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Transcrição do áudio

[Apresentador] Transporte e território no Brasil  [Apresentador][tom de voz animado]Olá, meu nome é Pedro. [Apresentadora][tom de voz animado]E eu sou a Rosana. [Apresentador][tom de voz animado]Neste podcast, vamos falar sobre a importância dos diferentes meios de transporte na integração do território brasileiro. [Apresentadora][tom de voz explicativo]As redes de transporte são fundamentais para a integração do território. Afinal, é a partir delas que pessoas e mercadorias se movimentam de um lugar para o outro. Por isso, é muito importante estudá-las.   [Apresentador][tom de voz explicativo]Antes mesmo da chegada dos europeus à América, existiam diferentes caminhos utilizados na realização das trocas comerciais. [Apresentadora][tom de voz explicativo]Um dos mais conhecidos é o Caminho de Peabiru, que interligava o atual litoral brasileiro às áreas sob o controle do Império Inca. [Apresentador][tom de voz explicativo]Então, Rosana, quer dizer que era possível ir das praias brasileiras até as montanhas do Peru? [Apresentadora][tom de voz explicativo]Isso mesmo, Pedro. Era um conjunto de caminhos de cerca de três mil quilômetros, utilizado pelos indígenas.  [Apresentador][tom de voz explicativo]Com o início da colonização, a maior parte da população brasileira se estabeleceu no litoral, com a fundação das primeiras cidades. [Apresentadora][tom de voz explicativo]Vamos lembrar que nesse período a vida colonial era muito ligada ao oceano e que, por isso, a comunicação entre as principais cidades e entre elas e o exterior se dava por ele. Isso foi determinante para a ocupação do litoral. [Apresentador][tom de voz explicativo]Bem lembrado! A articulação entre os centros urbanos litorâneos no Brasil da época ocorria pela navegação de cabotagem, por onde eram transportadas mercadorias e pessoas. A expressão cabotagem é usada para o transporte ao longo da costa. [Apresentadora][tom de voz explicativo]Mas, e as ferrovias que vemos em alguns locais do Brasil, como se desenvolveram?  [Apresentador][tom de voz explicativo]As primeiras estradas de ferro no Brasil foram implementadas durante o século dezenove. Tinham como objetivo escoar a produção realizada no interior para os portos das cidades litorâneas, de onde as mercadorias eram enviadas para o exterior. [Apresentadora][tom de voz explicativo]E essas linhas ferroviárias eram integradas? Quer dizer, era possível ir de sul a norte do Brasil por meio delas, como acontece com a navegação de cabotagem? [Apresentador][tom de voz explicativo]Não, porque cada ferrovia fazia o caminho interior-litoral, e a sua integração com as demais linhas era difícil.  [Apresentador][tom de voz explicativo]A integração entre as regiões brasileiras se efetivou a partir da década de mil novecentos e cinquenta, durante o governo de Juscelino Kubitschek. O meio de transporte escolhido para essa integração foi o rodoviário.  [Apresentador][tom de voz curioso]Rosana, os nossos ouvintes devem estar se perguntando por que as rodovias foram escolhidas, já que o Brasil possuía ferrovias e navegação de cabotagem. Explica para a gente? [Apresentadora][tom de voz explicativo]As rodovias, Pedro, tinham um custo de implantação inferior à sua principal alternativa, as ferrovias. Além disso, existia interesse de impulsionar a industrialização do Brasil através da atração de empresas automobilísticas estrangeiras, como de fato ocorreu posteriormente. [Apresentador][tom de voz explicativo]Vamos lembrar que as indústrias automobilísticas atraem muitas outras indústrias, como as de autopeças. Então, uma indústria de caminhões movimenta a economia do país e ajuda no desenvolvimento da indústria. Foi por esse motivo que o governo brasileiro priorizou o transporte rodoviário.   [Apresentador][tom de voz explicativo]Ainda hoje, a integração por via terrestre entre as regiões do Brasil ocorre pelas rodovias. O transporte rodoviário, porém, é pouco eficiente para transportes de longas distâncias. Isso porque os caminhões consomem mais combustível se comparado com as ferrovias e as hidrovias. Tal fato encarece o custo do transporte e, logo, também os preços das mercadorias que utilizamos. Vale lembrar que o Brasil é um país de tamanho continental.[Apresentadora][tom de voz explicativo]E esse problema é agravado pelas péssimas condições das rodovias em nosso país, algumas malconservadas, outras ainda sem asfaltamento.  [Apresentador][tom de voz explicativo]Verdade. Mas também temos que nos lembrar dos portos! Em uma economia globalizada, eles são fundamentais para o embarque e o desembarque de mercadorias. [Apresentadora][tom de voz explicativo]Temos que lembrar que a maioria das trocas comerciais entre os países ocorre por meio dos oceanos. Por isso, os portos são muito importantes para a economia do Brasil! [Apresentador]Apesar disso, existem ainda muitos problemas envolvendo a infraestrutura de acesso aos portos. O Brasil investe menos que o necessário na modernização dos portos, o que causa o chamado gargalo infraestrutural, que é quando o sistema de transporte não dá conta de movimentar as mercadorias com agilidade e eficiência. [Apresentadora][tom de voz de satisfação]Muito interessante aprender sobre as redes de transporte no Brasil e os seus desafios. Acho que vou indo, pois meu trem já vai partir. [Apresentador][tom de voz animado]Me espere, Rosana! Vou com você. Tchau, pessoal!  [Apresentador] Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound.  

