo coberto de pólen, visita outra flor em busca de alimento. O pólen grudado em seu corpo atinge os estigmas das flores, o que pode facilitar a ocorrência da fecundação.

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As flores apresentam diversas características atrativas para os animais polinizadores, como o formato e a coloração das pétalas, a liberação de odor e a produção de substâncias açucaradas, como o néctar, que serve de alimento para alguns polinizadores, como as abelhas.

Dependendo das características das flores, elas podem atrair diferentes polinizadores.

Os besouros, em geral, têm o olfato bem desenvolvido. As flores polinizadas por esses insetos não costumam ter cores intensas ou ser vistosas, mas têm um forte odor.

Fotografia. Um besouro com formato oval, esverdeado, com patas curtas está pousado sobre o miolo amarelo de uma flor com pétalas brancas.
Besouro (Cetonia aurata) em uma flor.

Besouro: pode atingir aproximadamente 2   cm de comprimento.

Já as flores que são polinizadas por abelhas apresentam pétalas vistosas e coloridas, geralmente azuis ou amarelas. As abelhas enxergam cores, inclusive variações que os seres humanos não conseguem identificar.

Algumas espécies de morcegos também participam da polinização. Nesses casos, as flores polinizadas costumam ter cores claras ou opacas, forte odor e grande quantidade de néctar.

Fotografia. Um morcego de ponta cabeça pousado sobre flores cor-de-rosa e amarelas, com caule verde. Grande parte do corpo do morcego está coberto por um material de cor amarelada.
Morcego (Artibeus jamaicensis) alimentando-se em uma flor.

Morcego: pode atingir aproximadamente 8 , 5   cm de comprimento.

Como você pôde perceber, existe uma íntima relação entre as flores e seus polinizadores. De maneira geral, trata-se de uma relação específica em que determinados animais polinizam tipos específicos de flores.

Após a polinização, pode ocorrer a fecundação. Esse processo acontece no interior do óvulo e resulta na formação das sementes e dos frutos.

Como estudamos anteriormente, o óvulo fecundado desenvolve-se e forma uma semente, e o ovário da flor desenvolve-se e forma o fruto, que pode conter mais de uma semente.

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Na maioria das espécies, os frutos têm estruturas que auxiliam na dispersão das sementes, permitindo às plantas colonizar diferentes áreas.

Os principais agentes de dispersão do fruto são os animais, o vento e a água. Muitos frutos apresentam características atrativas, como cor, odor e sabor, que atraem os animais dispersores. Outros frutos, como o dente-de-leão, apresentam estruturas que os tornam mais leves, facilitando sua dispersão pelo vento.

Fotografia. Planta com uma extremidade repleta de frutos. O fruto tem uma haste vertical e filamentos brancos na ponta.
Frutos de dente-de-leão (Taraxacum officinale) sendo dispersos pelo vento.

Dente-de-leão: pode atingir aproximadamente 4 5   cm de altura.

A semente formada e mantida no interior do fruto deve ser liberada no ambiente para que germine, ou seja, desenvolva-se e dê origem a um novo indivíduo.

Observe, a seguir, como ocorre a germinação de semente de milho.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Germinação de semente de angiosperma. Marcado com o número 1, no interior de um trecho de terra, uma semente arredondada com uma pequena haste dentro. Marcado com o número 2, no interior da terra, filamentos saem da parte inferior e superior da semente. Marcado com o número 3, uma planta com folhas verdes e compridas, com raízes no interior da terra.
Representação da germinação de semente de angiosperma (milho) em corte.

Fonte de pesquisa: SADAVA, David et al. Vida: a ciência da biologia: forma e função de plantas e animais. Tradução: Ardala Katzfuss et al. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 3. p. 895.

1. Ao encontrar condições adequadas no ambiente, a semente depositada no solo pode germinar.

2. Inicialmente, forma-se uma raiz, que fixa a planta e absorve alguns nutrientes do substrato. Enquanto as folhas não se desenvolvem, a planta depende, principalmente, dos nutrientes presentes na semente.

3. Formam-se o caule e as folhas. A nutrição da planta passa a ser feita por meio da fotossíntese e pela absorção de nutrientes através das raízes. Depois de absorver os nutrientes armazenados nas sementes, elas murcham e são eliminadas.

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Hora de investigar

As plantas formam um grupo bastante diverso. Dependendo da espécie, a planta pode apresentar reprodução sexuada e assexuada.

a) É possível originar uma nova planta de uma única folha? Justifique sua resposta no caderno.

b) Como você faria para provar sua justificativa? Registre sua resposta no caderno.

Respostas nas orientações ao professor.

Materiais

  • 2 copos plásticos transparentes de, no mínimo, 180   mL
  • água
  • lápis
  • 4 folhas de violeta em bom estado e com o pecíolo
  • filme de PVC (suficiente para tapar a abertura dos 2 copos)

Como proceder

A. Coloque água em um dos copos plásticos até completar aproximadamente 2 3 de sua capacidade.

B. Cubra o copo com água e o copo vazio com o filme de PVC.

C. Com o lápis, cuidadosamente, faça dois furos no filme de PVC de cada um dos copos.

Fotografia. Uma mão segurando um lápis sobre um plástico que está na borda de um copo de plástico contendo água em seu interior.
Imagem referente à etapa C.

