CAPÍTULO 15 Dinâmica interna e as formas do relevo

Ao se moverem, as placas tectônicas agem formando e transformando o relevo terrestre. Essas formas de relevo têm origem principalmente nas deformações da crosta, que podem ser provocadas por dobras ou falhas. Veja a seguir como isso ocorre.

Dobras

A ocorrência de movimentos convergentes das placas tectônicas provoca fortes pressões horizontais nas rochas de menor resistência, ocasionando deformações como se estivessem sendo dobradas. Veja a imagem a.

êsse fenômeno dá origem a formações montanhosas, como as cadeias de montanhas dos Andes, na América do Sul, do Himalaia, na Ásia, e dos Alpes, na Europa.

movimentos ocorrem muito lentamente, e levam séculos para que as montanhas aumentem alguns centímetros.

A.

Esquema de dobra

Ilustração A. Esquema de dobra. Bloco com solo com dobras formando cadeia de montanhas. Abaixo da superfície setas indicam que as camadas se aproximam.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: 2018. página 57.

Fotografia. No primeiro plano o mar, seguido por uma área plana coberta por vegetação, casas, prédios e ao fundo, grandes montanhas rochosas cobertas por neve.
Paisagem da cidade de , na Suíça, com destaque para os Alpes, em 2021.
Respostas e comentários

Objetivos

  • Compreender como os movimentos tectônicos provocam a formação de dobras no relêvo terrestre.
  • Verificar que as dobras originam formações montanhosas.
  • Reconhecer os processos naturais que atuam muito lentamente na formação e na transformação do relêvo terrestre.
  • Compreender como os movimentos tectônicos provocam a formação das falhas no relêvo.
  • Relacionar os movimentos tectônicos à ocorrência de terremotos e às atividades vulcânicas.
  • Representar, por meio de atividade prática, como se formam os dobramentos e os falhamentos.

Justificativas

O estudo dêste capítulo possibilitará aos alunos verificar que as movimentações das placas tectônicas podem ocasionar modificações no relêvo, como dobras ou falhas. êles terão condições de estabelecer relações entre grande parte dos terremotos e atividades vulcânicas existentes na superfície terrestre e as movimentações das placas tectônicas. Neste capítulo, êles também poderão fazer atividades práticas para conhecer as deformações dos relevos estudados, favorecendo o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero nove.

  • O estudo dêste capítulo favorece o desenvolvimento da habilidade ê éfe zero seis gê ê zero um, pois incentiva os alunos a pensar sôbre a transformação das paisagens em diferentes tempos, favorecendo o desenvolvimento da Competência geral 1 da Bê êne cê cê.
  • No início do estudo sôbre a Dinâmica interna e as formas do relevo, retome as explicações sóbre os movimentos das placas tectônicas, estudados no capítulo anterior, que atuam diretamente na formação e na transformação do relêvo terrestre.
  • Explique aos alunos que as dobras estão associadas aos movimentos convergentes das placas tectônicas, decorrentes de fortes pressões no sentido horizontal, ocasionando deformações na crosta, como se a estrutura rochosa estivesse sendo dobrada. Oriente os alunos a verificar a ilustração que mostra como elas ocorrem.
  • O estudo sôbre as dobras e as falhas, proposto nas páginas 184 e 185, favorece um trabalho com a habilidade ê éfe zero seis gê ê zero cinco ao relacionar as fórmas do modelado terrestre com os processos naturais que atuam na formação e na transformação do relêvo.

O ritmo da formação das montanhas

A formação de cadeias montanhosas, ocasionada pêlo enrugamento da crosta terrestre, ocorre de maneira muito lenta, de modo que o tempo de uma vida humana não é suficiente para perceber todas as mudanças na paisagem provocada por êsse fenômeno.

Por exemplo, o processo de formação de cadeias montanhosas, como a do Himalaia, na Ásia, a dos Alpes, na Europa, e a dos Andes, na América do Sul, teve início há cêrca de 70 milhões de anos e ainda hoje não cessou. A cada ano essas cadeias ficam um pouco mais altas em razão das fôrças provenientes do interior do planeta.