CAPÍTULO 2 A integração do território brasileiro

Como vimos, o Brasil é um país de grande extensão territorial. Por isso, os meios de transporte são muito importantes para promover a ligação entre as áreas mais distantes do país, sobretudo as separadas por várias centenas e até milhares de quilômetros de distância.

A ligação entre lugares tão distantes depende de uma rede de transportes formada por rodovias, ferrovias, portos e aeroportos espalhados pêlas regiões do país. Por essa rede de transportes circula, diariamente, grande volume de mercadorias e de pessoas.

Observe atentamente o gráfico, o qual mostra a distribuição dos diferentes tipos de transporte de cargas no Brasil.

Brasil: movimentação dos tipos de transporte de cargas (2020)

Gráfico. Brasil: movimentação dos tipos de transporte de cargas (2020). 
65 por cento Rodoviário com a ilustração de caminhões. 15 por cento Ferroviário com a ilustração de trens. 16 por cento Hidroviário com a ilustração de um navio com contêineres. 4 por cento Aéreo e outros com a ilustração de um avião.

Fonte de pesquisa: CONFEDERAÇÃO Nacional do transporte. Boletins técnicos. Disponível em: https://oeds.link/OqBZrx. Acesso em: 7 abril 2022.

Representação com elementos não proporcionais entre si. côres-fantasia.

De acôrdo com o gráfico, responda às questões no caderno.

Questão 1.

Qual é o tipo de transporte mais utilizado para transportar cargas pêlo Brasil?

Questão 2.

Qual é a participação das ferrovias e das hidrovias na movimentação das cargas em nosso país?

O predomínio das rodovias

A maior parte do transporte de cargas no Brasil é feita por meio de rodovias, enquanto as ferrovias e as hidrovias respondem por uma participação bem menor.

A expansão do transporte rodoviário no país teve início na década de 1950, quando o govêrno brasileiro passou a priorizar a abertura de novas estradas como fórma de promover a integração entre as diversas áreas do território. Essa expansão também foi incentivada por contribuir para o desenvolvimento da indústria automobilística no Brasil, aumentar a frota de veículos e acelerar a construção de novas estradas.

Fotografia em preto e branco. Carros trafegando em uma via com um viaduto ao fundo. Há muitas pessoas na lateral da via e em cima do viaduto observando os carros.
Inauguração da rodovia Presidente Dutra, São Paulo, capital do estado, em 1950.

Ao priorizar o desenvolvimento do transporte rodoviário em detrimento das ferrovias e hidrovias, muitos incentivos e investimentos foram direcionados para a construção de novas estradas, o que resultou na expansão da malha rodoviária. Muitas estradas foram construídas com o objetivo de integrar as áreas menos povoadas das principais cidades e promover o processo de interiorização do território. Entre essas estradas estão as rodovias Belém-Brasília, Cuiabá-Pôrto Velho e Cuiabá-Santarém.

