UNIDADE 5 A dinâmica interna da Terra

Fotografia. Destaque para um vulcão em erupção. Há lava sendo expelida e no solo onde está esfriando, em uma coloração acinzentada.
Vulcão em atividade na Islândia, em 2021.
Respostas e comentários

O conteúdo desenvolvido no decorrer desta unidade contempla a habilidade ê éfe zero seis gê ê zero um, pois incentiva os alunos a pensar sôbre a transformação da paisagem em diferentes tempos, favorecendo o desenvolvimento da Competência geral 1 da Bê êne cê cê.

Inicie a aula chamando a atenção para a imagem apresentada nas páginas 174 e 175. Diga que ela apresenta a cratera de um vulcão localizado na Islândia.

Ao realizar a leitura da imagem, peça aos alunos que identifiquem quais elementos estão presentes na paisagem. Faça perguntas que incentivem a imaginação deles, resgatando mais elementos de percepção: “O que há na imagem?”; “Que tipo de sensações seriam possíveis estando tão próximos do vulcão, como as pessoas que aparecem na imagem?”; “O que é possível perceber nas rochas próximas ao vulcão?”. Incentive a análise detalhada da imagem para captar os detalhes e enriquecer a troca de informações.

Comente com os alunos que os vulcões são estruturas geológicas que fazem a ligação do interior da Terra com o meio externo. Quando ativos, êles podem entrar em erupção, lançando, na fórma de lava, o magma existente no manto terrestre.

Metodologias ativas

Para iniciar o trabalho com os assuntos da unidade, proponha à turma a estratégia Brainstorming. Para isso, obtenha mais informações no tópico Metodologias e estratégias ativas nas orientações gerais dêste manual. Inicie a aula apresentando a imagem de abertura da unidade. Essa estratégia será coletiva e todos os alunos poderão contribuir com informações baseadas em seus conhecimentos prévios. Peça-lhes que anotem, em notas adesivas ou pedaços de papel, palavras ou frases relacionadas ao tema que será estudado e as compartilhem em um painel. Caso considere interessante, após finalizada a dinâmica, com o auxílio da turma, classifique as informações por subtemas. Esta atividade também pode ser feita utilizando sites e ou ou aplicativos que auxiliem na organização de ideias, como o ou o , que permitem adicionar informações, vídeos e fotos a fim de enriquecer a sequência do trabalho.

Quando observamos uma paisagem em que se destaca uma fórma de relêvo, geralmente, ficamos intrigados para compreender como terá sido sua formação e transformação. Algumas marcas nas paisagens nos auxiliam a compreender como transcorreu êsse processo. A presença do vulcão ativo na foto da página anterior é um exemplo disso.

Iniciando a conversa

  1. A foto mostra um vulcão em erupção. O que são vulcões?
  2. O que você sabe sôbre o interior do planeta Terra? Conte para seus colegas.
  3. Recentemente, você e seus colegas da sala tiveram conhecimento sôbre a ocorrência de algum terremoto? Conversem sôbre questões como: onde êle aconteceu, as modificações que provocou na paisagem e também sôbre a situação das pessoas que foram atingidas por êle.

Agora vamos estudar...

  • a estrutura interna da Terra;
  • a Teoria da Deriva Continental e das Placas Tectônicas;
  • o que são dobras, falhas, terremotos e vulcanismo;
  • a representação de falhas e dobras geológicas;
  • o tectonismo no território brasileiro.
Respostas e comentários

Questões 1 a 3. Respostas nas orientações ao professor.

  • Incentive os alunos a expor seus conhecimentos prévios sôbre os temas que serão abordados na unidade, como o interior do planeta, as atividades vulcânicas e sísmicas etcétera
  • Promova uma conversa com os alunos sôbre as questões apresentadas.

Respostas

1. Vulcões são estruturas geológicas que fazem a ligação entre o interior da Terra e o meio externo. Durante as erupções vulcânicas, materiais líquidos (magma), sólidos (rochas) e gasosos (gases) são expelidos do interior do planeta.

