CAPÍTULO 6 A população no território brasileiro

Embora o Brasil apresente uma população bastante numerosa, se analisarmos o número de habitantes por quilômetro quadrado veremos que o país é pouco povoado, com apenas 25 habitantes por quilômetro quadrado (25 ). Essa relação entre o número de habitantes e a área na qual estão distribuídos é chamada densidade demográfica.

Quando falamos em densidade demográfica, nos referimos ao número médio de habitantes por quilômetro quadrado. No entanto, a população de um país nem sempre está distribuída de maneira homogênea pêlo território. No Brasil, as áreas próximas aos grandes centros urbanos chegam a ter mais de 100 , enquanto áreas de difícil acesso na floresta Amazônica, por exemplo, têm cêrca de 1 . Com 25 , em média, podemos considerar que o Brasil tem uma densidade demográfica baixa se comparada à de outros países.

Calculando a densidade demográfica

     Para conhecer a densidade demográfica de um país, também chamada população relativa, deve-se dividir o número total da população pêla área total do território. Veja o exemplo do Brasil em 2021.

Caixa de texto.
Densidade demográfica: 213 317 639; abre parênteses; número
total de habitantes; fecha parênteses; dividido por; 8 510 345; abre parênteses; área total do
território em quilômetro quadrado; fecha parênteses; igual; vinte e cinco habitantes por quilômetro quadrado.

Na ilustração, é possível entender melhor o conceito de densidade demográfica.

Ilustração. À esquerda, homem de cabelos curtos, usando camisa vermelha e calça azul. Ao centro, três pessoas reunidas, uma mulher de vestido, um senhor calvo e um rapaz de cabelos curtos. À direita, um grupo de cinco pessoas reunidas.
Quanto maior o número de pessoas em uma mesma área, maior será sua densidade demográfica.
Respostas e comentários

Objetivos do capítulo

  • Verificar como e por que a população brasileira está distribuída de maneira desigual pêlo território.
  • Analisar mapas de densidade demográfica.
  • Reconhecer a diversidade cultural da população brasileira.

Justificativas

Com os estudos das páginas dêste capítulo, os alunos poderão analisar dados e representações cartográficas referentes à distribuição da população brasileira pêlo território, auxiliando-os assim na compreensão do que é densidade demográfica. Neste estudo, os alunos terão a possibilidade de explorar as habilidades ê éfe zero sete gê ê zero um e ê éfe zero sete gê ê zero nove.

êles também entenderão que, além de a distribuição desigual da população ter origem histórica e econômica, a cultura brasileira é muito rica e diversificada, espalhada por todo o imenso território, possibilitando o trabalho com a habilidade ê éfe zero sete gê ê zero três.


  • Apresente aos alunos a densidade demográfica de: > cêrca de 1.109 ; > Índia: cêrca de 419 ;> Japão: cêrca de 334 .
  • Faça comparações de modo que os alunos percebam que o Brasil é um país de baixa densidade demográfica.

A distribuição desigual da população pêlo território

A distribuição desigual da população brasileira pêlo território ocorre em razão de fatores históricos e econômicos.

No início do século dezesseis, o processo de ocupação e de povoamento do território brasileiro pelos portugueses começou pêlo litoral e estendeu-se, nos séculos seguintes, em direção ao interior do país. Assim, na porção Léste do território, sobretudo na faixa litorânea, começaram a surgir as primeiras cidades, onde se desenvolveram atividades econômicas agrícolas e pecuárias, em grande parte voltadas à exportação.

Isso explica por que, atualmente, a maior parte da população brasileira concentra-se nessa porção do território, onde estão os maiores centros urbanos e industriais do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, além de muitas outras cidades de grande, médio e pequeno porte.

A partir de meados do século vinte, as áreas interioranas do país foram integradas de fórma mais efetiva às dinâmicas econômicas, o que atraiu grandes fluxos populacionais. êsse é um dos fatores pelos quais essa região abriga uma parcela menor da população brasileira, mesmo abrangendo quase a metade do território brasileiro.

Fotografia. Vista aérea. Cidade com casas e construções baixas dispostas em quarteirões com terrenos de terra. Ao centro há fileiras de árvores.
Vista de parte do município de Nova Guarita, Mato Grosso, em 2021. O município apresenta, em média, 4 habitantes por quilômetro quadrado.
Fotografia. Vista aérea. Cidade com muitos edifícios, casas e vias com diversas árvores.
Vista de parte da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, em 2020. Em 2021, havia na cidade aproximadamente 7600 habitantes por quilômetro quadrado.
Respostas e comentários
  • Aproveite e explore a capacidade dos alunos de comparar e interpretar as paisagens retratadas nas fotos. Oriente-os a perceber que uma das imagens mostra uma paisagem com baixa densidade demográfica, enquanto a outra retrata uma paisagem com elevada densidade demográfica.
  • Após essa comparação, os alunos perceberão com maior facilidade, no mapa da página 76, que a população brasileira não está distribuída de modo uniforme pêlo território nacional, desenvolvendo aspectos da habilidade ê éfe zero sete gê ê zero um, uma vez que desmistifica que o Brasil é um país inteiramente populoso.