Com a abertura dessas estradas, ocorreram várias transformações no território brasileiro, como a intensificação dos fluxos migratórios de pessoas em direção ao interior do país; a formação e o crescimento de cidades; a expansão das atividades agropecuárias em áreas até então menos povoadas e, consequentemente, a transformação de suas paisagens.

Atualmente, o Brasil tem cêrca de 1,7 milhão de quilômetros de estradas de rodagem. dêsse total, porém, apenas aproximadamente 12%, o que corresponde a 212 mil quilômetros, são estradas pavimentadas.

Observe o mapa e veja o atual traçado das principais rodovias federais no Brasil.

Brasil: principais rodovias (2020)

Mapa. Brasil: principais rodovias (2020). 
As rodovias são representadas em todo o território, em menor quantidade nas Regiões Norte e Centro-oeste e em maior quantidade no Sudeste, Sul e Nordeste. À esquerda, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala: 390 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: BRASIL. Empresa de Planejamento e Logística. Observatório Nacional de Transporte e Logística. Anuário estatístico de transportes 2010 2020. Disponível em: https://oeds.link/5TJsH4. Acesso em: 7 abril 2022.

Questão 3.

Com base no mapa, responda às questões a seguir no caderno.

  1. Quais são as áreas do território brasileiro que concentram as principais rodovias?
  2. Escreva também em quais áreas do país há poucas rodovias.
  3. Pesquise, em mapas rodoviários, o nome de uma importante rodovia que liga a unidade federativa onde você mora ao restante do país.
Fotografia. Vista do alto. Rodovia em pista dupla com vegetação rasteira nas margens. Ao fundo, vegetação densa. Há três veículos na via.
Rodovia no município de Rosário Oeste, Mato Grosso, em 2021.

A situação das rodovias brasileiras

Na malha rodoviária brasileira, existem muitas rodovias que se encontram em condições bastante precárias. Isso acontece principalmente em razão dos baixos investimentos do govêrno ao longo dos últimos anos. A deterioração das estradas também se deve ao excesso de pêso dos caminhões que trafegam pêlas estradas aproveitando a falta de fiscalização.

Estradas esburacadas e sem sinalização são apenas alguns dos problemas enfrentados pelos motoristas que viajam pêlas rodovias brasileiras. Essas condições precárias representam um sério risco à segurança dos usuários e, além disso, ocasionam outros prejuízos, como maior demora nas viagens, desgaste excessivo dos veículos e encarecimento do custo do transporte.

Fotografia. Um ônibus parado em uma estrada sem pavimentação. Há vegetação e postes nas margens.
Ônibus parado em atoleiro em uma rodovia em Brazlândia, Distrito Federal, em 2020.

Pedágios: a privatização das estradas

Embora a população já pague impostos específicos para a manutenção e a construção de novas estradas, a falta de recursos e, muitas vezes, de interêsse em promover a melhoria da malha rodoviária levou alguns estados a implantar programas de privatização de suas principais estradas. A privatização consiste em transferir o contrôle e o gerenciamento das estradas para empresas privadas, que lucram com a cobrança de pedágios e passam a ser responsáveis por investir recursos na melhoria e na conservação das vias.

Por um lado, o sistema de privatização vem melhorando as condições das estradas, mas, por outro, êle também aumenta o custo do transporte, pois o valor pago nos pedágios encarece o valor das viagens, dos fretes e das passagens.

Fotografia. Vista aérea. Caminhões e outros veículos atravessando um pedágio.
Praça de pedágio em rodovia localizada no município de José Bonifácio, São Paulo, em 2021.

As ferrovias no Brasil

Antes da expansão das rodovias, o principal meio de transporte utilizado no Brasil eram as ferrovias, construídas no século dezenove, principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, para escoar a produção cafeeira até os portos exportadores.