2. Resposta pessoal. Incentive os alunos a expor seus conhecimentos prévios sôbre o interior da Terra, perguntando se êles têm conhecimento do material que o compõe, das temperaturas registradas e dos movimentos que realiza. Espera-se que o aluno comente que o interior da Terra não é formado por uma estrutura maciça, pois é constituído por três importantes camadas: crosta, manto e núcleo.

3. Resposta pessoal. Promova uma conversa com os alunos sôbre as questões apresentadas. Caso considere interessante, leve para a sala de aula uma reportagem de jornal descrevendo um forte terremoto ocorrido recentemente.

Atividade a mais

Caso considere interessante, apresente aos alunos o filme O núcleo – missão ao centro da Terra como recurso deflagrador para iniciar os estudos da unidade. êle é uma ficção na qual uma equipe de cientistas tem a missão de reativar o movimento de rotação da Terra, que está com uma série de problemas. Para isso, o grupo parte em uma viagem em direção ao núcleo da Terra. Após a sessão, promova uma roda de conversa entre êles para destacarem o que acharam de mais interessante no filme. Durante a discussão, peça-lhes também que relacionem alguns aspectos da Terra que aparecem no filme com o tema abordado em sala de aula. O NÚCLEO: missão ao centro da Terra. Direção: Dion . Estados Unidos, 2003 (135 minutos).

CAPÍTULO 14 Estrutura interna da Terra

As paisagens terrestres são continuamente transformadas pêla ação de fenômenos e processos oriundos da dinâmica natural da Terra, que ocorrem tanto no interior, chamada dinâmica interna, quanto na superfície do planeta, conhecida por dinâmica externa.

Para compreendermos como a dinâmica interna da Terra atua na formação e transformação do relêvo terrestre, vamos estudar como está estruturada a porção interna do nosso planeta.

De acôrdo com estudos geológicosglossário , há evidências de que a estrutura interna da Terra é formada, basicamente, por três camadas, que se diferenciam quanto à espessura, à temperatura e à composição química. O esquema desta página representa essa estrutura interna.

Estrutura interna da Terra

Esquema. O globo terrestre com um recorte mostrando suas camadas internas indicadas por letras. Letra A, camada externa, seguido por letra B, uma camada larga abaixo da superfície; em seguida letra C, na região central do planeta.

Fonte de pesquisa: leins, ; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia geral. décima quarta edição São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003. página 1719.

A.

A crosta é a camada de rochas sólidas que envolve o manto, com aproximadamente 40 quilômetros de espessura. A parte mais externa da crosta fórma a superfície terrestre.

B.

O manto é composto de magma, material formado por minerais fundidos, em estado pastoso, e apresenta temperatura muito alta, de aproximadamente .2000graus Célsius​. O manto tem cêrca de .3000 quilômetros de espessura.

C.

O núcleo é o centro do planeta, com temperaturas ainda mais altas que a do manto, acima de .5000graus Célsius​. O núcleo divide-se em duas partes: núcleo externo, com minerais fundidos e cêrca de .2150 quilômetros de espessura, e núcleo interno, em estado sólido, com aproximadamente .1215 quilômetros de espessura.

Questão 1.

Em qual parte da estrutura interna da Terra nós, seres humanos, vivemos?

Respostas e comentários

Questão 1. Resposta: Na parte mais externa da crosta, ou seja, na superfície terrestre.

Objetivos do capítulo

  • Perceber que as paisagens terrestres são continuamente transformadas pêla dinâmica interna da Terra.
  • Identificar as partes que compõem a estrutura interna da Terra.
  • Conhecer as teorias que comprovam a movimentação das placas tectônicas ao longo de milhões de anos.
  • Compreender a dinâmica das correntes de convecção.

Justificativas

No decorrer do trabalho dêste capítulo, os alunos estudarão as paisagens e suas transformações, provocadas pêla dinâmica interna do planeta, favorecendo explorar aspectos da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero um. Para este estudo, êles conhecerão as camadas internas da Terra e suas principais características, terão contato com informações referentes às teorias relacionadas à movimentação dos continentes terrestres pêla superfície do planeta e constatarão que as fôrças capazes de mover as massas continentais são as correntes de convecção.


