UNIDADE 3 O relêvo e a hidrografia

Fotografia. O curso de um rio estreito entre formações rochosas altas. Há musgo e vegetação rasteira entre as rochas. O céu está nublado.
Paisagem de cânion localizado na região sudeste da Islândia, em 2019.
Respostas e comentários

Ao iniciar a unidade 3, pergunte aos alunos se êles acham que a água teria fôrça suficiente para esculpir uma rocha. Em seguida, mostre a êles a imagem apresentada na abertura da unidade e peça-lhes que descrevam o que veem. Chame a atenção deles para os recortes nas rochas, a sua coloração e os liquens e musgos que as recobrem. Explique que êsse tipo de vegetação é característico de lugares úmidos. Mostre a êles o rio que passa entre as paredes de rocha e explique que êsse tipo de formação é chamado cânion e que, com o passar de milhares de anos, a água pode erodir a rocha.

Pergunte aos alunos se êles já ouviram falar na Islândia e se sabem onde êsse país se localiza. Leve um mapa para a sala de aula, a fim de indicar para a turma a sua localização. Se possível, cite algumas curiosidades a respeito do país, como o fato de êle estar sob duas placas tectônicas, dando uma prévia de como os relevos se formam.

Leve para a sala de aula recortes de paisagens que ilustrem os diferentes tipos de relêvo e entregue-os aos alunos no início da aula. Peça a êles que identifiquem qual tipo de relêvo é retratado na imagem que receberam.

A superfície terrestre tem inúmeras paisagens. Embora algumas delas possam apresentar elementos semelhantes, como fórmas de relêvo, rios, lagos e construções, elas nunca são exatamente iguais. Algumas paisagens, como a do cânion fiátrapíver, um extenso e profundo vale formado pêla fôrça das águas do rio , na Islândia, chamam a atenção por sua beleza, pelos paredões de rocha e vegetação.

Iniciando a conversa

  1. Identifique os elementos que mais se destacam na paisagem do cânion mostrado na página anterior.
  2. Você conhece alguma outra paisagem que apresente elementos semelhantes aos que observamos na paisagem da foto anterior?
  3. Você já observou duas paisagens semelhantes? Descreva-as aos colegas.

Agora vamos estudar...

  • as formas de relevo continentais e oceânicas;
  • as águas continentais e oceânicas e suas principais características;
  • os principais usos das águas e a importância da conservação desse recurso.
Respostas e comentários

Questões 1 a 3. Respostas nas orientações ao professor.

Metodologias ativas

Para iniciar o trabalho com os assuntos da unidade, proponha à turma o método Brainstorming. Para isso, obtenha mais informações no tópico Metodologias e estratégias ativas nas orientações gerais dêste manual. O objetivo da estratégia é explorar o conhecimento prévio dos alunos a respeito dêsse assunto. Proponha à turma que se reúna em três grupos e disponibilize para cada aluno uma folha de cartaz ou papel kraft. Em seguida, escreva no quadro os três tópicos que serão trabalhados na unidade – relêvo, águas e a utilização delas – e distribua-os entre os grupos, pedindo a cada um que copie um tópico no centro de seu cartaz. Solicite aos alunos que escrevam o que sabem a respeito dêsses assuntos, anotando todas as informações. Nesse tipo de estratégia, alerte-os para não deixar nenhuma resposta de fóra, valorizando todo o conhecimento dos colegas. Para finalizar, oriente os grupos a apresentar suas ideias uns para os outros.

Respostas

1. Espera-se que os alunos identifiquem que os elementos que mais chamam a atenção na paisagem do cânion na Islândia provavelmente, estão associados às fórmas do relêvo.

2. Resposta pessoal. Ao redór do mundo existem muitos outros cânions representados por grandes fendas e vales profundos, como o Itaimbezinho, no Brasil, , em Montenegro, na Europa; o , na África do Sul; o , no México etcétera No entanto, devido às suas diferentes características geológicas e climáticas, as paisagens são diferentes.