D. Coloque duas folhas de violeta com pecíolo no copo sem água, uma em cada um dos furos do filme de PVC.

Fotografia. Uma mão segurando uma folha com o pecíolo, que é a haste que liga a folha ao ramo da planta.
Pessoa segurando uma folha de violeta.
Fotografia. Duas folhas estão com os pecíolos dentro de um copo vazio de plástico, que está coberto com outro plástico.
Imagem referente à etapa D.

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E. Coloque duas folhas de violeta com pecíolo no copo com água, uma em cada um dos furos, de modo que a extremidade dos pecíolos fique mergulhada na água.

Fotografia. Duas folhas estão dentro de um copo com água, com pecíolos submersos. Há um plástico cobrindo o copo.
Imagem referente à etapa E.

Dica!

Durante o experimento, certifique-se de que os pecíolos no interior do copo com água estejam mergulhados. Se necessário, acrescente mais água.

F. Deixe os dois copos com as folhas de violeta em local arejado, onde recebam luz solar indiretamente. Eles deverão permanecer nesse local por aproximadamente 20 dias.

G. Observe os copos diariamente e anote em seu caderno as mudanças ocorridas nas folhas de violeta e nos pecíolos em ambos os copos.

Minhas observações

1. Os resultados observados nas folhas e nos pecíolos nos copos com água e sem água foram os mesmos? Justifique sua resposta.

2. O que aconteceu com os pecíolos das folhas que ficaram submersos na água durante o experimento?

3. Que tipo de reprodução que ocorre nas plantas esse experimento representa?

4. Qual é a importância de manter as folhas, e não apenas os pecíolos, durante a realização do experimento?

5. Qual é a importância da água nesse experimento?

Respostas e instruções nas orientações ao professor.

Elaborando nossas conclusões

1. Seria possível utilizar a técnica realizada nessa investigação para gerar indivíduos geneticamente diferentes entre si? Justifique sua resposta.

Resposta e instruções nas orientações ao professor.

Vamos ampliar a investigação!

1. Junte-se a dois colegas e elaborem uma atividade prática que represente como gerar indivíduos de outras partes da planta diferentes da folha. Para isso, descrevam o passo a passo dessa atividade e apresentem-na aos outros grupos da sala de aula.

Resposta e instruções nas orientações ao professor.

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Artesanato brasileiro

O artesanato é uma produção artística influenciada pelas tradições de um povo e relacionada à cultura de uma comunidade. Seus produtos são feitos à mão, com matéria-prima obtida diretamente do ambiente e instrumentos simples.

As plantas são uma importante fonte de matéria-prima para a produção de artesanato. Delas, podem ser utilizados caules, sementes, folhas, frutos e até as raízes.

O Brasil apresenta rica diversidade cultural, que se reflete no artesanato. Entre os diversos tipos de produtos artesanais brasileiros, podemos destacar a produção de peças com capim dourado na região do Jalapão, no estado do Tocantins.

As mulheres dessa região transformam as hastes douradas dessa angiosperma em brincos, pulseiras, bolsas, chapéus e diversos outros objetos de decoração comercializados no Brasil e no exterior. A técnica de trabalhar com o capim dourado é de origem indígena, e tem sido transmitida de uma geração para outra entre as mulheres da região.

Imagens não proporcionais entre si.

Fotografia. Duas mãos de uma pessoa manuseando um fio dourado de capim. Sobre as pernas dessa pessoa, uma peça dourada composta por círculo com triângulos ao redor. Ao fundo, há um cesto com mais fios dourados de capim.
Mulher produzindo peça de artesanato com capim dourado no município de Mateiros, região do Jalapão, TO, em 2018.

Além dos objetos feitos com o capim dourado, outros produtos artesanais são produzidos no Brasil com matéria-prima vegetal, como os afoxés, instrumentos musicais tradicionais da cultura africana produzidos com cabaça, um tipo de fruto.

Fotografia. Vários instrumentos de cor amarronzada, redondos, com suporte na parte inferior. Ao redor deles, há uma rede composta por fios entrelaçados e miçangas.
Afoxés produzidos na cidade de São Luís, MA, em 2021.

O artesanato é uma importante atividade econômica no Brasil e fonte de renda para diversas famílias. Além disso, é uma importante forma de expressão cultural.

Agora, responda no caderno às questões a seguir.

a) Você tem alguma peça de artesanato em sua residência? Em caso afirmativo, em que local ela foi adquirida e de que material é feita?

b) Converse com seus colegas a respeito da importância do artesanato na geração de renda e na cultura da população brasileira.

Respostas nas orientações ao professor.

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Reprodução assexuada das angiospermas

Muitas espécies de angiospermas reproduzem-se assexuadamente. Na reprodução assexuada, também conhecida como reprodução vegetativa, um novo indivíduo desenvolve-se de um órgão vegetativo, como folha, raiz ou caule. Nesse tipo de reprodução não há a participação de gametas, e o novo indivíduo gerado é geneticamente idêntico à planta que o originou.