  • Ao abordar o tema Estrutura interna da Terra, destaque aos alunos que, ao estudar e conhecer as características do interior do planeta, os cientistas conseguem explicar muitos dos fenômenos que ocorrem na superfície, como terremotos, atividades vulcânicas, formação de montanhas etcétera
  • Peça aos alunos que analisem a imagem exposta nesta página e ressalte que, de acôrdo com os estudos geológicos, o interior da Terra é formado por três camadas principais: crosta, manto e núcleo.
  • Ressalte que grande parte dos fenômenos provenientes do interior da Terra está associada a fôrças que atuam no manto da Terra e que são geradas pêlo intenso calor existente nele.

A maioria dos fenômenos provenientes do interior da Terra é causada por fôrças que atuam no manto, abaixo da crosta terrestre. Por ser muito quente, o manto constantemente libera calor e energia para a superfície. Essa liberação ocorre, sobretudo, por meio do extravasamento de lavaglossário e de gases nas erupções vulcânicas, por terremotos, também chamados abalos sísmicos, ou, ainda, pêlo enrugamento contínuo da crosta terrestre, fenômeno responsável pêla formação das grandes cadeias montanhosas do nosso planeta.

Vamos conhecer cada um dêsses fenômenos, mas antes é preciso saber um pouco mais sôbre a dinâmica interna da Terra.

O interior da Terra

Ainda hoje, o interior do nosso planeta continua pouco conhecido pelos cientistas, pois, afinal, como é possível estudar o que existe nas camadas mais profundas da Terra?

O que se sabe sôbre a dinâmica interna do nosso planeta tem base nas perfurações da crosta e na observação dos fenômenos provenientes de seu interior. A mais profunda perfuração já feita na crosta terrestre chegou a aproximadamente 12 quilômetros de profundidade, ou seja, menos da metade da espessura média da crosta.

A observação de alguns fenômenos geológicos, como as erupções vulcânicas, que lançam lavas incandescentes, e os gêiseres, que soltam jatos quentes de água, leva a deduzir que o interior do planeta é muito quente.

Fotografia. Um gêiser, jato de água e vapor do solo plano e rochoso. Ao fundo há pessoas e árvores.
Erupção do gêiser , na Islândia, em 2019.
Respostas e comentários
  • Comente com os alunos que a perfuração mais profunda já realizada chegou somente a cêrca de 12 quilômetros de profundidade, ou seja, menos da metade da espessura média da crosta. Por isso, muito do que se sabe sôbre o interior do planeta provém de investigações indiretas.
  • A foto exposta nesta página ilustra a ação dos gêiseres, que entram em erupção periodicamente por meio de uma coluna de água e vapor de ar, ambos em temperatura elevada. Comente com os alunos que os gêiseres são fenômenos que nos permitem concluir que o interior da Terra apresenta temperaturas muito elevadas.

Algo a mais

  • Comente com os alunos que existem teorias que são rejeitadas pêla comunidade científica. Uma delas, propagada entre o final do século dezenove e o início do século vinte, sustentava que a Terra não seria um esferoide sólido, ao contrário, o interior do nosso planeta seria oco com uma abertura nos polos. Essa teoria ficou conhecida como Teoria da Terra Oca. Para mais informações, realize a leitura do capítulo 2 do seguinte livro:
  • bernár, . A Terra oca: a descoberta de um mundo oculto. sétima edição Rio de Janeiro: recór, 1999.

A Teoria da Deriva Continental

Quando os continentes e oceanos se formaram, êles apresentavam configuração e distribuição bem diferentes das que têm atualmente. Até atingir a distribuição e a configuração atuais, os continentes e oceanos foram mudando de posição lentamente e alterando suas fórmas ao longo das diferentes eras geológicas.

A existência dêsse movimento foi inicialmente defendida pêlo cientista alemão Véguenar, em seu livro A origem dos continentes e oceanos, publicado em 1915. Na época, acreditava-se que a crosta terrestre fosse uma camada rochosa inteiriça e que, segundo Véguenar, os continentes estariam à deriva, ou seja, “flutuando” sôbre uma massa pastosa e quente do interior do planeta, assim como um pedaço de isopor ou madeira flutua sôbre a água. Por isso sua teoria é conhecida como Teoria da Deriva Continental.