Nas primeiras décadas do século passado, ainda no auge da cultura cafeeira, a malha ferroviária brasileira estendia-se por cêrca de 30 mil quilômetros. Atualmente, essa malha é bastante precária, e sua extensão permanece praticamente a mesma do início do século vinte. Além de sua extensão reduzida, se comparada ao tamanho do país, as ferrovias encontram-se muito mal distribuídas pêlo território, concentrando-se principalmente na porção centro-sul.

pêlo fato de as ferrovias terem sido construídas para escoar a produção cafeeira entre o final do século dezenove e o início do século vinte, o traçado das linhas não foi planejado para promover a integração entre as regiões do país e, portanto, elas não chegam até as atuais áreas de fronteira agrícola.

Na tentativa de sanar êsse problema, grandes investimentos públicos e privados foram aplicados na construção de duas importantes ferrovias: a Ferronorte, ligando Cuiabá, no Mato Grosso, a Santarém, no Pará; e a ferrovia Norte-Sul, ligando Barcarena, no Pará, a Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Veja, no mapa, o traçado das principais ferrovias do país.

Brasil: principais ferrovias (2020)

Mapa. Brasil: principais ferrovias (2020). 
Ferrovias em operação: presentes em maior quantidade no sudeste, sul, menor quantidade no nordeste e poucas no centro-oeste e norte. No canto inferior esquerdo, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala: 465 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 141.

As hidrovias no Brasil

Assim como ocorre com as ferrovias brasileiras, as hidrovias têm uma participação reduzida no transporte de cargas do país, embora no Brasil existam rios extensos e com grande potencial para a navegação.

Hoje em dia, o transporte hidroviário é mais utilizado na Amazônia, onde os rios que atravessam a densa floresta constituem, muitas vezes, a única via de ligação entre cidades e povoados espalhados pêla região. Nos últimos anos, porém, algumas hidrovias começaram a ser mais exploradas, sobretudo para o transporte de produtos agrícolas, como a hidrovia Tietê-Paraná, no estado de São Paulo.

Apesar de o transporte hidroviário apresentar vantagens econômicas em relação aos demais, o funcionamento de hidrovias também depende de investimentos em infraestrutura, como construção de portos para embarque e desembarque de mercadorias, eclusasglossário e dragagemglossário . Verifique, no mapa, as principais hidrovias do país.

Brasil: principais hidrovias (2017)

Mapa. Brasil: principais hidrovias (2017). Na Região norte: Negro, Japurá, Branco, Amazonas, Purus, Tapajós, Juruá, Madeira, Araguaia, Xingu, Tocantins. Na Região Nordeste: Parnaíba, São Francisco. No Centro-oeste: Juruena, Teles Pires, Piqueri, Paranaíba. No Sudeste: Grande, Tietê, Paranapanema, Paraíba do Sul.
No Sul: Iguaçu, Jacuí, Uruguai. 
No canto inferior direito, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita e a escala: 400 quilômetros por centímetro. No canto superior direito, a rosa dos ventos.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 141.

Ícone ‘Atividade oral’.

Questão 4.

Verifique, no mapa, se na unidade federativa onde você mora há alguma hidrovia. Ela faz ligação com outras cidades? Quais?

Diferentes vias de transporte

Qual seria a melhor opção para o transporte de cargas em um país de dimensões territoriais tão grandes como o Brasil?

Observe o gráfico a seguir, que mostra a distribuição do transporte de cargas realizado por diferentes vias no Brasil e em alguns países do mundo.

Uso das diferentes vias de transporte de cargas no Brasil e em países selecionados (2015)

Gráfico. Uso das diferentes vias de transporte de cargas no Brasil e em países selecionados (2015). 
Rússia. Ferroviária: 81 por cento. Rodoviária: 8 por cento. Hidroviária e outras: 11 por cento. 
Canadá. Ferroviária: 46 por cento. Rodoviária: 43 por cento. Hidroviária e outras: 11 por cento. Estados Unidos. Ferroviária: 43 por cento. Rodoviária: 32 por cento. Hidroviária e outras: 25 por cento. China. Ferroviária: 37 por cento. Rodoviária: 50 por cento. Hidroviária e outras: 13 por cento. Brasil. Ferroviária: 15 por cento. Rodoviária: 65 por cento. Hidroviária e outras: 20 por cento.

Fonte de pesquisa: . Emissões dos setores de energia, processos industriais e uso de produtos. Disponível em: https://oeds.link/SaEORz. Acesso em: 7 abril 2022.