Por exemplo, muitas espécies de angiospermas, como a azedinha, podem formar novos indivíduos originados de caules subterrâneos do tipo rizoma. Esses caules, em geral, têm regiões chamadas nós, que podem originar novos caules e folhas.

Há também angiospermas que podem originar novos indivíduos a partir de suas folhas, como é o caso da planta folha-da-fortuna. Nas bordas das folhas dessas plantas formam-se raízes e, posteriormente, desenvolvem-se novos indivíduos.

Fotografia. Em meio à terra, o rizoma, uma raiz horizontal com pequenas folhas, os novos indivíduos. À direita, folhas compridas e verdes.
Azedinha (Rumex acetosella).

Azedinha: pode atingir aproximadamente 20   cm de altura.

Fotografia. Folha alongada e esverdeada com pequenas folhas na extremidade inferior, indicada como novos indivíduos.
Folha-da-fortuna (Kalanchoe pinnata).

Folha-da-fortuna: pode atingir aproximadamente 12   cm de altura.

Órgãos reprodutivos das angiospermas: flor, fruto e semente

Você já estudou que as angiospermas são plantas vasculares que apresentam sementes e flores e podem desenvolver frutos. Essas três estruturas são os órgãos envolvidos na reprodução sexuada das angiospermas. Por serem especializados nesse processo são chamados órgãos reprodutivos e são eles que estudaremos com mais detalhes a partir de agora.

Questão 10. No período de um minuto, escreva em seu caderno o que você sabe a respeito de cada um desses órgãos reprodutivos das angiospermas – flor, fruto e semente. Em seguida, compartilhe suas anotações com os colegas.

Resposta pessoal. O objetivo dessa questão é levantar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito dos órgãos reprodutivos das angiospermas. Anote as principais informações na lousa e retome-as em momentos oportunos da aula.

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Flor

As estruturas reprodutivas das angiospermas encontram-se protegidas por folhas modificadas. O conjunto das estruturas reprodutivas e das folhas diferenciadas forma a flor. Algumas plantas apresentam as estruturas reprodutivas masculinas e femininas em uma mesma flor. Outras apresentam essas estruturas em flores separadas.

Embora as flores apresentem tamanhos, cores e formatos variados, algumas estruturas são comuns a todas elas. De modo geral, as flores são formadas por duas partes principais: a reprodutiva e a não reprodutiva. Observe o esquema a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Estrutura do interior de uma flor. Indicado com o número 1, um conjunto composto por um filamento amarelo fino e uma forma vermelha pequena e retangular na ponta. Indicado com o número 2, um filamento amarelo fino. Indicado com o número 3, uma estrutura retangular vermelha que fica em cima do filamento marcado com o número 2. Indicado com o número 4, o centro da flor com elemento arredondado com camada verde ao redor. Indicado com o número 5, uma estrutura cilíndrica e vertical que parte do elemento redondo e se estende até a extremidade da flor. Indicado com o número 6, na extremidade da estrutura cilíndrica, uma forma pequena e com pontas arredondadas. Indicado com o número 7, pétalas cor-de-rosa. Indicado com número 8, na parte inferior, sépalas verdes. Indicado com o número 9, na extremidade inferior, um filamento grosso verde. Indicado com o número 10, uma parte que fica na extremidade superior do filamento verde, em contato com a estrutura marcada com o número 4.
Representação da estrutura de flor em corte.

Fonte de pesquisa: REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. Tradução: Anne D. Villela et al. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 638.

Parte reprodutiva: formada pelo androceu e pelo gineceu. O androceu é a parte reprodutiva em que ocorre a produção dos gametas masculinos. Ele é formado por estames (1), compostos por um filamento fino, denominado filete (2), que sustenta a antera (3). No interior das anteras formam-se os grãos de pólen, que dão origem aos gametas masculinos. Já o gineceu é a parte reprodutiva da flor, na qual há a produção dos gametas femininos. Ele é formado por ovário (4), estilete (5) e estigma (6). No interior do ovário ocorre a formação do gameta feminino, chamado oosfera. O estilete é um filamento fino que sustenta o estigma, região que recebe os grãos de pólen.

Parte não reprodutiva: formada por pétalas (7), sépalas (8), pedúnculo (9) e receptáculo (10). A flor une-se ao caule da planta pelo pedúnculo. Já as estruturas da flor ligam-se ao pedúnculo no receptáculo.

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Em geral, as pétalas apresentam cor, forma e textura atraentes aos animais polinizadores. As sépalas, por sua vez, quase sempre são verdes e atuam na proteção da flor imatura, chamada botão floral. À medida que o botão floral se desenvolve as sépalas separam-se, permitindo que as pétalas se expandam e surjam as flores.

Fotografia. Uma flor rosa com várias pétalas em camadas, presa a um galho. Nos galhos, há botões florais que ainda não se abriram. Na parte exterior da flor, encontram-se as sépalas verdes, semelhantes às pétalas.
Botões florais em diferentes fases de desenvolvimento e flor de roseira (Rosa sp.).

Roseira: pode atingir aproximadamente 2   m de altura.