3. Analise as respostas dos alunos e explique a êles que as paisagens podem ser semelhantes e apresentar elementos que as tornem um pouco parecidas, mas não iguais, em virtude dos fatores naturais e sociais que as formam e transformam.

CAPÍTULO 8 O relevo terrestre

A ação da água, do vento, do calor do Sol, entre outros fatores, resultou nas diversas fórmas atuais do relêvo terrestre. Essas fórmas estão em constante transformação. E é sôbre isso que vamos estudar: as principais fórmas de relêvo da Terra.

Planícies

As planícies são formadas por processos de sedimentação, ou seja, de deposição de sedimentosglossário vindos de áreas mais elevadas. Nas planícies, os processos de acúmulo de sedimentos superam os processos de erosão. Os terrenos são geralmente planos e relativamente baixos, com até 200 metros de altitude. Alguns exemplos de áreas de planícies são: planície Amazônica e planície do Pantanal (Brasil), e planície Central (Estados Unidos e Canadá).

Fotografia. Vista de cima. Curso de um rio sinuoso entre mata densa.
relêvo de planície no município de Aquidauana, Mato Grosso do Sul, em 2021.

Planaltos

Os planaltos são fórmas de relêvo resultantes dos processos de desgaste ou de erosãoglossário das rochas. Nos planaltos, êsse processo é intenso e supera o processo de sedimentação. Essas áreas têm altitudes variáveis, em geral mais elevadas do que as áreas ao seu redór, e superfícies irregulares, em razão dos desgastes provocados pêla erosão. Alguns exemplos de áreas de planaltos são: planalto das Guianas e planalto Brasileiro (Brasil); planalto Central Russo (Europa); e planalto do Congo (África).

Fotografia. Vista de cima. Morros com topos planos cobertos por vegetação. Há um cânion entre eles.
relêvo de planalto no município de Bom Jardim da Serra, Santa Catarina, em 2020.
Respostas e comentários

Objetivos do capítulo

  • Identificar as principais fórmas do relêvo terrestre.
  • Reconhecer o mapa altimétrico como um tipo de mapa temático.
  • Verificar como é construído um perfil do relêvo.

Justificativas

Ao longo dêste capítulo, os alunos conhecerão os principais tipos de relêvo existentes no Brasil e no mundo.

O capítulo também tratará do mapa altimétrico. É importante que os alunos conheçam diferentes tipos de mapa, bem como aprendam a interpretá-los corretamente, ampliando a capacidade e a habilidade de leitura e interação com a realidade. Ao propor o estudo do perfil topográfico, o capítulo aborda parte da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero nove.


Comente brevemente com os alunos que a formação do relêvo depende de ações internas e externas da Terra. Explique que os vulcões e as placas tectônicas, por exemplo, liberam lava na superfície terrestre e que, ao se resfriar, ela se transforma em rocha. Comente que as cordilheiras e as cadeias de montanhas são formações mais recentes, enquanto os planaltos são formações que já sofreram as ações externas (intemperismo) provenientes da água, do vento, das geleiras e do calor do Sol.

Depressões

As depressões são áreas de altitudes inferiores aos terrenos ao seu redór. Sua superfície normalmente é plana em razão da ação dos processos erosivos. As depressões podem ser de dois tipos:

  • depressão relativa, quando se localiza acima do nível do mar, em áreas mais baixas que as vizinhas, como a depressão Sertaneja, no Brasil;
  • depressão absoluta, quando está localizada abaixo do nível do mar, como a depressão do Mar Morto, na Ásia.
Fotografia. Área plana coberta por vegetação rasteira e com algumas árvores. Ao fundo, morros também cobertos por vegetação.
Paisagem com relêvo de depressão, no município de Dois Córregos, São Paulo, em 2021.