Falhas

As falhas se formam quando os movimentos das placas provocam fortes pressões horizontais ou verticais sôbre rochas mais rígidas, que sofrem fraturas, ou seja, se rompem, e acabam deslizando uma ao lado das outras, como vemos na imagem a.

Provocados por movimentos, os grandes conjuntos de falhas da crosta terrestre dão origem às escarpasglossário de planaltos, vales e serras, como a serra do mar.

A.

Esquema de falha

Ilustração A. Esquema de falha. Blocos com solo gramado se dividindo. Uma parte vai para cima e a outra para baixo, formando um desnível brusco.

Fonte de pesquisa: TEIXEIRA, Wilson êti áli (organizador). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. página 415.

Fotografia. Vales profundos entre morros.
Paisagem de serra entre os municípios de São José dos Ausentes, Rio Grande do Sul, e de Timbé do Sul, Santa Catarina, em 2021.
Respostas e comentários
  • Ao tratar do tema O ritmo da formação das montanhas, ressalte aos alunos que os processos geológicos de formação e transformação do relêvo ocorrem ao longo de milhões de anos, em uma escala de tempo muito maior do que a história humana.
  • Destaque que os dobramentos estão associados à formação das cadeias de montanhas, processo que ocorre de maneira lenta e imperceptível aos olhos dos seres humanos.
  • As falhas surgem do movimento interno da Terra, formadas pêlo acúmulo e pêla eventual liberação de energia sob as rochas, que passam a se movimentar tanto horizontal quanto verticalmente, resultando em fraturas e falhas.
  • Destaque que êsse tipo de movimento resulta na formação de escarpas de planaltos, vales e serras, como a Serra do Mar.
  • Se possível, utilize um planisfério físico para auxiliar nas explicações sôbre dobramentos e formação das grandes montanhas. Utilize o mapa para mostrar a localização das principais cadeias de montanhas, como o Himalaia, na Ásia; os Alpes, na Europa; e os Andes, na América do Sul. Explique que essas cadeias montanhosas se localizam nessas regiões onde ocorre o “choque” entre as placas tectônicas. Peça aos alunos que analisem novamente o mapa mostrado na página 179 para identificar as regiões onde acontecem os movimentos convergentes entre as placas tectônicas.

Terremotos

Os terremotos e as erupções vulcânicas são fenômenos que podem transformar intensamente uma paisagem em um curto período de tempo.

Os terremotos ou abalos sísmicos são vibrações provocadas por movimentos da crosta terrestre. No caso de tremores mais intensos, as vibrações podem alterar as características do relêvo de uma área, provocando, por exemplo, fissuras nas rochas e no solo, além de elevação ou rebaixamento de terrenos.

A magnitude dos terremotos

A fôrça dos terremotos é medida por uma escala criada pêlo sismólogo estadunidense chárlis ríchiter, em 1935. Essa escala, denominada Magnitude ríchiter ou Escala ríchiter, registra a quantidade de energia liberada no momento inicial do tremor.

A Escala ríchiter pode medir desde microtremores até grandes abalos sísmicos. Os terremotos de maior fôrça registrados até hoje alcançaram magnitude entre 8,5 e 9,5 na Escala ríchiter.

Fotografia. Ruínas de prédios. À direita há um trator.
Construções destruídas por terremoto em Elazig, na Turquia, em 2020.
Escala Richter

Magnitude

Descrição

Menor que 2,5

Normalmente não sentido, mas registrado.

2,5 a 6,0

Geralmente sentido; danos pequenos a moderados às estruturas.

6,1 a 6,9

Potencialmente destrutivo.

7,0 a 7,9

Grandes terremotos; resultam em grandes danos.

Maior que 8

Grandes terremotos; geralmente resultam em destruição total.

Fonte de pesquisa: , rid; Mônrou, Djeimes sem Fundamentos de Geologia. Tradução: . São Paulo: Cêngueij lãrnin, 2009. página 195.