Fruto

Além de proteger as sementes, os frutos podem servir de alimento aos animais. Quando coletam ou comem esses frutos os animais levam as sementes para outros locais, contribuindo para sua dispersão, por isso são chamados animais dispersores. Observe a seguir a estrutura de um fruto.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Fruto arredondado em corte. Indicado com o número 1, a casca com cor avermelhada. Indicado com o número 2, o interior, de cor alaranjada, que se encontra logo após a casca. No centro do fruto, há uma semente marrom-clara. Indicado com o número 3, ao redor da semente, há uma camada amarronzada.
Representação da estrutura de fruto (pêssego) em corte. Nessa imagem foram feitos cortes para a melhor visualização das partes que compõem o fruto e sua semente.

Fontes de pesquisa: JOLY, Aylthon B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 13. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2002. p. 367.

FRUTO. Instituto de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia. Disponível em: https://oeds.link/fBkTD8. Acesso em: 8 ago. 2022.

1. Epicarpo: camada mais externa do fruto, conhecida popularmente como casca.

2. Mesocarpo: camada entre o endocarpo e o epicarpo. Em grande parte dos frutos, como no pêssego, o mesocarpo é bem desenvolvido e constitui a região comestível.

3. Endocarpo: camada que envolve a semente. Em determinadas espécies, como no pêssego, o endocarpo é bem rígido e, junto à semente, forma o caroço.

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Há diferentes maneiras de classificar os frutos. Em relação à sua consistência, por exemplo, eles podem ser carnosos ou secos. Os frutos carnosos são aqueles que apresentam uma porção suculenta e macia, como o pêssego e a laranja. Os frutos secos, por sua vez, não apresentam porção suculenta e macia. A soja, o feijão e a ervilha são exemplos desses frutos.

Fotografia. Fruto comprido com casca verde e sementes dispostas uma ao lado da outra.
Vagens de feijão. As vagens são o tipo de fruto de algumas plantas.

Frutos partenocárpicos e pseudofrutos

Em geral, o ovário da flor desenvolve-se em fruto após a fecundação e a formação da semente.

No entanto, há espécies em que o ovário pode se desenvolver sem que ocorra a fecundação. Nesses casos, forma-se um fruto denominado partenocárpico. A banana comum é um exemplo de fruto partenocárpico.

Fotografia. Uma banana cortada em dois pedaços. Indicada com a letra A, parte de dentro amarelada com pequenos pontos escuros espalhados no interior.
Banana em corte. Nessa imagem é possível identificar os óvulos não fecundados (A).

Além disso, em muitas plantas, a parte comestível não corresponde ao fruto verdadeiro, pois não se originou do desenvolvimento do ovário.

Nesses casos, a porção comestível da planta é chamada pseudofruto. O caju é um exemplo de pseudofruto. Isso porque sua parte comestível se origina do desenvolvimento do pedúnculo da flor. Nele, o fruto é comumente consumido como castanha-de-caju, e o pseudofruto corresponde à porção carnosa.

Imagens não proporcionais entre si.

Fotografia. Um caju. Indicada com a letra A, um fruto escuro, pequeno e curvo que fica na parte inferior. Indicada com a letra B, a parte superior, que é arredondada e vermelha.
Caju. Nessa imagem é possível identificar o fruto (A) e o pseudofruto (B).

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Semente

A semente é formada por tegumento, embrião e materiais de reserva. Observe o esquema a seguir.

Representação com elementos não proporcionais entre si. Cores-fantasia.

Ilustração. Fruto redondo e semente em corte. Indicado com o número 1, o centro do fruto, que é esbranquiçado. Indicado com o número 2, uma estrutura oval pequena na extremidade da região esbranquiçada. Indicado com o número 3, uma camada marrom que envolve a semente.
Representação da estrutura de semente e fruto em corte. Essa imagem foi feita em corte para a melhor visualização da estrutura interna da semente.

Fonte de pesquisa: FRUTO. Instituto de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia. Disponível em: https://oeds.link/fBkTD8. Acesso em: 8 ago. 2022.

O endosperma (1) é o tecido de reserva de nutrientes da semente e o responsável por nutrir o embrião (2) durante seu desenvolvimento inicial. Já o tegumento (3) reveste externamente a semente, dando-lhe proteção e, consequentemente, protegendo o embrião.

Monocotiledônea e dicotiledônea

De maneira geral, o endosperma, formado durante a fecundação, é total ou parcialmente absorvido durante o desenvolvimento inicial do embrião, enquanto a semente está amadurecendo.

Quando os embriões, contidos nas sementes, retomam seu crescimento na germinação, apresentam folhas modificadas, chamadas cotilédones. Essas estruturas podem acumular substâncias de reserva e atuar na transferência dessas substâncias para o embrião ou até na realização da fotossíntese.

De acordo com a quantidade de cotilédones em suas sementes, as angiospermas podem ser organizadas em dois grupos principais: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.

As monocotiledôneas são espécies de angiospermas que apresentam sementes com apenas um cotilédone, como o milho, o arroz, a cana-de-açúcar, o alho e o trigo. Já as dicotiledôneas são espécies de angiospermas que apresentam sementes com dois cotilédones, como o amendoim, a ervilha, a soja, o feijão e o café.