Montanhas

As montanhas são as fórmas de relêvo de maior altitude da superfície terrestre. Elas são formadas por fôrças provenientes do interior do planeta que, ao deformarem a superfície terrestre, originam grandes elevações no relêvo. Quando a superfície terrestre apresenta um conjunto de altas montanhas próximo umas das outras, denominamos cadeia ou cordilheira.

Alguns exemplos de cordilheiras são: cordilheira do Himalaia (Ásia), montanhas Rochosas (América do Norte), cordilheira dos Andes (América do Sul), Alpes (Europa) e Atlas (África).

Fotografia. Montanhas rochosas com o sopé envolto por vegetação rasteira e os picos cobertos com neve. O céu está azul.
relêvo de montanhas no Peru, em 2019.
Ícone 'Atividade oral'.

Questão 1.

Quais formas de relevo se destacam em seu município? Converse com os colegas sôbre isso.

Respostas e comentários

Questão 1. Resposta pessoal. Incentive os alunos a observar, identificar e descrever as fórmas de relêvo predominantes no lugar em que vivem.

Atividade a mais

Para aprofundar a compreensão sôbre os tipos de relêvo, proponha aos alunos a realização da atividade a seguir na lousa ou tendo sido previamente preparada em uma folha separada.

Relacione os tipos de relêvo com as suas respectivas características.

1 – Planalto.

2 – Planície.

3 – Montanhas.

4 – Depressões.

( ) Apresentam a superfície mais baixa do que as áreas à sua volta.

( ) São caracterizadas pêlas acentuadas elevações formadas por fôrças provenientes do interior da Terra.

( ) Correspondem a superfícies levemente onduladas.

( ) Apresentam superfícies planas caracterizadas pêlas baixas altitudes.

Respostas

4; 3; 1; 2.


  • Complemente a questão 1 pedindo aos alunos que desenhem em uma folha de papel sulfite uma paisagem que êles já tenham visitado e que apresente um ou mais tipos de relêvo. Após a confecção dos desenhos, exponha essas produções no mural da sala de aula e peça aos alunos que descrevam a paisagem retratada, especificando os tipos de relêvo desenhados. Antecipadamente, oriente-os sôbre os aspectos da apresentação de um trabalho, como o tom de voz, o vocabulário adequado (utilizando têrmus e expressões relacionados ao tema), o encadeamento das ideias (pode-se utilizar um roteiro previamente preparado para conduzir a apresentação, sem fazer uma simples leitura) e a solidariedade, visto que todos são colegas de turma e estão aprendendo a exercitar essas habilidades.
  • Ao abordar as fórmas do relêvo terrestre, chame a atenção dos alunos para a questão da distribuição das diferentes fórmas de relêvo sôbre a superfície terrestre, conforme indica a habilidade ê éfe zero seis gê ê um um. Trabalhe também a constante transformação delas. Dessa maneira, é possível contemplar a habilidade ê éfe zero seis gê ê zero um, pois incentiva-os a pensar sôbre as mudanças na paisagem ao longo do tempo.

Geografia em representações

Mapa altimétrico

Os mapas altimétricos são representações cartográficas das altitudes do relêvo cuja variação é indicada por meio de curvas de nível, linhas que unem os pontos que têm a mesma altitudeglossário . Cada faixa de altitude é representada por côres. Analise, a seguir, como um mapa altimétrico representa as diferentes faixas de altitudes do morro visto na imagem a seguir.

Gráfico 1. Altitude em metros. Da esquerda para direita, iniciando com a letra letra A, com a representação de morro em curva ascendente com aproximadamente 400 metros de altura, seguindo por um declive de 150 metros e outo pequeno morro de mais de 200 metros de altura, com curva decrescente para 0 metros, representado com a letra B. Esse gráfico se liga ao mapa 2, em um esquema, que mostra a Baía de Guanabara com os dois morros sendo cortados por uma linha de A à esquerda até B, à direita.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar: ensino fundamental do 6º ao 9º ano. Rio de Janeiro: í bê gê É, 2010. página 12.