Geografia em representações

     Mapa da densidade demográfica

Os mapas de densidade demográfica mostram como uma população está distribuída em determinado território. Neles, podemos verificar as áreas de maior ou menor concentração populacional, ou seja, as regiões de maior ou menor densidade demográfica.

A representação da densidade demográfica nos mapas é feita por meio de uma convenção de côres com diferentes tonalidades para indicar a distribuição da população. Por exemplo, os tons mais escuros geralmente indicam as áreas mais densamente povoadas, enquanto os mais claros são utilizados para representar as áreas menos povoadas.

Observe o mapa de densidade demográfica do Brasil.

Densidade demográfica do Brasil (2019)

Mapa. Densidade demográfica do Brasil (2019). Habitantes (por quilômetros quadrados). Acima de 280: áreas das cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba. 100,1 a 280: predominante em áreas próximas às capitais no Sudeste, Sul, Nordeste e Norte. 25,1 a 100: predominante em áreas das Regiões no Sudeste, Nordeste, Sul e em menores quantidades no Centro-oeste e próximas de Manaus. 10,1 a 25: predominante em áreas das Regiões Sudeste, Sul, Nordeste, Centro-oeste. 1,1 a 10: predominante em áreas no Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-oeste. Menos de 1: predominante em áreas da Região Norte e Centro-oeste. No canto inferior direito, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto inferior esquerdo, a rosa dos ventos e a escala: 495 quilômetros por centímetro.
As áreas menos povoadas estão representadas em tons mais claros. As mais povoadas estão representadas em tons mais escuros.

Fonte de pesquisa: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2019. página 127.

Ícone ‘Atividade oral’.

1. Com base no mapa, quais são as áreas mais densamente povoadas e as menos ocupadas?

Ícone ‘Atividade oral’.

2. Como está distribuída a população da unidade federativa onde você mora?

Respostas e comentários

1 e 2. Respostas nas orientações ao professor.

Objetivo

Exercitar a leitura e a interpretação de mapas de densidade demográfica.


  • Esta seção propõe aos alunos aprofundar suas leituras de mapas a respeito do tema densidade demográfica, contemplando a habilidade ê éfe zero sete gê ê zero nove da Bê êne cê cê.
  • Leve para a sala de aula outros exemplos de mapas de densidade demográfica de alguns países do mundo. mapas podem ser encontrados, por exemplo, em atlas geográficos.
  • Solicite a êles que identifiquem quais são as áreas mais densamente povoadas e as áreas menos ocupadas do território analisado. Incentive os alunos a observar, nos mapas, onde a população está concentrada, relacionando ocupação ao ambiente (no litoral, perto de florestas, cadeia de montanhas, interior do país etcétera).
  • Caso considere interessante, sugira aos alunos que pesquisem a densidade demográfica de alguns municípios brasileiros para analisar e comparar os resultados. Acesse o site a seguir para verificar informações demográficas de todos os municípios brasileiros de fórma rápida e autoexplicativa. Disponível em: https://oeds.link/JOX77t. Acesso em: 1 junho 2022.

Respostas

1. As áreas mais densamente povoadas encontram-se próximo ao litoral e nas capitais. As áreas menos ocupadas localizam-se, principalmente, no interior do país.

2. Resposta pessoal. Auxilie os alunos a identificar a localização do estado e a densidade demográfica do estado onde moram.

O povoamento em direção ao interior do território
Ícone ‘Ciências Humanas em foco’.

O povoamento das áreas interioranas do Brasil, sobretudo nas porções centro-oeste e norte do território, ocorreu por meio de fluxos migratórios a partir da segunda metade do século vinte. Assim, a ocupação do interior do país deu-se, muitas vezes, sôbre territórios indígenas e áreas ocupadas por ribeirinhosglossário e levou, ainda, ao desmatamento da vegetação nativa.

Nessas migrações, um grande contingente populacional se deslocou das áreas mais povoadas do país em direção à nova fronteira agrícola do território nacional, que alcançava as extensas áreas do Cerrado e da floresta Amazônica. fluxos migratórios promoveram um rápido e expressivo crescimento populacional. Observe, no mapa, os principais fluxos migratórios ocorridos entre as décadas de 1950 e 1990.

Principais fluxos migratórios para a Região Norte e o centro do território brasileiro (1950-1990)

Mapa. Principais fluxos migratórios para a Região Norte e o centro do território brasileiro (1950-1990). Décadas de 1950 e 1970. Do Ceará para o Amazonas e o Pará; do Paraíba para o Tocantins. Décadas de 1970 e 1990. Do Espírito Santo e Minas Gerais para o Mato Grosso; de São Paulo para Goiás, Mato Grosso do Sul, e Rondônia; do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre; de Rondônia para Roraima. No canto inferior esquerdo, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala: 460 quilômetros por centímetro. Há setas vermelhas indicando as migrações nas decadas de 1950 e 1970. Há setas roxas indicando as migrações nas décadas de 1970 e 1990.