Respostas e comentários

Um texto a mais

Complemente o estudo dêsse tema com a leitura do texto a seguir, que trata da escala utilizada para medir a intensidade dos abalos sísmicos, chamada Escala de Intensidade de .

Classificando os efeitos de um terremoto

A Intensidade Sísmica é uma classificação dos efeitos que as ondas sísmicas provocam em determinado lugar. Não é uma medida direta feita com instrumentos, mas simplesmente uma maneira de descrever os efeitos em pessoas (como as pessoas sentiram) em objetos e construções (barulho e queda de objetos, trincas ou rachaduras em casas, etcétera) e na natureza (movimento de água, escorregamentos, liquefação de solos arenosos, mudanças na topografia, etcétera). reticências

TEIXEIRA, Wilson êti áli (organizador). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. página 50.


O estudo do tema Terremotos, nas páginas 186 e 187, favorece o trabalho com a habilidade ê éfe zero seis gê ê um um ao proporcionar análises de distintas interações das sociedades com a natureza. Complemente as explicações solicitando aos alunos que comentem os efeitos causados pelos terremotos na vida da população.

Um texto a mais

O texto a seguir apresenta a descri­ção dos efeitos dos tremores de terra conforme a escala de .

Grau e descrição dos efeitos

    1. – Não sentido. Leves efeitos de período longo de terremotos grandes e distantes.
    1. – Sentido por poucas pessoas paradas, em andares superiores ou locais favoráveis.
    1. – Sentido dentro de casa. Alguns objetos pendurados oscilam. Vibração parecida à da passagem de um caminhão leve. Pode não ser reconhecido como um abalo sísmico.
    1. – Objetos suspensos oscilam. Vibração parecida à da passagem de um caminhão. Janelas, louças, portas fazem barulho. Paredes e estruturas de madeira rangem.
    1. – Sentido fóra de casa; Pessoas acordam. Líquido em recipiente é perturbado. Objetos pequenos e instáveis são deslocados. Portas oscilam, fecham, abrem.
    1. – Sentido por todos. Muitos se assustam e saem às ruas. Pessoas andam sem firmeza. Janelas e louças quebradas. Objetos e livros caem de prateleiras. Rebocos fracos racham.
    1. – Difícil manter-se em pé. Objetos suspensos vibram. Móveis quebram. Danos em construções de má qualidade, algumas trincas em construção normal. Queda de reboco, ladrilhos ou tijolos mal assentados, telhas. Ondas em piscinas. Pequenos escorregamentos de barrancos arenosos.
    1. – Danos em construções normais com colapso parcial. Algum dano em construções reforçadas. Queda de estuque e alguns muros de alvenaria. Queda de chaminés, monumentos, tôrres e caixas-d’água. Galhos quebram-se das árvores. Trincas no chão.
    1. – Pânico geral. Construções comuns bastante danificadas, às vezes colapso total. Danos em construções reforçadas. Tubulação subterrânea quebrada. Rachaduras visíveis no solo.
    1. – Maioria das construções destruídas até nas fundações. Danos sérios a barragens e diques. Grandes escorregamentos de terra. Água jogada nas margens de rios e canais. Trilhos levemente entortados.
    1. – Trilhos bastante entortados. Tubulações subterrâneas completamente destruídas.
    1. – Destruição quase total. Grandes blocos de rocha deslocados. Linhas de visada e níveis alterados. Objetos atirados ao ar.

Fonte de pesquisa: TEIXEIRA, Wilson êti áli (organizador). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. página 51.

Falha de San Andreas

Grande parte dos terremotos ou abalos sísmicos que atingem a superfície terrestre também tem origem nas áreas de contato entre as placas tectônicas. Isso acontece quando o movimento das placas consegue romper a resistência das rochas, produzindo intensas vibrações, que se propagam no interior da crosta. Essas vibrações fazem a superfície terrestre tremer, gerando abalos que podem ser perceptíveis ou não aos seres humanos.