1.

Perfil de altitude (em metros)

êsse perfil do relêvo é uma visão horizontal do morro do Pão de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro. êle representa as linhas que indicam, aproximadamente, as faixas de altitude do relêvo.

2.

Mapa de altitude (em metros)

O mapa foi produzido com base na visão vertical do morro. Podemos observar as diferentes faixas de altitude projetadas em uma superfície plana, coloridas em tons de verde para as altitudes mais baixas e tons de laranja e vermelho para as mais elevadas.

Fotografia. Morro íngreme à esquerda e outro menor à direita. Há construções na base e o mar ao redor.
Morro do Pão de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro, érre jóta, em 2020.
Respostas e comentários

Professor, professora: Explique aos alunos a diferença entre altitude e altura. Quando nos referirmos à altura, estamos tratando da elevação do terreno, de uma construção ou de um elemento medida da sua base até o tôpo ou até determinado ponto de referência.

Objetivos

  • Compreender o que são mapas altimétricos.
  • Ler e interpretar mapas altimétricos.
  • Relacionar o mapa altimétrico ao perfil topográfico.
  • Construir um perfil topográfico.

  • Ao analisar o mapa altimétrico que mostra a construção do perfil do relêvo, comente com os alunos que, atualmente, os perfis altimétricos são feitos rapidamente, e que neles são utilizados dados obtidos por meio de gê pê ésse e imagens de satélite.
  • Explique a êles que, antes do surgimento dessas tecnologias, para fazer um perfil altimétrico era necessário usar cartas topográficas para fazer a leitura das informações sôbre a altitude do relêvo, chamada de curva de nível. As curvas de nível são linhas que unem pontos com a mesma altitude.

Um texto a mais

O texto a seguir pode contribuir para o trabalho com o tema mapa altimétrico, abordado nesta página.

Os mapas temáticos originados geralmente utilizam outros mapas como base tendo por objetivo básico fornecer uma representação dos fenômenos existentes sôbre a superfície terrestre fazendo uso de uma simbologia específica.

reticências É possível afirmar-se que qualquer mapa que apresente outra informação distinta da mera representação da porção analisada pode ser enquadrado como sendo temático, ou seja, possuidor de um tema específico. reticências

, Paulo Roberto. Cartografia básica. segunda ediçãoCanoas: Centro Universitário La Salle, 2005. página 7374.

Observe a seguir o mapa altimétrico do Brasil. Analisando-o, podemos identificar algumas características do relêvo brasileiro.

Altimetria do relêvo brasileiro (2018)

Mapa. Altimetria do relevo brasileiro (2018). 
Altitude (em metros). 
0 a 200 metros: norte, toda a costa litorânea, porção no oeste e áreas no sul. 
201 a 500 metros: área no norte, região central, nordeste, costa leste e área no oeste e no sul. 
501 a 800 metros: porção leste e costa sudeste e sul. 
801 a 1200 metros: áreas dispersas no leste, sudeste e sul. 
Acima de 1200 metros: pequenas áreas no sudeste e no norte. 
Há rios permanentes por todo território e rios temporários na região nordeste. 
Picos: RORAIMA (2734 metros); CABURAÍ (1456 metros); 31 DE MARÇO (2974 metros); GUIMARÃES ROSA (2105 metros); SERRA BRANCA (1154 metros); JABRE (1197 metros); ALMAS (1836 metros); BARBADO (2033 metros); MONTE PASCOAL (536 metros); BANDEIRA (2891 metros); AGULHAS NEGRAS (2890 metros); PEDRA DA MINA (2798 metros); PARANÁ (1922 metros); CAPÃO DOCE (1340 metros); MORRO BOA VISTA (1827 metros). Na porção norte estão sinalizados: A e B, na região central, C e na região sul, D. No canto inferior direito, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto esquerdo, a rosa dos ventos e a escala: 395 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018.

A.