Fonte de pesquisa: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. trigésima quinta edição São Paulo: Ática, 2019. página 135.

Grafismo de seta curva, na cor vermelha com ponta de seta para a esquerda.

Entre as décadas de 1950 e 1970: migração de nordestinos em direção a várias regiões do país. Por causa das precárias condições socioeconômicas da população, muitas pessoas deixaram o Nordeste para trabalhar nas novas áreas agrícolas ou nos garimpos abertos no interior da floresta Amazônica. Outras migraram também em direção à porção central do país, atraídas pelos de trabalho na construção da cidade de Brasília, a nova capital federal.

Grafismo de seta curva, na cor roxa com ponta de seta para a esquerda.

Entre as décadas de 1970 e 1990: fluxo de gaúchos, catarinenses, paranaenses, paulistas e mineiros em direção aos estados localizados no centro do território brasileiro e na Região Norte, atraídos pêla abertura de novas áreas de colonização agrícola e pêlo baixo preço das terras.

Respostas e comentários
  • Realize a leitura compartilhada do texto orientando a análise comparativa do mapa na página.
  • Peça aos alunos que observem cada um dos dois fluxos migratórios individualmente.
  • Os fluxos migratórios representados neste mapa se referem somente aos que contribuíram para o povoamento de áreas no interior do território brasileiro. Nele não estão representados os fluxos migratórios do Nordeste para o Sudeste, ocorridos, principalmente, a partir da década de 1950.
  • Aproveite a oportunidade e comente com os alunos que, em 1950, Acre, Mato Grosso do Sul e Tocantins não existiam como estados brasileiros e que, no mapa, foram utilizados os limites territoriais atuais do Brasil.
  • O conteúdo proposto na página 77 está relacionado às Ciências Humanas, envolvendo os componentes curriculares de Geografia e de História. Explora aspectos da Competência específica de Ciências Humanas 7, pois oferece aos alunos, por meio das linguagens cartográfica e textual, condições de explorar o raciocínio espaçotemporal relacionando-o à localização, ao fluxo, à direção, à sucessão e à conexão.

A diversidade cultural do povo brasileiro

Ícone ‘Ciências Humanas em foco’.