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Além da quantidade variável de cotilédones, as monocotiledôneas e as dicotiledôneas apresentam outras características que permitem distingui-las, tais como o tipo de sistema de raiz e a disposição das nervuras nas folhas. Observe o quadro a seguir.

Imagens com elementos não proporcionais entre si.

Características de monocotiledôneas e de dicotiledôneas

Monocotiledôneas

Dicotiledôneas

Semente

um cotilédone

Fotografia. Uma semente em corte observada ao microscópio. Forma arredondada. À esquerda, o endosperma avermelhado, e acima, o embrião, com forma oval e esverdeado. Ao redor do embrião há uma camada com a indicação: cotilédone.
Semente de milheiro em corte. Imagem obtida por microscópio e ampliada aproximadamente 12 0 vezes. Colorizada artificialmente.

dois cotilédones

Fotografia. Uma semente ovalada cortada ao meio, com uma pequena forma oval na lateral, o embrião. Nas partes brancas do restante do interior da semente há a indicação: cotilédones.
Semente de feijoeiro em corte.

Folha

nervuras paralelas

Fotografia. Uma folha verde e alongada, com linhas na extensão de sua superfície com a seguinte indicação: nervuras.
Folhas de milheiro (Zea mays).

nervuras ramificadas

Fotografia. Várias folhas verdes. Nelas estão destacadas as nervuras, que são linhas salientes na superfície das folhas.
Folhas de feijoeiro (Phaseolus sp.).

Sistema radicular

sistema radicular fasciculado

Fotografia. No interior da terra, encontram-se raízes com formato filamentoso. Acima delas, um grão de milho, e na superfície, uma pequena folha verde.
Raiz de milheiro (Zea mays).

sistema radicular pivotante

Fotografia. Uma raiz composta por diversos filamentos está sobre a terra, com um dos filamentos de maior comprimento e a seguinte indicação nele: raiz principal.
Raízes de feijoeiro (Phaseolus sp.).

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Baobá

A espécie de árvore conhecida como baobá é originária da África e consiste em uma das maiores e mais antigas do mundo. Ela pertence ao grupo das angiospermas. Leia, a seguir, algumas informações sobre ela.

O caule do baobá apresenta o formato de cone, pois sua base é larga e a extremidade é mais estreita.

Baobá: pode atingir aproximadamente 30   m de altura.

Fotografia. Árvores de troncos longos e espessos, com galhos somente na extremidade superior que se ramificam e possuem folhas. No solo, há vegetação rasteira.
Baobás (Adansonia digitata) em Madagascar, África, em 2019.

Agora, leia um texto que trata da origem do baobá de acordo com uma lenda contada por um povo africano da região da Costa do Marfim, na África.

Se você parar e observar o baobá com atenção, verá que ele parece um pouco estranho e diferente das outras árvores. Na verdade, parece até que ele foi plantado de ponta-cabeça. Mas essa aparência é culpa do próprio baobá e de sua insatisfação.
Baobá foi a primeira árvore a ser criada. Enquanto o restante do mundo estava sendo elaborado pelo Criador, lá estava o baobá, observando tudo.
Certo dia, o Criador colocou no mundo outra árvore, próxima ao baobá, e foi aí que começou a confusão. Na região em que o baobá foi criado, havia um corpo d'água que mais parecia um espelho. E, sendo assim, o baobá passava o dia observando sua aparência e reclamando. Olhava aqui, olhava ali, analisava suas formas, comparava-se com a outra árvore. Insatisfação era seu sobrenome.
O baobá estava muito insatisfeito com sua aparência e, por isso, foi se queixar ao Criador. Questionou-o por que não era igual à outra árvore, por que seus cabelos não eram mais floridos, por que suas folhas eram poucas e pequenas. Não gosto disso, não gosto daquilo, por que sou assim, quero ser diferente, sou feio. Essas eram algumas das frases ditas pelo baobá ao Criador, que muito calmamente respondia às reclamações de sua primeira criação.
– Você é uma árvore bonita. Eu gosto muito de você, do jeito que você é – dizia o Criador.

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Mas baobá não se conformava com sua aparência e continuava com as reclamações. Suas flores, sua casca, suas folhas... nada o agradava. E o Criador insistia, dizendo ao baobá que ele foi o primeiro a ser criado e, por isso, tinha o que havia de melhor entre todas as outras criaturas. Era bonito do jeito que era.
E assim foram se passando os dias, o Criador ocupado em criar os outros seres vivos da África, andando para lá e para cá, e o baobá seguindo-o, aonde quer que ele fosse. Aliás, é por isso que existe essa planta espalhada por toda a África.
O Criador não se conformava com as reclamações do baobá — justo ele, a árvore única, diferente de todas as outras que havia criado. Mas paciência tem limite! Certo dia, cansado das reclamações de sua criação, o Criador tomou uma atitude: calar o baobá! E como faria isso? Ele agarrou o baobá, arrancou-o do chão e o plantou novamente, mas agora de cabeça para baixo.
Olhando para ele, disse:
– Agora pode reclamar à vontade, não ouço mais suas reclamações.
Foi assim que ficou o baobá, uma árvore de cabeça para baixo. Isso explica sua aparência um tanto quanto diferente e estranha. Se observá-lo atentamente, você perceberá que parece que o baobá tem suas raízes voltadas para cima.