O principal rio da Região Norte do país, o Amazonas, passa por terrenos de baixa altitude (abaixo de 200 metros) no território brasileiro.

B.

As baixas altitudes indicam a predominância de terrenos sem grandes desníveis, onde boa parte dos rios flui com menor velocidade.

C.

Com exceção de alguns picos, as altitudes mais elevadas do relêvo brasileiro encontram-se, sobretudo, na porção central do país. Nessas áreas mais elevadas estão as nascentes de importantes rios, como São Francisco, Tocantins, Paranaíba, Teles Pires e Paraguai.

D.

Em algumas áreas, verifica-se a ocorrência de um relêvo com maior variação de altitude, o que leva os rios a fluírem com mais rapidez, além de apresentarem cachoeiras em seus cursos.

• Com base nesse mapa altimétrico, qual é a faixa de altitude mais baixa e qual é a mais elevada do relevo brasileiro?

Respostas e comentários

Resposta da atividade da seção Geografia em representações nas orientações ao professor.

Sugestão de avaliação

Questione os alunos a respeito da linguagem cartográfica que está sendo utilizada no mapa apresentado nesta página. Aproveite a oportunidade e investigue a respeito do conhecimento cartográfico que êles têm.

Resposta

Verifique se os alunos reconhecem que, para ler as cotas apresentadas no mapa altimétrico, é necessário relacioná-las às côres usadas na legenda.

Explore com êles os picos sinalizados no mapa e pergunte-lhes se sabem qual é o mais próximo da cidade onde vivem.

Explore na legenda os tipos de rios existentes, comentando sôbre os permanentes e os temporários. Explique que um rio permanente tem fluxo de água o ano todo, independentemente do regime de chuvas, enquanto um temporário séca na época de estiagem.

Resposta

A faixa de altitude mais baixa é de 0 a 200 metros, e a mais elevada é acima de 1 200 metros.


  • Aproveite a oportunidade e realize um trabalho em conjunto com o componente curricular de História ao abordar o tema desta página. Explore a influência dos rios mais próximos às regiões onde vivem com o processo de formação das principais cidades.
  • Comente, ainda, que a presença de planaltos e serras próximas ao litoral constituiu verdadeiro desafio a ser ultrapassado, o que dificultou a penetração dos colonizadores em direção ao interior do território. êsse fato explica, em parte, as razões da elevada concentração demográfica na faixa litorânea brasileira.
Do mapa altimétrico à construção do perfil do relêvo

Você observou o perfil do relêvo do Pão de Açúcar, mostrado na página 102. Agora vai saber como podemos construir essa representação gráfica, na qual é possível observar as diferentes altitudes do relêvo, suas partes mais baixas e as mais elevadas, os desníveis acentuados, as áreas mais planas, entre outras características.

Para elaborar um perfil do relêvo, deve-se escolher uma área no mapa altimétrico e traçar um segmento de reta sôbre êle. Veja a reta AB traçada no mapa altimétrico da Bahia.

Mapa altimétrico da Bahia (2018)

Mapa altimétrico da Bahia (2018). 
Altitude (em metros). 
0 a 200 metros: em toda a costa litorânea. 
201 a 500 metros: áreas no centro-oeste e faixa leste. 
501 a 800 metros: porção oeste e áreas na região central. 
Acima de 800 metros: pequena área no oeste, onde está localizada a Serra Geral de Goiás e áreas dispersas na região central, onde se encontra a Chapada Diamantina. 
Há rios permanentes e rios temporários em todo o território. Está indicado o segmento, que se inicia com a letra A, ao norte do estado e B no litoral oeste.
Picos: BARBADO (2033 metros); MONTE PASCOAL (536 metros). No canto inferior esquerdo, mapa de localização destacando a região descrita. No canto superior esquerdo, a rosa dos ventos e no canto inferior direito, a escala: 85 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 170.

Ícone 'Atividade oral'.

Questão 2.