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Transcrição do áudio  

[Francisco] O povo brasileiro e sua diversidade  [Laura] [tom de voz feminino alegre e tranquilo] Olá, pessoal! Sejam bem-vindos ao nosso podcast, dedicado a dialogar sobre a identidade do povo brasileiro. Sou a Laura e quem está comigo é o meu colega, Francisco.    [Francisco] [tom de voz masculino alegre e tranquilo] Olá, Laura! Estou muito animado em conversar com você e com os nossos ouvintes sobre esse tema tão interessante que é o povo brasileiro.   [Laura] [tom de voz feminino tranquilo e sério] Francisco, se tivéssemos que escolher um único termo para definir a formação do povo brasileiro, eu escolheria a palavra diversidade.  [Francisco] [tom de voz masculino animado] Ótima escolha! O conceito de diversidade é, de fato, muito adequado para nos definir. Isto porque, ao longo da história, a população do nosso país foi sendo formada pelo encontro de diversos povos.   [Laura] [tom de voz feminino surpreso e sério] Isso mesmo! Falando de nossas matrizes culturais, que são a base sobre a qual se inicia o processo de formação do Brasil, verificamos o encontro da cultura indígena dos povos originários com a cultura europeia dos portugueses colonizadores. Em seguida, povos africanos de diferentes etnias foram trazidos para o Brasil na condição de escravizados para trabalhar diretamente nas atividades econômicas do período colonial e imperial.   [Francisco] [tom de voz masculino sério e tranquilo] Sim, Laura. É importante ressaltar que o projeto de colonização europeia impôs restrições de liberdade aos povos originários e aos africanos, que foram submetidos à escravidão.   Nesse contexto, indígenas, africanos e portugueses são a matriz do que conhecemos hoje como o povo brasileiro. As manifestações culturais são um dos muitos exemplos desse encontro de grupos étnicos diferentes, que chamamos de miscigenação.    [Laura] [tom de voz feminino tranquilo e sério] A formação do povo brasileiro está presente na música, como o nosso samba.  [Laura] [tom de voz feminino sério e tranquilo] Também está na arquitetura, na culinária, na religiosidade, no folclore e até mesmo em nosso vocabulário.  [Francisco] [tom de voz masculino tranquilo e sério] Os nomes de diversos alimentos que fazem parte do nosso dia a dia, como mandioca, caju, abacaxi, tapioca, açaí, entre outros, são de origem indígena. E muitas palavras de idiomas africanos também foram assimiladas no nosso dia a dia: dengo, cafuné, muvuca, batuque.    [Laura] [tom de voz feminino tranquilo e alegre] E vale lembrar que, ao longo de nossa história como país, chegaram por aqui mais povos de outras partes do mundo, os chamados imigrantes, como os alemães, italianos, espanhóis, japoneses, sírios, libaneses, entre outros, que também trouxeram suas culturas. E dada a grande extensão territorial do Brasil, os fluxos de imigrantes se instalaram em localidades distintas, de modo que hoje em dia podemos observar como cada região do Brasil assimilou à sua própria maneira esses aspectos culturais, formando a nossa cultura brasileira.  [Francisco] [tom de voz masculino tranquilo e alegre] Exatamente! A região Sul, por exemplo, recebeu um grande fluxo de imigrantes alemães e italianos na segunda metade do século XIX. E na primeira metade do século XX também chegaram imigrantes de países do Leste Europeu, como Polônia e Ucrânia. Pode-se observar a tradição cultural desses povos presente na arquitetura de cidades como Blumenau, em Santa Catarina, e Gramado, no Rio Grande do Sul.   [Laura] [tom de voz feminino tranquilo e alegre] Também no início do século XX, vieram para o Brasil imigrantes japoneses que se instalaram, em sua maioria, no estado de São Paulo e do Paraná. O bairro da Liberdade, na capital paulista, abriga a maior colônia japonesa do mundo fora do Japão, e a influência cultural trazida por esses imigrantes está presente nas construções, no comércio e na culinária.   [Francisco] [tom de voz masculino tranquilo e alegre] Bem, Laura, mas você sabia que o processo de formação do nosso povo também teve a participação de franceses e holandeses? E que esta também é uma outra distinção regional que podemos notar no Brasil?    [Laura] [tom de voz feminino tranquilo e sério] É verdade! Os franceses tentaram se instalar tanto no estado do Maranhão, na região Nordeste, como no Rio de Janeiro, na região Sudeste, localidades que ficaram conhecidas como França Equinocial e França Antártica, respectivamente. A tentativa durou pouco tempo, pois os portugueses os expulsaram. Mas essa presença francesa também deixou suas influências culturais e arquitetônicas. São Luís, capital do Maranhão, por exemplo, foi fundada pelos franceses, e o nome da cidade é uma homenagem ao então rei da França, Luís XIII.   [Francisco] [tom de voz masculino tranquilo e alegre] E em Pernambuco, também na região Nordeste, a influência holandesa é notada no projeto urbano de cidades, como Recife e Olinda, e nas artes.  [Laura] [tom de voz feminino tranquilo e sério] Em todos esses momentos históricos do Brasil, notamos que a diversidade do povo brasileiro se manifesta a todo instante por conta do encontro cultural dos diversos povos que se instalaram por aqui. Nossos ouvintes também podem notar essa diversidade conversando com familiares, colegas e membros de suas comunidades. Uma conversa sobre a história de familiares mais velhos, como o avô, a avó ou algum parente pode dar pistas sobre essa diversidade que caracteriza o povo brasileiro!   [Francisco] [tom de voz masculino tranquilo e alegre] Nosso podcast vai ficando por aqui! Muito obrigado por nos acompanhar! Até o próximo episódio!  [Laura] [tom de voz feminino tranquilo e sério] Tchau!  [Narrador] Todos os áudios inseridos neste conteúdo são da Freesound e da Incompetech.   

Uma importante característica do povo brasileiro é sua diversidade de manifestações culturais. Nos referimos principalmente aos aspectos que dão identidade a uma nação, como a língua e o jeito de falar, as religiões, os hábitos, os costumes e as tradições, todos transmitidos de geração em geração.

A pluralidade da cultura brasileira tem origem na formação de nosso povo por meio do encontro de diferentes povos. São êles os indígenas, que habitavam essas terras havia milhares de anos; os colonizadores portugueses; os africanos; e diversos imigrantes, entre êles italianos, alemães, espanhóis, japoneses e árabes.

Cada um dêsses povos deixou uma herança cultural que hoje está presente em nosso modo de vida. Os portugueses deixaram as maiores influências em nossa cultura, como a língua e a religião católica, a mais praticada no país. Já os indígenas transmitiram o hábito de tomar banho diariamente e consumir alimentos como milho e mandioca.

A respeito de nossa culinária, uma das mais diversificadas do mundo, houve várias influências. Com os povos africanos, introduziram-se, em nossa cultura, a feijoada e o vatapá, e com os portugueses passamos a consumir doces à base de leite e ovos. Os italianos nos influenciaram no costume de comer pizza, macarronada, polenta e lasanha. Os japoneses nos apresentaram o sushi e o .

Observe, nas imagens, algumas manifestações culturais do povo brasileiro.

Fotografia. Diversos homens indígenas caminhando enfileirados em uma área de terra. Eles usam pinturas corporais pretas e vermelhas e adornos coloridos ao redor de suas cinturas, joelhos, canelas e braços. Ao fundo há árvores.
Indígenas da aldeia Afucurí durante cerimônia Cuarúpi, em Querência, Mato Grosso, em 2021.
Respostas e comentários

Algo a mais

  • O livro Multiculturalismo: mil e uma faces da escola, organizado por Trindade e Santos, aborda a questão da diversidade cultural existente dentro das salas de aula na atualidade. > TRINDADE, Azoilda Loretto da; SANTOS, Rafael dos (organizador). Multiculturalismo: mil e uma faces da escola. segunda edição Rio de Janeiro: dê pê ê á, 2000.
  • No livro Educação e raça: perspectivas políticas, pedagógicas e estéticas, organizado por e Gomes, você poderá conhecer uma interessante abordagem a respeito das relações étnico-raciais na educação. > , Anete; GOMES, Nilma Lino (organizador). Educação e raça: perspectivas políticas, pedagógicas e estéticas. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
  • O livro “Nós” do Brasil: estudos das relações étnico-raciais, de Rosiane Rodrigues, trata do tema identidade étnico-racial dos brasileiros. > RODRIGUES, Rosiane. “Nós” do Brasil: estudos das relações étnico-raciais. São Paulo: Moderna, 2012.