Elaborado especialmente para esta obra com base em: LIMA, Heloisa Pires; GNEKA, Georges Louis; LEMOS, Mário. A semente que veio da África. São Paulo: Salamandra, 2005.

Fotografia. Flor com pétalas brancas, miolo com diversos filamentos brancos com as pontas amareladas e uma com haste branca de maior comprimento. Está em um galho com folhas verdes.
Flor de baobá.

Agora, responda no caderno às questões a seguir.

a) Você conhece alguma lenda que explica o surgimento de uma planta? Escreva essa lenda em seu caderno e faça um desenho para ilustrá-la. Em seguida, leia o texto para seus colegas. Se necessário, faça uma pesquisa sobre essa lenda.

b) Em sua opinião, as lendas são importantes para valorizar a cultura de um povo? Explique por quê.

c) Quando o Criador replantou o baobá, que parte da árvore ficou exposta? Em uma situação real, qual é a importância dessa estrutura para a planta?

d) O baobá queixava-se muito de sua aparência ao Criador. O que você teria a dizer ao baobá a respeito das diferenças físicas observadas entre os indivíduos? Elas devem ser valorizadas e respeitadas?

Respostas nas orientações ao professor.

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Atividades

Faça as atividades no caderno.

1. As angiospermas têm uma estrutura que protege a semente e que não está presente nas gimnospermas. Qual é o nome dessa estrutura e qual é a importância dela para as angiospermas, além de proteger a semente?

Resposta: A estrutura associada à semente das angiospermas é o fruto. Os frutos, além de protegerem as sementes, contribuem para atrair agentes dispersores.

2. Reescreva a sentença a seguir em seu caderno substituindo os símbolos pelas palavras que a completam corretamente.

Nas angiospermas, as sementes formam-se por meio do fecundado. Já o fruto é resultado, geralmente, do desenvolvimento do . No caso dos , outras partes florais, como o receptáculo, originam o fruto.

Resposta: Nas angiospermas as sementes formam-se a partir do óvulo fecundado. Já o fruto é resultado, geralmente, do desenvolvimento do ovário. No caso dos pseudofrutos, outras partes florais, como o receptáculo, originam o fruto.

3. O mamoeiro pode apresentar indivíduos apenas com flores masculinas, indivíduos apenas com flores femininas e indivíduos com flores portadoras tanto de estruturas masculinas como femininas.

Fotografia. Planta com flores e frutos. Os frutos são verdes e alongados. As flores têm pétalas brancas e algumas delas apresentam uma estrutura amarelada no miolo, enquanto outras não. Também há flores com uma região amarelada em volta do miolo.
Flores e frutos de mamoeiro (Carica papaya).

Mamoeiro: pode atingir aproximadamente 9   m de altura.

a) Cite as partes que estão presentes em cada um dos três tipos de flores que podem ser encontrados nos mamoeiros.

Resposta nas orientações ao professor.

b) Em qual tipo de flor pode haver formação de fruto e de semente? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.

c) Explique a importância dos frutos e das sementes para a planta.

Resposta nas orientações ao professor.

d) Com base em sua resposta ao item b, explique quais são os possíveis tipos de flores existentes no mamoeiro apresentado na foto.

Resposta nas orientações ao professor.

4. Observe a foto e leia o texto a seguir.

Fotografia. Várias flores amarelas, algumas com extremidades arredondadas fechadas, outras abertas com hastes finas que se erguem para cima e outras com hastes enroladas.
Flor e botões florais de dedaleiro (Lafoensia pacari).

Dedaleiro: pode atingir aproximadamente 1 8   m de altura.

O vegetal conhecido popularmente como dedaleiro tem flores que ficam expostas acima da copa da árvore. Elas têm anteras grandes e exalam odor desagradável. Em geral, essas flores abrem-se ao entardecer e à noite.

a) Qual deve ser o hábito do animal que poliniza essa planta, diurno ou noturno? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.

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5. Leia o texto a seguir e responda às questões propostas.

Durante a dispersão das sementes, o embrião, geralmente, interrompe seu desenvolvimento e fica em estado de dormência até que as condições se tornem adequadas para voltar a crescer. No entanto, a semente tem um período de viabilidade, ou seja, se ela não germinar em determinado tempo, o embrião que ela contém morrerá. O tempo de viabilidade de cada semente varia de espécie para espécie. Já foram encontradas sementes de lótus viáveis mesmo após 2 . 000 anos de dormência do embrião.

a) Qual é a importância da dormência das sementes para as plantas?

Resposta: A dormência permite que as plantas otimizem seus embriões, ou seja, evita que eles comecem seu desenvolvimento em condições inadequadas, o que poderia afetar suas chances de sobrevivência.

b) Descreva, com suas palavras, como ocorre a germinação da semente após a quebra da dormência dos embriões.