Ícone ‘Em grupo’.

Questão 5.

Compare a participação do transporte rodoviário no Brasil com a de outros países do mundo e converse com os colegas sôbre o que é possível concluir a respeito da rede de transportes nesses países.

  

O gráfico revela que, ao contrário do Brasil e da China, que privilegiam o transporte rodoviário, outros países, como a Rússia, o Canadá e os Estados Unidos deram prioridade ao desenvolvimento de ferrovias.

A utilização do transporte ferroviário representou uma grande vantagem para a economia dêsses países. Também poderia ser vantajoso para o Brasil, pois o custo do transporte rodoviário, sobretudo entre longas distâncias, é bem mais elevado que o do transporte por trens ou embarcações.

Diante disso, de uma fórma geral, vemos que o transporte rodoviário deveria ser utilizado no país apenas para percorrer pequenas distâncias, o que ocasionaria uma redução nos custos do transporte de cargas.

Além disso, um sistema que integrasse rodovias, ferrovias e hidrovias poderia tornar-se mais eficiente para o Brasil. No caso do escoamento da produção agrícola, por exemplo, as rodovias serviriam para transportar a safra das lavouras até os portos ou as ferrovias mais próximos, de onde seguiriam em embarcações ou trens. Isso representaria uma economia nos gastos com o frete e resultaria na redução do preço dos produtos, tornando-os mais competitivos no mercado.

Para transportar mil toneladas de carga pêlas rodovias, por exemplo, gastam-se aproximadamente 15 litros de combustível por quilômetro rodado. Nas ferrovias, o deslocamento dessa mesma carga por igual distância consome 6 litros e, nas hidrovias, apenas 4 litros.

Observe o esquema desta página. êle mostra um comparativo da capacidade de cargas entre os meios de transporte hidroviário, ferroviário e rodoviário e a ocupação do espaço físico de cada um deles.

Capacidade de carga e ocupação de espaço físico (2011)

Esquema. Capacidade de carga e ocupação de espaço físico (2011). Espaço ocupado para carregar aproximadamente 6000 toneladas de mercadoria. Modal Hidroviário - 1 comboio duplo Tietê (4 chatas e empurrador). Total: 150 metros. Ilustração. Um navio puxando quatro plataformas com retângulos amarelos. Modal Ferroviário - 2,9 comboios Hopper (86 vagões de 70 toneladas). Ilustração. Oitenta e seis vagões agrupados. Total: 1,7 quilômetros. Modal Rodoviário - 172 carretas com 35 toneladas de carga cada uma. Total: 3,5 quilômetros, sendo 26 quilômetros em movimento. Ilustração. Centro e setenta e duas carretas agrupadas.

Fonte de pesquisa: CARVALHO, Casemiro Tércio (). A atividade hidroviária no estado de São Paulo: investimentos e projetos. govêrno do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado de Logística e Transportes, 2011. Disponível em: https://oeds.link/SvZ7TB. Acesso em: 7 abril 2022.

O transporte aéreo

O transporte aéreo é o meio de transporte mais rápido e também o mais caro. Em razão do elevado custo de manutenção das aeronaves e do espaço limitado para o transporte de cargas, o frete do transporte aéreo acaba por ter um custo bastante elevado. Por isso, êle é utilizado, geralmente, para o transporte de pessoas, de cargas perecíveis, como flores e frutas, e de cargas com alto valor agregado, como aparelhos eletrônicos.

Os transportes e a integração do Brasil com o mundo

Além de promover a integração entre as diferentes regiões do território nacional, a rede de transportes proporciona a ligação do Brasil com os demais países. Essa ligação ocorre, principalmente, por meio dos principais portos e aeroportos, pelos quais circula um grande número de pessoas e um enorme volume de mercadorias que chegam dos mais diferentes lugares do mundo e partem para diversos destinos.

O Brasil exporta gêneros agrícolas (café, soja, suco de laranja), recursos minerais (alumínio, minério de ferro, óleos combustíveis) e produtos de alta tecnologia (automóveis, aviões). Os portos brasileiros desempenham um importante papel no desenvolvimento das relações comerciais que o Brasil mantém com diversos países. Observe o mapa a seguir.