Para comprovar essa teoria, Véguenar apoiou-se em evidências de que os continentes já estiveram unidos em uma época muito remota. Entre essas evidências, destacam-se:

  • a fórma do litoral da América do Sul, que se encaixa no contôrno do continente africano;
  • a existência de fósseis de animais e de plantas semelhantes em ambos os continentes;
  • a ocorrência de alguns tipos de rochas e formações geológicas também semelhantes em certas regiões da América do Sul e da África.

Representação com elementos não proporcionais entre si. côres-fantasia.

Evidências da Deriva Continental

Esquema. Mapa com a América do Norte posicionada a oeste da Europa e unida ao norte da África. A América do Sul também está unida à porção oeste da África. Há a ilustração de um animal quadrúpede no nordeste da América do Sul e no oeste da África, indicada pela letra A. Na região sul de ambos há uma planta com folhas finas e compridas, indicada pela letra B.

Fontes de pesquisa: TEIXEIRA, Wilson êti áli (organizador). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. página 98.

, rid; Mônrou,Djeimes sem Fundamentos de Geologia. Tradução: . São Paulo: Cêngueij lãrnin, 2009. página 29.

A.

Fotografia. Fóssil da cabeça de um animal com focinho comprido e presas.
Fóssil de Cinognatus, quadrúpede encontrado tanto no Léste da América do Sul quanto no oeste da África.

B.

Fotografia. Fóssil de folhas alaranjadas e finas.
Fóssil de uma planta chamada Glossópterís, encontrada nesses dois continentes.
Respostas e comentários
  • Comente com os alunos que a Teoria da Deriva Continental, proposta por Véguenar, em 1915, foi rejeitada pêla grande maioria dos cientistas da época. Ela passou a ser aceita somente na década de 1960, trinta anos após a morte de Véguenar.
  • Explique aos alunos que Pangeia foi o nome dado na teoria de Véguenar ao supercontinente que existia antes da separação das massas que formaram os atuais continentes.
  • Oriente os alunos a verificar com atenção o mapa e as imagens mostrados nesta página, a fim de identificar algumas das evidências que levaram Véguenar a formular a Teoria da Deriva Continental, entre êles, os vestígios fósseis de plantas e animais encontrados tanto na borda Léste da América do Sul quanto na borda oeste do continente africano.
  • O estudo sôbre a Teoria da Deriva Continental e sôbre a Teoria das Placas Tectônicas proporciona uma abordagem com o tema contemporâneo transversal Ciência e tecnologia. Aproveite a oportunidade para comentar a evolução do conhecimento científico, que, por meio de novos estudos e pesquisas, leva à superação de antigas teorias e explicações por outras consideradas mais adequadas. Destaque a importância dos estudos e pesquisas científicas para o avanço do conhecimento, condição para que o ser humano possa compreender e explicar melhor o mundo em que vive.

Teoria das Placas Tectônicas

Apesar das evidências encontradas por Véguenar, sua teoria foi combatida e rejeitada pêla grande maioria dos cientistas da época. Afinal, faltava resposta para uma questão fundamental: que fôrças seriam capazes de mover os continentes? Somente no final da década de 1950, trinta anos após a morte de Véguenar, é que essa teoria foi finalmente compreendida e aceita, mas com algumas modificações.

Hoje, acredita-se que movimentos não são realizados apenas pelos continentes, mas também pelos oceanos, de acôrdo com a Teoria das Placas Tectônicas. Segundo essa teoria, a crosta terrestre não é formada por uma camada rochosa inteiriça, mas por várias placas tectônicas que se estendem tanto pelos continentes quanto pêlo fundo dos oceanos. São essas placas que se movimentam de maneira muito lenta sôbre o manto terrestre, aproximando-se ou distanciando-se umas em relação às outras.

movimentos podem ser comprovados por estudos e técnicas avançadas de pesquisa, como a utilização de satélites artificiais equipados com raios laserglossário capazes de medir com precisão o deslocamento das placas tectônicas e o consequente movimento dos continentes.

Observe, no mapa, as principais placas tectônicas da crosta terrestre.