As cidades de lôs Angêlis e São Francisco, na costa oeste dos Estados Unidos, estão localizadas nas proximidades do encontro entre duas placas tectônicas: a placa do Pacífico e a placa Norte-Americana. O encontro dessas duas placas originou a falha de sân . Famosa por produzir grandes terremotos, essa falha se estende por mais de .1200 quilômetros pêlo estado da Califórnia.

As placas se deslocam lateralmente, produzindo terremotos de grandes proporções, como o que ocorreu em 1906, quando um forte abalo atingiu a cidade.

Encontro de placas tectônicas nos Estados Unidos

Mapa. Encontro de placas tectônicas nos Estados Unidos. Limite entre as placas litosféricas: na costa oeste dos Estados Unidos e México. Direção do movimento entre as placas tectônicas: setas indicam o movimento de cima para baixo no oeste e se afastando ao sul. Cidades principais: São Francisco e Los Angeles (ambas no limite entre as placas). À direita, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. Na parte superior, a rosa dos ventos e no canto inferior direito, a escala: 680 quilômetros por centímetro.

Fontes de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava ediçãoRio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 12.

cristóferson, róbert ; , Geossistemas: uma introdução à geografia física. sétima ediçãoPôrto Alegre: búkman, 2016. página 371.

Fotografia. Vista aérea. Região plana e deserta, ao centro ondulações e uma fenda entre eles.
Falha de sân , Estados Unidos, em 2015.
Respostas e comentários

Atividade a mais

Aproveite as informações da escala de e peça aos alunos que respondam às seguintes questões sôbre ela.

1. Que efeitos foram utilizados para medir a intensidade sísmica na escala de ?

2. Leia a descrição do efeito: “Maioria das construções destruídas até nas fundações. Danos sérios a barragens e diques. Grandes escorregamentos de terra. Água jogada nas margens de rios e canais. Trilhos levemente entortados”. Refere-se a qual grau da Escala de ?

3. Quais são os efeitos em um terremoto de grau sete, na escala de ?

Respostas

1. Na escala de , a intensidade sísmica é medida pêla classificação dos efeitos que as ondas sísmicas provocam em determinado lugar, como o que as pessoas sentiram, os efeitos nas construções e na natureza.

2. Refere-se ao grau dez.

3. Difícil manter-se em pé. Objetos suspensos vibram. Móveis quebram. Danos em construção de má qualidade, algumas trincas em construção normal. Queda de reboco, ladrilhos ou tijolos mal assentados, telhas. Ondas em piscinas. Pequenos escorregamentos de barrancos arenosos.

Geografia em representações

Orientação para acessibilidade

Professor, professora: Peça aos alunos que formem grupos de até 4 integrantes para a construção do material manipulável e para a realização da atividade prática dessa seção.

Representando falhas e dobras geológicas na sala de aula

Por meio de uma atividade prática, é possível representarmos as deformações do relêvo terrestre que você estudou nas páginas anteriores.

Utilizando pedaços de espumas coloridas, podemos simular os movimentos tectônicos que resultam na formação de dobramentos e de falhamentos na crosta terrestre.

Veja a seguir como realizar esta atividade.

Materiais necessários

  • três pedaços de espuma colorida medindo, aproximadamente, 85 centímetros de comprimento por 1 centímetros de largura cada um;
  • três pedaços de espuma colorida medindo, aproximadamente, 30 centímetros de comprimento por 5 centímetros de largura cada um;
  • cola.
Fotografia. Um bloco de espuma com duas camadas pretas e uma bege entre elas, um tubo de cola e uma folha retangular com duas camadas pretas e uma bege entre elas.

Para representar o movimento das dobras geológicas

Fotografia 1. Destaque para uma pessoa com as mãos sobre as folhas de espuma.

Para simular o movimento das dobras, sobreponha algumas camadas de espumas coloridas.

Respostas e comentários

Objetivos

  • Compreender o processo de formação dos dobramentos e dos falhamentos.
  • Simular como ocorrem os dobramentos e os falhamentos no relêvo.
  • Identificar as diferentes direções em que as falhas geológicas podem ocorrer (movimentos laterais e horizontais).