O conteúdo proposto nas páginas 78 a 82 está relacionado às Ciências Humanas, envolvendo os componentes curriculares de Geografia e de História. Explora aspectos das Competências específicas de Ciências Humanas 1, 4 e 6 ao possibilitar aos alunos que reconheçam e respeitem a sociedade plural em que vivem, valorizando e acolhendo, assim, a diversidade de indivíduos e expressões culturais presentes em seu cotidiano. Além disso, êles usam os conhecimentos relacionados às Ciências Humanas adquiridos ao longo de seus estudos para construir argumentos que defendem uma sociedade mais justa e democrática.

Fotografia. Grupo de pessoas dançando em uma roda. Eles estão divididos em casais e seguram uma fita que está presa em um mastro ao centro. Ao fundo e em frente, pessoas assistindo.
Grupo apresentando dança típica da Região Sul do Brasil, derivada da cultura europeia, na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 2018.
Fotografia. Uma roda de capoeira com homens e mulheres tocando instrumentos musicais e um homem ao centro saltando com as mãos no chão. Ao fundo há árvores.
Praticantes da capoeira na cidade de Salvador, Bahia, em 2019.
Fotografia. Uma pessoa fantasiada de Boi-bumbá, branco, atrás dele há pessoas com fantasias vermelhas.
Festival Folclórico de Parintins com a aparição típica do Boi-bumbá, na cidade de Parintins, Amazonas, em 2019.
Fotografia. Homens com roupas coloridas com chapéus, cavalgando em cavalos que também usam adornos coloridos. Eles estão em uma arena de terra e ao fundo há uma construção e árvores.
Na imagem, vemos a Cavalhada em Poconé, Mato Grosso, em 2018. A Cavalhada é uma festa de origem portuguesa que passou a ser realizada em vários estados brasileiros.

O acarajé teve sua origem na cultura africana e posteriormente, em 2005, o Ofício das Baianas de Acarajé foi tombado pêlo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (ifãn) como bem cultural de natureza imaterial.

Fotografia. Mulher de vestido e turbante, atrás de uma mesa com travessas com peixes, bolinhos e molhos. Ela está fritando alguns bolinhos. Ao fundo, ciclovia e a praia.
Mulher baiana fritando acarajé em rua da cidade de Salvador, Bahia, em 2018.
Respostas e comentários
  • Comente com os alunos que os imigrantes que atualmente chegam ao Brasil, como haitianos, bolivianos, venezuelanos, sírios e coreanos, assim como os imigrantes vindos no século passado, também podem se integrar à sociedade e enriquecer a cultura brasileira.
  • Aproveite a oportunidade e pergunte se algum aluno conhece algum imigrante que tenha chegado recentemente ao Brasil. Caso conheça, verifique se é possível convidar o imigrante para uma visita à escola a fim de contar aos alunos a sua história de imigração. Esta atividade é uma oportunidade de desenvolver a Competência específica de Ciências Humanas 1 da Bê êne cê cê.

O tema é ...

Direitos humanos e multiculturalismo na história e na cultura brasileiras

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Quilombolas: uma luta atual

Você sabe o que são as chamadas comunidades quilombolas? Quais são os elementos da identidade étnica que caracterizam os quilombolas? Converse com os colegas da sala sôbre essas questões.

Os negros africanos trazidos como escravizados para o Brasil contribuíram com seus hábitos e costumes para nossa rica pluralidade cultural. Muitas das tradições e dos costumes africanos estão presentes ainda hoje nas chamadas comunidades quilombolas. Leia o trecho a seguir.

Quilombolas

     [...] E o que seriam quilombolas? Quilombolas são os atuais habitantes de comunidades negras rurais formadas por descendentes de africanos escravizados, que vivem, na sua maioria, da agricultura de subsistência em terras doadas, compradas ou ocupadas há bastante tempo.

     São grupos sociais cuja identidade étnica – ou seja, ancestralidade comum, fórmas de organização política e social, elementos linguísticos, religiosos e culturais – os distingue do restante da sociedade. A identidade étnica é um processo de autoidentificação que não se resume apenas a elementos materiais ou traços biológicos, como a côr da pele, por exemplo.

     Não são comunidades necessariamente isoladas ou compostas de um tipo de população homogênea. As comunidades quilombolas foram constituídas por processos diversos, incluindo, além das fugas para ocupação de terras livres, heranças, doações, recebimento de terras como pagamento de serviços prestados ao Estado, compra ou a permanência em terras que eram ocupadas e cultivadas em grandes propriedades.