Principais placas tectônicas (2018)

Mapa-múndi. Principais placas tectônicas (2018). 
Placa do Pacífico, no oeste; Placa Norte-Americana na América do Norte; Placa de Nazca no oeste da América do Sul; Placa Sul-Americana na América do Sul; Placa Africada na região da África; Placa Eurasiática ocupando norte da Europa e a Ásia; Placa Indo-Australiana na região da Oceania; e a Placa Antártica na região da Antártida. Há setas indicando o movimento entre as placas que se empurram e/ou se afastam. No canto superior direito, a rosa dos ventos e na parte inferior, a escala: 2070 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 12.

Respostas e comentários
  • Oriente os alunos na observação do mapa desta página, que apresenta as principais placas tectônicas da crosta. Mencione que os limites entre elas estão representados pêla linha com os tons de lilás e que as setas vermelhas representam a direção em que as placas se movimentam. Comente também que a maioria delas recebe o nome de acôrdo com a região geográfica em que se localizam, por exemplo: Placa Sul-Americana, Norte-Americana, Eurasiática, Indo-Australiana, Africana, do Pacífico e Antártica.
  • Se possível, utilize um planisfério que apresenta as linhas que assinalam os limites entre as placas tectônicas para auxiliar nas explicações. Confira a seguir algumas dicas de como utilizá-lo. > Mostre aos alunos quais são as principais placas tectônicas da crosta terrestre. > Destaque a localização da Placa Sul-Americana, na qual o território brasileiro se encontra. > Ressalte que as placas tectônicas apresentam tamanhos variados, algumas sendo de grandes extensões e outras, bem menores (dê exemplos mostrando no mapa). > Com a ajuda do mapa apresentado nesta página, mostre que essas placas se movimentam em direções diferentes. > Destaque que a Placa Sul-Americana se afasta da Africana e se choca com a de násca, que se desloca na direção contrária. > Explique que nas regiões em que as placas se afastam uma da outra em meio aos oceanos, o magma é expelido do manto por meio de erupções vulcânicas submarinas. > Mostre que o território do Japão se localiza em uma área de encontro de várias placas tectônicas, o que explica por que o país é atingido, com frequência, por abalos sísmicos.

A movimentação dos continentes

Com a compreensão da ocorrência dos movimentos tectônicos, ficou comprovado que, ao longo de milhões de anos, os continentes e oceanos foram lentamente mudando de posição até chegar à configuração em que se encontram atualmente.

As imagens apresentadas ilustram, de acôrdo com as teorias científicas, a provável movimentação dos continentes nos últimos milhões de anos. Observe-as atentamente.

Provável movimentação dos continentes

Mapa 1. Com os continentes atuais unidos ao centro do globo, compondo a Pangeia; no leste, o Mar de Tethys. Acima, a indicação: Panthalassa. 
Mapa 2. Na região norte, a Laurásia composta pela América do Norte e Eurásia, no centro-sul, Gondwana composto pela América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida. 
Mapa 3. Na porção norte, América do Norte e Eurásia, no centro-sul, América do Sul, África e separados: Índia, Austrália e Antártida unidas. 
Mapa 4. Os continentes nas posições atuais, América do Norte na região noroeste, e América do Sul no oeste, África na região central, Eurásia no norte, Austrália no sudeste e Antártida no sul.

Fonte de pesquisa: TEIXEIRA, Wilson êti áli (organizador). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. página 98, 269.

1.

Há aproximadamente 230 milhões de anos, no final da Era Paleozoica, existia apenas um supercontinente, chamado de Pangea (Pem = todo e géa = terra), rodeado por um único oceano denominado Panthalassa, nome grego que significa “todos os mares”.

2.

Há aproximadamente 200 milhões de anos, no início da Era Mesozoica, o continente Pangea começou a se separar em dois: Laurásia, ao norte, e gôndwãna, ao sul.

3.

cêrca de 65 milhões de anos, na Era Cenozoica, os continentes continuaram dividindo-se e separando-se.

4.

Há 2 milhões de anos, os continentes e oceanos chegaram à configuração que apresentam atualmente.