Onde se encontram as altitudes mais elevadas do relêvo da Bahia?

Respostas e comentários

Questão 2. Resposta: Na parte oeste e central do estado da Bahia.

  • Amplie a leitura do mapa chamando a atenção dos alunos para os elementos que o compõem, ou seja: título, fonte, rosa dos ventos, escala e legenda.
  • Ao trabalhar com mapas, ao longo do ano, relembre com os alunos as funções de seus elementos, fazendo um reconhecimento inicial deles e favorecendo, assim, a alfabetização cartográfica.
  • Explore o mapa altimétrico e o perfil do relêvo da Bahia. Pergunte aos alunos sôbre as áreas onde estão localizadas as maiores e menores altitudes do relêvo. Chame a atenção deles para a presença de rios temporários e investigue o conhecimento a respeito do assunto. Essas questões exercitarão a interpretação de representações cartográficas.

Atividade a mais

Comente com os alunos que, com base no mapa altimétrico, é possível construir o perfil do relêvo e ilustrar as dimensões acentuadas da superfície terrestre. Peça a êles que observem o mapa altimétrico da Bahia e verifiquem as altitudes pêlas quais o traçado entre o ponto A e o ponto B está passando.

Veja a seguir como ficou o perfil do relêvo construído com base na reta A-B, traçada sôbre o mapa altimétrico da Bahia.

Perfil do relêvo da Bahia (no segmento AB)

Gráfico. Perfil do relevo da Bahia (no segmento A-B). 
Altitude (em metros). 
Da esquerda para direita, letra A, área acima de 500 metros, representada pela cor laranja, que sofre um leve declínio chegando a 350 metros no leito do Rio São Francisco, com a cor amarela, voltando a 500 metros e passando por uma elevação, chegando a aproximadamente 900 metros na Serra do Angelim, com a cor marrom, sofrendo uma queda gradual até 200 metros, representada pela cor verde, e em seguida até o nível do mar em B, no Oceano Atlântico.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 170.

Questão 3.

Tanto o mapa da página 104 quanto o perfil representam as altitudes do relêvo no segmento de reta AB. Descreva as principais diferenças entre essas duas representações.

Questão 4.

De acôrdo com o mapa altimétrico do estado da Bahia, responda em seu caderno.

  1. Qual côr representa as altitudes mais elevadas do relêvo?
  2. Em qual côr as altitudes mais baixas do relêvo são representadas?
  3. Em qual área do estado se encontram as altitudes mais baixas do relêvo da Bahia?
  4. Quais são as altitudes predominantes do relêvo da chapada Diamantina?
  5. Qual a altitude do monte Pascoal?
  6. Quais são as altitudes predominantes no extremo oeste da Bahia?
  7. Qual é a altitude e o nome do ponto mais elevado do relêvo da Bahia?
  8. No perfil do relêvo, o rio São Francisco aparece em qual faixa de relêvo?
  9. Quais são as altitudes na Serra Geral de Goiás?

Questão 5.

Agora, compare o perfil anterior com o segmento AB, traçado no mapa da página anterior. Anote no caderno os lugares por onde êsse segmento se estende no mapa.

Respostas e comentários

Questão 3. Resposta: No mapa, as altitudes do relêvo são representadas na visão vertical; no perfil, elas são representadas na visão horizontal, como se fosse feito um recorte no relêvo.

Questão 4. a) Resposta: Marrom.

Questão 4. b) Resposta: Verde.

Questão 4. c) Resposta: Na área Léste, ao longo do litoral.

Questão 4. d) Resposta: Predominam altitudes acima de 800 metros.

Questão 4. e) Resposta: 536 metros.

Questão 4. f) Resposta: As altitudes de 200 a 500 metros e acima de 500 até 800 metros.

Questão 4. g) Resposta: O ponto mais elevado do relêvo da Bahia é a serra do Barbado, com .2033 metros de altitude.

Questão 4. h) Resposta: Entre 201 e 500 metros de altitude.