Resposta nas orientações ao professor.

c) De acordo com as informações do texto, podemos afirmar que a semente representa uma vantagem evolutiva das gimnospermas e das angiospermas em relação aos demais grupos de plantas? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.

6. Observe as fotos a seguir.

Imagens não proporcionais entre si.

A. Fotografia. Planta com frutos arredondados, verdes e com espinhos em sua superfície, e outros frutos secos, com a semente exposta.
Frutos da mamoneira (Ricinus communis).
B. Fotografia. Uma cutia, um animal pequeno com pelos amarronzados, patas curtas e orelhas pequenas. Ele está comendo um fruto pequeno.
Cutia (Dasyprocta sp.) alimentando-se de fruto de acuri (Scheelea phalerata).

Cutia: pode atingir aproximadamente 6 0     cm de comprimento.

C. Fotografia. Há várias bolinhas plumosas brancas presas nos galhos de uma árvore, e também alguns frutos ovalados amarronzados.
Frutos da paineira (Ceiba sp.), que apresentam estruturas semelhantes a plumas.

a) Observando as imagens, como é feita a dispersão das sementes da planta apresentada em cada uma das fotos? Se necessário, faça uma pesquisa.

Resposta nas orientações ao professor.

b) Qual é a importância da dispersão de sementes para as plantas?

Resposta: A dispersão de sementes permite às plantas colonizar novos ambientes, muitas vezes distantes das plantas que lhes deram origem. Isso reduz a competição por água e nutrientes entre os novos indivíduos e deles com a planta-mãe, por exemplo.

c) Cite uma característica dos frutos que pode auxiliar a atrair animais que se alimentam deles e, consequentemente, atuam na dispersão das sementes.

Resposta: Os alunos podem citar que os frutos podem apresentar colorações, odores e sabores que atraem os animais.

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7. As flores das orquídeas do gênero Ophrys assemelham-se às fêmeas de espécies de abelhas ou vespas. Os insetos machos dessas espécies vão até essas orquídeas e tentam copular, como se a flor fosse uma fêmea de sua espécie. Sobre esse assunto, observe as imagens a seguir e responda à questão.

A. Fotografia. Uma flor de cor vermelha com uma listra branca no meio. Uma de suas extremidades possui uma porção alongada com duas hastes, semelhante à cabeça de um inseto com antenas, e a outra extremidade tem duas porções pronunciadas, semelhante às asas de um inseto. Ela está presa a uma haste verde com folhas verdes.
Flor de orquídea Ophrys insectifera.

Orquídea: pode atingir 6 0   cm de comprimento.

B. Fotografia. Uma vespa, animal com asas, corpo escuro com listras amarelas. Está pousada em cima da flor vermelha com a listra branca.
Macho de vespa (Argogorytes mystaceus) visitando uma flor da orquídea Ophrys insectifera.

Vespa: pode atingir aproximadamente 1 , 3   cm de comprimento.

a) Como a semelhança das flores das orquídeas do gênero Ophrys com espécies de abelhas ou vespas pode contribuir para a reprodução da espécie vegetal?

Resposta nas orientações ao professor.

8. Em muitas espécies de plantas, as flores encontram-se agrupadas e sustentadas por um ramo comum. Esse agrupamento de flores recebe o nome de inflorescência. A margarida é um exemplo de inflorescência. Nela, as flores pequenas ficam próximas umas das outras.

A. Fotografia. Uma planta com muitas pétalas brancas alongadas. Marcada com a letra B, em seu centro, uma estrutura redonda de cor amarela.
Margarida (A), com destaque para suas flores (B).
B. Fotografia do destaque da região central da margarida. Várias estruturas amarelas pequenas, ligadas entre si em formato de disco, com a seguinte indicação em uma delas: flor.

a) A inflorescência pode representar uma vantagem reprodutiva para as margaridas? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.

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9. Leia o texto a seguir e responda às questões propostas.

Tomate é fruto?

Não só o tomate é fruto, como abobrinha, pimentão e pepino também são! Para a ciência que estuda os vegetais, a Botânica, o fruto é tudo o que nasce do ovário das plantas, a parte onde ficam as sementes. [...]
A confusão toda é porque, popularmente, chamam-se de frutas só os frutos docinhos, [...]

MUNHOZ, Marcela. Tomate é fruto? Diário do Grande ABC. 13 mar. 2010. Diarinho. Disponível em: https://oeds.link/sKNjJE. Acesso em: 8 ago. 2022.

a) Qual é o assunto abordado no texto?

Resposta: O texto aborda o que é considerado fruto de acordo com a Botânica.

b) Explique, com suas palavras, a diferença entre fruto e fruta.

Resposta: Espera-se que os alunos comentem que fruto é resultante do desenvolvimento do ovário após a fecundação e que contém as sementes. Já a fruta refere-se a um tipo de fruto comestível, geralmente carnoso, suculento e doce.

c) Converse com seus familiares ou responsáveis e verifique se eles sabem a diferença entre fruto e fruta. Caso necessário, explique a eles. Em seguida, escreva em seu caderno um breve relato dessa atividade.