Respostas e comentários
  • Diga aos alunos que as sequências de imagens ilustradas nesta página representam a provável movimentação das massas continentais pêla fragmentação da Pangeia, ocorrida há aproximadamente 200 milhões de anos, quando êsse supercontinente se dividiu em duas partes: Laurásia (na porção norte) e gôndwãna (na porção sul).
  • Mostre que a Laurásia formou os continentes do Hemisfério Norte (Europa, Ásia e América do Norte), enquanto gôndwãna deu origem aos continentes do Hemisfério Sul (América do Sul, África, Oceania e Antártida).
  • Se necessário, retome a leitura da tabela do tempo geológico apresentada na página 88 da unidade 2, para identificar as eras geológicas em que ocorreram os eventos indicados na sequência de imagens: Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico.

Correntes de convecção

O deslocamento das placas tectônicas é bastante lento e quase imperceptível. De acôrdo com as medições já realizadas, foi possível descobrir, por exemplo, que a cada ano a América do Sul fica cêrca de quatro centímetros mais distante da África, e a América do Norte fica dois centímetros mais distante da Europa.

Segundo os cientistas, a explicação mais recente para os movimentos das placas tectônicas está no intenso calor existente no interior do planeta. êsse calor movimenta grandes quantidades de magma, em movimentos denominados correntes de convecção, que circulam de maneira ascendente e descendente no manto. O movimento dessas correntes de convecção, em contato com a crosta, acaba deslocando as placas tectônicas, como mostra o esquema.

Representação com elementos não proporcionais entre si. côres-fantasia.

As correntes de convecção

Esquema. As correntes de convecção. Ao centro, o núcleo, indicado pela letra D, acima, uma camada vermelha indicada como manto, letra C, onde há setas indicando: correntes de convecção, formando ciclos, letra B. Acima, camada na superfície indicada como: placas tectônicas, letra A.

Fonte de pesquisa: TEIXEIRA, Wilson êti áli (organizador). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. página 104.

Questão 2.

Qual a consequência do movimento das correntes de convecção do manto?

Respostas e comentários

Questão 2. Resposta: As correntes de convecção em contato com a crosta deslocam as placas tectônicas.

  • Para explicar didaticamente o movimento das correntes de convecção que ocorrem no manto, mencione aos alunos que essas correntes são impulsionadas pêlo intenso calor existente no interior do planeta, de modo semelhante ao que ocorre quando fervemos a água em uma panela.
  • Para auxiliar na leitura da imagem que ilustra os movimentos realizados pêlas correntes de convecção, peça aos alunos que a comparem com a imagem da página 176, que mostra a estrutura interna do planeta.
  • Oriente-os na observação e análise da ilustração que mostra o movimento das correntes de convecção abaixo da crosta terrestre. Mostre que as setas indicam que as correntes se deslocam em direções diferentes, ora se afastando, ora se aproximando.

Algo a mais

  • Viagem ao centro da Terra é um livro de ficção no qual um professor, ao encontrar um pergaminho com instruções para a descoberta do interior da Terra, parte com seu sobrinho em uma arriscada expedição ao centro do planeta. Essa leitura pode ser interessante aos alunos.
  • VERNE, Júlio. Viagem ao centro da Terra. Tradução e adaptação: Valcir Carrasco. segunda edição São Paulo: Moderna, 2012. (Série Clássicos Universais).

  • Apresente o livro Viagem ao centro da Terra, para promover o incentivo à leitura. Se houver este livro na biblioteca da escola, organize uma dinâmica de leitura em grupo. Para isso, separe os alunos em equipes e peça-lhes que leiam uma parte específica do livro. Ao final da leitura, organize uma apresentação coletiva para explicarem oralmente a parte que leram.
  • Essa obra de ficção, escrita por Júlio Verne, também foi adaptada para o cinema. Assim, se possível, organize a turma para que assista ao filme. Isso pode ser feito mesmo que os alunos leiam a obra. Caso a leitura seja realizada, explore as diferenças entre a leitura de uma obra literária e sua adaptação para o cinema.

Contato entre placas tectônicas

A imagem dessa página mostra, de maneira esquemática, como as placas tectônicas se movimentam, impulsionadas pêlas correntes de convecção, e a dinâmica resultante dêsses movimentos.