Questão 4. i) Resposta: Em alguns pontos as altitudes são de 501 a 800 metros e em outros são acima de 800 metros.

Questão 5. Resposta. O segmento se estende partindo da divisa da Bahia com o Piauí, passando pêlo rio São Francisco, pêla Serra do Angelim e chegando ao oceano Atlântico.

O trabalho proposto nas páginas 104 e 105 contempla a habilidade ê éfe zero seis gê ê zero nove, pois apresenta aos alunos a elaboração de um perfil topográfico. Além disso, favorece o desenvolvimento da Competência específica de Ciências Humanas 7, a qual estabelece as conexões entre diferentes temas geográficos e suas técnicas de representação da paisagem.

Atividade a mais

  • Se achar pertinente, construa com os alunos um perfil do relêvo do estado onde moram.
  • Leve para a sala de aula um mapa altimétrico do estado onde moram e trace um ponto A B que contemple altitudes diferenciadas. Em seguida, construa no quadro um gráfico explicitando as altitudes da legenda.
  • Incentive os alunos a ajudar na percepção das altitudes, correlacionando as medidas da legenda com o traçado A B.
  • Peça-lhes que copiem no caderno o perfil construído.

O relêvo oceânico

Assim como os continentes, as porções da superfície terrestre cobertas por águas oceânicas também têm diferentes fórmas de relêvo. Chamamos de relêvo oceânico o conjunto dessas formações de relêvo. Veja na imagem a seguir algumas de suas características.

Esquema. Recorte de uma praia com morros e vegetação, indicado com o número 1, na sequência há uma queda brusca no terreno submerso, indicado com o número 2, seguido por uma área plana, com o número 3, onde há uma pequena ilha rochosa, com o número 4. Na sequência, montanhas submersas no fundo do mar, indicado com o número 5, há lava abaixo delas, na sequência há outra área plana, número 3 e uma queda brusca e profunda, indicado com o número 6.

Fonte de pesquisa: , rid; Mônrou, Djeimes apóstrofo s. Fundamentos de geologia. São Paulo: Cêngueij lãrnin, 2009. página 363.

Representação com elementos não proporcionais entre si. côres-fantasia.

1.

Plataforma continental

Terras continentais que permanecem cobertas por água do mar em razão de um pequeno declive, que se aprofunda conforme as terras avançam em direção ao oceano.

2.

Talude continental

Formado por um acentuado declive no relêvo, marcando a transição entre a plataforma continental e a planície abissal.

3.

Planície abissal

Constitui a maior parte do relêvo oceânico. São terras relativamente planas, bastante extensas e profundas.

4.

Ilhas oceânicas

Montanhas submarinas, cuja extremidade ultrapassa o nível da água do mar. As ilhas oceânicas surgem em meio às planícies abissais.

5.

Cordilheiras oceânicas

Cadeias de montanhas presentes em grande parte do fundo dos oceanos do planeta. Na parte central do oceano Atlântico está localizada a cordilheira chamada Dorsal Meso-Atlântica.

6.

Fossas oceânicas

Declives muito profundos que surgem em meio às planícies abissais, também chamadas fossas marinhas. Têm laterais bastante inclinadas e geralmente são estreitas e longas.