Brasil: principais relações comerciais (2021)

Mapa. Brasil: principais relações comerciais (2021). 
Parceiros comerciais do Brasil: China, Estados Unidos, Argentina, Holanda, Chile, Alemanha, Índia e Rússia. 
Exportação/Importação (em bilhões de dólares, 2021). 
Exportação – 50 a 90 bilhões: do Brasil para China. 30 a 49 bilhões: do Brasil para os Estados Unidos. 
5 a 15 bilhões: do Brasil para Holanda, Chile e Argentina. 
Importação – 30 a 49 bilhões: dos Estados Unidos e China para o Brasil. 
5 a 15 bilhões: da Alemanha, Índia e Argentina para o Brasil. 
No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala: 2055 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Comex stat. Disponível em: https://oeds.link/zc6IlD. Acesso em: 7 abril 2022.

As redes de comunicação e a integração do território brasileiro

Além da rede de transportes, o Brasil conta com uma ampla rede de comunicação, formada por emissoras de rádio e televisão, jornais, telefones, internet etcétera, que contribuem para a integração de diferentes lugares do território brasileiro e dêste com o restante do mundo.

Nos dias atuais, em que a telecomunicação encontra-se integrada à internet, é possível que muitos brasileiros residentes em diferentes lugares do país tenham acesso a informações (dados, imagens e textos) ou se comuniquem entre si de modo rápido e eficiente.

Em várias cidades brasileiras, as paisagens estão repletas de antenas receptoras de sinal de telefonia, rádio e televisão.

Fotografia. Duas mulheres indígenas com celulares apontados para frente. Atrás delas, há outros indígenas e moradias de palha. Ao fundo há árvores.
Indígenas Xavantes utilizando celulares em aldeia localizada no município de Campinápolis, Mato Grosso, em 2020.
Fotografia. Antenas ligadas por fios e cercadas por árvores.
Antenas de telefonia no município de Laguna, Santa Catarina, em 2021.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. A partir de quando ocorreu a expansão do transporte rodoviário no Brasil? De que maneira o govêrno brasileiro priorizou o desenvolvimento do transporte rodoviário no país?
  2. Cite dois objetivos que levaram o govêrno brasileiro a investir na abertura de estradas.
  3. De que maneira as redes de comunicação auxiliam na integração do território brasileiro?

Aprofundando os conhecimentos

4. O mapa mostra as principais ferrovias existentes nos Estados Unidos. Observe-o atentamente e depois responda, no caderno, às questões propostas.

Principais rodovias dos Estados Unidos (2018)

Mapa. Principais rodovias dos Estados Unidos (2018). 
Ferrovias ligando as cidades de: Seattle, Portland, Sacramento, San Francisco, Los Angeles, Tucson, Salt Lake City, Minneapolis, Kansas City, Dallas, Houston, Detroit, Chicago, Indianápolis, Saint Louis, Memphis, Mobile, Houston, Nova Orleans, Boston, Nova York, capital Washington, Norfolk e Miami. No canto inferior direito, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto superior direito, a rosa dos ventos, e na parte inferior, a escala: 450 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: ATLAS geográfico escolar. oitava edição Rio de Janeiro: í bê gê É, 2018. página 37.

  1. O que é possível concluir ao comparar a extensão da rede ferroviária dos Estados Unidos com a do Brasil, apresentada no mapa da página 28?
  2. Por que é mais vantajoso para um país de grande extensão priorizar a expansão das ferrovias do que investir na construção de rodovias?

5. Em grupos, pesquisem em jornais, revistas e na internet informações sôbre os pedágios nas rodovias brasileiras. Procurem encontrar opiniões favoráveis e contrárias à cobrança de pedágio. Se possível, perguntem a algum familiar a opinião que têm sôbre a existência de pedágios nas rodovias. Organizem o material da pesquisa e, em seguida, promovam um debate sôbre o assunto na sala de aula, emitindo a opinião do grupo.

Glossário

Eclusa
: construção em fórma de canal que funciona como uma espécie de elevador para embarcações que precisam transpor um desnível em um curso de água.
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Dragagem
: serviço de remoção de material do fundo de um curso de água com o objetivo de aprofundar o leito dos rios.
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