Representação com elementos não proporcionais entre si. côres-fantasia.

As correntes de convecção e o movimento das placas tectônicas

Esquema. Destaque para duas porções de terra, na união de montanhas com solo submerso no mar. Com o destaque, letra A, onde na junção das placas há o número 1, abaixo dela, camada com magma, número 2, e na base das montanhas, número 3. À direita, no oceano uma fenda, indicada com o número 5, parcialmente submersa com o destaque, letra B, com magma passando por um duto em seu interior, número 4. Da fenda partem elevações no solo abaixo do mar, número 6. Abaixo do destaque A há setas vermelhas indicando ciclos e o movimento em direção a união das placas. Abaixo do destaque B há setas verdes indicando ciclos e setas que indicam o movimento de separação das placas.
Ilustração de uma seta vermelha.

Quando as placas tectônicas, impulsionadas pêlas correntes de convecção, realizam movimentos convergentes (1), elas se chocam umas contra as outras. Nesse caso, a placa oceânica mais fina (2) é empurrada para baixo, em direção ao manto, fundindo-se ou “derretendo” por causa das altas temperaturas. Já a placa continental mais , ao contrário, é pressionada para cima formando montanhas, como os Andes, na América do Sul (3).

Ilustração de uma seta verde.

Quando as placas tectônicas, impulsionadas pêlas correntes de convecção, realizam movimentos divergentes (4), elas se afastam umas das outras. Nesse caso, formam-se grandes rachaduras ou fendas na crosta (5), que são preenchidas pêlas atividades vulcânicasglossário . A Islândia, por exemplo, localizada entre a Europa e a América do Norte, é o cume de uma grande cadeia de montanhas que emerge do fundo do oceano Atlântico (6).

Fonte de pesquisa: TEIXEIRA, Wilson êti áli (organizador). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. página 107, 109.

Respostas e comentários
  • Ao trabalhar com o conteúdo que aborda o Contato entre placas tectônicas, retome a leitura do mapa das placas tectônicas representado na página 182. Enfatize que êle ilustra os limites e a direção dos movimentos realizados pêlas placas tectônicas.
  • Lembre os alunos de que os movimentos das placas tectônicas estão associados aos das correntes de convecção realizados pêlo magma presente no manto, abaixo da crosta terrestre.
  • Explique detalhadamente aos alunos os movimentos realizados pêlas placas tectônicas mostrados na imagem. Para isso, utilize as informações da ilustração e dos textos explicativos. As setas vermelhas, por exemplo, mostram como ocorrem os movimentos convergentes (placas se chocando uma contra a outra), enquanto as azuis mostram os movimentos divergentes (placas se afastando uma da outra). Como pode ser percebido na figura apresentada na página 181, a direção dêsses movimentos é determinada pêla movimentação das correntes de convecção.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. De acôrdo com o que você estudou, qual a principal causa dos fenômenos provenientes do interior da Terra que provocam transformações em sua superfície?
  2. De acôrdo com a Teoria das Placas Tectônicas, Véguenar estava certo? Qual é a principal diferença entre a Teoria das Placas Tectônicas e a Teoria da Deriva Continental?
  3. Como os cientistas explicam, atualmente, o movimento das placas tectônicas?

Aprofundando os conhecimentos

4. Observe a imagem e escreva o nome e as principais características de cada uma das camadas internas da Terra.

Estrutura interna da Terra

Esquema. Estrutura interna da Terra. indicações com letras. Letra A, camada superficial com montanhas, vegetação e o mar, abaixo. Letra B, camada abaixo da superfície e letra C, camada ao centro.

Fonte de pesquisa: prés, frênqui êti áli Para entender a Terra. Tradução: Rualdo Menegat êti áli quarta edição Pôrto Alegre: búkman, 2006. página 69.

5. Observe a imagem e, depois, responda às questões a seguir.

Placas tectônicas em movimento

Esquema. Placas tectônicas em movimento. 
Setas indicando o movimento das placas indo de encontro uma a outra. Uma delas, abaixo do mar segue para baixo da outra, onde há montanhas e vegetação. Abaixo das duas camadas há magma.