Resposta pessoal. O objetivo dessa questão é expandir o conteúdo trabalhado em sala de aula para outros membros da família. Incentive os alunos a relatar aos colegas as respostas que obtiveram das conversas com seus familiares.

d) Situação semelhante à apresentada no texto refere-se ao que é fruto e ao que é pseudofruto. Explique, com suas palavras, essa diferença.

Resposta nas orientações ao professor.

e) Cite dois frutos de que você gosta que têm o gosto doce.

Resposta pessoal. Os alunos podem citar manga, pêssego, melancia, uva, melão, mamão, entre outros frutos.

10. Em relação às angiospermas e aos animais polinizadores, responda às questões a seguir.

a) Qual é a importância dos animais polinizadores para as angiospermas?

Resposta nas orientações ao professor.

b) Explique com suas palavras a afirmação: "A produção de muitos alimentos consumidos pelos seres humanos depende de animais polinizadores".

Resposta nas orientações ao professor.

c) Grande parte dos animais polinizadores responsáveis pela reprodução de plantas que fazem parte da alimentação dos seres humanos está em risco de extinção. Qual é a possível consequência desse problema ambiental para os seres humanos? Justifique sua resposta.

Resposta nas orientações ao professor.

d) De que maneira a extinção dos polinizadores poderia afetar a agricultura e, consequentemente, o preço dos alimentos?

Resposta nas orientações ao professor.

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O que eu estudei?

Faça as atividades em uma folha de papel avulsa.

1. Em uma folha de papel avulsa, elabore um quadro diferenciando os tipos de reprodução assexuada tratados no capítulo 4 (Aspectos gerais da reprodução dos seres vivos).

2. Utilizando uma folha de papel sulfite, elabore sete cartões do mesmo tamanho. Em cada cartão, escreva um dos seguintes termos: ovíparos, ovovivíparos, vivíparos, desenvolvimento direto, desenvolvimento indireto, fecundação interna e fecundação externa. Coloque-os sobre a mesa do professor com as palavras voltadas para baixo. Um aluno deverá sortear um cartão e ler em voz alta para a turma. Todos os alunos deverão tentar explicar o conceito relacionado a cada termo e citar um exemplo.

3. No início do tema Plantas sem fruto, você respondeu a uma questão sobre como se reproduzem as plantas que não têm flores, frutos, nem sementes. Analise sua resposta, corrigindo-a ou complementando-a, caso necessário. Em seguida, elabore um esquema em uma folha de papel avulsa que represente os tipos de reprodução relacionados à sua resposta.

Versão adaptada acessível

3. No início do tema Plantas sem fruto, você respondeu a uma questão sobre como se reproduzem as plantas que não têm flores, frutos nem sementes. Analise sua resposta, corrigindo-a ou complementando-a, caso necessário. Em seguida, escolha uma planta abordada nesse tema e descreva sua reprodução.

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos descrevam processos que envolvam a presença de gametas e a dependência da água na reprodução.

4. Reflita sobre a seguinte afirmação: "Os répteis foram o primeiro grupo de animais vertebrados a conquistar definitivamente o ambiente terrestre". Agora, com base nas informações que você estudou a respeito da reprodução desse grupo, justifique essa afirmação.

5. Escolha dois grupos de seres vivos que você estudou nesta unidade e compare-os quanto aos tipos de reprodução (sexuada ou assexuada) e desenvolvimento embrionário (vivíparo, ovíparo ou ovovivíparo), informando se apresentam desenvolvimento direto ou indireto. Aborde também se esses grupos dependem ou não de água para se reproduzir e, nos casos de reprodução sexuada, se há fecundação interna ou externa. Anote todas essas informações na folha de papel avulsa. Depois, apresente-as a um colega para que ele descubra a qual grupo de ser vivo elas se referem.

6. Ao longo do capítulo 6 (A reprodução nos diferentes grupos de plantas), você respondeu a questões sobre a importância das sementes, dos frutos e das flores para as plantas. Analise suas respostas e corrija-as ou altere-as caso necessário. Em seguida, produza um breve texto em uma folha de papel avulsa sobre como a presença de flores, sementes e frutos foi uma vantagem evolutiva das angiospermas, que lhes permitiu dominar o ambiente terrestre.

7. Converse com os colegas sobre as adaptações reprodutivas de plantas e animais relacionadas à vida no ambiente terrestre.

8. Elabore um esquema relacionando os conteúdos de reprodução dos seres vivos trabalhados nos capítulos 4, 5 e 6 desta unidade. Depois, exponha seu esquema aos colegas de turma.

Respostas nas orientações ao professor.

Versão adaptada acessível

8. Elabore um resumo relacionando os conteúdos de reprodução dos seres vivos trabalhados nos capítulos 4, 5 e 6 desta unidade. Depois, apresente oralmente seu resumo aos colegas de turma.

Resposta: O objetivo desta questão é levar os alunos a refletir sobre os conteúdos trabalhados na unidade e a identificar relações entre eles, apresentando-as por meio de um resumo. Eles podem estabelecer relações entre os grupos de seres vivos que realizam reprodução sexuada e assexuada, citando exemplos deles.