Respostas e comentários
  • Inicie o trabalho com o tema O relêvo oceânico retomando as diferentes fórmas do relêvo, trabalhadas anteriormente. Pergunte aos alunos se a superfície do oceano, apesar de submersa pêla água, apresenta fórmas semelhantes às do relêvo terrestre.
  • Relate aos alunos que, assim como a superfície terrestre, o relêvo oceânico apresenta diferentes fórmas, que muitas vezes não são visíveis. Oriente-os a observar o esquema e a destacar que estão apresentadas as seis fórmas de relêvo oceânico mais importantes: plataforma continental, talude continental, planície abissal, ilhas oceânicas, cordilheiras oceânicas e fossas oceânicas.
  • Se possível, leve os alunos à sala de informática para utilizar algum site ou aplicativo de visualização de mapas e imagens de satélite, no qual seja possível ter a visão tridimensional do planeta Terra e observar a superfície terrestre por meio de diferentes escalas. Na parte dos oceanos, é possível perceber algumas fórmas de relêvo com a diferença de tonalidade das côres representadas.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. Caracterize cada uma das principais fórmas do relêvo terrestre: planaltos, planícies, depressões e montanhas.
  2. Escolha uma das principais montanhas ou cadeias montanhosas do mundo, como aquelas citadas na página 101, para pesquisar algumas informações, como: onde se localiza, qual a sua altitude, qual o significado do seu nome e por que foi nomeada assim.
  3. Quais são as principais fórmas do relêvo oceânico?

Aprofundando os conhecimentos

4. De acôrdo com o que você estudou, observe as imagens e identifique a fórma de relêvo retratada em cada uma delas.

A.

Fotografia. Cadeia de montanhas rochosas com algumas áreas cobertas por vegetação rasteira. Ao fundo, céu com nuvens.
Paisagem da Itália, em 2021.

B.

Fotografia. Vista de cima. Curso de um rio sinuoso entre mata densa.
Paisagem da floresta Amazônica, em Carauari, Amazonas, em 2021.
Respostas e comentários

1. Resposta: Planaltos são áreas da superfície terrestre de altitudes variáveis, mais elevadas do que as áreas ao seu redór, geralmente modificadas por processos erosivos. Planícies são regiões planas, de baixa altitude, formadas por processo de sedimentação. Depressões são áreas de altitude inferior ao relêvo ao seu redór, e podem ser relativas ou absolutas. Montanhas são formadas por fôrças do interior do planeta e apresentam as altitudes mais elevadas da superfície terrestre.

2. Resposta pessoal. Professor, professora: Auxilie os alunos na realização desta atividade.

3. Resposta: Plataforma continental, talude continental, planície abissal, ilhas oceânicas, fossas oceânicas e cordilheiras oceânicas.

4. Resposta: A - montanhas; B - planície.

  • Ao realizar a atividade 2, proponha aos alunos a confecção de cartazes. Reúna-os em cinco grupos e divida entre êles os seguintes temas: Cordilheira do Himalaia, Montanhas Rochosas, Cordilheira dos Andes, Alpes e Atlas. Peça a cada grupo que faça uma pesquisa a respeito do tema pêlo qual ficou responsável, anote as informações no caderno e inclua duas ou mais imagens relacionadas ao assunto para ilustrá-lo. Os grupos montarão seus cartazes durante a aula e, após confeccioná-los, organizarão uma exposição no mural da escola. É possível fazer uma roda de conversa em frente ao mural, para cada grupo apresentar o seu cartaz.
  • Antes de iniciar a atividade 4, solicite aos alunos que descrevam oralmente as paisagens apresentadas nas imagens. Peça-lhes que as comparem e identifiquem as principais diferenças entre elas.
  • Questione os alunos sôbre as possíveis transformações ocorridas nessas fórmas de relêvo ao longo do tempo.
  • Aproveite êsse momento para esclarecer dúvidas dos alunos a respeito do conteúdo estudado e para avaliar o processo de aprendizagem.
  • As atividades propostas nesta página contribuem para o desenvolvimento da Competência geral 1 ao propiciar que os alunos utilizem conhecimentos construídos sôbre o mundo físico para entender e explicar a realidade.

Glossário

Sedimento
: material originário de rochas desintegradas ou mesmo de material orgânico.
Voltar para o texto
Erosão
: processo de desgaste das rochas ou do solo, promovido pêla ação contínua de agentes, como as águas, as geleiras, os ventos e o calor do Sol. A ação humana também pode desencadear processos de erosão.
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Altitude
: considera a elevação de determinado terreno medida com base no nível do mar.
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