O estudo do tema Representando falhas e dobras geológicas na sala de aula, nas páginas 188 e 189, favorece um trabalho com a habilidade ê éfe zero seis gê ê zero nove ao promover a elaboração de modelos tridimensionais com o objetivo de representar elementos e estruturas da superfície terrestre, o que também favorece o desenvolvimento da Competência geral 2.

Um texto a mais

O texto a seguir apresenta informações básicas sôbre a morfologia das dobras.

reticências

Anticlinal: é a dobra na qual os flancos se abrem para baixo, tendo por cima o eixo. Esta definição é válida para as dobras mais comuns, de eixo horizontal ou pouco inclinado. reticências

Sinclinal: é a dobra na qual os flancos se abrem para cima, ao contrário da anticlinal. Caracteriza-se por possuir as camadas mais modernas na sua parte interna. reticências

leins, ; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia geral. décima quarta edição São Paulo: Editora Nacional, 2003. página 361.

Esquema. Bloco com solo com dobras formando cadeia de montanhas. Abaixo da superfície setas indicam que as camadas se aproximam. O pico de uma delas é indicado como: Anticlinal, e um dos vales é indicado como: Sinclinal.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. sétima edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2016. página 57.

Fotografia 2. Destaque para uma pessoa com as mãos sobre as folhas de espuma. Setas indicam um movimento de aproximação formando uma elevação central das espumas.

Depois, pressione lateralmente as extremidades em sentido contrário.

Assim, pode-se observar que o soerguimentoglossário das espumas simula a formação dos dobramentos nas rochas.

Para representar o movimento das falhas geológicas

Fotografia 1. Destaque para o bloco de espuma com um corte diagonal.

Para representarmos o movimento das falhas, sobreponha algumas camadas de espumas coloridas.

Em seguida, com o auxílio de um adulto, córte o bloco de espumas em dois pedaços, fazendo um plano transversal inclinado.

Fotografia 2. Destaque para uma pessoa segurando o bloco com corte diagonal, com setas indicando a elevação do lado direito e abaixando o esquerdo.

Depois, pressione lateralmente e verticalmente as espumas, de modo que os blocos deslizem um sôbre o outro ao longo do plano transversal inclinado.

Fotografia 3. Destaque para uma pessoa segurando o bloco com corte diagonal e setas indicando o movimento para trás e para frente respectivamente.

Em seguida, pressione lateralmente e horizontalmente as espumas de modo que os blocos se desloquem lateralmente um ao longo do outro.

Respostas e comentários

Comente que a imagem na página 187 ilustra a Falha de sân , no estado da Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos. Ela fórma uma espécie de rachadura que se prolonga por cêrca de 1.300 quilômetros de extensão, separando duas placas tectônicas: a do Pacífico e a Norte-Americana. Explique aos alunos que os movimentos tectônicos ao longo dessa linha resultaram na ocorrência de um dos maiores terremotos da história, em meados de 1906, que destruiu grande parte da cidade de São Francisco. Enfatize que os estudiosos acreditam que outro abalo dessas proporções, ou ainda mais intenso, poderá ocorrer novamente, causando outra grande destruição na região.

Um texto a mais

Complemente o estudo sôbre as falhas tectônicas com a leitura do texto a seguir, que apresenta os três tipos de falhamentos.

reticências

     Falha normal: neste tipo de falha um dos blocos é abatido na mesma direção na qual mergulha o plano da falha, resultando, como consequência, num afastamento das camadas reticências

     Falha inversa ou falha de empurrão: como o nome indica, uma parte é empurrada sôbre a outra, cavalgando-a. reticências

     Falha transcorrente ou de deslocamento horizontal: o exemplo clássico dêste tipo é a célebre falha de sem André, na Califórnia, que se relaciona ao famoso terremoto de São Francisco de 1906. reticências

leins, ; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia geral. décima quarta edição São Paulo: Editora Nacional, 2003. página 353354.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. Por que é possível dizer que as grandes cadeias montanhosas, como o Himalaia, permanecem em constante crescimento?
  2. Explique como se formam as falhas geológicas.