Fonte de pesquisa: prés, frênqui êti áli Para entender a Terra. Tradução: Rualdo Menegat êti áli quarta edição Pôrto Alegre: búkman, 2006. página 52.

  1. Identifique o movimento representado na imagem.
  2. Explique as consequências dêsse movimento no relêvo da superfície terrestre.
Respostas e comentários

1. Resposta: A maioria dêsses fenômenos é causada por fôrças que atuam no manto, abaixo da crosta terrestre. A liberação de calor e energia para fóra da superfície causa terremotos e erupções vulcânicas.

2. Resposta: Sim, mas sua teoria estava incompleta. A principal diferença é que a Teoria das Placas Tectônicas conseguiu comprovar que não são somente os continentes da Terra que se movem, mas toda a crosta, que não é uma camada de rocha inteiriça. Além disso, por meio dessa teoria, conseguiu-se compreender quais fôrças movem essas placas.

3. Resposta: Para os cientistas, o intenso calor existente no interior da Terra movimenta grandes correntes de magma, denominadas correntes de convecção. É êsse movimento que acaba deslocando as placas tectônicas.

4. Resposta: A – Crosta: camada de rochas sólidas que envolve o manto; tem cêrca de 40 quilômetros de espessura.

B – Manto: composto de magma, material formado por minerais fundidos em estado pastoso e apresenta temperatura de aproximadamente .2000 graus Célsius.

C – Núcleo: centro do planeta, com temperaturas ainda mais altas que a do manto, acima de .5000 graus Célsius; divide-se em duas partes, núcleo externo e núcleo interno.

5. a) Resposta: A imagem mostra o movimento convergente.

5. b) Resposta: O movimento convergente provoca choques entre as placas e, geralmente, a formação de cadeias montanhosas.

  • As imagens apresentadas na página 183 contemplam aspectos da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero nove ao destacar a análise de blocos-diagramas na representação dos elementos e estruturas da superfície terrestre.
  • Aproveite as atividades 4 e 5 para retomar os conteúdos do capítulo, verificando se os alunos entenderam os conceitos estudados. Se houver necessidade, retome as explicações sôbre a estrutura interna da Terra e os movimentos das placas tectônicas. Oriente os alunos na observação das imagens que mostram os movimentos das placas tectônicas, ressaltando que as setas indicam a direção em que elas se deslocam. Na atividade 5, relembre-os de que, quando as placas tectônicas realizam movimentos divergentes, ocorrem expansão do assoalho submarino e as erupções vulcânicas no fundo do mar. Relembre-os também que, quando as placas tectônicas realizam movimentos convergentes, provocam o soerguimento das grandes cadeias montanhosas.
  • Aproveite a oportunidade e verifique se os alunos têm alguma dúvida sôbre o assunto estudado ao longo do capítulo. êsse é o momento ideal para avaliar o processo de ensino-aprendizagem.
  • As atividades auxiliam os alunos a organizar os assuntos aprendidos no capítulo, bem como aprofundam os conhecimentos sôbre o tema referente às estruturas internas da Terra. Ao responder às questões 1 a 5, é previsto que êles desenvolvam aspectos da Competência específica de Geografia 5, pois precisarão recorrer aos conceitos científicos estudados para elaborar e escrever as respostas das questões. A pesquisa, as análises e as reflexões realizadas na elaboração das atividades também os auxiliam a desenvolver parte da Competência geral 2, exercitando a curiosidade intelectual.

Glossário

Geológico
: referente à Geologia, ciência que estuda a origem, a formação e as sucessivas transformações pêlas quais o planeta Terra vem passando desde a sua constituição.
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Lava
: magma que extravasa para a superfície da Terra. Ao entrar em contato com o ar na superfície terrestre, resfria-se e solidifica-se dando origem a rochas.
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Raio laser
: feixe de luz de grande intensidade que se propaga em uma mesma direção e com frequência constante. O raio leiser pode ser utilizado com diversas finalidades, como em tratamentos médicos, nos meios de comunicação e na Astronomia.
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Atividade vulcânica
: fenômeno procedente do interior da Terra, no qual o magma é expelido para a superfície por meio de cones vulcânicos ou fissuras da crosta terrestre.
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