GASPAR, Lúcia. Quilombolas. Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: https://oeds.link/t3P23Y. Acesso em: 12 abril 2022.

Fotografia. Grupo de pessoas se apresentando em uma área de terra com árvores secas ao redor. As mulheres usam vestidos brancos e vermelhos, com adornos nas cabeças e estão à esquerda, os homens usam calças pretas, camisas brancas, coletes vermelhos e chapéus, eles estão à direita, tocando instrumentos.
Apresentação do Grupo Reisado da Comunidade Quilombola de Inhanhum em Santa Maria da Boa Vista, Pernambuco, em 2019.
Respostas e comentários

A fuga que levava à formação de grupos de escravos fugidos, reticências, aconteceu nas Américas onde vicejou a escravidão. reticências No Brasil esses grupos eram chamados principalmente quilombos e mocambos e seus membros, quilombolas, calhambolas ou mocambeiros.

reticências

REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos (Organização). Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. página 910.


Atualmente, o uso de têrmus como escravo e índio tem sido questionado por historiadores, por representarem interpretações equivocadas sôbre grupos sociais. Nesta coleção, usamos escravizado (ou pessoa escravizada) e indígena. Porém, os têrmus escravo e índio que eventualmente aparecem em textos citados de terceiros e em títulos de obras foram mantidos. Nesses casos, é interessante que você aproveite essas ocorrências para contextualizar com os alunos as discussões atuais com relação a essas nomenclaturas.

Objetivos

  • Valorizar os aspectos culturais dos negros africanos.
  • Conhecer quem são os quilombolas.
  • Perceber que muitas das tradições e dos costumes africanos estão presentes nas comunidades quilombolas.
  • Verificar a distribuição das comunidades quilombolas no Brasil.

  • Esta seção apresenta as contribuições culturais dos negros africanos, as quais ainda hoje estão presentes na comunidade quilombola. Além disso, contempla a habilidade ê éfe zero sete gê ê zero três, reconhecendo as territorialidades dos quilombos e a cultura dos negros africanos em todas as regiões do Brasil, que possibilita abordar o tema contemporâneo transversal Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras.
  • Durante o trabalho com esta seção, incentive e valorize o respeito pêla diversidade de opiniões e o embasamento coerente dos pontos de vista. Destaque a importância de organizar o pensamento para manifestá-lo com clareza e progressão, encadeando as ideias, de modo que todos possam compreender o que é dito, assim como a adequação do vocabulário e do tom de voz ao contexto, contemplando a Competência específica de Geografia 6.

Um texto a mais

Comente com os alunos que os quilombos surgiram como agrupamentos formados por africanos ou afrodescendentes escravizados que fugiam do domínio de seus senhores. Geralmente, os quilombos se estabeleciam em locais isolados e de difícil acesso para não serem descobertos. O texto a seguir aborda as diferentes fórmas de resistência à escravidão ocorridas na América escravista. Apresente-o aos alunos caso julgue conveniente.

reticências

     Onde houve escravidão houve resistência. E de vários tipos. Mesmo sob a ameaça do chicote, o escravo negociava espaços de autonomia com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho, quebrava ferramentas, incendiava plantações, agredia senhores e feitores, rebelava-se individual e coletivamente. Aqui também a lista é longa e conhecida. Houve, no entanto, um tipo de resistência que poderíamos caracterizar como a mais típica da escravidão – e de outras fórmas de trabalho forçado.

     Trata-se da fuga e formação de grupos de escravos fugidos. A fuga nem sempre levava à formação dêsses grupos reticências. Ela podia ser individual ou até grupal, mas os escravos terminavam procurando se diluir no anonimato da massa escrava e de negros livres. Nesses casos, o destino podia ser as cidades, onde não se estranhava a circulação de homens e mulheres de vários matizes raciais, que vieram a formar setores consideráveis, em muitas regiões até majoritários, da população livre.

A fuga que levava à formação de grupos de escravos fugidos, [...], aconteceu nas Américas onde vicejou a escravidão. [...] No Brasil esses grupos eram chamados principalmente quilombos e mocambos e seus membros, quilombolas, calhambolas ou mocambeiros.

reticências

REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos (org). Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 9-10.


Atualmente, o uso de termos como escravo e índio tem sido questionado por historiadores, por representarem interpretações equivocadas sobre esses grupos sociais. Nesta coleção, usamos escravizado (ou pessoa escravizada) e indígena. Porém, os termos escravo e índio que eventualmente aparecem em textos citados de terceiros e em títulos de obras foram mantidos. Nesses casos, é interessante que você aproveite essas ocorrências para contextualizar com os alunos as discussões atuais com relação a essas nomenclaturas.

Existem muitas comunidades quilombolas localizadas em praticamente todos os estados do nosso país. Observe o mapa.