Aprofundando os conhecimentos

3. Observe a foto e responda às questões.

Fotografia. Uma grande rocha com ranhuras e camadas em formato arqueado, com árvores no topo e algumas pessoas a frente.
Formação rochosa na Bélgica, em 2021.
  1. Identifique a fórma de relêvo retratada na foto. Qual fenômeno proveniente do interior da Terra ocasiona êsse tipo de formação?
  2. Explique como êsse processo de deformação ocorre na superfície do planeta.

4. Leia a manchete e responda às questões.

Terremoto de 7,3 graus na escala ríchiter atinge o Peru

Disponível em: https://oeds.link/pHNzTg. Acesso em: 17 março 2022.

  1. Qual o fenômeno natural apresentado na manchete?
  2. De acôrdo com o que você estudou, explique êsse fenômeno natural.
  3. Além da destruição de construções em áreas povoadas, como êsse fenômeno natural pode transformar uma paisagem?
Respostas e comentários

1. Resposta: Porque elas aumentam de tamanho a cada ano devido às fôrças provenientes do interior da Terra, que pressionam a superfície, “enrugando-a”.

2. Resposta: As falhas se formam quando os movimentos das placas provocam fortes pressões horizontais ou verticais sôbre rochas mais rígidas, que se fraturam, ou seja, se rompem e deslizam uma ao lado das outras.

3. a) Resposta: Formação montanhosa ocasionada por dobramentos da crosta.

3. b) Resposta: Os dobramentos ocorrem quando os movimentos das placas tectônicas provocam fortes pressões horizontais sôbre rochas de menor resistência, causando deformações, como se estivessem sendo dobradas.

4. a) Resposta: Terremoto ou abalo sísmico.

4. b) Resposta: Os terremotos ou abalos sísmicos são vibrações provocadas por movimentos da crosta terrestre.

4. c) Resposta: As características do relêvo podem ser alteradas, provocando abertura de fendas nas rochas e elevação ou rebaixamento de terrenos.

Ao realizar as atividades 1 a 4, os alunos demonstrarão conhecimentos científicos relacionados às consequências das falhas geológicas. Incentive momentos de conversa e retomada de têrmus e teoria relacionados ao tema, pois, ao avaliar condições, situações e imagens, êles desenvolvem a Competência específica de Geografia 5, uma vez que as respostas requerem conhecimentos específicos da Geografia.

Sugestão de avaliação

Para complementar o aprendizado dos alunos, proponha que realizem uma pesquisa sôbre o tema Terremotos. Em grupos, peça-lhes que pesquisem, em revistas, jornais, livros e na internet, notícias sôbre a ocorrência de terremotos. Solicite que encontrem informações a respeito do local do terremoto, sua intensidade, suas causas e consequências. Organize a pesquisa para que os grupos escolham abalos sísmicos diferentes e assim não ocorram repetições. Oriente-os a elaborar um cartaz com as informações encontradas. Os cartazes podem ser apresentados pelos grupos em sala de aula e depois expostos no mural da escola.

Resposta

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos produzam cartazes utilizando informações encontradas na pesquisa realizada.

Metodologias ativas

Caso considere pertinente, após a realização da sugestão de avaliação, desenvolva com os alunos a estratégia Caminhada na galeria (Gallery walk). Para isso, obtenha mais informações no tópico Metodologias e estratégias ativas nas orientações gerais dêste manual. Você poderá organizar uma exposição dos cartazes para que todos possam circular entre êles e verificar diferentes informações sôbre os terremotos ocorridos no planeta. A exposição também pode ser ampliada, envolvendo outras turmas e os funcionários da escola. Para isso, oriente os alunos a apresentar as pesquisas e os cartazes para quem tiver interêsse em verificar os trabalhos expostos.

Glossário

Escarpa
: terreno íngreme, geralmente localizado nas extremidades de fórmas de relêvo como serras e planaltos.
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Soerguimento
: referente à elevação da superfície terrestre decorrente de processos tectônicos.
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