Brasil: quantidade de comunidades quilombolas por unidade federativa (2022)

Mapa. Brasil: quantidade de comunidades quilombolas por unidade federativa (2022). Amapá: 40; Amazonas: 8; Pará: 206; Rondônia: 8; Mato Grosso: 71; Mato Grosso do Sul: 22; Maranhão: 592; Piauí: 89; Ceará: 54; Rio Grande do Norte: 33; Paraíba: 43; Pernambuco: 149; Alagoas: 70; Sergipe: 32; Tocantins: 38; Bahia: 674; Goiás: 58; Minas Gerais: 331; Espírito Santo: 36; Rio de Janeiro: 42; São Paulo: 52; Paraná: 36; Santa Catarina: 18; Rio Grande do Sul: 137. À esquerda, mapa de localização, planisfério destacando a região descrita. No canto inferior direito, a rosa dos ventos e a escala: 380 quilômetros por centímetro.

Fonte de pesquisa: Fundação Cultural Palmares. Comunidades Remanescentes de Quilombos (). Disponível em: https://oeds.link/Zv7v5O. Acesso em: 12 abril 2022.

Agora, converse com os colegas sôbre as questões a seguir.

  1. Observe, no mapa, onde se localizam as comunidades remanescentes de quilombos na atualidade. O que a localização delas sugere em relação à escravidão e à resistência dos negros africanos a êsse processo?
  2. Você considera importante que essas comunidades tenham seus territórios reconhecidos e sua identidade étnica preservada? Por quê? Pense a respeito e, depois, converse com os colegas para conhecer a opinião deles sôbre êsse assunto.
Respostas e comentários

1 e 2. Respostas nas orientações ao professor.

A Fundação Cultural Palmares, criada em 22 de agosto de 1988 pêlo govêrno Federal, busca promover e preservar a arte e a cultura afro-brasileiras. Conheça mais no enderêço eletrônico a seguir. Disponível em: https://oeds.link/eCWWoT. Acesso em: 18 maio 2022.

Respostas

1. Indica que a escravidão se deu em todo o território brasileiro, concentrada em determinadas regiões, e que a resistência foi um processo intenso, representado pêlas fugas e pêla organização de quilombos, entre outras fórmas. Ressalte que, atualmente, o estado do Rio Grande do Sul é um dos com grande número de comunidades quilombolas.

2. Resposta pessoal. Retome alguns pontos abordados para auxiliar na reflexão e no embasamento de pontos de vista. Verifique se percebem que os povos negros tiveram importante papel tanto na organização econômica como na participação da formação cultural do povo brasileiro.


Oriente os alunos na leitura do mapa, relembrando seus elementos e reforçando a alfabetização cartográfica. Explore o número de comunidades quilombolas pêlo território brasileiro. Peça-lhes que localizem o estado onde moram e que verifiquem se há comunidades remanescentes localizadas nele, comparando-o com outros estados da região e da nação. Proponha à turma comparativos entre os estados que têm mais e os que têm menos comunidades quilombolas, ressaltando a importância do reconhecimento e da preservação dessas comunidades e da identidade cultural.

Os quilombolas

    Vamos conhecer um pouco mais as comunidades quilombolas existentes em nosso país. Saiba que:

  • Os territórios quilombolas passaram a ser reconhecidos apenas a partir de 1997. Atualmente, existem, no Brasil, 2 839 comunidades quilombolas reconhecidas.
  • Muitas comunidades quilombolas sofrem com conflitos agrários, e seus habitantes precisam lutar para manter a posse de seu território ancestral.
  • A falta de assistência por parte do governo gera uma situação de grande vulnerabilidade a muitos habitantes dessas comunidades, que enfrentam problemas como fome e doenças.

Reúnam-se em grupos para pesquisar sôbre comunidades quilombolas da atualidade. Cada grupo deve ficar responsável por estudar uma comunidade diferente. A pesquisa também pode contemplar as heranças africanas na cultura brasileira. Depois, organizem as informações coletadas e apresentem aos colegas.

Assertividade significa capacidade de se expressar de maneira clara e objetiva. Procure ser assertivo ao expor suas ideias e opiniões sôbre os temas estudados.

Fotografia. Vista aérea. Casas com telhados em uma região de terra, com vegetação rasteira e muitas árvores ao redor.
Comunidade quilombola em Mocajuba, Pará, 2022.
Respostas e comentários

Resposta do boxe Os quilombolas nas orientações ao professor.

Aproveite o trabalho com o tema proposto e apresente aos alunos mapas de terras quilombolas produzidos com base nos conhecimentos dêsses povos. Conheça um exemplo dêsse tipo de mapa no site Nova Cartografia Social da Amazônia. Disponível em: ­https://oeds.link/kv0YU2. Acesso em: 18 maio 2022.

Resposta

Resposta pessoal. Para a realização da pesquisa, elabore, com os alunos, um roteiro elencando as comunidades quilombolas que os grupos deverão pesquisar e os principais temas da pesquisa, como mapa do Brasil com a localidade da comunidade estudada, fotografias, textos explicativos relacionados à economia e à cultura locais, fatos históricos da origem etcétera Para auxiliar os alunos nessa pesquisa, acesse o link a seguir para assistir ao vídeo sôbre uma comunidade quilombola do Vale do Jequitinhonha. Disponível em: https://oeds.link/AD7AtE. Acesso em: 17 maio 2022.


  • O resultado da pesquisa proposta nesta página poderá ser apresentado por meio da gravação de um vídeo ou de um podcast, ou seja, tecnologias familiares à grande parcela dos alunos, fazendo parte, dessa maneira, das culturas juvenis.
  • A realização da pesquisa auxilia a turma no desenvolvimento do pensamento computacional, pois essa dinâmica de trabalho oportuniza a sequência de passos para concluir as etapas da tarefa, ou seja, a decomposição das tarefas como pesquisa, coleta e seleção de textos e imagens trabalhando a habilidade de investigação. Com os materiais em mãos, os alunos poderão compor o vídeo ou o podcast desenvolvendo habilidades de resolução de problemas e organização das informações que serão apresentadas.
  • A proposta de pesquisa sugerida possibilita que os alunos desenvolvam a assertividade, pois requer que êles se expressem de maneira clara e objetiva, fazendo serem compreendidos, explorando dêsse modo, aspectos da Competência geral 7 da Bê êne cê cê, ao argumentarem com base em fatos e dados confiáveis sôbre o tema da pesquisa realizada.

Atividades

Faça as atividades no caderno.

Organizando os conhecimentos

  1. O que é densidade demográfica?
  2. Qual é a densidade demográfica de sua sala de aula? Para saber, multiplique a medida do comprimento da sala pêla largura e encontre a área total em metros quadrados (métros quadrados). Depois, divida o número total de alunos pêla área total da sala. O resultado será o número de alunos por metro quadrado.
  3. O Brasil é um país muito ou pouco povoado? Explique.
  4. Atualmente, em qual porção do território está concentrada a maior parte da população brasileira?
  5. O que pode ser observado em um mapa de densidade demográfica?

Aprofundando os conhecimentos

  1. Observe atentamente a imagem. Depois, responda às questões.
    1. Sabemos que os povos indígenas participaram da formação do povo brasileiro. Quais outros grupos contribuíram para a formação da nossa população, e que podemos identificar na imagem a seguir?
    2. Dê exemplos da influência de dois grupos humanos na formação cultural do povo brasileiro.
Ilustração. Bustos de pessoas. Há mulheres e homens de diversas etnias.
Desenho representando a diversidade étnica da população brasileira.
Respostas e comentários

1. Resposta: É a relação entre o número de habitantes e a área na qual estão distribuídos.

2. Resposta pessoal. Auxilie os alunos na realização desta atividade. Veja mais explicações nas orientações ao professor.

3. Resposta: O Brasil é um país pouco povoado. Embora a população do Brasil seja numerosa, nem toda a sua extensão territorial é ocupada, ou seja, a distribuição da população pêlo território brasileiro é desigual. A porção Léste do país é bastante povoada, enquanto, no interior, existem áreas pouco povoadas.

4. Resposta: Na porção Léste do território brasileiro.

5. Resposta: A maneira como a população está distribuída em determinado território.

6. a) Resposta: Os alunos poderão citar europeus, asiáticos e africanos, entre outros povos de origem diversa que migraram para o Brasil.

6. b) Resposta: Os alunos podem escolher entre os grupos citados. Por exemplo, dos portugueses, as maiores influências foram a língua e a religião católica; dos indígenas, herdamos hábitos como tomar banhos diários e consumir alimentos como milho e mandioca.

  • Estas atividades contemplam as Competências específicas de Ciências Humanas 2 e 4, pois incentivam a reflexão dos alunos acêrca do tema e seus posicionamentos diante dessa discussão contemporânea, promovendo a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais.
  • Para a realização da atividade 2, providencie uma trena ou fita métrica para medir o comprimento e a largura da sala de aula junto com os alunos. Explique a êles que para calcular a área é preciso multiplicar a medida da largura pêla medida do comprimento da sala. Em seguida, o total de alunos na sala e divida êsse número pêlo resultado da multiplicação feita anteriormente. O resultado será em alunos por m2.

Sugestão de avaliação

Como sugestão de avaliação, peça aos alunos que respondam às seguintes questões.

1. Escreva um exemplo de herança cultural, presente em nosso modo de vida atual, transmitido pelos indígenas e outro transmitido pelos portugueses.

2. Descreva como a população brasileira está distribuída pêlo seu território.

Respostas

1. Possível resposta: os alunos podem citar que herdamos dos indígenas o hábito de tomar banho diariamente, descansar em redes e consumir alimentos como mandioca, milho e demais preparações dêsses derivados. Dos portugueses herdamos a língua portuguesa, a religião católica e diversos hábitos alimentícios.

2. A população brasileira não está distribuída de fórma homogênea pêlo país. Na porção Léste do território, onde estão localizados os maiores centros urbanos e industriais, está concentrada grande parte da população brasileira. Já as áreas interioranas, especialmente as porções norte e central do país, apresentam-se menos povoadas.

Glossário

Ribeirinho
: pessoa que reside em áreas localizadas às margens de rios.
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